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Periodontia - Anatomia do periodonto e instrumentação

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Periodontia 
Anatomia e histologia do periodonto
Peri - ao redor
Odonto - dente
 
PERIODONTO DE PROTEÇÃO: Gengiva
PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO: Ligamento periodontal, Osso alveolar, Cemento.
Gengiva
• É a associação de tecidos (epitelial e conjuntivo) que circundam os dentes
• Recobre as porções cervicais dos dentes e o processo alveolar
Anatomia Macroscópica da Gengiva:
• ROSA CLARO
• CONTORNO PARABÓLICO
• ASPECTO PONTILHADO
• CONSISTÊNCIA FIRME
• VARIAÇÕES NA LARGURA
• APICALMENTE (MUCOSA ALVEOLAR)
• Melanina: pigmentação (melanócitos – camada basal do epitélio) em albino é ausente ou muito diminuida.
 
A gengiva é dividiva em:
• Gengiva livre ou marginal
• Gengiva inserida
• Gengiva ou papila interdentária
 
Gengiva Livre ou Marginal:
• Margem gengival em direção apical até a ranhura gengival livre (nível da JCE)
• Ranhura gengival livre (30-40% dos adultos)
 
Gengiva Inserida:
• Limite: ranhura gengival livre até a junção mucogengival
• Inserida no osso alveolar e ao cemento radicular subjacentes Imóvel em relação a mucosa alveolar
• Coloração rósea
• Textura firme
• Superfície com pontilhado delicado (aparência de casca de laranja)
Largura de gengiva inserida: varia de anterior para posterior e varia numa mesma região
A largura da gengiva inserida pode aumentar com a idade
Presença de gengiva inserida não é indispensável para a saúde periodontal na ausência de placa
Pequena altura ou ausência de gengiva inserida é um fator de risco de desenvolvimento de recessões (vestíbulo raso, freio e controle inadequado de placa)
 
Gengiva interdentária (papila interdental):
Ocupa o espaço interproximal situado abaixo da área de contato dentário
Forma da gengiva interdentária depende:
[1] Forma dos pontos ou superfícies de contato entre os dentes
[1] Largura da superfície proximal dos dentes
[1] Anatomia da junção cemento-esmalte
Área do “col” gengival: concavidade situada entre a papila vestibular e a lingual (recoberta por um epitélio delgado não - ceratinizado)
 
Anatomia Microscópica:
 
Divisão do Epitélio gengival:
Epitélio oral
Epitélio do sulco
Epitélio juncional
 
EPITÉLIO ORAL (aspectos microscópicos):
Epitélio estratificado e ceratinizado
Apresenta 4 camadas celulares:
(1) Camada córnea (ceratinizada)
(2) Camada granulosa
(3) Camada espinhosa
(4) Camada basal (estrato germinativo)
RENOVAÇÃO DO EPITÉLIO – através da camada basal (ceratinócito – descamação na superfície do tecido em 30 dias)
ELEMENTOS CELULARES:
90% da pop. Celular: Ceratinócitos (células produtoras de ceratina)
10% da pop. Celular: Melanócitos: (pigmentomelanina) e Células de Langerhans: defesa da mucosa bucal
E Células inespecíficas
 
Epitélio do sulco (sulcular) aspectos microscópicos:
Epitélio estratificado e paraceratinizado
APRESENTA TRÊS CAMADAS:
1- Granulosa
2- Espinhosa
3- Basal
RENOVAÇÃO DO EPITÉLIO – (4 a 10 dias)
DELIMITAÇÕES REVESTE A PAREDE MOLE DO SULCO GENGIVAL
 
