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APLICABILIDADE DA CONSTELAÇÃO SISTÊMICA NO ÂMBITO DO DIREITO

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Prévia do material em texto

FACULDADE DE PARÁ DE MINAS 
Curso de Direito 
 
Anna Carolina Masiero 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APLICABILIDADE DA CONSTELAÇÃO SISTÊMICA NO ÂMBITO DO DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pará de Minas 
2016 
 
 
Anna Carolina Masiero 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APLICABILIDADE DA CONSTELAÇÃO SISTÊMICA NO ÂMBITO DO DIREITO 
 
 
Monografia apresentada à Coordenação 
do curso de Direito da Faculdade de Pará 
de Minas como requisito parcial para a 
conclusão do bacharelado em Direito. 
 
Orientadora: Professora Mestre Eunaihara 
Ligia Lira Marques 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pará de Minas 
2016
 
 
Anna Carolina Masiero 
 
 
 
 
APLICABILIDADE DA CONSTELAÇÃO SISTÊMICA NO ÂMBITO DO DIREITO 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Coordenação 
do curso de Direito da Faculdade de Pará 
de Minas como requisito parcial para a 
conclusão do bacharelado em Direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovada em _____/_____/_____ 
 
 
__________________________________________________________ 
Prof.ª Ms. Eunaihara Ligia Lira Marques 
 
 
___________________________________________________________ 
(título e nome do professor examinador) 
 
 
___________________________________________________________ 
(título e nome do professor examinador)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho a todos que me 
oportunizaram concretizá-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço a Deus, aos meus pais e a 
contribuição da minha orientadora e 
coorientadora, Eunaihara e Elaine, que 
estiveram disponíveis e tanto se 
empenharam para me ajudar no deslinde 
deste tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O que está em vida é inacabado. Os 
mortos são completos. A ânsia por 
perfeição é, na verdade, na profundeza, 
uma ânsia pela morte. Para que fiquemos 
em vida, temos que respeitar o 
inacabado.” 
 
Bert Hellinger 
 
 
RESUMO 
 
Esta monografia objetiva apresentar a aplicação da abordagem da Constelação 
Sistêmica no contexto do direito, elucidando o tema jurídico denominado Direito 
Sistêmico, criado por Sami Storch, Juiz de Direito da Comarca de Amargosa-BA. 
Essa tese fundamenta-se no recurso terapêutico da Constelação Sistêmica, utilizado 
como método alternativo de solução de conflitos, para descongestionar o fluxo de 
processos judiciais, com o máximo de respeito ao ser humano, trazendo para a 
consciência das partes, a real motivação que as leva ao litígio. Trata-se de um 
instrumento psicológico que pode ser utilizado pelos operadores do direito que, 
quando em contato com as partes, proporcionarão a identificação dos antecedentes 
que ocasionaram, de fato, os pontos de atrito. As Constelações Sistêmicas 
provocarão nos litigantes a necessidade de perquirir o sentimento que se encontra 
estagnado no seu subconsciente, advindo, muitas vezes, de desavenças pendentes 
não solucionadas no âmbito familiar. A proposta do Direito Sistêmico, por ser nova, é 
passível de adequações, pesquisas e práticas, embora, como se encontra, já vem 
apresentando resultados positivos. 
 
Palavras-chave: Constelação Familiar. Constelação Sistêmica. Direito Sistêmico. 
Solução de conflitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8 
2 ACESSO À JUSTIÇA: LIMITAÇÕES E PROPOSTAS ALTERNATIVAS ............. 10 
2.1 Métodos tradicionais e alternativos de soluções de conflitos ...................... 11 
2.1.1 Jurisdição ......................................................................................................... 12 
2.1.2 Equivalentes Jurisdicionais .............................................................................. 13 
2.1.2.1 Autotutela ..................................................................................................... 13 
2.1.2.2 Autocomposição ......................................................................................... 14 
2.1.2.3 Mediação ...................................................................................................... 15 
2.1.2.4 Conciliação .................................................................................................. 15 
2.1.2.5 Arbitragem ................................................................................................... 16 
3 DIREITO SISTÊMICO ............................................................................................ 17 
4 COMPREENDENDO A CONSTELAÇÃO SISTÊMICA FAMILIAR E SEUS 
TERMOS ................................................................................................................... 19 
4.1 Fundamentos das Constelações Familiares ................................................... 20 
4.1.1 Ordens do amor ............................................................................................... 20 
4.1.1.1 Lei do pertencimento .................................................................................. 21 
4.1.1.1.1 A consciência pessoal ou individual ........................................................... 22 
4.1.1.1.2 A consciência coletiva ou oculta ................................................................. 23 
4.1.1.1.3 A consciência ampla ................................................................................... 23 
4.1.1.2 Lei da Hierarquia ......................................................................................... 24 
4.1.1.3 Lei do equilíbrio entre dar e receber .......................................................... 25 
5 APLICABILIDADE E BENEFÍCIOS DO DIREITO SISTÊMICO ............................ 26 
5.1 Como se aplica a Constelação Familiar? ........................................................ 29 
5.2 Exemplo da aplicabilidade da Constelação Familiar...................................... 30 
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 33 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 35 
 
8 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Sabe-se que a Justiça brasileira possui volumoso número de processos à 
espera de decisão nos tribunais, acrescido de diversas possibilidades de recursos, 
que agravam a situação. A esse abarrotamento de trabalho para julgá-lo, Almeida, 
Almeida e Crespo (2012) afirmam que se deve à morosidade do nosso sistema, da 
ausência de efetividade de julgamentos, resistência de muitos profissionais e pela 
carência de novas formas de adequação das soluções. 
Assim, a percepção entre os profissionais do direito aos chamados meios 
alternativos de soluções de conflitos, como por exemplo, a arbitragem, a mediação, 
a conciliação e outros, ainda está prejudicada, pois há poucas tentativas de 
incorporar outros métodos para desobstruir o fluxo de processos que aumenta a 
cada dia. 
Em meio a essas novas possibilidades de soluções de conflitos, a fim de 
contribuir para a celeridade de seu andamento, além de proporcionar eficácia em 
seus julgamentos, há uma nova proposta estudada e implantada pelo Juiz brasileiro 
Sami Storch, desde 2006, que se chama“Direito Sistêmico”. Essa proposta é 
baseada na teoria da Constelação Sistêmica Familiar desenvolvida pelo terapeuta e 
filósofo alemão Bert Hellinger. Ciência, esta, que já vem sendo implantada nas 
Varas de Família, Criminais e de Infância e Juventude, com pleno êxito1. 
Os conflitos entre os indivíduos, de um modo geral, são sempre delicados 
para se compreender e trabalhar. Geralmente, as causas variam de forma profunda 
e complexa. As soluções adotadas atualmente por muitos profissionais do Direito em 
relação às sentenças determinadas, trazem soluções imediatas, e, às vezes, até 
uma interrupção da relação conflituosa. Entretanto, em muitos casos não são 
capazes de solucionar a questão do ponto de vista etiológico e oportunizar maior 
harmonia entre as partes. Assim, o Direito Sistêmico apresenta a possibilidade de 
encontrar solução sustentável e equilibrada para todos os implicados, principalmente 
porque propõe mecanismos de análise do sistema como um todo, ou seja, 
observando a partir da perspectiva dos envolvidos. Por isso oferece um olhar 
integral ao ser humano. 
 
