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SENSAÇÃO Detectar a energia física do ambiente Transformá-la em sinais neurais Percepção Selecionar Organizar Interpretar.... AS SENSAÇÕES! Voltando à sensação... Bottom-up De baixo para cima Processamento de informação baseado nos dados de entrada vindos do meio ao qual o sistema perceptual pertence Processamento inferior ou ascendente Top-down De cima para baixo... Construção de percepções a partir das sensações provenientes do processamento bottom-up, bem como de nossas expectativas e experiências Processamento superior ou descendente Limiar absoluto A mais baixa intensidade que um estímulo pode registrar num canal sensorial. Energia mínima do estímulo necessária para produzir uma sensação. Tecnicamente: ponto a partir do qual percebemos o estímulo 50% das vezes Visão A chama de uma vela a 48 quilômetros numa noite clara Audição O tique-taque de um relógio a seis metros no silêncio. Gustação 1 colher de chá de açúcar em 7 ½ litros de água Olfato Uma gota de perfume para seis salas Tato Uma asa de mosca caindo sobre o rosto a 1 cm Limiar diferencial Capacidade que o sistema sensorial tem para detectar alterações num determinado estímulo ou diferenças entre dois estímulos. Aumenta com a magnitude do estímulo, como uma proporção constante (lei de Weber) Exemplos: luz (8%), peso (2%), tons (0,3%) Estimulação subliminar Estímulo abaixo do limiar absoluto de percepção (percebido menos de 50% das vezes) Seria percebido inconscientemente e afetaria nosso comportamento Experiências: mostrar slide de casal romântico ou de cadáver muito rapidamente (subliminar) antes de fotos de pessoas. Nós podemos sentir o que não sabemos nem conseguimos descrever Nós podemos processar uma informação sem consciência dela Porém, sensação subliminar é diferente de persuasão subliminar... Adaptação sensorial Redução de nossa sensibilidade para estímulos que não se modificam Em pouco tempo, deixamos de perceber Exemplos: piscina sentida como fria ao mergulhar e que depois parece agradável; relógio, aliança ou brinco. Após a exposição constante a um estímulo, nossas células nervosas passam a disparar com menos frequência e por isso não o percebemos mais! Isso permite nossa concentração nos estímulos importantes: as alterações informativas de nosso ambiente. Nossos receptores sensoriais são alertas para novidades. Um exemplo: TV! Cortes, edições, zoom, planos e barulhos repentinos capturam nossa atenção! PERCEBEMOS O MUNDO NÃO COMO ELE É, MAS COMO É MAIS ÚTIL QUE O PERCEBAMOS! Por que, ao olharmos fixamente um objeto, ele não desaparece????? Nossos olhos se movem o tempo todo! Assim, o estímulo retiniano muda constantemente! Teoria da detecção de sinais Busca entender porque pessoas diferentes reagem de forma diferente ao mesmo estímulo. Formulação central: a detecção dos estímulos não depende só da intensidade dos sinais, mas de nosso estado psicológico. Exemplo: vigia na guerra, pais de bebês. Codificação sensorial Os sentidos captam estímulos físicos: energia luminosa (visão); energia mecânica (audição e tato); energia química (olfato e paladar). O cérebro só codifica sinais elétricos associados às descargas neurais. Cada modalidade sensorial deve realizar a TRANSDUÇÃO – tradução da energia física em sinais elétricos que possam ser conduzidos ao cérebro. Responsáveis por esse processo: receptores neurais localizados nos órgãos do sentido que, quando ativados, transmitem sinais ao cérebro. VISÃO Sistema de formação da imagem (câmeras) Córnea: desvia os raios de luz para dentro Cristalino: focaliza a luz na retina, tornando-se mais achatado para objetos distantes e mais esférico para objetos próximos Pupila: regula a intensidade de luz, abrindo ou fechando Sistema de transdução da imagem Retina: - bastonetes (visão noturna/falta de cor) - cones (visão diurna/cores) - fóvea: centro da retina, focaliza detalhes - ponto cego: local onde o nervo óptico sai Nervo óptico: - Células ganglionares Córtex Visual - Área posterior do cérebro (lobo occipital) - Neurônios detectores de características especializadas - Neurônios que respondem a padrões complexos Reconhecimento visual 30% do córtex envolvido Atividade extremamente complexa Dano a uma parte do cérebro: alteração em um aspecto desse processo Exemplos de dano em parte do córtex Impossibilidade de ver o movimento. O paciente percebe as pessoas em um lugar e em seguida, em outro, sem vê-las se movendo. Desafio cotidiano: colocar líquido no copo ou comida no prato. Impossibilidade de ver cores: tudo fica preto e branco, ou cinza, mesmo os sonhos. Processamento paralelo Trabalho integrado de diferentes equipes neurais especializadas. Uma parte é automática. Exemplos de atividade automática Uma pessoa com cegueira em parte do campo visual, não discrimina conscientemente nada nessa parte, mas “adivinha” se as linhas são horizontais ou verticais. Dirigir um carro. Visão de cores Teoria do processamento oponente: no córtex visual, a informação visual é analisada em termos de cores oponentes, verde e vermelho, azul e amarelo, preto e branco. Teoria tricromática: na retina há 3 tipos de