EPITÉLIO JUNCIONAL (Aspectos microscópicos):
Corte transversal (cunha fina)
[1] Forma a base do sulco gengival
[1] Une o dente ao tecido conjuntivo
[1] Inserção apical - JCE
[1] De 15 a 20 camadas de células (porção coronária) e 1 a 2 camadas (porção mais apical)
DUAS CAMADAS CELULARES: basal
(cobre o tecido conjuntivo) e suprabasal (cobre o dente) - desprovido de camada córnea (ceratina)
RENOVAÇÃO DO EPITÉLIO – (40 a 145 dias)
Limite: epitélio oral, o epitélio do sulco e o tecido conjuntivo (curso ondulado)
• Papilas do tecido conjuntivo – parte do tecido conjuntivo que se projetam no epitélio (ausência de vascularização)
Cristas epiteliais (aspecto de "casca de laranja")
• Depressões na superfície da gengiva são oriundas das áreas de fusão entre as várias cristas epiteliais
 
 
 
 
 
TECIDO CONJUNTIVO GENGIVAL: 
Componente tecidual predominante da gengiva (firmeza a gengiva)
Constituintes principais:
• Fibras colágenas (60%)
• Fibroblastos (5%) – sintetizam colágeno *
• Matriz extra-celular (“meio ambiente” para célula), Vasos, Nervos (35%)
* Colágeno: Substância protéica das fibras (manter a forma e impedir a
deformação dos tecidos)
Fibras do tecido conjuntivo:
• Fibras Colágenas 
Predominam no tecido conjuntivo
• Fibras Elásticas
Presentes no tecido conjuntivo da mucosa alveolar
• Fibras Oxitalâmicas
Presentes na gengiva e ligamento periodontal
• Fibras Reticulares
Tecido adjacente a membrana basal (epitélio-tecido conjuntivo)
Tecido conjuntivo frouxo que circunda os vasos (endotélio-tecido conjuntivo)
Células do tecido conjuntivo:
Fibroblastos (65%)
Células inflamatórias: pequeno no. (situação normal)
– PMNs
– Linfócitos
– Plasmócitos
– Mastócitos
– Macrófagos
 
FIBRAS COLÁGENAS GENGIVAIS OU SUPRA- ALVEOLARES (lâmina própria):
1. Dento-gengivais
2. Dento-periostais
3. Alvéolo-gengivais
4. Circulares
5. Transeptais
 
Mucosa Alveolar 
 
Localização: apicalmente a junção mucogengival
• Cor vermelha mais escura e superficie lisa
• Pequenos vasos sanguíneos são visíveis
• Tecido conjuntivo frouxo (menor concentração de fibras)
• Ligação frouxa com o osso (mobilidade)
Palatina: ausência de linha mucogengival
 
Ligamento Periodontal
 
Direção coronária: contínuo com as fibras supra-alveolares
• Circunda as raízes dos dentes
• Une o cemento radicular ao osso alveolar
• Espaço: 0,1 a 0,25 mm de largura
Componentes: células, fibras, inervação, vasos sanguíneos e linfáticos
• Radiografia: linha radiolúcida (circunda a raiz)
• Mobilidade dental: ligamento alterado devido a inflamação ou parcialmente perdido
Elementos Celulares:
*Fibroblastos
* Osteoblastos
* Osteoclastos
* Cementoblastos
* Cementoclastos
* C. Mesenquimais
* C. Epiteliais
* Macrófagos
* Mastócitos
 
Função do ligamento periodontal:
Sustentação dos dentes (dente no alvéolo)
Transmissão de forças ao osso alveolar (feixes de fibras: variadas direções)
Retorno do orgão dental (posição inicial)
Proteção de vasos e nervos (envolvidos pelos feixes de fibras periodontais)
formação e reabsorção de cemento e osso (fibroblastos, osteoblastos, osteoclastos, cementoblastos e cementoclastos)
Nutrição para o cemento e osso alveolar (ricamente vascularizado elementos nutritivos)
Sensibilidade proprioceptiva (inervação)
 
FIBRAS COLÁGENAS DO LIGAMENTO PERIODONTAL:
1. CRISTA-ALVEOLARES
2. HORIZONTAIS
3. OBLÍQUAS (70%)
4. APICAIS
5. INTERRADICULARES
 
