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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br VITAMINAS Vitaminas são compostos orgânicos biologicamente ativos, necessários ao organismo em quantidades muito reduzidas para manter os processos vitais. Conceito incorreto ð o termo significa “amina vital”. Mas nem todas as vitaminas são quimicamente classificadas como aminas, como a B1, primeira a ser descoberta. CARACTERÍSTICAS: Algumas propriedades são comuns a todas elas: Ø São indispensáveis ao desenvolvimento dos processos químicos que constituem o metabolismo humano; Ø Não são substâncias que se integram à estrutura dos tecidos; Ø Embora substâncias orgânicas, não liberam energia mediante alteração de sua estrutura química. Algumas são sintetizadas pelo organismo humano: a vitamina PP (ácido nicotínico), a vitamina K e as vitaminas do complexo B, que são produzidas pelas bactérias saprófitas, hóspedes inócuos do intestino humano. As demais precisam ser necessariamente supridas pela dieta. Outras fontes ð Alimentos Enriquecidos e Suplementos Vitamínicos. Alimentos Enriquecidos Suprir Perdas Finalidade Tecnológica Obtenção, Processamento, Estocagem Ar, luz, calor, agentes químicos, extração (água ou lipídios), inativação enzimática ou antivitaminas. Ø Conservante, antioxidante (vit C e b caroteno); Ø Corante (b caroteno e vit B2) Vitaminas não substituem alimentos! Equilíbrio de Nutrientes Absorção Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Vitaminas O termo VITAMINA foi utilizado pela primeira vez em 1911, para designar um grupo de substâncias que eram consideradas vitais; todas elas continham o elemento nitrogênio, na forma de aminas. Embora saibamos que várias das vitaminas hoje conhecidas não possuem grupos aminas em suas estruturas químicas, o termo é usado até hoje. O termo "Fator alimentar acessório" tem sido utilizado, algumas vezes, para expressar este mesmo conjunto de substâncias, mas de uma forma politicamente correta. A grande maioria das vitaminas não pode ser sintetizada pelos animais; mesmo as que são sintetizadas não são em quantidade suficiente. As vitaminas, portanto, devem ser obtidas na dieta alimentar. Por isso são chamadas de nutrientes essenciais. E é daí que vem a definição mais atual do termo vitamina: O papel das vitaminas no organismo é extremamente importante: sempre que uma vitamina está ausente em uma dieta, ou não pode ser corretamente absorvida, surge uma doença específica. CARACTERÍSTICAS: As vitaminas constituem um grupo de micronutrientes essenciais que geralmente apresentam as seguintes características: Ø São componentes orgânicos (ou uma classe de componentes) distintos das gorduras, carboidratos e proteínas; Ø São componentes naturais dos alimentos, usualmente encontrados em quantidades mínimas; Ø Não são sintetizadas pelo corpo em quantidades adequadas para atingir as necessidades fisiológicas normais; Ø São indispensáveis ao desenvolvimento dos processos químicos que constituem o metabolismo humano, mas em quantidades mínimas para a função fisiológica normal (isto é, manutenção, crescimento, desenvolvimento e reprodução); Ø Não são substâncias que se integram à estrutura dos tecidos; Ø Embora substâncias orgânicas, não liberam energia mediante alteração de sua estrutura química; Ø Por sua ausência ou subutilização, causa uma síndrome de deficiência específica; Ø Muitas vitaminas são sintetizadas por microrganismos, por simbiose. "Composto orgânico, essencial em quantidades muito pequenas para dar suporte ao funcionamento fisiológico normal, que geralmente não pode ser biossintetizada em taxas rápidas o suficiente para atingir as necessidades do corpo" (Krause, 2005 . Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Os VITÂMEROS são as formas múltiplas (todos os isômeros e análogos ativos) das vitaminas. Apesar das vitaminas possuírem grandes similaridades químicas, as suas funções metabólicas podem ser classificadas em quatro grupos gerais: Funções Metabólicas das Vitaminas Grupo I Estabilizadores de membrana Grupo II Doadores e receptores de hidrogênio (H+) e elétrons (e-) Grupo III Hormônios Grupo IV Coenzimas As vitaminas são usualmente classificadas em dois grupos com base nas suas solubilidades: Classificação segundo a solubilidade Vitaminas Lipossolúveis Vitaminas Hidrossolúveis A D E K Ácido Ascórbico Tiamina Riboflavina Niacina Piridoxina Biotina Ácido Pantotênico Folato Cobalamina As vitaminas lipossolúveis são geralmente absorvidas passivamente e devem ser transportadas com o lipídeo da dieta. Tendem a ser encontradas nas porções lipídicas da célula tais como membranas e gotículas de lipídeos. Essas vitaminas são geralmente excretadas com as fezes através da circulação êntero-hepática. As vitaminas hidrossolúveis são absorvidas por mecanismos passivo e ativo, transportadas por carreadores e não são armazenadas em quantidades apreciáveis no corpo. Essas vitaminas, bem como seus metabólitos, são excretados na urina. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Ingestão recomendada de vitaminas As necessidades orgânicas definem-se de acordo com os seguintes parâmetros: Ø Prevenção de deficiências; Ø Manutenção de um estado biológico ótimo; Ø Assegurar a saturação das reservas orgânicas As ingestões de referência (IR) orientam quanto às quantidades necessárias para se evitarem deficiências, ou intoxicações a partir de doses excessivas de vitaminas. Ocorre uma deficiência primaria quando a vitamina não é consumida em quantidade suficiente para atender as necessidades fisiológicas. Desenvolve-se uma deficiência secundária quando a absorção é prejudicada ou quando ocorre excreção excessiva, limitando a biodisponibilidade da vitamina. Fatores que modificam as necessidades das vitaminas Ø Gravidez; Ø Lactação; Ø Crescimento; Ø Envelhecimento; Ø Stress Ø Tipo de dieta (ex: vegetariana); Ø Exercício físico (aceleração das reações glicogenolíticas e lipolíticas – B1,B2, Niacina); Ø Tabagismo (Vitamina C); Ø Álcool (B2); Ø Situações patológicas / medicamentos Ø Poluição Interação com Medicamentos