Buscar

MONOGRAFIA IEDUCARE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 58 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
FACULDADE IEDUCARE 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PROJETO DE SISTEMA 
DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDGAR AUGUSTO DA GAMA GÓES 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE SOBRE REGULAMENTAÇÃO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO 
DO HOSPITAL REGIONAL PÚBLICO DO MARAJÓ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Breves – Pará 
2018 
 
 
 2 
 
FIED- FACULDADE IEDUCARE 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PROJETO DE SISTEMA 
DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO. 
 
 
 
 
 
 
 
EDGAR AUGUSTO DA GAMA GÓES 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE SOBRE REGULAMENTAÇÃO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO 
DO HOSPITAL REGIONAL PÚBLICO DO MARAJÓ 
 
 
 
 
 
Projeto de Pesquisa apresentado como requisito 
para a obtenção do Certificado de Especialista em 
projeto de sistema de prevenção contra incêndio e 
pânico apresentado à coordenadora acadêmica 
do Instituto Ieducare. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Breves – Pará 
2018 
 
 
 
 3 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDGAR AUGUSTO DA GAMA GÓES 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE SOBRE REGULAMENTAÇÃO CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO 
DO HOSPITAL REGIONAL PÚBLICO DO MARAJÓ 
 
 
 
Data da defesa: ____/____/______ 
Conceito: _____ 
 
 
 
 
 
_________________________________________________ 
Orientadora: Prof. Msc. Carlos Alberto Ferreira de Castro 
Instituição 
 
 
 
 
__________________________________ 
Prof. Dr. 
Instituição 
 
 
 
 
__________________________________ 
Prof. Dr. 
Instituição 
 
 
 
 
 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dedico este trabalho 
 
 A meu Pai, Arthur Furtado Góes (in 
memoriam), grande guerreiro, enfrentou 
grandes batalhas, que apesar da falta de 
instrução, sempre me fortaleceu e me 
ensinou a superar grandes dificuldades, е 
que para mim sempre será o meu grande 
herói. 
 A Minha mãe, Raimunda Alves da 
Gama (in memoriam) pela educação, 
ensinamentos, princípios e valores, que 
sempre se dedicou para que eu lutasse e 
conquistasse os meus sonhos, minha 
eterna heroína, sempre me deu apoio nas 
horas de dificuldade, desânimo e cansaço; 
 
 
 
 
 5 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 Agradeço a Deus, o Grande Arquiteto do Universo, por ter me dado saúde 
e força e ter superado as dificuldades, permitindo que tudo isso acontecesse na 
minha vida. 
 Agradeço minha esposa Jaqueline Silva, minhas filhas: Aline Caroline, 
Jamilly Beatriz e Emilly Larissa por terem compreendido minha ausência no seio 
familiar e terem me dado apoio para conquista deste sonho, tudo em prol da nossa 
felicidade. 
 Aos professores por terem proporcionado conhecimento, não apenas 
racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da educação no processo de 
especialização profissional, que se dedicaram а mim e aos meus colegas de turma, 
não somente por terem me ensinado, mas por terem me feito aprender. А 
palavra mestre, nunca fará justiça aos professores dedicados aos quais sem 
nominar terão os meus eternos agradecimentos. 
 Aos Meus irmãos: Telma Gama, Tânia Gama, Cecile Góes, Diego Gama e 
Andrey Gama, pela incentivo e apoio. 
 Agradeço meu orientador, Professor Carlos Alberto Ferreira de Castro, pela 
paciência, apoio e confiança. 
 A Universidade IEDUCARE, seu corpo docente, direção е administração que 
oportunizaram а janela que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela 
acendrada confiança no mérito е ética aqui presentes. 
 Aos amigos Luiz Arthur, Francisco Júnior, Atila Portilho, Marcelo Alfaro e 
Josafá Varela, companheiros de trabalhos е irmãos na amizade que fizeram parte 
da minha formação е que vão continuar presentes em minha vida pelo grau de 
amizade e companheirismo. 
 A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, о meu 
muito obrigado, que Deus abençoe sempre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
LISTA DE GRÁFICOS/FIGURAS 
 
Gráfico 1...............................................................................................................26 
Gráfico 2...............................................................................................................27 
Gráfico 3 ..............................................................................................................34 
Gráfico 4…...........................................................................................................36 
Gráfico 5 ..............................................................................................................37 
Gráfico 6. .............................................................................................................38 
Gráfico 7 ..............................................................................................................39 
Gráfico 8. .............................................................................................................40 
Gráfico 9. .............................................................................................................41 
Gráfico 10 .............................................................................................................42 
Gráfico 11..............................................................................................................43 
Gráfico 12..............................................................................................................44 
Gráfico 13..............................................................................................................45 
Gráfico 14 .............................................................................................................46 
Gráfico 15..............................................................................................................47 
Gráfico 16..............................................................................................................48 
Gráfico 17..............................................................................................................49 
Gráfico 18..............................................................................................................51 
Gráfico 19..............................................................................................................52 
Gráfico 20..............................................................................................................53 
Figura 1 ................................................................................................................29 
Figura 2.................................................................................................................29 
Figura 3 ................................................................................................................31 
Figura 4 ................................................................................................................31 
Figura 5 ................................................................................................................32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
 
RESUMO 
No Brasil há um grande histórico de incêndios tanto em ambientes públicos quanto 
em privados. Diante disso, é alarmante a necessidade de um preparo adequado 
para os funcionários saberem como agir em situações de emergências como estas. 
O objetivo geral deste trabalho é: avaliar o Hospital Regional Público do Marajó no 
que diz respeito àutilização da regulamentação contra incêndio em 
estabelecimentos assistenciais de saúde no Brasil. Para alcançar este objetivo, 
foram traçados os seguintes propósitos a nível específico: conhecer o espaço físico 
do Hospital Regional Público do Marajó. A pesquisa é baseada em análise 
bibliográfica, e exploratória, fundamentada nas descrições do Relatório 
Consubstanciado (2016) do HRPM. Utilizaremos as normas da Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária - Segurança contra Incêndios em Estabelecimentos 
Assistenciais de Saúde- (2014), visando realizar um comparativo das normas 
estabelecidas pela Anvisa e as empregadas no espaço hospitalar em questão. Da 
mesma forma, serão utilizados os trabalhos de Gomes (2014), pois os Projetos de 
Prevenção e combate ao incêndio serão muito úteis para compreender a 
importância das análises e (re) organizações mitológicas para prevenir e combater 
casos de sinistro. Da mesma forma, Fernandes (2010), na obra Engenharia de 
Segurança Contra Incêndio e Neto (1995), Seito (2008), com Sobre a segurança 
Contra Incêndio no Brasil. A presente inquirição se apresenta dividida em três 
capítulos, onde serão discutidas as leis da segurança contra incêndio dentro do 
contexto histórico. O segundo capítulo destina-se a apresentar as leis contra 
incêndio no Brasil. Já o terceiro capítulo é o resultado da pesquisa e posteriormente 
temos as considerações finais. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Incêndio, Segurança e Prevenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................10 
2.A SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS EM ESTABELECIMENTOS 
ASSISTENCIAIS DE SAÚDE NO CONTEXTO HISTÓRICO................................12 
3. REGULAMENTAÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM ESTABELECIMENTO 
ASSITENCIAL DE SAÚDE NO BRASIL...............................................................17 
3.1.O HOSPITAL REGIONAL PÚBLICO DO MARAJO.......................................24 
3.2 .O ESPAÇO FÍSICO DO HOSPITAL REGIONAL PÚBLICO DO AMRAJÓ E A 
REGULAMENTAÇÃO CONTRA INCÊNDIO EM ESTABELECIMENTOS 
ASSITENCIAIS DE SAÚDE..................................................................................25 
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................54 
5.REFERÊNCIAS..................................................................................................57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
1. INTRODUÇÃO 
 No Brasil há um grande histórico de incêndios tanto em ambientes 
públicos quanto em privados. Há um número considerável de reportagens sobre, 
como, o grande incêndio no edifício Joelma em 1974 na capital paulista deixando 
mais de 180 mortos; e mais recentemente em 2000, em Uruguaiana, no Rio Grande 
do Sul, um curto-circuito em um aquecedor incendiou uma creche, vitimando doze 
crianças entre 2 e 4 anos e duas funcionárias da escola.1 Diante disso, é alarmante 
a necessidade de um preparo adequado para os funcionários saberem como agir 
em situações de emergências como estas. 
Em estabelecimentos assistenciais de saúde, como os hospitais, é norma 
amparada por lei que estes disponham de equipamentos adequados para combater 
e prevenir a ocorrência de um possível incêndio. Pois, do contrário, colocaria em 
risco a vida de todos os seus ocupantes, em especial a dos pacientes. 
Partindo desta inferência, o tema a ser trabalhado neste projeto é A 
Regulamentação contra incêndio no Hospital Regional Público do Marajó. É 
importante destacar que este projeto surgiu a partir da observação feita em uma 
visita a trabalho no hospital Regional Público do Marajó. 
Notou-se a grande complexidade do hospital, com mensurado em cerca de 
8.000 metros quadrados2 e considerável número de leitos, o que torna preocupante 
caso um possível incêndio ou explosão no local venha a ocorrer. Diante disso 
questionou-se o seguinte problema: será que o Hospital Regional Público do Marajó 
utiliza a regulamentação de segurança contra incêndio em estabelecimentos 
assistenciais de saúde no Brasil? 
O objetivo geral deste trabalho é: avaliar o Hospital Regional Público do 
Marajó no que diz respeito à utilização da regulamentação contra incêndio em 
estabelecimentos assistenciais de saúde no Brasil. Para alcançar este objetivo, 
foram traçados os seguintes propósitos a nível específico: conhecer o espaço físico 
do Hospital Regional Público do Marajó, no que diz respeito à aplicação da 
regulamentação contra incêndio em estabelecimentos assistenciais de saúde no 
Brasil; Analisar os dados coletados com os regulamentos de segurança contra 
 
1 Dado retirado do site Exame Abril. Disponível em: http://exame.abril.com.br/brasil/os-maiores-
incendios-no-brasil/. Acessado em 24 de setembro, às 13:29 horas. 
2 Dado retirado do Projeto de proteção contra incêndio homologado pelo corpo de Bombeiros Militar do 
Estado do Pará, através do protocolo sisgat nº 29823. 
 
