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DIREITO TRIBUTÁRIO
Art. 1º do CTN
CONTEÚDO E CONCEITO
Qual a razão de ser do direito tributário? Prevalece hoje o “Estado Democrático de Direito” onde o direito tributário tem o fundamento de financiamento das políticas públicas do Estado (concretude aos direitos fundamentais) e, portanto, por objeto a imposição de prestação em dinheiro. Então, hoje não atua somente e tão somente na defesa das limitações� do poder de tributar (“Estado de Direito), nem como imposição do vencedor sobre o perdedor em uma guerra (“Estado Antigo”), nem em ampliar a riqueza do príncipe, onde a nobreza não recolhia impostos de forma a serem privilegiadas (“Estado Feudal”)�
O que significa a função socioeconômica dos tributos? Redistribuição de renda arrecadada para satisfação dos direitos sociais do cidadão, v.g. alimentação, saúde, educação etc;
Porque se diz que o direito tributário é do ramo do direito comum? Isso porque ele se aplica a todas as pessoas e não somente a uma dada categoria de pessoas assim como acontece com o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei n. 8.069/90�), Código de Defesa do Consumidor – CDC (Lei n. 8.078/90�-�-�), Estatuto do Idoso – EI (Lei n. 10.741/03�-�-�-�). Assim, seja criança ou idoso ou consumidor ou doente�, todos que praticarem o fato descrito na lei como tributável, ou seja, o fato gerador incidirá na obrigação tributária;
Porque se diz que o direito tributário é o ramo do direito público? Quando de diz direito público aplica-se o princípio da Supremacia do interesse público sobre o particular (poder de império do Estado). Assim, para toda interpretação a ser feita, nos pratos afilados da balança prevalece o interesse público. Assim, de nada adianta explicações por mais convincentes que seja do contribuinte, como o desemprego, doença grave etc para não pagar o tributo. Essas justificativas podem ser levadas em conta no direito privado assim como acontece com a execução de pensão alimentícia com pena de prisão onde o executado pode justificar o não pagamento e a depender de sua dialética e provas ser isento do pagamento dos valores executados. Por isso que o legislador no art. 114 do CTN afirma que o fato gerador da obrigação é a situação necessária e “suficiente” descrita na lei.
Porque se diz que o direito tributário é obrigacional? Porque tem um sujeito ativo, um sujeito passivo e um objeto (tributo);
Porque o direito tributário tem autonomia didática, dogmática e estrutural? Porque ele existe no meio acadêmico (didática) com métodos, princípios e conceitos próprios (dogmática) e, portanto, podem ser estudados e instituídos pela legislação (estrutural);
Qual a diferença do direito tributário do direito financeiro? A disciplina jurídica da “Atividade Financeira do Estado – AFE�” é o direito financeiro (Lei n. 4.320/64) que estudo o orçamento público, receita pública, despesa pública e o crédito público. O direito tributário estuda apenas uma parte do direito financeiro que consiste na receita e, ainda assim, somente estuda uma parte da receita, que são as receitas derivadas oriundas da tributação (excluindo as receitas originárias);
Qual a consequência prática do direito tributário estudar especificamente uma parte do direito financeiro (receitas derivadas)? É que se houve antinomina de normas entre eles, prevalece o Código Tributário Nacional, porque a lei especial (receitas) prevalece sobre o geral (financeiro) por aplicação da regra do art. 2º da Lei de Introdução às normas do direito brasileiro;
CONCEITO NORMATIVO
Qual o conceito legal de tributo? Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada� (art. 3º do CTN);
Como resolver a redação que exige o pagamento em dinheiro (pecúnia - moeda) e ao mesmo tempo fala em “ou cujo valor nela se possa exprimir”? E certo que além de dinheiro há outro documento que o representa, assim, como acontece com título da dívida agrária e pública. Assim, nada impede o pagamento de ITR com título da dívida agrária. Inclusive, o art. 162 do CTN permite o pagamento em cheque ou vale postal.
Há exceções em pagamento de tributo que não seja em pecúnia? Nada impede que haja lei permitindo o pagamento em outro bem, mas neste caso estaremos diante do instituto da dação em pagamento, assim como acontece com o inciso XI do art. 156 do CTN�. Anote-se que como se fala em exceção, se houver lei que permita a dação em pagamento, não se trata de derrogação (revogação parcial) do art. 3º do CTN, mas sim, exceção da regra geral�.
Qual a relevância de se exigir “lei expressa” em excepcionado o pagamento em bem outro do que dinheiro (dação em pagamento)? É que a exigência de lei expressa exclui a aplicação da analogia e da interpretação extensiva. Desta feita, inaplicável no direito tributário o art. 126 do CPC e art. 4º da LINDB;
Um traficante que receba valores pela venda de drogas deve recolher imposto de renda? Sim. Isso porque, o fato gerador in abstrato é que não pode ser descrito como ilícito (casa grama de cocaína vendida deve ser tributada). Neste caso, o fato gerador in abstrato do IR (art. 43 do CTN) é auferir rendas e isso é lícito. A origem não tem relevância, tanto que há a máxima de que “pecúnia non olet” (dinheiro não tem cheiro�) – tanto que o art. 118 do CTN dispõe que: “A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes (...)”. 2018885
Levando em conta a prestação pecuniária “compulsória” qual a diferença da obrigação tributária e da obrigação civil? A obrigação civil se atrela à manifestação de vontade como elemento de existência, enquanto que para a obrigação tributária a manifestação da vontade é irrelevante (segundo Sabbag: “não de opta pelo pagamento do tributo, mas sim, se sujeita a ele” – tributo prestação a-contratutal). Ademais, para a validade da obrigação civil se exige agente capaz e objeto lícito (art. 104 do CC) e para a obrigação tributária a capacidade civil (art. 118) e o objeto ilícito (art. 124 são irrelevantes).
Qual a diferença do tributo e da multa? O tributo tem como hipótese de incidência um ato lícito e a multa tem como hipótese de incidência um ato ilícito. (segundo Sabbag: “tributo deriva da incidência da propriedade privada e a multa do poder penal do estado”). Assim, quem não presta declaração de imposto de renda deve pagar multa. Portanto, não há como confundir a multa do tributo;
Qual “Lei” a que se refere o art. 3º do CTN? A lei deve ser tomada em seu sentido formal, ou seja, Lei Complementar ou Lei Ordinária ou Medida Provisória (que equivale a lei ordinária – modificações da EC n. 32/2001 dada ao art. 62, §1º, III da CF/88); por isso que o tributo é denominado de “obrigação ex lege”.
Qual a exceção em relação à exigência de Lei do art. 3º? É certo que a regra geral consiste exigência de lei formal tanto para a criação quanto para o aumento de alíquota, contudo, para o caso de aumento de alíquota há exceção onde se permite a alteração por ato do executivo em relação ao II – IE, IPI, IOF, Cide-Combustível e ICMS-combustível (art. 153, §1º, art. 155, §4º, IV, “c”, art. 177, §4º, I “b”, todos Ca CF/88).
Qual a consequência jurídica de instituir tributo sem Lei? Se há tributo sem lei que institua acaba por violar a regra do inciso IV do art. 150 da CF/88 que veda o confisco e inciso I do art. 150 da CF do princípio da legalidade.
Qual a diferença ente o tributo como “atividade vinculada” dos “tributos não vinculados”? 
 
NATUREZA JURÍDICA ESPECÍFICA DO TRIBUTO
Qual a natureza jurídica do tributo? A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador�-�-�-� da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação (art. 4º do CTN). A consequência prática destaregra é que ainda que se crie um tributo com o nome de taxa, mas se trata de conteúdo de imposto terá regência como se imposto fosse (v.g. §1º do art. 145 – graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte; inciso VI do art. 150 – imunidades constitucionais, ambos da CF/88);
Somente o fato gerador é determinante para a natureza jurídica específica do tributo? A base de cálculo também determina, já que o §2º do art. 145 da CF/88 afere que a taxas não poderão ter a mesma base de cálculo que os impostos, bem como, nos impostos residuais criados pela União do art. 154, I da CF/88 não poderão ter a mesma base de cálculo e fato gerador dos já existentes. Essa é a função comparativa da base de cálculo.
É absoluta a regra de que a base de cálculo não pode ser idêntica? Esse regra se aplica às taxa e aos impostos. Em relação à certas contribuições especiais há algumas que portam a mesma base de cálculo, por exemplo, a contribuição social sobre o lucro líquido – CSLL tem o mesmo fato gerador do IR das pessoas jurídicas – IRPJ que é o lucro auferido.
Qual a diferença entre a base de cálculo e base calculada? A base de cálculo está na definição da lei – mundo do direito (valor venal – auferir renda, etc). A base calculada é a base de cálculo aplicada no caso concreto – mundo dos fatos -, v.g. base calculada do IPTU é R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
A base de cálculo pode ser alterada por decreto conforme permissivo do art. 21, art. 26 e art. 65 do CTN? Somente Lei pode alterar a base de cálculo, portanto, estes dispositivos não foram recepcionados pela CF/88�.
A destinação legal do produto da arrecadação é de todo irrelevante? Com a atual Constituição Federal estabeleceu relevância para a destinação do produto da arrecadação – vinculação da receita - para identificação das “contribuições especiais e dos empréstimos compulsórios”. Por exemplo, no empréstimo compulsório há restituição do tributo o que não acontece com as demais modalidades. Há quem entenda que o inciso II do art. 4º não se aplica a estas espécies e outros entendem a não recepção do art. 4º do CTN pela CF/88�.
