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Processo Trabalhista - Recurso

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RECURSO
Conceito: é meio processual utilizado pelas partes ou terceiros, na mesma relação processual, para aperfeiçoar, anular ou reformar uma decisão.
O recurso, portanto, não muda a relação processual — difere, pois, da ação rescisória, em que se instaura uma nova relação.
Natureza jurídica: é um desdobramento do direito de ação com procedimento diferenciado. Quando se fala em acesso à justiça e inafastabilidade jurisdicional, uma das formas de garantir isso é através do recurso.
Princípios dos recursos:
· Taxatividade: O recurso deve estar previsto em lei, não cabendo às partes inventar novos instrumentos, art. 893, CLT (embargos, recurso ordinário, recurso de revista e agravo). Possibilidade da previsão de recurso no regimento interno dos tribunais, art. 1.070, CPC.
Excepcionalmente, os Tribunais podem criar novos recursos em seus regimentos internos, como é o caso do agravo regimental previsto no TRT-3. Normalmente são recursos que visam a reapreciação de decisões monocráticas.
· Unirrecorribilidade (singularidade/unicidade): em razão do próprio sistema processual, não permite a interposição de um recurso (ou complemento) em relação a uma mesma decisão, ou seja, para cada decisão há um recurso próprio. Da mesma forma, é vedado às partes complementar o recurso, ainda que no prazo legal, vez que após a sua interposição opera-se a preclusão consumativa de emendas a ele.
Há como interpor dois recursos ao mesmo tempo, desde que tenham finalidades diversas.
· Fungibilidade: possibilidade de interpor um recurso no lugar de outro. Fundamenta-se na dúvida objetiva (súmula 421, TST – OJ 412, SDI1 e OJ’s 69 e 152, SDI2 – arts. 1.024, §3º, 1.032 e 1.033 CPC): àquela que existe na doutrina e/ou jurisprudência, e não exclusivamente naquele caso. Faz-se necessário que o prazo do recurso próprio tenha sido respeitado.
· Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias (art. 893, §1º, CLT): não é possível o recurso imediato para se insurgir quanto às referidas decisões, só será possível no recurso contra decisão definitiva. Exceções na súmula 214, TST.
SÚMULA Nº 214 - DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal;
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.
Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005
Excepciona-se a exceção de incompetência acolhida pelo Juízo  que remete o processo para justiça diversa ou TRT diverso, caso em que será permitida a recorribilidade imediata.
· Reformatio in pejus: impossibilidade de agravar a situação do recorrente. Tem fundamento no princípio dispositivo: recorre-se daquela parte da decisão em que a parte ficou vencida.
Exceção: matéria de ordem pública/recurso da outra parte/teoria da causa madura — art. 1.013, §3º, CPC → nesses casos, portanto, será possível agravar a situação da parte. 
Embora não ostente a natureza de recurso, pelo menos para a corrente majoritária - não é propriamente de um recurso, posto que lhe falta algumas das características e pressupostos, tais como tipicidade, voluntariedade, dialeticidade, tempestividade, legitimidade, interesse e preparo -, predomina o entendimento de que não pode haver prejuízo para a Fazenda Pública que recorre, ou seja, é defeso reformatio in pejus. Essa é a posição expressa no conteúdo da Súmula n. 45 do STJ.6 Tal entendimento justifica-se, pois, tendo sido o instituto criado para a defesa da Fazenda Pública, não há sentido na reforma que a prejudica. Além disso, por não ter natureza jurídica de recurso, não possui dialeticidade, portanto, sua análise limita-se aos atos praticados na sentença, não havendo contrarrazões e sendo incabível o recurso adesivo
Trata-se de Remessa Necessária: é a necessidade inerente as  decisões proferidas contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município e suas  respectivas autarquias e fundações,  de serem  submetidas a novo julgamento, ainda que não tenha havido recuso voluntário das partes, para produzirem efeito.  Considerada uma prerrogativa da Fazenda Pública e apontada por muitos autores como um privilégio injustificado em razão do princípio da igualdade e da exigida celeridade processual do ordenamento jurídico
No sentido de adequar a jurisprudência da Corte ao Novo Código, o Pleno do Tribunal Superior do Trabalho, por intermédio da Resolução n. 211, de 22 de agosto de 2016, promoveu importantes mudanças em algumas de suas súmulas, dentre as quais a Súmula n. 303, que trata da matéria. Diz a nova redação da Súmula n. 303 do Tribunal Superior do Trabalho: 
Súm.- 303 
FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26/8/2016 
I - Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na vigência da Constituição Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a condenação não ultrapassar o valor correspondente a: 
a) 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; 
b) 500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; 
c) 100 (cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público. 
II - Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em: 
a) súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; 
d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa. 
III - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses dos incisos anteriores. (ex-OJ n. 71 da SBDI-1 - inserida em 3/6/1996) 
IV - Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na relação processual, figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa. (ex-OJs n. 72 e 73 da SBDI-1 - inseridas, respectivamente, em 25/11/1996 e 3/6/1996).
O Novo Código de Processo Civil contempla as hipóteses do cabimento do reexame necessário no art. 496, consideradas compatíveis com o processo do trabalho. A edição da Lei n. 13.015/2014, pouco antes da edição da Lei n. 13.105/2015, reforça a construção de um sistema processual sólido e coerente, que resguarda as particularidades do processo do trabalho e respeita a jurisprudência. O Tribunal Superior do Trabalho, atento à necessidade de aprimorar a prestação jurisdicional e adequar o seu entendimento ao Novo Código de Processo Civil, tem se debruçado sobre questões polêmicas, dentre as quais a remessa necessária, sobretudo buscando a uniformidade das decisões judiciais e a segurança jurídica.
Embora parte da doutrina entenda que a remessa necessária se aplica somente às sentenças em razão do texto legal, o instituto é perfeitamente cabível em acórdãos, desde que se trate de ações de competência originária do tribunal. Nesse sentido a OJ-TST-SDI-1 71.
                A respeito do assunto, pertinente as considerações de Carlos Henrique BezerraLeite:
Os acórdãos proferidos em ações aforadas originariamente perante os Tribunais Regionais do Trabalho, como a ação rescisória e o mandado de segurança, com resultado desfavorável àqueles entes, também devem ser submetidas de ofício á confirmação pelo Tribunal Superior do Trabalho. É que o Decreto-lei n. 779/1969 fala em “recurso ordinário ex officio”. Logo, toda decisão contrária ao ente público que, de lege lata, desafiar essa modalidade recursal (recurso ordinário) só produzirá efeitos depois de confirmada pelo juízo ad quem.
                Haverá remessa necessária também em face das decisões que julgarem improcedentes os embargos do devedor na hipótese de execução fiscal inerente a dívida ativa da Fazenda Pública Federal, Estadual e Municipal, Distrito Federal e suas respectivas autarquias. (art 475, II do CPC)
Efeitos dos recursos: é uma consequência jurídica de sua interposição para o andamento do processo. São eles:
· Efeito devolutivo: delimita a matéria a ser submetida ao órgão judiciário a quem é endereçado o recurso. No DPT, é a regra (art. 899, CLT) e inerente a todo recurso — súmula 393, TST.
É de todo e qualquer recurso, gera pela mera oposição recursal. Devolve-se ao tribunal a matéria impugnada.
O efeito devolutivo deve ser classificado em extensão (ou horizontal) e em profundidade (vertical).
- Em extensão (art. 1.013, caput, CPC): corresponde aos parâmetros de julgamento que o tribunal deve observar, os quais são obtidos pela matéria que foi impugnada. Ou seja, é dado pela parte recorrente, de acordo com o que restou impugnado em seu recurso. Decorre do princípio do dispositivo.
- Em profundidade (art. 1.013, §§1º e 2º, CPC): quando o tribunal recebe uma matéria, ele pode aprofundar na análise. Por exemplo: a parte foi condenada em horas extras e adicional de insalubridade. Recorreu apenas deste (em extensão), mas pode o tribunal analisar tudo o que diga respeito a este adicional (em profundidade).
