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apostila banrisul 2015 atualizada portugues maria tereza

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Prévia do material em texto

Escriturário
Português
Profª Maria Tereza
www.acasadoconcurseiro.com.br
Português
Professora Maria Tereza
www.acasadoconcurseiro.com.br 5
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
PROCEDIMENTOS
1. Observação da fonte bibliográfica, do autor e do título;
2. identificação do tipo de texto (artigo, editorial, notícia, crônica, textos literários, científicos, 
etc.);
3. leitura do enunciado.
Aula 1
 
www.acasadoconcurseiro.com.br6
EXEMPLIFICANDO
Apesar de você
01.	  Você	 é	 a	 favor	 ou	 contra	 cortarem	 árvores	 para	 alargar	 uma	 rua?	 A	 favor
	 ou	 contra	 derrubarem	 uma	 casa	 para	 construir	 um	 edifício?	 Devem	 ser
	 reabertos	 os	 arquivos	 da	 ditadura?	 Proibidas	 as	 máscaras	 nos	 protestos?
	 Publicadas	biografias	não	autorizadas?
05.	  A	 arena	 de	 debates	 públicos	 foi	 ampliada	 virtualmente	 ao	 infinito	 pela
	 capilaridade	 das	 redes	 sociais.	 Pode	 parecer	 apenas	 mais	 uma	 discussão	 banal
	 sobre	 um	 aumento	 de	 20	 centavos	 nas	 passagens,	 mas	 por	 trás	 de	 toda
	 polêmica	 que	 exalta	 ânimos	 e	 inflama	 espíritos	 há	 um	 conflito	 de	 visões	 de
	 mundo,	 um	 choque	 tectônico	 de	 ideias.	 Quase	 nunca	 é	 só	 pelos	 20	 centavos.	
10.	  Como	 nem	 sempre	 são	 evidentes	 todos	 os	 aspectos	 envolvidos	 em	 um
	 debate	 –	 e	 como	 poucas	 pessoas	 entendem	 de	 todos	 os	 assuntos,	 tirando
	 Leonardo	 Da	 Vinci	 e	 aquele	 seu	 amigo	 que	 dá	 palpite	 sobre	 tudo	 –	 é	 comum
	 que	 fiquemos	 atentos	 à	 maneira	 como	 diferentes	 pessoas	 	 em	 quem	 confiamos
	 se	 posicionam	 antes	 de	 formarmos	 a	 nossa	 própria	 opinião.	 O	 conceito	 de
15. formador de opinião,	 porém,	 mudou	 muito	 nos	 últimos	 anos.	 Hoje	 há
	 formadores	 de	 opinião	 por	 todos	 os	 lados,	 para	 onde	 você	 olhar,	 e	 por	 isso
	 mesmo	 é	 cada	 vez	 mais	 difícil	 escolher	 quem	 vale	 a	 pena	 ouvir.	
	   Na	 busca	 da	 iluminação	 cotidiana,	 gosto	 de	 prestar	 atenção	 em	 quem
	 entende	 do	 riscado:	 arquitetos	 para	 falar	 de	 arquitetura,	 médicos	 para	 falar	 de
20.	medicina,	 juristas	 para	 falar	 de	 leis.	 Mas	 não	 basta	 entender	 do	 assunto.
	 Para	 conquistar	 o	 meu	 respeito,	 é	 preciso	 conseguir	 construir	 argumentos
 que voem além dos interesses de sua categoria.	 Médicos	 a	 favor	 do	 Mais
 Médicos,	 jornalistas	 contra	 o	 diploma	 de	 jornalismo,	 empresários	 dispostos	 a
	 perder	 algum	 dinheiro:	 pode-se	 concordar	 ou	 não	 com	 eles,	 mas	 ganham	 um
	 crédito
25.	adicional	 de	 confiança	 por	 pensarem com a cabeça	 e	 não	 com	 o
 bolso ou o coração.
	   Quero	 que	 o	 formador	 de	 opinião	 seja	 coerente,	 mas,	 se	 for	 dizer	 algo
	 desatinadamente	 oposto	 ao	 que	 disse	 antes,	 que	 reconheça	 isso,	 com
	 humildade,	 porque	 mudar	 de	 opinião,	 às	 vezes,	 é	 um	 sinal	 de	 inteligência	 e
30.	integridade.	 Quero	 ler	 opiniões	 	 que	 me	 surpreendam	 de	 vez	 em	 quando,
	 porque	 o	 pensador	 independente	 não	 se	 torna	 refém	 de	 inclinações	 políticas	 ou	
	 ideológicas	 –	 e	 nada	 é	 mais	 triste	 do	 que	 ver	 pessoas	 inteligentes	 esforçando-se
	 para	 tornar	 plausível	 um	 pensamento	 torto	 apenas	 para	 justificar	 uma
	 ideologia	 ou	 um	 interesse	 particular.	 Ainda	 assim,	 quero	 o	 conforto	 de	 saber
35.	que	 certas	 pessoas	 têm	 a	 capacidade	 de	 iluminar	 os	 caminhos	 mais
	 tortuosos,	 invariavelmente	 apontando	 para	 a	 trilha	 do	 que	 é	 justo,	 honesto,
	 honrado,	coerente.	
	   A	 polêmica	 recente	 envolvendo	 o	 grupo	 de	 artistas	 que	 defende
Banrisul – Português – Profª Maria Tereza
www.acasadoconcurseiro.com.br 7
 restrições às biografias não autorizadas	 talvez	 seja	 lembrada	 menos	 pelo
40.	assunto	 em	 si	 do	 que	 pelo	 fato	 de	 ter	 colocado	 sob	 fogo	 cerrado	 dois	 dos
	 nomes	 mais	 emblemáticos	 da	 cultura	 brasileira.	 Não	 me	 importa	 que	 Caetano
 Veloso e Chico Buarque de Hollanda	 tenham	 opiniões	 diferentes	 das
	 minhas	 –	 muitas	 vezes	 tiveram,	 inclusive	 politicamente.	 O	 que	 é	 triste	 é	 ver	 que
 emprestaram seu prestígio não a um princípio ou a uma causa maior
45.	do	 que	 eles,	 mas	 a	 interesses restritos ao seu cercadinho. Pois, levado
	 ao	 limite,	 o	 raciocínio	 da	 proteção	 à	 privacidade	 torna	 impossível	 publicar
	 qualquer	 coisa	 que	 contrarie	 o	 interesse	 de	 qualquer	 pessoa	 –	 o	 que,	 vamos
	 combinar,	é	muito parecido com censura. 
	   O	 mais	 irônico	 é	 que	 justamente	 esse	 gesto	 pode	 vir	 a	 ser	 a	 nota	 mais
50.	embaraçosa	 das	 biografias	 dos	 dois	 –	 quando,	 “apesar	 de	 você”,	 elas	 forem
 escritas. E serão.
Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora. 
1. O TÍTULO	pode	constituir	o	menor	resumo	possível	de	um	texto.	Por	meio	dele,	certas	ve-
zes,	identifica-se	a	ideia	central	do	texto,	sendo	possível,	pois,	descartar	afirmações	feitas	
em	determinadas	alternativas.	No	texto	em	questão,	o	título	–	Apesar de você –, devido 
à	locução	adverbial	“apesar	de”,	remete	a	um	fato	que	contraria	certa	ação,	mas	que	não	
impede	sua	realização.	Tal	conhecimento,	somado	às	perguntas	que	constituem	o	primeiro	
parágrafo,	permite		inferir	que	o	texto	afirma	que	ações	que	desgostam	o	leitor	ocorrerão,	
a	despeito	de	sua	concordância,	visto	que	prescinde	dela.
2. No	ENUNCIADO,	observa-se	a	presença	da	expressão	“ideias	presentes	nO	texto”	(totalida-
de),	o	que	norteia	a	estratégia	de	apreensão	das	ideias.
3. Destaque	das	palavras-chave	das	alternativas/afirmativas	(expressões	substantivas	e	ver-
bais).
4. Identificação	das	palavras-chave	no	texto.
5. Resposta	correta	=	paráfrase	mais	completa	do	texto.
 
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1. Considere	as	afirmações	a	seguir.	
I – Formadores de opinião que	defendem	pontos de vista contrários aos interesses de sua ca-
tegoria profissional	privilegiam	a razão na	expressão	de	suas	opiniões.	
II – As restrições às	biografias não autorizadas constituem	uma limitação à liberdade de ex-
pressão que se aproxima da censura. 
III – A posição de Caetano Veloso e Chico Buarque de Hollanda	na	polêmica	relativa	às	restri-
ções às biografias não autorizadas	é	motivada por interesses particulares.
Quais	expressam	ideias	presentes	nO	texto?	
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas I e II. 
d) Apenas II e III. 
e) I, II e III. 
6. Identificação	do	“tópico	frasal”:	intenção	textual	percebida,	geralmente,	no	1º	e	2º	períodos	
do texto (IDEIA CENTRAL).
EXEMPLIFICANDO
Escárnio na escola pode causar estresse pós-traumático.
1.	   Uma	 pesquisa	 que	 foi	 feita	 na	 Universidade	 de	 Warwick,	 na	 Inglaterra,
2.	 mostrou	 que	 palavras	 têm	 forte	 impacto no bem-estar e na autoestima de
3. adolescentes	alvos	de	gozações	humilhantes.
4.	   O	 estudo	 avaliou	 o	 estresse	 pós-traumático	 em	 estudantes	 de	 331	 escolas
5.	 inglesas	 e	 descobriu	 que	 pelo	 menos	 40%	 deles	 já	 foi	 alvo	 de	 escárnio	 por
6.	 parte	 de	 colegas	 de	 colégio.	 Ao	 quantificar	 os	 efeitos	 dos	 diferentes	 tipos	 de
7.	 agressão,	 os	 pesquisadores	 descobriram	 que	 todos	 os	 tipos	 de	 humilhação
8.	 resultavam	 em	 baixa	 autoestima.	 Mas	 foram	 a	 agressão	 verbal	 e	 a
9.	 manipulação	 social	 –	 como	 excluir	 a	 vítima	 de	 jogos	 e	 de	 brincadeiras	 –	 as
10.	principais	 causadoras	 do	 estresse	 pós-traumático	 entre	 os	 participantes	 da
11. pesquisa.
12.	  O	 estudo	 revelou	 que	 brincadeiras	 vexatórias	 e,	 particularmente,	 os
13.	xingamentos	 são	 coisas	 degradantes	 para	 os	 adolescentes	 –	 disse	 o
14.	coordenador	 do	 estudo,	 Stephen	 Joseph.	 Os	 autores	 da	 pesquisa	 acreditam
15.	que	o	relato	desse	tipo	de	situação	deve	ser	levado	a	sério	pelos	pais.
Banrisul – Português – Profª Maria Tereza
www.acasadoconcurseiro.com.br 9
16.	  Sintomas	 como	 insônia,	 ansiedade	 e	 depressão	 tambémdevem	 ser	 levados
17.	em	 conta,	 pois	 têm	 um	 impacto	 negativo	 na	 saúde	 física	 e	 mental	 das
18.	vítimas.
Zero Hora. 
2. Percebe-se	a intenção principal do texto	na	seguinte	afirmação:
a) exclusão	de	jogos	e	de	brincadeiras	e	a	agressão	verbal	podem	transformar	o	adolescente	
vítima	em	um	adulto	com	baixa	autoestima.
b) Um	 percentual	 significativo	 de	 alunos	 das	 escolas	 inglesas	 sofrem	 de	 estresse	 pós-
traumático.
c) escárnio	na	escola	provoca	sofrimento	semelhante	ao	estresse	pós-traumático.
d) a	 zombaria	 de	 que	 são	 vítimas	 alguns	 jovens	 estudantes	 –	 sobretudo	 a	 verbal	 –	 pode	
esgotá-los	física	e	emocionalmente.
e) a	ansiedade	e	a	depressão	são	decorrentes	do	estresse	pós-traumático	apresentado	por	
adolescentes	vítimas	de	agressão.
 
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ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS – ESTRATÉGIAS LINGUÍSTICAS
PROCEDIMENTOS
1. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS = PARÁFRASES, CAMPO SEMÂNTICO e ETIMOLOGIA.
Paráfrase =	versão	de	um	texto,	geralmente	mais	extensa	e	explicativa,	cujo	objetivo	é	torná-lo	
mais	fácil	ao	entendimento.
Campo Semântico =	conjunto	de	palavras	que	pertencem	a	uma	mesma	área	de	conhecimento.
Exemplo:	Medicina:	estetoscópio,	cirurgia,	esterilização,	medicação,	etc.
Etimologia	(do	grego	antigo)	é	a	parte	da	gramática	que	trata	da	história	ou	da	origem	das	pala-
vras	e	da	explicação	do	significado	de	palavras	por	meio	da	análise	dos	elementos	que	as	cons-
tituem	(morfemas).	Por	outras	palavras,	é	o	estudo	da	composição	dos	vocábulos	e	das	regras	
de	sua	evolução	histórica.	
EXEMPLIFICANDO
Apesar de você
01.	Você	 é	 a	 favor	 ou	 contra	 cortarem	 árvores	 para	 alargar	 uma	 rua?	 A	 favor
	 ou	 contra	 derrubarem	 uma	 casa	 para	 construir	 um	 edifício?	 Devem	 ser
	 reabertos	 os	 arquivos	 da	 ditadura?	 Proibidas	 as	 máscaras	 nos	 protestos?