 
 10 
 
incêndio no Brasil, juntamente com as sugestões de alguns autores renomados da 
área; Identificar possíveis formas para melhorar a segurança do Hospital Regional 
Público do Marajó no que tange ao plano contra incêndio. 
A pesquisa é baseada em análise bibliográfica, e exploratória, fundamentada 
nas descrições do Relatório Consubstanciado (2016) do HRPM. O relatório 
descreve a realidade do hospital e sua praticas diárias. Utilizaremos as normas da 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Segurança contra Incêndios em 
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde- (2014), visando realizar um comparativo 
das normas estabelecidas pela Anvisa e as empregadas no espaço hospitalar em 
questão. 
Da mesma forma, serão utilizados os trabalhos de Gomes (2014), pois os 
Projetos de Prevenção e combate ao incêndio serão muito úteis para compreender 
a importância das análises e (re) organizações mitológicas para prevenir e 
combater casos de sinistro. 
Da mesma forma, Fernandes (2010), na obra Engenharia de Segurança 
Contra Incêndio e Neto (1995), Seito (2008), com sobre a segurança Contra 
Incêndio no Brasil, se configuram como elementos indispensáveis para a 
construção e comparação das informações obtidas. 
Ademais, também serão instrumentos de pesquisa artigos de periódicos 
virtuais, fotografias e sites na internet dos órgãos competentes que abrangem os 
assuntos abordados no trabalho e etc, a fim de auxiliar no desenvolvimento do 
trabalho. 
A presente inquirição se apresenta dividida em três capítulos. O primeiro é 
intitulado “A segurança contra incêndios em estabelecimentos assistenciais de 
saúde no contexto histórico”, onde serão discutidas as leis da segurança contra 
incêndio dentro do contexto histórico. 
O segundo capítulo, denominado “Regulamentação contra incêndios em 
estabelecimentos assistenciais de saúde no Brasil”, destina-se a apresentar as leis 
contra incêndio no Brasil. Já o terceiro capítulo é nominado com sua funcionalidade: 
“Resultados da pesquisa” e posteriormente temos as considerações finais. 
 
 
 
 
 11 
 
2. A SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS EM ESTABELECIMENTOS 
ASSISTENCIAIS DE SAÚDE NO CONTEXTO HISTÓRICO 
A história da relação do homem com o fogo remonta a pré-história e, entre 
narrativas de temor e veneração, (o fogo) é um dos muitos elementos da natureza 
que fazem parte do cotidiano humano. Seu controle e prevenção dependem de 
condições circunstanciais já que, em situações favoráveis, o fogo / incêndio - de 
pequena ou grande proporção -, pode ocorrer em qualquer espaço físico. Deacordo 
com a gênese da segurança contra incêndio, há registros em várias partes do 
mundo, nas mais variadas épocas. Segundo Menezes (2007), há registros na China 
em 564 a.C., na Roma antiga. Os hebreus no Século X a.C, efetuavam rondas com 
intuito de alarmar o povo em caso de incêndio. No Século XVII a.C. na Babilônia, 
o imperador Hamurabi criou um código de leis, para prevenção e intervenção em 
casos de incêndios, sendo que alguns destes vigoram até hoje. Em documentos 
históricos consta que o primeiro corpo de bombeiros funcionou em Roma no 
primeiro século antes de Cristo, organizado no ano 22 a.C. pelo Imperador Otávio 
Augusto (2) (27 a.C. a 14 a.C.). No Brasil, o embrião da preocupação em relação 
ao combate de incêndios chegou com os portugueses e os “vigias do fogo” que 
tinham a missão de combater incêndios nas embarcações que eram feitas de 
madeira. 
A origem do fogo está diretamente relacionada com a origem do homem, no 
início dos tempos ao bater uma pedra contra outra, gerava uma faísca que, 
junto a gravetos, iniciava uma fogueira a fim de se aquecer, cozer alimentos 
e mesmo iluminar a escuridão. 
O homem controlava o fogo para uso próprio, no entanto não controlava o 
fogo que vinha de relâmpagos e vulcões, e este sempre foi um desafio do 
homem durante milhares de anos, mesmo porque, esses fenômenos eram 
associados à ira dos deuses, verdadeiro castigo do céu, sendo, portanto, o 
fogo venerado na antiguidade. 
 Ao dominar e controlar o fogo o homem subsistia, e quando fora de seu 
controle havia inúmeras perdas de vidas e de propriedades devido a 
incêndios. (FERNANDES, 2010, p. 11) 
 
Historicamente, o Brasil possui registro de incêndios de grandes proporções 
marcados tanto pela destruição material quanto pelo número de mortes. A proporção 
das perdas evidencia o quanto a ausência de um plano contra incêndio facilita a 
destruição material e humana diante de um caso de sinistro, visto tragédias como a 
do Gran Circus Norte-Americano, que, durante de passagem pelo Rio de Janeiro em 
1961, matou 503 pessoas, onde 70% eram crianças. Em São Paulo duas tragédias 
 
 
 12 
 
marcaram a história do país: o incêndio no edifício Andraus em 1972, e o no edifício 
Joelma em 1974. O incêndio no edifício Andraus fez 336 feridos e 16 mortos, o 
incêndio do edifício Joelma resultou em 179 mortos. Já no Rio de Janeiro, houve o 
Incêndio no edifício Andorinhas, com 20 mortos. Em Santa Maria, cidade do Rio 
Grande do Sul, no ano de 2013, houve a tragédia na boate Kiss, com 231 mortos, 
registrada como a segunda maior tragédia do país. 
Segundo Seito et al (2008), as mudanças que contribuíram para a mobilidade 
social em relação às condições de segurança surgiram conforme incidentes e 
necessidades foram aparecendo, todas motivadas por ocorrências e desastres 
relacionados as chamas. Em virtude disso, no decorrer dos últimos anos, notou-se 
uma enorme preocupação por parte dos órgãos de segurança - e em especial o 
corpo de bombeiros -, acerca da estrutura da segurança de alguns 
estabelecimentos. A preocupação está, evidentemente, relacionada à finalidade de 
transmitir conceitos e conhecimentos fundamentais sobre o controle e o combate 
aos incêndios e suas consequências, bem como as soluções para minimizar o risco 
e as decorrências de um eventual incêndio, auxiliando na definição de parâmetros e 
requisitos de segurança sobre o tema. 
O Brasil, apesar de levantamentos estatísticos sofríveis, é o segundo país do 
mundo em número de vítimas de incêndios. Cabe salientar, todavia, que os 
dados estão, quase que na totalidade, restritos às chamadas dos corpos de 
bombeiros. Como só 5 % dos municípios possuem grupamentos de incêndio 
é possível perceber a subinformação que prejudica os dados oficiais 
disponíveis. (Neto, 1995, p. 13) 
Como verificado, muitos ângulos da história registram a preocupação com 
o combate e o controle de casos de sinistro relacionados a incêndio. Todos os 
registros até aqui encontrados apresentam a necessidade de lidar com o fogo e a 
importância de compreender as especificidades relativas aos casos onde a 
ocorrência representa riscos ao patrimônio e à vida. É preciso pensar a realidade 
e as possibilidades a partir desses espaços que são bastante frequentados, tanto 
por pacientes e seus acompanhantes, quanto pelas pessoas que trabalham no 
local. Diante do exposto faz-se necessário dar assistência a esses espaços sociais 
no sentido de prevenir incêndios para resguardar patrimônio material e as vidas 
nele abrigadas. 
 
 
 
 
 
 13 
 
Preponderantemente em estabelecimentos dessa natureza, há de se 
considerar que os problemas de saúde em si, bem como os problemas de 
mobilidade, podem dificultar drasticamente que grande parte dos pacientes 
consiga, sem auxílio, abandonar a edificação em caso de incêndio e, 
portanto, deve-se trabalhar incansavelmente na prevenção desse risco, no 
treinamento dos colaboradores e em equipar essas edificações com meios 
eficazes de resposta (ex.: medidas de proteção ativas) para a eventualidade 
da ocorrência de um incêndio (AHRENS, 2003 apud ANVISA, 2014, p. 11). 
 
