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Ciclo sono- vigília Sarah Suellen Sena - S3 Conceito Estado de inconsciência no qual a pessoa pode ser despertada por estímulo sensorial ou por outro estímulo. — Funções: 1. Maturação neural (restauração do balanço natural entre os centros neuronais); 2. Facilitação do aprendizado e da memória; 3. Cognição; 4. Conservação da energia metabólica. — Sono X Coma. 1. Sono de ondas lentas; 2. Sono com movimentos rápidos dos olhos (sono REM). Tipos de sono Sono de ondas lentas — Ondas de grande amplitude e baixa frequência (delta); — Maior parte do sono; — Ocorrem sonhos e pesadelos, mas comumente não são lembrados, pois não ocorre a consolidação dos sonhos na memória. — Sono profundo e restaurador comum na 1ª hora de sono após muitas horas em vigília; — Redução do tônus muscular e periférico e diversas outras funções vegetativas do corpo (p. ex. diminuição de 10-30% da PA, da FR e do metabolismo basal); — Liberação de hormônio do crescimento; — Também denominado sono paradoxal ou sono dessincronizado; — Olhos movimentam-se rapidamente apesar de a pessoa estar dormindo; — Episódios de sono REM ocupam aproximadamente 25% do sono de adultos jovens, ocorrendo geralmente a cada 90min e durando de 5-30min; OBS1. A duração dos episódios aumenta à medida em que a pessoa vai despertando, sendo geralmente quando as pessoas despertam espontaneamente pela manhã. No entanto, é mais difícil ser despertado por estímulo sensorial durante o episódio. OBS2. Quando a pessoa está sonolenta, os episódios podem ser ausentes. — Não é restaurador, estando associado a sonhos bem estruturados com movimentos musculares ativos = tornam FR e FC irregulares; Sono com movimentos rápidos de olho (REM) — Tônus muscular excessivamente inibido = áreas de controle da medula espinhal inibidas; — Metabolismo encefálico global aumentado em até 20% (ondas beta); OBS1. Essa atividade excessiva durante o sono REM ocorre devido à ativação de muitas partes do cérebro pelas extensas fibras eferentes dos grandes neurônios secretores de acetilcolina na formação reticular da porção superior do tronco cerebral → a distinção com o estado de vigília é a atividade cerebral não estar canalizada para a direção apropriada. Sono com movimentos rápidos de olho (REM) — Os núcleos da rafe situados na metade inferior da ponte e no bulbo são a principal área de estimulação para causar um sono quase natural . As fibras se disseminam para a formação reticular do tronco cerebral, o tálamo, o hipotálamo, a maioria das áreas do sistema límbico e o neocórtex do telencéfalo. Além de para a medula espinhal, terminando nos cornos posteriores (o que pode inibir, inclusive a dor) — Estimulação de algumas áreas do núcleo do trato solitário (onde são projetados os sinais advindos das informações sensoriais viscerais, que chegam pelos nervos vago e glossofaríngeo) + regiões do diencéfalo (parte rostral do hipotálamo, principalmente área supraquiasmática, e área ocasional nos núcleos talâmicos de projeção difusa) também podem causar sono. TEORIA BÁSICA DO SONO O sono é causado por processo inibitório ativo: centros abaixo da região médio-pontina do tronco cerebral inibem outras partes do encéfalo. ! Lesões nessas áreas liberam a inibição e causam estado de vigília intensa. Ciclo sono- vigília Quando o centro do sono não está ativado: Núcleos mesencefálico e reticular pontino superior ativador são liberados de sua inibição → Excita córtex cerebral e SNP → inúmeros sinais de feedback positivo ativam ainda mais o núcleo reticular ativador. Após o cérebro permanecer ativado por muitas horas, o sistema ativador fica fadigado. Ciclo de feedback positivo desaparece e os efeitos promotores do sono predominam, levando à transição rápida da vigília de volta para o