	 Publicadas	biografias	não	autorizadas?
05.	A	 arena	 de	 debates	 públicos	 foi	 ampliada	 virtualmente	 ao	 infinito	 pela
	 capilaridade	das	redes	sociais.	Pode	parecer	apenas	mais	uma	discussão	banal
	 sobre	 um	 aumento	 de	 20	 centavos	 nas	 passagens,	 mas	 por	 trás	 de	 toda
	 polêmica	 que	 exalta	 ânimos	 e	 inflama	 espíritos	 há	 um	 conflito	 de	 visões	 de
	 mundo,	um	choque	tectônico	de	ideias.	Quase	nunca	é	só	pelos	20	centavos.	
 [...]
3. Ao utilizar a expressão capilaridade das redes sociais	(l.	06),	a	autora	refere-se	à	
a) profundidade	dos	debates	que	acontecem	nas	redes	sociais.	
b) segmentação	de	redes	sociais	especializadas	em	distintas	questões	de	caráter	público.	
c) capacidade	das	redes	sociais	de	propagar	ideias	entre	um	número	expressivo	de	pessoas.	
d) clandestinidade	das	redes	sociais,	necessária	para	garantir	o	anonimato	de	seus	participantes.	
e) finalidade	das	redes	sociais	de	exercer	um	papel	de	crítica	radical	a	iniciativas	do	poder	pú-
blico.
Banrisul – Português – Profª Maria Tereza
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Capilaridade < Capilar: vaso sanguíneo muito fino, muito estreito, especialmente o que liga a 
circulação arterial à venosa; que se assemelha ao sistema de vasos capilares (que permite ao 
sangue alcançar todos os recessos do organismo) ou ao modo de circulação e distribuição do 
sangue através deles.
4. A expressão choque tectônico de ideias	(l.	09)	contém	uma	metáfora	que	remete	ao	campo	da	
a) história.	
b) biologia. 
c) química.	
d) medicina.	
e) geologia.
Tectônico: relativo ao estrato (cada uma das camadas em que se dispõem as rochas) geológico.
2. PALAVRAS FECHADAS NAS ALTERNATIVAS (possibilidade de a alternativa ser incorreta):
 • advérbios;
 • artigos;
 • expressões restritivas;
 • expressões totalizantes;
 • tempos verbais;
 • expressões enfáticas.
EXEMPLIFICANDO
  Juventude	procura	porta-voz.	Pode	ser	sábio,	mas	não	autoritário.	Deve	ser	capaz	de	dizer	
a	coisa	certa	sobre	dúvidas,	não	importa	se	para	o	corriqueiro	ou	para	o	excepcional.	
  O	pensamento	mágico	que	chegava	pela	voz	de	fadas,	bruxas,	monstros	e	heróis	tem	a	
cada	dia	menor	utilidade	prática.	Criados	num	mundo	atravessado	pelo	saber	da	ciência,	os	
jovens	não	encontram	na	experiência	passada	orientação	para	viver	no	século	21.	
  O	bom	senso	de	Dona	Benta	não	dá	conta	dos	problemas	do	jovem	moderno.	Ela	tem	de	
virar	“Dra.	Benta”	para	ensinar	a	viver	com	tudo	de	novo	que	a	ciência	introduziu	no	dia	a	dia.	
  Onde	estão	a	mãe,	o	pai	ou	o	avô	que	sentem	firmeza	em	orientar	a	ação,	os	sentimentos	
e	as	dores	dos	filhos?	
  O	transcendente	e	o	cotidiano	tiveram	sua	essência	modificada	pelas	ciências	do	compor-
tamento.	O	apoio	para	os	momentos	difíceis	teve	de	ser	inovado.
  É	aí	que	entra	a	“nova	 ficção”	ou	o	 relato	de	aventuras	emocionais.	Para	adultos	cujas	
vidas	também	se	complicaram,	há	uma	infinidade	de	títulos	da	chamada	autoajuda,	que	nada	
mais	é	do	que	a	intenção	de	substituir	o	bom	senso,	outrora	tão	valioso.	Tais	 livros	ensinam	
desde	a	escrever	um	currículo	até	a	lidar	com	a	depressão.
 
www.acasadoconcurseiro.com.br12
  A	linguagem	dos	livros	de	autoajuda	bate	de	frente	com	a	ânsia	de	autonomia	do	jovem.	
Ele	não	aceita	receitas	nem	soluções		de		cuja		concepção		não		participou.		É	próprio	dos	jovens	
ansiar	por	resolver	a	vida,	surdos	às	pregações	dos	adultos.	Daí	a	atemporal	importância	das	
fábulas e das parábolas na tarefa de orientar.
  O	jeito	é	palpitar	por	meio	da	ficção.	É	chegado	o	momento	de	editar	livros	que	falem	de	
angústias	de	gordinhos,	medo	do	sexo	oposto,	pânico	da	humilhação.	As	consequências	psico-
lógicas	dos	conflitos	familiares,	das	doenças,	da	morte	e	do	abandono	são	temas	aos	quais	a	
sabedoria	das	avós	tem	hoje	pouco		a		acrescentar.		Como	o	adulto	não	se	sente	eficiente	para	
bem	orientar	os	 jovens,	é	chegada	a	hora	dos	artistas.	Por	meio	daquelas	histórias,	o	 jovem	
pode,	identificando-se,	situar-se	diante	do	moderno.
  Sair	da	infância,	adolescer	e	amadurecer	é	uma	aventura	para	ninguém	botar	defeito.	Pa-
rece-me	que,	diante	da	insegurança	dos	adultos,	resta		a	literatura		resgatar		para		o		jovem		a		
possibilidade		de		novas	percepções	sem	obedecer	à	voz	imperativa	de	um	adulto.
  Harry	Potter	é	um	exemplo	dessa	tendência.	São	livros	que	falam	de	um	modo	de	viver	
diferente,	como	uma	obra	de	autoajuda	disfarçada	de	aventura.	O	palpite	chega	sem	verbo	no	
imperativo,	envolto	por	uma	linda	história,	onde	conflitos	se	resolvem	de	um	jeito	novo.
  Os	jovens	agradecem	as	modernas		formas		de		esclarecer	e	fazer	pensar	sem	o	peso		da		
autoridade	outrora	decretada	pela	“moral	da	história”.
Mautner,	Anna	Verônica.	Aprenda	nos	romances.	Texto	adaptado.	Folha	de	S.	Paulo,	setembro	de	2007.
