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Periodontia Anatomia e histologia do periodonto Peri - ao redor Odonto - dente PERIODONTO DE PROTEÇÃO: Gengiva PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO: Ligamento periodontal, Osso alveolar, Cemento. Gengiva • É a associação de tecidos (epitelial e conjuntivo) que circundam os dentes • Recobre as porções cervicais dos dentes e o processo alveolar Anatomia Macroscópica da Gengiva: • ROSA CLARO • CONTORNO PARABÓLICO • ASPECTO PONTILHADO • CONSISTÊNCIA FIRME • VARIAÇÕES NA LARGURA • APICALMENTE (MUCOSA ALVEOLAR) • Melanina: pigmentação (melanócitos – camada basal do epitélio) em albino é ausente ou muito diminuida. A gengiva é dividiva em: • Gengiva livre ou marginal • Gengiva inserida • Gengiva ou papila interdentária Gengiva Livre ou Marginal: • Margem gengival em direção apical até a ranhura gengival livre (nível da JCE) • Ranhura gengival livre (30-40% dos adultos) Gengiva Inserida: • Limite: ranhura gengival livre até a junção mucogengival • Inserida no osso alveolar e ao cemento radicular subjacentes Imóvel em relação a mucosa alveolar • Coloração rósea • Textura firme • Superfície com pontilhado delicado (aparência de casca de laranja) Largura de gengiva inserida: varia de anterior para posterior e varia numa mesma região A largura da gengiva inserida pode aumentar com a idade Presença de gengiva inserida não é indispensável para a saúde periodontal na ausência de placa Pequena altura ou ausência de gengiva inserida é um fator de risco de desenvolvimento de recessões (vestíbulo raso, freio e controle inadequado de placa) Gengiva interdentária (papila interdental): Ocupa o espaço interproximal situado abaixo da área de contato dentário Forma da gengiva interdentária depende: [1] Forma dos pontos ou superfícies de contato entre os dentes [1] Largura da superfície proximal dos dentes [1] Anatomia da junção cemento-esmalte Área do “col” gengival: concavidade situada entre a papila vestibular e a lingual (recoberta por um epitélio delgado não - ceratinizado) Anatomia Microscópica: Divisão do Epitélio gengival: Epitélio oral Epitélio do sulco Epitélio juncional EPITÉLIO ORAL (aspectos microscópicos): Epitélio estratificado e ceratinizado Apresenta 4 camadas celulares: (1) Camada córnea (ceratinizada) (2) Camada granulosa (3) Camada espinhosa (4) Camada basal (estrato germinativo) RENOVAÇÃO DO EPITÉLIO – através da camada basal (ceratinócito – descamação na superfície do tecido em 30 dias) ELEMENTOS CELULARES: 90% da pop. Celular: Ceratinócitos (células produtoras de ceratina) 10% da pop. Celular: Melanócitos: (pigmentomelanina) e Células de Langerhans: defesa da mucosa bucal E Células inespecíficas Epitélio do sulco (sulcular) aspectos microscópicos: Epitélio estratificado e paraceratinizado APRESENTA TRÊS CAMADAS: 1- Granulosa 2- Espinhosa 3- Basal RENOVAÇÃO DO EPITÉLIO – (4 a 10 dias) DELIMITAÇÕES REVESTE A PAREDE MOLE DO SULCO GENGIVAL EPITÉLIO JUNCIONAL (Aspectos microscópicos): Corte transversal (cunha fina) [1] Forma a base do sulco gengival [1] Une o dente ao tecido conjuntivo [1] Inserção apical - JCE [1] De 15 a 20 camadas de células (porção coronária) e 1 a 2 camadas (porção mais apical) DUAS CAMADAS CELULARES: basal (cobre o tecido conjuntivo) e suprabasal (cobre o dente) - desprovido de camada córnea (ceratina) RENOVAÇÃO DO EPITÉLIO – (40 a 145 dias) Limite: epitélio oral, o epitélio do sulco e o tecido conjuntivo (curso ondulado) • Papilas do tecido conjuntivo – parte do tecido conjuntivo que se projetam no epitélio (ausência de vascularização) Cristas epiteliais (aspecto de "casca de laranja") • Depressões na superfície da gengiva são oriundas das áreas de fusão entre as várias cristas epiteliais TECIDO CONJUNTIVO GENGIVAL: Componente tecidual