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Juliano Santana Pita O ESTUDO DA POPULAÇÃO NO ENSINO MÉDIO E A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS DIDÁTICOS

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O ESTUDO DA POPULAÇÃO NO ENSINO MÉDIO E 
A IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS DIDÁTICOS1 
 
Juliano Santana Pita - Universidade Estadual de Londrina 
julianosantanapita@yahoo.com 
 
 
RESUMO 
Este artigo é produto do período de estágio de vivência docente no qual fiz parte, 
estando à frente de uma turma do 2º ano do ensino médio, em uma escola pública 
da periferia da cidade de Londrina/PR. Neste trabalho, me propus a analisar, 
criticamente, a importância da utilização dos recursos didáticos na construção do 
conhecimento sobre a População, temática que trabalhei com a turma. Nesse 
contexto, procurei demonstrar o valor das discussões sobre o tema em pauta, 
apontando elementos para a compreensão das diferentes espacialidades 
possibilitadas pelo movimento populacional. Os recursos didáticos usados nas aulas 
foram importantes na construção do conhecimento, por sistematizar o conteúdo para 
que as informações fossem trabalhadas de um modo menos abstrato e dinâmico, 
proporcionando a aprendizagem. A metodologia foi pautada em aulas expositivas e 
dialogadas, acompanhado de atividades, como questionários e a construção de 
pirâmides etárias para sintetizar o conteúdo trabalhado. Essa metodologia foi 
considerada de fácil aplicação, pois o perfil da turma permitia esse método. Em 
linhas gerais, os resultados obtidos foram bons, poucos alunos apresentaram 
dificuldades na aprendizagem do conteúdo. 
 
PALAVRAS CHAVE: Geografia. População. Ensino-aprendizagem. Recursos 
Didáticos. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
O objetivo deste artigo é demonstrar as experiências vividas no estágio e analisar os 
métodos de ensino aplicados em sala de aula, fruto do que aprendemos no curso de 
Geografia. O campo de estágio foi em uma escola estadual, localizada na Região 
Leste, periferia de Londrina. Pudemos observar que se trata de uma região que 
acomoda pessoas tanto da classe média quanto de classe baixa, no entanto, de 
acordo com Plano Político Pedagógico da escola (P.P.P) os alunos, em sua maioria, 
são de classe baixa. A turma em que estagiei é do 2º ano matutino; as aulas eram 
 
1
 Trabalho desenvolvido no estágio de regência da disciplina Didática da Geografia e Estágio 
Supervisionado (6EST 302) ministrada pela professora Dra. Jeani Delgado Paschoal Moura, 
compondo a IX Mostra de Estágio do Curso de Licenciatura em Geografia da UEL. 
 
2 
 
ministradas com a presença do professor titular da turma e com uma companheira 
de estágio, que estavam atentos ao andamento da aula. O tempo total de estágio 
estabelecido pela universidade é de 30 horas aulas, reservando-se 4 h/a para 
observação da turma e o restante para a pratica docente. 
 Antes que pudéssemos iniciar o estágio foi necessário elaborar os planos de aula 
de acordo com os objetivos a serem alcançados, por isso a importância de um bom 
plano de aula, mesmo para um professor experiente. É por isso que os profissionais 
da didática persistem na idéia de planejamento como algo que exige horário, 
discussão, esquematização e certa formalidade. Agindo assim, tem-se uma garantia 
de que as aulas vão ganhar qualidade e eficiência. 
Os objetivos a serem alcançados de acordo com o conteúdo foram os seguintes: 
demonstrar aos alunos a importância de compreendermos a dinâmica populacional; 
identificar através dos índices demográficos as condições de vida da população de 
um determinado lugar; discutir os motivos que configuram e determinam as 
condições de vida da população. 
A partir desses objetivos, foi possível construir um alicerce que pudesse dar 
sustentação na formação do senso crítico dos alunos, no sentido de compreenderem 
os fatos que tornam uma determinada população desenvolvida ou subdesenvolvida. 
A metodologia adotada para a aplicação do conteúdo foi aula expositiva e dialogada; 
por se tratar de uma temática que proporciona uma discussão critica em torno dos 
problemas que se inserem no conteúdo População, não foi difícil trabalhar com os 
alunos, pois houve interesse e participação dos mesmos em expressarem suas 
opiniões, abrindo-se um diálogo construtivo e crítico. 
Para a apresentação dos resultados desta prática de ensino, o presente artigo está 
estruturado da seguinte forma: primeiro abordamos a base teórica do estudo da 
população, tendo como referencial a obra “População e Geografia”, de Amélia Luisa 
Damiani (2001), um livro com uma linguagem de fácil entendimento sobre a 
dinâmica populacional. Na sequência abordamos as experiências obtidas com o uso 
dos recursos didáticos, mostrando alguns exemplos de recursos e de que forma 
foram explorados. 
 