Os medicamentos podem competir especificamente com as vitaminas: Ø Pelo mecanismo de transporte; Ø Por interferir bloqueando sua transformação em formas ativas; Ø Por aumento do seu catabolismo e excreção orgânica. Contraceptivos orais B6, B12 e ácido fólico Antibióticos (Neomicina, Tetraciclina e Cloranfenicol) K, A, D, B2, B12 e B6 Analgésicos Ácido fólico e vitamina C Barbitúricos D, B12 e ácido fólico Diuréticos Ácido fólico Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Vitaminas, Vitâmeros e suas Funções Fonte: Krause, 2005, pp74. Grupo Vitâmeros Provitaminas Funções Fisiológicas Vitamina A Retinol Retinal Ácido retinóico Betacaroteno Criptoxantina Pigmentos visuais; diferenciação celular; regulação genética Vitamina D Colecalciferol (D3) Ergocalciferol (D2) Homeostase de cálcio; metabolismo ósseo Vitamina E a-tocoferol g-tocoferol Tocotrienóis Antioxidante de membrana Vitamina K Fitoquinonas (K1) Menaquinonas (K2) Menadiona (K3) Coagulação sanguínea; metabolismo de cálcio Vitamina C Ácido ascórbico Ácido desidroascórbico Redutor em hidroxilações na biossíntese de colágeno e carnitina e do metabolismo de drogas e esteróides Vitamina B1 Tiamina Coenzima para descarboxilações de 2-cetoácidos e transcetolações Vitamina B2 Riboflavina Coenzima nas reações redox de ácidos graxos e no ciclo do TCA Niacina Ácido nicotínico Nicotinamida Coenzima para várias desidrogenases Vitamina B6 Piridoxol Piridoxal Piridoxamina Coenzimas do metabolismo de aminoácidos Ácido Fólico Àcido fólico poliglutamilfolacinas Coenzima do metabolismo de simples carbono Biotina Biotina Coenzimas para carboxilações Ácido Pantotênico Ácido pantotênico Coenzimas do metabolismo de ácido graxo Vitamina B12 Cobalamina Coenzimas do metabolismo de propionato, aminoácidos e fragmentos de um carbono Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br SÍNTESE 1. Substâncias inespecíficas originam vitaminas e não-vitaminas; 2. Pró-vitaminas originam apenas vitaminas Vitamina Precursor Órgão A (retinol) Betacaroteno Intestinos e fígado D3 (colecalciferol) 7-deidrocolesterol Pele D2 (ergocalciferol) Ergosterol Pele C (ácido ascórbico) Glicose Fígado Niacina Triptofano Fígado Inositol Glicose Fígado Colina Homocisteína Fígado K Flora bacteriana intestinal Riboflavina Flora bacteriana intestino grosso Biotina Flora bacteriana intestino grosso Fonte: Nunes, 1998. Leitura complementar NOMENCLATURA A nomenclatura das vitaminas é um tanto problemática. Antes de se ter alguma informação sobre a estrutura química das vitaminas, uma nomenclatura sistemática era impossível - mesmo hoje ela é um pouco confusa. Duas alternativas desenvolveram-se. Uma foi referir-se à doença causada pela deficiência da vitamina, por exemplo, fator antipelagra. A outra, uma abordagem mais sistemática, foi designar uma letra do alfabeto à medida que cada vitamina era descoberta: vitamina A, vitamina B, etc. Esse sistema gerou certa confusão assim que se descobriu que a vitamina B original era de fato uma coleção de numerosas vitaminas completamente distintas. O resultado foi a adição de números conforme as vitaminas apareciam: B1, B2, etc.Isso foi definitivamente abandonado quando muitas vitaminas letradas e numeradas diferentemente se tornaram idênticas. Dessa forma, não existem mais vestígios das vitaminas de F a J ou de B3 a B5. Embora os nomes químicos já estejam suplantando largamente essas primeiras designações, alguns ainda hesitam em usá-las. A maioria das pessoas já reconhece que o ácido ascórbico é a vitamina C, mais ainda não há sinais de que as vitaminas A e D se tornaram amplamente conhecidas como Retinol e Colecalciferol, respectivamente. O único elemento da classificação das vitaminas que tem persistido é aplicado para considerar as vitaminas individualmente, isto é, uma divisão entre as vitaminas solúveis em água e vitaminas lipossolúveis. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Vitaminas Hidrossolúveis As vitaminas hidrossolúveis englobam o complexo B e a vitamina C. Atuam como coenzimas no metabolismo intermediário. Exceto a vitamina C. As vitaminas do complexo B são agrupadas de acordo com as suas funções: Grupo Papel Biológico Nome Grupo I Fatores clássicos imprescindíveis na absorção de HC -Tiamina – B1 - Riboflavina – B2 - Niacina – B3 Grupo II Fatores coenzimáticos para assimilação das gorduras e proteínas - Piridoxina – B6 - Ácido Pantotênico - Ácido Lipóico - Biotina Grupo III Fatores de crescimento celular e da formação sanguínea - Ácido Fólico – B9 e B10 - Ácido Para-aminobenzóico - PABA - Cobalamina – B12 Grupo IV Pseudovitaminas descobertas após 1940 - Colina - Inositol (Fonte: Sá, Neide Gaudenci de; 1978, pp.43-4) Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Vitaminas Hidrossolúveis Funções Vitamina Função Tiamina – B1 Coenzima de sistemas enzimáticos. Envolvida na transmissão de impulsos nervosos Riboflavina – B2 Importante no metabolismo de lipídios, proteínas e glicídios, por participar do sistema de oxi-redução e transportede elétrons Niacina – B3 ou PP Componente essencial de duas coenzimas ativas: NAD e NADP. Juntamente com a tiamina e riboflavina, fornece energia para as células através de reações de oxi- redução e metabolismo de carboidratos. Ácido Pantotênico – B5 Constituinte da coenzima A. Participa de várias reações metabólicas: acetilação de aminas, oxidação de piruvato e b oxidação de ácidos graxos, síntese de colesterol, ácidos graxos, esfingosina, citrato, acetato e porfirinas. Piridoxina – B6 Coenzima essencial a numerosas reações do metabolismo de lipídeos, proteínas e aminoácidos. Mantém a integridade funcional do cérebro (síntese ou metabolização de neurotransmissores), resposta imunológica e metabolismo endócrino. Transforma triptofano em niacina, cisteína em ácido pirúvico e oxalato em glicina. Biotina – B7 Coenzima transportadora de CO2 em quatro enzimas envolvidas em reações de gliconeogênese, lipogênese, síntese de ácidos graxos, metabolismo do propionato e catabolismo da leucina. Ácido Fólico – B9 Síntese de ácidos e bases nucléicos, catabolismo da histidina a ácido glutâmico, interconversão de serina em glicina. Com a B12 participa da síntese de DNA. Cianocobalamina – B12 Síntese de bases nucléicas e DNA. Coenzima essencial para o metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas. Ácido ascórbico - C Metabolismo de aminoácidos, colesterol, folacina. Essencial para a síntese do colágeno, hormônios adrenais, aminas vasoativas e carnitina. Necessária para a função leucocitária, melhorando a imunidade celular. Essencial para o metabolismo da tirosina. Aumenta a absorção e utilização do ferro, transformando Fe sérico a ferroso. