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O Encéfalo e o Sono Prof. Jordana Maia Corresponde a todo período entre um episódio de sono e outro, o organismo responde a estímulos do ambiente, apresenta comportamento ativo Vigília Vigília • Os ciclos de sono e vigília permitem adaptação ao meio ambiente (externo) Sono Estado fisiológico complexo, que requer uma integração cerebral completa, durante o qual ocorrem alterações dos processos fisiológicos e comportamentais. É um estado descontínuo organizado em fases que se diferenciam por traçados eletroencefalográficos específicos Sono • Fatores que controlam a necessidade de sono: – Arquitetura intrínseca – Ritmo circadiano (sono x vigília) Vigília x Sono • Para um estado ótimo de vigília: – Média de 7- 8 horas de sono – Despertar noturno que represente até 5% do tempo total na cama Neurofisiologia do Sono • Dois sistemas neuroanatômicos descritos: – Sistema Indutor do Sono – Sistema Indutor da Vigília Neurofisiologia do Sono Estado de vigília - Sistema Reticular Ativador Ascendente (SRAA) • Neurônios noradrenérgicos, catecolaminérgicos, serotonérgicos, glutamatérgicos e gabaérgicos • Conecta-se com o diencéfalo e ativa o córtex cerebral • Ritmo circadiano • Aumenta a temperatura corporal maior a atividade metabólica e produção de catecolaminas Sistema Indutor do Sono •Neurônios promotores do sono “tornam-se ativos, diminuindo a atividade cortical através da inibição dos neurônios do SRAA” •Pode ser facilitado pela diminuição de estímulos sensoriais Neurofisiologia do Sono • Atuação de sistemas moduladores difusos que utilizam neurotransmissores diferentes estabelecendo conexões sinápticas com o córtex, diencéfalo, núcleos da base, tronco encefálico e medula espinhal. • Por ação desses moduladores ao final de um dia adormecemos: nossa consciência se apaga, os músculos relaxam, as funções internas ficam reduzidas. Sono • Ciclo claro-escuro sincroniza os ritmos biológicos • A luz muda a fase do relógio circadiano – Cascata de eventos no núcleo supraquiasmático Hipotálamo • Controla os ritmos circadianos • Através do núcleo supra-quiasmático recebe informações das retinas (luz) e gera respostas neurais em seus núcleos NSQ e a Glândula pineal • Núcleo supra quiasmático (NSQ) • Na ausência de luminosidade, ele envia sinais para a glândula pineal, que passa a liberar a melatonina para o cérebro NSQ e a glândula pineal • Esses sinais são bloqueados quando o nervo óptico é estimulado por luz e, então, não ocorre a produção de melatonina Melatonina • Metabolismo da glândula pineal está sob o controle dos ciclos diário e sazonal de iluminação • A luz na retina durante o período escuro pode bloquear a produção de melatonina Melatonina • Capaz de provocar o surgimento de episódios diários de sono com a mesma arquitetura do sono fisiológico noturno • Regulariza a ritmicidade de pacientes que não são capazes de sincronizar seus ritmos endógenos claro-escuro (ex. cegueira) Elementos sincronizadores do sono • Turno de trabalho • Oportunidade de lazer • Luz elétrica • Medicamentos e drogas excitatórias etc. Sono • Estudado pelo registro polissonográfico (Atividade do SN, cardiovascular, atividade muscular e atividade do globo ocular) • Permite conhecer aspectos comportamentais, autônomos e da atividade cerebral relacionadas ao sono Polissonografia Sono • Os dois principais estágios do sono: 1.Sono NREM (ondas lentas): estágios 1 a 4 2. Sono (REM: rapid eyes moviment): estágio 5 Polissonografia – SONO NREM • Estágio 1: transição da vigília para o sono e ocupa cerca de 5% do tempo gasto dormindo, em adultos saudáveis. • Estágio 2: ocupa cerca de 50% do tempo de sono • Estágios 3 e 4: níveis mais profundos de sono e ocupam cerca de 10-20% do tempo de sono Polissonografia – Sono REM • Sono REM – sono dos movimentos oculares rápidos • Ocorre a maior parte de sonhos típicos, na forma de estórias, ocupa cerca de 20-25% do sono total • Alterna-se com sono NREM a cada 80-100 minutos, aproximadamente Distúrbios do sono Insônia • Dificuldade de iniciar ou manter o sono • Classificação: – Inicial Intermediária Final – Curta Transitória Crônica Insônia psicofisiológica Hábitos irregulares de sono Ansiedad e Expectativas negativas Cansaço diurno Pensamentos em problemas e situações de conflito antes de dormir Narcolepsia • Sonolência excessiva durante o dia, mesmo quando a pessoa dormiu bem à noite. Ataques de sono em situações inusitadas: ex. em pé dentro de um ônibus. Terror noturno • Ataques de terror agudo emergindo do sono profundo sem sonhos • Acompanhado por violentos movimentos corporais, agitação extrema, gritos, falta de ar, suor, confusão, e em alguns casos, fuga da cama ou do quarto Terror noturno • Ocorre no sono não-REM geralmente uma hora após o sujeito ir para a cama (estágio 4 do sono). • Pode durar de cinco a vinte minutos enquanto o sujeito ainda está sonolento. • Os olhos podem se abrir. O paciente geralmente é incapaz de se lembrar de qualquer coisa após o acontecido. Apnéia obstrutiva do sono • É uma parada respiratória provocada pelo colabamento das paredes da faringe. Durante as crises, ocorre o ronco por causa do bloqueio da passagem de ar pela faringe • Pode ocorrer queda na saturação sanguínea de oxihemoglobina, arritmias cardíacas, hipertensão noturna, confusão noturna e comprometimento neuropsicológico Apnéia obstrutiva do sono Bibliografia • BEAR, Mark F. Neurociências: desvendando o Sistema Nervoso. 3a ed. Porto Alegre: Artmed. 2008. • LENT, R. Cem bilhões de neurônios. 2a Ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
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