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Apostila - Lombar

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1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Módulo de Fisioterapia 
Manipulativa na Coluna Lombar 
 
 
 
 2
Coluna Lombar 
 
Anatomia Óssea 
 
Generalidades 
 
A coluna possui três funções: 
 
• Função de mobilidade; 
• Função de cinética; 
• Função de proteção dos elementos 
nervosos. 
 
 
 
 
Corpo Vertebral 
 
É volumoso, reniforme e com grande 
eixo transversal, deixando-a com o aspecto de 
maior eixo transversal do que ântero-posterior. 
É constituído por uma capa de osso 
compacto, que circunda o centro que é formado 
por osso esponjoso. 
 
 
Pedículos 
 
São espessos, asseguram a união entre o corpo vertebral e o arco neural, seu eixo 
maior é antero-posterior voltado para frente no plano horizontal. 
 
 3
Lâminas 
 
São mais altas que largas, permitem a união entre a apófise transversa, o pedículo e 
a apófise espinhosa. 
 
 
Processos Transversos 
 
São longos (aproximadamente 1,5 cm), 
implantados na união pedículo/processo articular 
superior. 
Apresentam a inserção de certos músculos 
e ligamentos, são oblíquos para cima, para trás e 
para fora. 
 
 
Processos Espinhosos 
 
Estão no plano lombar, representados por lâminas verticais, retangulares, espessas e 
voltadas para trás. 
Apresenta a inserção dos ligamentos interespinhoso e supraespinhosos e da 
aponeurose lombossacra. 
 
Canal Vertebral 
 
É triangular, responsável pela proteção dos elementos nervosos. 
 
Processos Articulares Posteriores 
 
É situada entre pedículos e laminas, constituindo os elementos posteriores do tripé 
articular. 
 
 4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As articulações formadas são trocóides em semicilindros; 
 
• As articulações superiores são côncavas, voltada para trás e para dentro. 
• As articulações inferiores são convexas voltadas para frente e para fora. 
• As facetas articulares são cobertas por cartilagem articular. 
 
Características Especiais de Algumas Vértebras Lombares 
 
Primeira Lombar 
Possui os processos transversos menos desenvolvidos do espaço lombar. 
 
Terceira Lombar 
Possui processos transversos mais longos da coluna lombar. 
 
Quinta Lombar 
Seu corpo vertebral é mais alto anteriormente do que posteriormente. 
 
 5
Articulação Interapofisárias Posteriores 
 
Suas facetas articulares são verticais, voltadas para trás e para dentro, sua posição 
facilita a flexão, limitando, porém a rotação. 
 
Disco Intervertebral 
 
Os discos determinam as curvaturas espinhais e possuem uma altura que diminui de 
frente para trás e de cima para baixo. 
 
 
É constituído por duas partes: 
 
• Parte central (núcleo pulposo); 
• Parte periférica (anel fibroso). 
 
 
 
 
 
Anel Fibroso 
 
É constituído por uma sucessão de capas fibrosas concêntricas dispostas como 
cascas de cebola, estas fibras estão fixadas ao corpo vertebral por fibras de grampos de 
Sharpey. 
O anel está coberto em sua face anterior pelo ligamento longitudinal anterior e em 
sua face posterior pelo ligamento longitudinal posterior, suas inserções discais laterais 
opõe-se à deformação do disco. 
 
 
 
 
 6
Núcleo Pulposo 
 
E uma substancia gelatinosa transparente constituída por 88% de água e de 
mucopolissacarídeos. Localiza-se ligeiramente posterior em relação ao centro do disco, 
sendo mantido em sua posição pelas fibras do anel. 
 
Sistema Ligamentar Intervertebral 
 
 
Ligamento Longitudinal Anterior 
 
Está situado na face anterior da coluna, estende-se desde o processo basilar do 
occipital até a face anterior do sacro à altura da 2º vértebra sacral. 
 
 7
Adere à face anterior dos corpos vertebrais e dos discos intervertebrais, desce entre 
o músculo psoas no plano lombar. 
 