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Vitaminas Hidrossolúveis Fontes e Estabilidade Nome Fontes Alimentares Ricas Estabilidade Tiamina – B1 Carne de porco, fígado, vísceras, legumes, grãos integrais e cereais enriquecidos, germe de trigo, batatas. Pode ser sintetizado no trato intestinal Instável na presença de calor, álcalis ou oxigênio. Estável ao calor em solução ácida. Autoclavagem Enlatamento (25%) Pasteurição (30%) Riboflavina – B2 Leite e seus derivados, vísceras, ovos, vegetais de folhas verdes, cereais e pães enriquecidos Estável ao calor, oxigênio e ácido. Instável à luz (principalmente UV – 60%) ou ácalis Niacina – B3 ou PP Peixe, fígado, carne, vários grãos, ovos, amendoim, leite, legumes e grãos enriquecidos Estável ao calor e à oxidação a ácidos e álcalis Piridoxina – B6 Carne de porco, farelo e germe de cereais, leite, gema de ovo, farinha de aveia e legumes. Estável ao calor, à luz e à oxidação. Pasteurização/Dessecação “spray” ¯ 30-60% Cocção, fritura ¯ 33-58% Ácido Pantotênico – B5 Presente em todos os alimentos vegetais e animais. Ovos, fígado, salmão e leveduras são as melhores fontes É instável a ácidos, álcalis, ao calor e a certos sais Biotina – B7 Fígado, cogumelos, amendoim, levedura, leite, carne, gema de ovo, maioria dos vegetais, banana, laranja, tomate, melão e morangos. Sintetizada no trato intestinal Estável ao calor Destruída por álcalis e ácidos fortes, substancias oxidantes, luz UV Ácido Fólico – B9 Vegetais de folhas verdes, carnes de vísceras (fígado), porções magras de carne de boi, ovos, peixes, feijões secos, lentilhas, feijão-de-corda, aspargos, brócolis, leveduras Estável à luz solar e quando em solução. Instável ao calor em meio ácido. Destruído por autoclavagem e cozimento Cianocobalamina – B12 Fígado, rim, leite e derivados, carnes e ovos. Os indivíduos exclusivamente vegetarianos necessitam de suplementação Lentamente destruído por ácidos, álcalis, luz e oxidação Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Vitaminas Lipossolúveis As vitaminas lipossolúveis apresentam as características comuns de serem moléculas hidrofóbicas, apolares, e também constituírem derivados isoprênicos. Todas requerem a ocorrência de absorção normal de gorduras para que sejam eficientemente absorvidas, e se este mecanismo se encontra alterado, é possível que se desenvolvam sintomas de deficiência. Nome Fontes Alimentares Ricas Estabilidade Funções Vitamina A Pró-vitamina A Fígado, rins, gordura do leite, margarina fortificada, gema de ovo Folhas verdes e amarelas, manga, melão, pêssego Estável ao calor e aos métodos de cozimento habituais. Destruída pela oxidação, ressecamento, temperaturas muito altas e luz UV. Hidrogenação Ação enzimática (lipases, peroxidades) É essencial para o crescimento normal, o desenvolvimento e a manutenção de todos os tecidos do corpo, aumentando a resistência às infecções nas mucosas e pele em geral. Participa do processo de adaptação visual a diferentes graus de luminosidade (visão noturna). É essencial para a saúde dos olhos. Auxilia o desenvolvimento Vitamina D Leite com vitamina D, alimentos irradiados, na gordura do leite, no fígado, na gema do ovo, no salmão, na sardinha, no atum Estável ao calor e à oxidação É essencial para o crescimento e desenvolvimento normais; importante para a formação dos ossos e dentes normais. Influencia a absorção e o metabolismo do fósforo e do cálcio. Previne e cura o raquitismo e a osteomálacia Vitamina E – Tocoferol Germe de trigo, óleos, vegetais de folhas verdes, gordura do leite, gema de ovo, nozes Estável ao calor e aos ácidos. Destruída nos processos de rancificação, na presença de álcalis, sais de chumbo e ferro e por radiação UV. Pasteurização É um potente antioxidante. Como tal pode auxiliar na prevenção da oxidação de ácidos graxos, poliinsaturados, mantendo a proporção adequada nos níveis plasmáticos de ácidos graxos saturados e insaturados e, da vitamina A no trato intestinal e nos tecidos corpóreos. Protege as células sanguíneas vermelhas da hemólise. Papel na reprodução (em animais). Vitamina K - menadiona Fígado, óleo de soja, óleos de outros vegetais, vegetais de folhas verdes, tomates, couve-flor, germe de trigo. Esta vitamina pode também ser sintetizada no trato intestinal Resistente ao calor, oxigênio e à umidade. Destruída por álcalis e radiação UV. Luz. Autoclavagem Auxilia a produção de protrombina, um composto necessário para a coagulação sanguínea normal. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail :marciabarreto@vm.uff.br Necessidade diária de vitaminas para individuo sadio adulto Vitamina Necessidade Vitamina A 5000 UI Vitamina B1 1,5mg Vitamina B2 1,8mg Niacina 20mg Ácido Fólico 0,4mg B6 2mg B5 Desconhecida B12 3mg Vitamina C 45mg Vitamina D 400 UI Vitamina E 15 UI Vitamina K Nenhuma (Fonte: Guyton, 1998) Unidade Internacional (UI) Já há muitos anos, a unidade de medida para as vitaminas A, D e E têm sido a Internacional Unit (IU), definido pela United States Pharmacopeia e baseado em medidas de atividade biológica. A tabela abaixo ilustra os equivalentes em peso da UI de algumas vitaminas. Vitamina IU Equivalente em peso Vitamina A 1 IU de trans-retinol 1 IU de acetato trans-retinol 1 IU de beta-caroteno 0,300mg 0,344mg 0,600mg Vitamina D 1 IU de vitamina D3 1,00mg Vitamina E 1 IU de acetato de d,l-alfa-tocoferol 1,00mg Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Vitamina C Ingestões dietéticas de referência para Vitamina C Estabilidade