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Explorando as ideiasi 
As origens da riqueza econômica 
Adam Smith foi 
um gigante entre os sábios 
que contribuiu para a 
economia. Nasceu em 1723 
em Kirkcaldy, uma 
pequena cidade pesqueira 
próxima de Edimburgo, na 
Escócia. Smith foi o único 
filho do inspetor de 
alfândega da cidade (que 
morreu antes de Adam 
nascer). 
Seu primeiro 
trabalho acadêmico, aos 28 
anos de idade, foi como 
professor de lógica na 
Universidade de Glasgow. 
Posteriormente, tornou-se 
tutor de um abastado duque escocês, 
acompanhando-o em uma grande viagem de dois 
anos pela Europa, recebendo para isso uma pensão 
de 300 libras por ano – correspondente a dez 
vezes a renda média daquela época. 
Com a segurança financeira de sua 
pensão, Smith dedicou dez anos para escrever sua 
principal obra, A riqueza das nações: investigação 
sobre sua natureza e suas causas, publicada em 
1776. Várias pessoas escreveram, antes de Adam 
Smith, sobre importantes tópicos de economia, 
mas ele fez da economia uma ciência. A 
exposição das ideias de Smith foi tão completa e 
reconhecida que, posteriormente, nenhum teórico 
da economia conseguiu avançar em novas ideias 
sem estabelecer alguma relação com aquelas 
representadas por ele. 
 
 
 
Por que algumas nações são ricas enquanto outras são pobres? Essa questão encontra-se no coração 
da economia e conduz diretamente a uma segunda questão: o que as nações podem fazer para se tornarem 
ricas? 
Adam Smith, que é considerado, por vários economistas de renome o fundador da economia, tentou 
responder a essas questões em seu livro A riqueza das nações, publicado em 1776. Smith analisava tais 
problemas em um momento crucial da Revolução Industrial. Naquela época, novas tecnologias eram criadas 
e aplicadas a manufaturas de algodão e roupas de lã, metalurgia, transporte e agricultura. 
Smith queria entender a origem da riqueza econômica e, para isso, utilizou-se de sua elevada capacidade 
de observação e abstração. Suas respostas para tal questão foram: 
 Divisão do trabalho. 
 Mercados livres. 
A divisão do trabalho – dividir as tarefas em serviços mais simples e desenvolver a especialização em 
tais tarefas – é a origem do “maior desenvolvimento das forças produtivas do trabalho”, disse Smith. A 
divisão do trabalho tornou-se ainda mais produtiva ao ser aplicada para criar novas tecnologias. Cientistas e 
engenheiros, treinados em atividades extremamente restritas, passaram a ser especialistas em invenções. Seus 
potenciais direcionados aceleraram o avanço da tecnologia, de tal modo que, pelos anos de 1820, as 
máquinas podiam produzir bens de consumo de maneira mais rápida e acurada do que qualquer artesão e, por 
volta de 1850, era possível gerar outras máquinas de uma maneira que o trabalho manual, por si só, nunca 
teriam conseguido. 
Mas, disse Smith, os frutos da divisão do trabalho são limitados pela extensão do mercado. Para tornar o 
mercado mais amplo possível, não pode haver impedimentos ao livre comércio, tanto internamente como 
entre países considerados. Smith argumentou que, quando cada indivíduo realiza sua melhor escolha 
econômica entre as que são possíveis, tais escolhas conduzem, “como uma mão invisível”, à melhor situação 
para a sociedade. O açougueiro, o cervejeiro e o padeiro possuem seus próprios interesses individuais, mas, 
ao buscar satisfazer tais interesses, acabam servindo ao interesse de todos. 
 
“Não é da 
benevolência do 
açougueiro, do 
cervejeiro ou do 
padeiro que devemos 
esperar o nosso 
jantar, mas da 
consideração deles 
por seus próprios 
interesses.” 
(ADAM SMITH 
A riqueza das nações) 
 
O pai da economia 
Tópicos fundamentais 
 
 
Adam Smith estimou que uma única 
pessoa, trabalhando arduamente, utilizando os 
instrumentos manuais disponíveis em 1770, 
provavelmente conseguisse produzir 20 alfinetes 
por dia. Além disso, observou, utilizando os 
mesmos instrumentos manuais, porém dividindo o 
processo em um pequeno número de operações 
individuais às quais as pessoas se especializam – por meio da divisão do trabalho -, que dez pessoas 
poderiam surpreendentemente fazer 48 mil alfinetes por dia. O primeiro estica o arame, o outro alisa, um 
terceiro corta, o quarto faz a ponta e um quinto afia. Três especialistas fazem a cabeça do alfinete e um 
quarto a fixa ao metal. Finalmente o alfinete é polido e empacotado. Mas é necessário um grande mercado 
para suportar a divisão do trabalho: uma fábrica que empregasse dez trabalhadores precisaria vender mais de 
15 milhões de alfinetes por ano para permanecer no negócio. 
 
Se Adam Smith estivesse vivo, o chip de computador o 
fascinaria. Ele o veria como um extraordinário exemplo da 
produtividade resultante da divisão do trabalho e do uso de máquinas 
que fazem máquinas que, por sua vez, produzem outras máquinas. 
De fato, do design de um intricado circuito de chip, câmeras 
transferem uma imagem para lâminas de vidro que trabalham como 
estênceis. Trabalhadores preparam placas de silício nas quais os 
circuitos serão impressos. Alguns deles cortam as placas, outros 
fazem o polimento, outros as secam e, por último, há os empregados que as revestem com uma leve 
substância química. Máquinas transferem uma cópia do circuito para a placa. Então, substâncias químicas 
cauterizam o design sobre essa mesma placa. Processos posteriores colocam transistores de tamanho 
atomizado e conectores de alumínio. Finalmente, um laser separa as centenas de chips contidas na placa. 
Todos os estágios no processo de criação de um chip de computador se utilizam de outros chips de 
computador e, assim como no exemplo dos alfinetes de 1770, o chip de computador da década de 1990 se 
beneficia de um amplo mercado – um mercado global – para comprar chips em quantidades substantivas e 
eficientemente produzidos. 
 
 
 
i PARKIM, M. Macroeconomia. 8. Ed. São Paulo: Pearson, 2009. 
Na época 
 
Atualmente

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