1 Disponível em: <https://direitosistemico.wordpress.com/> 
9 
 
Desta maneira, o Direito Sistêmico visa à aplicabilidade da ciência jurídica a 
partir de um viés terapêutico. A proposta defendida por Sami Storch é utilizar as leis 
sistêmicas e o direito como mecanismos de tratamento das questões geradoras dos 
conflitos, visando proporcionar o restabelecimento da saúde do sistema, como um 
todo2. 
Como se observa, o presente estudo possui o objetivo de oferecer melhor 
compreensão acerca do préstimo das Constelações Sistêmicas no meio jurídico, 
com o intuito de buscar maior celeridade, respeito e profundidade nas soluções 
conflituosas. 
Por se tratar de um método novo e ainda sendo operacionalizado, vale a pena 
ressaltar que há poucos trabalhos e nenhuma doutrina específica sobre o tema. 
Entretanto, o estudo fora baseado em obras disponíveis em acervos físicos e 
eletrônicos de domínio público, como artigos, livros, além de buscas em sites 
oficiais, igualmente fundamentado pelas ideias e estudos desenvolvidos e 
disponibilizados por Sami Storch. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 Disponível em: <https://direitosistemico.wordpress.com/> 
10 
 
2 ACESSO À JUSTIÇA: LIMITAÇÕES E PROPOSTAS ALTERNATIVAS 
 
O artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição da República de 1988, assegura 
que "a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça de direito". 
(BRASIL, 1988). Pode ser chamado, também, de Princípio do Direito de Ação. 
Diante da letra da lei, todos têm acesso à justiça, podendo tratar de direitos 
lesionados ou de ameaças a ele, todavia, este direito social possui obstáculos para 
quem deseja utilizá-lo, considerando as diferenças impostas pela distribuição de 
renda atual, que cria camadas e subcamadas populacionais. Muitas pessoas que 
têm seu direito ofendido, o renunciam diante da burocracia e morosidade do sistema 
jurisdicional, além dos gastos que necessitam despender por causa de idas e vindas 
ao fórum para acompanhar o andamento do processo, para obter documentos, sem 
contar com o essencial pagamento de honorários ao advogado. Vale enfatizar, 
ainda, que apesar da gratuidade, os nobres defensores públicos encontram-se 
abarrotados de processos. 
Conforme o artigo 8º, inciso I, da Convenção Internacional Interamericana 
sobre Direitos Humanos – Pacto de San José de Costa Rica: 
 
Artigo 8º - Garantias judiciais 
1. Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e 
dentro de um prazo razoável, por um juiz ou Tribunal competente, 
independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração 
de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de 
seus direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer 
outra natureza. (AMERICANOS, 1969). 
 
Esse acesso à Justiça é bastante criticado por sua demora e onerosidade, 
sendo a sentença considerada injusta em determinados casos. Diante disso, a 
sociedade, inúmeros profissionais, instituições e órgãos competentes, clamam por 
alternativas funcionais e buscam inovações no sistema jurídico que, de acordo com 
Cappelletti e Garth (1988), vieram através, do que pode se chamar de Ondas. Os 
mesmos autores asseguram o seguinte: 
 
A primeira solução para o acesso – a primeira “onda” desse movimento 
novo – foi a assistência judiciária; a segunda dizia respeito às reformas 
tendentes a proporcionar representação jurídica para os interesses 
“difusos”, especialmente nas áreas da proteção ambiental e do consumidor; 
e o terceiro – e mais recente – é o que nos propomos a chamar 
simplesmente “enfoque de acesso a justiça” porque inclui os 
posicionamentos anteriores, mas vai muito além deles, representado, dessa 
11 
 
forma, uma tentativa de atacar as barreiras ao acesso de modo mais 
articulado e compreensivo. (CAPPELLETTI; GARTH, 1988, p.31). 
 
É certo que o direito está em constante transformação, fato que permite 
corrigir as falhas passadas e adaptar-se a uma sociedade mutável em seus 
costumes, tradições e crenças. 
Com essa abertura ao novo, ou seja, às recentes possibilidades de acesso e 
resolução de conflitos, surgiram alguns métodos alternativos, como por exemplo, a 
arbitragem, conciliação, mediação, além de tribunais sociais e outros, que visam 
solucionar pacificamente as divergências, proporcionando maior harmonização das 
relações interpessoais a partir da celebração de acordos entre os envolvidos. 
 
2.1 Métodos tradicionais e alternativos de soluções de conflitos 
 
Em busca de decisões mais justas, eficazes, eficientes e céleres, têm-se 
utilizado instrumentos de ação social participativa, onde os envolvidos decidem qual 
a melhor forma de solucionarem os seus problemas particulares. 
Há casos em que, diante da simplicidade e singularidade de seu objeto de 
direito, acabam sendo abandonados devido à demora em serem solucionados 
judicialmente. E, quando abordados, acabam por abarrotar o Judiciário atrasando os 
demais processos que, muitas vezes, são mais complexos e dispendiosos. Desta 
forma, as soluções pacíficas de conflitos vêm sendo cada vez mais valorizadas 
pelos profissionais do direito. O Código de Processo Civil de 2015 traz em seu artigo 
3º, a seguinte determinação: 
 
Art. 3º Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a 
direito. 
§ 1º É permitida a arbitragem, na forma da lei. 
§ 2º O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos 
conflitos. 
§ 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de 
conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores 
públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo 
judicial. (BRASIL, 2015a). 
 
Sob esse aspecto vale salientar que a inovada lei reservou toda uma seção 
para salvaguardar e orientar os profissionais que atuam na área jurídica, a fim de 
que sejam colocadas em prática as soluções alternativas de conflitos. 
12 
 
Segundo Daniel Amorim Assumpção Neves (2016): 
 
Ainda que por razões óbvias tal seção se limite a regulamentar a mediação 
ou conciliação quando já instaurado o processo, quando o ideal seria que 
elas justamente evitassem sua existência, o diploma processual é inovador 
e sai da abstração do “conciliar é legal” para a criação de uma estrutura e 
de um procedimento que realmente possa incrementar a conciliação e a 
mediação como forma de solução do conflito e por consequência a extinção 
do processopor sentença homologatória da autocomposição. 
Entendo extremamente positiva a iniciativa do legislador, até porque, se há 
essas formas consensuais de solução dos conflitos, é melhor que exista 
uma estrutura organizada e um procedimento definido e inteligente para 
viabilizar sua realização da forma mais ampla possível. (NEVES, 2016, 
p.85). 
 
Os princípios norteadores que viabilizam a realização desta prática, de acordo 
com o artigo 1º, do Anexo III, da Resolução 125/2010 do Conselho Nacional de 
Justiça, são: a confidencialidade, a decisão informada, a competência, a 
imparcialidade, a independência, a autonomia, o respeito à ordem pública, as leis 
vigentes, o empoderamento e a validação. 
Esses princípios autenticam e conduzem mais esta facilidade de acesso à 
justiça, onde as partes ficam seguras pela homologação judicial sem o risco da 
morosidade quanto à sua tramitação e as despesas que um procedimento comum 
naturalmente acarreta. 
Em meio às possibilidades de resolução dos litígios que batem à porta do 
sistema judiciário, torna-se possível falar sobre jurisdição e seus equivalentes, todos 
resumidamente descritos a seguir: 
 
2.1.1 Jurisdição 
 
Entende-se por jurisdição o poder constituído ao Estado para solucionar 
desavenças, disputas, conflitos dentre outros, com interesse de resguardar a ordem 
jurídica e a autoridade da lei. Considerado um método tradicional, onde geralmente, 
há um terceiro envolvido que se denomina “Juiz”, e para ele, são levados os 
envolvidos através de seus advogados, os pedidos, as defesas e provas. Assim, são 
analisados todos os documentos e, com fundamento na lei, profere-se uma decisão 
chamada sentença. 
Atualmente, este meio, devido ao excesso de lides, vem sendo considerado o 
mais moroso, despendendo tempo, dinheiro, desgaste físico e mental das partes. 
13 
 
Segundo Neves (2016): 
 
A jurisdição pode ser entendida como a atuação estatal visando a aplicação 
do direito objetivo ao caso concreto, resolvendo-se com definitividade uma 
situação de crise jurídica e gerando com tal solução a pacificação social. 
Note-se que neste conceito não consta o tradicional entendimento de que a 
jurisdição se presta a resolver um conflito de interesses entre as partes, 
substituindo suas vontades pela vontade da lei. Primeiro porque nem 
sempre haverá conflito de interesses a ser resolvido, e segundo porque nem 
sempre a atividade jurisdicional substituirá a vontade das partes. (NEVES, 
2016, p.80) 
 
Diante disso, foram criados os equivalentes jurisdicionais, anteriormente 
mencionados, como a autotutela e as formas consensuais de soluções de conflitos: 
autocomposição, mediação, conciliação e arbitragem. 
 