A melhoria das condições de segurança contra incêndios deve-se 
principalmente à elaboração de medidas de prevenção e proteção. 
Compreende-se por medida de prevenção qualquer ação destinada a minimizar os 
riscos de ocorrência de incêndios e dentre outras coisas, tais como: Redução das 
fontes de ignição (chamas, superfícies aquecidas, fagulhas, centelhas e arcos 
elétricos), arranjos e construções físicas normalizadas, conscientização e 
manutenção preventiva, e fornecimentos de cursos de capacitação de profissionais 
que trabalham nesse espaço caso ocorra incêndios. No tocante a medidas de 
proteção a incêndios, pode-se conceituar como aquelas destinadas a diminuir suas 
consequências, limitando o seu crescimento, sua propagação para outros 
ambientes e propiciando condições adequadas para o controle das chamas, sua 
extinção e até mesmo sua auto extinção. Essas medidas podem ser subdividas em 
duas categorias a proteção passiva e ativa (ANVISA, 2014). 
Anualmente no Brasil, ocorrem mais de 267.000 incêndios que equivalem a 
700 ocorrências por dia em todo o território nacional, sendo que essas mesmas 
ocorrências custam a vida de cerca de 1.000 pessoas por ano (idem). No caso dos 
hospitais, um incêndio de alta proporção, ou simplesmente um estado de pânico 
generalizado, pode significar risco de morte para grande parte dos ocupantes de 
forma que coloca em risco a saúde dos presentes no interior da edificação, 
principalmente os pacientes situação é mais delicada. A partir desses anseios é de 
suma importância que os planejadores tenham os insumos mínimos do processo 
de prevenção de incêndios. Isto, sem dúvida, se reveste da mais alta importância 
quando o seu objeto específico é uma categoria claramente singular da atividade 
humana. 
Uma posição de destaque em razão das peculiaridades e 
características das pessoas atendidas. As atividades dos 
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde estão voltadas para uma 
coletividade limitada nas faculdades físicas e mentais. Condição 
derivada do estado de saúde ou da faixa etária. Situação onde se 
rebaixa ou anula a capacidade individual de responder 
 
 
 14 
 
adequadamente às difíceis circunstâncias provocadas pela ocorrência 
de um sinistro. 
Esta ocasião desfavorável incide, de maneira especial, em um dos 
aspectos essenciais da proteção dos edifícios e pessoas: A 
EVACUAÇÃO. Neste sentido existe consenso internacional de que 
determinados estabelecimentos de saúde, entre eles alguns hospitais, 
são praticamente inevacuáveis. 
Consequentemente a necessidade de enfatizar a prevenção e a 
proteçãomais que qualquer outro pressuposto, passa a ter 
importância dobrada. A perspectiva de adotar, no planejamento dos 
EAS, todas as precauções possíveis para tratar de impedir a 
ocorrência do incêndio, PREVENÇÃO, ou controlar seu 
desenvolvimento, PROTEÇÃO, são um imperativo. (LUIZ NETO, 
1995, p. 17) 
A genealogia da segurança contra incêndios em estabelecimentos 
assistências de saúde não pode ser vista sem o contexto histórico da formação de 
grupos cuja função era prevenir e conter casos de sinistro. O risco e a decorrência 
de um eventual incêndio necessitam de treinamento de usuários, de projetistas, de 
trabalhadores dos mais diferentes espaços e como tratamos de locais que lidam 
com a saúde. O contexto exige um conjunto de orientações sobre prevenção e 
combate a incêndios em ambientes como hospitais, onde deve ser elencada a 
importância dos pacientes e seus acompanhantes nas ocorrências de 
treinamentos. Deste modo, todos devem estar preparados para casos de sinistro 
com metodologias de prevenção do início do incêndio, prevenção do rápido 
crescimento do incêndio, com adequação e conhecimento dos meios de escape 
para os ocupantes. Sem deixar de mencionar que os ambientes devem ser 
projetados com divisão dos espaços internos para prevenir a propagação irrestrita 
do incêndio, instalações para controle de incêndio na edificação, além de um 
sistema de brigadas de incêndio para salvamento e controle do incêndio. Para 
Fernandes (2010), historicamente, a sociedade sempre atuou na forma de 
responder a grandes catástrofes e sinistros, mas nunca agindo de forma preventiva, 
sendo assim, foi/é necessários pensar a concretizar a prevenção do ponto em que 
é importante atuar na anticoncepção das causas de um problema e não na solução 
da dificuldade. 
A análise da segurança contra incêndios em estabelecimentos assistências 
de saúde no contexto histórico deve considerar sempre as influencias que levaram 
a sociedade e as instituições a se preocupar e a planejar a prevenção para que 
tragédias não se repitam. 
 
 
 15 
 
Chegamos então ao Hospital Público Regional (HPRM) do Marajó em 
Breves-Marajó-Pará, onde esse trabalho se enfatiza. 
O Hospital Regional do Marajó (HRM) foi inaugurado em setembro de 2009 e 
atende pacientes dos municípios de Anajás, Bagre, Breves, Curralinho, 
Gurupá, Melgaço e Portel. O HRM é administrado pelo Instituto Nacional de 
Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), uma organização social 
qualificada pela Secretaria Estadual de Saúde (SESPA). Oferece consultas 
em Clínica Médica, Pediatria, Cardiologia e Oftalmologia, e exames em 
análises clínicas, radiologia, ultrassonografia, mamografia, eletrocardiografia, 
endoscopia, tomografia, ergometria e ecocardiografia. Possui 50 leitos 
clínicos e 17 de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), além de 4 salas de 
cirurgia. Em média, são feitas cerca de 250 internações por mês. (SALERA 
JÚNIOR, 2013, p. 10) 
O Hospital Público Regional do Marajó é uma unidade hospitalar de média e 
alta complexidade, inaugurado em 25 de Setembro de 2010. Os seus trabalhos de 
atendimentos ambulatoriais atendem os municípios de: Breves, Anajás, Bagre, 
Curralinho, Gurupá, Melgaço, Portel e demais poluções ribeirinhas. 
De acordo com o IBGE (2010, apud Caetano (2013), o Município de Breves 
tem extensão territorial de 9.550,474 km2 e está localizado ao sudoeste da ilha do 
Marajó, Estado do Pará. A sede do Município situa-se à margem esquerda do Rio 
Parauaú, distante 160 km em linha reta de Belém, tendo como principal forma de 
acesso o transporte fluvial, com duração média de 12h de viagem para a capital do 
Estado, Belém, e por via aérea em até 45 minutos de duração. A posição geográfica 
da cidade e a distância da capital já foram subsidiárias de dificuldades na hora de 
prestar socorro em casos de tragédias incendiarias presentes na memória da 
sociedade brevense. 
Há muitas destas ocorrências na cidade de Breves. Entretanto, o corpo de 
bombeiros só foi fixado na cidade do ano de 2009, já que, um ano antes, um 
incêndio que começou por volta das 4h, em uma mercearia no centro comercial da 
cidade. As chamas alcançaram uma vila de casas de madeira, que foram 
completamente destruídas. O fogo foi controlado pelos próprios moradores, porque 
o município, até então, não tinha quartel do Corpo de Bombeiros. 
Não há registro de casos de sinistro em nenhuma das unidades de saúde 
presentes no município de Breves. Todavia, a necessidade um planejamento de 
combate é necessário, pois os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) 
estão frequentemente em transformação em razão de novos conhecimentos 
obtidos por médicos e o desenvolvimento de novas tecnologias no campo da 
medicina, o que também deve levar em consideração a demanda populacional que 
 
 
 16 
 
é atendida. Assim, os projetos contra incêndio no ambiente construído devem ser 
pensados desde a construção do patrimônio à organização de brigadas, 
treinamentos, rotas de fuga, elementos de proteção e etc. Vale ressaltar que os 
EAS comportam equipamentos eletrodomésticos sofisticados e que exigem 
instalações complexas e serviços de manutenção constantes. Esses fatores 
contribuem significativamente para um elevado risco de incêndios nesse tipo de 
edificações, porém esse risco pode ser amenizado a partir de medidas de controles 
adequados, pois ao mesmo que as constantes intervenções fragilizam o sistema 
de segurança contra incêndios das edificações, representam também uma 
excelente oportunidade de implementar ou ainda medrar a segurança contra 
incêndios nesses ambientes como propõe a ANVISA. 
 
3. REGULAMENTAÇÃO CONTRA INCÊNDIOS EM ESTABELECIMENTOS 
ASSISTENCIAIS DE SAÚDE NO BRASIL 
Devido à ocorrência de casos de sinistro, surgiram preocupações em relação 
a prevenção, controle e combate em casos de incêndio, principalmente pelos 
órgãos de segurança pública, como o corpo de bombeiros. Os já mencionados 
acidentes ocorridos nos mais variados espaços sociais, como em 2013, na boate 
Kiss3, - engendraram um novo olhar acerca da fiscalização e da construção dos 
espaços. O prédio, no dia da tragédia que marcou o país, não ofereceu 
possibilidade de fuga às pessoas do recinto e a tragédia, evidentemente abriu 
portas para que a fiscalização fosse repensada e intensificada. Para NETO (1995) 
e Seito et al (2008) o planejamento é uma ação de grande responsabilidade porque 
um diagnóstico, mesmo que simplificado, pode garantir a segurança em um 
incêndio tanto das edificações quanto das vidas presentes no espaço dela. 
O problema é cultural e a formação dos planejadores não escapou à 
influência do meio. O país assiste com frequência, especialmente no meio 
urbano em expansão, a perdas de vidas e enormes prejuízos econômicos. 
Ainda assim, a sociedade não produziu uma política de proteção contra 
incêndios. 
A segurança dos núcleos urbanos, de acordo com os órgãos internacionais 
de seguro, depende: 
• 35 % das entidades de defesa civil; 
• 35 % do sistema de abastecimento de águas; e 
• 30 % do planejamento e normas preventivas. 
Cada um desses segmentos exige a preparação de profissionais a altura de 
tamanhas responsabilidades. Isto, de forma articulada e complementar, ainda 
 