Destruído pelo calor, álcalis e oxidação. Exceto em meio ácido e pelo armazenamento (35 – 70%). Como é solúvel em água, freqüentemente é extraído e descartado na água de cozimento. As perdas acumulativas das vitaminas das hortaliças preparadas mantidas 24h sob refrigeração podem ser até 45% para os produtos frescos e 52% para os produtos congelados. Fontes A vitamina C é amplamente encontrada em frutas cítricas, vegetais folhosos crus e tomates. Quando adequadamente preparadas as batatas são boa fonte devido à quantidade de comida. Deficiência Embora o aparecimento de escorbuto típico seja raro, deficiências limítrofes de acido ascórbico podem ocorrer em pessoas que têm uma dieta desprovida de frutas e vegetais, alcoólatras, pessoas idosas com dietas muito restritas, pessoas gravemente doentes sofrendo de estresse crônico e lactentes nutridos exclusivamente com leite de vaca. Grupos Etários RDA (mg/dia)** UL (mg/dia) Bebês 0 – 6 meses 7 – 12 meses 30** 35** ND ND Crianças 1 – 3 anos 4 – 8 anos 15 25 400 650 Homens 9 – 13 anos 14 – 18 anos 19 – 30 anos 31 – 50 anos 51 – 70 anos > 70 anos 45 75 90 90 90 90 1.200 1.800 2.000 2.000 2.000 2.000 Mulheres 9 – 13 anos 14 – 18 anos 19 – 30 anos 31 – 50 anos 51 – 70 anos > 70 anos 45 65 75 75 75 75 1.200 1.800 2.000 2.000 2.000 2.000 Gravidez < 18 anos 19 – 30 anos 31 – 50 anos 80 85 85 1.800 2.000 2.000 Lactação < 18 anos 19 – 30 anos 31 – 50 anos 115 120 120 1.800 2.000 2.000 Teor Vitamina C Alimento Quantida de Teor (mg) Suco laranja Fresco Congelado, diluído Enlatado 1 xícara 1 xícara 1 xícara 124 97 86 Brócolis Fresco, fervido Congelado, fervido 1 xícara 1 xícara 116 74 Couve-de-bruxelas, cozida 1 xícara 97 Morangos 1 xícara 106 Manga 1 57 Couve cozida 1 xícara 53 Suco tomate 1 xícara 45 Batata Assada, descascada depois Cozida, descascada Descascada, cozida depois 1 média 1 média 1 média 26 18 10 ND – não determinado UL – nível Max tolerável ingestão AI – Ingestão adequada Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Funções Gerais das Vitaminas Apesar de necessitarmos de pequenas quantidades de vitaminas na nossa dieta, nem por isso são menos essências. Interferem em processos decisivos como: Ø Crescimento e desenvolvimento; Ø Ativam a oxidação dos alimentos, as reações metabólicas e facilitam a libertação e a utilização de energia, permitindo que o organismo possa aproveitar as substâncias plásticas e energéticas proporcionadas pela ingestão de alimentos: as proteínas, os açúcares, as féculas e as gorduras; Ø Proteção de células e tecidos dos efeitos dos radicais livres (antioxidantes); Ø Necessárias para a formação de várias enzimas (as proteínas que regulam as reações químicas) do nosso organismo; Ø Vitais para a produção de diversos hormônios – os mensageiros químicos que coordenam reações no organismo; Ø São incluídas no grupo dos biocatalizadores, juntamente com as enzimas, os hormônios e os oligoelementos. Tendo por finalidade recordar a distribuição das grandes vias metabólicas relacionadas com o Ciclo de Krebs e com a reserva de aminoácidos, a figura abaixo representa, de forma esquemática e muito simplificada, o conjunto das reações de síntese e degradação em que participam as vitaminas do Complexo B. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br PERDAS DE VITAMINAS Depende: tipo de nutriente; tipo de alimento; tratamento tecnológico aplicado. CAUSAS 1 – Manipulação prévia aos processos Ø Nos vegetais, após a colheita, as lipoxigenases, desfoforilases e as glicosidases podem alterar o conteúdo de vitaminas; Ø Nos produtos de origem animal, as variações são menores, sobretudo nas hidrossolúveis, embora nas lipossolúveis, seu conteúdo dependa em parte, da dieta do animal; Ø Descascamento, corte, separação de partes dos vegetais não aproveitadas e às vezes mais ricas que as partes comestíveis; Ø Moagem (aumenta a extração), separação do gérmen; Ø Lavagem, branqueamento, cocção (diminuem vitaminas HS e minerais por lixiviação); A intensidade destas perdas depende: q pH (acidez favorece solubilidade de sais minerais) q TºC (influi na solubilidade) q Oxigênio (LS são mais afetados, mas também ác. ascórbico e folatos) q Luz (LS são mais afetados) q Quantidade de água no alimento q Relação superfície/volume (maior superfície=maior perda) 2 – Interação de substâncias químicas utilizadas no tratamento tecnológico Conservantes e coadjuvantes técnicos podem ter efeito adverso sobre nutrientes. Ex: Ø Dióxido de enxofre (inibe escurecimento enzimático) = diminui tiamina Ø Nitritos (conservante de carnes) = ¯ ac. ascórbico, carotenóides, tiamina e ac. fólico Ø Fitatos + Fe = quelatos 3 – Reações degradantes Ø Oxidação de lipídeos forma peróxidos, hidroperóxidos e epóxidos que oxidam carotenóides, tocoferóis e ácido ascórbico; Ø Escurecimento não enzimático formam compostos carbonila capazes dereagir com algumas vitaminas. Combinação de vários fatores Efeito sinérgico Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br 4 – Processos tecnológicos propriamente ditos Ø Tratamento térmico (HS são mais termolábeis que LS/ ex: riboflavina, B12, B6); Ø Dessoramento de queijos com pH ácido (Ca migra p/ fase aquosa). 5 – Perdas de vitaminas durante o armazenamento Estimativa das possíveis perdas depende: Ø Composição inicial do nutriente; Ø Condições de tempo e temperatura em que o alimento é armazenado e distribuído; Ø Características da embalagem (permeabilidade do oxigênio, ao vapor d’água e à luz); Ø Influência de fatores ambientais (luz, umidade relativa). Desidratação 55% Liofilização 30% Enlatamento 37% Congelamento 25% Cocção Ervilhas Frescas Branqueamento 25% Descongelamento 28% Aquecimento Cocção Cocção Cocção 56% 61% 64% 75% 65% Fennema, 1992 Porcentagem de perdas de ácido ascórbico em ervilhas submetidas a diferentes processos tecnológicos Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Doenças e Estados Carenciais Causa dos estados carenciais Carências do Aporte Carências de absorção Carências por aumento das necessidades vitamínicas Ø Aporte insuficiente dos alimentos Ø Dietas desequilibradas Ø Perturbações