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Prof. Me. Jeferson O. Salvi Ji-Paraná • As proteínas são construídas a partir de um repertório de 20 aminoácidos. • Os aminoácidos são as unidades estruturais básicas das proteínas. • Um α-aminoácido consiste em um átomo central de carbono, chamado de carbono α, ligado a um grupo amino, um ácido carboxílico, um átomo de hidrogênio e um grupo R diferenciado. • Com quatro grupos diferentes ligados ao átomo de carbono tetraédrico, os α-aminoácidos são quirais: eles podem existir em uma de duas formas de imagem especular, chamadas de isômeros. • Para quase todos os aminoácidos, o isômero L tem configuração absoluta S (em vez de R). • Evidências apontam de que os aminoácidos L são ligeiramente mais solúveis que do que uma mistura racêmica de aminoácidos D e L, que tende a formar cristais. • Esta pequena diferença na solubilidade pode ter sido amplificada ao longo do tempo, de modo que os isômeros L se tornaram dominantes em soluções. 1. Aminoácidos hidrofóbicos com grupos R apolares 2. Aminoácidos polares com grupos R neutros, com a carga distribuída de maneira desigual 3. Aminoácidos carregados positivamente, com grupos R que têm carga positiva em pH fisiológico 4. Aminoácidos carregados negativamente, com grupos R que têm carga negativa em pH fisiológico • São polímeros lineares formados pela ligação do grupo α-carboxila de um aminoácido ao grupo α-amino de outro aminoácido. • Este tipo de ligação é chamado de ligação peptídica ou ligação amídica. • A formação de um dipeptídio a partir de dois aminoácidos é acompanhada pela perda de uma molécula de água. Ligações peptídicas são cineticamente bem estáveis, uma vez que a taxa de hidrólise é extremamente lenta. • Uma sequência de aminoácidos unidos por ligações peptídicas forma uma cadeia polipeptídica, e cada unidade de aminoácido em um polipeptídio é chamada de resíduo. • Uma cadeia polipeptídica tem polaridade porque suas extremidades são diferentes: um grupo α amino está presente em uma extremidade e um grupo α carboxila, na outra. Uma cadeia polipeptídica é constituída por uma parte repetitiva regular, chamada de cadeia principal ou arcabouço, e uma parte variável, que corresponde às cadeias laterais específicas • Em algumas proteínas, a cadeia polipeptídica linear é interligada. • O tipo mais comum de interligação é a ponte dissulfeto, formada pela oxidação de um par de resíduos de cisteína. • A unidade resultante das duas cisteínas ligadas é chamada de cistina. • As proteínas extracelulares geralmente têm várias pontes dissulfeto, enquanto as proteínas intracelulares normalmente não as têm. • As proteínas têm sequências particulares de aminoácidos, especificadas pelos genes. • As cadeias polipeptídicas são flexíveis, mas têm restrições conformacionais. • As cadeias polipeptídicas podem se enovelar em estruturas regulares como a alfa- hélice, a folha beta, voltas e alças. ESTRUTURA SECUNDÁRIO DO COLÁGENO AS PROTEÍNAS NOS ALIMENTOS • As proteínas estão presentes em vários alimentos importantes da dieta humana, como pães, massas e carnes • Nos organismos vivos as proteínas desempenham várias funções, como fonte de energia (4 kcal/g), enzimas, hormônios, transportadores, estrutural, contração muscular e outras. • Nos alimentos as proteínas, além da função nutricional, apresentam propriedades funcionais de grande importância para a indústria de alimentos, como as propriedades emulsificantes e espumantes. DESNATURAÇÃO • Exposição da proteína aos chamados agentes desnaturantes como aquecimento, agitação, radiação ultravioleta, ácidos, bases, solventes orgânicos e outros. • Em virtude da modificação em sua conformação devido à desnaturação, as proteínas tornam-se insolúveis em água e perdem sua função biológica. • Nos alimentos, a desnaturação pode ser um fenômeno desejável: a geleificação-gel só se forma em proteínas desnaturadas e no amassamento de pães– desnaturação do glúten) ou indesejável (perda de capacidade emulsificante, por exemplo). • As propriedades funcionais das proteínas podem influenciar drasticamente as características sensoriais dos alimentos e nas propriedades dos demais componentes do alimento. • As características das proteínas como tamanho, composição aminoacídica e conformação determinam as propriedades funcionais que vão também depender do meio em que estão dispostas, por parâmetros: • pH, temperatura e da presença de outros componentes no alimento como sais e açúcares, que também influenciarão a característica funcional final das proteínas. Hidratação • Refere-se à capacidade da proteína de ligar e fixar água à sua estrutura. • A textura e a viscosidade dos alimentos são características diretamente dependentes da capacidade de hidratação das proteínas. Solubilidade • Proporção de proteína que se mantém em solução, sem sedimentar, considerando a água como solvente. • Proteínas altamente solúveis são aquelas que uma vez em contato com a água, tendem a se dispersar rápida e homogeneamente. • Essa característica é desejável em alimentos como molhos, sopas instantâneas, bebidas e outros. Viscosidade • As proteínas são reconhecidas agentes que conferem viscosidade aos fluidos, em outras palavras, conferem resistência dos mesmos em fluir ou romper-se. • Essa característica é bastante importante em alimentos como cremes, sopas e molhos, que precisam ter viscosidade intermediária. Geleificação • Entende-se que o processo de formação de gel é o evento de ordenação das proteínas previamente desnaturadas. • Os géis proteicos têm grande importância em alimentos como queijos, embutidos cárneos como a salsicha, gelatinas e outros Formação de massa – glúten • As proteínas do glúten possuem a capacidade de formar uma massa viscoelástica quando amassadas na presença de água, sendo a base do processo de panificação. Propriedade emulsificante • As emulsões consistem de um sistema em que dois líquidos imiscíveis (água e óleo), devido à presença de um agente emulsificante, passam a formar uma mistura estável. • Esta propriedade funcional é muito importante em alimentos como leite, maioneses, salsichas, sorvetes, molhos e outros Propriedade espumante • Compreende-se por espuma a dispersão de bolhas de gás (normalmente ar) em um sistema contínuo líquido ou semissólido. • Nas espumas as proteínas agem facilitando e estabilizando a interação entre as bolhas de gás. Análise em laboratório, segundo Instituto Adolfo Lutz, 2008 • A determinação do teor de proteínas em alimentos geralmente é realizada através do método de Kjeldahl, no qual o teor de nitrogênio da amostra é determinado. • Devido a composição das proteínas por aminoácidos, o teor de nitrogênio (dos grupos amino) pode ser diretamente correlacionado com o conteúdo proteico da amostra. No método de Kjeldahl, a amostra é digerida em ácido sulfúrico, o nitrogênio é separado por destilação por arraste de vapor, e sua quantidade é determinada por volumetria. O excesso de ácido sulfúrico foi titulado com hidróxido de sódio 0,1 M até que a solução (amarela) volte à cor vermelha. Destilado de nitrogênio contendo tubo de digestão (com líquido azul – a) e Erlenmeyer contendo ácido sulfúrico (com líquido vermelho – b) Os volumes de NaOH 0,1 M gastos que foram utilizados Os dados foram aplicados à formula a seguir: VAMOS TRABABALHAR???
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