Ligamento Longitudinal Posterior 
 
Está situado sobre a face posterior dos corpos vertebrais e dos discos intervertebrais, 
estendendo-se do occipital até o cóccix. 
 
 
Ligamento Amarelo 
 
Retangular, espesso, resistente, estende-se desde o bordo superior da lâmina 
vertebral subjacente até o bordo inferior da lâmina da vértebra suprajacente. 
 
 
 8
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ligamento Interespinhoso 
 
Ocupam o espaço compreendido entre dois processos espinhosos vizinhos. Sua 
parte anterior tem relação com os músculos espinhosos e com os ligamentos 
intertransversos, sua parte posterior se confunde com os ligamentos supraespinhosos. São 
muito ricos em nociceptores. 
 
Ligamento Supraespinhoso. 
 
Cordão fibroso situado atrás dos processos 
espinhosos. 
 
Ligamento Intertransverso 
 
Unem entre si os processos espinhosos, 
relacionando cada um com o superior e o inferior. 
 
Ligamento Interapofisário 
 
Poderoso ligamento ricamente inervado, situado anteriormente e posteriormente à 
cápsula articular, reforçando-a. 
 
 9
 
Ligamentos Iliolombares 
 
Classifica-se em dois feixes: 
 
• Feixe Superior – estende-se desde o 
processo transverso da 4º vértebra lombar e vai até 
a crista ilíaca. 
 
• Feixe Inferior – compreende dois feixes, 
superior e inferior, que se estendem desde o 
processo transverso da 5º vértebra lombar à crista 
ilíaca e à asa sacral. 
 
 
 
 
Músculos da Coluna Lombar 
 
 
 
 
 
 
 10
A coluna lombar é provida de um sistema muscular que compreende as faces 
anterior, posterior e lateral do abdômen. 
 
Músculos abdominais 
 
 
• Músculo reto do abdome; 
• Músculo transverso do abdômen; 
• Músculos oblíquo externo e interno do abdome. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculo Reto do Abdome. 
 
É constituído de uma série de corpos musculares, separados por interseções 
tendíneas e divididos no centro pela linha Alba. Ele conecta a parte anterior do tórax com a 
parte anterior da pelve, ele flexiona a coluna e resiste à sua extensão. 
Sua fixação é feita inferiormente na crista e sínfise púbica, superiormente no processo 
xifóide e na quinta à sétima cartilagem costal. 
Ação: flexiona a coluna lombar tracionando o tórax inferiormente, na direção do púbis. 
 
Músculos Oblíquos do Abdome 
 
Recobre toda face anterior e lateral do abdômen e é classificado em interno e 
externo. 
 
 11
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fixações: 
 
• Porção Externa – tem suas fixações, superiormente, na quinta à décima segunda 
costela. Inferiormente, metade anterior do lábio interno da crista ilíaca, ligamento 
inguinal e camada anterior da bainha do músculo reto do abdome. 
 
• Porção Interna – tem suas fixações, inferiormente, crista ilíaca nas profundezas da 
parte lateral do ligamento inguinal, metade anterior da crista ilíaca e aponeurose 
toracolombar. Superiormente, na décima à décima segunda costelas e bainha do 
músculo reto do abdome. 
 
Ação: bilateralmente, aumenta a pressão intra-abdominal e flexiona a coluna. 
Unilateralmente, ajuda na flexão lateral e na rotação da coluna. 
 
 
 
 
 
 
 12
Músculo Transverso do Abdome 
 
Localiza-se mais profundamente em relação aos demais músculos abdominais. Sua 
posição no corpo se assemelha a uma faixa de contensão abdominal. 
 
 
Tem suas fixações, 
lateralmente, da sétima à 
décima segunda cartilagem 
costal, fáscia lombar, crista 
ilíaca e ligamento inguinal. 
Medialmente, na cartilagem 
xifóide, linha alba e, através 
do tendão unido, tubérculo 
púbico e pécten. 
 
 
Ação: comprime o abdome, estabiliza a coluna lombar. 
 
Músculo Psoas Maior ouIliopsoas 
 
O músculo psoas maior, que se une ao músculo ilíaco na virilha para formar o 
músculo íliopsoas, é um dos músculos mais importantes do corpo, não apenas por sua 
função primária como flexor do quadril, mas também por sua função postural e clínica. 
 
