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ITALO PEREIRA-AGRAVO DE INSTRUMENTO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ 
 
 
 
 
MIRIAN APARECIDA ALMEIDA, brasileira, devidamente inscrito no do RG: 
62647396 SSP/PR, CPF/CNPJ: 877.317.389-49; JOSUE NERI JUNIOR, brasileiro, 
devidamente inscrito no RG: 125057381 SSP/PR, CPF/MF 082.147.069-80; MAYCON 
ALMEIDA NERI, brasileiro, devidamente inscrito no RG: 123595556 SSP/PR, CPF/MF 
083.343.599-00, vem por meio de sua advogada com procuração anexa aos autos da ação 
0006084-93.2023.8.16.0194 em trâmite na 14ª Vara Cível da Comarca de Curitiba, que 
move CRISTIANE APARECIDA FERREIRA TABORDA, portadora do RG: 73694310 
SSP/PR CPF/CNPJ: 008.079.729-67; JOYCE TALITA TABORDA NERI, portadora do 
CPF/CNPJ: 083.072.659-40 e JÉSSICA THAIS TABORDA NERI VAZ, portadora do 
CPF/CNPJ: 083.072.669-12 já qualificadas nos autos em epígrafe, vem respeitosamente 
perante Vossa Excelência, por sua advogada, em conformidade com o artigo 1015, I, e 
seguintes do CPC, interpor: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM EFEITO SUSPENSIVO 
Contra a decisão proferida pelo juízo de 1ª Instância (evento 50.1), que concedeu 
tutela de urgência, que causará lesão grave e de difícil reparação aos réus, motivo pela qual, 
desde já pleiteia pelo efeito suspensivo, conforme fundamentação a seguir, moldes do artigo 
1.019, inciso I do Código de Processo Civil, requerendo que seja recebido e processado, para 
que ao final, seja conhecido e provido. 
 
I. DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO 
O presente recurso encontra-se tempestivo. Verifica-se que a decisão de evento 50 
foi proferida em 01/02/2024, tendo a Ré sido citada em 06/02/2024 (evento 69), data da 
juntada do mandado de citação aos autos. 
Cumpre ressaltar, que a ora peticionante goza da prerrogativa do prazo em dobro, já 
que é representada por escritório de prática jurídica de faculdades de Direito, reconhecida na 
forma da lei, conforme disposto no artigo 186, § 3º, do CPC. 
Nesse ínterim, considerando o recesso judiciário dos dias 12 e 13 de fevereiro de 
2024, em razão do feriado nacional do Carnaval, tem-se que o prazo final para se manifestar 
nos presentes autos é o dia 21/03/2024. 
II.DA JUSTIÇA GRATUITA 
Desde logo, os requeridos pugnam pela concessão integral da gratuidade da justiça, 
pois é pessoa pobre na forma da lei e em função de sua pouca condição financeira faz jus, 
nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal de 1988 e art. 98 e seguintes 
do CPC/15, a gratuidade da justiça, conforme declaração de hipossuficiência (anexa). 
Portanto, inicialmente, pugna-se pela integral concessão da gratuidade judiciária, 
pois, como já exposto acima, os réus se inserem dentro da situação legal autorizadora da 
gratuidade integral, nos termos do artigo 98 e seguintes do CPC/15. 
III. DA JUNTADA DAS PEÇAS OBRIGATÓRIAS E FACULTATIVAS 
A Agravante junta cópia integral dos autos, declarada autêntica pelo advogado nos 
termos do artigo 425, IV do Código de Processo Civil, e, entre elas, encontram-se as 
seguintes peças obrigatórias: 
a) Cópia da r. decisão agravada (mov. 50.1 dos autos 0006084-93.2023.8.16.0194) 
b) Cópia da certidão da intimação da r. decisão agravada (mov. 69 dos autos 0006084-
93.2023.8.16.0194) 
c) Cópia da procuração outorgada aos advogados (mov. 1.12 dos autos 0006084-
93.2023.8.16.0194). 
Diante disso, pleiteia-se o processamento do presente recurso, sendo o mesmo 
distribuído a uma das Câmaras Cíveis deste Egrégio Tribunal de Justiça (CPC, art. 1.016, 
caput), para que seja, inicialmente, e com urgência, submetido para análise do pedido de 
efeito suspensivo ao recurso ( CPC, art. 1.019, inc. I). 
 
 
Nestes termos, 
Pede-se e espera deferimento. 
 
