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Hormônio a flor da pele

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Introdução
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NEM, provas do DETRAN, trânsito, trabalho, desemprego, dívidas… Ufa! Atualmente é exigido principalmente dos jovens uma maior capacidade de adaptação física, mental e emocional para darmos conta das constantes mudanças que caracterizam o estilo de vida moderna.
 	O resultado de tais exigências nos coloca em situações que provocam estresse. Segundo Ballone (2002) O estresse surge como uma consequência direta dos persistentes esforços adaptativos da pessoa à sua situação existencial já Segundo Selye (1965), o termo estresse significa reação inespecífica do organismo frente a qualquer exigência. Quando um organismo é submetido a estímulos que ameacem a sua homeostasia, ele tende a reagir com um conjunto de respostas específicas, que constituem uma síndrome, desencadeada independentemente da natureza do estímulo, caracterizando o estresse.
Seja ele de natureza física, psicológica ou social, o conjunto de reações fisiológicas podem levar a um desequilíbrio no organismo. Por isso, diante de uma situação estressante o corpo reage de modo a deixá-lo apto a enfrentá-la e para isto ocorrem alterações como: o aumento da pressão arterial que, resulta em mais sangue circulando para nutrir os músculos, dilatação das pupilas e brônquios para respectivamente enxergar melhor e oxigenar mais o sangue, aumento da frequência cardíaca e dos níveis de glicose.
Para você como ocorrem as alterações causadas pelo estresse no nosso corpo? Quem são os responsáveis?
Objetivo geral
Apresentar os diferentes tipos de hormônios, produzidos pelo corpo humano em situações estressantes.
Objetivos específicos
Relacionar situações que causam o estresse aos hormônios. 
Conhecer as estruturas das moléculas de hormônios produzidas.
Identificar grupamentos funcionais característicos desses hormônios.
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Aminoácidos
Aminoácidos - São compostos “base” para a formação das proteínas. O “esqueleto” dos aminoácidos é formado por dois grupos funcionais: amina e carboxila, porém há 20 aminoácidos que se diferenciam por outros grupos funcionais localizados na posição “R” (radical). Se no radical houver um hidrogênio, o aminoácido se chamará glicina, porém se o radical for um grupo metil (-CH3), o aminoácido será a alanina e assim sucessivamente.
Peptídeos
São compostos formados pela união de dois ou mais aminoácidos. A hidroxila da parte ácida de um aminoácido (ácido carboxílico) reage com um hidrogênio da parte básica de um outro aminoácido (amina), formando uma reação de desidratação (perda de água). De acordo com o número de aminoácido podem ser di-, tri-, tetra- ou polipeptídeos.
Proteínas
São macromoléculas (moléculas grandes), compostas por mais de uma cadeia polipeptídica (formada por dois ou mais aminoácidos) a interação entre essas cadeias é realizada de forma não covalente e são estas, que mantêm a estrutura tridimensional da molécula.. São caracterizadas como fracas e, por isso, podem ser rompidas facilmente. Este rompimento é chamado de desnaturação podendo ocorrer devido ao aumento de temperatura ou variações extremas de pH. Entre os aminoácidos, as interações são covalentes. A grosso modo, as moléculas de proteínas podem ser divididas em 2 classes: fibrosas e globulares assim como, apresentam vários vários níveis de estrutura, são elas: primária, secundária, terciária e quartenária. Como exemplo de proteínas naturais podemos encontrar a queratina presente nos pêlos, penas e pele e o colágeno presente nos ossos, músculos e tendões.
 Os hormônios
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o Livro de ficção “Harry Potter” escrito por J. K. Rowling, o protagonista ganha uma linda coruja que se chama Edwiges. As corujas na história eram os “correios dos bruxos” que traziam mensagens para eles, em outras palavras a Edwiges era uma “coruja mensageira”. 
No nosso corpo há uma infinidade de “mensageiros químicos”, ou seja, hormônios. As glândulas que estão espalhadas pelo nosso corpo são responsáveis pela formação desses hormônios que além de produzi-los elas podem também secretar (liberar) outras substâncias para melhor funcionamento do organismo. 
Há dois grandes grupos de glândulas: as endócrinas, que secretam hormônios diretamente para a corrente sanguínea e consequentemente sendo distribuídas para as células-alvo, e as exócrinas que secretam substâncias para fora do corpo através da lágrimas, do suor, e para o tubo digestório. 
