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Questionário TGP

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QUESTIONÁRIO DE REVISÃO DE MATÉRIA TEORIA GERAL DO 
PROCESSO
1- Explique competência relativa e absoluta.
Absoluta: é a competência insuscetível de sofrer modificação, seja pela vontade das 
partes, seja pelos motivos legais de prorrogação (conexão ou continência de causas). 
Nucci leciona que “encaixam-se nesse perfil a competência em razão da matéria 
(ex.: federal ou estadual; cível ou criminal; matéria criminal geral ou especializada, 
como o júri etc.) e a competência em razão da prerrogativa de função (ex.: 
julgamento de juiz de direito deve ser feito pelo Tribunal de Justiça; julgamento de 
Governador deve ser feito pelo STJ etc.).” 
Em regra, a absoluta, atende a interesses públicos, referindo-se a matéria ou 
hierarquia. Hierarquia relacionada ao tipo de processo ou tipo de parte submetidos 
ao órgão jurisdicional. Exemplo: se a União é uma das partes em um processo e esse 
processo for remetido para a Justiça Estadual, foi enviado errado, pois a 
competência absoluta para tratar de assuntos sobre os quais a União é parte, é a 
Justiça Federal. Em relação a matéria quer dizer a própria lide, se conectado a 
aspectos de família, crime, trânsito etc.
Relativa: Ao contrário, é a competência passível de modificação por vontade das 
partes ou por prorrogação, oriunda da conexão ou continência de causas. 
Relacionada com o valor da causa ou territórios. Território quer dizer onde as partes 
estão domiciliadas ou onde o imóvel objeto da lide se situa. Está mais ligada ao 
interesse particular, podendo, assim, ser modificada de acordo com a vontade das 
partes. 
Critérios que determinam a competência
- Territorial: referente ao território, ou seja, à qual foro será atribuído o processo.
- Valor da causa: de acordo com o valor econômico da causa determinado na 
petição inicial.
- Material: referente ao objeto da lide (família, cível, consumidor etc.)
- Função ou Hierarquia: função ocupada pelo sujeito da lide, o qual gera a 
competência originária, se quem julgará é o STJ, STF, Tribunal etc. 
As competências material e em relação a hierarquia são sempre absolutas, que 
não se modificam. As competências territorial e em valor da causa são relativas, 
podem ser modificadas. 
2- O que é foro comum ou geral?
Foro Geral – é aquele onde uma pessoa deve ser ré, em juízo, em qualquer causa, 
salvo quando seja expressamente deferida a outro foro.
Regra geral de competência de foro: Não incidindo nenhuma das inúmeras 
normas especiais sobre competência de foro, será aplicada a regra geral da 
competência territorial do domicílio do réu (art. 46, caput, do NCPC: “A ação 
fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, 
em regra, no foro de domicílio do réu”). Regra geral: propositura da ação no 
domicílio do réu, ou seja, a ação é proposta no domicílio do réu. Esta é a regra geral, 
que se fundamenta na ideia de que o réu encontra-se, ao menos inicialmente, em 
desvantagem comparativamente ao autor, dado que este tanto maneja o “ataque 
inicial” (ou seja, propõe a ação em face do réu) quando lhe convier, selecionando o 
momento de propositura da ação, quanto dispõe de muito mais tempo para manejar 
a ação em desfavor do réu, o qual, ao ser citado, em regra conta com prazo de 15 
dias apenas para fazer frente ao ônus de contestar a demanda.
3- Explique sobre foros especiais em caso de ausente e incapaz como réu.
Foro Especial – é aquele em que o réu deve ser chamado a responder somente em 
determinadas causas, atribuídas ao juízo desse foro.
Foro competente em caso de réu ausente Dispõe, o art. 49 do NCPC, que “a ação 
em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último domicílio, também 
competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de 
disposições testamentárias”. A regra do art. 49 não traz hipótese de foro especial, 
mas apenas aplica a regra geral de competência do foro do domicílio do réu (foro 
comum – art. 46) ao caso específico do ausente, adaptando-a por ser o ausente 
alguém que desapareceu de seu domicílio, como disposto no CC: Art. 22. 
“Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não 
houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os 
bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, 
declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador”.