2.1.2 Equivalentes Jurisdicionais 
 
Os equivalentes jurisdicionais, segundo Sales e Chaves (2014) surgem a 
partir da complexidade dos conflitos e pela necessidade de oferecer à sociedade 
mecanismos de solução mais rápidos e especializados. Esses mesmos autores 
relatam que os equivalentes jurisdicionais podem oferecer o empoderamento entre 
as partes envolvidas na solução dos conflitos, estimulando o hábito do diálogo e da 
comunicação pacífica para a resolução da lide. 
São métodos alternativos fundamentados nos princípios da independência, da 
imparcialidade, da autonomia, da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da 
informalidade e da decisão informada que se acham elencados no artigo 166 do 
Código de Processo Civil de 2015. (BRASIL, 2015a) 
Dentre os tipos de equivalentes jurisdicionais podemos citar: 
 
2.1.2.1 Autotutela 
 
A autotutela é considerada uma forma arcaica de resolução de conflitos, onde 
uma parte impele sua vontade ao outro litigante, e não há um terceiro como juiz e 
nem, a princípio, o envolvimento do Estado. 
No Direito Civil, a autotutela não é permitida, levando em consideração que é 
entendida como "fazer justiça com as próprias mãos". Já no Direito Penal, as formas 
permitidas no Brasil, atualmente, são a legítima defesa, a greve e o desforço 
14 
 
imediato (posse). O artigo 23 do Código Penal dispõe que não há crime quando o 
agente age em legítima defesa, tendo, assim, a ilicitude excluída. A legítima defesa 
ocorre quando alguém repele uma agressão injusta contra si ou a terceiro. 
Entretanto, essa defesa deve ser moderada de modo a impedir a investida. 
Mormente, tal tutela resulta em cometimento de ilícitos que serão excluídos caso 
comprovada a sua necessidade.(BRASIL, 1940) 
Já a greve é direito constitucionalmente constituído e trata-se de interrupção 
temporária, coletiva e voluntária do trabalho com a finalidade de obter benefícios 
como aumento de salário, diminuição de horas trabalhadas, entre outros. Este direito 
encontra-se ratificado pela Constituição Federal de 1988, pela Lei 7.783 de 1989 e 
outras. 
Além dos supracitados modos de autotutela, existe o desforço imediato que, 
segundo o artigo 1.210, do Código Civil, “o possuidor tem direito de ser mantido na 
posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência 
iminente, se tiver justo receio de ser molestado”. No parágrafo 1º do referido artigo o 
desforço imediato é garantido no sentido de que o “o possuidor turbado, ou 
esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o 
faça logo; só atos de defesa ou de desforço os quais não podem ir além do 
indispensável à manutenção ou restituição da posse”. (BRASIL, 2002) 
Nestes três casos mencionados, a pessoa poder fazer uso da força, impondo 
a solução à outra pessoa que esteja lhe ferindo ou tentando ferir o seu o direito. 
 
2.1.2.2 Autocomposição 
 
Considera-se autocomposição a forma de solução de conflitos onde uma das 
partes renuncia ao seu direito, em todo ou em parte, em face de outrem, 
encontrando respaldo no artigo 3º, §2º, do Código de Processo Civil de 2015. 
Conforme descreve Neves (2016, p.87): 
 
O que determina a solução do conflito não é o exercício da força, como 
ocorre na autotutela, mas a vontade das partes, o que é muito mais 
condizente com o Estado Democrático de Direito em que vivemos. Inclusive 
é considerado atualmente um excelente meio de pacificação social porque 
inexiste no caso concreto uma decisão impositiva, como ocorre na 
jurisdição, valorizando-se a autonomia da vontade das partes na solução 
dos conflitos. 
 
15 
 
Está subdividida em transação, submissão, renúncia e reconhecimento. A 
primeira ocorre quando ambos os litigantes cedem parte de seu direito, a segunda 
quando apenas uma das partes desiste de sua pretensão em prol da solução do 
conflito, a renúncia é a submissão, entretanto é feita em juízo pelo autor, e o 
reconhecimento é feito pelo réu. 
 
2.1.2.3 Mediação 
 
A mediação constitui um método de facilitação para resolução de conflitos que 
utiliza o recurso e técnicas de comunicação. Com a ajuda de um terceiro neutro e 
imparcial, entre os envolvidos no conflito, permite que haja “confronto” de ideias e 
pontos de vista em busca de uma solução consensual3. 
Fundamentada pela Lei nº 13.140, de 26 de Junho de 2015, a mediação é 
definida pelo seu parágrafo único do artigo 1º, como “atividade técnica exercida por 
terceiro imparcial sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as 
auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a 
controvérsia". (BRASIL, 2015b) 
Quando um terceiro denominado Mediador, imparcial e treinado fomenta o 
diálogo entre as partes a fim de alcançar a solução da lide, conduzindo a conversa e 
direcionando as questões debatidas que, em aproximadamente duas ou três 
sessões, podem ser solucionadas. 
O § 3º do artigo 165 do Código de Processo Civil, dispõe que o mediadoratuará nos casos onde houver vínculo anterior entre as partes e as instigará sobre 
as possibilidades para que encontrem a melhor solução para o litígio. 
 
2.1.2.4 Conciliação 
 
Assim como a Mediação, a Conciliação tem por objetivo solucionar 
pacificamente o conflito. Entretanto, o conciliador possui função mais ativa, tendo em 
vista que, ao contrário de induzir as partes a encontrarem a solução, ele apenas 
sugere tal possibilidade. 
 
3VIANNA, Marcio dos Santos. Mediação de conflitos: Um novo paradigma na Administração da 
Justiça. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XII, n. 71, dez 2009. Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6991>. Acesso em nov 2016. 
16 
 
Insta salientar que o conciliador se prima pela imparcialidade devendo 
observar a melhor e mais justa possibilidade para a solução do conflito, fazendo com 
que os litigantes abram mão de parte de suas vontades, para se beneficiarem de 
outras formas. 
O Conselho Nacional de Justiça, por meio da Resolução 125, de 29 de 
novembro de 2010, instituiu os Centros Judiciais de Solução de Conflitos e 
Cidadania (CEJUSCs), onde são realizadas audiências de Conciliação e Mediação. 
Para reforçar esse entendimento, o novo Código de Processo Civil trouxe no artigo 
3º, §3º, que os métodos de solução consensual de conflitos devem ser estimulados 
por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, a 
qualquer tempo do procedimento judicial. 
 
2.1.2.5 Arbitragem 
 
Nesta modalidade, as partes escolhem um terceiro chamado árbitro – 
qualquer pessoa capaz que obtenha a confiança das partes, que deverá proceder 
com imparcialidade, independência, competência, diligência e discrição. Porém, se 
aplica apenas às questões de natureza patrimonial. Está assegurada pela Lei 
9.307/96, e sua decisão é impositiva, ou seja, independe da vontade das partes. 
Esse método encontra parâmetro na referida lei, e como explica Neves 
(2016), trata-se de corrente majoritária: 
 
Para a corrente doutrinária que entende ser a arbitragem uma espécie de 
jurisdição privada, existem dois argumentos principais: 
(i) a decisão que resolve a arbitragem é atualmente uma sentença arbitral, 
não mais necessitando de homologação pelo juiz para ser um título 
executivo judicial (art. 515, VII, do Novo CPC), o que significa a sua 
equiparação com a sentença judicial; 
(ii) a sentença arbitral torna-se imutável e indiscutível, fazendo coisa julgada 
material, considerando-se a impossibilidade de o Poder Judiciário reavaliar 
seu conteúdo, ficando tal revisão jurisdicional limitada a vícios formais da 
arbitragem e/ou da sentença arbitral, por meio da ação anulatória prevista 
pelos arts. 32 e 33 da Lei 9.307/1996. (NEVES, 2016, p.111-112) 
 
Os litigantes poderão escolher as regras de direito que serão aplicadas ou 
serão observados os princípios gerais do direito. A decisão do árbitro deverá ser 
escrita, contendo o relatório, os fundamentos da decisão, o dispositivo, a data e o 
lugar. 
 