3 Ver segundo parágrafo do capítulo anterior. 
 
 
 17 
 
não aconteceu no Brasil. A disfunção existente entre os diversos órgãos que 
atuam em defesa da população é o maior indicador deste atraso que só 
agora, lentamente, vem sendo alterado. De um parágrafo na portaria nº 400 
do Ministério da Saúde de 04.12.77, a este capítulo, novas exigências 
surgiram. Paradoxalmente, agora, as soluções ora referenciadas têm maiores 
oportunidadeseconômicas de serem incorporadas ao processo de 
planejamento. (LUZ NETO, 1995, p. 18-19) 
Considerando a questão cultural de formação e planejamento, é de suma 
importância confiabilizar as condições necessárias e participativas das esferas 
competentes à formação, planejamento, organização e fiscalização dos espaços 
sociais – neste caso, os da saúde. 
Espaços como o Hospital Regional Público do Marajó, merecem atenção 
especial uma vez que lidam com um grande número de pessoas diariamente. No 
Município de Breves, os Hospitais Regionais Públicos do Marajó, por exemplo, 
contêm 440 colaboradores – entre médicos, equipes de enfermagem, setor 
administrativo, serviço de apoio e demais componentes. De acordo com o Relatório 
Consubstanciado de Atividades (2016), além do número de funcionários, há o 
percentual diário de usuários, além da presença de diversos produtos inflamáveis 
no ambiente. Diante do exposto, faz-se necessário dar assistência a esses 
importantes espaços sociais no sentido de expor as regulamentações contra 
incêndios nesses espaços. 
Os mencionados estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) estão 
frequentemente em transformação em razão de novos conhecimentos obtidos por 
médicos e o desenvolvimento de novas tecnologias no campo da medicina e a 
obtenção de novos saberes também podem transformar os projetos contra incêndio 
e o ambiente construído. Vale ressaltar que os EAS comportam dispositivos 
eletroeletrônicos sofisticados que exigem instalações complexas e serviços de 
manutenções constantes. Fatores dessa natureza contribuem significativamente 
para um elevado risco de incêndios nesse tipo de edificações, principalmente os 
relacionados a fenômenos termoelétricos, porém o risco pode ser amenizado a 
partir de medidas de controles adequados, pois ao mesmo tempo em que 
constantes intervenções fragilizam o sistema de segurança contra incêndios das 
edificações, representam também uma excelente oportunidade para programar ou 
ainda ampliar a segurança contra incêndios nesses ambientes (ANVISA, 2014). 
Neste cenário, naturalmente surge o aumento dos riscos de incêndio dentre 
outros, com a necessidade de reação da sociedade frente a estes riscos. 
Devido à falta de infraestrutura de nosso país para reagir a algumas 
necessidades, este crescimento desenfreado e por vezes desestruturado no 
 
 
 18 
 
que tange a segurança contra incêndios, faz com que tenhamos que melhorar 
a regulamentação preventiva contra incêndio, melhorar os equipamentos de 
segurança contra incêndio e principalmente investir na formação dos 
engenheiros, arquitetos, bombeiros, técnicos e na educação da população no 
que tange à segurança contra incêndio e pânico. (FERNANDES, 2010, p. 12) 
 
A melhoria das condições de segurança contra incêndios deve-se 
principalmente a elaboração de medidas de prevenção e proteção. 
Compreende por medida de prevenção qualquer ação destinada a minimizar 
os riscos de ocorrência de incêndios e dentre outras coisas, tais como: Redução 
das fontes de ignição (chamas, superfícies aquecidas, fagulhas, centelhas e arcos 
elétricos), arranjos e construções físicas normalizadas, conscientização e 
manutenção preventiva, e fornecimentos de cursos de capacitação de profissionais 
que trabalham nesse espaço, deixando-os preparados para intervir em caso 
incêndios. Já no que diz respeito a medidas de proteção a incêndios, pode-se 
conceituar como aquelas destinadas a diminuir os impactos causados por 
incêndios, limitando o seu crescimento, sua propagação para outros ambientes e 
propiciando condições adequadas para o controle das chamas, sua extinção e até 
mesmo sua auto extinção. 
De acordo com (Seito et al., 2008, apud Anvisa, 2014), os incêndios e suas 
ocorrências não se assemelham porque as características de cada incêndio são 
determinadas por diversos fatores que dependem da forma geométrica e 
dimensões da área atingida, da superfície específica dos materiais combustíveis 
envolvidos e etc. 
No Brasil, há uma diversidade de leis, decretos, instruções técnicas e 
portarias sobre prevenção e controle dos casos de sinistro, tanto em nível federal e 
estadual e municipal. Cabe aos decretos estaduais com parâmetros e exigências 
acerca das edificações corresponderem às necessidades que satisfazem à 
segurança e às condutas que devem ser seguidas nos casos de sinistro. Portanto 
é importante realizar estudos, fiscalizar, fazer as alterações necessárias e a 
manutenção. 
Além dos fatores citados, o arquiteto e os técnicos que trabalham na 
execução e/ou elaboração de projetos devem permitir a perfeita 
compreensão, utilização e manutenção da segurança do EAS. Para 
tanto, devem consignar em memoriais descritivos, peças gráficas, 
fotografias e disquetes as informações necessárias para a revisão e 
utilização futura do sistema. Tais informações, por exemplo, devem 
ser acessadas pelos bombeiros no hall de entrada principal do EAS. 
 
 
 19 
 
Lá deve existir um armário privativo com estes dados atualizados 
periodicamente e a inscrição: Emergência-Privativo do Corpo de 
Bombeiros. (LUZ NETO, 1995, p. 64) 
No país não existe um documento unificado sobre tais procedimentos, 
resultando em fator negativo para a prevenção contra incêndios no Brasil, abrindo 
muitas brechas para interpretações, o que termina levando a erros e, 
consequentemente, a maiores riscos e o cenário a partir do contexto exige que os 
profissionais da área estejam, frequentemente, em atualização de estudo e 
aprendizagem, sempre alerta às evoluções e tendo em mente que sempre será 
melhor prevenir do que remediar, esse fator pode ser uma das possíveis 
explicações dessa área possuir um mercado promissor e que estar em crescimento 
constante (GOMES, 2014). 
Os aspectos já apresentados sobre a segurança contra incêndios em 
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde podem ser tratados 
independentemente. Porém, pela forte influência mútua que já é 
possível perceber, é fundamental que componham um todo coerente. 
Por exemplo, existe uma forte relação entre: Manutenção da 
Estabilidade Estrutural e o Combate ao Incêndio. 
O tempo que a estrutura resiste ao fogo deve estar associada ao 
tempo necessário para controlar o incêndio através dos sistemas 
próprios de combate e da atuação dos bombeiros. Este tipo de 
consideração é mais um princípio dos códigos internacionais que não 
foi introduzido anteriormente por razões óbvias. (LUZ NETO, 1995, p. 
65) 
Seito (2008) apud Gomes (2014) resume o objetivo e a necessidade da 
evolução das normas, leis e técnicas de prevenção e combate a incêndios no Brasil. 
A preocupação tanto do poder Federal, quando do Estadual e Municipal tem ligação 
direta com o histórico de tragédias. No caso do município de Breves, onde está 
localizado o Hospital Regional Público do Marajó, o poder público “despertou” 
depois após o relatado incêndio que destruiu muitas casas e foi controlado pela 
população. Corpo de Bombeiros, fiscalização e aplicação de normas eram 
conceitos distantes, até então, do cotidiano brevense. Após esse caso de sinistro, 
o Corpo de Bombeiros foi fixado ao município e passou a fazer tanto a fiscalização 
quando trabalhos de prevenção. 
A localização do EAS, sua configuração e a população que o utiliza 
são fatores que influenciam diretamente na concepção de um sistema 
de segurança contra incêndio. Ao contrário do que parece, a definição 
do grau de exigência concernente à prevenção e proteção na 
edificação para saúde é mensurado a partir das condições 
urbanísticas e não da edificação isolada. 
 