5. Em	seu	texto,	a	autora	aborda
a) a	forma	como	os	livros	de	autoajuda	servem	de	amparo	para	as	angústias	de	pessoas	de	
todas as idades.
b) a	 conveniência	 de	 que	 os	 jovens	 retornem	 à	 tradição	 para	 encontrar	 respostas	 às	 suas	
angústias.
c) a	possibilidade	de	a	literatura	trazer	contribuições	para	as	dúvidas	e	angústias	dos	jovens	
no	mundo	contemporâneo.
d) o	 fato	 de	 que	 os	 jovens	 só	 desenvolverão	 hábitos	 de	 leitura	 se	 houver	 livros	 escritos	
especialmente	para	eles.
e) a	contribuição	das	ciências	do	comportamento	para	a	resolução	dos	problemas	existenciais	
dos	jovens.
3. BUSCA DE PALAVRAS ABERTAS NAS ALTERNATIVAS (possibilidade de a alternativa ser a cor-
reta):
 • Possibilidades;
 • hipóteses	(provavelmente,	é	possível,	uso	do	futuro	do	pretérito	do	indicativo	(-ria)	,	modo	
subjuntivo...).
Banrisul – Português – Profª Maria Tereza
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EXEMPLIFICANDO
  Todos	os	jogos	se	compõem	de	duas	partes:	um	jogo	exterior	e	um	jogo	interior.	O	exterior	
é	jogado	contra	um	adversário	para	superar	obstáculos	exteriores	e	atingir	uma	meta	externa.	
Para	o	domínio	desse	jogo,	especialistas	dão	instruções	sobre	como	utilizar	uma	raqueteou	um	
taco	e	como	posicionar	os	braços,	as	pernas	ou	o	tronco	para	alcançar	os	melhores	resultados.	
Mas,	por	algum	motivo,	a	maioria	das	pessoas	têm	mais	facilidade	para	lembrar	essas	instru-
ções	do	que	para	executá-las.	
  Minha	tese	é	que	não	encontraremos	maestria	nem	satisfação	em	algum	jogo	se	negligen-
ciarmos	as	habilidades	do	jogo	interior.	Este	é	o	jogo	que	se	desenrola	na	mente	do	jogador,	e	
é	jogado	contra	obstáculos	como	falta	de	concentração,	nervosismo,	ausência	de	confiança	em	
si	mesmo	e	autocondenação.	Em	resumo,	este	jogo	tem	como	finalidade	superar	todos	os	hábi-
tos	da	mente	que	inibem	a	excelência	do	desempenho.	
  Muitas	vezes	nos	perguntamos:	Por	que	jogamos	tão	bem	num	dia	e	tão	mal	no	outro?	Por	
que	ficamos	tensos	numa	competição	ou	desperdiçamos	jogadas	fáceis?	Por	que	demoramos	
tanto	para	nos	livrar	de	um	mau	hábito	e	aprender	um	novo?	As	vitórias	no	jogo	interior	talvez	
não	acrescentem	novos	troféus,	mas	elas	trazem	recompensas	valiosas,	que	são	permanentes	
e	que	contribuem	de	forma	significativa	para	nosso	sucesso	posterior,	tanto	na	quadra	como	
fora dela. 
Adaptado	de	W.	Timothy	Gallwey.	O	jogo	interior	de	tênis.	Trad.	de	Mario	R.	Krausz.	S.Paulo:	Texto	novo,	1996.	
p.13.
6. As	indagações	feitas	no	início	do	terceiro	parágrafo	
a) consideram	diversas	dificuldades	e	deficiências	que	se	relacionam	exclusivamente	com	o	
exercício	do	jogo	exterior.	
b) apontam	para	comportamentos	inexplicáveis	na	prática	do	esporte,	mas	que	na	verdade	
são	típicos	de	todos	os	seres	humanos.	
c) constituem	perguntas	retóricas,	cujo	objetivo	é	apenas	mostrar	a	perplexidade	do	autor	
quando	considera	a	instabilidade	na	prática	do	jogo	exterior.	
d) encontram	 respostas	 apenas	 a	 partir	 do	 momento	 em	 que	 se	 abandona	 o	 ambiente	
esportivo	para	considerar	a	vida	em	sentido	amplo.	
e) sugerem	que	problemas	pouco	compreensíveis	do	ponto	de	vista	do	jogo	exterior	podem	
ser	esclarecidos	da	perspectiva	do	jogo	interior.	
Inferência
INFERÊNCIA =	ideias	implícitas,	sugeridas,	que	podem	ser	depreendidas	a	partir	da	leitura	do	
texto,	de	certas	palavras	ou	expressões	contidas	na	frase.
Enunciados =	“Infere-se”,	Deduz-se”,	“Depreende-se”,	etc.
 
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EXEMPLIFICANDO
Apesar de você
01.	  Você	 é	 a	 favor	 ou	 contra	 cortarem	 árvores	 para	 alargar	 uma	 rua?	 A	 favor
	 ou	 contra	 derrubarem	 uma	 casa	 para	 construir	 um	 edifício?	 Devem	 ser
	 reabertos	 os	 arquivos	 da	 ditadura?	 Proibidas	 as	 máscaras	 nos	 protestos?
	 Publicadas	biografias	não	autorizadas?
05.	  A	 arena	 de	 debates	 públicos	 foi	 ampliada	 virtualmente	 ao	 infinito	 pela
	 capilaridade	 das	 redes	 sociais.	 Pode	 parecer	 apenas	 mais	 uma	 discussão	 banal
	 sobre	 um	 aumento	 de	 20	 centavos	 nas	 passagens,	 mas	 por	 trás	 de	 toda
	 polêmica	 que	 exalta	 ânimos	 e	 inflama	 espíritos	 há	 um	 conflito	 de	 visões	 de
	 mundo,	 um	 choque	 tectônico	 de	 ideias.	 Quase	 nunca	 é	 só	 pelos	 20	 centavos.	
10.	  Como	 nem	 sempre	 são	 evidentes	 todos	 os	 aspectos	 envolvidos	 em	 um
	 debate	 –	 e	 como	 poucas	 pessoas	 entendem	 de	 todos	 os	 assuntos,	 tirando
	 Leonardo	 Da	 Vinci	 e	 aquele	 seu	 amigo	 que	 dá	 palpite	 sobre	 tudo	 –	 é	 comum
	 que	 fiquemos	 atentos	 à	 maneira	 como	 diferentes	 pessoas	 	 em	 quem	 confiamos
	 se	 posicionam	 antes	 de	 formarmos	 a	 nossa	 própria	 opinião.	 O	 conceito	 de
15.	formador	 de	 opinião,	 porém,	 mudou	 muito	 nos	 últimos	 anos.	 Hoje	 há
	 formadores	 de	 opinião	 por	 todos	 os	 lados,	 para	 onde	 você	 olhar,	 e	 por	 isso
	 mesmo	 é	 cada	 vez	 mais	 difícil	 escolher	 quem	 vale	 a	 pena	 ouvir.	