Qual o diferencial do direito tributário material e formal? O direito tributário material cuida da criação, extinção e elementos do tributo. O direito tributário formal cuida da aplicação do direito tributário material ao caso concreto, ou seja, procedimento de apuração e fiscalização do crédito tributário, vale dizer, procedimento de lançamento.
Qual a relevância prática da diferença entre direito tributário material e formal? Na material se aplica o principio da legalidade estrita e da irretroatividade da lei. Assim, sobrevindo lei mais benéfica após a ocorrência do fato gerador e antes do lançamento não deve a autoridade administrativa aplicá-la. Na formal a aplicação é imediata. Assim, aplica-se de forma imediata ao lançamento a legislação formal posterior à ocorrência do fato gerador da obrigação de acordo com o §1º do art. 144 do CTN.
COMPETÊNCIA
Qual o significado de competência tributária? É o poder conferido aos entes políticos para instituir/criar tributos (competência legislativa). Somente tem competência quem legisla (decorre do princípio federativo);
Quem confere esse poder? A Constituição Federal. Assim, a Constituição “não cria/institui” tributos�;
Qual a diferença da competência legislativa e competência tributária? A competência legislativa (exclusiva, art. 21 - privativa, art. 22 – concorrente, art. 24 – suplementar, §2º e §3º do art. 24 – local, art. 30 – residual, §1º, art. 25) é o gênero e a competência é uma das espécies;
Os entes federativos tem competência residual? O único ente federativo que porta competência residual é a União com base no inciso I do art. 154 da CF/88 que assim dispõe: “A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição”;
Quando será possível que o imposto do inciso I do art. 154 da CF/88 possa ser “cumulativos” ter o mesmo “fato gerador” ou “base de cálculo” próprios dos discriminados? O STF através da ADI 939/DF entende que as restrições estabelecidas no art. 154 não podem ser opostas a emenda constitucional (constituinte derivado), mas sim, ao legislador infraconstitucional;
Qual o diferencial entre o imposto do inciso I e II do art. 154 do CTN? No caso do inciso II que trata da competência tributária do imposto extraordinário de guerra – IEG basta lei ordinária, enquanto que o do inciso I se exige lei complementar;
Estado da Federação criou imposto que era previsto na competência tributário do Município. Isso é possível? Não. Uma das características da competência é a privatividade que consiste na competência exclusiva de cada ente federativo em instituir tributos de sua competência (assim os impostos da União se encontram no rol do art. 153 – dos estados no rol do art. 155 – impostos dos municípios no rol do art. 156�-�-�);
Qual a exceção em relação à característica da privatividade? “Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais (art. 147 da CF/88)”.
Quais hipóteses de competência comum entre os entes federativos? Para a instituição de taxas, contribuições de melhoria e contribuição previdenciária;
Fere a característica da indelegabilidade o fato do ente federativo delegar a função de arrecadar ou fiscalizar tributos (art. 7º do CTN); não. Isso porque, a característica da indelegabilidade somente se aplica para a vedação de um ente federativo delegar a função para instituir o tributo para outro ente federativo. Não há de se confundir a competência tributária com a capacidade tributária ativa (figurar como sujeito ativo ou no polo ativo – credor – da relação jurídica tributária). Eis regra expressa do §3º do art. 7º do CTN: “Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos”. Por exemplo, a contribuição previdenciária é de competência legislativa da União e com capacidade tributária ativa do INSS. Outro exemplo é do ITR onde a União tem competência legislativa e o Município capacidade tributária ativa por força do art. 153, §4º, III da CF/88 + art. 84 do CTN e da Súmula n. 447 do STJ. Outro exemplo e de certas Autarquias como entidades corporativas, como a OAB que pode recebe da União a atribuição de exigir um tributo – a contribuição profissional ou corporativa do art. 149, caput da CF/88;
O fato da união não ter até os dias atuais instituído o imposto sobre grandes fortunas torna sua criação no dia de hoje prescrito? Característica da competência tributária é a “incaducabilidade” ou “imprescritibilidade” onde o não exercício da competência tributária não leva à perda de tal competência e, muito menos, a transferência a outro ente federativo. Por isso a redação do art. 8º do CTN.
Estado da Federação através da Assembleia Legislativa amplio sua competência tributária. Isso é possível? A característica da inalterabilidade impede que qualquer Ente Federativo por meio da legislação infraconstitucional amplie sua competência. Isso somente poderá acontecer através do poder constituinte derivado – desde que não atende em abolir a autonomia financeira do ente federativo, art. 60, §4º, I da CF/88;
Qual a diferença da característica da irrenunciabilidade e da facultatividade? No pode renunciar ou abrir mão da competência tributária – irrenunciabilidade - e, de outro lado, a competência tributária pode ou não ser exercida – facultatividade – uma vez criado o tributo a sua cobrança é vinculada;
Qual a diferença da bitributação e bis in idem? Na bitributação dois ou mais entes federativos tributam sobre o mesmo fato gerador ou sobre a mesma base de cálculo – invasão inconstitucional de competência – no bis in idem, um mesmo ente federativo (...)A vedação da bitributação é absoluta? Não. Há três hipóteses: I – tributação do lucro pela União com o imposto de renda de pessoa jurídica – IRPJ e a contribuição social sobre o lucro líquido – CSLL; II – contribuição para o financiamento da seguridade social – Cofins, inclusive, o PIS-Importação e a COFINS-Importação criados pela Lei n. 10.895/04; III – imposto de importação e o imposto sobre produtos industrializados incidentes sobre produtos industrializados – IPI de procedência estrangeira, conforme art. 46, I do CTN – Resp 846.667/RJ;
Toda e qualquer tributária a iniciativa de lei é exclusiva do Presidente da República? Não. O art. 61, §1º, II, “b” da CF/88 estabelece a iniciativa privativa do Presidente da República em matéria Tributária, contudo, este dispositivo é restrito aos Territórios. De outro lado, o art. 165, II da CF?88 estabelece a iniciativa de lei ao Chefe do Executivo Federal em matéria de “Diretrizes Orçamentárias”, o que não se confunde com matéria tributária. Neste sentido a ADI 2.724 e 2.464;
Necessariamente quem cria é quem ficará com o produto da arrecadação? Não. Adotamos o sistema misto de repartição ou o que o STF denomina de “Federalismo Cooperativo”. Significa que por regra expressa da Constituição não há garantia de que 100% do produto da arrecadação fique com quem o criou. Por exemplo, 100% do produto da arrecadação do imposto de renda (art. 157, CF/88) - IR retido na fonte de servidor municipal ficará com o Estado apesar de a competência tributária ser da União. Outro exemplo: 50% do Imposto Territorial Rural – ITR de competência tributária da União ficará com o Município ao qual esteja situado (se cumular a função de arrecadação com a de fiscalização poderá ficar com 100%). Outro exemplo: 50% do produto da arrecadação do Imposto sobre Veículo Automotor – IPVA criado pelo Estado ficará com o Município ao qual ele foi licenciado. Outro exemplo: conforme §5º do art. 153 da CF/88 o ouro se for considerado como ativo financeiro ou cambial, apesar deste imposto (IOF) ser da União, 30% ficará com o Estado e 70% com o Município de origem.
Conclusão que podemos retirar da repartição de receitas do Texto Constitucional? A repartição de receita tributária não engloba: I - os impostos municipais (quem cria fica com 100% da arrecadação); II - O ITCMD de competência do Estado e; III - os II, IE e IGF e o IEG de competência federal;
O que é repartição de receitas de forma direta? O ente arrecadador se apropria do montante do tributo ou recebe este montante diretamente do Ente Federativo competente para instituir o tributo, conforme regra do art. 157 e art. 158 e art. 153, §5º todos da CF/88;
O que é repartição de receitas de forma indireta? O que acontece por intermédio dos Fundos de Participação ou arrecadação para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das regiões norte, nordeste e centro oeste através de suas instituições financeiras de caráter regional de acordo com o art. 159 da CF/88;
É certo que o art. 160 da CF/88 veda a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios. Há exceção a esta limitação? Sim. Tal vedação não impede a União e Estados de condicionarem a entrega de recursos ao pagamento de seus créditos, inclusive, de sua autarquias e também ao cumprimento da regra de aplicação de recursos mínimos estabelecidos em Lei Complementar para ações e serviços públicos de saúde.
O que significa parafiscalidade? Quando no exercício da capacidade tributária ativa (arrecadação do tributo por pessoa outra que não aquela que porta competência tributária) há determinação legal que os recursos arrecadados serão de livre disponibilidade da entidade delegatária, para fins de sustentação das finalidades precipuamente institucionais;
O que significa capacidade ativa auxiliar? Quando quem tem capacidade tributária ativa apenas arrecada e repassa os valores ao ente federativo. Por exemplo, na conta de luz e telefone a concessionária recolhe e repassa os valores do ICMS. Então: “a diferença entre parafiscalidade e capacidade ativa auxiliar se encontra para quem se dirige o produto da arrecadação”
PERGUNTAS:
Como conciliar a característica da facultatividade com a regra do art. 11 da LRF? Estabelece este dispositivo que é requisito essencial da responsabilidade a efetiva arrecadação de todos os tributos. Parte entende que é inconstitucional por entender que viola o princípio da facultatividade da competência tributária, ou seja, que está obrigando a exercer sua competência tributária. outra parte da doutrina entende que não é inconstitucional porque não está obrigando, mas apenas, impondo consequências para em caso de não exercício da competência tributária;
Quais os campos de atuação das pessoas jurídicas quanto à tributação? Página 61 (Coleção)
Conforme a questão anterior, a Pessoa jurídica de direito privado – PJDP somente terá delegação para arrecadação e, portanto, com exclusão da fiscalização e da capacidade tributária ativa. Pergunta-se: qual a exceção a esta regra, ou seja, quando ela terá competência tributária ativa? Súmula n. 396 do STJ;
Quem deverá figurar no polo passivo da ação de repetição de indébito de imposto de renda retido da fonte de servidor? Súmula n. 447 do STJ.