predominante da gengiva (firmeza a gengiva) Constituintes principais: • Fibras colágenas (60%) • Fibroblastos (5%) – sintetizam colágeno * • Matriz extra-celular (“meio ambiente” para célula), Vasos, Nervos (35%) * Colágeno: Substância protéica das fibras (manter a forma e impedir a deformação dos tecidos) Fibras do tecido conjuntivo: • Fibras Colágenas Predominam no tecido conjuntivo • Fibras Elásticas Presentes no tecido conjuntivo da mucosa alveolar • Fibras Oxitalâmicas Presentes na gengiva e ligamento periodontal • Fibras Reticulares Tecido adjacente a membrana basal (epitélio-tecido conjuntivo) Tecido conjuntivo frouxo que circunda os vasos (endotélio-tecido conjuntivo) Células do tecido conjuntivo: Fibroblastos (65%) Células inflamatórias: pequeno no. (situação normal) – PMNs – Linfócitos – Plasmócitos – Mastócitos – Macrófagos FIBRAS COLÁGENAS GENGIVAIS OU SUPRA- ALVEOLARES (lâmina própria): 1. Dento-gengivais 2. Dento-periostais 3. Alvéolo-gengivais 4. Circulares 5. Transeptais Mucosa Alveolar Localização: apicalmente a junção mucogengival • Cor vermelha mais escura e superficie lisa • Pequenos vasos sanguíneos são visíveis • Tecido conjuntivo frouxo (menor concentração de fibras) • Ligação frouxa com o osso (mobilidade) Palatina: ausência de linha mucogengival Ligamento Periodontal Direção coronária: contínuo com as fibras supra-alveolares • Circunda as raízes dos dentes • Une o cemento radicular ao osso alveolar • Espaço: 0,1 a 0,25 mm de largura Componentes: células, fibras, inervação, vasos sanguíneos e linfáticos • Radiografia: linha radiolúcida (circunda a raiz) • Mobilidade dental: ligamento alterado devido a inflamação ou parcialmente perdido Elementos Celulares: *Fibroblastos * Osteoblastos * Osteoclastos * Cementoblastos * Cementoclastos * C. Mesenquimais * C. Epiteliais * Macrófagos * Mastócitos Função do ligamento periodontal: Sustentação dos dentes (dente no alvéolo) Transmissão de forças ao osso alveolar (feixes de fibras: variadas direções) Retorno do orgão dental (posição inicial) Proteção de vasos e nervos (envolvidos pelos feixes de fibras periodontais) formação e reabsorção de cemento e osso (fibroblastos, osteoblastos, osteoclastos, cementoblastos e cementoclastos) Nutrição para o cemento e osso alveolar (ricamente vascularizado elementos nutritivos) Sensibilidade proprioceptiva (inervação) FIBRAS COLÁGENAS DO LIGAMENTO PERIODONTAL: 1. CRISTA-ALVEOLARES 2. HORIZONTAIS 3. OBLÍQUAS (70%) 4. APICAIS 5. INTERRADICULARES Função das Fibras colágenas do ligamento periodontal: 1. Crista-alveolares: retém o dente no alvéolo 2. Horizontais: fazem oposição às forças laterais 3. Oblíquas: fazem oposição às forças dirigidas axialmente 4. Apicais: previnem o dente da inclinação e extrusão, protege os vasos e nervos que suprem o dente 6. Inter-radiculares: previnem o dente da inclinação e extrusão LIGAMENTO PERIODONTAL PL – ligamento periodontal BB – osso fasciculado (osso alveolar propriamente dito) SF – fibras de Sharpey OB – osteoblastos OC - osteócitos Cemento Reveste a dentina radicular e o esmalte Não contém vasos sanguíneos, nem linfáticos (nutrição: difusão de substâncias dos vasos sanguíneos do conjuntivo subepitelial e do ligamento periodontal) Não inervado Não sofre remodelação e absorções fisiológicas (deposição contínua durante a vida - aumenta de espessura) • ACELULAR ou PRIMÁRIO / CELULAR ou SECUNDÁRIO O Cemento acelular ou primário: formado em associação com a formação da raiz e a erupção do dente (terço cervical ou metade coronária da raiz) O Cemento celular ou secundário: depositado sobre o cemento primário (formação após a erupção de dente, e em resposta a demandas funcionais - metade apical da raiz) O cememnto celular CONTÉM CEMENTÓCITOS (LACUNAS) • FIBRILAR / AFIBRILAR Sistema extrínsico de