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Benefícios do exercício físico para idosos hipertensos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO - UNIBRA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
BACHARELADO 
 
 
 
 
JOÃO VICTOR RODRIGUES DA SILVA 
LEYDEMBERG FREITAS DA SILVA 
RUAN MICHEL FARIAS SANTOS 
 
 
 
 
BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO PARA IDOSOS 
COM HIPERTENSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE/2018 
 
 
JOÃO VICTOR RODRIGUES DA SILVA 
LEYDEMBERG FREITAS DA SILVA 
RUAN MICHEL FARIAS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO PARA IDOSOS 
COM HIPERTENSÃO 
 
 
Artigo apresentado ao Centro Universitário Brasileiro – 
UNIBRA, como requisito parcial para obtenção do título de 
Graduado em Educação Física. 
 
Professor Orientador: Sheyla Israelita Christiany dos Santos 
Sampaio 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE/2018 
 
 
 
JOÃO VICTOR RODRIGUES DA SILVA 
LEYDEMBERG FREITAS DA SILVA 
RUAN MICHEL FARIAS SANTOS 
 
 
 
 
BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO PARA IDOSOS 
COM HIPERTENSÃO 
 
Artigo aprovado como requisito parcial para obtenção do título de Graduado 
em Educação Física, pelo Centro Universitário Brasileiro – UNIBRA, por uma 
comissão examinadora formada pelos seguintes professores: 
 
 
______________________________________________________________ 
Prof.º Sheyla Israelita Christiany dos Santos Sampaio 
 
______________________________________________________________ 
M.ª Priscila Praxedes Gomes 
 
______________________________________________________________ 
 Esp. Marcela Maria da Silva 
 
Recife, ___/___/____ 
NOTA:_______________ 
 
 
 
Margem superior 3cm 
Margem inferior 2cm 
Margem esquerda 3 cm 
Margem direita 2cm 
Não paginado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial еm nossas vidas, 
autor do nosso destino, nosso guia, socorro presente nа hora dа angústia, а 
nossos pais e professores que nos acompanharam desde início. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Dedicamos aqui nesse texto os nossos agradecimentos primeiramente para Deus 
por ter nos dado saúde e forças para superar as dificuldades. Em seguida 
agradecemos aos nossos pais pelo amor, carinho, paciência, seus ensinamentos e 
por não medirem esforços para que pudéssemos levar os nossos estudos adiante. 
Agradecemos também ao professor Edilson Laurentino Dos Santos por toda ajuda e 
orientação que nos foram dados. Agradecemos ao nosso orientador pelo suporte no 
pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções e incentivos, agradecemos 
também a instituição UNIBRA pelo ambiente criativo e amigável que proporciona e 
pela oportunidade de fazer o curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"Você nunca sabe que resultados virão da 
sua ação. Mas se você não fizer nada, não 
existirão resultados.” 
(Mahatma Gandhi) 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 07 
2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO................................................................. 10 
3 REFERENCIAL TEÓRICO.................................................................................. 10 
3.1 O exercício físico como tratamento não farmacológico para a 
hipertensão arterial.............................................................................................. 
 
10 
3.2 A importância do exercício físico no envelhecimento................................ 13 
3.3 Função cognitiva e capacidade funcional a associado a hipertensão 
arterial.................................................................................................................... 
 
16 
3.4 O profissional de educação física na terceira 
idade....................................................................................................................... 
 
20 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 21 
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO PARA IDOSOS COM HIPERTENSÃO 
 
João Victor Rodrigues da Silva 
Leydemberg Freitas da Silva 
Ruan Michel Farias Santos 
Sheyla Israelita Christiany dos Santos Sampaio1 
1Resumo: A hipertensão arterial é considerada um dos principais fatores de risco e 
um dos mais importantes problemas de saúde pública. O risco de desenvolver a 
hipertensão arterial aumenta com a idade, sendo a doença mais comum em idosos 
com prevalência igual ou superior a 60% em países como o Brasil, A mortalidade por 
doença cardiovascular aumenta progressivamente com a elevação da pressão 
arterial. O presente estudo teve como objetivo apresentar o exercício físico como 
estratégia para prevenção, tratamento e controle da hipertensão arterial, pois reduz 
a pressão arterial e os fatores de riscos cardiovasculares, sendo o exercício físico 
umas das principais terapêuticas utilizadas para pacientes hipertensos. O idoso é 
mais suscetível aos efeitos adversos do sedentarismo, sendo necessária maior 
compreensão dos efeitos do envelhecimento associados a esses fatores, foi 
realizado uma revisão bibliográfica em web sites e revistas eletrônicas científicas 
baseado na literatura portuguesa relacionado com o tema. 
 