digestivas Ø Interações medicamentosas ou outras Ø Em doenças infecciosas Ø Na infância e adolescência Ø Na gravidez e lactação Ø Em doentes geriátricos Ø Stress da vida moderna Ø Fumantes Ø Alcoólatras Ø Mulheres que tomam anovulatórios Ø Desportistas Necessidades Vitamínicas X Faixas Etárias, Estilo de Vida, Doenças, etc... Situação Vitaminas mais necessárias Motivos Gravidez e aleitamento A, C, B6, B9, B12 Necessidades acrescidas pelo feto ou pelo bebê Adolescência Complexo B, C Durante as fases de crescimento rápido e/ou em alimentação pobres em vitaminas (tipo “snack” ou “fast food” Idosos Complexo B, C A idade pode diminuir a capacidade dos intestinos na absorção de vitaminas. Problemas dentários ou falta de interesse na preparação de refeições saudáveis Fumantes C Pode conduzir um decréscimo de até 40% nos níveis de vitamina C no sangue Constipações e gripe C A vitamina C ajuda no tratamento de gripes e constipações comuns, reduzindo a duração e gravidade dos sintomas Desporto Complexo B, C e E O máximo da capacidade é atingido quando estão cobertas 100% das necessidades vitamínicas Dietas A, Complexo B, C Quando se omitem refeições ou se reduz a variedade de alimentos Contracepção oral B6, B9 O estrogênio presente nos contraceptivos pode afetar o equilíbrio vitamínico do organismo, especialmente o da vitamina B6 Doenças Complexo B, C Infecções agudas, cirurgias ou queimaduras da pele geram um incremento das necessidades metabólicas Avitaminoses Inexistência de aporte ao organismo, de quantidade suficiente de uma vitamina específica por um período de tempo prolongado. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Carências Vitamínicas Retinol – A Xeroftalmia ® cegueira noturna (queratinização óssea). Alterações cutâneas ® pele seca, alopecia, unhas frágeis. ¯ [Zn] = ¯absorção vitamina A Tiamina – B1 Beribéri ® anorexia, atonia, alterações do SNP, TGI, SCV. Beribéri seco ® Polineurites (distúrbios da sensibilidade, com zonas de anestesia ou de hiperestesia, perda de forças até a paralisia de membros). No cérebro pode haver depressão, perda de energia, falta de memória, até síndromes de demência como a psicose de Korsakoff e a encefalopatia de Wernicke. Beribéri Úmido® Manifestações cardíacas e respiratórias Riboflavina – B2 Queilose ® lesões labiais e fissuras; Glossite (língua magenta); Dermatite seborréica (face, tronco e extremidades); Distúrbios funcionais e orgânicos nos olhos, anemia e neuropatias. Muito raras, costumam acompanhar a falta de outras vitaminas. Niacina – B3 ou PP Pelle Agra, é o termo em italiano para “pele áspera” (eritema das partes descobertas. Doença dos 3 “D” ® Diarréia, Demência e Dermatite. Ocorre por dietas pobres em triptofano. Piridoxina – B6 Anemia Macrocítica Hipocrômica reversível. Em lactentes causa convulsões e em gestantes a deficiência ocorre pelo aumento da demanda pelo feto. Acido Pantotênico – B5 Só ocorre em desnutrição marcante. As carências podem ser produzidas experimentalmente com alimentos artificiais, pelo uso de alguns antibióticos. Nesses casos, surgem cansaço, distúrbios do equilíbrio e do sono, câimbras, distúrbios digestivos como flatulência, cólicas abdominais. Pessoas com dietas normais não têm carência de Ácido Pantotênico. Biotina Dermatites. Perda de apetite, náuseas, vôm9itos, palidez, depressão. Muito raras, só podem aparecer se houver destruição das bactérias intestinais, administração de antimetabólicos da biotina com administração de clara de ovo crua, para que ocorra a carência de biotina. Ácido Fólico Displasia megaloblástica das células (principalmente da medula óssea); Anemia Macrocítica; Glossite. Malformações congênitas do sistema nervoso, lábio leporino e fissura palatina em crianças nascidas de mães que foram carentes de ácido fólico no início da gravidez. Partos prematuros. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Cianocobalamina – B12 Anemia Macrocítica ou Perniciosa (com lesões do SNC); é comum em ® pessoas operadas do estômago quando foi retirada a parte que produz o fator intrínseco, responsável pela absorção da vitamina B12; vegetarianos restritos (que não ingerem carnes, ovos, leite e seus derivados); portadores de parasitoses intestinais; pessoas operadas do pâncreas; portadores de doenças inflamatórias do intestino (espru) e os idosos. As deficiências de vitamina B12 podem provocar lesões irreversíveis do sistema nervoso, causadas pela morte de neurônios. Ácido Ascórbico – C Escorbuto ® deficiência na formação e manutençãode substancias intercelulares levando a hemorragias, afrouxamento dos dentes, mal cicatrização, fragilidade óssea, perda de cabelo e diminuição na formação do colágeno. Ergosterol – D2 Colecalciferol – D3 Raquitismo ® deposição insuficiente de cálcio e fósforo nos ossos; Osteomálacia. Tocoferol – E Esterilidade (em ratos); Distrofia muscular; Má absorção (esteatorréia, fibrose cística, pancreatite crônica). Fitomenadiona - K Hemorragia (incontrolável no recém-nato por ausência de bactérias intestinais); Hipoprotombinemia (com aumento do tempo de coagulação). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Deficiência Vitamina A Deficiência Tiamina – B1 Deficiência Riboflavina – B2 Glossite Beribéri Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Deficiência Niacina – B3 Anemia Falciforme (genética) Anemia Perniciosa Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Deficiência Ácido Fólico Raquitismo - Osteomalácia Escorbuto Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br ____________________________________________________________________Artigo Científico PERDAS NUTRICIONAIS: PREPARO DE ALIMENTOS E BIODISPONIBILIDADE Quando analisamos quantitativamente e qualitativamente o potencial nutricional de um alimento precisamos lembrar que o alimento ingerido nem sempre é aproveitado integralmente pelo organismo. O termo BIODISPONIBILIDADE refere-se justamente ao aproveitamento líquido dos alimentos quando processados no trato digestivo. Existem pelo menos dois fatores que influenciam no aproveitamento dos nutrientes: Ø As perdas