 
 
 13
• Ilío – sua origem está na fossa ilíaca interna, passando pelo ligamento ílio-lombar, 
pela margem da articulação sacro-ilíaca e pela asa sacral, seu corpo se estende 
descendo para dentro e para frente, inserindo no trocânter menor terminando sobre o 
tendão do psoas. 
 
Inervação: Nervo crural (raízes de L1, L2 e L3). 
 
Obs.: o espasmo deste músculo pode manter uma lesão em flexão do quadril e uma 
anteriorização unilateral da base sacra. 
 
• Psoas – sua origem cobre os discos intervertebrais e as faces laterais de T12 a L5, 
cobre também os processos transversos das cinco vértebras lombares. O Psoas tem 
sua inserção sobre o trocânter menor. 
 
Inervação: Nervo crural (raízes de L1, L2 e L3). 
 
Ação: Flexiona o quadril. 
 
Obs.: principal músculo responsável pela fixação do ilíaco em posterior. 
 
Músculo Psoas Menor 
 
O músculo psoas menor está ausente em aproximadamente 40% da população e em 
algumas pessoas pode ser unilateral. 
 
Tem suas fixações, superiormente na décima segunda vértebra torácica e na primeira 
lombar e no disco intervertebral. Inferiormente, na eminência íliopúbica através do arco 
iliopectíneo (fáscia ilíaca). 
 
Ação: ajuda na flexão da coluna lombar. 
 
 14
Latíssimo do Dorso ou Grande Dorsal 
 
Músculo grande e potente que cobre toda a 
parte póstero-inferior do tronco; estende-se para trás 
e para as laterais e é fixado na região anterior do 
braço, ancorando, assim, o membro superior à região 
lombar e à pelve. 
 
Tem suas fixações: 
Inferiormente, processos espinhosos das cinco 
ou seis vértebras torácicas inferiores e lombares, 
crista sacral mediana e lábio externo da crista ilíaca. 
Superiormente, com o músculo redondo maior, lábio 
medial do sulco intertubercular do úmero. 
 
Ação: aduz o braço, gira-o no sentido medial e o estende. 
 
Quadrado do Lombo ou Quadrado Lombar 
 
Músculo estabilizador das regiões superior em relação à região inferior, responsável 
pela transferência de coordenações em atividades complexas, que envolva o membro 
superior e o membro inferior em ações diferentes (correndo e fazendo movimentos com os 
braços simultaneamente, andar a cavalo). 
 
 
 
 
 
 
 
 15
 Tem suas fixações, inferiormente, na crista ilíaca, ligamento iliolombar, e processos 
costiformes das vértebras lombares inferiores. Superiormente, na décima segunda costela e 
processos costiformes das vértebras lombares superiores. 
 
Inervação: Nervos colaterais do plano lombar, nascidos das raízes T12, L1, L2. 
 
Ação: flexão lateral da coluna (unilateralmente), extensão da coluna (bilateralmente) e 
estabilização da coluna lombar. 
 
Obs.: o espasmo deste músculo é responsável pela lateroflexão da coluna lombar, por uma 
lesão expiratória da 12º costela e por uma lesão em Up-Slip do ilíaco. 
 
Músculos da Coluna Vertebral 
 
Músculo Eretor da Espinha 
 
Eretor da espinha é um termo coletivo utilizado para o grupo de músculos 
designados a estender e manter o equilíbrio da coluna vertebral e da caixa torácica. 
Esses músculos originam-se do sacro, do ílio e dos processos das vértebras 
lombares, seus ramos são fixados nas vértebras ao longo da coluna e costelas, em níveis 
ascendentes. 
 
 
Dividem-se em três grupos: 
• Músculo Iliocostal; 
• Músculo Longuíssimo; 
• Músculo Espinhal. 
 
 
 
 
 16
Músculo Iliocostal do Lombo. 
 
Suas fixações correspondem a: 
• Inferiormente, no sacro e ílio; 
• Superiormente, margens inferiores das seis ultimas costelas. 
 