fibras do cemento – formado pelas fibras de Sharpey (produzidas pelos fibroblastos do ligamento periodontal) Sistema intrínsico de fibras do cemento (produzido pelos cementoblastos) - é composto de fibras orientadasmais ou menos em direção pararela ao longo do eixo daraiz Funções: • Ancoragem das fibras do ligamento periodontal, do lado dentário (fibras de Sharpey) • Participação nos processos de reparação de danos à superfície radicular (deposição contínua) CLASSIFICAÇÃO DO CEMENTO (dentes humanos): [1] Cemento acelular afibrilar (CAA) [1] Cemento acelular de fibras extrínsecas (CAFE) [1] Cemento celular de fibras intrínsecas (CAFI) CEMENTO ACELULAR AFIBRILAR (CAA) Não contém cementócitos Não contém fibras colágenas intrinsecas ou extrínsicas Porção do cemento que se encontra sobre o esmalte (ao nível e ao longo da J.C.E.) Sem função de inserção (ausência de fibras colágenas) CEMENTO ACELULAR DE FIBRAS EXTRÍNSECAS (CAFE) * Não apresenta cementócitos * Contém sistema de fibras de sharpey que se tornaram mineralizadas * Metade coronária da superfície radicular * Participa da inserção dente / osso CEMENTO CELULAR DE FIBRAS INTRÍNSECAS (CCFI) Conceituado como cemento secundário ou de reparo (deposição sobre cemento primário) Apresenta cementócitos Não apresenta fibras de sharpey Fibras intrínsecas sintetizadas e secretadas pelos cementoblastos Zonas inter-radiculares e porções apicais ESPESSURA DO CEMENTO • Metade coronária das raízes - entre 20 a 50 μm (0,020 a 0,050 mm) Espessura: fio de cabelo • Na região apical de 150 a 250 μm (0,15 a 0,25 mm) HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA Superficie da dentina exposta (tubulos dentinários abertos) Movimento do fluido nos túbulos altera a pressão dentro da dentina e causa dor OSSO ALVEOLAR Parte da maxila e da mandíbula que forma e dá suporte aos alvéolos dos dentes • Tecido inervado e vascularizado (diferentemente do cemento) • Desenvolvem em conjunto com a erupção do dente (dentes perdidos reabsorção) • Sofre constantemente processos de remodelação, como resultado de sua adaptação às necessidades funcionais tais como aumento pela abrasão e migração dos dentes OSSO ALVEOLAR PROPRIAMENTE DITO (OSSO CORTICAL ou COMPACTO) - extensão da mandíbula e maxila • radiograficamente: lâmina dura OSSO ALVEOLAR DE SUPORTE (OSSO TRABECULAR ou ESPONJOSO) - maior parte dos septos interdentais Alterações morfológicas: defeitos ósseos alveolares: DEISCÊNCIAS FENESTRAÇÕES COMPOSIÇÃO DO OSSO ALVEOLAR MATRIZ INORGÂNICA (componente mineral) • Hidroxiapatita - 65 à 70% da estrutura óssea MATRIZ ORGÂNICA (OSTEÓIDE) • Principalmente colágeno ELEMENTOS CELULARES • Osteócitos (osteoblastos aprisionados no osteóide) • Osteoblastos • Osteoclastos (aspecto radiográfico) LÂMINA DURA NORMAL: linha radiopaca contornando a raiz Inervação e Nutrição: Ocorrem através dos canais de Havers (longitudinais ou paralelos ao osso) e dos canais de Volkmann (transversais ou perpendiculares ao osso), por onde passam vasos sangüíneos e nervos IRRIGAÇÃO DO PERIODONTO: (vasos sangüíneos dentro do osso alveolar) Vasos sanguíneos e nervos (originados do nervo trigêmio e seus ramos terminais) emergindo dos canais de Volkmann atingindo o ligamento periodontal (anastomose) OSSO MAXILAR [1]Paredes dos alvéolos: osso compacto [1] Entre os alvéolos: osso esponjoso [1]Espessura:maior superfície palatina OSSO MANDIBULAR Espessura: Incisivos e pré-molares: vestibular mais delgada Molares: vestibular mais espesso Instrumentos em periodontia Instrumentos utilizados em Periodontia: *Exame periodontal (sonda exploradora, espelho bucal e sonda periodontal) *Raspagem e alisamento radicular (instrumentos manuais, ultra-sônicos e rotatórios) *Cirurgia Sonda Exploradora Indicações: Cáries e descalcificações Contorno e adaptação das