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Resumo Proc Trabalho aula 40

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Processo do Trabalho 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Processo do Trabalho 
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Sumário 
1. Recursos trabalhistas .......................................................................................... 3 
1.1. Efeitos recursais ........................................................................................... 3 
1.1.1. Efeito suspensivo ................................................................................... 3 
1.1.2. Efeito translativo .................................................................................... 4 
1.1.3. Efeito regressivo .................................................................................... 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Processo do Trabalho 
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1. Recursos trabalhistas 
1.1. Efeitos recursais 
1.1.1. Efeito suspensivo 
No processo do trabalho, o efeito suspensivo não é tão aplicado, sendo verdadeira 
exceção. No processo civil já é mais comum a aplicação desse efeito. O efeito suspensivo 
significa a suspensão da força e dos efeitos da decisão. No processo do trabalho, a regra 
geral é que as decisões e sentenças não têm efeito suspensivo mesmo com eventual recurso, 
de modo que já podem ser imediatamente cumpridas. 
Existem dois casos em que se permite a aplicação de efeitos suspensivos nos recursos 
trabalhistas. O primeiro caso está previsto no Art. 9º da Lei nº 7.701/88, acerca dos dissídios 
coletivos. Suponhamos uma sentença normativa no âmbito dos dissídios coletivos. O 
Presidente do TST será competente para conceder efeito suspensivo a recurso ordinário 
sobre o dissídio coletivo instaurado no TRT, que perdurará por até 120 (cento e vinte) dias. 
 
Art. 9º - O efeito suspensivo deferido pelo Presidente do Tribunal Superior do Trabalho 
terá eficácia pelo prazo improrrogável de 120 (cento e vinte) dias contados da 
publicação, salvo se o recurso ordinário for julgado antes do término do prazo. 
 
Por mais que não haja efeito suspensivo no recurso trabalhista, sua interposição 
impede o trânsito em julgado da sentença. Inobstante, em razão da não suspensividade, a 
sentença ainda poderá ser cumprida provisoriamente. 
O segundo caso de suspensividade está previsto na Súmula 414 do TST, que garante 
ao recorrente, o direito de requerer a atribuição de efeitos suspensivos ao recurso ordinário, 
pela aplicação subsidiária do Art. 1.029, §5º do CPC/15. Para isso o recorrente deverá 
comprovar fundado receio de dano em razão de eventual cumprimento provisório da 
sentença. 
 
Súmula nº 414 do TST 
MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA 
(nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 
24 e 25.04.2017 
I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do 
mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a 
obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao 
tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por 
aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015. 
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II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, 
cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. 
III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do 
mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela 
provisória. 
 
Art. 1.029, § 5º, do CPC - O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso 
extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido: 
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da 
decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu 
exame prevento para julgá-lo; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) 
II - ao relator, se já distribuído o recurso; 
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido 
entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim 
como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037. (Redação dada 
pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência) 
 
Não se tratando de nenhum desses dois casos, o recurso trabalhista seguirá a regra 
da não suspensividade, podendo haver a “execução provisória da sentença”. É importante 
entender que os fundamentos jurídicos existentes para permitir eventual suspensividade 
nos recursos trabalhistas são esses dois que foram mencionados. Dessa forma, não se 
confunda com julgados aleatórios que abrem outras exceções casuísticas sem previsão ou 
razão jurídica para tanto. Essas situações absurdas da prática forense trabalhista não 
correspondem às duas justificativas efetivamente jurídicas existentes para eventual 
concessão de suspensividade. 
 
1.1.2. Efeito translativo 
Quanto a esse efeito sempre lembre que ele representa o efeito trazido pelos 
recursos para que o juízo ad quem aprecie questões de ordem pública. Dessa forma, o 
tribunal poderá reconhecer a falta de condições da ação, ausência de pressupostos 
processuais, prescrição ou decadência, incompetência absoluta, bem como outras questões 
de ordem pública, mesmo que as partes não as tenham suscitado no recurso ou nas 
contrarrazões recursais. 
Uma situação que às vezes ocorre é a de empregado que, mesmo após assinar termo 
de quitação na Comissão de Conciliação Prévia, ajuíza reclamação trabalhista pedindo outras 
verbas que considera pendentes. Caso seja parcialmente sucumbente e venha a recorrer, o 
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tribunal poderá reconhecer a falta de interesse de agir do empregado em razão de o mesmo 
ter assinado o termo de quitação na CCP, na forma do Art. 625-E da CLT. 
Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo 
empregador ouseu proposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às 
partes. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
 
Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia 
liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. (Incluído pela 
Lei nº 9.958, de 12.1.2000) 
Trata-se, no caso, da aplicação do efeito translativo do recurso. 
 
1.1.3. Efeito regressivo 
O efeito regressivo é uma situação excepcional, que normalmente não está presente 
nos recursos de um modo geral, neles incluídos os trabalhistas. Trata-se de hipótese em que 
o juiz prolator da sentença recorrida, em razão do recurso interposto, poderá se retratar da 
sentença. Em regra isso é impossível, podendo apenas o juiz corrigir erros materiais 
(números, nomes, informações equivocadas), inclusive por meio de embargos de declaração. 
As exceções estão previstas em duas situações. A primeira é no agravo de 
instrumento trabalhista, que é um recurso diferente do previsto no processo civil e 
corresponde a um recurso para destrancar outros recursos que sofreram juízo negativo de 
admissibilidade. A segunda situação está na aplicação analógica do Art. 485, §7º do CPC/15 
ao recurso ordinário. 
 
Art. 485, § 7º, do CPC/15 - Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam 
os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se. 
 
Concluímos o estudo dos principais efeitos recursais no processo do trabalho. Na 
próxima aula começaremos o estudo dos pressupostos de admissibilidade recursal.

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