Foro competente em caso de réu incapaz Dispõe o art. 50 do NCPC, que “A ação 
em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de seu representante 
ou assistente”. A regra do art. 50 não traz hipótese de foro especial, mas apenas 
aplica a ideia de competência do foro do domicílio do réu (foro comum – art. 46) 
ao caso do incapaz, conforme disposto no CC: Art. 76. Têm domicílio necessário o 
incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. Parágrafo único. O 
domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente”.
4- Explique litispendência, conexão e continência
A LITISPENDÊNCIA ocorre quando duas causas são idênticas quanto às partes, 
pedido e causa de pedir, ou seja, quando se ajuíza uma nova ação que repita outra 
que já fora ajuizada, sendo idênticas as partes, o conteúdo e pedido formulado. Esse 
instituto enseja a extinção do processo sem julgamento do mérito. 
A citação válida é que determina o momento em que ocorre a litispendência (NCPC 
art. 240 caput). Como a primeira já fora anteriormente ajuizada, a segunda ação, 
onde se verificou a litispendência, não poderá prosseguir, devendo ser extinto o 
processo sem julgamento do mérito (NCPC art. 485, V).
A CONEXÃO é um instituto processual que determina a reunião de duas ou mais 
ações, para julgamento em conjunto, a fim de evitar julgamentos conflitantes. As 
ações são conexas quando possuem o mesmo objeto (pode ser entendido como 
pedido) ou causa de pedir (Art. 55 NCPC).
Ex.: Ação indenizatória de dano moral do filho de pessoa falecida em acidente de 
trem, e outra indenizatória de dano moral da mãe da mesma pessoa falecida, 
também em razão do falecimento por atropelamento por trem, ambas em face da 
concessionária operadora da linha na qual aconteceu o acidente. Neste caso, há 
identidade de pedidos e de causa de pedir, a justificar também a reunião dos 
processos.
A CONTINÊNCIA ocorre quando duas ou mais ações possuem as mesmas partes 
(requisito ausente na conexão) e a mesma causa de pedir, mas o pedido de uma delas 
engloba o da outra. Muito embora as duas ações não sejam idênticas, já que os 
pedidos são diversos, uma delas tem conteúdo abrangendo por completo à outra 
demanda. 
Ex.: Imaginem uma demanda em que Chico pede que seja declarada a existência de 
dívida de Maria em virtude de contrato de mútuo. Numa outra demanda, o mesmo 
Chico pede agora a condenação de Maria a pagar a tal dívida do mesmo mútuo. 
Evidentemente, a segunda engloba a primeira (pagamento abrange reconhecimento), 
logo devem ser reunidas.
OBSERVAÇÃO: Nos casos de Conexão e Continência o juízo prevento seguirá a 
seguinte regra:
– Entre os juízes de mesma competência territorial, o prevento será o que despachou 
em primeiro lugar (Art. 59 NCPC).
– Entre os juízes de competência territorial diferentes, o prevento será o que realizou 
a primeira citação válida (Art. 240 NCPC).
5- Explique sobre modificação de competência
 O art. 54 do NCPC dispõe que a competência relativa poderá modificar-se pela 
conexão ou pela continência, observado o disposto na seção II. Assim como 
através do art. 65 do NCPC na seção III que dispõe: Prorrogar-se-á a 
competência relativa se o réu não alegar a incompetência em preliminar de 
contestação. Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo 
Ministério Público nas causas em que atuar.
1ª hipótese:É a competência em razão do lugar. Se a parte não suscita a incompetência em razão 
do local, no momento oportuno, por meio da execução, vai acontecer um efeito, que 
é a prorrogação definitiva de competência. Art. 65 do NCPC.
2ª hipótese: 
Conexão: O artigo 55 do NCPC define o que é conexão. 
Continência: O artigo 56 e 57 do NCPC define o que é continência. 
Os artigos 58 ao 63 do NCPC tratam de prevenção, trazendo os efeitos da 
declaração de ocorrência da conexão e continência. A CLT é omissa nessas 
questões, portanto vamos buscá-las no NCPC.
6- Explique sobre prevenção de juízo
Prevenção é um critério de confirmação e manutenção da competência do juiz que 
conheceu a causa em primeiro lugar, perpetuando a sua jurisdição e excluindo 
possíveis competências concorrentes de outros juízos. Por se tratar de matéria de 
ordem pública, não se sujeita à preclusão, podendo ser alegada a qualquer tempo. 
