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Inquérito Policial II
DIREITO PROCESSUAL PENAL
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
INQUÉRITO POLICIAL – II
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Inquérito Policial II
Características, Fundamentos, Titularidade, Grau de Cognição
Doutrina referência para a nossa aula:
Guilherme NUCCI – Código de Processo Penal Comentado.
Norberto AVENA – Processo Penal Esquematizado.
Nestor TÁVORA e Fábio ROQUE – Código de Processo Penal para Concursos.
Renato BRASILEIRO – Manual de Processo Penal.
Bruno CABRAL e Rafael SOUZA – Manual Prático de Polícia Judiciária
Características
São características próprias do Inquérito Policial (IPL), conforme CABRAL 
e SOUZA:
1) Escrito – Todas as peças do IPL serão apresentadas na forma escrita, cf. 
art. 9º, CPP:
Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas 
a escrito ou datilografadas e, neste caso rubricadas pela autoridade. 
Num só processado estão inseridos os autos de inquérito policial nos quais 
está concentrada a formalização da investigação criminal. Já não são mais dati-
lografados, mas sim digitalizados. 
Quo non est in actis non est in mundus (O que não está nos autos não está 
no mundo). 
2) Sigiloso – O sigilo do IPL há de ser observado para fins de garantia da 
apuração da verdade material (verdade real) sobre os fatos sob investigação e 
para preservação da intimidade da vida privada, da honra e da imagem do 
investigado, resguardando-se o princípio constitucional da presunção de não 
culpabilidade (inocência), conforme o art. 5º, X e LVII, da CF.
Os inquéritos policiais são sigilosos mas não são secretos. As diligências em 
curso, interceptações telefônicas, infiltrações, as medidas investigativas invasi-
vas mantém-se sigilosos e em autos apartados. O investigado tem acesso, por 
exemplo, as provas encartadas nos autos.
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Quanto ao sigilo ordena o art. 20 do CPP:
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do 
fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
Não há sigilo absoluto do IPL ou de qualquer outro procedimento de perse-
cução criminal. O STF já decidiu em sede de Súmula Vinculante 14:
“É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos 
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório 
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao 
exercício do direito de defesa”. 
3) Inquisitivo – No IPL não há o exercício de contraditório e da ampla defesa. 
Isso, pois, nele não há acusação em curso e sim apuração das provas criminais.
Todavia, em que pese inquisitivo, no IPL há observância das garantias e 
direitos fundamentais do investigado e lhe é garantido o direito de defesa, 
seja autodefesa, seja defesa técnica, como ordena a Súmula Vinculante 14.
4) Oficialidade – O IPL é um procedimento investigatório formal presidido 
pelo Delegado de Polícia, que é a Autoridade Policial no sistema de persecução 
criminal pátrio, conforme ordem legal do CPP e da Lei 12.830/2013, que, atua 
como representante do Estado, segundo NUCCI, o Estado-Investigação.
O Inquérito Policial Militar (IPM) é diferente do Inquérito Policial (IPL). O IPM 
se desenvolve a luz do Código Militar. 
Ordena o art. 2º, §1º da Lei 12.830/2013:
§ 1º Ao Delegado de Polícia, na qualidade de Autoridade Policial, cabe a con-
dução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro proce-
dimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da 
materialidade e da autoria das infrações penais.
O outro procedimento previsto em lei é o TC ou o TCO, previsto na Lei nº 
9.099/1995. 
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5) Obrigatoriedade – O IPL é procedimento, em princípio, de iniciativa obri-
gatória em face da notícia da prática de uma infração penal. Assim, o Delegado 
de Polícia mandará instaurar o IPL nos termos do §3º, art. 5º, CPP:
§ 3º Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração 
penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la 
à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, man-
dará instaurar inquérito.
Antes de proceder ao inquérito a autoridade policial, dentro do princípio da obri-
gatoriedade, deve efetuar a Verificação da Procedência das Informações (VPI).