17 
 
3 DIREITO SISTÊMICO 
 
O termo “Direito Sistêmico” desenvolvido por Sami Storch, por volta do ano de 
2006, surgiu da interligação de duas áreas das ciências humanas: o direito e a 
psicologia, a partir da teoria das Constelações Sistêmicas Familiares, desenvolvida 
Bert Hellinger. Desse modo, pode-se dizer que o direito sistêmico é uma ciência que 
integra essas duas áreas, com o interesse de propor estratégias de resoluções de 
conflitos, a partir de uma análise e compreensão profunda das relações 
interpessoais envolvidas. 
Assim, o direito sistêmico, pode ser considerado uma nova ferramenta jurídica 
que objetiva resolver as demandas levadas pelos envolvidos no conflito, a partir de 
estratégias que possibilitem a compreensão, consciência e harmonização dos 
litigantes. 
 Para Sami Storch4 os autos de um processo dificilmente apontam com 
exatidão a complexa e profunda origem dos conflitos estabelecidos pelas pessoas 
em interação. Sami Storch propõe então que o conhecimento dessa ciência possa 
oportunizar uma compreensão mais profunda do conflito, o que possivelmente leva a 
uma resolução mais eficaz e satisfatória. Storch (2015) defende em seu artigo 
intitulado: "Direito Sistêmico: primeiras experiências com constelações no judiciário", 
que: 
 
Os conflitos surgem no meio de relacionamentos e, nas palavras de 
Bert Hellinger, “os relacionamentos tendem a ser orientados em direção a 
ordens ocultas. […] O uso desse método faz emergir novas possibilidades 
de entender o contexto dos conflitos e trazer soluções que causam alívio a 
todos os envolvidos”. O mero conhecimento dessas ordens ocultas, 
descritas por Hellinger como as “ordens do amor”, permite a compreensão 
das dinâmicas dos conflitos e da violência de forma mais ampla, além das 
aparências, facilitando ao julgador adotar, em cada caso, o posicionamento 
mais adequado à pacificação das relações envolvidas.5 
 
 
4Juiz de Direito no Estado da Bahia, atualmente em exercício na Comarca de Valença. graduado na 
Faculdade de Direito da USP, Mestrado em Administração Pública e Governo (EAESP-FGV/SP) e 
Doutorando em Direito na PUC-SP, com tese em desenvolvimento sobre o tema "Direito Sistêmico: a 
resolução de conflitos por meio da abordagem sistêmica fenomenológica das constelações familiares" 
- Disponível em: <https://direitosistemico.wordpress.com/2010/11/29/o-que-e-direito-sistemico/> 
Acesso em:15 set 2016. 
5 STORCH, S. O que é direito sistêmico. 2010. Disponível em: 
<https://direitosistemico.wordpress.com/2010/11/29/o-que-e-direito-sistemico/> Acesso em: 25 set. 
2016. 
18 
 
Dessa maneira, para uma melhor compreensão sobre o funcionamento, os 
termos envolvidos e os argumentos utilizados pela constelação sistêmica familiar 
para sustentar uma compreensão profunda dos conflitos nas relações interpessoais, 
se faz necessária a exposição das principais questões relacionadas por essa teoria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
4 COMPREENDENDO A CONSTELAÇÃO SISTÊMICA FAMILIAR E SEUS 
TERMOS 
 
Segundo Possato6 (2008) a teoria ou método denominado Constelação 
Sistêmica Familiar é considerado como uma psicoterapia do tipo breve que enfatiza 
as emoções e as energias do inconsciente, segundo essa perspectiva, elas 
influenciam e interferem em nossas decisões. Foi desenvolvida por Bert Hellinger 
(terapeuta e filósofo), por volta da década de 70, e chegou ao Brasil 
aproximadamente em 1999. Possato (2008) ainda relata que a aplicabilidade tem 
sido em tratamentos diversos, na busca de soluções no âmbito jurídico e 
organizacional, até mesmo no desenvolvimento de produtos, estratégias, soluções 
para criação de roteiros, divulgação e propaganda. 
“A dinâmica dessa teoria afirma que existe uma ligação inconsciente que 
influencia mutuamente as pessoas que convivem dentro de um sistema: seja uma 
família, uma empresa, um departamento, uma cidade ou até um país” (POSSATO, 
2008). Desse modo, a aplicabilidade nas mais variadas situações interpessoais está 
ganhando espaço, inclusive no âmbito da resolução de conflito no sistema judiciário. 
Segundo Bert Hellinger (2001), citado por Dias (2014, p.6) “sistema significa 
um grupo de pessoas que está unido pelo 'destino', de maneira que os atos de cada 
um influenciam nos destinos uns dos outros, inclusive através de gerações”. 
Para a constelação sistêmica familiar, muitas dificuldades ou problemas 
interpessoais enfrentados por nós, sãoconsequências de implicações “mal 
resolvidas” no âmbito do sistema familiar que sobrepuja as relações sociais. 
Assim, a constelação sistêmica familiar propõe a compreensão e 
exteriorização da dinâmica do sistema familiar, a fim de identificar os bloqueios, ou 
as implicações que foram transmitidas de geração a geração, através de “campos 
morfogenéticos”, que são considerados campos não físicos que levam informações, 
e são utilizáveis através do espaço e do tempo sem perder sua essência. O que 
oportunizam as revelações daquilo que se precisa ser posto em evidência. (VERDE, 
2000). Verde7 (2000) propõe que é através dessas compreensões e reconstruções 
do sistema familiar da pessoa que se encontram os bloqueios do “fluxo amoroso”. 
 
6Alex Possato – professor de constelação familiar sistêmica e terapeuta sistêmico 
7 Celma Villa Verde é Terapeuta de Formação de Constelação da América Latina e trabalha com 
Constelações desde 1999. 
20 
 
A fim de desvelar a etiologia dessa concepção, ou seja, em que base foi 
construída a ideia de que informações são transmitidas de geração a geração, vale a 
pena ressaltar que Dias (2014) descreve acerca da longa experiência que Hellinger 
teve na África do Sul, além de suas outras vivências como terapeuta, o que o 
oportunizou a identificar fenômenos de repetições que passavam de geração a 
geração nas tribos e cultura nas quais ele estava inserido. Mais tarde com 
influências de muitas correntes como: a fenomenologia, a filosofia, a psicanálise e 
outras, Heliinger percebeu alguns pressupostos ou leis que concerne a uma 
compreensão mais ampla do que vem a ser a teoria da constelação familiar (DIAS, 
2014). 
Esses pressupostos ou leis são chamados de Ordens do Amor que serão 
discutidas posteriormente. Quando estas ordens são ignoradas, possibilitam a 
geração de caos, conflitos e até mesmo doenças. (DIAS, 2014). 
 
4.1 Fundamentos das Constelações Familiares 
 
As Constelações Familiares, como já mencionado, possuem alguns princípios 
ou ordenações básicas preestabelecidas, que devem presidir nossos 
comportamentos. Através dessas ordenações, os sistemas familiares se equilibram. 
São leis que quando contrariadas, podem gerar confusão, conflitos, brigas e etc. 
 
4.1.1 Ordens do amor 
 
Para Bert Hellinger (1999): 
 
Muita gente julga que o amor tem o poder de superar tudo, que é preciso 
apenas amar bastante e tudo ficará bem. (…). Para que o amor dê certo, é 
preciso que exista alguma outra coisa ao lado dele. É necessário que haja o 
conhecimento e o reconhecimento de uma ordem oculta do amor. 
(HELIINGER, 1999, on-line) 
 
As leis sistêmicas regem nossos comportamentos e exercem papel 
fundamental no equilíbrio e manutenção do sistema familiar. Atuam além do 
indivíduo, independentemente da vontade das pessoas. A todo o momento, o 
homem segue determinados padrões e normas para viver pacificamente em 
sociedade. No sistema familiar e nas relações como um todo não é diferente essa 
21 
 
busca. Estas ordens foram chamadas Ordens do Amor, subdivididas em Lei do 
Pertencimento, Lei da Hierarquia e a Lei do Equilíbrio entre Dar e Receber. Cada 
uma delas possui profundo significado para o Sistema. A obediência deste campo 
familiar a uma hierarquia rígida deve ser respeitada, pois seu rompimento traz sérias 
consequências na ordem e harmonia familiar. (HELLINGER, 1999). 
 