 
 20 
 
[...] A situação e o entorno do EAS, desta forma, se revestem de 
especial importância para garantir o acesso de ajuda externa e do 
controledo pânico. Adicionalmente para permitir a manutenção de 
suprimentos essenciais como água, luz e alimentos, mesmo nas 
situações mais críticas provocadas por um incêndio. A cooperação da 
vizinhança no caso de evacuação, trânsito de ambulâncias em 
emergências e situações semelhantes é fundamental. (LUZ NETO, 
1995, p. 35, 36) 
 
De acordo com Neto (1995), estabelecimentos assistenciais de saúde 
apresentam um conjunto de atribulações específicas do ponto de vista da proteção 
contra incêndios. E em virtude da necessidade e importância de preservar a vida, 
o patrimônio e o meio ambiente, a preservação da própria edificação, vários fatores 
não podem ser esquecidos como o estado físico de cada um dos pacientes, as 
limitações de locomoção dos pacientes e até mesmo de seus acompanhantes, 
possuir um plano de controle e combate a incêndios, proporcionar o treinamento 
regular e adotar procedimentos capazes de conferir auxilio as instituições de saúde 
na prevenção eficiente, na rápida evacuação do público e no rápido combate a um 
incêndio. O ambiente hospitalar deve dispor, além de um bom planejamento e 
treinamento de seus colaboradores diários, de rotas de fuga liberadas e bem 
sinalizadas, alarmes, luminárias de emergências, hidrantes em funcionamento e 
extintores de incêndio em validade, são as chamadas proteção ativa e passiva. Tais 
elementos viabilizam a preservação das vidas e do patrimônio material. 
[...] o “problema incêndio”, até início dos anos 70 do século passado, era visto 
como algo que dizia mais respeito ao corpo de bombeiros. 
A regulamentação relativa ao tema era esparsa, contida nos Códigos de 
Obras dos municípios, sem quaisquer incorporações do aprendizado dos 
incêndios ocorridos no exterior, salvo quanto ao dimensionamento da largura 
das saídas e escadas e da incombustibilidade de escadas e da estrutura de 
prédios elevados. 
O corpo de bombeiros possuía alguma regulamentação, advinda da área 
seguradora, indicando em geral a obrigatoriedade de medidas de combate a 
incêndio, como al provisão de hidrantes e extintores, além da sinalização 
desses equipamentos. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tratava do assunto por 
intermédio do Comitê Brasileiro da Construção Civil, pela Comissão Brasileira 
de Proteção Contra Incêndio, regulamentando mais os assuntos ligados à 
produção de extintores de incêndio. 
Inexistia, por exemplo, uma norma que tratasse de saídas de emergência. 
(SEITO et al, 2008, p. 23, 24) 
Dessa forma, é constatável que a avaliação e classificação de risco em 
decorrência do dano ao patrimônio eram as fontes reguladoras. Comprovando que 
não havia aprendizado decorrente dos grandes incêndios ocorridos nos EUA ou em 
outros países, abrindo espaço para uma sequência de tragédias históricas. 
 
 
 21 
 
Um incêndio pode ocorrer em virtude de muitas causas, 
contemporaneamente, considerando o estado tecnológico, um curto circuito numa 
instalação elétrica pode ser o foco de um. Ouro fator a ser considerado é o 
armazenamento de produtos de fácil combustão e ações humanas como fumantes, 
que podem abandonar bitucas de cigarros em locais vulneráveis a esses locais. Por 
isso a obra, a manutenção e a segurança patrimonial do complexo hospitalar e as 
vidas nele presentes, exigem preparo e planejamento necessário. O ambiente 
precisa estar equipado com detectores de fumaça, alarmes e brigadas de incêndio 
treinadas. 
Estabelecimento Assistencial de Saúde e quais são suas necessidades 
operacionais básicas. Com esse entendimento, a equipe multidisciplinar 
envolvida no projeto ou ainda na operação desse EAS deve projetar ou atuar 
de forma consciente e assertiva na definição do risco de incêndio tolerável 
tanto de forma geral, quanto de forma específica para a edificação em 
questão. Os níveis aceitáveis de risco, assim como o foco da análise de risco 
de incêndio para definição das medidas de segurança necessárias, devem 
estar baseados no seguinte tripé (Coté et al, 2002): 
1) Segurança à vida. 
2) Proteção do patrimônio. 
3) Continuidade dos negócios (operação do EAS). (ANVISA, 2014, p. 11) 
No caso do Hospital Regional Público do Marajó, existe um conjunto de 
normas que são fundamentadas em leis e regulamentações que foram instituídas 
de acordo com a história e as necessidades referentes aos casos de sinistro. 
Entretanto, por muito tempo os compostos da segurança deixaram de estar 
concretamente presentes, como é o caso do 11º Grupamento de Bombeiro militar, 
fixado na cidade de Breves somente no ano de 2009. 
No caso do município do EAS ser atendido por Corpo de Bombeiros Militar, 
sugere-se que seja realizada consulta formal quanto à possibilidade do 
abrandamento dos requisitos mínimos de altura, largura e peso definidos 
nessa seção em razão das viaturas efetivamente disponíveis para 
atendimento do EAS. Na ausência de Corpo de Bombeiros Militar, 
recomenda-se que sejam seguidos os parâmetros mínimos aqui 
estabelecidos. (ANVISA, 2014, p 34) 
No decorrer das últimas décadas, o desenvolvimento tecnológico produziu 
modificação no sistema construtivo brasileiro uma vez que o número elevado de 
instalações e equipamentos de serviço aumentou os riscos de incêndio, 
principalmente em áreas hospitalares, cuja estrutura e aparato tecnológico buscam 
não somente atender, mas primar pela qualidade e segurança dos pacientes. Esse 
fato leva em consideração a normatização que o Brasil apresentou em diversos 
avanços nas últimas décadas após as referidas catástrofes, quando se tornou 
 
 
 22 
 
assaz necessário garantir que situações de sinistro sejam prevenidas, combatidas 
e da forma mais organizada possível. As regulamentações objetivam refletir e 
acompanhar todo e qualquer tipo de evolução a ser introduzida, tanto no processo 
produtivo como no uso do edifício, contribuindo para a implantação efetiva de um 
sistema global de segurança contra incêndio. 
De acordo com dados levantados pela Secretaria Nacional de Segurança 
Pública do Ministério da Justiça34, somente cerca de 15% dos 5.565 
municípios brasileiros35 possuem bombeiros militares, deixando evidente a 
necessidade de investir-se em treinamento qualificado para que os próprios 
colaboradores dos EAS possam lidar com ocorrências de incêndio. (ANVISA, 
2014, p.70) 
Para Gomes (2014), ANVISA (2014) e Seito, Et al (2008), é a 
regulamentação que possibilita condições mínimas de segurança exigidas contra 
incêndios devem ser atendidas em todos os locais de trabalho e demais 
edificações. Os princípios atribuídos e seus critérios gerais de atuação objetivam 
garantir a aplicação dos regulamentos, pois a regulamentação tem, como via de 
regra, atender de forma igual os interesses da administração pública e dos 
consumidores e empresários. 
Para Gomes (2014), ANVISA (2014) e Seito, Et al (2008), é a 
regulamentação que possibilita condições mínimas de segurança exigidas contra 
incêndios devem ser atendidas em todos os locais de trabalho e demais 
edificações. Os princípios atribuídos e seus critérios gerais de atuação objetivam 
garantir a aplicação dos regulamentos, pois a regulamentação tem, como via de 
regra, atender de forma igual os interesses da administração pública e dos 
consumidores e empresários. 
Os comandos devem ser escritos de forma concisa e clara, visando a fácil 
compreensão e prática. Não deve trazer detalhes técnicos, como medida de 
prevenção e proteção contra incêndios, pois são objeto da normalização, que deve 
conter detalhes técnicos que providenciem a sustentação da regulamentação, 
contemplando, especialmente, as condições relativas ao projeto, 
fabricação/construção, instalação, funcionamento, uso, manutenção e avaliação 
dos dispositivos utilizados na garantia da segurança contraincêndio dos edifícios. 
Ao realizar uma analogia entre a regulamentação e a normalização, conclui-se que 
a normalização é também um resultado do consenso entre as partes envolvidas e 
os interessados na questão. As inspeções realizadas nas edificações e as possíveis 
avaliações dos seus projetos contra incêndios são de responsabilidade da atividade 
 
 
 23 
 
de fiscalização cujo objetivo é verificar o atendimento à regulamentação. O 
processo de fiscalização requer profissionais qualificados e vinculados de forma 
direta ou indireta ao corpo de bombeiros e à administração municipal, onde devem 
ser aptos a esclarecer questões técnicas e normas que não estão contidas em 
regulamentações. Vale ressaltar que a formação geral de trabalhadores também é 
um quesito importante, pois o risco de incêndio nos locais de trabalho é acentuado. 
Portanto conscientizar para a importância da prevenção e proteção contra incêndio, 
durante o uso do edifício, é um parâmetro educacional ligado à formação dos 
trabalhadores. Destacam-se também a importância da formação de responsáveis 
pela segurança contra o incêndio nas empresas e na formação de arquitetos e 
engenheiros especializados, capacitando para a área pessoal de nível superior. 
As ocorrências, mais frequentes de incêndio, tanto pequenas como 
grandes, são nas edificações residenciais, sendo que alguns 
exemplos de início de ignição verificam-se em: vazamento de gás de 
botijões com explosões, curtos-circuitos em instalações elétricas por 
excesso de carga, manuseio de explosivos e outros produtos 
perigosos em locais não adequados, esquecimento de ferro de passar 
roupa, fogões e eletrodomésticos ligados, entre outros. 
A prevenção de incêndio compreende uma série de medidas, tais 
como a determinada distribuição dos equipamentos de detecção e 
combate a incêndio, o treinamento de pessoal, a vigilância contínua, a 
ocupação das edificações considerando o risco de incêndio, a 
arrumação geral e a limpeza, visando impedir o aparecimento de um 
princípio de incêndio, dificultar a sua propagação, detectá-lo o mais 
rapidamente possível, e facilitar o seu combate ainda na fase inicial. 
No Brasil as perdas por incêndios em edificações têm aumentado em 
importância, visto que os sinistros vêm envolvendo cada vez maiores 
riscos, em face da urbanização brasileira. Com o consequente 
aumento dos riscos de incêndio, será necessário um investimento 
cada vez maior na área de segurança contra incêndio e pânico. 
(FERNANDES, 2010, P 13) 
O serviço prestado de combate a incêndios deve ser realizado unicamente 
por profissionais com treinamento adequado para minimizar o tempo de chegada 
ao local onde o fogo está instalado. Esses profissionais devem possuir amplo 
conhecimento sobre segurança contra incêndios e da sistemática de como estes 
têm início, se desenvolvem e se alastram, para que se realize a interrupção de sua 
evolução durante as fases iniciais do processo, reduzindo as perdas que poderão 
vir a ocorrer. 
 