	   Na	 busca	 da	 iluminação	 cotidiana,	 gosto	 de	 prestar	 atenção	 em	 quem
	 entende	 do	 riscado:	 arquitetos	 para	 falar	 de	 arquitetura,	 médicos	 para	 falar	 de
20.	medicina,	 juristas	 para	 falar	 de	 leis.	 Mas	 não	 basta	 entender	 do	 assunto.
	 Para	 conquistar	 o	 meu	 respeito,	 é	 preciso	 conseguir	 construir	 argumentos
	 que	 voem	 além	 dos	 interesses	 de	 sua	 categoria.	 Médicos	 a	 favor	 do	 Mais
 Médicos,	 jornalistas	 contra	 o	 diploma	 de	 jornalismo,	 empresários	 dispostos	 a
	 perder	 algum	 dinheiro:	 pode-se	 concordar	 ou	 não	 com	 eles,	 mas	 ganham	 um
	 crédito
25.	adicional	 de	 confiança	 por	 pensarem	 com	 a	 cabeça	 e	 não	 com	 o
 bolso ou o coração.
	   Quero	 que	 o	 formador	 de	 opinião	 seja	 coerente,	 mas,	 se	 for	 dizer	 algo
	 desatinadamente	 oposto	 ao	 que	 disse	 antes,	 que	 reconheça	 isso,	 com
	 humildade,	 porque	 mudar	 de	 opinião,	 às	 vezes,	 é	 um	 sinal	 de	 inteligência	 e
30.	integridade.	 Quero	 ler	 opiniões	 	 que	 me	 surpreendam	 de	 vez	 em	 quando,
	 porque	 o	 pensador	 independente	 não	 se	 torna	 refém	 de	 inclinações	 políticas	 ou	
	 ideológicas	 –	 e	 nada	 é	 mais	 triste	 do	 que	 ver	 pessoas	 inteligentes	 esforçando-se
	 para	 tornar	 plausível	 um	 pensamento	 torto	 apenas	 para	 justificar	 uma
	 ideologia	 ou	 um	 interesse	 particular.	 Ainda	 assim,	 quero	 o	 conforto	 de	 saber
35.	que	 certas	 pessoas	 têm	 a	 capacidade	 de	 iluminar	 os	 caminhos	 mais
	 tortuosos,	 invariavelmente	 apontando	 para	 a	 trilha	 do	 que	 é	 justo,	 honesto,
	 honrado,	coerente.	
	   A	 polêmica	 recente	 envolvendo	 o	 grupo	 de	 artistas	 que	 defende
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	 restrições	 às	 biografias	 não	 autorizadas	 talvez	 seja	 lembrada	 menos	 pelo
40.	assunto	 em	 si	 do	 que	 pelo	 fato	 de	 ter	 colocado	 sob	 fogo	 cerrado	 dois	 dos
	 nomes	 mais	 emblemáticos	 da	 cultura	 brasileira.	 Não	 me	 importa	 que	 Caetano
	 Veloso	 e	 Chico	 Buarque	 de	 Hollanda	 tenham	 opiniões	 diferentes	 das
	 minhas	 –	 muitas	 vezes	 tiveram,	 inclusive	 politicamente.	 O	 que	 é	 triste	 é	 ver	 que
	 emprestaram	 seu	 prestígio	 não	 a	 um	 princípio	 ou	 a	 uma	 causa	 maior
45.	do	 que	 eles,	 mas	 a	 interesses	 restritos	 ao	 seu	 cercadinho.	 Pois,	 levado
	 ao	 limite,	 o	 raciocínio	 da	 proteção	 à	 privacidade	 torna	 impossível	 publicar
	 qualquer	 coisa	 que	 contrarie	 o	 interesse	 de	 qualquer	 pessoa	 –	 o	 que,	 vamos
	 combinar,	é	muito parecido	com	censura.	
	   O	 mais	 irônico	 é	 que	 justamente	 esse	 gesto	 pode	 vir	 a	 ser	 a	 nota	 mais
50.	embaraçosa	 das	 biografias	 dos	 dois	 –	 quando,	 “apesar	 de	 você”,	 elas	 forem
 escritas. E serão.
Adaptado de: LAITANO, Cláudia. Zero Hora.
7. Assinale	a	alternativa	que	apresenta	conteúdo	que	se	pode	depreender	da	leitura	do	texto.	
a) O	programa	Mais	Médicos	é	uma	boa	iniciativa	do	Governo	Federal.	
b) Formadores	de	opinião	inteligentes	costumam	ter	uma	segunda	opinião	para	mostrar	que	
são íntegros. 
c) É	sinal	de	independência	de	um	pensador	elaborar	seus	argumentos	com	o	objetivo	de	jus-
tificar sua ideologia particular. 
d) A	ironia	característica	de	Caetano	Veloso	e	Chico	Buarque	de	Hollanda	será	registrada	em	
suas	biografias	em	forma	de	nota.	
e) Ao	aumento	do	número	de	formadores	de	opinião	corresponde	um	aumento	da	dificulda-
de	de	seleção	das	opiniões	que	merecem	ser	consideradas.
Intertextualidade
Um	texto	remete	a	outro,	contendo	em	si	–	muitas	vezes	–	trechos	ou	temática	desse	outro	
com	o	qual	mantém	“diálogo”.	
 
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EXEMPLIFICANDO
Figuras para a questão 8.
(O Grito, Munch)
8. Considere	as	afirmativas	que	seguem.
I	–	Estabelece-se	entre	as	duas	figuras	uma	relação	de	intertextualidade.
II	–	A	segunda	figura	é	uma	paródia	da	primeira,	visto	que	subverte	a	intenção	original	de	“O	
Grito”,	de	Munch.
III	–	A	segunda	figura	estabelece	uma	relação	subtendida	entre	o	peso	da	personagem	após	o	
período	das	festas	de	Natal.
Quais	estão	corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
Extratextualidade
A	questão	formulada	por	meio	do	texto	não	se	restringe	ao	universo	textual,	exigindo	do	aluno	
conhecimento	mais	amplo.	
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EXEMPLIFICANDO
O Estado de São Paulo
9. Considere	as	afirmações	acerca	do	cartum.
I	–	A	fim	de	compreender	o	humor	da	tira,	o	leitor	deve	dominar	a	norma	culta	formal	da	língua	
portuguesa.
II	–	O	efeito	de	humor	é	provocado	pelo	uso	do	recurso	retórico	denominado	prosopopeia.
III	–	É	possível	inferir,	por	meio	da	leitura,	séria	crítica	ao	desconhecimento	–	comum	entre	os	
brasileiros – dos fatos da língua portuguesa.