Ação Muscular: 
Estende, flexiona lateralmente e rotaciona as vértebras lombares. 
 
Longuíssimo do Tórax. 
 
Suas fixações correspondem a: 
• Inferiormente, processos costiformes das vértebras lombares; 
• Superiormente, pontas dos processos transversos de todas as vértebras torácicas, nas 
ultimas nove ou dez costelas e entre seus tubérculos e ângulos. 
 
Ação Muscular: 
Estende a coluna vertebral. 
 
Músculo Espinal do Tórax 
 
Suas fixações correspondem a: 
• Inferiormente, processos espinhosos das vértebras lombares superiores e das duas 
torácicas inferiores; 
• Superiormente, processos espinhosos das vértebras torácicas médias e superiores. 
 
Ação Muscular: 
Sustenta e estende a coluna vertebral. 
 
 
 
 17
Músculo Multífidos 
 
Suas fixações correspondem a: 
• Inferiormente, desde o sacro e o ligamento sacroilíaco, os processos mamilares das 
vértebras lombares, os processos transversos das vértebras torácicas e os processos 
articulares das ultimas quatro vértebras cervicais; 
• Superiormente, processos espinhosos de todas as vértebras, incluindo a áxis. 
 
Ação Muscular: 
Estende, rotaciona e estabiliza a coluna vertebral. 
 
Músculos Rotadores 
 
Suas fixações correspondem a: 
• Inferiormente, desde o processo transverso de uma vértebra; 
• Superiormente, raiz do processo espinhoso das próximas duas ou três vértebras 
acima. 
 
Ação Muscular: 
Bilateralmente, extensão da coluna; 
Unilateralmente, rotação das vértebras; 
Propriocepção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18
Relações Nervosas 
 
Conteúdo Nervoso 
 
Na origem do plexo lombossacral encontra-se o 
espessamento lombar prolongado pelo cone terminal na 
altura de L1. Desse espessamento emergem cinco nervos 
espinhais lombares, cinco nervos sacrais e um nervo 
coccígeo; sua disposição ao redor do filamento terminal 
constitui a chamada cauda eqüina. 
As raízes perfuram a dura-máter e depois do gânglio 
espinhal anastomosam-se para formar o nervo espinhal, 
ao sair do forame de conjugação, o nervo espinhal 
divide-se em: 
• Ramo anterior – inerva os músculos parietais e os 
músculos dos membros inferiores. 
• Ramo posterior – inerva os músculos espinhais. 
 
As raízes L2-L3-L4 dividem-se em dois ramos 
formando: 
• Nervo crural; 
• Nervo obturador. 
 
As raízes de L5-S1-S2-S3 do plexo sacral formam o nervo 
ciático. 
 
Do plexo sacro nascem cinco raízes colaterais posteriores: 
 
• Nervo glúteo superior – inerva o tensor da fáscia lata, 
glúteo médio e glúteo mínimo. 
 
 19
• Nervo piramidal; 
• Nervo do gêmeo superior; 
• Nervo do gêmeo inferior e do quadrado femoral; 
• Nervo glúteo inferior (ramos cutâneos, glúteos, perineais e femorais). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Forame de Conjugação 
 
Cada forame é limitado para cima e para baixo pelos pedículos das duas vértebras, 
para frente e pela parte posterior-externa do corpo vertebral e pelo disco, para trás e pela 
articulação interapofisária. 
É no local de estreitamento lateral do canal lombar, onde a raiz espinhal antes de sua 
penetração no forame de conjugação apresenta risco de ser comprimida. 
No forame de conjugação a raiz ocupa apenas 35 a 50% do espaço total, o restante é 
ocupado por tecido gorduroso, veias radiculares, artérias espinhais e o nervo sinusvertebral, 
além dos ligamentos que se estendem na saída do forame diminuindo o calibre do canal. 
 
Fatores que diminuem o calibre do forame conjugado: 
 
• Na saída do forame estendem-se ligamentos que diminuem o calibre do canal; 
 
 20
• Um aumento na curvatura provoca uma diminuição da parte inferior do forame e 
um aumento em sua parte superior; 
• O conjunto radicular está rodeado por um cilindro vascular, aumentando o risco de 
estenose na diminuição do calibre. 
 