Conforme o art. 5º §3º, in fine, CPP se não houver elementos claros de justa 
causa (fato típico e indícios indicativos de materialidade e autoria) para a instau-
ração de IPL, (p. ex. “denúncia anônima”) o Delegado de Polícia fundamentada-
mente (juízo de prelibação) promoverá o desenvolvimento de uma VPI – Verifi-
cação de Procedência de Informações.
Do resultado das diligências preliminares, o Delegado de Polícia decidirá 
ou não pela instauração de IPL, sempre forma fundamentada.
Há exceção legal à obrigatoriedade em sede de IPL, vide art. 5º §§ 4º e 5º, CPP:
§ 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, 
não poderá sem ela ser iniciado.
§ 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a 
inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
6) Discricionário – O Delegado de Polícia possui ampla discricionariedade 
na condução do IPL (mas de forma fundamentada), possuindo ampla liber-
dade de agir para a apuração do fato sob investigação, com observância dos 
ditames constitucionais e legais.
A Lei 12830 no seu art. 2º, § 2º ordena:
§ 2º Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de pe-
rícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos.
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7) Dispensável – O IPL é dispensável para oferecimento da AP. Mas, sem 
o IPL a AP é claudicante, pois quem detém a melhor expertise investigativa é a 
Polícia Judiciária.
Havendo prova pré-constituída sobre as circunstâncias, a materiali-
dade e a autoria da infração penal sob exame, ela poderá servir de base ao 
autor da Ação Penal.
Fundamento
O IPL é um procedimento preparatório e preventivo utilizado para a pro-
teção do indivíduo e para colheita célere de provas perecíveis, cf. NUCCI.
O IPL auxilia, com efeito, a Justiça Criminal a preservar inocentes de 
acusações injustas e temerárias, garantindo um juízo inaugural de delibação 
(admissibilidade), inclusive para verificar se se trata de fato definido como crime.
A exposição de Motivos do Código de Processo Penal, item IV, faz a 
seguinte menção expressa de sobre o Inquérito:
(...) há em favor do inquérito policial, como instrução provisória antecedendo à 
propositura da ação penal, um argumento dificilmente contestável: é ele uma garan-
tia contra apressados e errôneos juízos, formados quando ainda persiste a 
trepidação moral causada pelo crime ou antes que seja possível uma exata 
visão de conjunto dos fatos, nas suas circunstâncias objetivas e subjetivas.
Titularidade
O Delegado de Polícia é o titular do Inquérito Policial. É ele quem o ins-
taura, o preside e o conduz.
Determina o CPP no seu art. 4º, caput:
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território 
de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais 
e da sua autoria.
Ordena a Lei 12.830/2013 no seu art. 2º:
Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exer-
cidas pelo Delegado de Polícia são de natureza jurídica,essenciais e exclusivas 
de Estado.
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Continua a Lei 12.830/2013 no seu art. 2º:
§ 1º Ao Delegado de Polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a con-
dução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro proce-
dimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da 
materialidade e da autoria das infrações penais.
Grau de Cognição
O conhecimento (cognição) pela Autoridade Policial da ocorrência de um 
fato, em tese, criminoso se dá mediante a chamada notitia criminis.
Há três formas de cognição relativas à ocorrência de um evento em tese 
criminoso junto ao Delegado de Polícia, a saber:
1) Cognição Imediata – Direta – Quando o próprio Delegado de Polícia toma 
ciência e descobre o acontecimento em tese criminoso.
2) Cognição Mediata – Indireta – Quando a notícia do crime chega a Autori-
dade Policial pela vítima, pelo MP ou pelo Magistrado ou qualquer do povo.
3) Cognição Coercitiva (que também é indireta) – Quando a notícia do 
crime é levada ao Delegado de Polícia através da prisão em flagrante.
Quem prende é o delegado de polícia de acordo com o art. 304, § 1º do CPP. 
Diante do conhecimento do fato com indícios (justa causa) de ser criminoso 
a Autoridade Policial instaura do IPL que representa o seu início.
Diante do conhecimento do fato, com indícios (justa causa) de ser criminoso, 
a Autoridade Policial instaura do IPL, que representa o início da persecução cri-
minal e obviamente o início do próprio inquérito policial. 
���������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Adriano Barbosa.

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