durante o preparo; Ø As perdas nos processos digestivos e absortivos. O preparo, muitas vezes, diminui drasticamente o valor nutricional de um alimento. O calor empregado na cocção é, sem dúvida nenhuma, a maior responsável pela inativação de substancias nutritivas. Um exemplo bem conhecido é a perda das vitaminas dos alimentos pelo cozimento. A tabela ilustra a perda das vitaminas presentes na carne bovina durante o cozimento. Sabe-se que ovos, leite, carnes, cereais, verduras e legumes perdem tanto vitaminas como sais minerais no cozimento. Pode-se minimizar as perdas com o conhecimento das condições ideais de preparo, que incluem: Ø Tamanho do pedaço do alimento que é exposto à cocção; Ø Temperatura empregada; Ø Tempo de exposição ao calor; Ø Quantidade de água utilizada; Ø Método de cocção (exposição ao vapor, ferver, fritar, assar ou grelhar). Tabela I: Porcentagem da perda de vitaminas durante o cozimento de carne bovina Vitamina Assada, frita ou grelhada Fervida Tiamina 0-40 40-70 Riboflavina 0-30 0-40 Ácido nicotínico 10-30 30-70 Vitamina B6 0-40 30-60 Ácido fólico - 30 Ácido pantotênico 20 30-50 Outro aspecto a considerar é que nem sempre todo alimento ingerido é devidamente digerido e absorvido pelo organismo. É importante conhecermos a biodisponibilidade dos nutrientes, ou seja, a deficiência de captação e utilização de um dado nutriente. O entendimento da biodisponibilidade dos nutrientes envolve o conhecimento de uma série de fatores, dentre os quais destacamos: Ø Digestão; Ø Solubilidade; Ø Possíveis associações (complexações) com outros componentes da dieta; Ø Competição pelos mecanismos de captação da mucosa intestinal; Ø Velocidade de absorção de nutrientes. Como se vê, é muito difícil uma análise precisa da biodisponibilidade nutricional porque este é um conceito fisiológico que depende de fatores individuais. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br DIGESTÃO A importância do conhecimento da biodisponibilidade fica evidente quando se observa que o número de calorias produzidas a partir dos alimentos no organismo vivo é muito menor que o produzido quando este alimento é queimado em um calorímetro. Isto deve-se em parte ao fato que os nutrientes que produzem calor (proteínas, carboidratos e lipídios) não totalmente absorvidos pelo intestino humano. Além disso, principalmente no caso de proteínas, a fração que é digerida e absorvida não é completamente oxidada para produzir energia. A maior parte da diferença entre o número de calorias que uma dieta poderia prover se os nutrientes fossem completamente digeridos e absorvidos e o número de calorias que realmente fornecem, deve-se à presença de carboidratos não disponíveis (fibras) contidos em alimentos de origem vegetal. Estes contêm celulose, hemicelulose, mucilagens e pectinas, e também lignina, não glicídica. O trato digestivo humano não secreta enzimas capazes de digeri-las, e mesmo que os microrganismos presentes no trato gastrointestinal possam hidrolisa-las e converte-las em ácidos graxos de cadeia curta (tornado-os parcialmente absorvíveis) isto representa uma pequena fonte de energia. ASSOCIAÇÃO COM OUTROS COMPONENTES DA DIETA A presença de fibras na dieta modifica grandemente a biodisponibilidade dos nutrientes. As fibras são de natureza hidrofílica o que resulta na adsorção de água, aumentando o volume fecal, que, por sua vez, estimula o peristaltismo e acelera o trânsito intestinal. Além de que, as fibras têm a propriedade de complexar substâncias como minerais, gorduras (incluindo ácidos graxos e colesterol) e açúcares simples como a glicose. Tanto o aumento do trânsito intestinal quanto a complexação de substâncias resulta da diminuição da absorção de muitos nutrientes importantes. A regulação da absorção de compostos como a glicose e gorduraspromovidas pela alta ingestão de fibras pode ser benéfica para os diabéticos e indivíduos com riscos de acidentes vasculares; no entanto, o excesso de fibras na dieta resulta na deficiência de minerais. Além dos carboidratos, outros alimentos contêm nutrientes na forma não disponível. Os melhores documentados são ferro, ácido nicotínico, aminoácidos e microelementos. O ferro presente na dieta existe em duas formas: o ferro do grupamento heme, presente na mioglobina (músculo) e na hemoglobina (sangue) dos alimentos e o ferro inorgânico, presente principalmente em alimentos vegetais. A eficiência de absorção do ferro inorgânico varia de 1 a 10% enquanto que o ferro do grupamento heme é absorvido em torno de 20%. Não somente a presença de fibras regula o processo absortivo, mas também, a combinação dos alimentos da dieta. Existem alimentos que são antagônicos, tais como o ferro e o zinco que competem pelo transportador da mucosa intestinal. Dessa forma, a suplementação alimentar, ou dieta exagerada em algum destes elementos, diminui consideravelmente a absorção do outro. Ou seja, a absorção de um impede a do outro. No entanto, existem também facilitadores da absorção intestinal. Um exemplo, o ferro inorgânico, cuja biodisponibilidade é baixa, complexa-se com o ácido ascórbico, citrato e proteínas, e na forma de complexo passa a ser mais bem absorvido. Assim, a combinação de alimentos como o feijão, que possui alto conteúdo de ferro e proteínas, acompanhado de frutas cítricas, que possuem vitamina C, permite um melhor aproveitamento dos constituintes da dieta. