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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE UMA DAS VARAS DE FAMÍLIA DA COMARCA DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM-ES. CLEMENTINA DA SILVA DO BRASIL, menor impúbere, neste ato representada por sua genitora ANA DA SILVA, estado civil..., união estável..., auxiliar de serviços gerais, inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas sob o nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliada na Rua..., Bairro..., na cidade de Cachoeiro de Itapemirim-ES, CEP.., por intermédio de seu advogado (devidamente qualificado na procuração anexa), propor AÇÃO DE ALIMENTOS C/C PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS, com base na lei 5.478/68 em face de CLEBER DO BRASIL, estado civil…, união estável…, motorista, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o nº…, endereço eletrônico…, residente e domiciliado na Rua…, Bairro…, na cidade de Itapemirim-ES, CEP…, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir delineados. I - FATOS A Requerente é filha da Representante e do Requerido, e hodiernamente tem 5 (cinco) anos de idade, conforme certidão de nascimento anexa, outrossim, a referida reside com a mãe. Ocorre que, desde o nascimento da Requerente, a criação e custos, como: alimentação, vestuário, moradia, educação, dentre outras, são de responsabilidade da Representante. Importante frisar que tais custos, somados chegam ao montante de aproximadamente R$ 1.000,00 (mil reais) mensais, que podem ser observados nos comprovantes ora anexos, ademais, a Representante que exerce atividade laborativa como auxiliar de serviços gerais, não recebe uma remuneração relativamente boa, desde modo, enfrenta inúmeras dificuldades financeiras para criação da Requerente. O Requerido, por sua vez, exerce atividade laborativa como motorista na empresa SEM NOME GRANITOS S.A., e que recebe, mensalmente, a quantia de R$3.000,00 (três mil reais), sendo assim, poderia perfeitamente contribuir com os gastos da Requerente, sem lhe causar prejuízo financeiro. Diante de tais informes, considerando a inércia do Requerido em contribuir com os gastos da Requerente, a única alternativa, foi a propositura da presente ação. II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS II.I – DEVER ALIMENTAR A luz dos acontecimentos supracitados, é latente que o Requerido deve cumprir com sua obrigação contribuindo para manutenção do mínimo necessário para que a Requerente tenha uma qualidade de vida dentro de padrões aceitáveis. Nesse sentido, o artigo 229 da Constituição Federal, preconiza: Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. Ademais, o artigo 1.634 do Código Civil, leciona: Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos I - dirigir-lhes a criação e a educação; (...) II.II – ALIMENTOS (NECESSIDADE X POSSIBILIDADE) Consoante o sistema do Código Civil, os alimentos compreendem os recursos necessários à sobrevivência, não só à alimentação propriamente dita, como a habitação, vestuário, tratamento médico e dentário, assim como a instrução e educação, quando se trata de menor. Nesse sentido, fez o Legislador pátrio consignar, no § 1º, do art. 1.694, do Código Civil, que: “Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades e dos recursos da pessoa”. Outrossim, referido Código em seu artigo 1.695, dispõe: Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento III - ALIMENTOS PROVISÓRIOS Em que pese a presente demanda para satisfazer o interesse da Requerente, convém salientar que esta não pode esperar pelo provimento jurisdicional, tendo em vista que suas necessidades são perenes e urgentes, até pela tenra idade. Nesse sentido, o artigo 4° da Lei 5.478/68, dispõe: Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita. Isto posto, com o objetivo de propiciar à Requerente proteção jurisdicional aos meios à sua mantença digna, REQUER alimentos provisórios, nos termos da pensão alimentícia requerida alhures. IV - DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS Ante o exposto, requer: Seja concedido, a título de liminar, os alimentos provisórios no percentual de 30% dos rendimentos mensais, sendo depositado em conta a ser aberta pela representante legal; A procedência do pedido, condenando o réu em definitivo ao pagamento dos alimentos provisórios no percentual de 30% dos seus rendimentos mensais; A citação do requerido, bem como sua intimação, para o comparecimento em audiência de conciliação, podendo contestar dentro do prazo, sob pena de revelia; Seja oficiado a empresa SEM NOME GRANITOS S.A, para que seja realizado o desconto em folha de pagamento do Requerido; A intimação do ilustre Representante do Ministério Público para que acompanhe os atos e procedimentos dessa ação, bem como que se manifeste sobre os mesmos intervir no feito; A condenação do Requerido ao pagamento de custas e honorários advocatícios; A produção de prova por todos os meios admitidos em direito, especialmente por documentais e testemunhais. Dá-se a causa o valor de R$ 10.800,00 (dez mil e oitocentos reais). Nestes termos, Pede deferimento. Cachoeiro de Itapemirim-ES, 08 de junho de 2018. ADVOGADO... OAB/ES...
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