 
 
 
 
 24 
 
3.1 O Hospital Regional público do Marajó 
Faz-se necessário explicar que todos os dados apresentados aqui são 
referentes ao site oficial do HRPM e da sua página da rede social Facebook. 
Ademais, também foram obtidos a partir da leitura de documentos como o Relatório 
Consubstanciado de Atividades de 2016 da Secretaria de Saúde Pública e dos 
dados coletados durante a pesquisa de campo deste trabalho. 
Consoante ao Relatório Consubstanciado de Atividades (2016, p. 01) da 
Secretaria de Saúde Pública, o Hospital Público Regional do Marajó é uma unidade 
hospitalar de média e alta complexidade, com 70 leitos, inaugurado em 25 de 2010, 
localizado no município paraense de Breves, Ilha em uma das ilhas que compõem 
o arquipélago do Marajó. 
A instituição é direcionada para atendimentos ambulatoriais e hospitalares 
de média e alta complexidade nas especialidades de clínica médica, cirurgia geral, 
obstetrícia de alto risco, neonatologia, pediatria, cardiologia, oftalmologia, traumato-
ortopedia, urologia, ginecologia oncológica, Mastologia, otorrinolaringologia e 
medicina intensiva, trabalhando integrado através da Central de Regulação do 
Estado do Pará, a todos os Municípios da sua área de abrangência (a saber, 
Breves, Anajás, Bagre, Curralinho, Gurupá, Melgaço e Portel). 
Ainda conforme o relatório é importante ressaltar que o hospital é 
administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano - 
(INDSH), Organização Social, qualificada pela Secretaria de Estado da Saúde do 
Pará para desenvolver as atividades e serviços de assistência à saúde no Hospital 
Regional do Marajó, teve seu primeiro Contrato de Gestão Nº 031/2010, renovado 
em setembro de 2017 através de aditivo contratual, originado do processo licitatório 
passado a vigorar através do Contrato de Gestão 038/2015, publicado no Diário 
Oficial Nº 33005 pag. 13. 
A estrutura do estabelecimento dispõe de leitos devidamente adequados, 
com o aparato tecnológico necessário para prover um atendimento de qualidade e 
segurança aos pacientes, sendo divididos da seguinte forma com as respectivas 
quantidades: leitos de internação (53) e leitos complementares (17). (Relatório... 
P.04). 
O hospital, que tem mais de oito mil metros quadrados, possui cinco 
ambulatórios. Este, por sua vez, oferece consultas em Clínica Médica, Cirurgia 
Geral, Cardiologia, Obstetrícia de Alto Risco, Pediatria e Neonatologia e Trauma-
 
 
 25 
 
Ortopedia, funciona vinte e quatro horas divido em turnos de trabalho, gera 
emprego para mais de trezentos colaboradores4, no seu quadro funcional possui 
médicos, enfermeiros, técnico de enfermagem, peritos, seguranças, funcionários 
da administração e equipe de manutenção e limpeza. 
 
3.2 O espaço físico do Hospital Regional público do Marajó e a regulamentação 
contra incêndios em estabelecimentos assistenciais de saúde no Brasil 
 A análise realizada a respeito da regulamentação contra incêndio e pânico do 
Hospital Regional Público da Região do Marajó, trabalhou com dados coletados 
através da observação de campo e realizou entrevistas, fez uso de formulários. Fora 
realizada a pesquisa de campo e observação cotidiana no Hospital Regional do 
Marajó, com diálogo frequente com os funcionários dos mais diversos setores do 
hospital. O trabalho, visão ampla das reais condições de lócus de pesquisa da 
temática e observação, foi realizada em sete dias, de forma que se configurou como 
suficiente para a observação com êxito. 
De acordo com Minayo (2009), a observação de campo consiste em fazer a 
coleta de dados, aproximando o pesquisador da realidade sobre a qual possui 
interesse, bem como manter interação com os atores que compõem a realidade, os 
fatos e fenômenos exatamente como ocorrem. Assim sendo, a coleta de dados utilizou 
entrevista com 10 colabores do hospital. Esses colaboradores estiveram, no momento 
da pesquisa, distribuídos em: 4 profissionais do setor da saúde, 4 funcionários do setor 
administrativos e 2 de serviços gerais. 
A pesquisa baseada em análise participativa, descritiva e exploratória, 
fundamentada na realidade vivencias pelos colaboradores cotidianos do hospital 
conforme o proposto iniciou com a pergunta: “Você tem conhecimento se os 
funcionários do HRPM disponibilizam o número do telefone de emergência do Corpo 
de Bombeiros de Breves e do comandante? ”. 
Do setor da saúde, entrevistou-se uma enfermeira e três técnicos de 
enfermagem. Ao responderem sobre a disponibilidade do número do telefone de 
emergência do Corpo de Bombeiros de Breves e do comandante, já que por motivo 
de força maior, o quartel não disponibiliza de um telefone de emergência padrão 193,4 Página oficial do Facebook do Hospital Regional Público do Marajó acessada às 20h40min de 
10/nov/2017. 
 
 
 26 
 
sim um telefone móvel, tanto a enfermeira quanto os técnicos responderam não ter. 
O auxiliar administrativo, um coordenador do HRPM, um técnico de segurança do 
trabalho e um porteiro também responderam “não”. Os únicos entrevistados a 
responder “sim”, confirmando que ter conhecimento e disponibilizar o telefone do 
Corpo de Bombeiros e do comandante, foi o eletricista e o assistente de departamento 
de pessoal. 
Gráfico 1: Conhecimento dos Contatos de telefones de emergência dos 
bombeiros 
 
Fonte: Do autor, 2018 
O acesso ao telefone ajuda a coordenar as ações de socorro a se 
desenvolver em situações de emergência. A negativação acerca do telefone do 
Corpo de Bombeiros ou comandante, na qualidade de elemento de acesso apontou 
que em caso de incêndio, há um percentual negativo em relação a prevenção, 
controle e combate de um princípio de caso de sinistro no HRPM uma vez que a 
primeira ordem é ligar para os bombeiros. Ao que foi informado, telefonistas, em 
caso de emergência dessa natureza, ligarão e emitirão o chamado, fazendo 
"ALERTA! INCÊNDIO". Visto isso os colaboradores deverão comunicar ao 
brigadista do setor para que o mesmo lhes dê instruções de como proceder ou 
venha a buscar as devidas instruções. 
Na pergunta 02, indagamos aos entrevistados se sabiam identificar as placas 
de sinalização de emergência de indicação de rota de fuga e a partir e como elas 
funcionam em meio à escuridão após o corte da energia elétrica. 
O HRPM possui placas sinalizadoras que indicam contra situações que a 
respeito de pontos que podem ocasionar e/ou que ocasionam incêndios. 
Transitando pelo prédio, é comum ver pelas paredes placas com alertar dizendo: 
20%
80%
1 - “Você tem conhecimento se os funcionários do HRPM disponibilizam o
número do telefone de emergência do Corpo de Bombeiros de Breves e do
comandante?”.
Sim Não
 
 
 27 
 
“proibido fumar”, “proibido produzir chama”, “perigo, gás inflamável”, “perigo, risco 
de choque elétrico”. As sinalizações descritas aparecem anexadas em pontos 
estratégicos de acordo com as normas vigentes da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas, dimensionadas por um projetista habilitado em segurança do 
trabalho, em toda área que compreende o espaço do hospital. As respostas podem 
ser vistas no gráfico 2, abaixo: 
Gráfico 2: Identificação de placas de sinalização 
 
 Fonte: Do autor, 2018 
 Sobre o processo de identificação das placas de sinalização, o assistente de 
departamento de pessoal, o auxiliar administrativo o coordenador de RH, o técnico 
de segurança do Trabalho, o Porteiro e o eletricista confirmaram conhecer e saber 
utilizar enquanto que a enfermeira e os três técnicos de enfermagem informaram 
que não sabiam. Quanto a presença das placas de sinalização, é afirmável de que 
elas são encontradas nós dois andares do HRPM, nas escadas e nos corredores, 
assim como as luminárias de emergência, que tem a função de iluminar o caminho 
que serve como rota de fuga, o sistema não pode ter uma autonomia menor que 1 
hora, conforme norma específica,5 como pode ser visto nas figuras 1 e 2. 
 
5 NBR 10898 da Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
60%
40%
2 - Você sabe identificar as placas de sinalização de
emergência de indicação de rota de fuga? Como elas
funcionam em meio à escuridão após o corte da energia
elétrica?
Sim Não
 
 
 28 
 
 
Figura 1: Placa de orientação e 
salvamento que auxilia na saída do 
ambiente. 
Figura 2: Sistema de iluminação de emergência. 
 