O efeito devolutivo, isoladamente, permite a execução provisória da decisão.
· Efeito suspensivo: impede os efeitos da decisão.
Exceção no processo do trabalho: tem que ser reconhecido pelo juiz, inclusive podendo a parte ajuizar uma cautelar para que seja dado efeito suspensivo ao recurso (súmula 414, TST).
O mandado de segurança tem cabimento quando, no curso do processo, o juiz determina alguma medida — ou seja, antes da decisão. Já nos casos em que a determinação é dada na decisão, o efeito suspensivo pode ser requerido via cautelar endereçada ao tribunal.
· Efeito translativo: devolução ao tribunal das questões que podem ser examinadas de ofício, ainda que não apreciadas pelo juízo a quo (arts. 337, 485, 1.013, CPC). Ocorre, então, quando o tribunal, por força de recurso, examina matéria de ordem pública.
· Efeito substitutivo: a decisão de mérito do tribunal substitui a decisão recorrida no que for objeto de recurso (art. 1.088, CPC — súmula 192, III, TST) → a decisão de mérito superveniente do tribunal substitui a parte da decisão recorrida que foi objeto de recurso, mesmo nos casos de improcedência recursal. Nos casos em que o tribunal não combate o mérito, como é o caso de não conhecimento do recurso em função da intempestividade, não há aplicação do efeito substitutivo.
Pressupostos de admissibilidade: Juízo de admissibilidade em primeiro grau (juízo positivo/juízo negativo). A não aplicabilidade do art. 1.010, §3º, CPC, por força do art. 2º, XI da IN 39/2016.
Ao contrário do CPC, que aboliu o juízo de admissibilidade em primeiro grau, no processo do trabalho perdura a sua aplicação.
O juiz, se recebe o curso e concede vista à parte contrária, exerce juízo de admissibilidade positivo — decisão que é irrecorrível de imediato. Por outro lado, pode não receber o recurso, que é o caso do juízo de admissibilidade negativo.
· Pressupostos intrínsecos (subjetivos): é a existência do direito de recorrer, específicos de determinada decisão. São eles:
Legitimidade: é a pertinência subjetiva do recurso, sendo, via de regra, contra quem recai o título judicial.
Interesse: enquanto a legitimidade é subjetiva, o interesse é objetivo. Corresponde à sucumbência da parte em determinado aspecto que lhe atrai a necessidade de levar a matéria para reexame no tribunal (via adequada).
· Pressupostos extrínsecos: são gerais. Independem da decisão (procedimento recursal, modo de exercer o direito de recorrer). São eles:
Cabimento: recorribilidade (decisão interlocutória/dissídio de alçada)/adequação.
Recorribilidade: a decisão deve ser recorrível. As decisões interlocutórias são em regra irrecorríveis.
Obs: Dissídio de alçada. Processos cujo valor da causa não ultrapassa 2 salários mínimos. Caso o valor da causa seja muito inferior à realidade e a parte não impugne no momento devido, somente poderá recorrer se a matéria for constitucional.
A via recursal eleita deve ser adequada e própria, com exceção dos casos de fungibilidade e dos recursos com finalidades distintas que não ferem ao princípio da unirrecorribilidade.
Tempestividade: Há uma padronização dos prazos recursais no processo do trabalho de 08 dias úteis (art. 6º, 5.584/70). Os embargos de declaração, por sua vez, embora de natureza recursal, têm prazo de 5 dias úteis (art. 987, CLT). Conforme súmula 197, TST inicia-se a contagem do prazo da sentença em audiência ou intimação ou publicação do acórdão (ciência da parte quanto à decisão contrária aos seus interesses).
Dizia a Súmula 434, TST, que tanto o recurso apresentado antes do início do prazo quanto posteriormente seria tido como intempestivo. Todavia, tal súmula restou cancelada, aplicando-se o art. 218, §4º, CPC. Traz, portanto, limitações à jurisprudência defensiva, que é aquela em que as questões processuais são levantadas para evitar a análise de mérito.