receptores, sensíveis a uma das três cores – vermelho, verde e azul. Outras cores dependem de combinação desses receptores. Constância da Cor Nosso cérebro não “vê” a cor do objeto em si, mas a vê em contexto, num processamento da luz refletida relativamente aos objetos circundantes. Exemplo: folha verde dentro ou fora de casa. Fisicamente, dentro de casa, a folha emite a mesma luz que o galho marrom, mas nós continuamos a enxergar o verde. Audição Sistema de Transmissão dos Sons Amplifica e transmite o som aos receptores neurais. - Ouvido externo: aurícula e canal auditivo - Ouvido médio: - tímpano, membrana delicada que vibra com as ondas sonoras - martelo, bigorna e estribo, três ossículos que transmitem as vibrações do tímpano para a cóclea. Sistema de transdução Cóclea, tubo cônico com a forma de caracol e que vibra - Membrana basilar, que ondula com o som - Células ciliadas, cujo movimento dispara impulsos nas fibras nervosas adjacentes Nervo auditivo, que transmite a informação ao cérebro Como percebemos a intensidade de som? Pelo número de células ciliadas ativadas. Se uma célula ciliada perde sensibilidade para sons suaves, pode responder a sons mais altos. - Idosos. - Aparelhos auditivos. Teoria Espacial Diferentes ondas sonoras disparam atividade em diferentes locais ao longo da membrana basilar. Explica os sons agudos. Teoria da frequência Quando a membrana basilar vibra, dispara impulsos neurais na mesma frequência da onda sonora recebida. Explica sons graves. Duas orelhas Permitem ouvir melhor. Permitem som estereofônico, em três dimensões. Permitem localizar o som. Décibeis Unidade de medida para energia sonora. A cada 10 décibeis, o som aumenta dez vezes. A conversa normal (60 decibéis) é 10.000 vezes mais alta que o sussurro (20 decibéis) O som do metrô (100 decibéis) é 10 milhões de vezes mais alto que o limiar absoluto. Acima de 85 decibéis: risco de perda auditiva Tato Essencial ao desenvolvimento e sobrevivência humana. Células receptoras em toda a pele. Quatro sensações: - Pressão - Calor - Frio - Dor Dor Aviso de que algo está errado. Permite mudar de atitude e resolver o problema. Pacientes sem capacidade de sentir dor usualmente morrem muito jovens: sem desconforto, usam excessivamente as articulações; não percebem ferimentos e doenças. O que é a dor? Propriedade dos sentidos e do cérebro. Não é localizado em uma única via neural, evoluindo de um aparelho receptor para uma área definida do cérebro Tem vários tipos de estímulos que a disparam Não tem receptores específicos Teoria do portão Na medula espinhal, haveria um “portão” neurológico que tanto pode bloquear como transmitir os sinais da dor. Na medula, há pequenasfibras que conduzem a dor. Fibras mais grossas conduzem outros sinais e bloqueiam a dor. Acupuntura: desliga o portão da dor. Massagem no local dolorido: ativa outros sinais, bloqueando as mensagens de dor. Gelo: além de controlar o inchaço, transmite sinais de frio, competindo com a mensagem de dor. Há diferentes níveis de tolerância para dor. O final da experiência influencia a memória da dor. Exemplos: o final de um exame médico será lembrado mais que a totalidade da duração; o resultado de um esforço determina a reação sentida. Pressão A percepção de pressão decorre da sensação de pressão física na pele. Não percebemos a pressão no corpo inteiro (como a pressão do ar). Somos sensíveis a variações de pressão. Lábios, nariz e rosto são mais sensíveis. Permite explorar o ambiente pelo tato. Temperatura O estímulo para a temperatura é a temperatura de nossa pele. Os receptores são neurônios imediatamente abaixo da pele. Os receptores geram um impulso neural quando há acréscimo ou decréscimo de temperatura (transdução). Paladar Envolve quatro sensações: - Doce - Salgado - Amargo - Azedo É um sentido químico, como o olfato. Os receptores de sabor são reproduzidos em intervalos de 7 a 15 dias. Quando envelhecemos, o número de papilas gustativas diminui, explicando o gosto adulto (e a aversão infantil) por sabores simples. Somos geneticamente predispostos a alguns sabores. Ao mesmo tempo, a cultura influencia. Pessoas sem língua sentem sabor no céu da boca. Somos mais sensíveis a sentir o sabor de alimentos nutritivos ou estragados. Olfato Sentido químico. Auxilia na sobrevivência. Participa ativamente na percepção do gosto. Ao respirar 20 mil vezes por dia, somos expostos às moléculas impregnadas de cheiros no ambiente. Sistema olfatório Receptores das vias nasais Rotas neurais de transmissão Bulbo e córtex olfatórios INTERESSANTE O bulbo olfatório é diretamente ligado à região do cérebro responsável pela memória de longo prazo. Sentido Vestibular Monitora a posição e movimento da cabeça e do corpo. Na orelha interna, há substâncias que se movem quando a cabeça gira. Esses movimentos estimulam os receptores ciliados. São enviadas mensagens para o cerebelo, o que nos permite a localização corporal. Cinestesia Sentido da posição das partes do nosso corpo e do movimento. Nos músculos, tendões e articulações, milhares de sensores continuamente fornecem informações.
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