4.1.1.1 Lei do pertencimento 
 
Para Tescarolli e Gonçalves (“s.d.”) a lei do pertencimento diz respeito à 
vinculação e reconhecimento estabelecidos para cada pessoa que nasce em um 
sistema. Isto é, cada um de nós necessita do reconhecimento como membro 
constituinte de um lugar e um papel dentro de uma dinâmica familiar. 
 Isso equivale dizer que ninguém pode ser excluído, independentemente de 
suas dificuldades, características, ou virtudes pessoais. Quando ocorre uma 
“exclusão” no sistema familiar acontece o desequilíbrio. “E esta situação pode 
passar a ser vivida por um descendente, sem que necessariamente tenha 
conhecimento ou afinidade com o antepassado excluído” 8. 
De acordo com Hellinger, traduzido por Anand Udbuddha (2009), todos os 
seres possuem o direito de pertencer a algum grupo e por tanto, o sistema não 
condescende com exclusões. 
Exemplo disso é a Alienação Parental. Quando o genitor começa a 
desmerecer e diminuir o outro genitor para a criança, causando raiva, aversão ao 
próprio pai ou mãe, ou seja, desenvolvendo a exclusão, para aquele no qual está 
sendo negada a possibilidade do convívio. Nestes casos, geralmente, a criança 
deixa de querer ver o pai, de visitá-lo. E esta é uma forma de exclusão. Torna-se um 
padrão que vai acontecendo de geração em geração. 
Dias (2014) explica que: 
 
Um excluído é algum participante do sistema que sofreu a grave injustiça de 
ter sido negada sua inclusão no grupo. Muitas vezes um participante mais 
recente deste grupo tende a representar o participante excluído através de 
uma “pressão sistêmica”, de modo a restaurar o equilíbrio interno do grupo, 
passando a cumprir as funções que o excluído exercia na dinâmica do todo. 
 
8 TESCAROLLI, Lilia; GONÇALVES, Fernando AB. Leis Sistêmicas: 1 A hierarquia. 
Disponível em: 
<http://carpesmadaleno.com.br/gerenciador/doc/09e7d4994e8515df65380e9e0a690b48leis_sistemica
s.pdf>. Acesso em: 04 de nov. de 2016. 
22 
 
Isto acontece através das identificações, também nomeadas envolvimentos 
ou emaranhamentos ao longo dos trabalhos de Hellinger. (DIAS, 2014, p.8) 
 
Quando isso ocorre, surge a “necessidade inconsciente de compensação, que 
faz com que os excluídos ou desprezados sejam mais tarde representados por 
algum outro membro da família, sem que essa pessoa tenha consciência de fato”. 
(HELLINGER, 2009, on-line). Comumente este representante, é o membro mais 
novo da família que começa a ter atitudes semelhantes às do excluído. 
Hellinger ainda informa que: 
 
Muitos acontecimentos infelizes na família como, por exemplo, desvios de 
comportamento dos filhos, doenças, acidentes e suicídios acontecem pelo 
fato de que um filho inconscientemente representa um excluído e quer dar-
lhe reconhecimento. Nisso se revela ainda uma outra propriedade da 
instância superior. Ela faz reinar justiça para com aqueles que vieram antes 
e injustiça para os que vêm depois9. 
 
A Lei do Pertencimento trata do fato de que independente da forma como a 
pessoa aja, ou seja, ela possui um lugar próprio no Sistema. Diante disso, para se 
falar em pertencer, há que se falar em grupo. Os sistemas familiares são divididos 
em grupos que também são fragmentados, por exemplo, grupo familiar, empresa, 
sociedade, comunidade, país etc. Cada grupo possui um tipo de consciência. 
Cumpre salientar que cada fato determinante em uma família, de vida e de 
morte, marca o sistema. É um emaranhamento sistêmico e normalmente gera uma 
exclusão, como por exemplo, quem tira a vida de alguém. O agressor começará a 
pertencer ao sistema do agredido e vice versa. Segundo Storch (2016) exclui-se 
pela dor de reconhecer uma verdade. (Informação verbal) 10. 
Para Hellinger (2001) citado por Dias (2014), a consciência funciona como 
peça de equilíbrio do sistema do grupo, que acusa imediatamente se o indivíduo 
encontra-se ou não em equilíbrio e harmonia com o mesmo. Pode-se falar em três 
tipos de consciência, pessoal, coletiva e ampla. 
 
4.1.1.1.1 A consciência pessoal ou individual 
 
 
9 HELLINGER, Grupo. Bert Hellinger. Disponível em: <http://www2.hellinger.com/br/pagina/bert-
hellinger/bert-hellinger/>Acesso em: 12 out. 2016. 
10 Conhecimento obtido através do Workshop ministrado por Sami Storch, em Belo Horizonte/MG no 
dia 29/10/2016. 
23 
 
Hellinger (2001) citado por Dias (2014) diz que a “consciência pessoal ou 
individual geralmente não está relacionada com verdades universais, e sim com 
visões de mundo relativas ao grupo que o indivíduo faz parte”, ou seja, retrata a 
ligação entre o participante e o seu sistema. É como cada Ser Humano se vê e 
aprende, dentro de seu grupo familiar, o que é bom ou ruim, certo ou errado. 
Proporcionando as ferramentas básicas para a participação em seu grupo de 
referência. (DIAS, 2014, p11). 
Exemplo disso é a Paternidade Socioafetiva. A criança requer seja retirado o 
nome do genitor para que seja incluído o nome do pai socioafetivo em seu Registro 
de Nascimento, porque ela acredita que seu pai biológico não lhe deu nada, 
inclusive afeto, e o outro a criou como se filho fosse e neste momento, o pai ausente 
é excluído do grupo familiar daquela criança. 
 
4.1.1.1.2 A consciência coletiva ou oculta 
 
Dias (2014) afirma que: 
 
A consciência coletiva protege os grupos e se refere à humanidade como 
um todo, atuando num nível sistêmico mais amplo no qual a humanidade 
forma um único conjunto, e, em seus diversos grupos, se iguala. Enquanto a 
consciência pessoal é parcial e moral, a consciência coletiva não tolera 
exclusões. (DIAS, 2014, p.11) 
 
Entretanto, para Hellinger (2001) citado por Dias (2014) essa consciência não 
é diretamente percebida por seus participantes, mas favorece que seus 
componentes utilizem de fidelidade para o pertencimento naquele grupo. Pois, 
agindo conforme o que se espera naquele sistema, tendem a pertencer a ele, e 
consequentemente exclui-se os que não compartilham com as mesmas ideias e 
desejam fazer diferente. 
Nela não se tolera espaços vazios, sendo que tudo e todas que são excluídos 
da consciência familiar, a coletiva abarca. Entretanto, esta consciência coletiva está 
a serviço da perpetuação do sistema. Nela, não importa quem preencherá o espaço 
vazio, contanto que ele esteja preenchido. Em geral, se o excluído não preenche seu 
espaço, o mais novo a entrar no grupo familiar, por amor, preencherá. 
 
4.1.1.1.3 A consciência ampla 
24 
 
 
Para Mattos (2012) trata-se da consciência que supera os limites das demais, 
para além do bem e do mal e do pertencimento e da exclusão. Diferentemente das 
outras, abrange todas as consciências, sem julgamentos de certo ou errado. Nela 
todos pertencem assim como são, com suas boas ou más consciências. 
O Ministro Luiz Fux, do STF, quando relator da matéria, assim dispôs: “A 
paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o 
reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, 
com todas as suas consequências patrimoniais e extrapatrimoniais”11. 
Esta é uma forma de incluir o que fora excluído. A paternidade socioafetiva 
tendia a excluir a biológica, entretanto, o sistema encontrou uma forma de dar ao 
genitor seu lugar no grupo familiar do filho, pois sem ele, aquela criança sequer teria 
nascido para ter um pai socioafetivo. 
Todos estão incluídos de alguma forma, até mesmo os que já morreram, ou 
seja, agrega-se ao sistema, os filhos vivos, os natimortos e os falecidos, os pais e 
seus irmãos, os ancestrais, dentre eles os que foram mortos e os que mataram, os 
violentos e suas vítimas, os que contribuíram para a morte e para a vida. 
 