As placas de sinalização devem ser confeccionadas em materiais resistentes 
ao fogo, que não produzam fumaça tóxica, devem obrigatoriamente ser 
confeccionadas em material fotoluminescente para atender as normas e estar 
localizadas nas rotas de fuga numa edificação em caso de sinistro. Dessa forma, 
assim como uma boa sinalização e iluminação de emergência, é importante que a 
edificação hospitalar tenha uma adequada saída de emergência, acertadamente 
dimensionada por um profissional habilitado em Projeto de Proteção Contra 
incêndio e Pânico aprovado pelo Corpo de Bombeiros. Seguindo esses 
procedimentos iniciais, a população poderá abandonar a edificação sinistrada ou 
em caso de pânico, de forma que sua integridade física seja garantida. As placas 
também permitirão, também, o acesso de guarnição do corpo de bombeiros para 
combater incêndio e fazer o resgate de vítimas. Para isso, é importante que as 
saídas de emergências estejam desobstruídas, tendo suas aberturas para o sentido 
da fuga, bem sinalizadas e com uma luminária de emergência. A localização de 
um extintor de incêndio não mais que 5 metros da entrada principal da edificação, 
de acordo com a Norma Brasileira6 é importante, entre outros, pois um eventual 
sinistro onde a saída de emergência for bloqueada por chama ou fumaça poderá 
causar pânico generalizado ou até a morte por intoxicação da fumaça. 
Considerando que grande parte da população dos EAS não se encontra 
familiarizada com as rotas de fuga da edificação, deve-se assumir que a 
maioria das pessoas, instintivamente, considerará que as vias utilizadas para 
acesso devem ser utilizadas como as vias principais de saída de emergência. 
 
6 NBR, Sistema de Proteção por extintores da Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
 
 
 29 
 
Assim, embora haja necessidade de dispor saídas em lados diametralmente 
opostos no sentido de assegurar caminhamentos distintos na eventual 
obstrução de uma rota de fuga, há de se entender o comportamento esperado 
nesses casos e assim projetar saídas complementares junto aos acessos 
principais da edificação. (ANVISA, 2014, P. 55) 
 
A sinalização de prevenção e combate a incêndio conforme as normas NBR 
13434-1, 13434-2 e 13434-3 da ABNT, é imprescindível a qualquer 
estabelecimento. De acordo com as normas internacionais e Instruções Técnicas 
dos Corpos de Bombeiros dos estados brasileiros, existem cinco tipos de 
sinalização que compõe a sinalização de prevenção e combate a incêndio, sendo 
estas: 1) a sinalização de proibição; 2) sinalização de alerta; 3) sinalização de 
orientação e salvamento; 4) sinalização de equipamentos de combate a incêndio e 
alarme e 5) sinalização complementar. O tamanho das placas de sinalização é 
definido de acordo com as distâncias de visualização conforme projeto aprovado 
pelo corpo de bombeiros. 
Aproximadamente, também, 70% dos incêndios têm lugar entre as 20 horas 
e as 5 horas da manhã. Motivados por uma ação pessoal acidental, ou 
mesmo por um incendiário, este é o período do dia mais favorável à falta de 
atenção. Ou seja, durante o período da noite, a sinalização e a iluminação de 
emergência têm papel capital no processo de planejamento. (NETO, 1995, P. 
25) 
Transitando pelo prédio do HRPM, é comum ver pelas paredes placas de 
alerta advertindo: “proibido fumar”, “proibido produzir chama”, “perigo, gás 
inflamável”, “perigo, risco de choque elétrico”. As sinalizações descritas estão 
situadas em pontos estratégicos em toda área que compreende o espaço do HRPM 
podem ser observadas nas figuras 3, 4 e 5. 
 
 
 
 
 Figura 3 
 
 
 30 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 
 
 
 
 
 
 Figura 5 
 
As edificações devem ser dotadas de placas de sinalização de emergência 
fotoluminescente7, indicando a rota de fuga até a saída do prédio, porém muitas delas 
“MUITAS DELAS” QUEM, CARA PÁLIDA? Desconhecem isso, ou por falta de um 
treinamentoou por falta de cultura que nosso de prevenção que nosso país possui. 
As placas de sinalização fotoluminescente de rota de fuga, mesmo no escuro refletem 
raios luminosos, permitindo sua visualização e auxiliando as pessoas a seguirem a 
um local seguro. 
Durante a pesquisa constamos a sinalização do local do extintor com as 
placas e setas visíveis de qualquer ponto do prédio, normalmente nas cores 
 
7 Norma Brasileira nº 13434 sinalização de segurança contra incêndio e pânico da Associação Brasileira 
de Normas técnicas. VER NOTA D13 
 
 
 31 
 
vermelho e amarelo, e indicando a classe de incêndio a que o extintor se destina. 
Cada uma das placas foi situada em pontos estratégicos da área do HRPM – como 
na figura 03, temos na indicação dos cilindros de gás que ficam na parte externa 
do hospital. Conforme afirma Neto (1995), a rotina adotada para isso no EAS devem 
ser tão rigorosas quanto possível e acionadas à mais leve suspeita de vazamento. 
A presença das placas por todos os lados do prédio aponta que o HRPM, observa 
que as normas de segurança tem grande relevância para o dia a dia vivenciado 
pelos colaboradores e que o planejamento da sinalização intuiu resguardar as vidas 
no interior do hospital. 
Ter sinalização adequada contribui para potencialização das medidas de 
prevenção e proteção contra incêndios. Os estacionamentos externos, por 
exemplo, não devem interferir ou impedir o acesso de veículos dos Corpos de 
Bombeiros. Seu uso normal não deve bloquear ou esconder os hidrantes e sinais 
momentaneamente. Estas áreas podem, eventualmente, ter utilização para 
absorver a evacuação do prédio e a recepção de vítimas de grandes acidentes. 
Na figura 04 temos a imagem de um dos muitos alarmes de incêndio 
presentes no espaço do hospital. Ele está associado aos equipamentos de 
detecção de incêndio que se apresentam distribuídos no Estabelecimento 
Assistencial de Saúde em que este trabalho fora desenvolvido. Este é mais um dos 
pontos positivos das adequações constatadas no espaço da edificação e todos eles 
têm a distância exigida do ar-condicionado, conforme prescrito na ABNT NBR 
17.240, objetivando minimizar o tempo de resposta no caso de sinistro e resguardar 
a eficiência em situações de severa movimentação de ar, de acordo com Anvisa 
(2014). 
Como averiguado, as sinalizações mostram que as regras do regimento de 
segurança e regulamentação de prevenção contra incêndio estão presentes no 
cotidiano do hospital que não negligencia a importância desses elementos que caso 
de pânico, independente do horário, ajudará na emergência da ação e serão 
colaboradoras dos efeitos positivos na ora de retirar pessoas do prédio. 
A sinalização de saída é exigida nos acessos e descargas das escadas de 
emergência em geral (exceto as edificações de ocupação A, de acordo com 
a NBR 9077/93), nos acessos e descargas dos locais de reunião de público, 
e nas edificações com serviços de hospedagem, comerciais varejista, de 
serviços profissionais, serviços pessoais, serviços técnicos, nos 
educacionais, nos de cultura física, e nas edificações que prestam serviços 
de saúde e institucionais. (FERNANDES, 2010, P. 40) 
 
 
 32 
 
As sinalizações devem alertar os transeuntes e deverão colaborar para as 
ações com efeitos positivos que contam com iluminação e sinalização de 
emergência que devem viabilizar a fuga em casos de pânico. Pois, um dos 
principais itens para que se obtenha êxito no abandono da área sinistrada é 
conhecer bem a rota de fuga, já que a primeira medida no início de um sinistro é 
desligar a chave geral de fornecimento de energia elétrica da edificação sinistrada, 
mas para que isso ocorra a edificação terá que obedecer, entre os itens exigidos 
pelo Corpo de Bombeiros, um excelente dimensionamento das placas de 
sinalização de emergência fotoluminescente constante em norma brasileira da 
Associação Brasileira de Norma Técnicas8, feita através de um profissional 
habilitado em Projeto de Proteção Contra incêndio e Pânico aprovado pelo corpo 
de Bombeiros. Em casos de pânico e sinistro, as placas de sinalização são 
ferramentas importantíssimas de comunicação para quem deseja abonar a 
edificação sinistrada e oferecer opções de trajeto até a saída de emergência, onde 
no exterior da edificação, para alertar pessoas sobre riscos existentes em meio à 
escuridão, identificar equipamentos de combate a incêndio. 
As placas de sinalização de emergência fotoluminescentes9 tem que ser 
enquadrada em norma, verificar se elas resistem até 30 horas de luminosidade sem 
energia elétrica. 
Outro fator que contribui para o êxito no abandono da área da edificação em 
caso de sinistro é iluminação de emergência, deve ser bem dimensionada por 
profissional habilitado em Projeto de Proteção Contra Incêndio e Pânico para 
edificação com área superior a 750 m210, deverá ser feita periodicamente inspeção 
para testar a funcionalidade da mesma, pois auxiliar o abandono de área sinistrada, 
deve obedecer aos requisitos de Norma Brasileira11 para uma eficiência na sua 
utilização e o tempo de funcionamento do sistema de iluminação de emergência 
deve garantir a todas as pessoas na área, até o restabelecimento da iluminação 
normal, ou até que outras medidas de segurança sejam tomadas, principalmente 
em casos de apagão, o que eventualmente causa pânico nas pessoas. 
 
8 NBR nº 13434 que trata da sinalização de segurança contra incêndio e pânico da ABNT 
 
10 De acordo com o Decreto Estadual 357/2007 do Estado do Pará, as edificações com área superior 
a 750m2 devem obrigatoriamente apresentar projeto de proteção contra incêndio e controle de 
pânico. 
11 NBR nº 10898 Sistema de Iluminação de emergência. 
 