Regularidade de representação:
· Jus postulandi: válido para empregados e empregadores (súmula 425, TST): No processo do trabalho, via de regra, tanto os empregados quanto os empregadores possuem capacidade postulatória. A súmula 425, TST, entretanto, trouxe limitações a essa capacidade: ação cautelar, rescisória, mandado de segurança e recursos de competência do TST. Nestes casos, portanto, as partes não possuem jus postulandi.
· Mandado tácito (súmula 383, I, TST e OJ 286, SDI1-TST) advém dos costumes e, via de regra, instaura-se na primeira audiência quando a parte referenda os atos de seu procurador. E, inexistindo mandado formal nos autos, cumpre ao julgador analisar a ata de audiência para ver se se firmou mandado tácito.
· Regularização da procuração na fase recursal (súmula 383, I e II, TST): em consequência da jurisprudência defensiva, entendia-se que não cabia a regularização da procuração na fase recursal. Agora, com o NCPC, é permitida essa regularização na fase recursal, cabendo ao magistrado conceder 5 dias para tanto.
· Preparo: despesas necessárias à interposição dos recursos.
· Depósito recursal: é devido quando houver condenação (súmula 161, TST) e visa garantir antecipadamente uma futura execução. É exigido apenas do empregador — ou seja, o empregado, se quiser recorrer, não precisa realizar o depósito recursal.
· Valor: é o da condenação, ou o máximo fixado em ato do TST, que atualmente é de R$ 9.513,16. Em se tratando de agravo de instrumento, o valor é de 50% da condenação e o preparo deve ser feito no ato de interposição do recurso.
· Prazo: é o do recurso (art. 7º, Lei 5.584/1970 e súmula 245, TST), o que não se aplica ao agravo de instrumento. Permite-se que o depósito recursal seja regularizado quando o valor recolhido for inferior ao devido (vide art. 899, §§ 9º e 10, CLT e também OJ 140, SDI1-TST).
· Custas: taxas devidas ao Estado pelo serviço público prestado (serviço jurisdicional).
- Valor: fixado em 2% sobre o valor da condenação ou da causa (arts. 789 e 832, §2º, CLT).
- Valor mínimo: R$ 10,64. Valor máximo: correspondente à 4 vezes do maior benefício da previdência social, girando em torno de R$ 22.000,00, de acordo com a nova redação do art. 789, CLT.
- Prazo: pagamento e comprovação noprazo de recurso (art. 789, §1º, CLT).
Não há sucumbência recíproca nas causas envolvendo relação de emprego, excetuando-se a relação de trabalho — art. 3º, §3º, IN 27/2005. Logo, se for dada procedência em parte, caso o reclamante vá recorrer, independentemente de ser assistido pela gratuidade judiciária ou não, não precisa recolher as custas. O reclamado, por outro lado, mesmo nos casos de sucumbência recíproca deve arcar com as custas.
RECURSOS EM ESPÉCIE
Recurso Ordinário é o recurso mais utilizado no processo do trabalho, tendo muita proximidade com a apelação no processo civil.
· Cabimento (art. 895, a, b, CLT):
- Decisões do Juízo de 1º grau trabalhista (definitivas/terminativas): cabe recurso ordinário tanto das decisões terminativas (análise processual) quanto das definitivas (resolve o mérito) proferidas em 1ª instância.
- Decisões do TRT em feitos de sua competência originária: ou seja, contra aquelas ações que nascem no tribunal (ação rescisória, mandado de segurança e dissídio coletivo), caberá recurso ordinário.
· Características:
- Devolutividade ampla (súmula 414, TST): descabe o pré-questionamento via embargos das decisões de 1º grau para fins de recurso ordinário. Nesse sentido, a única limitação em termos de devolução a que se submete o Tribunal é referente ao capítulo da sentença impugnado. Em regra, o recurso ordinário é recebido tão somente no efeito devolutivo, cabendo à parte interessada requerer o recebimento também no efeito suspensivo.