4.1.1.2 Lei da Hierarquia 
 
Para Tescarolli e Gonçalves12 a lei da hierarquia ou ordem de chegada, diz 
respeito à posição ou lugar em que o indivíduo chegou ou surgiu na família. Isto é, 
refere-se à prioridade de chegada em relação aos demais. Esses mesmos autores 
descrevem que os mais velhos possuem um lugar prioritário, uma vez que foi 
através deles que a família veio se mantendo. Assim, por exemplo, ocorre em 
relação aos pais e filhos, o pai é hierarquicamente superior ao filho e o filho mais 
velho é hierarquicamente superior ao filho mais novo. 
Quando a pessoa se casa e tem filhos, esta nova família passa a ter 
prioridade em relação à família de origem. E nos relacionamentos, o primeiro 
 
11 FUX, Luiz. Voto do Ministro Luiz Fux, relator do Recurso Extraordinário n.º 898.060/SP impetrado 
por A. N versus F. G. Disponível em: 
<http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/RE898060.pdf>. Acesso em 05 de nov. de 
2016. 
12 TESCAROLLI, Lilia; GONÇALVES, Fernando AB. Leis Sistêmicas: 1 A hierarquia. 
Disponível em: 
<http://carpesmadaleno.com.br/gerenciador/doc/09e7d4994e8515df65380e9e0a690b48leis_sistemica
s.pdf>. Acesso em: 04 de nov. de 2016. 
25 
 
parceiro está em primeiro lugar em relação ao parceiro seguinte e assim por diante. 
É como se o último reconhecesse que pela perda do primeiro, ele hoje tem um lugar 
no sistema. 
 
4.1.1.3 Lei do equilíbrio entre dar e receber 
 
A Lei do Equilíbrio entre dar e receber, segundo Bert Hellinger citado por 
Tescarolli e Gonçalves13 é algo de fundamental importância para o funcionamento e 
manutenção dos sistemas de uma forma geral. O pai dá a vida ao filho, que a 
recebe. Como o filho não pode dar a vida ao pai, a retribui tendo filhos e vivendo a 
própria vida plenamente. 
Sistemicamente, os filhos precisam dos pais, mas os pais não precisam dos 
filhos e quando essa ordem é invertida os problemas começam. Salienta-se que o 
equilíbrio entre pais e filhos difere dos outros relacionamentos, pois os pais dão aos 
filhos no mínimo a vida, e neste caso não se pode retribuir vida devolvendo-a, mas 
sim fazendo bom uso do presente dado. 
Em relacionamentos que não sejam de pai e filho, uma pessoa dá algo a 
outra, fato que gera uma pressão natural em quem recebe, no sentido de retribuir. 
Como exemplo, quando o marido dá flores para sua mulher. Gera nela uma pressão 
natural para retribuir-lhe o presente. Por esse motivo ela faz um jantar especial para 
ele, que sentirá pressionado e a compensará com outra surpresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 TESCAROLLI, Lilia; GONÇALVES, Fernando AB. Leis Sistêmicas. Disponível em: 
<http://fgmaster.com.br/artigos/artigo.php?id=6> Acesso em: 10 out. 2016. 
 
26 
 
5 APLICABILIDADE E BENEFÍCIOS DO DIREITO SISTÊMICO 
 
Sami Storch, precursor na aplicabilidade e desenvolvimento do Direito 
Sistêmico no Brasil, cita em seu artigopublicado em 2015 que a visão sistêmica vem 
assessorando-o em sua prática desde que ingressou na magistratura, e que vem lhe 
dando suporte na compreensão dos casos interpessoais, em ações judiciais nas 
áreas familiar, criminal e até na área da infância e juventude. Além de colocar em 
prática a teoria sistêmica nas audiências, Storch realiza palestras vivenciais, através 
das quais explica o método das Constelações, a partir de seus casos efetivados. 
Schubert (2016), conta ainda que Storch começou a usar essa técnica em 
encontros de conciliação, alcançando impressionantes resultados com casais que 
estavam em conflito. 
Storch (2015) explica que: 
 
Uma das bases do direito sistêmico é a consideração pela pessoa e pela 
bagagem que ela traz (família). Um indivíduo não pode ser tratado isolado, 
ele tem que ser encarado como um sistema, formado por ele próprio, pelo 
pai e pela mãe. Se queremos conhecer alguém ou a nós mesmos nós 
precisamos assimilar a origem desse ser. Todos gostam de ser 
reconhecidos. Muitas pessoas ingressam com processos na Justiça por 
conta de um motivo, mas quando é feita a análise mais profunda, é possível 
verificar que o problema maioré que elas foram desconsideradas pelo outro 
ou sofreram um gesto de não reconhecimento14. 
 
Para Sami Storch, (2015) a “Constelação Familiar é um instrumento que pode 
melhorar ainda mais os resultados das sessões de conciliação, abrindo espaço para 
uma Justiça mais humana e eficiente na pacificação dos conflitos”. Hellinger (2013) 
citado por Storch (2015) diz que os conflitos surgem no “meio de relacionamentos 
que tendem a ser orientados em direção a ordens ocultas”. Dessa forma, Storch 
(2015) defende que o uso dessa teoria possibilita novas oportunidades de 
compreender o contexto dos conflitos, oportunizando soluções que tendem a 
harmonizar todos os envolvidos. 
Vale a pena ressaltar que a Resolução 125/2010 do CNJ, sustenta a abertura 
para a criação de novas formas razoáveis de solução consensual de conflitos. 
 
14 STORCH, Sami. Direito Sistêmico: primeiras experiências com constelações no 
judiciário.In Filosofia, Pensamento e Prática das Constelações Sistêmicas – nº 4. São Paulo: 
Conexão Sistêmica, 2015. Disponível em:<https://direitosistemico.wordpress.com/2015/10/08/revista-
filosofia-pensamentos-e-praticas-das-constelacoes-sistemicas-no-4/> Acesso em: 19 out. 2016. 
27 
 
Assim, o direito sistêmico pode ser encarado como uma das alternativas possíveis. 
O parágrafo único do artigo 1º dessa mesma resolução explica que: 
 
Art. 1º Fica instituída a Política Judiciária Nacional de tratamento dos 
conflitos de interesses, tendente a assegurar a todos o direito à solução dos 
conflitos por meios adequados à sua natureza e peculiaridade. 
Parágrafo único. Aos órgãos judiciários incumbe, nos termos do art. 334 do 
Novo Código de Processo Civil combinado com o art. 27 da Lei de 
Mediação, antes da solução adjudicada mediante sentença, oferecer outros 
mecanismos de soluções de controvérsias, em especial os chamados meios 
consensuais, como a mediação e a conciliação, bem assim prestar 
atendimento e orientação ao cidadão. 15 
 
Do mesmo modo, o atual Código de Processo Civil defende a natureza 
consensual de solução de conflitos. E como as Constelações Sistêmicas Familiares 
vêm ganhando força no meio jurídico, pode-se dizer, portanto, que seria uma boa 
opção utilizá-la como ferramenta para auxiliar na busca efetiva dessa solução. 
Para evidenciar alguns resultados positivos com o uso da referida teoria 
apresentada, Bandeira16 (2014) nos informa o magistrado Sami Storch já atingiu um 
índice de acordos em 100% dos processos judiciais, onde as partes aceitam e 
submetem-se ao método terapêutico. 
Guilherme Fernandes Souza Silva, advogado e palestrante aborda a 
aplicação das leis sistêmicas no judiciário, no estado do Maranhão, em notícia 
apresentada pelo Núcleo de Comunicação do Fórum de São Luiz (MA), esclarece 
que: 
 
Queremos mostrar como a observância e a aplicação das Leis Sistêmicas, 
através da própria Constelação Sistêmica Familiar, uma abordagem 
eminentemente empírico-filosófica, sem qualquer ligação religiosa, holística 
ou metafísica, podem ajudar a encontrar a reconciliação e a paz nas 
famílias, já que a partir da sua percepção é possível alcançar as questões e 
disputas processuais dos litigantes com um olhar mais amplo, imparcial e 
verdadeiro17. 
 