O que significa Desvinculação de Receita da União - DRU? Página 70 (Coleção)
Lei Estadual determina que os Municípios deverão aplicar diretamente, na áreas indígenas localizadas em seus respectivos territórios, parcela de 50% do ICMS a eles distribuída é constitucional? ADI 2355. Ministro Celso de Mello.
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
Qual o conteúdo? Nele que encontramos a chamada imunidade tributária e os princípios constitucionais tributários;
O que significa imunidade tributária sob o aspecto formal? É uma hipótese constitucional de intributabilidade – não incidência constitucionalmente qualificada – impossibilidade jurídica de tributação –– não há competência tributária (criar tributo) – direitos pré-existentes – anteriores ao ordenamento jurídico;
O que significa imunidade tributária sob o aspecto material? É o direito público subjetivo de não ser tributado;
Qual a diferença entre imunidade e isenção? Na isenção há dispensa “legal” (art. 150, §6º da CF/88 c.c. art. 176 do CTN)�- � do pagamento de um tributo “devido”. Primeira diferença: a isenção é caso da lei e a imunidade de norma constitucional. Segunda diferença é que na isenção há incidência tributária (fato gerador in abstrato + fato gerador in concreto + obrigação tributária + “X” - não há o crédito tributário). Então, não há crédito tributário; na imunidade sequer há o fato gerador in abstrato.
Qual a diferença entre isenção e alíquota zero? Em ambos há incidência tributária, mas, na alíquota zero apesar da constituição do crédito tributário nada haverá para pagar – valor do tributo é inexistente – aspecto quantitativo; Observação: “Acontece muito com o IE, o IPI e o IOF, sendo uma situação vantajosa para a União por sua alteração não carecer de maiores formalidades, como o que acontece no caso de uma isenção: 1) sendo uma isenção deve ser instituída por lei ordinária (acompanhada do seu respectivo processo legislativo), 2) o mesmo acontecendo com a sua revogação”
A imunidade é absoluta? Não. Ela não isenta o imune de cumprimento das obrigações acessórias;
O que significa imunidade subjetiva (pessoal), objetiva (real) e a mista? Na imunidade subjetiva ou pessoal é concedida em razão da qualidade da pessoa, v.g. alínea “c” do inciso VI do art. 150 v.g. instituições de ensino e de assistência social da CF/88. Na imunidade objetiva ou real é concedida em razão da qualidade da coisa, v.g. alínea “d”, VI do art. 150 da CF/88, v.g. livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão. A imunidade mista é a concedida em razão da pessoa e da coisa, v.g. imunidade ao ITR nas “pequenas glebas rurais” quando as explore o “proprietário que não possua outro imóvel”; 
O que é imunidadeontológica e política? A ontológica é consequência de princípio constitucional fundamental, v.g. alínea “a”, VI do art. 150 da CF/88 que decorre do princípio da igualdade. A imunidade da alínea “c” que decorre da liberdade religiosa do inciso VI do art. 5º. A imunidade da alínea “d” decorre da liberdade da livre manifestação de pensamento do inciso IV, da atividade artística, intelectual, cientifica e da comunicação do inciso IX e do acesso à informação do inciso XIV. Na imunidade política não é consequência de princípio constitucional fundamental, v.g. art. 184, §5º da CF/88 que “isenta” dos impostos federais, estaduais e municipais da transferência de imóveis objeto de desapropriação por reforma agrária;
Qual a consequência da diferenciação da imunidade ontológica e política? A ontológica como decorre de princípios fundamentais é clausula pétrea do inciso IV do §4º do art. 60 da CF/88 e, portanto, proposta de emenda constitucional tendente a abolir nem será objeto de deliberação;
O que é imunidade condicionada e incondicionada? A condicionada depende da observância de requisitos legais para sua implementação, v.g. alínea “c” do inciso VI do art. 150 da CF/88 que institui imunidade da entidade de ensino e de assistência social sem fins lucrativos que devem atender a requisitos da lei. Na incondicionada (...), v.g. alínea “a” do inciso VI do art. 150 da CF/88;
O que é imunidade explícita e implícita? Na explícita estão literalmente no Texto Constitucional, ou seja, em relação aos impostos no art. 150, VI�-�. Na implícita decorre de interpretação sistemática do próprio texto constitucional, tal como a imunidade que garanta o mínimo existencial, que são condições mínimas para a sobrevivência do contribuinte, v.g. imunidade sobre a cesta básica; 
O que é imunidade excludente e incisiva?
O que é imunidade genéricas e específica/tópica? A geral é a prevista no inciso VI do art. 156 da CF/88 e as específicas estão espalhadas pelo Texto constitucional, tais como: art. 5º, incisos XXXIV, LXXIII, LXXVI, LXXVII – art. 149, §2º, I – art. 153, §3º, III – art. 153, §3º, II – art. 153, §5º - art. 155, §5º - art. 155, §2º, X – art. 152, §3º - art. 156, §2º, I – art. 184, §5º - art. 195, II – art. 195, §7º - art. 226, §1º. Observação: Na geral é aplicada apenas e tão somente aos impostos. Nas específicas se aplicam aos demais tributos que não somente os impostos (taxas e contribuições de melhoria).
 Qual o elementos teleológico da imunidade recíproca ou intergovernamental ou mútua da alínea “a” do inciso VI? Princípio federativo do §4º do art. 60 da CF/88 à luz do postulado da indissolubilidade do pacto federativo (federalismo de equilíbrio ou de cooperação) que prevê uma convivência harmônica das entidades políticas e ao mesmo tempo também tem como corolário a igualdade (entes políticos como parificados e não hierarquizados).
A imunidade recíproca ou intergovernamental ou mútua da alínea “a” do inciso VI aplica-se à Administração Indireta? Não se aplica à Administração Indireta como um todo. Ela se aplica à apenas uma parte delas, ou seja, somente para as autarquias e fundações públicas. Eis §2º do inciso VI do art. 150 da CF/88: “A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes�-�”;
Então a Caixa de Assistências do Advogado como Autarquia tem a imunidade da alínea “a”? Não. Porque ela não está vinculada à sua finalidade essencial. Segundo REsp 233.843: “a circunstancia da CAA integrar a estrutura maior da OAB não implica na extensão da imunidade, dada a dissociação entre as atividades inerentes à atuação da OAB e as atividades providas em benefício individuais dos associados”;
É certo que a empresa pública e a sociedade de economia pública não portam imunidades diante da regra do art. 173, §1º, II c.c. §2º que as impedem de gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. Pergunta-se qual a exceção, ou seja, haverá imunidades para elas? Alcança empresa pública e sociedades de economia mista prestadores de serviços públicos (exclusiva do poder público), pois não se confundem com aquelas que exercem atividade econômica em sentido estrito (assemelham-se à uma autarquia). Eia o porquê aplica-se a imunidade à INFRAERO (RE 363.412) e ECT em relação ao IPVA dos veículos de transporte das correspondências (ACO 765) e da Companhia de Água e Esgoto (sociedade de economia mista); Observação: o STF (RE 597.563 e RE 253.394) entende que a imunidade recíproca abrange bens públicos sob “uso” de concessionárias de serviço público. Por isso que não se paga IPTU sobre os imóveis da União do Porto de Santos que é usado por concessionária (não aplica imunidade em relação às taxas de limpeza urbana em razão do inciso VI se referir somente aos “impostos”);
Qual a hipótese que se admite excepcionalmente a imunidade sobre empresa privada? Em caso de hospitais que atentem pelo SUS e com participação acionária majoritária e controle da União por entendimento do STF (RE 580.264).
Porque os Cartórios como atividade estatal delegada e com serviços públicos essenciais devem recolher ISS? Isso porque, apesar de reconhecer tratar-se, no caso, de atividade estatal delegada, tal como a exploração de serviços públicos essenciais, mas que, enquanto exercida em caráter privado, seria serviço sobre o qual incidiria o ISS conforme decidido na ADI 3089;
Quem compra o imóvel de uma Autarquia está imune ao ITBI? Não. A Súmula 75 do STF assevera que: “sendo vendedora uma autarquia, a sua imunidade fiscal não compreende o imposto de transmissão inter vivos, que é encargo do comprador”. Igualmente em relação ao IPTU (Súmula n. 583 e 591 do STF);
Município realiza operação de importação de mercadorias que estejam interferindo negativamente no mercado. Qual providência a ser realizada pelo Fisco (União)? Com base no art. 170 da CF/88 pode haver intervenção do ente tributante. Ver AI 518.325;
O Município de Campo Grande lançou taxa de fiscalização sanitária + taxa de coleta de lixo 
+ contribuição de melhoria em prédio da União (Receita Federal) e que está localizado no referido Município. Há imunidade recíproca? Não. Isso porque, basta uma simples leitura desavisada e gramatical no inciso VII do art. 150 da CF/88 para se inferir que se refere apenas aos impostos, o que faz afastar a imunidade em relação aos demais tributos (taxas – contribuições de melhora e outros); Observação: é certo que a imunidade aplica-se a outros tributos que não apenas os impostos, contudo, a imunidade do inciso VI “tão somente” aos impostos. Observação: não incide a imunidade em relação à contribuição de melhoria, contudo, nada impede que o ente público que a instituir abrir isenção em relação a ela ao ente político diverso.
