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Teoria do Duplo Vínculo A teoria do duplo vínculo é um termo em psicologia que correlaciona-se a um erro de comunicação humana que cria relações contraditórias onde afeto e agressividade são expressos paradoxalmente ao mesmo tempo. Esta teoria foi cunhada por Bateson, Don Jackson, Haley e Weakland em 1956 inicialmente para explicar como surge a esquizofrenia, acreditando que a patologia mental fosse originada de vínculos disfuncionais entre mãe e filho, onde os afetos são comunicados de maneira confusa e paradoxal. O resultado deste tipo de vínculo é a insegurança, agressividade, evitação de contatos sociais íntimos, dificuldade de entender e sintonizar com as emoções de outras pessoas. São cinco os ingredientes elencados para a formação do duplo vínculo: -Duas pessoas emocionalmente vinculadas sendo uma delas a vítima; -A experiencia de duplo vínculo não se dá por um trauma específico e sim por um continuum ao longo da experiencia vital do "duplo vinculado" -Comportamento prejudicial primário. Geralmente as punições feitas por quem possuir mais poder nesse relacionamento para controlar quem possui menos poder. Esse comportamento frequentemente é o que define a relação ao invés das recompensas. A punição pode ser a perda do amor, expressões de raiva e agressividade ou mesmo a expressão de extrema decepção. -Comportamento prejudicial secundário contradizendo o primário. Geralmente feita não-verbalmente e por muito mais difícil de ser percebida. Nela se nega os efeitos negativos do comportamento prejudicial primário. Exemplos de verbalizações podem ser: "Eu não quero te machucar, é para seu próprio bem", "Não questione meu amor por você", "Não me trate como vilão nessa história". -Impossibilidade de escapar. Pode ser um laço familiar, a pressão social para manter um casamento ou questões financeiras, mas eles também podem ser promessas de amor ou uma regra culturalmente estabelecida. Dificilmente a vítima está disposta a recorrer judicialmente para sair dessa situação e em muitos casos ela nem conhece essa possibilidade. Exemplos de relações de duplo vínculo: O marido que bate na esposa e depois a pede perdão e quer reatar o romantismo; Mãe que diz amar o filho, porém o negligencia diariamente; Pai que orienta que o filho dê biscoitos aos coleguinhas, mas o pune por dar de mais; Mãe que leva o filho ao parque ou festa e diz para que ele se divirta e o pune por ter se sujado; O cuidador que afirma amor e atenção ao paciente mas ao mesmo tempo demonstra tédio e exaustão pela situação; Situações de abuso onde um pai molesta o filho(a) e diz ser "amor de pai"; Uma mãe que espanca o filho e diz ser "para o seu bem". "Esse tipo de mensagem ainda tem muitos outros exemplos, tais como: Você realmente não pensa assim; ou Você me entende, não é?; Ou ainda Você não deve sentir vergonha. A ambigüidade de tais mensagens depende do tom, do contexto, da rejeição dos comentários etc., ou seja, depende enfim da introdução de diversas negações e denegações, desconfirmações e desqualificações em mensagens de aparência simples. " Como foi dito, não se trata de uma situação específica, e sim de um tipo de vivência familiar em que geralmente o duplo vinculador foi inicialmente um duplo vinculado. Apesar das críticas à teoria, até mesmo pelo destino a que ela se propõe , explicar a esquizofrenia negando sua etiologia genética; é interessante fazer uma reflexão quanto à comunicação humana e suas imbricações. É importante pensar no que se transmite para as crianças, evitando mensagens ambíguas onde não se leva em consideração os "porquês" e não ditos, bem como os sentimentos destrutivos por detrás de mensagens pseudoeducativas. Fonte: http://deltazetalota.blogspot.com.br/2010/07/teoria-do-duplo-vinculo.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Duplo_v%C3%ADnculo
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