sono. "Zeitbergs" — Temporizadores externos que auxiliam a regulação do ciclo circadiano, como a luz. — Retina → núcleo supraquiasmático do hipotálamo → coluna intermediolateral da medula (SNS) → gânglio cervical superior → pineal (receptores b1). — A glândula pineal produz melatonina, hormônio derivado da serotonina que modula os padrões de sono nos ciclos circadianos e sazonais. Ondas cerebrais Ondas alfa: — Ocorre em adultos normais acordados e calmos e em atividade cerebral em repouso; — Frequência: 8-13 Hz; — Resultam de oscilações espontâneas de feedback no sistema talamocortical difuso, possivelmente incluindo o sistema ativador reticular no tronco cerebral. Ondas beta: — Ocorre quando a atenção da pessoa vígil é direcionada para uma atividade mental específica, além de em sono REM; — Ondas de alta frequência (acima de 14 Hz) e baixa voltagem. Ondas cerebrais Ondas teta: — Ocorre em crianças e em adultos durante estresse emocional (desapontamento e frustração). Além de ocorrer em muitos distúrbios cerebrais, principalmente degenerativos, e em alguns estados de sono; — Frequência de 4-7 Hz e voltagem aumentada. Ondas delta: — Encontradas no EEG durante o sono profundo de ondas lentas (estágio 4), na infância e em doença cerebral orgânica grave; — Baixa frequência (abaixo de 4 Hz) e alta voltagem; — Causada por mecanismos sincronizadores situados no sistema neuronal cortical, independente das estruturas subcorticais. Ondas cerebrais Frequência média do ritmo do EEG (eletroencefalograma) aumenta progressivamente com maiores graus de atividade; Durante períodos de atividade mental, as ondas se tornam mais assíncrônicas que sincrônicas = redução da voltagem, apesar do aumento da atividade cortical; Ondas cerebrais Estágios de vigília e sono — Estágio de vigília a. Alerta: ondas beta de alta frequência; b. Relaxada: ondas alfa. — Sono de ondas lentas Estágio 1 (sono leve): voltagem das ondas EEG é baixa → interrompido por "fusos do sono" (surtos em forma de ondas alfa) Estágios 2, 3 e 4: frequência das ondas EEG diminuem até tornarem-se ondas delta. — Sono REM: ondas irregulares e de alta frequência. OBS. Difícil distinção das ondas da pessoa em vigília ativa. Distúrbios do sono Distúrbios do sono NREM Narcolepsia Sonolência diurna excessiva; Cataplexia (70%): indivíduo alerta entra em colapso devido à perda de toda a atividade ou tônus muscular; Paralisia do sono (25%); Alucinações hipnagógicas. — Apresenta os sintomas durante a vigília e o sono: 1. 2. 3. 4. — Tratamento: ritalina; antidepressivos. Insônia — Distúrbio persistente que impede o adormecer ou a continuidade do sono durante a noite; — Não é uma doença, mas um sintoma de outras doenças, como a depressão, o estresse crônico e a dor crônica; — Tratamento: higiene do sono; melhora dos hábitos; benzodiazepínicos. Distúrbios do sono NREM Sonambulismo Em adultos, geralmente está relacionado com privação de sono, estresse prolongado e ansiedade. — Acontece a partir da inibição motora e da fala; — Comum em crianças e adolescentes, desaparecendo com o envelhecimento; — Tratamento: práticas de relaxamento; psicoterapia; benzodiazepínicos. Terror noturno — Mais comum em crianças, mas pode ocorrer em adultos; — Durante os episódios, o paciente apresenta gritos, medo intenso e agitação e não lembra no dia seguinte; OBS. Adultos têm tendência a serem agressivos durante os episódios; — Pode estar relacionado com privação de sono, estresse prolongado e ansiedade. Distúrbios do sono REM Alucinações hipnagógicas — Evento alucinógeno ou semelhante ao sonho do ínicio do sono. Paralisia do sono — Incapacidade de se mover devido à inibição cerebral dos neurônios motores. — Tratamento: ritalina. Obrigada pela atenção! Sarah Suellen Sena (85) 98565-3571
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