Em relação à imunidade religiosa da aliena “b” do inciso VI do art. 150 alcança os imóveis de templo religioso locado a terceiros? Segundo entendimento do STF no RE 325.822 alcança o patrimônio, “renda” e serviços relacionados com a finalidade essencial da entidade;
Em relação à imunidade religiosa da aliena “b” do inciso VI do art. 150 alcança os cemitérios? Segundo entendimento do STF no RE 578.562 alcança o patrimônio, renda e “serviços” (que sejam extensão de entidades de cunho religioso);
A igreja era proprietário de lote de terreno em 2009 e que efetivou a construção de seu templo somente em 2010. Há imunidade do IPTU de 2009? (...) O imposto predial do exercício anterior (2008), no entanto, continuou a ser cobrado pela Municipalidade, por considerar estarem vagos os lotes na época do fato gerador (janeiro/2008). Comprovação da destinação dos imóveis para os fins essenciais da igreja – construção de seu primeiro templo. Inteligência do art. 150, VI e § 4º, da CF (ARE 658080 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 13/12/2011, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-033 DIVULG 14-02-2012 PUBLIC 15-02-2012 RSJADV mar., 2012, p. 44-46)Em relação à imunidade da alínea “c” do inciso VI do art. 150 quais os elementos centrais do Texto Constitucional? 1) entidades sindicais somente dos “trabalhadores”; 2) patrimônio, renda e serviços relacionadas com as “finalidades essenciais destas entidades�-�-�”; 3) inclui suas fundações (§4º); “sem fins lucrativos somente se refere à Instituições de ensino e de assistência social; 4) a lei que deve regular a imunidade das Instituições de ensino e de assistência social deve ser “complementar (art. 146, II)” a respeito do tema da imunidade e de lei “ordinária” em relação à constituição e funcionamento destas entidades; 5) Entende o STF não é proporcional diferenciar “bens” de “patrimônio” para afastar a imunidade porque este é formado pelo conjunto daqueles. O que importa é que os bens integra o patrimônio da entidade abrangida pela imunidade; com este entendimento o STF abrange com tal imunidade não somente os impostos sobre patrimônio, renda e serviços, mas também os de produção e circulação (IPI – ICMS e IOF). Entende que o termo patrimônio não é o constante do CTN, mas sim, o do art. 47 do Código Civil que congrega o conjunto normativo do próprio art. 110 do CTN;
Quando a autoridade competente poderá suspender a aplicação do benefício da imunidade da alínea “c”? Quando as Entidades não preencherem os requisitos do art. 14 do CTN que traz os requisitos para se considerar como “sem fins lucrativos”.
Quais as Súmulas a respeito da alínea “c”? Súmula n. 724 e 730 do STF.
Ensino de língua estrangeira caracteriza como entidade de ensino para fins de imunidade da aliena “c”? (STF. RMS 24.283);
Em relação à imunidade “cultural” da alínea “d” do inciso VI do art. 150 qual o entendimento do STF a respeito do termo “papel”? Segundo a Súmula 657 abrange todos os insumos destinados à impressão do papel, tais como: filmes destinados à produção de capas de livros – filme Bopp -; papel fotográfico – filmes não impressionados – maquinário (RE 202.149); Observação: a contrario senso o STF firma entendimento que qualquer insumo não vinculado à impressão do papel não porta imunidade, tais como: tinta utilizada para impressão – publicações em meios digitais, tais como DVD, CD e fitas de vídeo;
O STF tem dado interpretação ampla ou restrita para os termos “livros, jornais, revistas e periódicos”? o STF tem dado interpretação restrita de forma a excluir da imunidade: cadernos e blocos de anotação – livros contábeis – calendários – agendas de anotações – encartes exclusivos de propaganda distribuídos com jornais e periódicos;
A valor artísticos ou didático (relevância das informações ou a qualidade cultural) dos “livros, jornais, revistas e periódicos” tem relevância para imunidade? Não. Levando a cabo a interpretação restrita imposta pelo CTN (art. 111) e levando em conta que o legislador não trouxe a previsão deste requisito (juízo subjetivo) então não pode ser exigida. Por isso que incide imunidade sobre álbum de figurinha – lista telefônica – apostilas para estudo;
Porque se diz que esta imunidade é objetiva? Porque somente incide sobre “livros, jornais, revistas e periódicos” de forma a excluir para as editoras, bancas, livraria, autores, empresas jornalísticas ou de publicidade que sujeitam-se à tributação pela receita e pelos lucros auferidos;
PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO (parei no 3.1.1.2 – página 99)
Quais os princípios vinculados ao princípio da segurança jurídica? Legalidade (art. 150, I) – irretroatividade (art. 150, III, “a”) – não surpresa (art. 150, III, “b” e “c”) – transparência fiscal (art. 150, §5º e 6º).
Qual o significado do princípio da legalidade tributária? É vedado exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça (campo reservado da lei - obrigação ex lege); observação: a data para pagamento do tributo, a atualização monetária da obrigação� tributária e a instituição de obrigações acessórias não estão no campo reservado da lei, podendo ser por Decreto do Executivo uma vez que não são considerados “exigir” e “aumentar”;
Qual lei se refere à obrigação ex lege? A lei exigida para criação de tributos é a lei formal, o que exclui a criação por lei material, ou seja, por ato administrativo; 
Qual lei formal pode ser criada o Tributo? Por regra geral o tributo é criado por lei ordinária. Há casos excepcionais que exige a criação por lei complementar (imposto sobre grande fortuna – II – empréstimo compulsório – Imposto residual da União – Contribuições sociais novas ou residuais);
Quais exceções ao princípio da legalidade? I - É facultado ao Poder Executivo�, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I (II), II (IE), IV (IPI) e V (IOF) (§1º do art. 153 da CF/88); II – benefícios fiscais no ICMS – isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão – por meio de convênio interestadual do CONFAZ�, art. 150, §6º da CF/88; III - Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada (§2º do art. 62 da CF/88).
Dentre as exceções qual a hipótese que o Decreto somente poderá minorar alíquota e nunca majorar? Há dois tributos onde a alíquota somente poderá ser reduzida e quando restabelecida terá como teto a alíquota anterior: A) em relação ao ICMS – Combustível e Lubrificantes. Veja o art. 155, §4º, IV, “c”: “IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g�, observando-se o seguinte: c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b”. b) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE, art. 177, §4º, I, “b”�.
Qual a conclusão a respeito das exceções da legalidade estrita? I - Somente o Executivo Federal poderá “majorar” alíquotas (1º do art. 153 da CF/88), enquanto que o Executivo Estadual e Distrital somente poderá “minorar” (art. 155, §4º, IV, “c”) em relação tão somente ao ICMS – Combustível Lubrificante; II - os únicos tributos que o executivo estadual poderá tocar por ato administrativo é o ICMS. Qualquer dele para o benefício fiscal e somente para o combustível lubrificante para alíquota nacional por Convênio. Observação: somente a lei pode criar, majorar ou reduzir as taxas. Assim, fere a legalidade a instituição de emolumentos cartorários por Tribunal de Justiça (ADI 1.709 e ADI 1823)
Qual o fundamento para se permitir por Decreto ou Convênio do CONFAZ a mitigação da legalidade tributária? É que esses tributos tem caráter extrafiscal, ou seja, são reguladores da política econômica, monetária e fiscal do país. Assim, se quer o Presidente estimular as exportações diminui sua alíquota ou quer desestimular a produção de determinado produto industrial aumenta a alíquota do IPI. 
O que é princípio da tipicidade? Significa que não basta criar leis (princípio da legalidade), mas também, que o legislador estabeleça todos os aspectos da regra matriz de incidência tributária (dados necessários). Princípio este, concretizado no art. 97 do CTN;
O que significa princípio da irretroatividade? Segundo a alínea “a” do inciso III do art. 150 da CF: “é vedado cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado�” Assim, se um dia após o registro imobiliário foi majorada a alíquota do ITBI ele não retroage, ainda que o pagamento tenha sido postergado (a prazo); 
É certo que a irretroatividade é fácil de observar em relação aos tributos instantâneos (ITBI), mas como se aplica aos tributos que tem o fato gerador prolongados no tempo assim como o Imposto de Renda? “ao IR calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração (Súmula 584 do STF)”. Assim, não fere o princípio da irretroatividadelei editada no final do ano base que atingiu a renda apurada durante todo o ano, pois o fato gerador somente se completa e se caracteriza no dia 31 de dezembro. Qualquer lei neste período é fato gerador e a lei então em vigor.