- Sendo juízes de mesma competência territorial, considerar-se-á prevento o que 
despachou em primeiro lugar (NCPC, art. 59 e 312). 
- Sendo de competência territorial diversa (comarcas distintas), considerar-se-á 
prevento o juiz do processo que realizou a citação em primeiro lugar (NCPC, art. 
240). 
- Entretanto, essa reunião só será possível se não ocorrer hipótese de competência 
absoluta dos órgãos julgadores e se as ações ainda estiverem pendentes de 
julgamento, tramitando no mesmo grau de jurisdição.
7- Explique a litigância de má fé
Se configura quando a parte deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei 
ou fato incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo para conseguir 
objetivo ilegal; opuser resistência injustificada ao andamento do processo; proceder 
de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; provocar incidentes 
manifestamente infundados ou, ainda, interpuser recurso com intuito 
manifestamente protelatório (artigo 80 do NCPC).
Por sua vez, para Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery, litigante 
de má-fé é “à parte ou interveniente que, no processo, age de forma maldosa, com 
dolo ou culpa, causando dano processual, à parte contrária. É o ‘improbus 
litigator’, que se utiliza de procedimentos escusos com o objetivo de vencer ou que, 
sabendo ser difícil ou impossível vencer, prolonga deliberadamente o andamento do 
processo, procrastinando o feito”.
8- Explique sobre a sucessão das partes e procuradores
Da sucessão voluntária das partes 
Art. 108, NCPC: No curso do processo, somente é lícita a sucessão voluntária das 
partes nos casos expressos em lei.
Do adquirente da coisa ou direito 
Art. 109, NCPC: A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a 
título particular, não altera a legitimidade das partes. 
§ 1º O adquirente ou cessionário não poderá ingressar em juízo, sucedendo o 
alienante ou cedente, sem que o consinta a parte contrária. 
§ 2º O adquirente ou cessionário poderá intervir no processo como assistente 
litisconsorcial do alienante ou cedente. 
§ 3º Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes originárias ao 
adquirente ou cessionário.
Da morte 
Art. 110, NCPC: Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão 
pelo seu espólio ou pelos seus sucessores, observado o disposto no art. 313, §§ 1º e 
2º do NCPC. Art. 313, §§1º e 2º: (no caso de morte ou perda da capacidade 
processual de qualquer das partes, o juiz suspenderá o processo; não ajuizada 
habilitação, o juiz determinará a suspensão do processo, intimando o autor para 
promover a citação do espólio quando houver falecido o réu; não ajuizada 
habilitação, o juiz suspenderá o processo, determinando a intimação do espólio, 
quando falecido o autor e sendo transmissível o direito em litígio).
Do mandato revogado 
Art. 111, NCPC: A parte que revogar o mandato outorgado a seu advogado 
constituirá, no mesmo ato, outro que assuma o patrocínio da causa. 
Parágrafo único. Não sendo constituído novo procurador no prazo de 15 (quinze) 
dias, observar-se-á o disposto no artigo 76, do Novo Código Processo Civil. Art. 76: 
Quando o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja 
sanado o vício.
Da renúncia do mandato 
Art. 112, NCPC: O advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, 
provando que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de que este nomeie 
sucessor. 
§ 1º. Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o 
mandante, desde que necessário para lhe evitar prejuízo. 
§ 2º. Dispensa-se a comunicação quando a procuração tiver sido outorgada a vários 
advogados e a parte continuar representada por outro, apesar da renúncia.
9- Explique sobre litisconsórcio
Se encontra no título II NCPC art. 113 ao 118.
Conjunto de pessoas que participam de uma só ação, onde há pluralidade de partes 
entre si adversas, umas e outras empenhadas na defesa cumulativa de seus 
interesses.
Classificação:
– Quanto às partes:
Ativo: Quando há pluralidade de autores 
Passivo: Quando há pluralidade de réus. Se subdivide em necessário e facultativo. 
Aquele terá que integrar a lide e poderá fazê-lo a qualquer tempo, espontaneamente 
ou por determinação do juiz; este só poderá ingressar no processo no decêndio das 
informações e com a concordância de ambas as partes, não cabendo ao juiz ordenar 
sua participação no feito, mas tão somente admiti-la se houver a aquiescência do 
impetrante e do impetrado. 