 
 33 
 
A terceira pergunta do formulário indagava dos entrevistados acerca da 
compreensão da distinção e identificação das classes de incêndio. Dos 
entrevistados, 60% disseram conhecer as classes e as definiram em incêndios de 
classe A, B, C e D. 
Os incêndios de Classe A, são incêndios produzidos a partir de materiais 
sólidos como tecidos, papel, algodão, borracha e madeira, os incêndios de Classe 
B, são distinguidos em incêndios em líquidos que ocorrem através da combustão 
de gases inflamáveis a partir de materiais como gasolina, óleo, querosene, parafina, 
tintas, graxas, GLP. 
Classe C – a conflagração das chamas é prevista a partir de equipamentos 
elétricos energizados. É o caso de máquinas elétricas, transformadores, geradores, 
motores, computadores, quadros de força e cabos enquanto que os de Classe D – 
É classificação dada a metais pirofóricos como selênio, magnésio, sódio, zinco, 
titânio, urânio, lítio, potássio, antimônio e zircônio. 
Na análise da entrevista, o assistente de departamento de pessoal, o auxiliar 
administrativo, o coordenador de RH e o eletricista mostraram, em suas respostas, 
conhecer bem as classes de combustão de forma que descreveram em seus 
formulários com propriedade o assunto. O técnico de segurança do trabalho o 
porteiro assinalaram “sim” aludindo conhecer as classes de incêndio, mas em 
nenhum momento descreveram. A enfermeira e os três técnicos de enfermagem 
responderam “não”. 
Gráfico 3: Placas de Incêndio 
 
 Fonte: Do autor, 2018 
Para que um incêndio seja controlado ou combatido, é necessário que a, no 
momento de sinistro, tenha conhecimento da classe de incêndio, pois a 
Sim
50%
Não 
33%
Disse "sim", mas 
não especificou
17%
3 - Você distingue as classes de incêndio?
 
 
 34 
 
identificação da classe é o que viabiliza o controle/combate, mas para que sejadada a solução adequada é necessário saber. 
O HRPM possui Brigada de Incêndio – i.e., grupo organizado de pessoas 
voluntárias ou não, a partir dos próprios colaboradores que são treinados e 
capacitados para atuar de forma eficaz com o suporte dos recursos necessários a 
prevenção, abandono e combate a um “princípio” de incêndio e se necessário 
prestar os primeiros socorros, dentro de uma área limitada preestabelecida. 
Dimensionada e formada para prestar os primeiros atendimentos, realizar 
treinamento periódico visando bom empenho em caso de sinistro, a brigada de 
incêndio é composta por funcionários que trabalham no hospital. É responsável por 
conhecer bem as instalações, funcionários de serviços gerais como o eletricista que 
é íntimo dos fenômenos termoelétricos e teria soluções para os problemas das 
instalações elétricas sabendo localizar a chave geral de fornecimento de energia 
para a edificação, desligando-a, como uma das primeiras medidas no início de um 
sinistro. 
A brigada de incêndio é um subsídio da segurança da unidade hospitalar, o 
preparo prévio para casos de sinistro e que reduz o risco de um incêndio evoluir 
para um grande incêndio, devido a treinamentos que recebem e que lhes capacita 
para agir em situações de emergências. 
Entretanto a pesquisa mostrou que é necessário que além dos brigadistas, 
outros sujeitos ligados ao hospital sejam treinados para um possível caso de 
sinistro. Institucionalmente o incêndio é entendido como uma “ocorrência 
indesejável”. Como tal deve ser evitado ou controlado. 
Importante explicar que o brigadista não deverá ser treinado para combater 
grandes incêndios, pois só deverá ser treinado para combater princípio de incêndio 
no máximo pequeno incêndio, devendo ficar essa responsabilidade ao Corpo de 
Bombeiros, mão de obra especializada no assunto, deverá a brigada de incêndio 
conhecedora do endereço e telefone do Corpo de bombeiros local a prestar auxílio 
assim que chegar pra atuar. Outro fator que tem que ser analisado pelo brigadista 
é a população flutuante que se encontra diariamente no interior da edificação, como 
pacientes e acompanhantes, muitos deles debilitados e algumas vezes com idade 
já avançada, qual seria o comportamento desse público em meio a um sinistro e de 
que forma o brigadista poderia ter êxito no abandono da área. 
 
 
 35 
 
É plausível planejar os insumos mínimos de prevenção de incêndios porque 
se reveste como parte do exercício de proteger o hospital e que possam 
corresponder adequadamente às difíceis circunstâncias provocadas pela 
ocorrência de um sinistro, mas que possam ser desfavoráveis incide aos aspectos 
essenciais da proteção do edifício e das pessoas. 
As normas de segurança e a obediência das orientações de emergência 
devem ser aplicadas aos elementos estruturais e de compartimentação que sejam 
definidos a partir da altura da edificação e da disponibilidade ou não de Bombeiros 
Militares no município do EAS. De acordo com Gomes (2014), inferindo sobre a 
evolução das normas, leis e técnicas de prevenção e combate a incêndios no Brasil, 
destaca cada um dos avanços foram resultado direto da reação da sociedade aos 
maiores incêndios ocorridos na história do País. Cada tragédia resultou em 
prejuízos, tanto materiais quanto humanos por causa do percentual de vítimas. 
As perdas ajudaram a formular as legislações que a partir da década de 1970 
passou a absorver conhecimentos internacionais que passaram a nortear as 
deliberações que hoje são utilizadas pelo país, estados, municípios e ambientes 
como hospitais. 
A quarta questão, ainda voltada para o caso de incêndio, investigou se entre 
os entrevistados, se durante um caso de incêndio, alguém voltaria à edificação 
sinistrada para pegar objetos de valor. Dos entrevistados, todos disseram que não 
retornariam ao prédio, porque, segundo eles, caso de sinistro é preciso optar pela 
saída do prédio devendo retornar a ele apenas se o Corpo de Bombeiros liberar. 
Gráfico 4: Princípios de Incêndios 
 
 Fonte: Do autor, 2018 
Cada um dos entrevistados deixou claro que compreendia a importância de 
verificar a situação em um caso de sinistro e avisar o responsável pela segurança 
0%
100%
4 - Em caso de principio de incêndio, voltaria à edificação
sinistrada para pegar objetos de valor?
Sim Não
 
 
 36 
 
para que viesse a analisar a propagação, a fim de controlar as chamas com os 
meios disponíveis. Caso contrário, tentar controlar a evolução aguardando se 
possível à brigada de primeira intervenção e evacuar os locais conforme o toque 
da sirene soasse a todos para que deixem o prédio se dirigindo para um 
determinado ponto de encontro. 
Um dos quesitos é retirar as pessoas, iniciando pelas salas mais distantes e 
encaminhá-las para a rota de fuga mais próxima, sempre as orientando sobre os 
procedimentos inerentes para que a vida humana seja preservada com exatidão. 
Outro fator relevante é garantir a integridade estrutural da edificação, o tempo 
necessário para evacuar os ocupantes que não são imediatamente ameaçados 
pelo desenvolvimento do incêndio. 
Dando prosseguimento aos dados que construíram o corpo deste trabalho, 
na quinta pergunta, questionamos qual das equipes de profissionais, presente no 
HRPM, é responsável pela evacuação e salvamentos dos pacientes e familiares. 
Na quinta pergunta, foi inquirido sobre quais equipes de profissionais seriam 
responsáveis pela evacuação e salvamento dos pacientes e seus familiares em um 
caso de sinistro e 70% das respostas apontaram os brigadistas como responsáveis 
pela atividade. 
A existência de um plano de emergência contra incêndio é de grande 
importância, principalmente para o HRPM que é um complexo hospitalar, composto 
por edificação extensa. No hospital, muitos procedimentos e orientações, como 
apontados, estão destinados a ação dos brigadistas que em caso de ocorrência de 
princípio de incêndio, incêndio propriamente dito ou outro tipo de emergência, como 
o vazamento de gás de cozinha e etc, são responsáveis em promover ações 
eficazes para a minimização de danos e possíveis vítimas. Porém, é necessário 
que os demais profissionais/colaboradores estejam aptos a agir em um caso de 
sinistro, pois considerando todas as possibilidades em um momento pânico, os 
indivíduos que estão cotidianamente no interior do prédio devem saber seguir 
determinados protocolos de segurança indispensáveis a própria sobrevivência. 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
 
Gráfico 5: Equipes de profissionais de evacuação e salvamento 
 
 Fonte: Do autor, 2018 
 
Quando questionados, na sexta pergunta, se haviam participado de algum 
treinamento contra incêndio voltado para o HRPM e o período em que se deu, as 
respostas foram um tanto confusas porque apenas 60% deles conseguiu afirmar 
participação. 
A melhoria das condições de segurança contra incêndio é obtida através de 
medidas de prevenção e de medidas de proteção: 
Medidas de prevenção de incêndios são aquelas destinadas a minimizar os 
riscos de ocorrência de incêndios e compreendem, dentre outras: redução 
das fontes de ignição11, arranjos e construções físicas normalizadas, 
conscientização e manutenção preventiva e corretiva dos sistemas, bem 
como a preparação para correta atuação caso ocorram, através de 
treinamento, reciclagem constante e realização de simulados. (ANVISA, 
2014, p. 11) 
A PAE (2017) explica que é preciso elaborar e atualizar o Plano de 
Segurança Contra Incêndio e Emergência e sempre acompanhar, supervisionar e 
apoiar as atividades da Brigada de Incêndio, oferecendo suporte técnico e 
treinamento básico para prevenção e combate a princípio de

Continue navegando