Storch (2015) aponta que há outras áreas e casos de aplicabilidades da 
constelação e que também vem obtendo êxito, tais como: interrogatório de crianças 
 
15 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Resolução 125, de 29 nov. 2010. Disponível em: < 
http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documento=2579> Acesso em: 07 de mai.2016. 
16 Regina Bandeira da Agência de Notícias do Conselho Nacional de Justiça. Disponível em: 
http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/62242-juiz-consegue-100-de-acordos-usando-tecnica-alema-antes-
das-sessoes-de-conciliacao 
17 SANTANA, Valquíria. Palestra aborda aplicação das leis sistêmicas no Judiciário. Publicado 
em 23 fev. 2016.Disponível em: <http://www.tjma.jus.br/cgj/visualiza/sessao/50/publicacao/411661> 
Acesso em 20 out. 2016. 
28 
 
e adolescentes; constelações em instituições de acolhimento (abrigo); adoção; área 
criminal com agressores, vítimas e agentes do Estado; constelações com 
adolescentes autores de atos infracionais, suas famílias e vítimas; etc. 
O Direito Sistêmico vem se ampliando na formatação do judiciário. Seus 
proveitos estão registrados nas várias reportagens e manifestações publicadas nos 
Tribunais do Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Maranhão, Bahia, Distrito Federal, 
Mato Grosso do Sul, Goiás, dentre outros18. 
Como depoimento há uma matéria disponibilizada pelo site do Poder 
Judiciário do Mato Grosso, a advogada Rosana Kally S. de Medeiros, relatou que: 
 
Achei que iria encontrar uma audiência comum de conciliação, mas ao 
chegar me deparei com uma técnica muito interessante, que é a 
constelação familiar. Tanto eu quanto as partes estávamos um pouco 
céticos no início, mas quando chegou a vez deles, o envolvimento e a 
comoção foram tão grandes, que não tínhamos mais como negar que 
funciona19. 
 
À medida que é testado e estudado no Brasil, o Direito Sistêmico ganha força 
e recursos para ser aplicado, ampliando conhecimentos e oportunidades para que o 
ser humano encontre, cada vez mais, o equilíbrio entre os seus. 
Ainda como exemplo, em outra entrevista20 à TV Brasil, Magáli Gomes21 
afirmou que a partir da incorporação do direito sistêmico no judiciário possibilitará 
“para muitas famílias uma oportunidade, que muitas vezes elas não têm em casa, no 
trabalho e etc. de conversar, de ver e de olhar com novos olhos”. 
Em síntese, o Direito Sistêmico, além de trazer resultados favoráveis para os 
envolvidos, tende a diminuir custos, desafogar o fluxo de processos que vieram se 
acumulando ao longo dos anos, bem como os novos que chegam a cada dia. 
Ademais, a aceitação das Constelações no meio jurídico cresce a cada dia, em 
diversos estados e em inúmeras áreas, obtendo conciliações em quase todos os 
casos em que elas são aplicadas. 
 
 
18 https://direitosistemico.wordpress.com 
19 VIANNA, Mariana. Oficina de Direito Sistêmico muda vida de casal. 2016. Disponível em: 
<http://www.tjmt.jus.br/noticias/45137#.WB4KkNIrLIW>. Acesso em: 05 de nov. de 2016. 
20 GOMES, Magali. (2016, março). Entrevista: Tribunal de Justiça do DF começa a usar técnica das 
constelações familiares para resolver conflitos Entrevista concedida a Tv Brasil.TV Brasil. 
Recuperado a partir de: https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=2mTtrVjoRcY. 
Acesso em 04 de nov. de 2016. 
21Magáli Gomes é juíza da Vara Cível, de Família e de Órfãos e Sucessões do Núcleo Bandeirante no 
Distrito Federal. 
29 
 
5.1 Como se aplica a Constelação Familiar? 
 
Segundo Ulsamer (2010), citado por Verde (2012), o método da Constelação 
Familiar, em uso prático, por exemplo, ocorre da seguinte forma: 
 
Primeiro é necessário para o cliente ter uma razão específica para colocar 
sua constelação. O requisito é frequentemente uma pergunta acerca da 
causa de certos sentimentos conflitantes (depressão, sentimento de culpa, 
etc.) ou acerca da causa de relações perturbadas na família. Primeiro o 
cliente dá ao terapeuta fatos essenciais acerca da sua família nas últimas 
02 ou 03 gerações. Perguntas importantes que precisam ser respondidas 
são: Quem morreu cedo (antes dos 25 anos)? Houve crimes cometidos por 
membros da família? Por acaso algum membro da família carrega um 
pesado sentimento de culpa por alguma razão? Os pais tiveram relações 
amorosas prévias, e elas tiveram consequências dignas de nota (ex: 
agressões, emigrações, nascimentos fora docasamento, adoção, etc.)? 
Então o cliente escolhe entre os membros do grupo, pessoas para 
representar seus pais, irmãos, a si mesmo e outros membros importantes 
da família. Também são representados membros da família que já 
morreram. Espontaneamente e centrado, o cliente posiciona cada 
representante, um em relação ao outro, na área de trabalho. 
Os representantes em seus respectivos lugares, sentem as relações desse 
sistema e percebem sentimentos das pessoas que elas representam. Esse 
efeito é ainda um fenômeno inexplicável. Durante o trabalho prático com 
constelações, o terapeuta aprende a confiar nesse fenômeno mais e mais e 
a deixar-se levar por ele. (Traduzido do inglês do texto original extraído do 
site do Dr. BertholdUlsamer, com permissão do autor. Tradutor Décio Fábio 
de Oliveira Júnior). 22 
 
É formado um grupo, sendo que nele está incluído o cliente, o facilitador 
(pessoa orientada que conduz a Constelação) e os representantes (podem ser 
pessoas, bonecos, ou qualquer outro instrumento). Dentro do espaço físico 
demarcado para que se realize a Constelação, ocorre o efeito fenomenológico onde 
surgem os movimentos advindos dos representantes que se direcionam a solução 
do problema. 
O cliente vê onde ele está paralisado e sente a necessidade, a partir daí, de 
modificar a questão, que, através da intervenção do facilitador, são utilizadas frases 
que levam na direção da solução. A maioria dos conflitos está além do indivíduo, 
atuando independentemente da vontade das pessoas. Os envolvidos não percebem 
que existe uma estória por trás das adversidades que estão vivendo. Como 
exemplo, é o caso do Divórcio Litigioso. 
 
22 VERDE, Celma Nunes Villa. Constelações familiares em diferentes contextos nacionais. 2012. 
Disponível em: < http://www.constelacaofamiliar.com.br/index.php/artigos/69-contelacoes-familiares-
em-diferentes-contextos-nacionais>. Acesso em: 04 de nov. de 2016 
 
30 
 
Em geral, um dos litigantes não deseja se separar e por isso busca várias 
formas de protelar o andamento do processo e em alguns casos graves, usa até 
mesmo os filhos como pretexto, fazendo com que as crianças entrem na relação 
conflituosa dos pais e optem por um lado, sendo que não deveriam ter que escolher, 
pois somente se divorciamos cônjuges, e não dos filhos. 
Portanto, é notório que a utilização da técnica tem, como principal objetivo, 
enxergar de forma profunda e atenta, o que os papéis de um processo, muitas 
vezes, encobrem. 
Storch (2015) ressalta que não há embasamento jurídico para obrigar as 
partes a fazerem qualquer tipo de terapia, assim os envolvidos antes das audiências 
de conciliação são convidados a participar desse “diálogo”, e os que se prontificam, 
ou seja, concordam espontaneamente, informam qual o tipo de ação judicial e 
posteriormente colocam suas questões. Assim, o profissional habilitado nesta 
técnica dá início ao desenvolvimento e aplicabilidade da constelação. 
 