Inervação dos ElementosMetaméricos 
 
Depois da saída do forame de conjugação, cada nervo espinhal, divide-se em dois, 
anterior e posterior: 
 
• Ramo anterior – continua em direção ao nervo espinhal para distribuir-se nas partes 
laterais e anteriores do corpo. Os ramos anteriores de certos nervos espinhais vão 
unir-se para formar plexos nervosos (cervical, lombar, sacral e pudendo interno). 
 
• Ramo posterior – menos volumoso que o ramo anterior, vai para trás e por cima das 
apófises articulares posteriores com a finalidade de inervar os elementos posteriores 
da coluna graças a dois ramos, externo e interno. 
 
 
 
 21
Ramo interno do ramo posterior do nervo espinhal chama-se nervo Sinus Vertebral de 
Luschka e é responsável pela inervação das seguintes estruturas: 
 
• Corpo vertebral; 
• Ligamento longitudinal posterior; 
• Parte periférica do disco intervertebral; 
• Dura-máter; 
• Cápsula das apófises articulares posteriores. 
 
Relações com os nervos simpáticos nos planos lombar e sacral 
 
• Os nervos lombares interferem na regulação do tônus neurovegetativo dos órgãos 
genito-urinário, podendo ocasionar diversos sintomas (ereção, ejaculação, frigidez, 
síndrome dolorosa útero-ovariana). 
• A cadeia simpática lombar compreende cinco gânglios laterovertebrais, desta cadeia 
simpática nascem ramos que se comunicam em direção aos nervos espinhais do 
plexo lombar. 
• Na maioria dos casos os filamentos estão escondidos profundamente por baixo das 
arcadas fibrosas do músculo psoas. 
• Os gânglios laterovertebrais estão situados contra a parte ântero-lateral dos corpos 
vertebrais. 
• Ao nível sacral, existem quatro gânglios simpáticos situados na face anterior dos 
forames sacrais. 
• As duas cadeias laterovertebrais simpáticas se ramificam em um gânglio, gânglio 
impar, situado na frente do cóccix. 
 
 
 
 
 
 
 22
Biomecânica 
Flexão 
 
 
 
 
 
Durante este movimento a vértebra superior desliza para frente, o núcleo é o centro 
do movimento, o processo espinhoso é anterior e está separado do processo espinhoso 
subjacente, as facetas articulares se separam e o núcleo é bloqueado para trás. 
O movimento é limitado pela tensão capsuloligamentar e pelo ligamento comum 
vertebral posterior, porém, sobretudo sobre os ligamentos interespinhais e supraespinhais. 
Durante a flexão vertebral existe tensão nas seguintes estruturas: 
 
• No conjunto dural que se eleva; 
• Na cauda eqüina; 
• No ligamento sacrococcígeo; 
• No filamento terminal. 
 
As raízes lombares sobem e se deslocam nas cápsulas meníngeas no plano dos 
forames de conjugação. 
 
 
 
 23
Extensão 
 
 
 
 
Durante este movimento, a vértebra superior desliza para trás, o núcleo é o centro 
do movimento, o processo espinhoso é posterior e próximo do processo espinhoso 
subjacente, as facetas se imbricam e o núcleo está bloqueado para frente. 
O movimento é limitado pelas tensões capsulares, pelo ligamento longitudinal 
anterior e, sobretudo pelo choque dos processos espinhosos. 
Lateroflexão 
 
 
Neste movimento a vértebra inclina-se lateralmente, o centro do movimento está 
situado no plano da espinhosa, o processo transverso aproxima-se do processo transversa 
subjacente do lado da lateroflexão e se separa do processo transverso subjacente do lado 
 
 24
oposto a lateroflexão, a faceta articular do lado da lateroflexão está imbricado, o 
deslizamento das facetas se faz no plano frontal e o núcleo está bloqueado do lado oposto a 
lateroflexão. 
O movimento é limitado pela tensão do ligamento intertransverso. 
 