Palavras-chave: Hipertensão arterial, Idosos, Exercício físico, Doenças 
cardiovasculares 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A hipertensão arterial é o principal fator de risco para a mortalidade e a 
terceira causa mais importante de anos de vida com incapacidade no mundo. A sua 
prevalência global é de 26% na população adulta, com projeções crescentes nas 
próximas décadas. O risco de desenvolver hipertensão arterial aumenta com a 
idade, sendo a doença crônica mais comum em idosos com prevalência igual ou 
superior a 60% em países como América latina (REVISTA BRASILEIRA DE 
HIPERTENSÃO, 2010). A hipertensão arterial não ocorre de forma isolada, a maioria 
dos hipertensos apresentam outros fatores de riscos e a concomitância desses 
fatores aumenta o risco cardiovascular (COSTA et al., 2006). 
 Diversas pesquisas têm relatado importantes benefícios do exercício físico 
para a população idosa, sendo considerada uma intervenção promissora para 
impedir e diminuir as perdas decorrentes do envelhecimento, auxiliando na melhoria 
das habilidades funcionais, do estado da saúde, da qualidade de vida, da autonomia 
 
1
 Pós Graduada em Fisiologia do Exercício- Universidade Gama Filho UGF - RJ 
8 
 
e da independência. Além dos prejuízos musculares como a perda progressiva da 
massa, força e potência, o envelhecimento também ocasiona alterações na 
diminuição da função cardiovascular de acordo com o avanço da idade, resultando 
no aumento progressivo da pressão arterial, sendo essas modificações estruturais e 
funcionais no coração e nos vasos sanguíneos, além de alterações no sistema 
nervoso autônomo (QUEIROZ; KANEGUSUKU; FORJAZ, 2010). 
O exercício físico é uma atividade física planejada, estruturada e repetitiva 
que tem como intuito aumentar ou manter a saúde e a aptidão física, dentre eles 
destacam-se a melhoria do condicionamento físico, diminuição da perda de massa 
óssea e muscular, o aumento da força, potência, coordenação e equilíbrio, além da 
redução da pressão arterial pós-exercício em relação aos níveis pré-exercício(NOGUEIRA et al, 2012) A inatividade física tende a aumentar durante o processo 
do envelhecimento, fator de risco que contribui para o aumento da incidência de 
doenças crônicas como a hipertensão arterial (SCHER; NOBRE ; LIMA, 2008). 
 De fato, o idoso é suscetível aos efeitos adversos do sedentarismo e no uso 
de medicamentos de controle de doenças. Pensando nisso surgiu à necessidade de 
investigar a característica própria do exercício físico como o tipo do treinamento, 
intensidade e sua duração para promover resultados benéficos para a saúde do 
idoso. Sendo o exercício físico uma das principais terapêuticas utilizadas para o 
paciente hipertenso, pois reduz a pressão arterial e os fatores de risco 
cardiovasculares e morbimortalidade (NOGUEIRA et al, 2012) 
Tem-se observado, atualmente, uma alteração drástica na pirâmide etária 
tanto da população mundial quanto da brasileira. Dados do IBGE mostraram que a 
população idosa em 1991representava 7,3% da população total do Brasil. No ano de 
2000, esse número passou para 8,6% e a expectativa para 2020 seria de 13% de 
idosos (ZAGO, 2010, P. 154). 
Com os avanços tecnológicos, especialmente na área médica, esperar-se um 
aumento significativo na qualidade de vida dos idosos, mas pelo contrário, essa 
enorme alteração no quadro demográfico está sendo acompanhada por um aumento 
significativo da incidência de determinadas doenças, que além de diminuir a 
expectativa de vida do idoso, gera uma condição de dependência e baixa auto 
estima. 
 Segundo Veras (2009) Apontou em seu estudo que há uma relação 
desproporcionalidade entre aumento da idade e aumento da prevalência de doenças 
9 
 
crônicas, evidenciando que na população, a cada três indivíduos, um é portador de 
doença crônica e, entre os idosos, oito em cada dez possuem pelo menos uma 
doença crônica. 
Além de comprometer a pessoa idosa propriamente dita, esses problemas 
relacionados à saúde acabam gerando várias consequências para todos os setores, 
como aumento nos gastos com os sistemas de saúde pública. 
A hipertensão arterial tem alta prevalência e baixas taxas de controle, é 
considerada um dos principais fatores de risco e um dos mais importantes 
problemas de saúde pública. Além das doenças cardiovasculares existem também a 
tendência de adquirir outros riscos à saúde como a arteriosclerose, aneurismas, 
insuficiência renal, doença arterial coronariana, acidente vascular encefálico 
conhecido como AVC entre outros. Os idosos brasileiros apresentam elevada 
prevalência de hipertensão, em torno de 65%da população, a mortalidade por 
doenças cardiovasculares aumenta progressivamente com a elevação da pressão 
arterial, sendo sua unidade de medida mensurada em milímetros de mercúrio 
(mmHg), a pressão arterial acima de 140/90 mmHg é considerado hipertenso e 
superior a 180/120 mmHg considera-se hipertensão arterial grave com risco de 
vida.Como dito anteriormente, as doenças cardiovasculares são consideradas a 
principal causa de morte, especialmente na população idosa. 
Os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, de acordo 
com Libermanetal (2007) são o sedentarismo, hipertensão arterial e níveis elevados 
de LDL-colesterol. Se for utilizado como exemplo apenas a hipertensão arterial, 
existe uma alta incidência desta patologia em indivíduos entre 65 a 74 anos (60,9% 
em homens e 74% nas mulheres), justificando assim a alta mortalidade por essa 
doença. 
A hipertensão arterial é uma doença crônica degenerativa de origem 
multifatorial, ou seja, diversos fatores podem estar envolvidos em sua etiologia 
como, por exemplo, fatores genéticos, ambientais, estresse, dentre outros. Em 
termos fisiológicos, quando a hipertensão arterial é diagnosticada no indivíduo, 
podem-se observar várias alterações orgânicas que são responsáveis pelo aumento 
da pressão arterial. 
 