Os hormônios são divididos em 4 grupos: Esteroides (hormônios sexuais e adrenais como o cortisol), Derivados modificados de aminoácidos (catecolaminas, a histamina, a serotonina e a melatonina), peptídeos e proteínas (neuropeptídios, hormônios pituitários e hormônios gastrintestinais) e por fim os eicosanoides (prostaglandinas, prostaciclinas, leucotrienos e tromboxanos).
As suprarrenais e o estresse 
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s suprarrenais são duas glândulas que estão localizadas acima dos rins. São responsáveis por produzir e secretar (levar para a corrente sanguínea) hormônios de autodefesa do corpo, estes hormônios são: adrenalina (epinefrina); noradrenalina (norepinefrina), glicocorticoides (cortisol) e etc.
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A adrenalina é o hormônio responsável por manter o corpo em alerta. Dessa forma, ela sempre é estimulada nos momentos de tensão como brigas, assaltos ou sustos, na prática de esportes principalmente, os radicais e, quando há queda de açúcar no sangue. A mesma causa efeitos colaterais interessantes no nosso corpo como o aumento dos batimentos cardíacos, aumento da pupila, frio na barriga, vasoconstrição (afinamento dos vasos), tendência do sangue ir para os membros inferiores e superiores e estímulo do aumento da concentração de glicose para fornecer mais energia ao corpo. Uma pessoa estressada está sempre com seu corpo em alerta e, esta ativação, aumenta os riscos de desenvolvimento de pressão alta, doenças cardiovasculares, endócrinas, neurológicas, entre outras. A presença de adrenalina no corpo pode causar a morte nos casos onde com o aumento da circulação sanguínea, devido à elevação da frequência cardíaca, deparar-se com alguma artéria que leva oxigênio ao coração entupida, impedindo o sangue de circular o que, provocará a morte das células por falta de oxigênio e o indivíduo morrerá de um infarto. 
Já o cortisol que é um glicocorticoide, está ligado à produção de açúcares no nosso corpo, pois em um momento de tensão ele vai precisar de mais energia. É um hormônio que deve está presente em níveis mínimos na circulação sendo, essencial para toda atividade catabólica (degradação dos compostos orgânicos complexos) do metabolismo. Em grande quantidade no corpo pode provocar hipertensão, diabetes, depósito de gordura, infertilidade, entre outros. A concentração de cortisol se altera durante o dia tendo seu valor máximo nas primeiras horas da manhã e os mais baixos no fim da noite. Em sua forma sintética chamada de hidrocortisona funciona como anti-inflamatório por isso é usado para combater inflamações assim como alergias. 
 As etapas do estresse 
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m 1936, Hans Selye em um dos seus estudos descreveu os sintomas do estresse como a Síndrome Geral de Adaptação, SGA, composto de três fases sucessivas: alerta, resistência e exaustão. Para ele, quando nosso cérebro interpreta alguma situação como estressante o organismo passa a desenvolver uma série de alterações, essas por sua vez agem de certa forma levando a um estado de desequilíbrio e um mau funcionamento do sistema como um todo sendo evidenciado desde uma respiração ofegante, entusiasmo à gastrite, diarreia, falta de apetite entre outros. 
A fase de alarme é descrito e equiparado a um susto é como se todo nosso corpo entrasse em estado de prontidão sendo mobilizado sem nenhum envolvimento direto de algum órgão em específico, é recorrente quando o indivíduo é agente passivo de outro numa discussão ou uma situação estressante, com isso seu corpo perde o equilíbrio gerando uma série de alterações tais como frieza nas mãos e/ou
pés, ressecamento na boca, aumento de sudorese, aperto na mandíbula ou ranger os dentes, roer unhas, insônia, ou seja, alterações físicas que realmente demostra o real estado daquele sentimento. 
Na segunda fase é a resistência, descrita por ele como o momento em que há um acúmulo da tensão, nesta fase é como se o corpo começasse a se acostumar com os agentes causadores do estresse e entra num estágio de resistência ou adaptação. 
Adrenalina
Molécula orgânica que apresenta em sua estrutura os grupos funcionais hidroxila e amino. Fórmula molecular C9H13NO3. Massa molar de 183.204 g/mol. Nomenclatura IUPAC (R)-4-[1-hidroxi-2-(metilamino) etil]benzeno-1,2-diol. É um hormônio proteico e deriva do aminoácido catecolamina caracterizado por um grupo catecol (um anel benzênico com dois grupos hidroxilas) ao qual está ligada ao grupamento amina. É hidrossolúvel não conseguindo atravessar a membrana plasmática das células e, liga-se a proteínas inter- membranares provocando-lhes mudanças conformacionais. A união do hormônio ao receptor é forte, mas não é covalente. Por não precisar entrar na célula o mecanismo de ação da mesma é mais rápida em relação ao do cortisol. A adrenalina sintética é usada como medicamento em situações emergenciais nos hospitais.