Rotação 
 
Neste movimento a vértebra superior gira, a transversa do lado da rotação é 
posterior, o processo espinhoso está deslocado do lado oposto ao da rotação, produz se um 
deslocamento diferencial sobre as facetas, ou seja, uma faceta desliza para trás enquanto a 
outra desliza para frente. A altura global do disco diminui, há cisalhamento na altura do 
anel aumentando a pressão sobre o núcleo. 
O movimento é limitado pelas fibras do disco, pelos processos articulares 
posteriores e pelos ligamentos intertransversos. 
 
Função de Alguns Músculos do Tronco. 
 
• Quadrado do Lombar – provoca uma lateroflexão vertebral e um fechamento do 
ângulo da 12º costela. 
 
 
 25
• Psoas – quando o quadril está fixado por seus músculos periarticulares, o psoas 
provoca na altura da coluna lombar lateroflexão e rotação oposta e um aumento da 
lordose, da mesma forma provoca a flexão do quadril. 
 
• Transverso Espinhoso – os pequenos músculos monoarticulares, são os Starters dos 
músculos poliarticulares, ou seja, starters dos músculos rotadores. Sua contração é 
responsável por uma extensão-rotação-lateroflexão homolateral. 
 
• Massa Comum Lombossacra – tende a provocar um aumento da lordose lombar e 
uma posteriorização do ilíaco. 
 
 
Disfunções- Segundo as Leis de Fryette 
 
As Leis de Fryette definem os movimentos vertebrais a um grupo de vértebras na 
fisiologia articular normal, movimentos que são efetuados automaticamente em todas as 
atividades de vida diária. 
Esse movimento se produz de uma forma diferente dependendo da posição que se 
encontra a vértebra, seja ela em NSR, FRS ou ERS. 
 
Entende-se por: 
 
NSR – Posição Neutra ou Easy Flexion 
 
É a posição neutra da vértebra ou de um grupo vertebral de maneira que as facetas 
articulares dos processos articulares não se encontram imbricados e nem desembricados e a 
carga corporal descansa em um estado de equilíbrio sobre o corpo vertebral. 
 
 
 
 
 26
FRS – Flexão 
 
É a posição vertebral ou de um grupo vertebral pela qual as facetas dos processos 
articulares se encontram desembricadas e a carga vertebral é descarregada na parte mais 
anterior do corpo vertebral obrigando o deslizamento posterior do núcleo pulposo. 
 
 
ERS – Extensão 
 
É a posição vertebral ou de um grupo vertebral pela qual as facetas dos processos 
articulares se encontram imbricadas e a carga vertebral é descarregada na parte mais 
posterior do corpo vertebral, fazendo com que o núcleo pulposo migre anteriormente. 
 
Primeira Lei de Fryette – NSR 
 
Características: 
 
• “N” neutro ou “Easy-Flexion”: em flexão facilitada as facetas estão 
paralelas, há a ausência de contato articular. 
• “Quando uma vértebra ou um grupo vertebral está em Easy-Flexion, para 
realizar uma rotação de um lado, a vértebra ou o grupo vertebral é obrigado 
a realizar uma lateroflexão do lado oposto”. 
• Essas disfunções são as mais freqüentes das disfunções em grupo- 
Escolioses. 
• As vértebras rodam do mesmo lado (convexidade). As vértebras que iniciam 
a rotação são chamadas de vértebra Starter- ponto chave para correção. 
• A fixação dessas disfunções se dão pelos músculos- Quadrado Lombar e 
Psoas. 
 
 
 
 27
Segunda Lei de Fryette – ERS/FRS 
 
“Quando uma vértebra ou um grupo vertebral encontra-se em estado de flexão ou de 
extensão para formar uma lateroflexão de um lado, esta vértebra ou este grupo vertebral é 
obrigado realizar primeiro uma rotação do mesmo lado”. 
 
ERS (Embricação) 
 
• A vértebra está em extensão, rotação e lateroflexão do mesmo lado. 
• A disfunção de embricação do lado da posterioridade da transversa. 
• O espaço interespinhoso subjacente está fechado. 
• Disfunção está fixada pelo espasmo do m. intertransverso homolateral. 
• Ex: ERS D – limitação FRS E. 
• Posterioridade aumenta na Flexão e diminui na Extensão. 
 