2 DA BASE TEÓRICA À APLICAÇÃO DO CONTEÚDO 
3 
 
O estudo da população e sua dinâmica é objeto de várias disciplinas e, entre elas, 
destaca-se a Geografia; demonstrando certa singularidade entre as ciências 
humanas, a Geografia procura estabelecer e dirigir o seu estudo para as relações 
que se manifestam entre as coletividades humanas e o espaço onde elas se 
assentam. A inquietação da Geografia apontada para as relações das coletividades 
humanas com o espaço por elas habitado deve ser compreendida não como um fim 
em si mesmo, mas como uma das variáveis que devem ser apreciadas na procura 
da apreensão da realidade total – pois a realidade é formada não somente do social, 
mas também do natural, pois em muitos casos, dependendo do grupo humano sobre 
o qual recai nossa análise, as forças naturais exercem um peso considerável, 
chegando a condicionar em maior grau a vida desses grupos. Segundo Callai (1999, 
p. 58): 
A Geografia que o aluno estuda deve permitir que ele se perceba 
como participante do espaço que estuda, onde os fenômenos que ali 
ocorreram são resultados da vida e do trabalho dos homens e estão 
inseridos num processo de desenvolvimento. [...] O aluno deve estar 
dentro daquilo que está estudando e não fora, deslocado e ausente 
daquele espaço, como é a Geografia que ainda é muito ensinada na 
escola: uma Geografia que trata o homem como um fato a mais na 
paisagem, e não como um ser social e histórico. 
No ato de ensinar, o professor deverá distinguir aquilo que pode existir de mais 
significativo no quadro natural que vai auxiliá-lo na elucidação do social, evitando-se 
uma atitude determinista ou somente dar destaque aos elementos do quadro natural, 
pois é do tipo de relacionamento dos homens entre si que procede ao tipo de 
relações das coletividades humanas com o seu quadro natural. 
O estudo populacional, especificamente sob o olhar geográfico é, de fato, um 
aprendizado que possibilita aos alunos uma capacidade de interpretação crítica em 
relação às condições de vida da população. 
É importante na relação ensino-aprendizagem que tenhamos bases teóricas sólidas 
e mais próximas da realidade, que possa fornecer idéias que contribuem para a 
formação do cidadão. É nesse sentido que escolhi como base teórica a obra da 
professora e geógrafa Amélia Luisa Damiani, População e Geografia, 2001. Em seu 
livro a autora discorre sobre várias abordagens tratadas no âmbito populacional, 
desde as teorias populacionais de Malthus e Marx até as diversas relações entre a 
População e o Homem. 
4 
 
De acordo com Damiani (2001), de uma forma geral, é importante que se faça um 
estudo qualitativo da População sem deixar de lado os dados quantitativos, pois 
cada população de um determinado lugar tem suas particularidades 
socioeconômicas e merecem atenção por esse motivo. Dessa forma, as conclusões 
a serem tiradas serão, consequentemente, mais coerentes com a realidade da 
população em estudo. Para explanação dos conteúdos de ensino trabalhei com 
vários sub-conteúdos, expressos por meio de mapa conceitual (Figura 1),apresentado a seguir. 
 