 
Curitiba, 13 de março de 2024 
 
 
Italo Pereira (R.A. 1311820101)…. OAB/xx nº 
 
 
 
RAZÕES RECURSAIS 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL 
 
COLENDA CÂMARA 
 
Processo: 0006084-93.2023.8.16.0194 
 
Comarca de Curitiba/PR - 14ª Vara Cível 
 
Agravante: MIRIAN APARECIDA ALMEIDA e outros 
 
Agravado: CRISTIANE APARECIDA FERREIRA TABORDA, JOYCE TALITA TABORDA 
NERI e JÉSSICA THAIS TABORDA NERI VAZ 
 
 
 A ilustre decisão proferida pelo juízo de 1ª Instância (evento 50.1), que concedeu 
tutela de urgência merece ser reformada, visto que a proferida causará lesão grave e de 
difícil reparação. 
 
 
I. SÍNTESE DOS FATOS 
As autoras propuseram Ação de Arbitramento de Aluguel em desfavor dos réus, na 
qual pleiteiam a concessão de tutela de urgência para serem arbitrados alugueres provisórios 
pela ocupação exclusiva pelos Requeridos no imóvel indicado. Pleitearam o valor de 
R$1.250,00 (mil duzentos e cinquenta reais), correspondente às suas quotas partes do imóvel 
em relação ao valor médio dos alugueis de outros imóveis situados na mesma região, valores 
estes, auferidos de maneira unilateral. 
Consta da inicial que ambas as partes são herdeiras de Josué Neri, falecido no dia 16 
de janeiro de 2008, cuja ação de inventário tramita nos autos principais, nº 0004687-
16.2011.8.16.0001. 
Alegam as autoras, que dentre os bens deixados pelo de cujus se encontra o imóvel 
localizado na Rua Francisco Claudino Ferreira, no 1135, bairro Sítio Cercado, nesta capital, 
o qual vem sendo utilizado exclusivamente pelos réus desde o falecimento do proprietário, 
sem a concordância dos demais herdeiros. Aduzem que referido imóvel é usado tanto para 
fins residenciais como para o comércio, sendo parte do bem alugado para terceiros, de modo 
que apenas os réus estariam auferindo lucro com o bem. 
As requerentes ainda aludiram que notificaram extrajudicialmente os Réus na data de 
24 de agosto de 2022, a fim de que fossem repassados os valores proporcionais de alugueis, 
porém não obtiveram êxito na tentativa amigável de resolução do conflito, motivando a 
propositura da presente ação e o pedido de tutela de urgência. 
A decisão de evento 50.1 dos autos n° 0004687-16.2011.8.16.0001, deferiu a tutela 
de urgência, arbitrando os alugueres provisórios no valor de R$1.250,00 (mil duzentos e 
cinquenta reais). São os fatos. 
II. PRELIMINARMENTE 
II.1 DA ILEGITIMIDADE ATIVA 
Verifica-se que enquanto não finalizado o inventário e realizada a partilha de 
bens, cabe ao espólio figurar como autor da ação nos termos do artigo 75 , inciso VII 
, do Código de Processo Civil. Os herdeiros apenas têm legitimidade para pleitear os 
direitos patrimoniais do falecido, quando não houver ou já tiver sido encerrado o 
espólio deste, o que não ocorreu no presente caso. A legitimidade ativa, nestes casos, 
pertence a todos os herdeiros, formando-se um litisconsórcio necessário ativo, 
demandando, pois, a citação de todos para integrar a lide, o que também não ocorreu 
no caso, em que apenas parte dos herdeiros pleitearem o arbitramento dos alugueis 
. Assim, requer que seja reconhecida a ilegitimidade da parte, e extinto o processo 
sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, IV do CPC. 
 
II.2 DA FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL 
No caso em tela, verifica-se a falta de interesse processual devido a ausência 
de divisão dos quinhões. Nos termos do art. 1.791, caput, e parágrafo único, do CC/02, 
a herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros, 
sendo indivisível, até a partilha, desse modo, diante do andamento processual do 
inventário e sem partilha dos bens, não há como se falar em quinhão determinado dos 
herdeiros. Assim, requer que seja reconhecida a falta de interesse processual, e 
extinto o processo sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, IV do CPC. 
 