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br LEITURA COMPLEMENTAR VALOR DE ABSORÇÃO Os componentes chamados de antinutricionais são aqueles que interferem acentuadamente com a biodisponibilidade de um ou mais nutrientes. Por exemplo, o tanino presente nos feijões pretos são potentes inibidores da absorção de carboidratos, pois inibem as enzimas responsáveis pela digestão dos carboidratos, o que explica a má digestão que acompanha a ingestão de feijão preto. Além do tanino, os alimentos de origem vegetal possuem fibras polissacarídicas e proteínas não digeríveis que são agentes complexantes de nutrientes. É por este motivo que uma dieta exclusivamente vegetariana é contra indicada. Sabe-se que as terapias medicamentosas prolongadas podem interferir com a absorção de micronutrientes e levar à sua depleção. Os medicamentos antiepiléticos impedem a absorção de ácido fólico e vitamina D, os contraceptivos orais levam à depleção de piridoxina, ácido ascórbico, cobre e zinco. Normalmente as tabelas incluídas nos livros de nutrição apresentam os valores nutricionais potenciais de cada alimento determinados pela liberação de energia na queima total, em calorímetro, ou seja, as quantidades de nutrientes presentes se não houvesse nenhuma perda no preparo ou mesmo na digestão e absorção deste alimento, e não consideram que a quantidade de nutrientes que chega à circulação é diferente, e muitas vezes, bem menor. HISTÓRICO DAS VITAMINAS VITAMINA (do latin “Vita”, vida + elemento composto amina, porque Casimir Funk, ao criar o termo, em 1911, descobrindo a primeira vitamina - vitamina B1- identificou-a como uma amina imprescindível para a vida). Desde as experiências fundamentais de Lavoisier, no século XVIII, até os estudos de Funk, um período de hipóteses, de investigações experimentais e observações clínicas imperou, por etapas, até chegar-se ao ano de 1920, encerrando-se, assim o que poderia denominar o primeiro ciclo das investigações vitaminológicas. No período de 1920 a 1940 estudos, de maneira incrementada, possibilitou a identificação da causa de diversas doenças, hoje reconhecidas como carências e a descoberta de novos fatores vitamínicos tais como a distinção entre as vitaminas A e D, a natureza nutricional e a vitaminótica da pelagra, a função nutritiva da riboflavina, as diversas funções da tiamina, a descoberta do ácido ascórbico, da biotina, da vitamina K, do ácido fólico, o isolamento da vitamina E, da vitamina B12 e a constatação que, sob a denominação genérica de vitamina B, estavam grupados diversos fatores vitamínicos de estrutura e funções diferentes que compunham o chamado "complexo B”. Nesse período foram tentadas com sucesso as primeiras sínteses vitamínicas e sobre maneira enriquecido o patrimônio vitaminológico com o estabelecimento de sua importância na nutrição, suas fontes alimentares, suas funções fisiológicas e seu emprego em diversas afecções em que elas se mostram, em muitos casos, eficazes. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Ø Até o início do século XX as vitaminas eram nutrientes desconhecidos; Ø Suspeitava-se que existiam ‘fatores nutricionais acessórios’ além das proteínas, carboidratos, lipídios e minerais; Ø As doenças em humanos originadas por deficiências nutricionais tais como a beribéri, escorbuto, pelagra e o raquitismo estimularam a descoberta das vitaminas; Ø Casimir Funk em 1912, formulou a teoria que havia uma amina vital para a manutenção da saúde do organismo. Doenças como o escorbuto, a pelagra, e talvez o raquitismo, eram causadas pela ausência na dieta de substâncias orgânicas, às quais deu o nome de vitaminas. Ø Mais tarde, por volta de 1945, provou-se que Funk estava correto, mas verificou-se que havia várias substâncias que tinham estas funções. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br História das Vitaminas O fato de que certos alimentos são necessários para manter a saúde ou para evitar algumas doenças é conhecido há muito tempo. Antes do século 20, as causas dessas doenças, como o pelagra, o beribéri, o escorbuto, a cegueira noturna, o raquitismo e a anemia perniciosa, não eram conhecidas. Os médicos acreditavam que eram de natureza infecciosa, pois afetavam muitas pessoas de uma mesma comunidade, como por exemplo, os habitantes pobres da Londres vitoriana, as crianças de um orfanato, ou os marinheiros de navios por longo tempo no mar. Os tratamentos, portanto, eram totalmente inadequados e não curavam ninguém. A partir do século 18, entretanto, demonstrou-se que a suplementação alimentar com frutas cítricas (laranjas e limões, por exemplo), evitava o escorbuto, e no século 19 foi determinado que a ingestão de arroz integral (em substituição ao arroz polido), prevenia a ocorrência de beriberi. Descobriu-se também que o fígado cru de boi prevenia e tratava a anemiaperniciosa, e que o óleo de fígado de bacalhau era excelente para o raquitismo. Foi uma conseqüência natural, portanto, que os cientistas do século 20, utilizando a metodologia recém-desenvolvida da bioquímica e da nutrição experimental, determinassem que esse poder curativo dos alimentos poderia ser devido a substâncias químicas que estavam presentes em alguns deles, mas faltavam em outros. Em 1906, o bioquímico inglês Frederick Gowland Hopkins demonstrou a existência desses fatores acessórios nos alimentos, e em 1911, o químico polonês Casimir Funk descobriu na casca do arroz um "fator anti-beriberi" (que hoje sabemos ser a vitamina B6 ou niacinamida), que era capaz de corrigir a doença experimentalmente em animais e seres humanos. Como a substância era uma amina, Funk a denominou de "vital amin" (ou amina vital), que acabou sendo abreviada para "vitamina", e que é o nome que acabou vingando para essa classe de substâncias (apesar de que se descobriu depois que a maioria delas não são aminas). Em 1912, depois de várias pesquisas semelhantes, ambos pesquisadores propuseram a "hipótese da deficiência de vitaminas", ou seja, que várias doenças poderiam ser causadas pela falta de uma quantidade mínima dessas substâncias. Por meio de experimentos nos quais os animais eram privados de certos tipos de alimentos, os cientistas conseguiram reproduzir em laboratório o raquitismo, o escorbuto e a pelagra, e assim foram capazes de isolar e identificar as vitaminas que conhecemos hoje. Esse foi um dos mais importantes progressos da medicina em todos os tempos. Ele levou à virtual erradicação de todas essas doenças, a partir da recomendação dos médicos que fossem suplementadas as vitaminas dos alimentos normalmente consumidos (por exemplo, leite), a adoção de dietas mais balanceadas, principalmente em alimentos ricos em certos tipos de vitaminas (os de gerações mais antigas ainda se lembram do famoso óleo de fígado de