Misto ou Recíproco: Quando há pluralidade de autores e réus
– Quanto ao momento em que se estabelece o litisconsórcio:
Inicial: Aquele que já nasce com a propositura da ação, quando vários são os 
autores ou réus convocados pela citação inicial. 
Incidental: Aquele que surge no curso do processo por um fato posterior à 
propositura da ação . É também incidental o que decorre de ordem do juiz na fase de 
saneamento, para que sejam citados os litisconsortes necessários não arrolados pelo 
autor na inicial. Tem ainda o que surge quando, na denunciação da lide, o terceiro 
denunciado comparece em juízo e se integra na relação processual ao lado do 
denunciante.
10- Em relação à intervenção de terceiros, explique em que consiste a 
assistência?
A intervenção de terceiros se encontra no Título III do NCPC, do art. 119 ao 
138. Intervenção de terceiros consiste no ingresso de alguém,como parte, em 
processo pendente entre outras pessoas, fato que pode ocorrer quer no processo de 
conhecimento, no de execução como também no cautelar 
O NCPC prevê cinco modalidades de intervenção de terceiros: assistência, 
denunciação da lide, chamamento ao processo, incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica e amicus curiae. 
A ASSISTÊNCIA consiste no ingresso de um terceiro em processo alheio com a 
finalidade de colaborar com vistas a melhorar o resultado a ser dado nesse litígio, 
tendo em vista a parte a que passa a assistir, seja porque tenha interesse próprio, ou 
seja porque o seu próprio direito possa ser afetado. 
A assistência desdobra-se em duas modalidades: simples ou adesiva e a 
litisconsorcial ou qualificada. Art. 119 ao 124 do NCPC.
11- Explique a denunciação da lide.
Art. 125 ao 129 do NCPC.
Consiste no ato pelo qual o autor ou o réu procura trazer a juízo, para melhor tutelar 
seu direito e por imposição legal, terceiro ligado à relação jurídica consubstanciada 
na lide. 
Pela dicção do caput do art. 125, NCPC: “É admissível a denunciação da lide, 
promovida por qualquer das partes”. Depreende-se que temos uma hipótese de 
intervenção de terceiros provocada obrigatória, bem como o estabelecimento de um 
litisconsórcio necessário, pois o denunciado irá compor um dos polos da relação 
processual, o que será determinado por quem o denunciar, se autor ou réu. 
12- Explique o chamamento ao processo
Art. 130 ao 132 do NCPC.
É o ato pelo qual o réu, citado como devedor, chama ao processo o devedor 
principal, ou os coresponsáveis ou os coobrigados solidários para virem responder 
pelas suas respectivas obrigações. 
Pela dicção do art. 130, NCPC, “é admissível o chamamento ao processo, 
requerido pelo réu”, trata-se de intervenção de terceiros provocado por apenas uma 
das partes da relação processual que é o réu, pois as hipóteses referem-se apenas a 
devedores e fiadores do réu, ainda que apenas um seja citado.
13- Do que trata o amicus curiae?
Art. 138 do NCPC.
O amicus curiae, expressão latina que significa “amigo da corte” ou “amigo do 
tribunal”, é a pessoa ou entidade estranha à causa, que vem auxiliar o tribunal, 
provocada ou voluntariamente, oferecendo esclarecimentos sobre questões 
essenciais ao processo. Deve demonstrar interesse na causa, em virtude da 
relevância da matéria e de sua representatividade quanto à questão discutida, 
requerendo ao tribunal permissão para ingressar no feito.
O objetivo dessa figura processual é proteger direitos sociais lato sensu, sustentando 
teses fáticas ou jurídicas em defesa de interesses públicos ou privados, que serão 
reflexamente atingidos com o desfecho do processo. 
Assim discorre o art. 138 do NCPC: O juiz ou o relator, considerando a relevância 
da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da 
controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes 
ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a manifestação de pessoa 
natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade 
adequada, no prazo de quinze dias da sua intimação. 
§ 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem 
autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de 
declaração e a hipótese do § 3º. 
§ 2º Caberá ao juiz ou relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, 
definir os poderes do amicus curiae. 
§ 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de 
demandas repetitivas.