Função das Fibras colágenas do ligamento periodontal:
1. Crista-alveolares: retém o dente no alvéolo
2. Horizontais: fazem oposição às forças laterais
3. Oblíquas: fazem oposição às forças dirigidas axialmente
4. Apicais: previnem o dente da inclinação e extrusão, protege os vasos e nervos que suprem o dente
6. Inter-radiculares: previnem o dente da inclinação e extrusão
 
LIGAMENTO PERIODONTAL
PL – ligamento periodontal
BB – osso fasciculado (osso alveolar propriamente dito)
SF – fibras de Sharpey
OB – osteoblastos
OC - osteócitos
 
Cemento
 
Reveste a dentina radicular e o esmalte
Não contém vasos sanguíneos, nem linfáticos (nutrição: difusão de substâncias dos vasos sanguíneos do conjuntivo subepitelial e do ligamento periodontal)
Não inervado
Não sofre remodelação e absorções fisiológicas (deposição contínua durante a vida - aumenta de espessura)
• ACELULAR ou PRIMÁRIO / CELULAR ou SECUNDÁRIO
O Cemento acelular ou primário: formado em associação com a formação da raiz e a erupção do dente (terço cervical ou metade coronária da raiz)
O Cemento celular ou secundário: depositado sobre o cemento primário (formação após a erupção de dente, e em resposta a demandas funcionais - metade apical da raiz) 
O cememnto celular CONTÉM CEMENTÓCITOS (LACUNAS)
• FIBRILAR / AFIBRILAR
Sistema extrínsico de fibras do cemento – formado pelas fibras de Sharpey (produzidas pelos fibroblastos do ligamento periodontal)
Sistema intrínsico de fibras do cemento (produzido pelos cementoblastos) - é composto de fibras orientadasmais ou menos em direção pararela ao longo do eixo daraiz
 
Funções:
• Ancoragem das fibras do ligamento periodontal, do lado dentário (fibras de Sharpey)
• Participação nos processos de reparação de danos à superfície radicular (deposição contínua)
 
CLASSIFICAÇÃO DO CEMENTO (dentes humanos):
[1] Cemento acelular afibrilar (CAA)
[1] Cemento acelular de fibras extrínsecas (CAFE)
[1] Cemento celular de fibras intrínsecas (CAFI)
 
CEMENTO ACELULAR AFIBRILAR (CAA)
Não contém cementócitos
Não contém fibras colágenas intrinsecas ou extrínsicas
Porção do cemento que se encontra sobre o esmalte (ao nível e ao longo da J.C.E.)
Sem função de inserção (ausência de fibras colágenas)
 
CEMENTO ACELULAR DE FIBRAS EXTRÍNSECAS (CAFE)
* Não apresenta cementócitos
* Contém sistema de fibras de sharpey que se tornaram mineralizadas
* Metade coronária da superfície radicular
* Participa da inserção dente / osso
 
CEMENTO CELULAR DE FIBRAS INTRÍNSECAS (CCFI)
 Conceituado como cemento secundário ou de reparo (deposição sobre cemento primário)
 Apresenta cementócitos
 Não apresenta fibras de sharpey
 Fibras intrínsecas sintetizadas e secretadas pelos cementoblastos
 Zonas inter-radiculares e porções apicais
 
ESPESSURA DO CEMENTO
• Metade coronária das raízes - entre 20 a 50 μm (0,020 a 0,050 mm) Espessura: fio de cabelo
• Na região apical de 150 a 250 μm (0,15 a 0,25 mm)
 
HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA
Superficie da dentina exposta (tubulos dentinários abertos)
Movimento do fluido nos túbulos altera a pressão dentro da dentina e causa dor
 