- Direito da parte prioritariamente. Em segundo plano, a uniformização da jurisprudência. Primeiramente, o TRT analisa o direito da parte; secundariamente é que analisará a uniformidade com a jurisprudência.
- Natureza ordinária: matéria de fato/ de direito).
- Profundidade x extensão (art. 1.013 e seus parágrafos, CPC e súmula 393, TST ): efeito devolutivo em extensão (horizontal) corresponde ao que fui impugnado; enquanto a profundidade (vertical) permite a análise de toda a matéria objeto da impugnação.
- Tramitação em primeiro grau e no TRT: o recorrente, no prazo de 8 dias úteis da ciência da decisão, interpõe o recurso ordinário perante o juízo prolator da decisão. Este, se receber o recurso (juízo de admissibilidade positivo), intima a outra parte para contrarrazoar e em seguida remete os autos para o tribunal. No tribunal, é feita a distribuição por sorteio a um relator, o qual relata e vota. Sequencialmente, o processo é enviado para a secretaria, a qual envia para os vogais. Feito os votos, os autos são remetidos novamente para a secretaria, incluindo-se na pauta de sessão de julgamento e dando publicidade aos advogados. Na sessão, é proclamado o resultado, retornando os autos a secretaria e na sequência para o relator, para compor o acórdão. Por fim, retorna a secretaria para publicação. Deste caberá o recurso de revista.
Agravo de Instrumento: É o recurso interposto das decisões interlocutórias que denegarem seguimento aos recursos (art. 897, b, CLT). Não há semelhança com o agravo de instrumento do processo civil, só o nome.
- Formação do instrumento (relaciona-se com o recurso principal — art. 897, §5º, CLT). Desnecessidade com o processo eletrônico. Quando se julga o agravo de instrumento, já se julga o recurso principal. Também, caso o Tribunal negue provimento ao agravo, não conhecerá do recurso principal.
No caso de processo físico, deve apresentar-se cópias obrigatórias para instruírem o agravo, bem como indicar as peças úteis à resolução do recurso principal. Com o processo eletrônico, esta formação do instrumento de agravo se tornou desnecessária, vez que todos os arquivos remanescem em conjunto no acervo digital.
- Depósito recursal no agravo de instrumento (art. 899, §7º, CLT): o reclamado, caso vá recorrer através do agravo, deve realizar o depósito recursal de 50% do valor da condenação, no ato de interposição do recurso. Este só é devido quando houver depósito recursal no recurso principal.
Agravo de Petição (art. 897-A, CLT): é o recurso que tem por objetivo impugnar as decisões na execução. É, portanto, o recurso da execução trabalhista contra decisões terminativas, com prazo também de 8 dias.
- Cabimento: decisões que julgam embargos/decisões que declaram a extinção da execução/decisão que acolhe a exceção de pré-executividade (da decisão que rejeita não cabe agravo de petição).
Via de regra, caberá contra decisões terminativas. No entanto, quando houver obstáculo na execução e prejuízo grave à parte, neste caso caberá agravo de petição. É o caso da penhora.
- Exceção de pré-executividade é uma forma de se opor à execução sem garantia do juízo, tendo por conteúdo matéria de ordem pública. Quando se acolhe esta exceção, cabe agravo de petição. Por outro lado, se rejeita, deve garantir o juízo, embargar e só depois agravar.
- Pressuposto específico (art. 897, §1º, CLT): sob pena de não conhecimento, ao agravar de petição, deve especificar a matéria impugnada e os respectivos valores. É óbvio que se tratando de matéria jurídica, não fica sujeito a esses requisitos.
Não há necessidade de realização do preparo, pois se pressupõe que o recurso principal está garantido.
 Juntada de documentos na fase recursal;
Em regra, os documentos devem ser juntados aos autos juntamente com a petição inicial no caso do autor ou com a resposta no caso do réu, art. 434, CPC/15:
Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas alegações. 