 
 
10 
 
2 DELINEAMENTO METODOLÓGICO 
 
O presente trabalho de pesquisa se caracteriza como uma pesquisa 
bibliográfica, que segundo Fonseca (2002, p.32) é feito a partir de levantamento de 
referências teóricas já analisadas e publicadas por meios escritos e eletrônicos, 
como livros, artigos científicos e páginas de web sites. Para realizar tal pesquisa, tais 
como Google acadêmico, scielo e bireme, onde nas buscas foram utilizados os 
seguintes descritores em língua portuguesa: “HIPERTENSÃO ARTERIAL” 
,“IDOSOS”, “EXERCÍCIO FÍSICO” e “DOENÇAS CARDIOVASCULARES”. Foram 
utilizados os operadores lógicos AND, OR e NOT para combinação dos descritores 
que foram utilizados no rastreamento das publicações. Adicionalmente, trabalhos 
acadêmicos foram consultados como potenciais referências bibliográficas.
 Posteriormente, foram selecionados artigos, livros, entre outras fontes 
bibliográficas, com os seguintes critérios de inclusão: publicados entre os anos de 
1998 a 2014, em língua portuguesa, e artigos que analisassem pelo menos um dos 
desfechos associados aos benefícios do exercício físico sobre a hipertensão arterial.
 Foram selecionados 61 artigos para as seguintes etapas: na primeira fase 
foram realizadas as leituras dos títulos; durante a segunda fase os resumos de 
artigos relevantes com o objeto pesquisado. Posteriormente, uma cópia completa 
dos artigos que reuniram os iniciais critérios de inclusão foi obtida. Para a coleta de 
dados foi realizada uma leitura exploratória de todo o material selecionado, uma 
leitura seletiva das partes que realmente interessam e o registro das informações 
extraídas das fontes em instrumento específico, por fim foi realizada uma leitura 
analítica com a finalidade de ordenar e resumir as informações contidas nas fontes, 
de forma que estas possibilitaram a obtenção de respostas ao problema de 
pesquisa, ficando na base de dados da referência 33 artigos convocados para o 
estudo. 
 
3 REFERENCIAL TEÓRICO 
3.1 O exercício físico como tratamento não farmacológico para a hipertensão 
arterial. 
 O tratamento não medicamentoso da pressão arterial consiste em estratégias 
que visam mudar o estilo de vida e que podem levar a diminuição da dosagem dos 
11 
 
medicamentos ou até mesmo a sua dispensa, a prevenção e o tratamento da 
hipertensão através de intervenções não medicamentosa vem conquistando vários 
adeptos, médicos e pacientes, estão utilizando esta estratégia terapêutica com mais 
frequência, desfrutando dos seus benefícios a médio e longo prazo (MIO JR, 2002). 
É preciso usar a informação dentro de um processo educativo que leve a 
transformações, inclusive comportamentais, que podem incentivar o público idoso 
hipertenso para caminhadas, feiras de saúde, jogos educativos, formação de grupos, 
utilização de materiais educativos, entre outros. Fica evidente o apoio que os idosos 
hipertensos necessitam tanto da família quanto dos profissionais para que estejam 
motivados na busca de estratégias que facilitem na prática de melhores hábitos 
relacionado a saúde, tornando-os cooperativos e conscientes da importância de 
seguir com o tratamento (SILVEIRA; NAGEM; MENDES, 2007). 
 Logo após uma única sessão de exercício físico agudo observa-se que a 
pressão arterial permanece abaixo dos níveis encontrados no repouso, para que 
essa queda da pressão arterial tenha relevância clínica, é necessário que se 
mantenha na maior parte das 24 horas após o exercício (SCHER; NOBRE; LIMA, 
2008). Utilizando a monitorização ambulatorial da pressão arterial por um período de 
22 horas após uma sessão aguda de exercício físico dinâmico, realizado na 
intensidade de 50% do consumo de oxigênio, foi possível demonstrar que os níveis 
de pressão sistólica e diastólica de pacientes hipertensos estavam diminuídos nas 
22 horas, noperíodo de vigília e no período de sono, quando comparados a um dia 
em que não realizaram exercícios físicos, esses resultados demonstram, portanto, 
que o exercícios físico dinâmico é uma importante conduta não farmacológica no 
controle da pressão arterial de pacientes hipertensos (LATERZA; RONDON; 
NEGRÃO, 2007). 
 Alguns estudos, tanto com exercícios resistidos quanto com os aeróbios, têm 
apresentado essa queda de pressão arterial após o exercício físico. Outro fator que 
influencia de forma importante para a redução da pressão arterial após o exercício é 
a duração do exercício físico realizado, o exercício físico com duração de 45 minutos 
provoca uma diminuição da pressão arterial maior e mais prolongada do que o 
exercício com duração de 20 minutos (REBELO et al, 2001). 
 Um programa de exercício físico tem sido frequentemente recomendado 
como uma conduta importante no tratamento não farmacológico da hipertensão 
arterial. Foi verificado que não somente o efeito crônico do exercício físico, mas 
12 
 
