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NOME EMPRESARIAL
PATRÍCIA BRANDÃO
-2010-
NOÇÕES
Nome empresarial é aquele que identifica o empresário e é utilizado em suas relações jurídicas. É o nome constante no contrato ou estatuto ou ainda na inscrição do empresário perante a junta comercial.
Princípio da regulamentação:
O direito brasileiro adotou o sistema Suíço para regulamentar o nome empresarial, pois este tem sua proteção jurídica condicionada ao registro que se faz na junta comercial.
Princípio da novidade (artigo 1.163, CC9) – o nome empresarial deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro.
Obs.: A proteção do nome empresarial, segundo o artigo 1.166 do CC10, é apenas dentro dos limites do respectivo Estado, portanto, a proteção do nome não ocorre em todas as unidades da Federação. O parágrafo único do artigo 1.166 do CC determina que lei especial dará proteção ao nome em todo o território nacional. Esta lei ainda não foi elaborada.
2)	Princípio da veracidade – o nome empresarial deve retratar uma situação verdadeira do empresário. É este princípio que fundamenta o artigo 1.164 do CC11, que determina: o nome empresarial não pode ser objeto de alienação.
 
1. NATUREZA E ESPÉCIE
Firma e denominação se distinguem em dois planos a saber:
Quanto a estrutura;
Quanto a função.
QUANTO A ESTRUTURA:
Firma – Só pode ter por base o nome civil, do empresário individual (firma individual) ou dos sócios da sociedade empresarial (firma social ou razão social). 
Denominação – Deve designar o objeto da empresa e pode adotar por base o nome civil ou qualquer outra expressão lingüística (elemento fantasia). 
 
 
NOME
CIVIL: significa a pessoa natural
EMPRESARIAL: significa o empresário
1. NATUREZA E ESPÉCIE
Ex.:
Nome empresarial baseado em nome civil: “A. Silva & Pereira Cosméticos Ltda”;
Nome empresarial baseado em elemento fantasia: “Alvorada Cosméticos Ltda”;
B) 	QUANTO A FUNÇÃO:
Firma – Além da identidade do empresário é também sua assinatura. Na prática, as juntas comerciais admitem que os representantes de sociedade utilizem sua assinatura comum.
Denominação: É exclusivamente elemento de identificação do exercente da atividade empresarial.
 