OSSO ALVEOLAR
Parte da maxila e da mandíbula que forma e dá suporte aos alvéolos dos dentes
• Tecido inervado e vascularizado (diferentemente do cemento)
• Desenvolvem em conjunto com a erupção do dente (dentes perdidos reabsorção)
• Sofre constantemente processos de remodelação, como resultado de sua adaptação às necessidades funcionais tais como aumento pela abrasão e migração dos dentes
OSSO ALVEOLAR PROPRIAMENTE DITO (OSSO CORTICAL ou COMPACTO) - extensão da mandíbula e maxila
• radiograficamente: lâmina dura
OSSO ALVEOLAR DE SUPORTE (OSSO TRABECULAR ou ESPONJOSO) - maior parte dos septos interdentais
Alterações morfológicas: defeitos ósseos alveolares:
DEISCÊNCIAS
FENESTRAÇÕES
COMPOSIÇÃO DO OSSO ALVEOLAR
MATRIZ INORGÂNICA (componente mineral)
• Hidroxiapatita - 65 à 70% da estrutura óssea
MATRIZ ORGÂNICA (OSTEÓIDE)
• Principalmente colágeno
ELEMENTOS CELULARES
• Osteócitos (osteoblastos aprisionados no osteóide)
• Osteoblastos
• Osteoclastos
(aspecto radiográfico)
LÂMINA DURA NORMAL: linha radiopaca contornando a raiz
Inervação e Nutrição: Ocorrem através dos canais de Havers (longitudinais ou paralelos ao osso)
e dos canais de Volkmann (transversais ou perpendiculares ao osso), por onde passam vasos sangüíneos e nervos
IRRIGAÇÃO DO PERIODONTO: (vasos sangüíneos dentro do osso alveolar) Vasos sanguíneos e nervos (originados do nervo trigêmio e seus ramos terminais) emergindo dos
canais de Volkmann atingindo o ligamento periodontal (anastomose)
 
OSSO MAXILAR
[1]Paredes dos alvéolos: osso compacto
[1] Entre os alvéolos: osso esponjoso
[1]Espessura:maior superfície palatina
 
OSSO MANDIBULAR
Espessura:
Incisivos e pré-molares: vestibular mais delgada
Molares: vestibular mais espesso
 
Instrumentos em periodontia
Instrumentos utilizados em Periodontia:
*Exame periodontal (sonda exploradora, espelho bucal e sonda periodontal)
*Raspagem e alisamento radicular (instrumentos manuais, ultra-sônicos e rotatórios)
*Cirurgia
 
Sonda Exploradora
Indicações:
 Cáries e descalcificações
 Contorno e adaptação das restaurações
 Cálculos subgengivais
 Irregularidades na superfície do cemento
 
Espelho Bucal
* Visão indireta (superfície palatina dos dentes ântero-sup.)
* Iluminação indireta (reflexo do feixe luminoso)
* Transiluminação (reflexo do feixe luminoso incidindo sobre a face lingual dos dentes, enquanto são examinados diretamente pela face vestibular)
*Afastamento (língua e/ou bochecha)
 
Sondas Periodontais 
 Marcação (régua)
 Milimetrada ou colorida
 Cilíndrica ou retangular
 Reta ou curva
 
Indicações: 
 Profundidade de sondagem
 Presença de sangramento
 Presença de cálculo sub-gengival
 Recessão gengival
 Envolvimento de furca
 
Tipos de Sondas Periodontais:
 Sonda OMS - Levantamento epidemiológico.
 Sondas plásticas - Implantes 
 Sondas metálicas
 Profundidade de sondagem
 Presença de sangramento
 Presença de cálculo sub-gengival
 Recessão gengival
 Sonda Nabers - grau de envolvimento de furca
 
Instrumentos Manuais Raspadores
 Curetas
 Foices
 Limas
 
Características ideais dos instrumentos manuais raspadores:
 Delicado
 Tamanho confortável
 Forma adequada à anatomia da região a ser trabalhada
 Rigido (sem ser grosseiro)
 Afiado com facilidade
 
Constituição dos instrumentos manuais rapadores:
 
*CABO (Segurar o instrumento, composição: Latão ou alumínio)
 Serrilhados
 Sextavados
 Oitavados
 Escovados
 