Parágrafo único. Quando o documento consistir em reprodução cinematográfica ou fonográfica, a parte deverá trazê-lo nos termos do caput, mas sua exposição será realizada em audiência, intimando-se previamente as partes.
Todavia, como exceção o art. 435, CPC prevê:
Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos. 
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos, cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da parte de acordo com o art. 5º.
A jurisprudência do STJ amplia estas hipóteses e afirma que é admitida a juntada de documentos novos após a petição inicial e a contestação mesmo em situações não previstas no CPC desde que cumpridos três requisitos:
- Não se trate de documento indispensável à propositura da ação. Se o documento era indispensável e não foi juntado, o processo deve ser extinto sem resolução do mérito, arts. 320 e 321 do CPC;
- Não haja má fé na ocultação do documento;
- Seja ouvida a parte contrária (contraditório), art. 437 do CPC.
	
REsp 888.467/SP, Rel. p/ Acórdão Min. Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 01/09/2011. 
STJ. 1ª Turma. REsp 1.176.440-RO, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 17/9/2013. Informativo 533 do STJ.
TST, por meio da Súmula 8, estabelece que a juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou quando se referir a fato posterior à sentença: “JUNTADA DE DOCUMENTO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato posterior à sentença
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
- Previsão legal (arts. 897-A, CLT e 1.022, CPC): antes os embargos tinham função estritamente de aperfeiçoamento da decisão, tão somente para sanar questões de omissão, obscuridade e contradição. Com o tempo, ganhou mais espaço, podendo ter tanto efeito modificativo quanto de prequestionamento.
Art. 897-A, §3º, CLT — intempestividade/representação irregular/ausência de assinatura
A interposição dos embargos de declaração ocasiona a interrupção do prazo recursal para ambas as partes. Ou seja,há a paralisação do prazo, retornando-se a sua contagem na integralidade após o processamento do recurso. No entanto, não terá este efeito interruptivo quando os embargos:
(a) forem intempestivos;
(b) a representação está irregular;
(c) ausência de assinatura na petição.
Eventualmente, nas duas últimas hipóteses, caso o juiz determine a emenda dos embargos para sanar estes vícios, pode interromper o prazo recursal.
Características: Ao contrário da regra geral dos recursos trabalhistas, os embargos têm prazo de 05 dias úteis. Não se exige preparo.
Julgamento na sessão ou audiência subsequente à sua apresentação. Então, o julgamento dos embargos deve ser feito na sessão/audiência seguinte.
Efeito modificativo/infringente (omissão/contradição) → como dito acima, ao invés de só sanar dúvidas, os embargos ganharam espaço. de tal forma que dependendo da extensão da omissão ou contradição, pode acarretar a própria mudança da decisão.
Efeito infringente (súmula 278, TST; art. 897-A, §2º, CLT; art. 1.023, §2º, CLT; OJ 142, SDI1) → nestes casos, é necessário dar vista à parte contrária para evitar eventual declaração de nulidade.
Equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos de cabimento → os embargos também servem para sanar manifesto equívoco nos pressupostos extrínsecos de cabimento (cabimento, tempestividade, regularidade de representação, preparo). Por exemplo: o tribunal rejeita o recurso com base na intempestividade, mas se esquecendo de contabilizar feriado.
Prequestionamento (súmula 297, TST): tese que foi suscitada anteriormente, mas não foi tratada pelo tribunal. Dessa forma, há o prequestionamento para que ele se manifeste sobre determinada tese jurídica. Dessa provocação, forma-se o lastro para levar a matéria aos tribunais superiores.
Das decisões de 1º grau não cabe embargo de declaração para fins de prequestionamento — tão somente para sanar obscuridade, omissão e contradição.
Multa do art. 1.026, CPC → no caso dos embargos serem manifestamente protelatórios, aplica-se a multa.
RECURSO ADESIVO
Previsão legal (art. 997, CPC; súmula 283, TST): tem cabimento no processo do trabalho.
Forma de interposição de recurso → pressupõe a sucumbência recíproca e o recurso principal.