14- Explique as cartas processuais
Se encontram no Capítulo III Das CARTAS, do art. 260 ao 268 do NCPC.
A comunicação entre os juízos se trata de ato processual onde um órgão 
jurisdicional solicita de outro o cumprimento de determinado ato. Tais 
comunicações são realizadas por meio de cartas, quais sejam: Carta Rogatória, 
Carta de Ordem e Carta Precatória. (seus requisitos encontram-se 
preconizados no art. 260 do NCPC).
A Carta Rogatória é o pedido realizado a órgão jurisdicional estrangeiro, onde um 
país requisita de outro o cumprimento de determinada diligência judicial.
A Carta de Ordem, por sua vez, trata-se da comunicação entre o juízo 
hierarquicamente superior para que outro, de hierarquia inferior, execute algum ato 
necessário e determinado. Ou seja, o juiz que recebe a carta é subordinado ao 
tribunal de que ela emana.
A Carta Precatória, que é a mais conhecida e cotidianamente utilizada. A carta 
precatória é a comunicação realizada por juízes da mesma hierarquia e país (ambos 
brasileiros), onde, um juiz de uma comarca competente solicita a um juiz de outra 
comarca, o cumprimento dos atos essenciais ao prosseguimento judicial do feito.
15- Explique a expressão: “o pedido delimita a lide”
Se encontra na Seção II do Capítulo II Da Petição Inicial do art. 322 ao 329 do 
NCPC.
O pedido é o tipo, provimento judicial pretendido (cognitivo, executivo, 
mandamental e cautelar). É o pedido que traça os parâmetros da lide, delimitando o 
conflito, razão pela qual deve ser: certo e determinado. O pedido delimita a lide e 
sobre esta deverá incidir o julgamento com força definitiva, de tal forma que a 
regulamentação do caso concreto adquire força de lei dentro daquele perímetro 
traçado. No processo de conhecimento ou de cognição, a prestação jurisdicional se 
efetiva quando o juiz acolhe ou não o pedido do autor. O pedido corresponde o 
exercício da pretensão subjetiva de direito material em juízo, constituindo a razão do 
exercício do direito de ação e deverá constar da respectiva petição inicial inclusive 
reconvencional (qualquer petição específica).
16- Explique sobre o impedimento e a suspeição do juiz
Quando um juiz se declara impedido ou em suspeição para julgar determinado 
processo ele está preservando o princípio da imparcialidade do julgador. De acordo 
com o NCPC, um juiz declara-se impedido de julgar determinado processo por 
critérios objetivos. Quando há razões subjetivas que possam comprometer a 
parcialidade do juiz, ele deve declarar-se suspeito.
Critérios objetivos: 
De acordo com o artigo 144 do NCPC, existem motivos para o impedimento de 
um juiz caso ele seja parte ou parente de uma das partes do processo, por exemplo. 
O juiz também deve se considerar impedido de julgar caso tenha dado sentença ou 
decisão quando a ação tramitava na primeira instância; se tiver atuado como 
mandatário de qualquer uma das partes envolvidas na disputa, perito, órgão do 
Ministério Público, ou ainda se tiver prestado depoimento como testemunha do 
caso. 
Critérios subjetivos: 
De acordo com o artigo 145 do NCPC, incluem ser “amigo íntimo ou inimigo 
capital”, “herdeiro presuntivo (tido como tal), donatário ou empregador” de uma das 
partes do processo. Também deve-se considerar suspeito o juiz que tiver 
aconselhado uma parte a respeito da causa ou aquele que estiver interessado em 
julgamento favorável a uma das partes. A norma prevê também que o juiz possa 
alegar “motivo íntimo” para declarar-sesuspeito. 
17- Explique sobre a atuação do Ministério Público na esfera civil.
Se encontra no título V do Ministério Público do art. 176 ao 181 do NCPC.
O Ministério Público atuará na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e 
dos interesses e direitos sociais e individuais indisponíveis, art. 176 do NCPC. 
Ademais, o Ministério Público exercerá o direito de ação em conformidade com 
suas atribuições constitucionais, art. 177 do NCPC. 
No processo civil, o Ministério Público poderá atuar como: 
- Parte (ex: propondo uma Ação Civil Pública); ou 
- Fiscal da ordem jurídica (custos legis).

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