Figura 1 – Esquema sobre as Teorias Populacionais 
 
Org. Juliano S. Pita 
 
Este mapa conceitual refere-se às teorias populacionais que dão origem a discussão 
em torno da superpopulação. Neste momento do estágio buscou-se fazer com que 
os alunos relacionassem os fundamentos das teorias com a realidade que eles 
presenciam tanto no Brasil, quanto em outros países do mundo. Seguindo o 
conteúdo partimos para a análise dos índices demográficos, mas antes foi 
necessário que conceituássemos cada um deles e ensinássemos as fórmulas 
utilizadas para alcançar tais índices, como pode ser verificado na figura (2) a seguir: 
 
Figura 2 – Esquema dos índices demográficos 
 
5 
 
 
Org. Juliano Pita 
 
Com relação aos índices demográficos foi fundamental para a compreensão dos 
alunos, que se fizessem comparações entre vários países mais especificamente 
entre os países do continente Africano e da Europa, pois existe uma grande 
disparidade entre os países desses dois continentes, e, claro, o Brasil não poderia 
deixar de ser comparado. Foi explicado que esses índices podem ser utilizados em 
qualquer escala espacial, e não somente em escala nacional. Outro assunto que fez 
parte da temática proposta foram os movimentos migratórios, como é mostrado a 
seguir (Figura 3): 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Esquema sobre os movimentos migratórios 
 
6 
 
 
Org. Juliano Pita 
 
Assim como os índices populacionais, os movimentos migratórios também foram 
discutidos de acordo com as questões socioeconômicas da realidade de cada região 
que compreende esses movimentos. 
 
3. OS RECURSOS DIDÁTICOS E SUA IMPORTÂNCIA 
 
No decorrer do período de estágio de vivência docente, foi imprescindível o uso dos 
recursos didáticos disponíveis, dada a importância no processo de ensino-
aprendizagem. Quando o docente coloca em sala de aula um tipo de recurso que 
escapa das metodologias habituais trabalhadas, isto é, uma forma diferente de fazer 
com que os alunos compreendam o conteúdo das aulas, percebe-se que os alunos 
são atraídos por esse tipo de aula, principalmente pela curiosidade. 
Para que o professor tenha sucesso em suas abordagens em torno do conteúdo, 
especificamente população, ele tem como auxiliador uma diversidade de recursos 
didáticos do qual se pode adotar em sala de aula. Os recursos didáticos são 
componentes do ambiente de aprendizagem que estimulam o aluno. Pode ser o 
monitor, livros e recursos da natureza etc. 
Dessa forma, podemos ver que tudo o que se encontra no ambiente onde ocorre o 
processo de ensino e aprendizagem pode se transformar em um ótimo recurso 
7 
 
didático, desde que utilizado de forma adequada e correta. Não podemos nos 
esquecer que os recursos didáticos são instrumentos complementares que ajudam a 
transformar as idéias em fatos e em realidades. Eles auxiliam na transferência de 
situações, experiências, demonstrações, sons, imagens e fatos para o campo da 
consciência, onde então se transmutam em idéias claras e inteligíveis. Recursos 
didáticos são métodos pedagógicos empregados no ensino de algum conteúdo ou 
transmissão de informações. Quando os recursos didáticos são usados de maneira 
correta contribuem para: 
Motivar e despertar o interesse dos alunos; 
Favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação; 
Aproximar o aluno da realidade; 
Visualizar ou concretizar os conteúdos da aprendizagem; 
Oferecer informações e dados; 
Permitir a fixação da aprendizagem; 
Ilustrar noções mais abstratas; 
Desenvolver a experimentação concreta. 
(ABENSUR, 2010, p.10). 
 
Através da importância dada aos recursos didáticos é que procurei contribuir na 
construção do conhecimento relacionado ao conteúdo que me foi proposto trabalhar 
no estágio de vivência docente. Como recursos didáticos foi usado o livro didático, o 
quadro de giz, mapas, globo terrestre e a TV pendrive, para esta última foi usada 
para os recursos audiovisuais. 
Em relação ao Livro didático, todos sabem que é de suma importância a análise 
criteriosa do mesmo, antes que o professor possa inseri-lo no planejamento de sua 
aula. Segundo Lajolo (1996, p. 4) 
Como sugere o adjetivo didático, que qualifica e define um certo tipo 
de obra, o livro didático é instrumento específico e importantíssimo 
de ensino e de aprendizagem formal. Muito embora não seja o único 
material de que professores e alunos vão valer-se no processo de 
ensino e aprendizagem, ele pode ser decisivo para a qualidade do 
aprendizado resultante das atividades escolares. 
 