Qual a exceção ao princípio da irretroatividade (retro-aplicação da norma)? O princípio da irretroatividade tributária possui duas exceções previstas no artigo 106 do Código Tributário Nacional: A lei aplica-se a ato ou fato pretérito� I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados (a lei interpretada pela má redação leva em erro justificável o contribuinte que acabe incidindo em penalidade administrativa, v.g. má redação de lei que obriga a escrituração em livro da quantidade de lixo descartada diariamente por condomínios, sendo que dá a entender que somente se aplica aos condomínios verticais para fins de cálculo de taxa de livro reciclável); II - tratando-se de ato não definitivamente julgado�-�-�-�-�-�-�-�: a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática (fundamento constitucional: lei não retroagirá salvo para beneficiar o réu – princípio da benignidade ou lex mitior).
Qual o fundamento jurídico do princípio da não surpresa? Busca proteger o sujeito passivo de tributação inesperada. Deve existir um tempo razoável para que o sujeito passivo possa planejar a sua atividade econômica (limitação ao poder impositivo do estado). Deste princípio que se extrai o princípio da anterioridade (alínea “b” do inciso III) e o da anterioridade nonagesimal (alínea “c” do inciso III);
O que significa o princípio da anterioridade ou anterioridade anual ou anterioridade de exercício ou anterioridade comum (alínea “b” do inciso III)? Vedado ao poder público cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada�-� a lei que instituído ou majorado� o tributo. Observação: o tributo entra em vigor no dia de sua publicação, mas só tem eficácia após o prazo constitucional. Observação: o exercício financeiro é o mesmo do ano civil, ou seja, vai de 1º de janeiro a 31 de dezembro (art. 34 da Lei 4.320). Observação: o que vale é a data da publicação no Diário Oficial e, não a data em que circulou. Assim, se foi publicado no dia 31/12 (sexta feira) e com circulação somente na segunda feira (03/01) o tributo poderá ser cobrado�.
Quais as exceções a respeito do princípio da anterioridade? Por motivos de política econômica ou de urgência há exceções: a) – art. 148, I; b) – art. 153, I; c) – art. 153, II; d) – art. 153, IV; e) – art. 153, V; f) – art. 154, II; g) – art. 195, §6º; h) art. 155, §4º, IV, “c”; i) art. 177, §4º, I, “b”. Observação: em relação ao ICMS somente não se aplica o princípio em relação ao transporte de “combustível”.
Emenda Constitucional pode excluir o princípio da anterioridade? Não. Trata-se de cláusula pétrea e, portanto, é limitação material ao poder constituinte derivado (ADIN 939-7).
O que significa o princípio da anterioridade nonagesimal ou anterioridade privilegiada ou qualificada (especial ou noventena)? Veda a cobrança de alguns tributos antes de decorridos 90 dias da data em que tiver sido publicada a lei que os instituiu ou o aumentou. Assim, se a publicação ocorreu em 31/12 significa não surpresa ao sujeito passivo a fim de que se aguarde 90 dias; Observação: este princípio da alínea “c” somente veio com a Emenda Constitucional n. 42/2003. Ela foi necessária diante da conduta do legislador em criar tributo no último dia do exercício financeiro (31 de dezembro) a fim de cobrar a partir do dia seguinte (01de janeiro).
Quais as exceções ao princípio? II – IE – IR – IOF – IEG – ECO – base de cálculo do IPVA e do IPTU.
Quais as conclusões a respeito de ambos os princípios anteriores? O IPI não é exceção à noventena, mas é à anterioridade comum – o IR não é exceção à anterioridade comum, mas é à noventena – o restabelecimento (nunca o aumento propriamente dito) de alíquotas do ICMS – Combustível e da CIDE- combustível não é exceção à noventena, mas é à anterioridade comum – o IPVA e o IPTU se submetem à anterioridade comum, mas a definição de suas bases de cálculos não está sujeita à noventena.
Quais as conclusões a respeito de ambos os princípios anteriores? Não se sujeitam à ambos os princípios: II – IE – IOF – IEG – ECO;
O que significa princípio da transparência fiscal? A adequada e clara informação ao sujeito passivo da carga tributária que lhe imposta. Materialização de tal princípio pode ser encontrada no §5º e §6º do art. 150 da CF/88. 
PERGUNTAS:
Foi declarada a ilegalidade da cobrança de IPTU no ano de 2008 em razão de isenção do contribuinte. Esta declaração serve para os anos subsequentes? Segundo a Súmula 239 do STF: “Decisão que declara indevida a cobrança do imposto em determinado exercício não faz coisa julgada em relação aos posteriores”. 
Quando esta súmula não será aplicada, ou seja, fará coisa julgada para os anos subsequentes? O STJ entende que o efeito da coisa julgada tributária estende-se em relação aos lançamentos posteriores quando a decisão trata de relação de direito material, declarando a inexistência de relação jurídico-tributária. 3. Com efeito, se os exercícios posteriores a 2001 mantêm a ilegalidade constatada pela instância a quo, perpetrando cobrança do tributo pelo regime da tarifa progressiva, sem o cumprimento dos requisitos instituídos - descumprimento das disposições do Estatuto da Cidade (Lei Federal n. 10.257/01) -, fica configurada a violação da coisa julgada, estendendo seus efeitos à ação executiva, visto que não houve modificação nas circunstâncias de fato ou de direito ocorridas na relação jurídica estabelecida. 4. Precedentes: EDcl no AgRg no REsp 1185049/MG, Rel. Min. Francisco Falcão, Primeira Turma, julgado em 06/03/2012, DJe 16/03/2012; REsp 1207093/SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, Primeira Turma, julgado em 23/11/2010, DJe 26/11/2010; AgRg no AgRg nos EREsp 885.763/GO, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, Primeira Seção, julgado em 10.2.2010, DJe 24.2.2010; AgRg no REsp 839.049/MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 12.5.2009, DJe 27.5.2009; REsp 885.763/GO, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em 14.10.2008, DJe 6.11.2008. 5. Caberá ao juízo da execução verificar se nos exercícios posteriores a legislação local manteve a cobrança da tarifa progressiva nos moldes julgados ilegais, ou se já ocorrera modificação legislativa apta a tornar a cobrança do IPTU legitimada (AgRg no AgRg no AREsp 117.494/PR, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/04/2012, DJe 02/05/2012)�;
Lei Estadual que autoriza a não inscrição em dívida ativa e o não ajuizamento de débitos de pequeno valor – remissão tributária - pode ser aplicada analogicamente pelo Município? Entende o STF que não pode ser aplicada sob pena de violação ao princípio do livre acesso (RE 591.033 e ADI 3.462);
Fere a igualdade: I - lei que imprime tratamento desigual a microempresas e empresas de pequeno porte de capacidade contributiva distinta afastando do regime do simples aqueles cujos sócios têm condições de disputar o mercado de trabalho sem assistência do estado (ADI 1643)? II - diploma legal que estabelece valores específicos para cada faixa de contribuintes fixados segundo capacidade contributiva de cada profissional (ADI 453); III – instituição de isentivos fiscais a empresas que contratam empregados com mais de quarenta anos (ADI 1.276); IV – possível judiciário estender isenção a contribuintes não contemplados pela lei, a título de isonomia (RE 159.026); V – possível ao STF efetivar extensão do tratamento tributário diferenciado concedido às instituições financeiras às cooperativas e às revendedoras de carros usadosa título de PIS/PASEP (RE 402.748); 
Qual a relevância da diferenciação entre capacidade contributiva e capacidade econômica do contribuinte do ponto de vista da justiça fiscal? Quais os modos de concretização do princípio da capacidade contributiva? (Coleção, p. 118);
O princípio da capacidade contributiva se aplica aos tributos em geral? Não somente aos impostos. Observação: o STF firmou orientação no sentido à aplicação às taxas, especialmente quando fato gerador é o exercício do poder de polícia – RE 216.259; Observação: em relação à contribuição social do empregador, da empresa e da entidade ela equiparada na forma da lei – art. 195, I, “a”, “b” e “c”, a CF também deixou caminho aberto para aplicação da capacidade contributiva, pois tais contribuições poderão ter alíquota ou bases de cálculos diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva da mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.
Levando em conta o princípio da capacidade contributiva responda as questões: I – O Fisco prescinde esperar que o cliente da empresa pague pelo serviço prestado para que possa exigir o ISS (STF. AI 228.337)? II – possível a utilização de um dos elementos para a utilização da base de cálculo do IPTU - a metragem do imóvel construído – como parâmetro para determinação da alíquota da taxa de coleta de lixo (RE 232.393); III - progressividade das alíquotas do ITBI (RE 234.105).
O que significa o princípio da personalização dos impostos? Ele é um subprincípio da capacidade contributiva prevista no §1º do at. 145 que significa que sempre que possível os impostos terão caráter pessoal, ou seja, analisar as características pessoais do sujeito passivo, assim como acontece com as deduções do imposto de renda com saúde, dependentes, educação etc.
O que é o princípio no mínimo vital? Ele é um subprincípio da capacidade contributiva que significa a eliminação da tributação sobre a renda necessária para sobrevivência do indivíduo e de sua família, por exemplo, isenção do IR aos reconhecidamente pobres.
O que é o princípio do não confisco do inciso IV do art. 150 da CF/88? Não há Constituição conceito para ele. É cláusula geral, portanto, a ser utilizado pelo Judiciário utilizando da proporcionalidade e da razoabilidade (sopesar os prejuízos pelos meios em relação aos proveitos alcançados pelo fim – adoção de medidas suficientes pelo Estado). Observação: pode ser aplicado aos tributos em geral.