FRS (Desembricação) 
 
• A vértebra está em flexão, rotação e lateroflexão do mesmo lado. 
• A disfunção de desembricação se encontra do lado contrário da posterioridade. 
Só que o nome da disfunçãose dá pelo lado da posterioridade. 
• O espaço interespinhoso subjacente está aberto. 
• Disfunção está fixada pelo Disco intervertebral. 
• Ex: FRS E- limitação ERS D. 
• Posterioridade aumenta na Extensão e diminui na Flexão. 
 
Anatomia Palpatória 
 
O melhor modo de identificar os processos espinhosos vertebrais é, portanto, contar 
para baixo ou para cima a partir de marcos ósseos conhecidos e conferir com outras marcas 
de superfície. 
 
 28
Consideráveis tempo e prática estão envolvidos no desenvolvimento nas técnicas de 
palpação, porém uma vez dominada, ela se comprovará uma vantagem valiosa no futuro. 
As marcas de superfície mais óbvias são os processos espinhosos, entretanto sua 
palpação pode variar consideravelmente, em decorrência da lordose nas regiões de lombar e 
cervical e cifose nas regiões de torácica e sacra da coluna vertebral. 
 
Palpação da Coluna Lombar 
 
A região da coluna lombar tem uma lordose semelhante a da coluna cervical, 
dificultando um pouco mais a palpação dos processos espinhosos. Com o paciente deitado 
em decúbito ventral (pode-se fazer o uso de um apoio na região abdominal, a fim de 
diminuir a lordose e facilitar o relevo do processo espinhoso), os processos espinhosos 
podem ser palpados em uma fenda central pela linha mediana abaixo. Cerca de 3 cm para 
cada lado da linha mediana uma covinha pode ser visualizada na área póstero-superior da 
nádega, essa marca serve de ponto de localização para a espinha ilíaca póstero-superior, a 
qual pode ser facilmente palpada e atua como um marco importante para a identificação e 
outras estruturas. A partir dessas espinhas as cristas dos ílios podem ser acompanhadas para 
cima e para frente. O processo de L5 pode ser sentido em uma depressão funda, 
imediatamente acima do sacro, aproximadamente a 2 cm acima de uma linha traçada entre 
as espinhas ilíacas póstero-superiores. 
A partir desse ponto o processo espinhoso de L4 é facilmente reconhecido acima de 
L5. Com cuidado os pequenos intervalos entre os processos espinhosos de L4 a T12 podem 
ser palpados e cada processo identificado. O centro do processo espinhoso de cada vértebra, 
diversamente daquele na região torácica, situa-se em um nível imediatamente abaixo do 
centro do corpo da sua vértebra correspondente. Em cada lado da linha mediana existe uma 
poderosa coluna de tecido muscular, correndo desde a parte posterior do sacro para cima 
em direção à região torácica. 
A palpação profunda, laterais a esta massa de músculo, pequenos tubérculos 
pontudos podem ser sentidos, correndo para baixo em cada lado. Estes são as extremidades 
dos processos transversos, cada qual sendo localizado imediatamente acima do nível do 
 
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centro do seu processo espinhoso correspondente. Mais ao alto, no mesmo nível do 
processo espinhoso de L1, a extremidade da décima segunda costela pode ser palpada. 
 
Exame da Coluna Lombar 
 
Estudo dos Reflexos: 
 
Cremasteriano (L1, nervo genitocrural); 
Adutor (L3, nervo obturador); 
Patelar (L4, nervo crural); 
Aquileu (L5-S1, nervo ciático); 
Perineal bulbo-cavernoso e anal (S2 e S4). 
 
 
Teste Muscular Global 
 
Andar sobre os calcanhares (L4-L5); 
Andar nas pontas dos pés (S1); 
Ficar de cócoras e levantar-se (L3-L4). 
 
Localização de uma Atrofia Muscular 
 
Tríceps sural; 
Quadríceps.

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