restaurações Cálculos subgengivais Irregularidades na superfície do cemento Espelho Bucal * Visão indireta (superfície palatina dos dentes ântero-sup.) * Iluminação indireta (reflexo do feixe luminoso) * Transiluminação (reflexo do feixe luminoso incidindo sobre a face lingual dos dentes, enquanto são examinados diretamente pela face vestibular) *Afastamento (língua e/ou bochecha) Sondas Periodontais Marcação (régua) Milimetrada ou colorida Cilíndrica ou retangular Reta ou curva Indicações: Profundidade de sondagem Presença de sangramento Presença de cálculo sub-gengival Recessão gengival Envolvimento de furca Tipos de Sondas Periodontais: Sonda OMS - Levantamento epidemiológico. Sondas plásticas - Implantes Sondas metálicas Profundidade de sondagem Presença de sangramento Presença de cálculo sub-gengival Recessão gengival Sonda Nabers - grau de envolvimento de furca Instrumentos Manuais Raspadores Curetas Foices Limas Características ideais dos instrumentos manuais raspadores: Delicado Tamanho confortável Forma adequada à anatomia da região a ser trabalhada Rigido (sem ser grosseiro) Afiado com facilidade Constituição dos instrumentos manuais rapadores: *CABO (Segurar o instrumento, composição: Latão ou alumínio) Serrilhados Sextavados Oitavados Escovados *HASTE Parte intermediária do raspador, localizada entre o cabo e a lâmina COMPOSIÇÃO: Aço inoxidável e Aço carbono ANGULAÇÃO: mais anguladas (posterior), menos anguladas (anterior) COMPRIMENTO: curtas (bolsas rasas), longas (bolsas profundas *LÂMINA OU EXTREMIDADE ATIVA Parte do raspador responsável pela remoção do cálculo Seu desenho classifica o raspador Consiste de uma lâmina que possui 1 ou 2 porções cortantes Forma: Pontas fixas ou substituíveis, Instrumentos simples e duplos (1 ou 2 extremidades ativas) Composição da ponta ativa: *Aço carbide *Aço carbono *Aço inoxidável. **Aço carbide (carbureto de tungstênio) Liga metálica carbono + tungstênio Corte duro e friável Afiação: somente com ponta de vídea Custo elevado: somente lâmina é de carbide (soldada na haste:soltura da lâmina após vários processos de esterilização) **Aço carbono Manutenção do poder de corte Maior comprometimento quando da esterilização em calor úmido sob pressão **Aço inoxidável Não mantém corte por longo tempo (corte aceitável) Vida útil mais curta Face das Lâminas ou extremidades ativas: *Coronária (FC) *Lateral ou apical (FL) *Dorsal (FD) Na lâmina de um raspador existem ângulos que servem de orientação na confecção do raspador em sua utilização sobre a superfície dental ou na pedra de afiar Ângulos da ponta ativa: Na confecção do raspador: Ângulo de conexão (angulação da lâmina), Ângulo de corte Na utilização do raspador: Ângulo de trabalho Ângulos de Corte: Decorrente da união da face coronária com a face lateral Foice, Cureta de Gracey, Cureta Universal e Lima Dunlop:70º a 80º Limas Hirschfeld: 40º Ângulo de trabalho - RAR: 45º a 90º FOICES Extremidade ativa: *Ângulo de conexão: 90º a 100º *Ângulo de corte: 70º a 80º *2 ângulos de corte retos *Dorso agudo e afilado *Conformação triangular Indicações: *Raspagem de cálculo supra-gengival nos ângulos proximais *Raspagem do cálculo levemente subgengival se a gengiva estiver inflamada (fácil inserção da lâmina) Curetas(Específicas de Gracey e Universais) Específicas de Gracey: *Padrão *After-five (haste terminal 3 mm mais longa, tamanho da lâmina igual ao da Gracey comum) *Mini-five (haste terminal 3 mm mais longa e lâmina 50% menor que a Gracey comum) *Ângulo de conexão: 60o a 70o *Ângulo de corte: 70o a 80o *Somente um ângulo de corte é utilizado (maior e externo ou inferior) *Extremidade final e dorso arredondados *Lâmina curva em dois planos *Desenhadas para determinadas faces e áreas específicas *Indicações: Raspagem supra e sub-gengival, Alisamento