também o efeito de uma única sessão de exercício físico consegue provocar 
diminuição na pressão arterial (FORJAZ et al,1998). Cada vez mais estudos têm 
demonstrado que uma única sessão de exercício é capaz de reduzir a pressão 
arterial de indivíduos normotensos e hipertensos, fazendo com que os níveis 
pressóricos tanto sistólicos como diastólico medidos no período pós exercício 
permaneçam inferiores se comparados no período pré - exercício e sem exercícios. 
 
 
 
 
 
De fato, vários estudos têm demonstrado o efeito hipotensor do exercício em 
pacientes hipertensos, já após uma única sessão de exercício físico aeróbio, 
e esta redução nos níveis pressóricos é mantida com o decorrer de um 
programa de treinamento físico. Contudo, sabe-se que o treinamento físico é 
capaz de diminuir a pressão arterial em 75% dos pacientes hipertensos e, 
além disso, a magnitude de redução pressórica apresenta certa variação ao 
analisarmos os resultados de recentes metanálises. Por exemplo, Halbertet 
al. relataram que o treinamento físico aeróbio reduzia a pressão arterial 
sistólica em 4,7 mmHg e a pressão arterial diastólica em 3,1 mmHg, quando 
comparadas às de um grupo-controle sem treinamento físico. Já em uma 
metanálise realizada por Hagberget al. foi observado que o treinamento físico 
provocava redução de 11 mmHg e 8 mmHg na pressão arterial sistólica e 
diastólica, respectivamente. E, mais recentemente, Wheltonet al. analisaram 
54 estudos controlados e verificaram redução média na pressão sistólica de 
3,7 mmHg e 2,6 mmHg na pressão diastólica (RONDOM; BRUM, 
2003,P.135) . 
 
FONTE:LATERZA; RONDON; NEGRÃO, (2007) 
13 
 
Essa população, como extensamente descrito, apresenta propensão ao 
desenvolvimento de hipertensão arterial e, portanto, pode se beneficiar de métodos 
não farmacológicos de controle da pressão arterial de repouso e prevenção do 
desenvolvimento de quadro hipertensivo. Nesse contexto, a identificação de efeitos 
específicos do exercício físico é importante para assegurar uma apropriada 
prescrição para idosos, assim como portadores de hipertensão crônica. Assim, 
pode-se destacar a importância do estudo em questão, que visa a observar os 
efeitos do exercício físico sobre o comportamento da pressão arterial em idosos, 
além de fornecer dados para uma prescrição mais direcionada. 
Cada vez mais tem sido documentada por meio de estudos uma associação 
entre o baixo nível de atividade física ou condicionamento físico com a presença da 
hipertensão arterial, não deixam dúvidas quanto ao benefício do exercício físico 
sobre a pressão arterial de indivíduos hipertensos jovens, adultos e idosos. Isto é, o 
treinamento físico reduz significativamente a pressão arterial em indivíduos com 
hipertensão arterial sistêmica (BALDISSERA; CARVALHO; PELLOSO, 2009). 
O tratamento não medicamentoso da hipertensão arterial consiste em 
estratégias que visam mudar o estilo de vida e que podem levar a diminuição da 
dosagem dos medicamentos ou até mesmo para a sua dispensa. 
A hipertensão arterial atualmente é definida de acordo com valores 
pressóricos, nas quais níveis iguais ou superiores a 140/90 mmhg diagnosticam a 
doença (REVISTA BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010). 
 
3.2 A importância do exercício físico no envelhecimento 
 
A busca por medidas objetivando uma melhor qualidade de vida, 
especialmente na população idosa, tem sido o foco de muitas pesquisas. É 
consenso na literatura que há uma relação muito forte entre envelhecimento, estilo 
de vida e saúde, e que a prática regular de exercícios físicos assume papel de 
destaque nesta relação. Desta forma, este texto tem como finalidade discutir tais 
relações, caracterizando o exercício físico como um dos principais fatores na relação 
saúde-doença e na melhoria da qualidade de vida, especialmente entre os idosos. 
O envelhecimento é um fenômeno que atinge todos os seres humanos, 
independentemente. Sendo caracterizado como um processo dinâmico, progressivo 
14 
 