bacalhau, rico em vitamina D, e que eliminou do planeta a praga do raquitismo, que afetava muitíssimas crianças, principalmente no hemisfério norte). Posteriormente surgiram os suplementos vitamínicos na forma de cápsulas e drágeas, hoje amplamente consumidos. Hopkins Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Vitamina C Século XVI até XVIII ð Grandes Navegações: o Escorbuto era doença clássica entre os marinheiros que passavam longos períodos em alto mar, sem ingerirem frutas e verduras frescas. Século XVII ð Com a introdução da batata na alimentação dos europeus do norte, onde a alimentação é pobre em verduras e frutas frescas durante o inverno, o escorbuto se tornou raro. 1747 ð Lind, um medico da marinha inglesa, fez um estudo dando a diferentes grupos de marinheiros alimentos diferentes, visando tratar o escorbuto. Dos grupos, um recebia mostarda, outro recebia cidra, outro vinagre, outro laranjas e limões, outro água do mar; o grupo alimentado com limões e laranjas se recuperava rapidamente da doença. 1670 ð Só no Real Hospital Naval de Portsmouth, foram tratados 1457 casos de escorbuto. Em 1780, depois da introdução do suco de limão, só houve 2 casos da doença. 1936 ð O ácido ascórbico foi isolado e identificado por Albert Szent- Gyorgyi. Hoje é produzido industrialmente. Vitamina B1 Foi a primeira do complexo B a ser descoberta. Século XIX ð Ásia, início da produção de arroz polido aumentou significativamente a incidência de beribéri. 1880 ð Almirante Takaki da marinha japonesa provou que a causa do beribéri era alimentar, ao acrescentar à dieta dos marinheiros da marinha nipônica peixes, carne, cevada e vegetais. 1897 ð Eijkman, um médico holandês que atuava em Java, observou que o pó resultante do polimento do arroz, se diluído em água e administrado aos portadores de beribéri, curava a doença. Estudo experimental com frangos. 1936 ð A vitamina B1 foi isolada e batizada com o nome de tiamina. Vitamina B2 1879 ð Uma série de compostos amarelados havia sido isolada de alimentos que foram denominados de flavinas. Verficou-se que uma parte era lábil ao calor, denominada de B1, e uma outra que era estável ao calor, foi denominada de B2. Niacina ou Niacinamida (Fator PP ou Vitamina B3) 1914 ð Funk postulou que a pelagra era uma doença carencial. Goldberg demonstrou que se podia curar a pelagra com carne fresca, ovos e leite. Goldberg verificou ser também um componente hidrossolúvel, termoestável que acompanhava o complexo B. 1935 ð Warburg e outros isolaram o ácido nicotínico do sangue de cavalos. Christian Eijkman Albert Szent-Gyorgyi Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br Vitamina B6 1926 ðVerificou-se que uma das conseqüências da falta de vitamina B2 era a dermatite. Em 1936, György separou da vitamina B2 um fator solúvel em água cuja falta era a real causa das dermatites. Denominou-se de vitamina B6. Vitamina B12 1824 ð Combe e Addison descreveram casos de anemia megaloblástica. Combe associou essa anemia a fatores digestivos. 1860 ð Austin Flint descreveu uma severa atrofia gástrica e falou da possibilidade de uma eventual relação com a anemia anteriormente citada. 1872 ð Biermer deu-lhe o nome de anemia perniciosa. 1925 ð Whipple observou que o fígado contém um potente fator que corrigia as anemias ferroprivas de cães. Minot e Murphy, seguindo e continuando nessa linha de observações, descreveram a eficácia da alimentação com fígado para reverter a anemia perniciosa e receberam o prêmio máximo da medicina. 1930 ð Castle observou a existência de um fator secretado pelas células parietais do estômago, denominado de fator intrínseco (Fator de Castle), que era necessário para corrigir a anemia perniciosa e que ele agia em conjunto com um fator extrínseco, semelhante a uma vitamina, obtido do fígado. 1950 ð Rickes, Smith e Parker isolaram e cristalizaram a vitamina B12. Depois, Dorothy Hodgkin determinou a estrutura cristalina da vitamina B12 e, por isso, também recebeu um prêmio Nobel. Ácido Fólico Nas tentativas de tentar purificar o teor extrínseco, Wils descreveu uma forma de anemia perniciosa na Índia, que respondia ao fator extraído do fígado, mas, que não respondia às frações purificadas que se sabia serem eficazes no tratamento da anemia perniciosa. Era conhecido como fator de Wils, depois denominado de vitamina M e, hoje, conhecido como Ácido Fólico, que foi isolado em 1941 por Mitchell. Ácido Pantotênico 1933 ð Descoberto por Willians, como sendo uma substancia essencial para o crescimento de leveduras. O seu nome vem do grego, onde Panthos significa de todos os lugares. Isso porque o ácido pantotênico é encontrado em toda parte. O seu primeiro papel foi verificado através de uma doença, denominada pelagra dos pintos, que era curada com extratos de fígado e não era curada com ácido nicotínico. Foi demonstrado por Wooley e Jokes que o fator que curava a dermatite das aves era o ácidopantotênico. Carnitina 1905 ð A carnitina foi identificada como um constituinte nitrogenado dos músculos, depois reconhecido como sendo um fator de crescimento das larvas da farinha. 1950 ð Fritz e Bremer observaram o papel da carnitina na oxidação de ácidos graxos nos mamíferos. O nome carnitina viria da carne (Músculo). Biotina 1916 ð Bateman demonstrou que ratos alimentados com clara de ovos como única fonte Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – Faculdade de Farmácia Departamento de Bromatologia Disciplina: Composição de Alimentos Prof ª: Márcia Barreto da Silva Feijó : e-mail : marciabarreto@vm.uff.br proteínas, desenvolviam desordens neuromusculares, dermatite e perda de cabelos. Esta síndrome poderia ser prevenida se cozinhasse a clara ou se fosse acrescentado fígado ou levedura à dieta. 1936 ð Kögl e Tönis isolaram da gema do ovo uma substância que era essencial para o crescimento da levedura e a denominaram de biotina. Depois, foi verificado que esse fator e aquele que prevenia a intoxicação da clara de ovo cozida era o mesmo. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.
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