*HASTE
Parte intermediária do raspador, localizada entre o cabo e a lâmina
COMPOSIÇÃO: Aço inoxidável e Aço carbono
ANGULAÇÃO: mais anguladas (posterior), menos anguladas (anterior)
COMPRIMENTO: curtas (bolsas rasas), longas (bolsas profundas
 
*LÂMINA OU EXTREMIDADE ATIVA
Parte do raspador responsável pela remoção do cálculo
Seu desenho classifica o raspador
Consiste de uma lâmina que possui 1 ou 2 porções cortantes
Forma: Pontas fixas ou substituíveis, Instrumentos simples e duplos (1 ou 2 extremidades ativas)
Composição da ponta ativa:
*Aço carbide
*Aço carbono
*Aço inoxidável.
 
**Aço carbide (carbureto de tungstênio)
 Liga metálica carbono + tungstênio
 Corte duro e friável
 Afiação: somente com ponta de vídea
 Custo elevado: somente lâmina é de carbide (soldada na haste:soltura da lâmina após vários processos de esterilização)
 
**Aço carbono
 Manutenção do poder de corte
 Maior comprometimento quando da esterilização em calor úmido sob pressão
 
**Aço inoxidável
 Não mantém corte por longo tempo (corte aceitável)
 Vida útil mais curta
 
Face das Lâminas ou extremidades ativas:
*Coronária (FC)
*Lateral ou apical (FL)
*Dorsal (FD)
 
 
Na lâmina de um raspador existem ângulos que servem de orientação na confecção do raspador em sua utilização sobre a superfície dental ou na pedra de afiar
 
Ângulos da ponta ativa:
 Na confecção do raspador: Ângulo de conexão (angulação da lâmina), Ângulo de corte
 Na utilização do raspador: Ângulo de trabalho
 
Ângulos de Corte:
Decorrente da união da face coronária com a face lateral
 Foice, Cureta de Gracey, Cureta Universal e Lima Dunlop:70º a 80º
 Limas Hirschfeld: 40º
 
Ângulo de trabalho - RAR: 45º a 90º
 
FOICES
 
Extremidade ativa:
*Ângulo de conexão: 90º a 100º
*Ângulo de corte: 70º a 80º
*2 ângulos de corte retos
*Dorso agudo e afilado
*Conformação triangular
 
Indicações:
*Raspagem de cálculo supra-gengival nos ângulos proximais
*Raspagem do cálculo levemente subgengival se a gengiva estiver inflamada (fácil inserção da lâmina)
 
Curetas(Específicas de Gracey e Universais)
 
Específicas de Gracey:
*Padrão
*After-five (haste terminal 3 mm mais longa, tamanho da lâmina igual ao da Gracey comum)
*Mini-five (haste terminal 3 mm mais longa e lâmina 50% menor que a Gracey comum)
*Ângulo de conexão: 60o a 70o
*Ângulo de corte: 70o a 80o
*Somente um ângulo de corte é utilizado (maior e externo ou inferior)
*Extremidade final e dorso arredondados
*Lâmina curva em dois planos
*Desenhadas para determinadas faces e áreas específicas
*Indicações: Raspagem supra e sub-gengival, Alisamento radicular
*Áreas de atuação:
5e6 - Todas as faces dos anteriores 
7e8 - Vestibular e Lingual de posteriores 
11e12 - Mesial de Posteriores
13e14 - Distal de Posteriores
 
Curetas Universais:
*Ângulo de conexão: 90º a 100º
*Ângulo de corte: 70º a 80º
*Desenhadas para se adaptarem a todas as superfícies dentárias de toda região da boca
*Ambosângulos de corte são utilizados
*Lâmina curva em um único plano (observação diretamente sobre a face coronária: ângulos de corte são paralelos e retos entre si)
*Indicações: Raspagem supra e sub-gengival e Alisamento radicular
*Mc Call 13/14 (anteriores – todas as faces)
*
Mc Call 17/18 (posteriores – todas as faces)
 
