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Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC Centro Tecnológico - CTC Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos - EQA Disciplina: EQA5312 Professor: Ricardo Antonio Francisco Machado PROBLEMA 04 CÁLCULO DO PERFIL DE TEMPERATURA PARA UMA BARRA DE AÇO 304 E ALUMÍNIO UTILIZANDO O MÉTODO DE CRANK-NICOLSON EM UM SISTEMA IMPLÍCITO. Acadêmicos: Fabrício Bertoli Fernando Zorzo Dal Piva Fernanda Lazzari Miguel Angel Pérez Del Busto Júnior Florianópolis, 10 de Dezembro de 2012 CONSIDERAÇÕES E HIPÓTESES: Para a resolução do problema as seguintes observações e hipóteses foram levadas em consideração: 1. Barra de Alumínio/Aço 304 com comprimento de 10 cm; 2. Foi considerado que as temperaturas as bordas fixas T0=100 o C e T10=50 o C e temperatura inicial da barra igual a 0ºC. 3. A barra metálica proposta no exercício foi considerada sendo Alumínio. Ou seja, Vamos calcular o perfil de temperatura para uma barra de Alumínio e Aço 304 com comprimento de 10 cm, empregando um ∆x=1cm e ∆t=0,5s até atingir o estado estacionário, utilizando o método de Crank-Nicolson num sistema implícito. Considere as temperaturas das bordas fixas T0=100 o C e T10=50 o C, temperatura inicial da barra de 0ºC. Solução: Aplicando o método de Crank-Nicolson tomamos como base as seguintes equações para a montagem do sistema: lililililili TTTTTT 1111111 1212 (1) Substituindo a equação para as extremidades, temos que: Para o primeiro nó: 121121 1212 lolllolli tfTTtfTT (2) Para o último nó: 1111111 1212 lmlmlmlmlmlm tfTTtfTT (3) 50ºC 100ºC 0ºC ALGORITIMOS: A. BARRA DE ALUMÍNIO Dados: k´= 0,835cm²/s = 0,4175 Com as equações 1, 2 e 3 é possível criar uma matriz tridiagonal de ordem 9, no Matlab, com os seguintes comandos: A=zeros(9) for i=1:9 a(i,i)=2.835 end for i=1:8 a(i+1,i)=-0.4175 end for i=1:8 a(i,i+1)=-0.4175 end A matriz de resultados depende das temperaturas da iteração anterior, com isso criou-se um algoritmo para atingir o estado estacionário do problema citado acima, assumindo um erro de 0,1 o C. Para este calculo iterativo foi criado um algoritmo no Matlab. Segue o programa: A=zeros(9) for i=1:9 A(i,i)=2.835 end for i=1:8 A(i+1,i)=-0.4175 end for i=1:8 A(i,i+1)=-0.4175 end n=0 for t=0 B=[83.5;0;0;0;0;0;0;0;41.75] T=A\B a=T(1,1) b=T(2,1) c=T(3,1) d=T(4,1) e=T(5,1) f=T(6,1) g=T(7,1) h=T(8,1) i=T(9,1) z1=83.5+1.165*a+(0.4175*b) z2=0.4175*a+1.165*b+0.4175*c z3=0.4175*b+1.165*c+0.4175*d z4=0.4175*c+1.165*d+0.4175*e z5=0.4175*d+1.165*e+0.4175*f z6=0.4175*e+1.165*f+0.4175*g z7=0.4175*f+1.165*g+0.4175*h z8=0.4175*g+1.165*h+0.4175*i z9=41.75+1.165*i+0.4175*h C=[z1;z2;z3;z4;z5;z6;z7;z8;z9] end %Analise da temperatuura do ponto x=5cm a cada 0,5s, e comparando com a temperatura do tempo anterior %t=0,5s n=1 u=T(5,1) G=A\C y=G(5,1) while (y-u>0.1) u=G(5,1) a(n+1)=G(1,1) b(n+1)=G(2,1) c(n+1)=G(3,1) d(n+1)=G(4,1) e(n+1)=G(5,1) f(n+1)=G(6,1) g(n+1)=G(7,1) h(n+1)=G(8,1) i(n+1)=G(9,1) z1=83.5+1.165*a(n+1)+(0.4175*b(n+1)) z2=0.4175*a(n+1)+1.165*b(n+1)+0.4175*c(n+1) z3=0.4175*b(n+1)+1.165*c(n+1)+0.4175*d(n+1) z4=0.4175*c(n+1)+1.165*d(n+1)+0.4175*e(n+1) z5=0.4175*d(n+1)+1.165*e(n+1)+0.4175*f(n+1) z6=0.4175*e(n+1)+1.165*f(n+1)+0.4175*g(n+1) z7=0.4175*f(n+1)+1.165*g(n+1)+0.4175*h(n+1) z8=0.4175*g(n+1)+1.165*h(n+1)+0.4175*i(n+1) z9=41.75+1.165*i(n+1)+0.4175*h(n+1) G=[z1;z2;z3;z4;z5;z6;z7;z8;z9] G=A\G y=G(5,1) n=n+1 end %mostrar qual foi o numero de iterações(n) e qual a temperatura para os pontos na iteração %N onde o sistema entra em estado estacionário T=G N=n %t=0,5n N indica o número de iterações necessárias para se atingir o estado estacionário, portanto como cada iteração corresponde a 0,5s, temos um tempo total de 44s. A matriz X corresponde aos valores das temperaturas encontradas. Com isso, temos que as temperaturas finais, durante o estado estacionário são: 94,927; 89,86; 84,809; 79,775; 74,763; 69,775; 