e irreversível, ligados intimamente a fatores biológicos, psíquicos e sociais (BRITO; 
LITOVOC, 2004). 
O envelhecimento pode variar de indivíduo para indivíduo, sendo gradativo 
para uns e mais para outros (CAETANO, 2006) 
Algumas alterações biológicas esperadas no idoso com o envelhecimento 
ocorrem no sistema cardiovascular, quando o idoso é submetido a um esforço, 
ocorre uma diminuição na capacidade do coração de aumentar o número e a força 
dos batimentos cardíacos. 
A prática regular de exercícios físicos para pessoas da terceira idade além de 
ser fundamental, é o aspecto que exerce extrema importância na exposição e 
estimulação aos benefícios mais agudos e crônicos de sua prática. Entre os 
benefícios estão a diminuição de riscos de quedas e fraturas. Além das doenças e 
problemas de saúde como hipertensão arterial, osteoporose, artrite e depressão, os 
exercícios físicos podem diminuir a taxa de gordura corporal e aumentar a força 
muscular (CIVINSKI; MONTIBELLER; BRAZ, 2011). 
Idosos com boa aptidão física conseguem desempenhar as atividades 
básicas da vida diária não dependendo de outras pessoas e assim ter autonomia. 
Os benefícios dos exercícios para pessoas da terceira idade podem ser tanto 
físicos, sociais, quanto psicológicos. Ao praticar exercícios físicos regularmente, os 
idosos tendem a diminuir seus níveis de triglicerídeos, reduzirem sua pressão 
arterial, aumentar o colesterol HDL, aumentar a sensibilidade das células da 
insulina, reduzir a gordura corporal, aumentar a massa muscular, diminuir a perda 
mineral óssea, entre outros fatores positivos ao praticante (CIVINSKI; 
MONTIBELLER; BRAZ, 2011). 
A promoção de saúde na velhice deve ter seu foco no bom funcionamento 
físico, mental e social, assim como na prevenção das enfermidades e 
incapacidades, sendo importante salientar que muitas das medidas que afetam a 
saúde das pessoas idosas transcendem o setor de saúde (FONTELLES; SANTOS; 
SILVA, 2009). 
A prática de exercícios físicos pode retardar o período em que a capacidade 
funcional se declina, ou seja, aumentando a probabilidade de se manter 
independência funcional por mais tempo, evitando com isso a necessidade de 
cuidado por terceiros para o desempenho de atividades diárias (SILVA et al, 2014). 
15 
 
A sua prática regular além de contribuir sobre independência funcional e por 
consequência pelo aumento da expectativa de vida, proporciona importantes 
relações com a prevenção e o controle de muitas doenças crônico-degenerativas 
dentre as quais como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, câncer, 
osteoporose e sarcopenia (FERREIRA, 2003). 
O exercício aeróbio regular induz alterações favoráveistambém no peso e 
composição corporal. Observa-se uma redução da massa de gordura. Peso corporal 
e gordura intra-abdominal em idosos de programas de exercícios prolongados, o 
fator mais importante em busca de redução de peso é o gasto energético total 
(SILVA et al, 2014). 
No âmbito dos exercícios físicos resistidos, há evidências de que o 
treinamento de força induz a melhoria nas funções e estrutura muscular, articular e 
óssea, bem como metabólica e cardiovascular, favorecendo aspectos importantes 
para saúde e qualidade da vida dos idosos, pois a sarcopenia, como é chamado 
esse processo, caracteriza-se principalmente pela diminuição da quantidade e 
capacidade das proteínas contráteis em exercerem tensão suficiente para vencer 
uma resistência na realização de uma tarefa. Esse regresso da muscular não tem 
implicação somente na força, mas também sobre funções metabólicas e 
cardiovasculares. Em longo prazo, isso pode tornar os idosos mais suscetíveis ao 
desenvolvimento de desenvolvimento de condições patológicas como obesidade, 
diabetes e hipertensão (FERREIRA, 2003). 
Podemos concluir que os exercícios físicos atuam de forma aguda e crônica 
nas mais diversas doenças. O exercício resistido ajuda na manutenção da massa 
muscular e na densidade óssea, fortalecendo os músculos e os ossos. Exercícios 
aeróbios auxiliam na perda de gordura corporal, melhoram a capacidade 
cardiorrespiratório fortalecendo o coração e os pulmões. 
Os exercícios físicos também vão atuar na vida social do idoso, fazendo com 
que ele se mantenha motivado e ativo, podendo assim executar as tarefas diárias 
normalmente sem dificuldades e com maior mobilidade e facilidade (FARINATTI, 
2008). 
A ação educativa em saúde deve ser um processo dinâmico que tem como 
objetivo a capacitação de grupo sem busca da melhoria das condições de saúde, e, 
neste processo, a população tem a opção de aceitar ou rejeitar as novas 
informações, podendo também adotar ou não novos comportamentos. Não basta 
16 
 