radicular *Áreas de atuação: 5e6 - Todas as faces dos anteriores 7e8 - Vestibular e Lingual de posteriores 11e12 - Mesial de Posteriores 13e14 - Distal de Posteriores Curetas Universais: *Ângulo de conexão: 90º a 100º *Ângulo de corte: 70º a 80º *Desenhadas para se adaptarem a todas as superfícies dentárias de toda região da boca *Ambosângulos de corte são utilizados *Lâmina curva em um único plano (observação diretamente sobre a face coronária: ângulos de corte são paralelos e retos entre si) *Indicações: Raspagem supra e sub-gengival e Alisamento radicular *Mc Call 13/14 (anteriores – todas as faces) * Mc Call 17/18 (posteriores – todas as faces) Limas Formato da base da lâmina: redondo, oval ou retangular (extensão da haste) Ângulo de conexão (lâminas/haste): 90º a 105º Indicações: Fraturar grandes massas de cálculo, raspagem supra e sub-gengival (bolsas periodontais, profundas): faces vestibulares, linguais e adjacentes às áreas desdentadas Instrumentação manual em Periodontia Terapia periodontal Objetivos: *Prevenir ou eliminar a doença periodontal *Promover regeneração dos tecidos periodontais perdidos *Manutenção da saúde periodontal Fases: *Tratamento Periodontal Básico *Tratamento Periodontal Cirúrgico *Manutenção Tratamento Periodontal Básico Objetivos: Eliminação de fatores etiológicos locais Fornecer uma superfície biologicamente aceitável Eliminação ou redução da inflamação (diminuir áreas à serem operadas ou facilitar a intervenção cirúrgica) Facilitar os procedimentos de higiene bucal Fases: Educação, Motivação e Instrução ao paciente Raspagem e Alisamento Radicular (RAR) Procedimentos Complementares (Inter-relação da Periodontia com outras especialidades) Informação: qual o quadro clínico, o que levou a esta situação, probabilidade de cura, plano de tratamento e participação do paciente Motivação: ser objetivo e vantagens do tratamento Evidenciadores de biofilme dental: Os evidenciadores de biofilme são substâncias químicas (corantes) usados para a coloração de bactérias, que evidenciam a "invisível" ou pouco visível colônia de bactérias que se adere ás superfícies dentárias. Facilita a localização dos depósitos bacterianos e orientação ao paciente. Possibilita correlacionar: biofilme / inflamação gengival. Avaliação e controle da Higiene Bucal. Evidenciadores do biofilme: Vermelhos: Fucsina, Eritrosina Violeta: Violeta genciana Azuis: Azul de metileno Verde: Verde-de-malaquita Soluções: aplicação com bolinha de algodão mais pinça ou cotonete ou Pastilhas: mastigadas 1-1,5 minuto. Evidências científicas têm demonstrado que a migração do biofilme dental produz alterações sobre a superfície radicular, perpetuando as bactérias e seus produtos. Raspagem Dental É o processo clínico através do qual se elimina todo o cálculo da superfície do dente a partir do epitélio juncional (supra e subgengivalmente) Aplainamento (alisamento) radicular: Processo pelo qual o cálculo residual e porções de cemento ou dentina são removidos, proporcionando uma superfície lisa, resistente e limpa. Objetivos: *Eliminação e substituição da microbiota patogênica por microbiota normal *Transformar bolsas ativas em inativas ou sulcos rasos e sadios *Produzir superfície radicular compatível com nova inserção *Favorecer controle do biofilme dental *Restaurar a saúde dos tecidos gengivais removendo o biofilme dental, cálculo e cemento contaminado. Raspagem Supragengival: *Acesso fácil: penetra até 1 mm da margem gengival *Cálculo fácil de remover Raspagem Subgengival: *Acesso mais difícil *Cálculo mais duro e aderido *Sensibilidade táctil (visibilidade comprometida e sangramento) Instrumentação: *Instrumentos Manuais *Instrumentos Sônicos e Ultra-sônicos *Instrumentos rotatórios Regras para instrumentação: 1. Região (área) de