64,809; 59,861; 54,927 A partir dessas iterações é possível plotar os seguintes gráficos: Gráfico 1. Temperatura do ponto na barra de alumínio versus o tempo. No Gráfico 1 podemos observar o perfil de temperatura em função da posição em diferentes tempos, até que se atinja o estado estacionário, em que o perfil de temperatura na barra se torna linear. x (cm) = 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 T( o C) = 95 90 85 80 75 70 65 60 55 50 Observa-se que em t=0 ate t=22s tem-se um perfil parabólico, o que indica um estado transiente de transferência de calor e conforme o passar do tempo essa parábola se aproxima de um reta, indicando o estado estacionário (dT/dx=0). Gráfico 2. Temperatura versus tempo em diferentes pontos da barra de alumínio. O Gráfico 2 mostra o perfil de temperatura para determinadas posições da barra. Tem-se a partir de um determinado tempo para cada posição a temperatura aproximando-se de uma constante, o que indica o estado estacionário (dT/dt=0). B. AÇO 304 k´= 0,328cm²/s = 0,164 Com as equações 1, 2 e 3 é possível criar uma matriz tridiagonal de ordem 9, no Matlab, com os seguintes comandos: A=zeros(9) for i=1:9 A(i,i)=2.656 end for i=1:8 A(i+1,i)=-0.164 end for i=1:8 A(i,i+1)=-0.164 end A matriz de resultados depende das temperaturas da iteração anterior, com isso criou-se um algoritmo para atingir o estado estacionário do problema. Neste programa, aconteceu algo inesperado, por mais que diminuíssemos o erro, o sistema não atingia o estado desejado, sempre ainda tendo um grande gradiente de temperaturas e um grande fluxo de calor a ser trocado. Portanto, fez-se o algoritmo para interpolar de acordo com o numero de iterações. Segue o programa: A=zeros(9) for i=1:9 A(i,i)=2.656 end for i=1:8 A(i+1,i)=-0.164 end for i=1:8 A(i,i+1)=-0.164 end T=[53.4025;14.2614;3.8169;1.0528;0.4071;0.5808;1.9230;7.1345;26.7022] a=T(1,1) b=T(2,1) c=T(3,1) d=T(4,1) e=T(5,1) f=T(6,1) g=T(7,1) h=T(8,1) i=T(9,1) z1=65.6+1.34*a+0.164*b z2=0.164*a+1.34*b+0.164*c z3=0.164*b+1.34*c+0.164*d z4=0.164*c+1.34*d+0.164*e z5=0.164*d+1.34*e+0.164*f z6=0.164*e+1.34*f+0.164*g z7=0.164*f+1.34*g+0.164*h z8=0.164*g+1.34*h+0.164*i z9=32.8+1.34*i+0.164*h C=[z1;z2;z3;z4;z5;z6;z7;z8;z9] n=83 G=A\C while (n<3000) u=G(5,1) a(n+1)=G(1,1) b(n+1)=G(2,1) c(n+1)=G(3,1) d(n+1)=G(4,1) e(n+1)=G(5,1) f(n+1)=G(6,1) g(n+1)=G(7,1) h(n+1)=G(8,1) i(n+1)=G(9,1) z1=65.6+1.34*a(n+1)+0.164*b(n+1) z2=0.164*a(n+1)+1.34*b(n+1)+0.164*c(n+1) z3=0.164*b(n+1)+1.34*c(n+1)+0.164*d(n+1) z4=0.164*c(n+1)+1.34*d(n+1)+0.164*e(n+1) z5=0.164*d(n+1)+1.34*e(n+1)+0.164*f(n+1)z6=0.164*e(n+1)+1.34*f(n+1)+0.164*g(n+1) z7=0.164*f(n+1)+1.34*g(n+1)+0.164*h(n+1) z8=0.164*g(n+1)+1.34*h(n+1)+0.164*i(n+1) z9=32.8+1.34*i(n+1)+0.164*h(n+1) G=[z1;z2;z3;z4;z5;z6;z7;z8;z9] G=A\G n=n+1 end T=G N=n %t=0,5n (tempo para o processo ser estacionário) A partir dessas iterações é possível plotar os seguintes gráficos: Gráfico 3. Temperatura do ponto na barra de aço versus o tempo Neste gráfico foi verificado que mesmo com grandes valores de tempo estipulados relativamente altos, através do numero de iterações N, não foi possível atingir o estado estacionário. Além disso, pela inclinação das curvas, é possível dizer que o sistema não está nem próximo de atingir o equilíbrio. Gráfico 4. Temperatura versus tempo em diferentes posições na barra de aço Com o Gráfico 4 é possível observar que após um acréscimo de temperatura relativamente no inicio do processo, a mesma se mantém praticamente constante por um longo período de tempo. Este comportamento descrito nos gráficos Temperatura vs posição e Temperatura vs tempo para aço 304 é atípico para um processo de transferência de calor, o que indica uma imprecisão do modelo escolhido para resolver o problema proposto com este tipo de material. Sugere-se o estudo de um outro modelo que possa descrever o caso.
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