Quais	estão	corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
 
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TIPOLOGIA TEXTUAL
Tipologias Marcas 
Narração fato	+	tempo	+	lugar	+	personagem	+	passagem	do	tempo
Descrição características	–	adjetivação	
Argumentação tese	+	comprovação	
Exposição informação	+	ausência	de	juízos	de	valor	
Injunção instrução	–	verbos	que	exprimem	ordem;	2ª	pessoa	do	discurso
EXEMPLIFICANDO
Esqueça um pouco do celular e melhore suas relações
  Em	2013,	um	restaurante	em	Jerusalém	criou	uma	promoção	interessante:	os	donos	do	
estabelecimento	 resolveram	conceder	descontos	de	50%	aos	 clientes	que	 se	dispusessem	a	
desligar	os	celulares	durante	a	permanência	no	local.	O	objetivo	era	permitir	aos	frequentado-
res	uma	experiência	de	degustação	mais	tranquila	e	prazerosa,	sem	interrupções.
  No	Brasil,	alguns	estabelecimentos	têm	adotado	medidas	semelhantes.	Em	São	Paulo,	um	bar	
tradicional	desenvolveu	o	copo	off-line,	que	só	fica	de	pé	na	mesa	se	estiver	apoiado	sobre	um	celu-
lar.	Todas	essas	iniciativas	vêm	atender	a	novas	necessidades,	típicas	de	uma	sociedade	conectada.
  Para	se	ter	uma	ideia,	fechamos	o	ano	de	2013	com	271,10	milhões	de	linhas	ativas	de	
celular,	segundo	dados	da	Anatel.	O	aparelho,	que	antes	tinha	como	única	função	ampliar	e	
agilizar	 a	 comunicação,	 hoje	 é	 também	um	 computador	 de	 bolso.	 “O	mundo	da	 tecnologia	
se	parece	com	um	parque	de	diversões	para	adultos”,	declara	a	psicóloga	Rosa	Maria	Farah,	
coordenadora	 do	 NPPI	 (Núcleo	 de	 Pesquisas	 da	 Psicologia	 em	 Informática)	 da	 PUC-SP.	 “Os	
smartphones	 têm	 funções	 lúdicas,	 que	 carregam	 um	 aspecto	 de	 novidade	 e	 despertam	 a	
criança	que	vive	dentro	do	usuário”,	diz.
  E	quem	se	deixa	envolver	por	tanta	sedução	dificilmente	é	capaz	de	perceber	se	a	frequência	
do	uso	está	passando	dos	limites	e,	mais	ainda,	de	distinguir	se	aquela	espiadinha	no	celular,	que	
muitas	vezes	interrompe	outras	atividades	importantes,	acrescenta	algo	de	relevante	na	vida	pesso-
al.	“O	aparelho	que	tinha	a	função	de	aproximar	as	pessoas	pode	fazer	com	que	o	indivíduo	diminua	
suas	habilidades	sociais”,	explica	a	psicóloga	Dora	Sampaio	Góes,	do	Hospital	das	Clínicas	da	USP.
  Estar	sozinho	com	os	próprios	pensamentos	também	se	tornou	um	desafio.	“Fala-se	muito	
que	a	tecnologia	interfere	na	relação	com	o	outro,	mas	ela	também	influencia	na	relação	do	
indivíduo	consigo	mesmo”,	afirma	Rosa	Maria.	“O	tempo	dedicado	para	se	perder	nas	próprias	
ideias,	sentimentos,	refletir	sobre	o	cotidiano	está	cada	vez	menor.	E	isso	interfere	no	desen-
volvimento	pessoal,	já	que	não	encontramos	espaço	para	avaliar	ideias,	posturas,	valores	e	as	
expectativas	de	vida”,	explica.
Adaptado	de	OLIVEIRA,	M.;	TREVISAN,	R.	Esqueça	um	pouco	do	celular	e	melhore	suas	relações.	Disponível	em	
http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2014/04/07/esqueca-um-pouco-do-celular-e-
melhoresuas-relacoes.htm.	Acesso	em	15	de	abril	de	2014.
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10. Considere	as	seguintes	afirmações	acerca	da	tipologia	do	texto.
I	–	Os	3	primeiros	parágrafos	do	texto	têm	claro	teor	narrativo.
II	 –	O	 texto	 tem	 caráter	 predominantemente	 informativo,	mas	 a	 informação	exposta	 está	 a	
serviço	de	uma	argumentação.
III	–	Ao	apontar	estados	subjetivos	do	usuário	de	tecnologias,	o	último	parágrafo	reveste-se	de	
caráter	predominantemente	poético.
Quais	estão	corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
GÊNEROS TEXTUAIS
GÊNEROS assinatura opinião temática
Editorial não sim atual e circunscrita
Artigo sim sim atual e circunscrita
Breve Ensaio sim sim universal
Notícia nem	sempre não atual e circunscrita
Crônica sim sim misto	de	literatura	e	jornalismo
PEÇA PUBLICITÁRIA:	modo	específico	de	apresentar	informação	sobre	produto,	mar-
ca,	empresa,	 ideia	ou	política,	visando	a	 influenciar	a	atitude	de	uma	audiência	em	
relação	a	uma	causa,	posição	ou	atuação,		ao	contrário	da	busca	de	imparcialidade	na	
comunicação.	Para	 tal,	 frequentemente,	apresenta	os	 fatos	 seletivamente	 (possibili-
tando	a	mentira	por	omissão)	para	encorajar	determinadas	conclusões,	ou	usa	men-
sagens	exageradas	para	produzir	uma	resposta	emocional	e	não	racional	à	informação	
apresentada.	Costuma	ser	estruturada	por	meio	de	frases	curtas	e	em	ordem	direta,	
utilizando	elementos	não	verbais	para	reforçar	a	mensagem.
CHARGE:	 é	um	estilo	de	 ilustração	que	 tem	por	 finalidade	 satirizar	algum	aconteci-
mento	atual	com	uma	ou	mais	personagens	envolvidas.	Mais	do	que	um	simples	de-
senho,	a	charge	é	uma	crítica	político-social	mediante	o	artista	expressa	graficamente	
sua	visão	sobre	determinadas	situações	cotidianas	por	meio	do	humor	e	da	sátira.
 
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CARTUM: retrata	situações	sociais	corriqueiras,	relacionadas	ao	comportamento	hu-
mano,	mas	não	necesariamente	situadas	no	tempo.	Caracteriza-se	por	ser	uma	anedo-
ta	gráfica	na	qual	se	visualiza	a	presença	da	linguagem	verbal	associada	à	não	verbal.
QUADRINHOS:	hipergênero,	que	agrega	diferentes	outros	gêneros,	cada	um	com	suas	
peculiaridades.
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SEMÂNTICA
Sinonímia e Antonímia
Sinônimos: palavras	que	possuem	significados	iguais	ou	semelhantes.