Sucumbência recíproca;
Recurso principal;
Subordinação a ele na admissibilidade e julgamento/matérias podem ser diversas → acompanha o principal tanto no julgamento quanto na admissibilidade. Dessa forma, caso se desista do principal, o adesivo não será mais julgado. Por outro lado, a matéria do adesivo não precisa ser conexa ao principal.
PEDIDO DE REVISÃO (art. 2º, Lei n. 5.584/1970) → quando a parte fixar valor inferior a 2 salários mínimos e a outra parte impugnar mas o juiz manter, caberá o pedido de revisão, endereçado ao presidente do tribunal no prazo de 48 horas.
AGRAVO REGIMENTAL (decisões monocráticas). Previsão no regimento interno dos tribunais — art. 709, §1º, CLT/art. 9º, Lei n. 5.584/1970/art. 1.070, CPC → servem para combater decisões monocráticas (unipessoais).
RECLAMAÇÃO CORREICIONAL (correição parcial) → é endereçada ao corregedor para discutir violação pelo juiz ao procedimento. Por exemplo: em vez da defesa ser apresentada na audiência, o juiz permite que seja apresentada depois de 15 dias. Nestes casos, pode o corregedor ser provocado para colocar o processo nos seus trâmites regulares. Veja-se: a correição parcial não diz respeito ao mérito da contenda, tão somente ao procedimento.
Das decisões do corregedor cabe agravo regimental para o órgão especial.
RECURSO DE REVISTA
Tem muita semelhança com o recurso especial no processo civil, sendo também um recurso de natureza extraordinário que busca reexame de matéria jurídica. É um recurso vinculado, pois tem suas hipóteses previstas em lei.
Enquanto o recurso especial versa apenas sobre matéria infraconstitucional, o recurso de revista versa tanto sobre matéria constitucional quanto infra.
Finalidade do recurso de revista: uniformização da jurisprudência; vedar a violação do ordenamento jurídico (garantir a constitucionalidade).
Tem como objetivo tornar única a jurisprudência trabalhista em âmbito nacional, a ser observado perante os demais tribunais do país.
Evitar uma afronta ao ordenamento jurídico, como forma de garantir a sua higidez.
Cabimento (art. 896, caput, CLT): endereçado à turma do TST das decisões em grau de recurso ordinário nos dissídios individuais nos TRTs.
Cabe, então, recurso de revista para o TST em face dos acórdãos proferidos pelos TRTs em grau de recurso ordinário nos dissídios individuais.
Pressupostos previstos nas alíneas de “a” a “c” do art. 896, CLT. São fundamentalmente duas hipóteses:
Divergência jurisprudencial entre TRTs e com a SDI, súmula do TST e súmula vinculante do STF → é pressuposto do recurso de revista a demonstração de divergência jurisprudencial entre TRTs, bem como com súmulas ou OJs.
Afronta à lei ou à Constituição Federal → outra hipótese ocorre no caso em que o acórdão afronta a legislação constitucional ou infraconstitucional.
Efeito devolutivo: primeiro juízo de admissibilidade (art. 896, §1º, CLT).
No exame do recurso de revista, quem faz o primeiro juízo de admissibilidade é o presidente do TRT. Essa admissibilidade que ele faz não é vinculativa, de tal forma que ele pode não receber o recurso e mesmo assim o TST dele conhecer — ou vice-versa.
Caso neste juízo de admissibilidade resulte no não recebimento do recurso de revista, pode a parte recorrer através do agravo de instrumento, remetendo-o diretamente ao TST.
Art. 896, §1º-A, §§ 7º e 8º, CLT, tratam dos requisitos do recurso de revista.
Uniformização da jurisprudência pelos TRTs (art. 896, §§3º a 6º revogados, CLT — prevalece o art. 702, CLT).
Antes da Reforma, o TST enviou uma proposta de lei para ser submetida ao processo legislativo, que veio a se tornar lei, determinando que os TRTs, em seus respectivos âmbitos, uniformizasse suas jurisprudências, tanto através de súmulas quanto teses prevalecentes. Isso vigorou até a reforma.