apenas seguir normas recomendadas de como ter mais saúde ou evitar doenças, e 
sim realizar a educação em saúde estimulando o diálogo a indagação, a reflexão o 
questionamento e a ação (FONTELLES; SANTOS; SILVA, 2009). 
Na realidade, o importante é que se tenha o conhecimento de que o exercício 
físico pode atuar em cada um desses fatores, contribuindo para a diminuição dos 
valores de pressão arterial. Como exemplo: 
Pode-se citar o aumento da liberação de óxido nítrico com o exercício. 
Durante a realização de qualquer exercício, percebe-se que há aumento da 
frequência cardíaca e do fluxo sanguíneo, que culmina num aumento do 
shearstress, que é a força em que o sangue “raspa” na parede arterial. Essa força é 
captada por mecanoreceptores que desencadeiam uma série de reações químicas, 
dentre elas a ativação de uma enzima responsável pela produção de óxido nítrico. 
Por ser um potente vasodilatador, o óxido nítrico aumenta o calibre do vaso 
sanguíneo, diminuindo assim a resistência periférica.23,24 Este simples mecanismo 
é capaz de diminuir os valores de pressão arterial e, consequentemente, a 
incidência de hipertensão arterial(ZAGO, 2010, P. 156). 
Este exemplo deixa claro que o exercício físico presta enorme contribuição 
para favorecer a saúde da população idosa, com a diminuição ou minimização da 
doença ou dos efeitos que ela causa. Na realidade, existe uma série de estudos que 
ressaltam os benefícios do exercício físico para com a saúde, mostrando melhoras 
nos quadros de hipertensão arterial, diabetes, osteoporose e significativo aumento 
na qualidade de vida dessas pessoas.Desta forma, o exercício físico pode e deve 
ser encarado como uma das principais ferramentas do processo saúde doença, pois 
a contribuição que ele traz beneficia tanto o indivíduo idoso, principal alvo para esta 
relação,quanto o poder público com os gastos no sistema público de saúde. 
. 
3.3 Função cognitiva e capacidade funcional a associado a hipertensão 
arterial. 
 
As alterações morfofuncionais inerentes ao processo do envelhecimento, 
quando associadas a doenças crônicas, podem levar para a diminuição da 
independência física do idoso. A prevenção e o controle das doenças crônicas, 
incluindo a hipertensão arterial, podem auxiliar na manutenção da cognição e da 
capacidade funcional (BARBOSA; ALMEIDA; BARBOSA, 2014). 
17 
 
O processo de envelhecimento, associado à presença de doenças crônicas, 
causa danos à função cognitiva, afetando componentes como aprendizagem, 
habilidades motoras, capacidade de raciocínio e memória. Estudos clínicos relatam 
que a hipertensão arterial poderia ser um agravante aos déficits cognitivos (SANTOS 
2011). 
Em relação à capacidade funcional, diversos estudos demonstraram 
associações entre doenças crônicas e incapacidade para a realização das atividades 
da vida diária nos idosos, sendo a hipertensão arterial a condição crônica mais 
frequente nessa faixa etária (REVISTA BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2010). 
Diante das atuais tendências de envelhecimento populacional, cresce a importância 
de se avaliar o estado de saúde dos idosos, identificando as doenças incapacitantes 
para cada indivíduo, de forma que qualidade de vida lhe seja assegurada. 
Para que o idoso continue inserido na sociedade de forma ativa, é necessário 
que existam mais programas de prevenção e combate das doenças crônicas 
degenerativas, principalmente a hipertensão arterial, de forma que o idoso mantenha 
cognição preservada e consiga realizar as atividades da vida diária de forma 
independente. 
Entende-se por função cognitiva ou sistema funcional cognitivo as fases do 
processo de informação, como percepção, aprendizagem, memória, atenção, 
vigilância, raciocínio e solução de problemas. Além disso, o funcionamento 
psicomotor (tempo de reação, tempo de movimento, velocidade de desempenho) 
tem sido freqüentemente incluído neste conceito (ANTUNES et al, 2006,p.106). 
Embora essas funções cognitivas sejam afetadas negativamente pela idade, 
pois a partir do envelhecimento que ocorre perda de neurônios em consequência do 
declínio da performance cognitiva, os processos baseados em habilidades fluídas, 
tais com tarefas motoras aprendidas mas não executadas, sofrem declínio. 
Os motivos que levam déficit cognitivo ao longo dos anos ainda não estão 
bem estabelecidos, contudo, algumas propostas têm sido levantadas, dentre elas a 
redução da velocidade do processamento da informação, decréscimo de atenção, 
déficit sensorial, redução da capacidade da memória de trabalho e na função 
neurotransmissora. 
Segundo Heynet al (2004) em metanálise encontram significativo do 
desempenho físico e cognitivo e alteração positiva comportamento de pessoas 
idosas com déficit cognitivo e demência. Confirmando que prática de exercício físico 
18 
 