Sendo assim a análise do livro tem que atender as expectativas relacionadas com os 
objetivos no qual se pretende chegar com a aplicação do conteúdo. No nosso caso 
houve a análise e foi concluído que, apesar de um alguns poucos itens relacionados 
à temática População não serem abordados de forma mais especifica, foi possível 
usá-lo com o auxilio de alguns textos de apoio, porém o livro traz vários mapas, 
imagens, tabelas e gráficos que foram de grande valor no processo de ensino; 
seguem exemplo de mapas contidos no livro: 
8 
 
Figura 4 - Mapas Temáticos 
 
Fonte: ALMEIDA; RIGOLIN, 2009, p.211 
 
Esses são exemplos de mapas temáticos que auxiliam na aprendizagem dos alunos; 
além da teoria descrita no livro os mapas ajudam a visualizar o contexto teórico 
abordado. Com estes mapas foi possível trabalhar a questão do índice de 
mortalidade infantil e a expectativa de vida, ambos em escala global. Foi muito bom 
poder trabalhar com esses mapas e todos tiveram acesso a eles por estarem 
contidos no livro didático. Conforme foi sendo abordado o conteúdo referente aos 
temas do mapa, recorríamos ao livro como forma de analisar a situação vivida por 
cada continente ou região do mundo. Uma prática que gerou alguns 
questionamentos pertinentes ao momento, como o destaque negativo que o 
continente africano apresentava em relação a mortalidade e a expectativa de vida; 
9 
 
através desse fato foi possível contextualizar as questões socioeconômicas 
responsáveis por essa características que marca a África. 
O uso dos mapas cartográficos esteve presente, praticamente, em todas as aulas, 
por se tratar de Geografia, do espaço geográfico e suas categorias: território, lugar, 
região e paisagem. 
O mapa é uma simplificação da realidade, confeccionada a partir da seleção de 
informações representadas por símbolos e sinais apropriados, favorecendo a 
conscientização do ser humano de seu papel enquanto sujeito que interage com o 
mundo em que vive. 
Passini (1995) afirma que, no entanto, isso somente ocorrerá se o aluno participar 
ativamente do processo de construção (reconstrução) do conhecimento, através da 
prática escolar orientada pelo professor. É nesse sentido que fizemos o uso de 
mapas em sala; foram usados o mapa Mundi e o mapa do Brasil. 
Em todas as explanações que envolveram o uso do mapa, os alunos foram 
incentivados a participar, identificando nos mapas aquilo que lhes foi solicitado, e 
sempre que foi falado de um continente, país ou região, estes eram localizados no 
mapa que era posicionado no quadro de giz. 
Quanto ao uso do Quadro de giz, foi limitado à escrita de tópicos e algumas 
informações relevantes, pois o tempo de cada aula era escasso e, por se tratar de 
uma turma de 2º ano, uma aula expositiva e dialogada é mais construtiva do que 
“lotar” o quadro de informações que eles já possuem em seus livros didáticos e nos 
textos de apoio. 
O uso da TV pendrive oferece aos professores formas de aprimorar o conteúdo 
exposto em sala de aula, ou seja, os recursos audiovisuais não deverão ser 
utilizados de forma exclusiva, mas sim como complementoàs aulas. Esse tipo de 
auxilio pedagógico estimulou os alunos a pesquisarem sobre o tema estudado em 
sala de aula. O ensino da teoria, muitas vezes, se transformou em algo que os 
alunos não se sentiram atraídos por aprender; já a utilização dos recursos 
audiovisuais fez com que os mesmos tivessem “vontade” de buscar mais 
informações sobre o assunto. De acordo com Fonseca, Costa e Mansano (2011, p. 
3): 
O uso de recursos audiovisuais é um método pedagógico onde o 
professor poderá fazer com que suas aulas deixem de ser 
monótonas e passem a ser dinâmicas. Mas vale ressaltar que este 
tipo de recurso não deve ser utilizado como forma de substituir o livro 
10 
 