instrumentação ou face dental Sextantes: S1: dentes 14-18 S2: dentes 13-23 S3: dentes 24-28 S4: dentes 34-38 S5: dentes 33-43 S6: dentes 44-48 Elemento dental 2. Posicionamento paciente / operador e angulação da cadeira Posição do operador: *Destro: 7- 9 - 11 h *Canhoto: 5 - 3 - 1 h Angulação da cadeira: 180º (superiores) ou 120º (inferiores – mandíbula paralela ao chão) 3. Seleção do instrumento 4. Manuseio do instrumental (preensão do instrumento, apoio dos dedos, ângulação e movimentos) a) Preensão do instrumento: (O polegar, o dedo indicador e o dedo médio são usados para segurar o instrumento) Caneta modificada. O dedo médio é posicionado de maneira que a porção lateral da polpa do dedo esteja apoiando a haste do instrumento. Os dedos indicador e polegar são colocados em oposição um ao outro, próximos à junção do cabo com a haste. b) Apoio dos dedos: Estabiliza a mão e o instrumento, proporcionando um fulcro firme ao serem feitos movimentos para ativar o instrumento. Objetivo do apoio de dedos: *Evitar dilaceração do tecido gengival *Correta angulação para a lâmina *Movimento de punho-antebraço *Centro do movimento de raspagem (ponto de fulcro) Tipos de apoio de dedos: Intrabucais (Digital simples, Construído e Reforçado) Extrabucais (Palma da mão para baixo e para cima) *Digital simples (convencional) O apoio dos dedos é estabelecido nas superfícies dentárias imediatamente adjacentes à area de trabalho. O dedo anular serve de apoio para a mão e de fulcro para o instrumento *Construído (dedo sobre dedo) O apoio dos dedos é estabelecido sobre o dedo indicador ou o polegar da mão não-operante *Reforçado Coloca-se o dedo indicador da mão não-operante no cabo ou haste do instrumental para aumentar o controle e a pressão contra o dente *Palma da mão para baixo Apoio do dorso do dedo médio e do dedo anular sobre a pele que reveste a face lateral da mandíbula no lado direito da face *Palma da mão para cima Apoio da superfície anterior do dedo médio e do dedo anular sobre a pele que reveste a face lateral da mandíbula no lado esquerdo da face c) Angulação (relação lâmina – dente) Ângulo formado entre a face coronária do instrumental e a superfície dentária Angulação das Curetas e foices: 0º(introdução da cureta no interior da bolsa periodontal) < 45º (brunimento do cálculo) 45º a 90º (Ângulo de trabalho - RAR) > 90º (dilaceração tecidual ou curetagem gengival) Curetas: (extremidade ativa subgengival) Porção terminal da haste paralela a superfície do dente. d) Movimentos de raspagem *Tração *Rotação (“maçaneta de porta”) *Faixas e sentido ápico-incisal *Movimento de tração curto, forte, que é realizado com instrumentos laminados para a remoção de cálculos supragengivais e subgengivais. *Tracionamento: oblíquo, horizontal ou vertical *O movimento de raspagem deve ser iniciado no antebraço e transmitido do pulso para a mão com uma leve curvatura dos dedos (a rotação do pulso é sincronizada com o movimento do antebraço) *O movimento não é iniciado no pulso ou nos dedos, nem é realizado independente sem o uso do antebraço *Rotação da mão: pulso e antebraço *Raspagem em faixas e sentido ápico-incisal *A borda cortante prende a borda apical do cálculo e o desloca com um movimento firme em direção coronária Polimento Coronário Indicações: *Após R.A.R. (diminuir rugosidade radicular) *Prévio à aplicação tópica de flúor *Limpeza da superfície dental Instrumentos para polimento coronário: *Faces livres - taças de borracha * *Faces oclusais - escovas de Robson * *Faces interproximais - fio dental ou tiras de poliéster (granulação fina) *Jato de bicarbonato Faces Lives: Contra ângulo – 2500 RPM Pressão suave Movimentos intermitentes Angulação de 90º (taça de borracha / dente) Pasta profilática
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