A Reforma, com o fito de regular a uniformização da jurisprudência em âmbito regional, trouxe o art. 702, f, CLT, o qual estatuiu requisitos praticamente inalcançáveis. Em razão disso, entendeu o TST que os TRTs devem continuar perseguindo a uniformização regional, com base fundamentalmente nos arts. 926 e 927, CPC e IN 41.
Recurso de revista na execução (art. 896, §2º, CLT):
No caso da execução das decisões proferidas pelos TRTs, via de regra não caberá recurso de revista, salvo se fundado em ofensa direta e literal à Constituição.
Quando se trata de execução fiscal ou indébito envolvendo certidão de débito trabalhista, é possível o recurso de revista tanto em razão de divergência jurisprudencial ou ofensa à CR/1988.
Recurso de revista no sumaríssimo (art. 896, §9º, CLT):
Se a ideia do procedimento sumaríssimo é dar celeridade, não faz sentido lógico nele ser permitido o recurso de revista. No entanto, não foi assim como a lei pensou. Apesar disso, implementou-se maior restrição: só será possível o RR no rito sumaríssimo nos casos em que houver ofensa à SÚMULA do TST ou STF ou ofensa à CR/1988.
Veja: não cabe contrariedade em se tratando de OJ.
Recurso de revista afetado no rito do recurso repetitivo (art. 896-C, CLT):
Havendo multiplicidade de RR tratando da mesma matéria, podem ser afetados para julgamento no rito repetitivo.
Transcendência (art. 896-A, CLT) → corresponde à repercussão geral, significando aquela matéria que, em razão da relevância política, econômica ou social, supera o interesse individual das partes. É um dos requisitos para a propositura do recurso de revista na atualidade, o qual é aferido apenas no segundo juízo de admissibilidade (TST).
EMBARGOS NO TST
Estes embargos são apresentados à SDI, também chamados de embargos de divergência, no prazo de 8 dias.
Art. 894, CLT — uniformiza a jurisprudência no âmbito do TST → visam uniformizar a jurisprudência do âmbito no TST. Dessa forma, do mesmo modo com que o Recurso de Revista uniformiza a jurisprudência em âmbito nacional, os embargos o fazem no âmbitodo TST.
Art. 894, II, CLT (divergência de turmas e destas com a SDI, OJs, súmulas do TST e súmulas vinculantes do STF) → desde que entre os decisórios das turmas haja divergência, ou com a SDI, súmulas do TST ou vinculantes, cabem os embargos no TST.
Os embargos no TST decididos de forma reiterada numa determinada direção, dão margem para criação de uma OJ.
Art. 894, §2º, CLT (divergência atual/não ultrapassada por súmulas e jurisprudência iterativa do TST).
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Preserva a Constituição da República — art. 893, §2º, CLT e art. 102, III, CR/1988 → também é um recurso de natureza extraordinária, como o próprio nome indica. Sobretudo, não é rigorosamente um recurso trabalhista, de tal forma que não se pode invocar o jus postulandi das partes.
Características:
Interposto para o STF: ainda que o TST possa se manifestar sobre matéria constitucional, nada impede da mesma matéria ser levada ao STF.
Juízo de admissibilidade no TST: fica a cargo do vice-presidente do TST, por delegação que recebe do presidente.
Prazo de 15 dias: como não é um recurso trabalhista, seu prazo é de 15 dias.
Decisões em única ou última instância: decisão da vara em dissídio de alçada, que se dá naqueles casos do rito sumário com valor de até 2 salários mínimos, como é decisão de única instância, cabe recurso extraordinário.
O julgamento de embargos no TST, como são em última instância, contra eles cabe recurso extraordinário.
Repercussão geral — art. 102, §3º, CR/1988 e arts. 1.031 a 1.041, CPC
Prequestionamento: a matéria não pode ser inédita, ou seja, já deve ter sido suscitada para que o tribunal se manifeste a seu respeito e, a partir disso, haja substrato para indicar o desrespeito à lei ou entendimento prevalente.

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