 
Limas
 Formato da base da lâmina: redondo, oval ou retangular (extensão da haste)
Ângulo de conexão (lâminas/haste): 90º a 105º
Indicações: Fraturar grandes massas de cálculo, raspagem supra e sub-gengival (bolsas periodontais, profundas): faces vestibulares, linguais e adjacentes às áreas desdentadas
 
 
 
 
 Instrumentação manual em Periodontia
Terapia periodontal
 
Objetivos:
*Prevenir ou eliminar a doença periodontal
*Promover regeneração dos tecidos periodontais perdidos
*Manutenção da saúde periodontal
 
Fases:
*Tratamento Periodontal Básico
*Tratamento Periodontal Cirúrgico
*Manutenção
 
Tratamento Periodontal Básico
 
Objetivos: 
 Eliminação de fatores etiológicos locais
 Fornecer uma superfície biologicamente aceitável
 Eliminação ou redução da inflamação (diminuir áreas à serem operadas ou facilitar a intervenção cirúrgica)
 Facilitar os procedimentos de higiene bucal
Fases: 
 Educação, Motivação e Instrução ao paciente
 Raspagem e Alisamento Radicular (RAR)
 Procedimentos Complementares (Inter-relação da Periodontia com outras especialidades)
 Informação: qual o quadro clínico, o que levou a esta situação, probabilidade de cura, plano de tratamento e participação do paciente
 Motivação: ser objetivo e vantagens do tratamento
 Evidenciadores de biofilme dental: Os evidenciadores de biofilme são substâncias químicas (corantes) usados para a coloração de bactérias, que evidenciam a "invisível" ou pouco visível colônia de bactérias que se adere ás superfícies dentárias. Facilita a localização dos depósitos bacterianos e orientação ao paciente. 
Possibilita correlacionar: biofilme / inflamação gengival. Avaliação e controle da Higiene Bucal.
Evidenciadores do biofilme:
 Vermelhos: Fucsina, Eritrosina
 Violeta: Violeta genciana
 Azuis: Azul de metileno
 Verde: Verde-de-malaquita
Soluções: aplicação com bolinha de algodão mais pinça ou cotonete ou Pastilhas: mastigadas 1-1,5 minuto.
Evidências científicas têm demonstrado que a migração do biofilme dental produz alterações sobre a superfície radicular, perpetuando as bactérias e seus produtos.
 
Raspagem Dental
 
É o processo clínico através do qual se elimina todo o cálculo da superfície do dente a partir do epitélio
juncional (supra e subgengivalmente)
Aplainamento (alisamento) radicular: Processo pelo qual o cálculo residual e porções de cemento ou dentina são removidos, proporcionando uma superfície lisa, resistente e limpa.
 
Objetivos:
*Eliminação e substituição da microbiota patogênica por microbiota normal
*Transformar bolsas ativas em inativas ou sulcos rasos e sadios
*Produzir superfície radicular compatível com nova inserção
*Favorecer controle do biofilme dental
*Restaurar a saúde dos tecidos gengivais removendo o biofilme dental, cálculo e cemento contaminado.
 
Raspagem Supragengival:
*Acesso fácil: penetra até 1 mm da margem gengival
*Cálculo fácil de remover
 
Raspagem Subgengival:
*Acesso mais difícil
*Cálculo mais duro e aderido
*Sensibilidade táctil (visibilidade comprometida e sangramento)
 
Instrumentação:
*Instrumentos Manuais
*Instrumentos Sônicos e Ultra-sônicos
*Instrumentos rotatórios
 
Regras para instrumentação:
1. Região (área) de instrumentação ou face dental
 Sextantes:
S1: dentes 14-18
S2: dentes 13-23
S3: dentes 24-28
S4: dentes 34-38
S5: dentes 33-43
S6: dentes 44-48
Elemento dental
 