O que significa perspectiva dinâmica e perspectiva estática dos princípios do não confisco? (Coleção, p. 122);
 Qual a diferença entre imposto proibitivo, imposto excessivo e imposto confiscatório? Há quem na doutrina – Sampaio Dória - que os diferencie. No proibitivo impossibilita a atividade tributária (ele viola o princípio constitucional da livre iniciativa do art. 1º, IV, e as garantias constitucionais do desenvolvimento nacional do art. 3º, II e do livre exercício profissional do art. 5º, XIII). No excessivo dificulta a atividade tributária. No confiscatório absorve parcela substancial da propriedade ou a totalidade da renda do individuo ou da empresa. Observação: a jurisprudência do STF não por regra geral acolhido o confisco de multa em 100% (RE 241.087), de perda do bem importado (AI 173.689), mas considerou violado tal princípio a multa de 300% (ADI 1.075-MC). Observação: a a identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da totalidade da carga tributária, mediante verificação da capacidade do contribuinte par suportar e sofre incidência de todos os tributos que ele deverá pagar, dentro de determinado período à mesma pessoa política que os ouvir instituído – sempre que o efeito cumulativo – resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma entidade estatal�.
O que significa princípio da solidariedade fiscal? Princípio “implícito – art. 3º, I e art. 40, caput - ” embutido nas contribuições tributárias que financiam a Seguridade Social – saúde, previdência e assistência social – relação de cooperação dos mais favorecidos financeiramente em benefício dos menos abastados.
O que significa o subprincípio da solidariedade entre gerações? Os contribuintes do sistema da seguridade social, não necessitados de hoje, serão os necessitados de amanhã, que, por conseguinte, são sustentados também neste sistema por novos contribuintes não necessitados e assim sucessivamente – esforço global da sociedade ou um pacto de gerações.
Quais os princípios constitucionais vinculados à forma federativa de Estado? I – liberdade de tráfego, art. 150, V�-�-�-�; II – da uniformidade geográfica, art. 151, I�-�-�, da não discriminação em razão da procedência ou destino, art. 152� e o da territoriedade das leis�.
Quais os princípios específicos a determinados tributos? Colação, p. 132.
Qual a diferença entre princípio da universalidade e da generalidade? Para aqueles que os diferenciam, o da generalidade tem incidência sobre todas as pessoas (todas as pessoas independente de qualquer condição – raça, estado civil, cr5edot etc - que realizam o fato gerador devem submeter à incidência do imposto de renda, exceto quando imunes ou isentos) e da universalidade a incidência é sobre rendas e proventos (se opõe à ideia de seletividade - o IR deve incidir sobre todas as espécies de obtenção de disponibilidade de renda ou provento).
Quais as espécies de princípio da progressividade? I – progressividade fiscal puramente arrecadatório onde a alíquota cresce à medida que aumenta a respectiva base de cálculo do tributo (v.g. IR - IPTU em razão do valor do imóvel, Súmula 668 do STF�-�, §1º do art. 145 e art. 156, §1º, ambos da CF/88); II – progressifidade extrafiscal - finalidade de estimular ou desestimular determinada conduta do sujeito passivo (v.g. ITR, art. 153, §4º, I da CF/88, voltado para desestimular a manutenção de propriedades improdutivas – IPTU no caso de não aproveitamento do solo urbano). Observação: a capacidade contributiva perde força para os casos de progressifidade extrafiscal (perde força porque ela não é “unicamente” ou “exclusiva” dos impostos pessoais).
Qual a diferença entre progressifidade e isenção? A progressifidade pode constituir sanção imposta pelo inadequado aproveitamento da propriedade, enquanto a isenção diz respeito à observância à capacidade contributiva do contribuinte (RE 238.671).
O que significa o princípio da seletividade? Dispõem que as alíquotas sejam estabelecidas conforme a essencialidade do produto, mercadoria e serviço – será obrigatória no IPI e poderá ser no ICMS (quanto mais se usa menos se paga, v.g. cesta básica - alíquotas em razão inversa da imprescindibilidade do produto).
O que significa o princípio da não cumulatividade? Tem a finalidade de evitar a tributação em cascata ou imposto sobre imposto de forma a evitar que seja confiscatório. Incide nos impostos plurifásicos – que incidem e em operações sucessivas, v.g. IPI e ICMS.
De exemplo deste abatimento dos impostos plurifásicos? Coleção, p. 137.
 CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
O que significa a classificação tricotômica ou tripartide e quinquipartide ou pentapartide das espécies tributárias? Pela primeira classificação se leva em conta a interpretação literal do art. 145 da CF/88 e do art. 5º do CTN para indicar que somente há três espécies de tributos (impostos + taxas + contribuições de melhoria). Pela segunda corrente e que é adotada pelo STF (Emendas Constitucionais n. 39 e n. 41) são cinco espécies de tributos (impostos + taxas + contribuições de melhoria + empréstimo compulsório + contribuições especiais� ou parafiscais)�. Observação: Luciano amaro (Direito Tributário brasileiro) entende que a contribuição de melhoria não constituiria uma espécie tributária autônoma, mas seria uma modalidade da categoria de taxa (obra pública é serviço público). Observação: Com a Emenda Constitucional n. 39 há quem trouxe a baila que a contribuição para o custeio de serviço de iluminação pública – COSIP trouxe nova classificação,ou seja, hexapartide.
Qual a diferença entre as espécies tributárias entre Estados e Municípios? É que em relação á contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública – COSIP ou CIP somente tem competência o Município. Observação: O Distrito Federal tem competência dos tributos estaduais e municipais – art. 147, art. 155 e art. 156 da CF/88.
DEMAIS CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
Quais as demais classificações tributárias? I – quanto à natureza da hipótese de incidência (tributo vinculado� e não vinculado�-�-�-�); II – destino da arrecadação (arrecadação vinculada� e não vinculada�-�); III – base econômica de incidência (comércio exterior� - patrimônio ou renda� – produção ou circulação� - especiais�); IV – forma de percepção (diretos� e indiretos�); V – aspectos objetivos e subjetivos da hipótese de incidência (reais� e pessoais�); VI – finalidade ou função dos tributos (fiscal� ou extrafiscal� ou parafiscal�); VII – alíquota do tributo ou forma de quantificação (fixos� – proporcionais� – progressivos� e regressivos�); VIII – receita pública (originárias� e derivadas�);
Constem algumas questões a respeito da contribuição de melhoria? �-�-�-�-�-� 
Constem algumas questões a respeito das taxas? �-�-�-�-�-�-� 
Constem algumas questões a respeito dos empréstimos compulsórios? A União, mediante lei complementar�-�, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para� atender a despesas extraordinárias�-�-�, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição (art. 148 da CF/88) �-�-�-� 
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Porque se diz que o significado de legislação tributária é elástico e exemplificativo? É que abarca tanto as normas constitucionais quanto as legais e infralegais, ou seja, tanto as fontes primárias quanto secundárias. Observação: pelo CTN o termo Lei é restrito por não abarcar as normas infralegais do art. 100 do CTN;
O que significa fontes primárias e secundárias? As fontes primárias tem seu fundamento retirado diretamente ou imediatamente da CF/88, tais como: I – norma constitucional�-�-�-�; II – leis complementares�-�; III – leis ordinárias; IV – leis delegadas�; V – medidas provisórias�; VI – tratados e convenções internacionais�-�-�-�-�; VII – resolução do senado federal�; VIII – convênios do ICMS – CONFAZ�-�-�-�-�-�-�-�. Observação: As fontes secundárias tem seu fundamento de validade retirado indiretamente ou mediatamente da CF/88 e diretamente das fontes primárias, tais como: I – decretos regulamentares; II – normas complementares disciplinadas no art. 100 do CTN. Observação: quando o CTN dispõe o enunciado “legislação tributária” (art. 113, §2º e art. 160) devem-se incluir os decretos, portarias, instruções normativas, ordens de serviço, atos administrativos. Observação: a definição de vencimento das obrigações tributárias – datas para pagamento - e a instituição de obrigações tributárias não estão no campo reservado à lei, podendo ser alvo de Decreto do Poder Executivo. Entretanto, a criação de multas tributárias está no campo reservado à lei, conforme o art. 97, V do CTN.
O que são normas complementares das leis, tratados e das convenções internacionais e dos Decretos? Os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas. Por exemplo, instrução normativa – IN -, ordem de serviços, circulares, pareceres normativos, portarias ministeriais, resoluções do Ministro da Fazenda, dentre outros + decisões dos órgãos singulares ou coletivos da jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa. Por exemplo, as decisões do Conselho Administrativos de Recursos Fiscais – CARF – que é ligado ao Ministério da Fazenda + as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas – costume + os convênios que entre si celebram a União, Estados, Distrito Federal e os Municípios�.
O que significa fonte real ou material? A fonte formal corresponde ao fato gerador in concreto.