Antônimos:	palavras	que	possuem	significados	opostos,	contrários.	Pode	originar-se	do	acrés-
cimo	de	um	prefixo	de	sentido	oposto	ou	negativo.
Exemplos:	
mal	X	bem
possível	X	impossível
simpático	X	antipático
EXEMPLIFICANDO
  Cada	biblioteca	é	uma	biblioteca	de	preferências,	e	cada	categoria	escolhida implica	uma	
exclusão.	[...]O	escritor	francês	Paul	Masson,	que	trabalhara	como	juiz	nas	colônias	francesas,	
notou	que	 a	 Biblioteca	Nacional	 de	 Paris	 tinha	 deficiências	 de	 livros	 em	 italiano	 e	 latim	do	
século	XV	e	decidiu	remediar	o	problema,	compilando uma	lista	de	livros	apropriados	sob	uma	
nova	categoria	que	“salvaria	o	prestígio	do	catálogo”	 	–	 	uma	categoria	que	 incluía	somente	
livros	cujos	títulos	ele	 inventara.	 [...]Uma	vez	que	as	estantes	contêm	todas	as	combinações	
possíveis	do	alfabeto	e,	assim,	fileiras	e	fileiras	de	algaravia indecifrável, todos os livros reais 
ou	 imagináveis	 estão	 representados:	 “a	 história	minuciosa	 do	 futuro,	 as	 autobiografias	 dos	
arcanjos,	o	catálogo	fiel	da	Biblioteca,	milhares	e	milhares	de	catálogos	falsos,	a	demonstração	
da falácia	desses	catálogos,	uma	versão	de	cada	livro	em	todas	as	línguas,	as	intercalações	de	
cada	 livro	em	 todos	os	 livros”.	 [...]Salas,	 corredores,	 estantes,	prateleiras,	 fichas	e	 catálogos	
computadorizados	supõem	que	os	assuntos	sobre	os	quais	nossos	pensamentos	se	demoram	
são	entidades	reais,	e,	por	meio	dessa	suposição,	determinado	livro	pode	ganhar	um	tom	e	um	
valor particulares.
11. A	segunda	palavra	de	cada	uma	das	alternativas	abaixo	poderia	substituir	a	respectiva	palavra	
do	texto	sem	causar	alteração	de	significado,	À	EXCEÇÃO	DE
a) implica /	acarreta.
b) compilando /	reunindo.
c) indecifrável	/	incompreensível.d) falácia /	precisão.
e) suposição	/	conjectura.
 
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Hiponímia e Hiperonímia
Observe este enunciado:
“Fomos	à	feira	e	compramos	maçã,	banana,	abacaxi,	melão...	Estavam	baratas,	pois	são	frutas	
da	estação.”
Hiperonímia (frutas) = como o próprio prefixo indica, confere ideia de todo; do todo se origi-
nam ramificações.
Hiponímia = (maçã, banana, abacaxi, melão) o oposto de hiperonímia; cada parte, cada item 
de um todo.
EXEMPLIFICANDO
12. Na	 tira	 de	Mafalda,	 encontram-se	 as	 palavras	 “gente”	 e	 “pessoas”	 para	 designar	 a	mesma	
realidade.	Considerando	o	contexto	em	que	foi	produzido	o	discurso	e	as	relações	de	sentido	
criadas	a	parrtir	dele,	podemos	inferir	que	“gente”	representa	um	conceito	mais	amplo	e	que	
“pessoas”	representa	um	conceito	mais	restrito,	particularizado.	Na	relação	entre	essas	duas	
palavras,	no	contexto	da	tira,	há,	pois,	respectivamente,	uma	ocorrência	de
a) denotação	/	conotação.
b) hiperonímia	/	hiponímia.
c) sinonímia	/	antonímia.
d) homonímia	/	paronímia.
e) singularidade	/	pluralidade.
Polissemia
Significa	(poli	=	muitos;	semia	=	significado)	“muitos	sentidos”,	contudo,	assim	que	se	insere	no	
contexto,	a	palavra	perde	seu	caráter	polissêmico	e	assume	significado	específico,	isto	é,	signifi-
cado contextual. 
Os	vários	significados	de	uma	palavra,	em	geral,	têm	um	traço	em	comum.	A	cada	um	deles	dá-
-se	o	nome	de acepção.
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 • A cabeça	une-se	ao	tronco	pelo	pescoço.
 • Ele	é	o cabeça da rebelião.
 • Sabrina	tem	boa	cabeça.
EXEMPLIFICANDO
  Stela	era	 irredutível	no	seu	método	terapêutico,	dizia	que	só	nesse	estado	se	encontrava	
com	o	melhor	de	seu	ser.	Reiterava	que	era	mais	sábia	durante	o	martírio.	Insistia	que,	sóbria,	em	
seu	estado	normal,	sofria	de	um	otimismo	injustificado	que	lhe	turvava	a	realidade.	Seu	lema	era:	
“Só	na	ressaca	enxergamos	o	mundo	como	ele	é”.	Um	dia,	sem	muitas	palavras,	Stela	foi	embora.	
Alguma	ressaca	oracular	deve	ter	lhe	dito	que	eu	não	era	bom	para	seu	futuro.	Não	a	culpo.	
Adaptado	de:	CORSO,	M.	O	valor	da	ressaca.	Zero	Hora,	n.	18489,	02/04/2016.	Disponível	em:	http://
www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a5711255.xml&template=3916.
dwt&edition=28691&section=4572.	Acessado	em	02/04/2016.
1 – ordálio: prova	jurídica;	também	considerada,	na	Idade	Média,	juízo	de	Deus.
13. Assinale	a	alternativa	que	apresenta	uma	forma	verbal	que	expressa	o	sentido	contextual	da	
palavra turvava. 
a) distorcia 
b) refletia 
c) repetia 
d) endurecia 
e) esclarecia 
Denotação e Conotação
Denotação	é	a	significação	objetiva	da	palavra	–	valor	referencial;	é	a	palavra	em	"estado	de	
dicionário“.
Conotação é	a	significação	subjetiva	da	palavra;	ocorre	quando	a	palavra	evoca	outras	realida-
des	devido	às	associações	que	ela	provoca.
EXEMPLIFICANDO
  Motoristas	 sobrevoam	 uma	 paisagem,	 de	 preferência	 sem	 dispersão,	 atentos	 a	 rotas,	
contextos,	 coordenadas.	 Lombas	e	acidentes	do	 terreno	só	exigem	uma	rápida	mudança	de	
marcha.	Nada	precisam	saber	de	cheiros,	gosmas	na	calçada,	vegetação	e	sombras,	do	zoológico	
de	 animais	 domésticos,	 dos	 adolescentes	 coreografando	 sua	 música	 solitária,	 de	 velhos	
ocupados	e	crianças	contando	algo	a	um	adulto	que	se	reclina,	de	pessoas	belas,	esdrúxulas,	
vivazes,	sorumbáticas.	Com	cada	rosto	com	que		se	cruza	há	uma	negociação	de	olhares,	uma	
história	imaginada,	medo	ou	confiança.	Só	os	loucos	desrespeitam	a	separação	entre	carros	e	
pedestres:	atravessam	a	rua	costurando	entre	os	carros, conduzindo sua moto de delírio.