III. DO MÉRITO 
O artigo 1.791 do Código Civil, dispõe que a herança trata-se de um todo unitário, 
ainda que vários sejam os herdeiros, de modo que, até a partilha, o direito dos coerdeiros, 
quanto à propriedade e posse da herança, será indivisível, e regular-se-á pelas normas 
relativas ao condomínio. 
Desse modo, como o processo de inventário encontra-se em andamento,não há 
divisão determinada de quinhões. Logo, a herança é uma universalidade sobre a qual os 
herdeiros detêm frações ideais não individualizadas, até que se culmine a partilha, assim 
verifica-se apenas uma expectativa de direito no que se refere ao bem imóvel objeto dos 
autos. 
Ainda, no presente caso, a autora sustenta que tem direito a receber alugueres dos 
outros herdeiros, ora réus, por estarem usufruindo da propriedade. Contudo, verifica-se que 
o valor é demasiadamente excessivo, já que deveria representar apenas a cota-parte na 
herança. O valor arbitrado representa violação aos princípios da proporcionalidade e da 
vedação ao enriquecimento sem causa, segundo o qual ninguém pode se beneficiar 
injustamente às custas de outrem. Ademais, os valores deveriam ser arbitrados no limite do 
valor do imóvel que não foi apresentado, assim deixando comprovado que não houve 
valoração do imóvel para tal arbitramento dos alugueres sobre os outro herdeiros residentes 
do imóvel proferida pelo juízo de 1ª Instância e ressalta se que ainda existe a ausência de 
delimitação de quinhões para os herdeiros. 
Assim, o valor do aluguel fixado na decisão, é excessivo em relação ao mercado, 
condições do imóvel, considerando que deveria ser utilizado o valor do imóvel, e também não 
há existência da delimitação dos quinhões dos herdeiros, o valor deve ser minorado. Com o 
valor estipulado na liminar, as autoras estarão se beneficiando de forma injusta, sem uma 
causa que justifique tal vantagem. Assim, pugna-se pela suspensão do valor arbitrado. 
Neste sentido: Direito civil. Recurso especial. Cobrança de aluguel. Herdeiros. 
Utilização exclusiva do imóvel. Oposição necessária. Termo inicial. – Aquele que ocupa 
exclusivamente imóvel deixado pelo falecido deverá pagar aos demais herdeiros 
valores a título de aluguel proporcional, quando demonstrada oposição à sua ocupação 
exclusiva. – Nesta hipótese, o termo inicial para o pagamento dos valores deve coincidir com 
a efetiva oposição, judicial ou extrajudicial, dos demais herdeiros. Recurso especial 
parcialmente conhecido e provido. (STJ – REsp: 570723 RJ 2003/0153830-0, Relator: 
Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Julgamento: 27/03/2007, T3 – TERCEIRA TURMA, 
Data de Publicação: DJ 20.08.2007 p. 268). 
E ainda: ARBITRAMENTO DE ALUGUEL – BENS DEIXADOS PELO GENITOR DOS 
LITIGANTES – POSSE EXCLUSIVA DE CO-HERDEIROS – PROVEITO EXCLUSIVO – 
INVENTÁRIO PENDENTE DE PARTILHA – FIXAÇÃO DE ALUGUEL CORRESPONDENTE 
À COTA PARTE DE CADA HERDEIRO – DETERMINAÇÃO ACERTADA – SENTENÇA 
MANTIDA – RECURSO DESPROVIDO (TJ-SP – AC: 10002066120188260294 SP 1000206-
61.2018.8.26.0294, Relator: Theodureto Camargo, Data de Julgamento: 25/05/2021, 8ª 
Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 25/05/2021). 
Assim, considerando a jurisprudência e os princípios da proporcionalidade e vedação 
do enriquecimento sem causa, deve ser reformada a decisão minorando o valor dos aluguéis 
arbitrados em favor das autoras. 
 
IV. DOS PEDIDOS 
 
Diante o exposto, requer-se a Vossa Excelência, em face das considerações 
relevadas, pede-se, pela reforma da decisão de mov. 50.1, o qual apenso ao processo nº. 
0004687-16.2011.8.16.0001, em consequência, acolhendo-se este recurso para: 
a) que seja conhecida a preliminar de ilegitimidade ativa, e extinto o processo 
sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, IV do CPC; 
b) que seja conhecida a preliminar de falta de interesse processual, diante da 
ausência de partilha e de quinhões determinados, com extinção do processo 
sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, IV do CPC; 
c) que seja conhecido e provido o presente recurso, para que seja aplicado o 
efeito suspensivo e reformada a Decisão, minorando o valor dos alugueis 
arbitrados em favor da autora; 
d) a intimação da parte contrária para, querendo, apresentar contrarrazões; 
 
 
Nestes termos, 
Pede-se e espera deferimento. 
 
 
Curitiba, xx de março de 2024 
 
 
Advogado …. OAB/xx nº

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