O que são fontes não formais? São a doutrina e a jurisprudência;
Por regra geral qual lei cria tributos? A Lei ordinária com base na redação do art. 97 do CTN (v.g. cominação de penalidades, inciso V), salvo nos casos em que se exige lei complementar, assim como acontece com o IGF, ECO, IRU e contribuições sociais novas ou residuais. Observação: consideração exceção ou mitigação o §1º do art. 153 da CF/88 que permite a majoração ou redução por meio de Decretos�;
Existe Decreto autônomo no âmbito tributário? No direito tributário não há decreto autônomo, não podendo tal ato normativo ir além ou independentemente da lei – atividade praeter legem – ou ir contra a lei – atividade contra legem. O decreto no âmbito tributário deve servir para a fiel execução da lei, atuando secundum legem;
Qual a diferença entre validade, vigência e eficácia? A vigência e eficácia podem andar separadamente? Coleção, p. 195;
A Lei Complementar n. 118/2005 entrou em vigor 120 dias após sua publicação. Qual o dia em que entrou em “vigência”? Coleção, p. 197;
Quando entra em vigor as normas complementares do art. 103 do CTN, as decisões singulares e coletivas e dos convênios? Coleção, p. 197/198;
 Qual regra diferenciada em relação à vigência do imposto sobre patrimônio ou a renda trazida no art. 104, I a III do CTN? Há contradição entre o art. 150, III, “b” e “c” da CF/88? Coleção, p. 198.
 A regra geral a respeito da vigência no espaço é que a legislação rege-se pela lei de cada ente federativo nos limites de seu território (princípio da territorialidade). Qual exceção a esta regra? “A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União” (art. 102 do CTN).
Qual a interpretação restritiva dada ao art. 102 do CTN? O termo legislação tributária significa apenas normas que digam respeito à arrecadação e fiscalização de tributos (nos termos dos Convênios). Assim, não dá competência aos Municípios, Estado e Distrito Federal para instituição de tributos fora de seus respectivos territórios.
Como conciliar o princípio da territorialidade com a possibilidade de cobrança de ISS em local distinto do domicílio do prestado de serviço nos termos da LC 116/03? As administrações tributárias de dois Municípios podem firmar convênio de colaboração no sentido de ajuda mútua – troca de informações fiscais, apoio do aparato administrativo – para a efetiva cobrança do seguro. Contudo, isso não quer dizer que a obrigação tributária nasceu fora dos limites territoriais do Município competente para instituir o tributo�.
Qual a crítica a respeito da classificação dos “fatos geradores pendentes”? O que é retroatividade imprópria ou retrospectiva? O que é “retroatividade própria ou autêntica” Coleção, p. 201, p. 202 e p. 203;
 Em relação à retroatividade da lei mais benéfica do art. 106 do CTN o pagamento da multa permite a aplicação posterior de lei nova mais benéfica? O pagamento regular da multa tributária extingue o crédito tributário, não permitindo a aplicação do art. 106 do CTN.
Para fins do art. 106 do CTN o que significa ato definitivamente julgado? Ato não definitivamente julgado significa ato não transitado em julgado compreendendo tanto o âmbito administrativo como o âmbito judicial. Nesse sentido é pacífico o entendimento do STJ;
Qual a diferença entre interpretação e integração da norma? Coleção, p. 206;
Qual a ordem a ser seguida em face da lacuna tributária? Coleção, p. 206/207;
Qual a limitação da analogia no âmbito tributário? Coleção, p. 207;
Qual a diferença entre analogia e interpretação analógica: Coleção, p. 208;
A equidade pode considerar a dispensado pagamento do tributo já que ela significa a aplicação da justiça no caso concreto em abrandando o rigor da lei? Emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido (§2º do art. 108 do CTN);
O que significa o princípio da socialidade e da operalidade? Socialidade é a prevalência dos valores coletivos em detrimento dos valores sociais e a operalidade na efetivação da norma jurídica, ou seja, que o direito é feito para ser utilizado e eficaz;
É legal a ampliação de receita bruta dada pela norma tributária (Lei n. 9.718/98) em detrimento da norma de direito privado regulado pela Constituição (art. 195 da CF/88). Coleção, p. 210/211.
Porque se diz que o direito tributário é um direito de sobreposição ou superposição? Coleção, p. 210;
Cite alguns julgados a respeito da interpretação literal e mais favorável pelo STJ. Coleção, p. 213.
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
Art. 113 ao art. 138 do CTN
CONCEITO
Relação + sujeito ativo + sujeito passivo + dever + norma tributária
ESPÉCIES DE OBRIGAÇÃO: 1) PRINCIPAL
Conceito (art. 113, §1º): Pagamento de Tributo ou Multa (penalidade pecuniária – art. 113, §1º e §3º e art. 115)
Críticas: obrigação de dar?
ESPÉCIES DE OBRIGAÇÃO: 2) ACESSÓRIA
Conceito (art. 113, §2º): prestação positiva ou negativa – fazer ou não fazer (suportar - tolerar)
PERGUNTAS:
Qual a diferença entre a causa ou a fonte da obrigação principal e acessória? A obrigação principal decorre da Lei (Lei Complementar – Lei Ordinária – Lei Delegada – Medida Provisória). A obrigação acessória decorre da Legislação Tributária (Decretos – Normas Regulamentares);
Qual a relevância processual em relação à adequação da ação em face do crédito constituído?A ação declaratória pressupõe um crédito fiscal ainda não constituído. Após a sua constituição formal, a hipótese será de ação anulatória (REsp 125.205/SP, Rel. Ministro MILTON LUIZ PEREIRA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 06/02/2001, DJ 03/09/2001, p. 146, REPDJ 12/08/2002, p. 165).
A aposentação por doença grave isente da obrigação principal de pagar imposto de renda. Pergunta: estão dispensados de entregar declaração anual de rendimentos�?
Levando em conta a questão anterior qual a crítica em relação à terminologia obrigação acessória?
Sabendo que o descumprimento de uma obrigação acessória equivale a uma obrigação principal, ou seja, surge uma multa. Pergunta-se: a multa pode ser considerada um tributo;
Pode o Estado criar exigência de nota fiscal (obrigação acessória) mesmo em situação de não incidência de ICMS? Súmula 166 do STJ
PERGUNTAS:
O descumprimento da obrigação acessória é suficiente para obstar a emissão da Certidão Positiva com Efeito de negativa, conforme entendimento ratificado no "repetitivo" REsp 1.042.585/RJ, de relatoria do Min. Luiz Fux, DJe 21/05/2010, julgado pela sistemática do 543-C do CPC (AgRg nos EDcl no AgRg no REsp 1253941/RJ, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 21/06/2012, DJe 28/06/2012);
Segundo orientação firmada nesta Corte, "a denúncia espontânea não tem o condão de afastar a multa decorrente do atraso na entrega da declaração de rendimentos, uma vez que os efeitos do artigo 138 do CTN não se estendem às obrigações acessórias autônomas" - AgRg no AREsp 11340/SC, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 13.9.2011, DJe 27.9.2011 (AgRg no REsp 1279038/MG, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 02/02/2012, DJe 09/02/2012);
O art. 100, parágrafo único, do CTN, ao dispor que "a observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo", não possui comando normativo capaz de alterar a conclusão a que chegou o Tribunal de origem, atraindo a incidência da Súmula n.º 284 do Pretório Excelso.Ademais, apesar de ser indevido o ICMS nas operações de transferência de mercadorias de um estabelecimento para outro de propriedade do mesmo contribuinte, há norma local (art. 11, inciso IV, item 2, da Lei nº 6537/73), conforme consignado pelo acórdão recorrido, estipulando obrigação acessória, que deve ser cumprida mesmo não havendo a incidência do tributo, não podendo, dessa forma, se falar em violação ao art. 100, parágrafo único, do CTN (AgRg no Ag 1403362/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/10/2011, DJe 13/10/2011).
ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
 – FATO GERADOR –
Art. 114 do CTN
NOMENCLATURA
Fato gerador In Abstrato (hipótese de incidência ou regra matriz)
Fato gerador In Concreto (Fato imponível – materialização da hipótese de incidência)�-�-�
CONCEITO FATO GERADOR IN ABSTRATO
Obrigação principal (art. 114 do CTN�)
Obrigação acessória (art. 115 do CTN�)
PERGUNTAS:
Qual o fato gerador do ICMS (necessária)? Segundo o art. 155, II da CF/88: “operações relativas à circulação� de mercadorias� + sobre prestações de serviços de transporte�-�-� interestadual e intermunicipal� + de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior”;
Qual o fato gerador do IPVA (necessária)? Segundo o art. 155, III da CF/88: “propriedade� de veículo� automotor”;
Qual o fato gerador do ITCMD (necessária)? Segundo o art. 155, I da CF/88: “transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos”;
O que significa dizer em “onipresença obrigacional”? Significa dizer o que interessa para o nascimento da obrigação tributária é a ocorrência do fato gerador in concreto sendo irrelevante a validade jurídica dos atos praticados (inciso I do art. 118) e a incapacidade ou irregularidades dos contribuintes (art. 126 do CTN) – indiferença de quem realizou e como foi realizada a atividade tributável;
Sabendo que o inciso III do art. 126 do CTN prega a capacidade tributária passiva independe da regular constituição da pessoa jurídica. Pergunta-se: quem responde por uma empresa que não existe? “a comercialização de mercadorias, dar-se-á a imposição do tributo, exigível no caso, sobre os sócios da pessoa jurídica, haja vista a responsabilização pessoal constante do art. 135, caput do CTN” (Eduardo Sabbag. Manual de direito tributário. 4ª ed. 2ª Tiragem. São Paulo: Saraiva: 2012, p. 677);
Certo que pelo art. 126 do CTN a capacidade tributária passiva independe das irregularidades ou incapacidades dos contribuintes de forma que recai sobre eles deveres. Pergunta-se: recaem sobre eles também os direitos? As situações descritas no art. 126 servem tanto para deveres como para direitos dos contribuintes. Com efeito, o STJ entendeu que uma entidade, conquanto não formalmente constituída como pessoa jurídica, tem direito garantido de ingressar com o REFIS (Eduardo Sabbag. Manual de direito tributário. 4ª ed. 2ª Tiragem. São Paulo: Saraiva: 2012, p. 677);
Quem pratica fato gerador e, portanto, é contribuinte em uma sociedade em conta de participação? “a sociedade em conta de participação não é pessoa jurídica, nem mantém relações jurídicas com terceiro, o que faz com que não possua capacidade tributária passiva. Para fins de responsabilização do tributo, atingir-se-ão os sócios que são credores e devedores de terceiros” (Eduardo Sabbag. Manual de direito tributário. 4ª ed. 2ª Tiragem. São Paulo: Saraiva: 2012, p. 677). 