pode ser um importante protetor contra o declínio cognitivo e demência em 
indivíduos idosos. 
O exercício físico pode interferir na performance cognitiva por diversos 
motivos: 
 a) em função do aumento nos níveis dos neurotransmissores e por mudanças em 
estruturas cerebrais (isso seria evidenciado na comparação de indivíduos 
fisicamente ativos x sedentários); 
 b) pela melhora cognitiva observada em indivíduos com prejuízo mental (baseado 
na comparação com indivíduos saudáveis); 
c) na melhora limitada obtida por indivíduos idosos, em função de uma menor 
flexibilidade mental/atencional quando comparado com um grupo jovem (ANTUNES 
et al, 2006,p.110). 
A ação do exercício físico sobre a função cognitiva pode ser direta ou indireta. 
O mecanismo que age diretamente aumentando a velocidade de processamento 
cognitivo seria uma melhora na circulaçãoe nas alterações na síntese e degradação 
de neurotransmissores. Além dos mecanismos diretos, outros, de LDL, triglicerídeos 
no plasma sanguíneo e inibição da agregação plaquetária parece agirem 
indiretamente, melhorando essas funções e também a capacidade funcional geral, 
refletindo-se dessa maneira na qualidade de vida (MELLO; FERNANDES; TUFIK, 
2002). 
Estudiosos têm sugerido alguns mecanismos que seriam responsáveis por 
mediar os efeitos do exercício sobre as funções cognitivas. Acredita-se que o 
exercício físico poderia aumentar o fluxo sanguíneo cerebral e consequentemente, 
de oxigênio e outros substratos energéticos, proporcionando assim a melhora da 
função cognitiva. É possível que a atividade regular influencie na melhoraria da 
função cerebral. 
Os problemas de mobilidade em idosos estão geralmente associados a uma 
combinação de déficits de equilíbrio, marcha e força muscular dos membros 
inferiores, déficits esses que são também fator de risco de queda e de perda de 
autonomia para a realização das atividades da vida diária (RIBEIRO et al, 2009). 
De fato, as alterações associadas ao envelhecimento tais como o declínio da 
massa muscular e a diminuição da acuidade do sistema sensório motor são fatores 
importantes associados à diminuição do equilíbrio e da mobilidade funcional que se 
observa em idosos. Especialmente em idosos institucionalizados, que por estarem 
19 
 
menos envolvidos nas rotinas das atividades diárias ou porque apresentam 
patologias crônico-degenerativas que condicionam uma vida sem autonomia e 
dependente, a força muscular pode-se deteriorar até um ponto em que se torna 
difícil ser independente na marcha e nas atividades da vida diária (RIBEIRO et al, 
2009). 
No entanto, a participação regular em programas de exercício revela-se uma 
intervenção efetiva na redução e prevenção do declínio funcional associado ao 
envelhecimento, existindo evidência de que programas de exercício físico que 
incluam o fortalecimento muscular dos membros inferiores e o treino de equilíbrio 
para melhorar a função física, o equilíbrio, a mobilidade funcional, velocidade da 
marcha, transferências, subir escadas e levantar-se a partir da posição de sentado 
reduz o risco de quedas e previne a hipertensão arterial (CAIXETA; FERREIRA, 
2009). 
A capacidade funcional possui um conceito bem amplo e complexo 
abrangendo outros conceitos como deficiência, incapacidade, desvantagem e 
autonomia. Na prática é mais utilizado o conceito de capacidade e incapacidade. A 
incapacidade é definida como dificuldade ou mesmo impossibilidade de 
desempenho de gestos ou atividades de vida diária, que pode estar ou não 
relacionada à doença ou deficiência. Observa-se que a capacidade funcional pode 
ser influenciada por fatores socais, culturais, econômicos, demográficos ou 
psicossociais. Diante disso é necessária uma análise dos comportamentos 
associados ao estilo de vida como fumo e etilismo, prática de atividade física e 
relações sociais, como fatores que influenciam na capacidade funcional (CAIXETA; 
FERREIRA, 2009). 
Quando o idoso apresenta alguma patologia na falta de autonomia, fatores 
sociais, econômicos, culturais e o estilo de vida podem levar ao comprometimento 
da capacidade funcional do idoso e alterar seu envelhecimento saudável e seu bem-
estar. Por isso, podemos afirmar que manter a capacidade funcional tornou-se o 
novo paradigma do idoso . A perda da capacidade funcional aumenta a taxa de 
mortalidade dessa população, uma vez que indica a autonomia desse idoso. Dessa 
forma, o diagnóstico precoce e a prevenção são os maiores aliados para a 
manutenção da longevidade e independência do idoso (TRINDADE et al, 2013, 
p.286). 
 