didático e outros recursos pedagógicos; pelo contrário, deverá 
apenas complementar o conteúdo para que os alunos tenham um 
melhor aprendizado do mesmo. 
As Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educação Básica do Paraná (2006) 
alertam para a importância de alguns cuidados e critérios a serem utilizados, como 
por exemplo: deverá ser utilizado o recurso audiovisual não como veículo de 
confirmação da verdade, e sim como um gerador do tema apresentado, sendo que 
dessa forma, o professor estará estimulando o senso crítico do aluno. Assim, a partir 
da análise de uma música ou de um clipe, deverão ser iniciadas pesquisas que 
estejam fundamentadas nas categorias de análises do espaço geográfico e nos 
fundamentos teóricos conceituais da geografia. 
Com base nesses fundamentos é que propus aos alunos o uso da TV pendrive na 
ilustração de algumas imagens e vídeos que possibilitariam uma melhor 
compreensão do conteúdo; seguem a seguir alguns exemplos: 
 
Figura 5 - Fases da Pirâmide Etária 
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Dtm_pyramids.png 
 
Essa imagem foi utilizada para explicar as 4 fases de uma pirâmide etária, ou seja, 
as características da população de acordo com a forma que elas possuem. Foi 
explicado da seguinte forma: 
 
11 
 
A 1ª fase apresenta característica de países subdesenvolvidos, pois possuem alta 
taxa de natalidade (base larga), diminuição rápida das faixas etárias ascendentes, 
altas taxas de mortalidade e baixa expectativa de vida. 
A 2ª fase apresenta elevada taxa de natalidade, queda na taxa de mortalidade e 
expectativa de vida um pouco mais longa, para essa fase podemos enquadrar os 
países emergentes, como o Brasil. 
A 3ª fase é uma transição entre subdesenvolvido e subdesenvolvido, pois possuem 
taxas de natalidade em declínio, baixa taxa de mortalidade e uma expectativa de 
vida maior. 
A 4ª fase corresponde aos países desenvolvidos, ou seja, possuem baixa taxa de 
natalidade, baixa taxa de mortalidade e uma expectativa de vida longa. 
Estas fases foram explicadas em sala usando a imagem (figura 5) através da TV 
pendrive, e em relação ao aprendizado tivemos resultados satisfatórios. 
 
Figura 6 - Migrações internas nos anos 
70 
Fonte: http://geo8keditfundamental.jimdo.com/un-7-am%C3%A9rica-v-brasil/ 
 
O mapa acima (figura 6) serviu para que os alunos visualizassem melhor os fluxos 
migratórios ocorridos na década de 1970 no território nacional, após abordarmos os 
12 
 
motivos que levaram as pessoas a migrarem nessa época, foi colocada essa 
imagem na TV pendrive, e, mais uma vez, o resultado foi satisfatório, pois vendo a 
imagem os alunos questionaram novamente os motivos que levam a esses 
movimentos, ou seja, o que não ficou claro durante a explicação, foi melhor 
elucidado pela visualizada do fenômeno cartografado. 
 
Figura 7 - Correntes Migratórias Internacionais 
 
Fonte:http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/fluxos-populacioanais-migracoes-
internacionais.htm 
 
O mapa acima (figura 7) demonstra os movimentos migratórios internacionais desde 
o século XIV e após 1945; este mapa foi utilizado durante a explicação do conteúdo 
referente aos fluxos migratórios internacionais, servindo como apoio juntamente com 
o mapa mundi. Foi de grande importância usá-lo, pois tivemos que nos remeter um 
pouco na história fazendo comparações com as correntes migratórias entre os 
continentes. 
 
 
13 
 
Figura 8 - Expectativa de Vida no Mundo 
 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Life_Expectancy_2005-
2010_UN_WPP_2006.PNG 
 
A figura 8 foi utilizada na abordagem referente a expectativa de vida no mundo, 
apesar da figura 4 trazer os dados no livro didático, era importante que se mostrasse 
dados mais atuais, sendo a figura 8 referente ao ano de 2010. Na interpretação do 
conteúdo não houve muitas dúvidas por parte dos alunos, mas mesmo assim foi 
interessante e construtivo mostrar esta imagem, pois, como podemos ver o 
continente africano fica em destaque no mapa devido a baixa expectativa de vida 
que os países africanos possuem, daí a importância de tal análise. 
Figura 9- Campo de Refugiados, Etiópia. 
 