 
2. FORMAÇÃO DO REGISTRO EMPRESARIAL
O direito contempla regras específicas de formação do nome empresarial:
2.1. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
Só está autorizado a adotar firma baseado em seu nome civil.
Poderá ou não abreviá-lo e também agregar ao nome o ramo da atividade que se dedica.
Ex.: Nome civil: Antônio Silva Pereira = 
“Antônio Silva Pereira” 
“A. S. Pereira”
“Silva Pereira”
“S. Pereira, Livros Técnicos”
Não valem os apelidos (Tico, Sinhô, Cuca, etc.) e os hipocorísticos (Chico por Francisco, Tonico por Antônio, Zé por José, etc.) – Princípio da veracidade.
2. FORMAÇÃO DO REGISTRO EMPRESARIAL
Não poderá coexistir, na mesma entidade federativa, dois nomes empresariais semelhantes ou idênticos – Princípio da novidade.
2.2.SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
Adota apenas firma social que pode ter por base o nome civil de um, alguns ou todos os seus sócios (por extenso ou abreviadamente).
Se não constar o nome de todos os sócios é obrigatório a utilização da partícula “e companhia” (“e empresarial & cia.”).
Poderão os sócios agregar ou não o ramo da empresa correspondente.
Ex.: nome dos sócios – Antônio Silva, Benedito Pereira e Carlos Sousa =
“Pereira, Silva & Souza”
“Antônio Silva, Benedito Pereira & Carlos Sousa”
“A. Silva, B. Pereira & Sousa, Livros Técnicos”
“Antônio Silva & Cia.”
Obs.: O aditivo “companhia” poderá ser substituído por “filhos”, “irmãos”, etc.
2. FORMAÇÃO DO REGISTRO EMPRESARIAL
2.3. SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES
Nome empresarial composto por FIRMA, onde conste o nome civil de sócio ou sócios comanditados, por extenso ou abreviado;
Os sócios comanditários não podem ter seus nomes aproveitados (não têm responsabilidade ilimitada);
Obrigatória a utilização da partícula “e companhia” (e cia.);
Pode-se agregar o ramo de negócio explorado pela sociedade;
Ex.: Sócios comanditados: Antônio Silva e Benedito Pereira = 
“Antônio Silva, Benedito Pereira & cia.”
“B. Pereira & Companhia”
Silva, Pereira & Companhia – Livros Técnicos”
2. FORMAÇÃO DO REGISTRO EMPRESARIAL
2.4. SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
Por sua natureza de sociedade secreta, está proibida de adotar nome empresarial que denuncie sua existência.
2.5. SOCIEDADE LIMITADA
Gira sob firma ou denominação
Se optar por firma: deve incluir o nome civil de um, alguns ou todos os sócios por extenso ou abreviadamente, valendo-se da partícula “e companhia” (e cia.) sempre que omitir o nome de pelo menos um deles.
É obrigatório usar a expressão “limitada” (Ltda) – art. 1158, § 3º CC)
2. FORMAÇÃO DO REGISTRO EMPRESARIAL
Quando adota firma é optativa a identificação do ramo de atividade no nome empresarial. Quando adota denominação é obrigatória a identificação do ramo da atividade.
Ex.: 
“Antônio e Silva Ltda”
“Silva & Pereira limitada”
A. Silva & Pereira, Livros Técnicos Ltda”
“Alvorada Comércio de Livros Técnicos”
2.6. SOCIEDADE ANÔNIMA
Adota apenas a denominação que deve constar referência ao objeto (art. 1160 CC).
É obrigatória a identificação através da locução “sociedade anônima” (S.A ou S/A) usada no início, meio ou fim da denominação, ou pela expressão “companhia” (cia.) usada no início, no meio ou no fim da denominação (art. 3º da lei 6404/76).
2. FORMAÇÃO DO REGISTRO EMPRESARIAL
Autoriza-se o emprego de nomes civis de pessoas que fundaram a companhia ou concorrem para o seu êxito.
Ex.:
“S/A Alvorada – Livros Técnicos”
“Alvorada S.A – Livros Técnicos”
“Alvorada Livros Técnicos Sociedade Anônima”
Companhia Editora de Livros Técnicos Alvorada”
Alvorada – Cia. Comercial de Livros Técnicos”
Indústrias Demóstens de Alcântara S/A”.
2.7. SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES
Pode adotar firma ou denominação.
Se firma: aproveita-se apenas o nome civil por extenso ou abreviado, dos sócios diretores ou administradores (responsabilidade ilimitada) com obrigação da utilização da locução “e companhia” (e cia.)
2. FORMAÇÃO DO REGISTRO EMPRESARIAL
Se denominação: exige-se referência ao objeto social.
É obrigatório o uso da locução “comandita por ações” (C.A).
Ex.: 
“Antônio Silva e companhia, comandita por ações”
“Alvorada Livros Técnicos C.A”
Comandita por Ações Silva, Pereira & Companhia”
2. FORMAÇÃO DO REGISTRO EMPRESARIAL
Obs1: Sociedade empresária com pedido de recuperação judicial deve em todos os atos acrescer ao nome “em recuperação judicial”. 
Obs2: Microempresário ou empresário de pequeno porte deve acrescentar ao seu nome a locução ME ou EPP (art. 72, L.C 123/06).
Obs3: O nome empresarial não poderá conter palavras ou expressões que indiquem atividade não prevista no objeto social da empresa.
3. ALTERAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL
VOLUNTÁRIA: O nome empresarial pode ser alterado pela simples vontade do empresário, respeitando-se as normas de formação da sociedade.
OBRIGATÓRIA OU VINCULADA: nomes empresariais fundados em nome civil (princípio da veracidade):
Saída, retirada, exclusão ou morte de sócio cujo nome civil constava na firma social (art. 1158, § 1º e 1165 CC).
ALTERAÇÃO
VOLUNTÁRIA
- OBRIGATÓRIA OU VINCULADA
3. ALTERAÇÃO DO NOME EMPRESARIAL
Alteração da categoria do sócio, quanto a sua responsabilidade (ex.: Pana de comanditado para comanditário). (art. 1157, parágrafo único, CC).
Alienação do estabelecimento: Apesar de não poder haver alienação do nome empresarial (art. 1164, CC) se houver o adquirente pode usar o nome do alienante, procedido do seu, com a qualificação de “sucessor de“.
Outras causas que ensejam mudança do nome da firma ou denominação: 
Transformação;
Lesão a direito de outro empresário pelo sistema de proteção do nome empresarial.
4. PROTEÇÃO AO NOME EMPRESARIAL
O decreto 1800/96, regulamentador da lei nº 8934/94 (Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins), estabelece nos arts. 61 e 62, as seguintes normas de proteção ao nome empresarial:
A proteção decorre, automaticamente, do arquivamento, nas juntas comerciais, da declaração de firma individual, do ato constitutivo de sociedade ou de alterações desses atos que impliquem mudança de nome;
A proteção circunscreve-se à unidade federativa de jurisdição da junta comercial que procedeu o arquivamento;
A proteção poderá ser estendida a outras unidades da federação, a requerimento da empresa interessada; 
4. PROTEÇÃO AO NOME EMPRESARIAL
Expirado o prazo da sociedade celebrada por tempo determinado, esta perderá a proteção de seu nome empresarial;
Não poderá haver colidência por identidade ou semelhança do nome empresarial com outro já protegido;
Ao DNRC, por meio de instrução normativas, compete estabelecer critérios para verificação da existência de identidade ou semelhança entre nomes empresariais.
5. EXCLUSIVIDADE
A proteção do nome empresarial decorre simplesmente, do registro, sem necessidade de outras formalidades.
No caso de firmas com a mesma denominação e objeto social semelhante, deve-se prevalecer o registro do nome comercial feito com anterioridade.

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