20 
 
3.4 O Profissional de Educação Física na Terceira Idade 
 
O aumento da expectativa de vida dos idosos reflete diretamente na procura 
por práticas de exercícios físicos, contudo é de suma importância que os 
profissionais de Educação Física que pretendem trabalhar com este tipo de público 
estejam preparados e capacitados para as dificuldades que irão encontrar no 
decorrer do processo evolutivo. 
Estas pessoas estão mais vulneráveis a doenças, perda de força, massa 
muscular e densidade óssea. Por isto, o principal papel do profissional é orientar 
esta população para que executem os exercícios de forma correta, para que assim 
não prejudiquem sua saúde. 
Uma das funções do profissional de Educação Física é de limitar e equacionar 
os exercícios físicos para que eles sejam realizados de maneira correta. Para que 
um exercício tenha eficácia, não é necessário que a pessoa chegue à exaustão 
realizando movimentos forçados com alta intensidade e longa duração, ainda mais 
se tratando de pessoas idosas, o profissional deve tomar cuidado com o aumento da 
frequência cardíaca e o aumento da pressão arterial. 
Estes cuidados devem ser levados em consideração para que os exercícios 
físicos forneçam resultados, sendo necessário também que as pessoas se 
conscientizem do seu próprio limite físico. Essa consciência corporal é muito difícil, 
porque na maioria dos casos as pessoas acreditam que quanto mais realizarem 
exercícios físicos e quanto mais exaustivos for, mais rápido será o resultado e 
consequentemente mais benefício (MATSUDO, 2001). 
A importância de um programa de exercícios bem elaborado deve ser 
enfatizada. Um programa bem elaborado inclui exercícios aeróbios para o 
desenvolvimento e manutenção do condicionamento cardiorrespiratório, controle 
adequado do peso, atividades para o desenvolvimento da força e resistência 
muscular, além de exercícios de flexibilidade. 
Existem diversos exercícios e modalidades relacionadas aos benefícios da 
saúde, porém os mais indicados para população de idosos podem variar entre uma 
caminhada, corrida, hidroginástica, natação, musculação, entre outros. Cada tipo de 
exercício físico tem uma abrangência mais específica, para que se enquadre dentro 
dos objetivos de cada pessoa e de seu tipo de treinamento (VELASCO, 2006). 
21 
 
Os exercícios físicos se mal executados podem também acarretar em 
mudanças no estado de humor, distúrbios hormonais e aumenta a probabilidade de 
lesões no aparelho musculoesquelético, podendo ser de ordem ligamentar, 
tendíneas, óssea e muscular. Também podem ocorrer danos mais graves, que 
podem ocorrer nos tecidos que irrigam as células, no coração, no cérebro, nas veias, 
no aumento da pressão arterial, no aumento da frequência cardíaca, entre outros 
fatores que podem levar a pessoa a adoecer ou até mesmo ocasionar o óbito 
(VELASCO, 2006). 
No caso das doenças como hipertensão, doenças do coração, osteoporose, a 
situação se repete, os exercícios físicos auxiliarão para que o nível destas doenças 
se estabilize e melhore com o decorrer do tempo, mas o indivíduo deve também 
estar ciente dos esforços que deve fazer para que possa evoluir diante do quadro 
que se encontra. 
O idoso tem a oportunidade de reverter e equilibrar esse quadro através da 
prática regular de exercícios de maneira bem planejada. Qualquer programa de 
exercício físico para idosos é imprescindível que se tenha como em qualquer outro 
programa controle de intensidade, carga, intervalo e frequência, a fim de levar o 
idoso a uma evolução do seu nível de aptidão física. 
Os princípios do treinamento físico devem ser aplicados e igualmente para os 
idosos de maneira semelhante a pessoas de menos idades, entretanto, deve-se 
tomar mais cuidado quando aplicados para os idosos, respeitando as limitações de 
cada indivíduo. É importante que o profissional de Educação Física trabalhe 
especificamente a melhora das valências físicas voltada para as atividadesdiárias 
comuns e usuais ao idoso (PITANGA 2007). 
Da mesma forma, ao profissional de Educação Física é preciso ter como 
objetivo principal aperfeiçoar os programas de exercícios físicos para pessoas da 
terceira idade, considerando todos os aspectos que a idade inevitavelmente acarreta 
nesta população, adequando todos os fatores e variáveis possíveis. 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A promoção de adequada atividade física e exercício físico para idosos 
hipertensos como uma intervenção para a prevenção e o tratamento da hipertensão 
arterial apresenta implicações clinicas importantes, uma vez que o exercício físico 
22 
 
regular pode reduzir ou mesmo abolir a necessidade do uso de medicamentos anti-
hipertensivos, evitando, assim os efeitos adversos do tratamento farmacológico e 
reduzindo o custo do tratamento para as instituições de saúde. 
Através da prática corporal é possível dar nova oportunidade aos idosos, para 
que assim estes tenham novas perspectivas de vida, uma melhor qualidade de vida 
e também possam manter-se ou reintegra-se na sociedade. 
O incentivo a programas de exercício físico que visem a conscientização da 
população em geral para a adoção a estilos de vida mais saudáveis também é uma 
atitude que somente trará benefícios tanto para a qualidade de vida quanto para 
autonomia da pessoa idosa, fortalecendo a relação saúde-doença por intermédio do 
e exercício físico. 
Para o aumento da longevidade, é essencial que os idosos busquem a 
promoção da saúde e a prevenção de doenças, além de intervenções terapêuticas 
que possam minimizar os fatores que interferem na capacidade funcional, 
promovendo maior autonomia e qualidade de vida a este seguimento populacional. 
 
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26 
 
Leydemberg Freitas da Silva, João Victor Rodrigues da Silva e Ruan Michel Farias 
Santos 
Graduando em Bacharelado em Educação Física 
 
Sheyla Israelita Christiany dos Santos Sampaio 
 
2000 –2004 Graduação em Educação Física pela Universidade de Pernambuco, 
UPE, Brasil. 
Título: O benefício da hidroginástica em mulheres, aumentando os construtos 
psicológicos. 
Orientador: Clara Freitas.

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