ASPECTO TEMPORAL
Qual a relevância do aspecto temporal, ou seja se saber quando se realiza o fato gerador? A relevância é que a lei a ser aplicada é aquela a partir a do fato gerador�.
Quando considera ocorrido o fato gerador�? Há situações jurídicas (exige cumprimento de formalidades jurídicas) que apontam o momento para a aquisição de bens, assim como acontece com a aquisição de bem imóvel entre vivos com a data do registro imobiliário em relação ao ITBI. Igualmente com o ITCM�. Eis o porquê da redação do inciso II do art. 116 do CTN. Quando não há um dado objetivo deste momento então adentra-se no inciso I do art. 116 do CTN que corresponde a situação de fato, v.g.o imposto de importação tem como fato gerador a entrada do produto no território nacional, mas a lei ordinária considera o fato gerador como ocorrido na data do registro da declaração de importação na repartição aduaneira (situação de fato).
Quando considera realizado o fato gerador da doação do pai para o filho desde que o mesmo contraia casamento? Veja que estamos diante de uma condição suspensiva e, portanto, somente considera como consumado o fato gerador do ITCMD com o implemento da condição (casamento)�.
Quando considera realizado o fato gerador do ITBI se no contrato há cláusula que impõe o desfazimento do negócio quando do término da faculdade do comprador? Veja que estamos diante de uma condição resolutória e neste caso, o fato gerador ocorre na data da celebração do negócio�
CLASSIFICAÇÃO DO FATO GERADOR�:
Instantâneo (completa em exato espaço de tempo – ICMS� – IPI – II – IE – IOF – ITBI – ITCMD - IR�); 
Periódico ou complexivo ou continuativo ou formação sucessiva (completa ao longo de um espaço de tempo – não ocorre hoje ou amanhã, v.g. IR – 1º Janeiro até 31 de Dezembro – exemplo comparativo dado por Luciano amaro como o da partida de futebol);
Continuado ou persistente (conserva no tempo – ocorre hoje e amanhã, v.g. IPTU, IPVA, ITR);
NORMA ANTIELISÃO (antievasiva ou anti-simulação)
Conceito? Parágrafo único do art. 116 do CTN� (v.g. sociedade empresarial que ao invés de pagar remuneração aos seus sócios não administradores, opta por distribuir-lhes lucros mensalmente, buscando a situação de isenção de imposto de renda - IR)
02 elementos importantes: desconsiderar (diferente de desconstituir) + autoridade administrativa (exclui a judicial)
Tese favorável à inconstitucionalidade: Legalidade tributária e da tipicidade tributária cerrada ou fechada, uma vez que não cabe tributar na situação de dispensa legal de pagamento de tributo;
Tese favorável à constitucionalidade: deve prevalecer o princípio da capacidade contributiva ao da legalidade tributária, bem como, o princípio da igualdade, uma vez que pessoas em situação similar sofreriam discriminação odiosa e a incidência do tributo.
Diferença com evasão� (sonegação fiscal� – fraude� - conluio�)
Diferença da evasão e da antielisão? Na antielisão há conduta lícita ou legítima + ocorre antes do fato gerador;
Na apuração do Imposto de Renda da Pessoa Física, o sujeito passivo da obrigação tributária presta ao Fisco todas as informações relativas às hipóteses de incidência do referido tributo no prazo previsto na legislação aplicável, para que seja conhecida a base de cálculo sobre a qual irá incidir a alíquota respectiva. Sem olvidar o entendimento consolidado no enunciado n. 24 da Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal, eventual omissão ou declaração com a intenção de reduzir ou suprimir tributo se verifica no momento em que a legislação tributária atribui ao próprio contribuinte o dever de fornecer ao Fisco as informações necessárias à apuração e definição da exação. A declaração falsa inserida na Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda da Pessoa Física nada mais é do que a representação da informação contida no documento ideologicamente falsificado, do qual se utiliza o agente para obter a redução ou supressão do referido tributo, circunstância que impede a incidência dos tipos penais previstos no artigo 299 e 304 do Código Penal, para que não ocorra o vedado bis in idem. O fato do sujeito passivo da obrigação tributária apresentar o documento ideologicamente falsificado à autoridade fazendária, quando chamado a comprovar as declarações prestadas em momento anterior, se trata de mero exaurimento da conduta necessária para a configuração do delito de sonegação fiscal, já que desprovido, neste momento, de qualquer outra potencialidade lesiva que exija a aplicação autônoma do delito descrito no artigo 304 do Estatuto Repressor. Recurso ordinário provido para determinar o trancamento da ação penal deflagrada em desfavor do recorrente, estendendo-se os efeitos desta decisão ao corréu, por força do disposto no artigo 580 do Código de Processo Penal.(RHC 26.891/MG, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 26/06/2012, DJe 01/08/2012)
PERGUNTAS:
O fato gerador após a incidência pode ser considerado um negócio jurídico ou ato jurídico de conteúdo negocial? Para a validade do negócio jurídico se requer os requisitos de validade do art. 104 do Código Civil, dentre ele o agente capaz e o objeto lícito. Para o campo tributário eles são irrelevantes como se extrai do inciso I do art. 126 c.c. inciso I do art. 118, ambos do CTN. Corrobora este entendimento o art. 114 do CTN que considera o fato gerador a situação “necessária” e “suficiente” daquela definida da lei. Ademais, o elemento volitivo não é requisito de existência do dever de pagar o tributo, pois praticado serviço como fato gerador do ISS não há opção do contribuinte em pagar ou não.
ELEMENTOS DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
 – SUJEITO ATIVO –
Art. 119 do CTN
CONCEITO
Quem é o sujeito ativo? Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento (art. 119 do CTN�);
A União criou por lei a contribuição para o salário-educação e delegou a sua arrecadação ao INSS. Quem deverá figurar na ação onde se questiona essa cobrança? Em se tratando de contribuição para o salário-educação, compete ao INSS, agente arrecadador e, portanto, sujeito ativo da obrigação tributária nos termos do art. 119 do CTN, integrar o pólo passivo da ação. A questão da constitucionalidade da cobrança da contribuição social a título de salário-educação não pode ser enfrentada no âmbito da instância especial, visto tratar-se de matéria cujo exame está reservado à exclusiva competência do STF (Resp 445.485/PR, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA, julgado em 04/05/2006, DJ 28/06/2006, p. 229)
PERGUNTAS:
A Comarca “X” foi desmembrada para criar a Comarca “Y”. Qual a legislação a ser aplicada pela Comarca nova�?
Se o tributo foi cobrado a maior deve haver a devolução integral ou somente a parte do indevido (parte cobrada a maior)? Quanto ao IPTU, a Corte estadual decidiu que, mesmo no caso de nulidade dos lançamentos em face de reconhecida inconstitucionalidade das alíquotas progressivas, a restituição não deve ser integral, mas tão-só da parte caracterizadora do indevido, ou seja, excedente à alíquota mínima prevista na Lei Complementar Municipal 7/73. Nesse mesmo sentido, em precedentes envolvendo o IPTU de Porto Alegre/RS, já julgou o STJ: REsp 662.215/RS, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Turma, DJe 02/06/2008; REsp 593.465/RS, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, DJ 14/11/2005. (AgRg no REsp 1176709/RS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 25/10/2011, DJe 28/10/2011)
 Se a lei que constituiu o crédito tributário foi posteriormente considerada inconstitucional torna a inexigível a obrigação tributária? A jurisprudência do STJ, sedimentada em sede de recurso especial representativo de controvérsia (art. 543-C do CPC), firmou o entendimento de que "subsiste a constituição do crédito tributário que teve por base a legislação ulteriormente declarada inconstitucional, exegese que, entretanto, não ilide a inexigibilidade do débito fiscal [...] na parte referente ao quantum a maior cobrado com espeque na lei expurgada do ordenamento jurídico" (REsp 1.115.501/SP, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Seção, DJ 30/11/2010) (AgRg no REsp 1176709/RS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 25/10/2011, DJe 28/10/2011);
Quem tem legitimidade para figurar no polo ativo da ação que se questiona cobrança de contribuição previdenciárias dos Vereadores? Nos termos da jurisprudência desta Corte, "a despeito de sua capacidade processual para postular direito próprio (atos interna corporis) ou para defesa de suas prerrogativas, a Câmara de Vereadores não possui legitimidade para discutir

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