2. Posicionamento paciente / operador e angulação da cadeira
Posição do operador:
*Destro: 7- 9 - 11 h
*Canhoto: 5 - 3 - 1 h
Angulação da cadeira: 180º (superiores) ou 120º (inferiores – mandíbula paralela ao chão)
 
3. Seleção do instrumento
 
4. Manuseio do instrumental (preensão do instrumento, apoio dos dedos, ângulação e movimentos)
 
a) Preensão do instrumento:
(O polegar, o dedo indicador e o dedo médio são usados para segurar o instrumento) Caneta modificada. O dedo médio é posicionado de maneira que a porção lateral da polpa do dedo esteja apoiando a haste do instrumento. Os dedos indicador e polegar são colocados em oposição um ao outro, próximos à junção do cabo com a haste.
 
b) Apoio dos dedos:
Estabiliza a mão e o instrumento, proporcionando um fulcro firme ao serem feitos movimentos para ativar o instrumento. 
 
Objetivo do apoio de dedos: 
*Evitar dilaceração do tecido gengival
*Correta angulação para a lâmina
*Movimento de punho-antebraço
*Centro do movimento de raspagem (ponto de fulcro)
 
Tipos de apoio de dedos:
Intrabucais (Digital simples, Construído e Reforçado)
Extrabucais (Palma da mão para baixo e para cima)
 
*Digital simples (convencional)
O apoio dos dedos é estabelecido nas superfícies dentárias imediatamente adjacentes à area de trabalho. O dedo anular serve de apoio para a mão e de fulcro para o instrumento
*Construído (dedo sobre dedo)
O apoio dos dedos é estabelecido sobre o dedo indicador ou o polegar da mão não-operante
*Reforçado
Coloca-se o dedo indicador da mão não-operante no cabo ou haste do instrumental para aumentar o controle e a pressão contra o dente
*Palma da mão para baixo
Apoio do dorso do dedo médio e do dedo anular sobre a pele que reveste a face lateral da mandíbula no lado direito da face
*Palma da mão para cima
Apoio da superfície anterior do dedo médio e do dedo anular sobre a pele que reveste a face lateral da mandíbula no lado esquerdo da face
 
c) Angulação (relação lâmina – dente)
Ângulo formado entre a face coronária do instrumental e a superfície dentária
 
Angulação das Curetas e foices: 
0º(introdução da cureta no interior da bolsa periodontal)
< 45º (brunimento do cálculo)
45º a 90º (Ângulo de trabalho - RAR)
> 90º (dilaceração tecidual ou curetagem gengival)
Curetas: (extremidade ativa subgengival) Porção terminal da haste paralela a superfície do dente.
 
d) Movimentos de raspagem
*Tração
*Rotação (“maçaneta de porta”)
*Faixas e sentido ápico-incisal
*Movimento de tração curto, forte, que é realizado com instrumentos laminados para a remoção de cálculos supragengivais e subgengivais.
*Tracionamento: oblíquo, horizontal ou vertical
*O movimento de raspagem deve ser iniciado no antebraço e transmitido do pulso para a mão com uma
leve curvatura dos dedos (a rotação do pulso é sincronizada com o movimento do antebraço)
*O movimento não é iniciado no pulso ou nos dedos, nem é realizado independente sem o uso do antebraço
*Rotação da mão: pulso e antebraço
*Raspagem em faixas e sentido ápico-incisal
*A borda cortante prende a borda apical do cálculo e o desloca com um movimento firme em direção coronária
 
 
 
 
 
Polimento Coronário
 
Indicações: 
*Após R.A.R. (diminuir rugosidade radicular)
*Prévio à aplicação tópica de flúor
*Limpeza da superfície dental
 
Instrumentos para polimento coronário:
*Faces livres - taças de borracha *
*Faces oclusais - escovas de Robson *
*Faces interproximais - fio dental ou tiras de poliéster (granulação fina)
*Jato de bicarbonato
 
Faces Lives:
Contra ângulo – 2500 RPM
Pressão suave
Movimentos intermitentes
Angulação de 90º (taça de borracha / dente)
Pasta profilática

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