Grupo catecol
Cortisol
Molécula orgânica com grupos funcionais hidroxila e cetona. De formula C21H30O5 e massa molar de 362,46 g/mol. Faz parte da classe de hormônios esteroides os quais, são lipossolúveis e conseguem atravessar a membrana plasmática das células para ligar-se a proteínas receptoras, a transcortina e a albumina provocando-lhes mudanças conformacionais. Associado a estas proteínas é realizado seu transporte no sangue. A união desse hormônio aos receptores apesar de ser forte, não é covalente. �
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O organismo passa por diversas alterações e passa a agir como se quisesse voltar ao seu equilíbrio, por isso há uma certa adaptação ao problema ou no objetivo mais recorrente a eliminação do mesmo, nessa fase sintomas são facilmente notados como problemas com a memória, sensação de desgaste físico constante, falta de apetite, cansaço.
Na fase de exaustão e é essa a mais preocupante pode haver comprometimentos físicos sérios levando até à morte, nesta fase a reação do corpo diante de uma ação estressante externa de nível mais acentuado se torna mais impetuosa. A resistência do organismo não é ilimitada, existe um momento em que o sistema já não consegue se adaptar ao ápice da alteração/estresse que se opõe ao mesmo pelo fato de nesta fase ocorrer um processo de exposição prolongada aos agentes causadores do estresse. As alterações fisiológicas se assemelham aos da fase de alarme porém como dito antes, o organismo não já não tem um certo equilíbrio para reverter as situações com isso o corpo apresenta os sintomas de diarreias frequentes, insônia, mudança extrema de apetite, tontura frequente, impossibilidade de trabalhar, cansaço excessivo, irritabilidade entre outros.
​​Nosso corpo é perfeito e bem complexo e tudo está organizado em seus mínimos detalhes para vivermos bem, porém essa conversinha de estresse desregula TUDO! Por exemplo, estamos num zoológico e de repente o leão sai da jaula! O que corpo faz? Libera adrenalina para corremos o mais depressa possível! Isso é normal, porém o estresse do dia-a-dia faz com que nosso corpo secrete a adrenalina todos os dias como se um leão faminto estivesse do nosso lado! Em consequência disso o cortisol também é secretado de maneira estratosférica e causa muitos problemas cara… taquicardia o dia todo, quebra de proteínas do corpo para a produção de açúcares sem necessidade, podendo causar úlceras, baixa imunidade, herpes e espinhas. O nosso corpo funciona para atender nossas necessidades diante de situação estressantes para isto, desregula e regula hormônios criando mecanismos de respostas quando se exige ajustes comportamentais. O estresse é um mal que atinge a todos, o que podemos fazer é tentar dribla-lo praticando exercícios físicos, reservando um tempo para fazer algo que gosta, mantendo um boa alimentação, não se cobrando tanto e não levando tudo a sério.
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Referências
LEAL. I.; MIRANDA. L.; BARROS. J.; A química do amor - São Paulo: Sociedade Brasileira de Química. 2010. 
Fisiologia do estresse. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/fisiologia-do-estresse/753>. Acesso em 20/11/18.
Mind over body: the cortisol effects. Disponível em: <http://organiceyourlife.com/mind-over-body-the-cortisol-effect/>. Acesso em 15/11/18.
Peptídeos. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/peptideos.htm>. Acesso em 20/11/18.
Proteínas. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/estrutura-das-proteinas/>. Acesso em 20/11/18.
Proteínas. Disponível em: <https://manualdaquimica.uol.com.br/quimica-dos-alimentos/proteinas.htm>. Acesso em 21/11/18.
Rosa, Thais Gonçalves. Influência dos agentes estressores no aumento dos níveis de cortisol plasmático. 2016. 46f. Monografia – Universidade de Rio Verde, 2016.
Viciados em adrenalina: uma vida no limite. Disponível em: <https://amenteemaravilhosa.com.br/viciados-em-adrenalina/>. Acesso em 15/11/18.
Figura 1. Localização de algumas glândulas no corpo
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