 
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  Entre	os	 veículos	 também	há	breves	encontros.	Os	motoristas	 se	enxergam,	no tempo 
impaciente de uma sinaleira, na redução contrariada de um obstáculo. Mas a identidade não 
é	o	corpo,	é	o	carro:	é	o	gordo	do	Gol	vermelho,	a	loira	do	Audi	prata,	o	senhor	da	Saveiro	preta.	
O	 carro	 é	 avatar:	 através	 dele	 expressamos,	 mas	 também	 ocultamos	 nossa	 personalidade.	
Isolados,	 minimizamos	 o	 encontro,	 xingamos	 tudo	 o	 que	 obstrui	 o	 fluxo.	 Parar	 nos	 deixa	
acuados, o engarrafamento nos desnuda.
  No	conto	de	Julio	Cortazar	chamado	"A	autopista	do	sul",	a	história	se	passa	numa	estrada	
francesa,	num	engarrafamento	ocorrido	sem	razões	reveladas.	São	vários	dias	de	imobilidade,	
ao	 longo	 dos	 quais	 os	 passageiros	 dos	 carros	 vão	 se	 transformando	 em	membros	 de	 uma	
pequena sociedade nascente. A identidade das personagens inclui as características do veículo 
que	 dirigem.	Organizam-se	 em	 grupos,	 lideranças	 se	 consolidam,	 redes	 de	 solidariedade	 se	
firmam,	 intrigas	 ameaçam	 a	 união.	 Nesse	 tempo	 de	movimento	 cessado,	 a	 vida	 segue:	 há	
doença,	um	suicídio;	até	uma	história	de	amor	brota	do	árido	asfalto.	O	autismo	(perdão	pela	
piada	 involuntária)	 do	 trânsito	 foi	 sendo	 suplantado	 pela	 empatia	 do	 grupo.	 Subitamente	
o	 engarrafamento	 dissolve-se	 tão	 inexplicavelmente	 quanto	 se	 perpetuara.	 Retomado	 o	
movimento	da	autopista,	os	carros	se	distanciam	velozmente	e	sentimos	pena	dos	vínculos	que	
se	desmancham.	Instala-se	novamente	o	fluxo	da	impessoalidade.
  Deslocar-se	não	é	um	trecho	fora	da	vida.	Existimos	também	no	tempo	em	que	ainda	não	
chegamos,	enquanto	"estamos	indo"	para	algum	lugar.	Por	que	não	incorporar	os	trajetos	na	
nossa	consciência?	Andar,	pedalar,	usar	transportes	coletivos	(que	não	fossem	uma	tortura),	
são	 formas	 de	 locomover-se	 vendo	 sutilezas,	 suportando a existência de outros corpos. 
Mesmo que todos pareçam tão nus, sem seus cascos, tão frágeis, sem escudo.
Adaptado	de:	CORSO,	D.	Fluxo	da	impessoalidade.	Zero	Hora,	27	abr.	2011,	Segundo	Caderno,	p.	6.
14. De	acordo	com	o	sentido	que	as	expressões	têm	no	texto, NÃO ocorre uso de linguagem figura-
da em
a) conduzindo	sua	moto	de	delírio.
b) no	tempo	impaciente	de	uma	sinaleira,	na	redução	contrariada	de	um	obstáculo
c) o	engarrafamento	nos	desnuda	
d) suportando a existência de outros corpos
e) Mesmo	que	todos	pareçam	tão	nus,	sem	seus	cascos,	tão	frágeis,	sem	escudo	
Banrisul – Português – Profª Maria Tereza
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VARIEDADES LINGUÍSTICAS
Língua: o	idioma,	modelo	geral	e	constante	para	os	membros	de	determinada	comunidade	lin-
guística.
Linguagem: a	materialização	momentânea	desse	modelo;	ato	 individual	e	voluntário	que	se	
realiza	por	intermédio	da	fala	e	da	escrita.
Entre	os	fatores	relacionados	à	LINGUAGEM,	destacam-se	os	níveis	da	fala,	que	são	basicamen-
te dois: 
Nível formal (língua padrão): diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às nor-
mas gramaticais de um modo geral. 
Nível informal (coloquial): representa a linguagem do dia a dia, das conversas informais que 
temos com amigos, familiares etc. 
Compondo	o	quadro	do	nível	informal	da	linguagem,	estão	as	chamadas	variações linguísticas, 
as	quais	representam	as	variantes	de	acordo	com	as	condições sociais, culturais, regionais e 
históricas em	que	é	utilizada.
EXEMPLIFICANDO
A língua do Brasil amanhã
Ouvimos	com	frequência	opiniões	alarmantes	a	respeito	do	futuro	da	nossa	língua.	Às	vezes	se	
diz	que	ela	vai	simplesmente	desaparecer,	em	benefício	de	outras	línguas	supostamente	expan-
sionistas	(em	especial	o	inglês,	atual	candidato	número	um	a	língua	universal);	ou	que	vai	se	
“misturar”	com	o	espanhol,	formando	o	“portunhol”;	ou,	simplesmente,	que	vai	se	corromper	
pelo	uso	da	gíria	e	das	formas	populares	de	expressão	(do	tipo:	o casaco que cê ia sair com ele 
tá rasgado).	Aqui	pretendo	trazer	uma	opinião	mais	otimista:	a	nossa	língua,	estou	convencido,	
não	está	em	perigo	de	desaparecimento,	muito	menos	de	mistura.	
Adaptado de PERINI, M. A. A língua do Brasil amanhã e outros mistérios. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. 
Páginas 11-14.
15. O autorapresenta o casaco que cê ia sair com ele tá rasgado como	exemplo	de	uso	de	gírias	e	
expressões	populares.	Assinale	a	alternativa	que	apresenta	uma	possível	reescrita	dessa	frase,	
de	acordo	com	a	norma	culta	da	língua	portuguesa.	
a) O casaco que você sairia está rasgado. 
b) O	casaco	que	você	sairia	com	ele	está	rasgado.	
c) O	casaco	com	o	qual	você	sairia	está	rasgado.	
d) O	casaco	com	que	tu	sairia	está	rasgado.	
e) O casaco que tu irias sair está rasgado. 
Gabarito: 1.	E 2.	E 3. C 4.	E 5.	C 6.	E 7.	E 8.	E 9.	A 10.	B 11.	D 12.	B 13. A 14.	D 15.	C

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