5.2 Exemplo da aplicabilidade da Constelação Familiar 
 
A título de exemplo, um trecho da aplicabilidade da teoria será relatado 
abaixo, a fim de possibilitar uma melhor compreensão da utilidade, bem como da 
eficácia da terapia. 
Em ações de divórcio litigioso, envolvendo guarda de filhos menores, existe a 
possibilidade de se escutar o que a criança tem a dizer sobre os pais. Basicamente, 
nessas audiências, o filho precisa dizer quem é o genitor "bom" e quem é o genitor 
"mal". 
Naturalmente a criança possui dentro de si, parte da genética e 
características da mãe e parte do pai. Quando ela precisa decidir com quem deseja 
viver e quem é melhor para criá-la, ela é forçada, internamente, a dizer que uma 
parte dela não é boa. 
Sistemicamente, o filho nunca deve opinar nas decisões a serem tomadas 
pelos pais, que são hierarquicamente superiores. Se ele interfere, automaticamente 
escolhe um lado. Sabendo disso, o juiz pode fazer com que os litigantes tomem a 
melhor decisão, observando os interesses do filho, sem que ele tenha de suportar 
uma carga que não é dele. 
31 
 
Sami Storch organiza palestras vivenciais, seleciona um tema específico, por 
exemplo, Divórcios Litigiosos com pedido de guarda, chama as partes destes 
procedimentos. No local explica sobre os vínculos sistêmicos e como funciona a 
Constelação. Pergunta quem deseja olhar para o próprio litígio, daí a pessoa se 
apresenta e faz a Constelação. 
Os conflitos podem surgir em qualquer lugar e entre quaisquer pessoas. Na 
igreja, dentro de casa, nas escolas, no trabalho, na rua, no trânsito, etc. 
Atualmente, um acordo se faz mais importante que uma demanda, tendo em 
vista que as partes se sentem injustiçadas e por isso buscam recursos e 
sobrecarregam acumulam o judiciário, em vez de solucionarem e decidirem por 
conta própria. 
Sami Storch diz que “quando uma das partes chega para fazer audiência você 
precisa conversar com ela, enxergar a situação além da pessoa e realmente 
entender o problema que ela está passando”23. 
Segundo Storch (2016), a Constelação pode ser aplicada a qualquer 
momento do processo, tendo a aceitação das partes e podendo ser feita de forma 
individual, com bonecos e outras ferramentas, ou em grupo, com a colaboração de 
pessoas que serão os representantes. (Informação verbal24) 
O método é amplo e pode ser utilizado em qualquer situação, principalmente 
nas que são complexas, como na de Infância e Juventude, Empresarial, Família, 
Sucessões e Criminal. São inúmeras as possibilidades. 
Atualmente, nas diversas comarcas onde a técnica tem sido utilizada, como 
nas Varas de Família, Sucessão e na Justiça Restaurativa25, pode ser utilizado a 
qualquer momento do processo e com qualquer uma das partes ou com todas. Nos 
tempos atuais, é feita, geralmente, antes da audiência de mediação ou conciliação. 
Insta salientar que, se uma das partes decide, sozinha, por fazer a 
constelação familiar, afeta todas as outras que com ela estão conectadas. Em caso 
 
23 STORCH, Sami. Direito Sistêmico: primeiras experiências com constelações no 
judiciário.In Filosofia, Pensamento e Prática das Constelações Sistêmicas – nº 4. São Paulo: 
Conexão Sistêmica, 2015. Disponível em:<https://direitosistemico.wordpress.com/2015/10/08/revista-
filosofia-pensamentos-e-praticas-das-constelacoes-sistemicas-no-4/> Acesso em: 19 out. 2016. 
24 Palestra proferida por Sami Storch em Workshop em Belo Horizonte/MG no dia 29 de out. 2016. 
25Segundo o CNJ, a Justiça restaurativa é uma técnica de solução de conflitos que prima pela 
criatividade e sensibilidade na escuta das vítimas e dos ofensores. Disponível em: 
<http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/62272-justica-restaurativa-o-que-e-e-como-funciona> Acesso em: 
21 out. 2016. 
32 
 
análogo, numa ação de divórcio litigioso, a mulher que está com raiva do marido 
porque ele teve um relacionamento extraconjugal, decide se separar. 
Designa-se audiência preliminar conciliatória e ela não comparece. O 
requerido decide por fazer a Constelação Sistêmica sem a presença da autora. 
Utiliza-se representantes, ele fala frases de efeito, dizendo que sente muito por seu 
ato e que ele não mediu as consequências, mas que ainda a ama. A representante 
concorda e se sente aliviada. É determinado que sejam as partes intimadas para 
apresentarem contestação e impugnação. 
Alguns dias após a audiência frustrada, o marido procura a mulher, que teve, 
sem entender porque, sua raiva dissipada, os dois conversam, entram em acordo, 
reatam o casamento e pedem a extinção do processo sem o julgamento do feito. 
Na sentença, não há necessidade de constar que fora realizada uma 
ConstelaçãoSistêmica. Ela deve servir para uma orientação das partes e do 
magistrado, sobre qual a melhor decisão a ser tomada. Os litigantes não são 
obrigados a fazer uma Constelação, vão apenas os que desejam, até porque, para 
que ela se realize, há a necessidade de que pelo menos uma das partes queira. 
Cumpre ressaltar, ainda, que as Constelações podem ser realizadas por 
pessoas que tenham treinamento na área. O facilitador não precisa necessariamente 
ter conhecimento em Direito,e pode agir em conjunto com o profissional jurídico. O 
Direito Sistêmico ainda não pode ser considerado uma ciência, tendo em vista que 
está em fase de definição. A psicoterapia Constelações Sistêmicas, nesta proposta, 
está sendo introduzida como uma ferramenta para o Direito, que pode ser aplicada 
em qualquer momento da lide, antes ou durante o processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
6 CONCLUSÃO 
 
O Direito Sistêmico, conforme já conceituado e explicitado, é um mecanismo 
de suporte que pode ser utilizado para a solução rápida e consensual de conflitos. 
Sua aplicação pressupõe prévio conhecimento pelo juiz, dos fatos geradores do 
litígio, que colocado à disposição das partes, as conscientiza sobre a necessidade 
de reflexão do passado para reduzir o atrito e solucionar o impasse. 
Trata-se de instrumento psicológico utilizado pelos operadores do direito e 
principalmente pelo magistrado, que quando em contato com as partes, 
proporcionará a identificação dos antecedentes que ocasionaram a obstrução de 
fatos passados, e com a utilização do recurso terapêutico denominado Constelações 
Sistêmicas, gerará nos litigantes a necessidade de perquirir o sentimento que se 
encontra estagnado no seu subconsciente, advindo, muitas vezes, de atritos 
pendentes até então não solucionados no âmbito familiar. 
Insta salientar que no fulgor do litígio, a emoção “ofusca” a razão e a busca de 
fatos antecedentes que se fazem imprescindíveis, nem sempre, devido ao acúmulo 
de audiências e a necessidade da celeridade processual, tão reclamada pela 
sociedade, permite a análise mais acurada de tais elementos. 
Porém, quando aplicado este recurso, o julgador acaba por economizar 
tempo, porque após a realização de suas atividades nas audiências conciliatórias, é 
capaz de solucionar definitivamente alguns impasses. 
É pertinente ressaltar que a eficácia e o êxito são atestados pelo precursor do 
Direito Sistêmico no Brasil, Dr. Sami Storch, que incentiva o uso desse método entre 
os operadores do direito, a fim de possibilitar mais um recurso para a tão almejada 
solução pacífica de conflitos. Storch relata em suas palestras vivenciais sobre Direito 
Sistêmico, desenvolvidas em várias regiões do Brasil, “que atingiu êxito utilizando o 
método sistêmico em 100% de suas conciliações”, o que nos permite acreditar que 
há uma funcionalidade prática no método, oportunizando alívio, conforto, 
resolutividade e harmonia para os envolvidos nos mais variados tipos de conflitos. 
Portanto, a aplicação desse método faz com que cada magistrado e envolvidos se 
moldem a cada situação específica, ou seja, a operacionalidade desta ciência irá 
variar de acordo com cada demanda apresentada. 
Desse modo, é possível que ao utilizar com maior frequência esse método 
alternativo para a solução de problemas ele se torne mais consolidado, como 
34 
 
suporte eficaz em benefício, tanto dos operadores do direito quanto da sociedade. 
Entretanto, por se tratar de uma teoria recente inserida no campo do direito, houve 
certa dificuldade para encontrar pesquisas em livros e publicações em periódicos 
conceituados, por isso não há um número expressivo de citações de artigos 
científicos. O tema é vasto, complexo e demanda investimentos e mais 
sustentabilidade, assim, sugere-se que outros acadêmicos e pesquisadores venham 
a discutir, pesquisar e refletir sobre o tema apresentado para que se possa oferecer 
um respaldo e suporte mais cientifico na aplicabilidade e eficácia deste método. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
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