Fonte:http://bandeirantesnews.blogspot.com/2011/07/onu-pede-us-120-milhoes-para-
ajudar.html 
14 
 
 
A figura 9 apresenta os motivos que levam à migração, seja econômico, político ou 
religioso. A imagem mostra um campo de refugiados na Etiópia, que na maioria 
vindos da Somália, são pessoas que são expulsas de sua pátria por esses três 
motivos citados acima. Foi interessante mostrar essa imagem porque na mesma 
semana a mídia tinha vinculado uma reportagem especial que falava sobre as 
condições de vida desses refugiados, o que ajudou a enriquecer a discussão do 
conteúdo na aula. 
Por meio das imagens foi possível estimular a capacidade de assimilação do 
conteúdo teórico com a realidade, às vezes desconhecida pelos alunos,e, mais uma 
vez ressalto a importância de se trabalhar com recursos audiovisuais. 
Além de imagens e ilustrações, trabalhei com alguns vídeos educativos que tratam 
dos assuntos propostos. São vídeos que foram selecionados através de alguns 
critérios importantes, como: linguagem utilizada, tempo, atualidade; fontes 
confiáveis, qualidade de som e imagem. Se obedecer a todos esses requisitos é 
certo que a aula se tornará mais interessante e os resultados serão os melhores. 
O primeiro vídeo proposto foi o “7 bilhões” da National Geografic Brasil, que nos faz 
refletir na necessidade de minimizar as desigualdades que existem no mundo, 7 
bilhões de pessoas não ocupam tanto lugar como se pensa, no entanto, o que 
ocorre é uma questão de desequilíbrio entre população e os recursos básicos para o 
bem estar da população, enquanto poucos lugares concentram muitos recursos e 
muitos lugares possuem poucos recursos. 
O próximo vídeo foi referente aos “movimentos migratórios”, que comportou boa 
parte do conteúdo sobre migrações internas e internacionais; de forma clara e 
concisa ele demonstra os fluxos migratórios no Brasil e no Mundo. Os alunos se 
mostraram interessados em acompanhar a explicação do vídeo e, mais uma vez, 
serviu como ferramenta para fixar o conteúdo abordado em aula. 
Outro vídeo proposto foi “Brasileiros no mundo: migração de retorno”, o qual trata 
das migrações de retorno, e tivemos como base os brasileiros que estão retornando 
ao país, depois de uma explicação sobre o assunto foi aplicado o vídeo, deixando 
mais evidente as situações que fazem os emigrantes retornarem ao país de origem; 
apesar de ser um vídeo um pouco longo (20 min.), foi possível alcançar o objetivo 
proposto. 
 
15 
 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Através do estágio de vivência docente, foi possível visualizar as dificuldades 
enfrentadas pelos docentes que se propõem a ensinar Geografia de uma maneira 
mais qualitativa. Não basta apenas ter os recursos em mãos, mas a satisfação em 
tornar os alunos em pessoas que possam exercer seu papel comocidadãos, em 
uma sociedade tão desigual como no caso do Brasil. 
A experiência obtida no estágio de vivência docente serviu para mostrar que é 
possível se chegar a uma educação de qualidade, pois o processo de ensino e 
aprendizagem só se torna eficaz quando professores e alunos formam uma só 
unidade, ou seja, se complementam de forma positiva entre si. 
No campo de estágio, percebi por parte da equipe pedagógica uma preocupação em 
como eu iria administrar as aulas no período em que eu estivesse a frente da turma, 
e isso fez com que eu refletisse sobre a importância de uma escola ser bem 
administrada por todos aqueles que fazem parte da comunidade escolar, desde a 
merendeira até a direção. 
Contudo, o papel do professor ainda é o mais importante; é ele quem tem o contato 
direto com aluno, e faz dessa relação uma experiência prazerosa. Através dessa 
experiência acredito que consegui atingir os objetivos propostos para a disciplina, 
como foi citado no inicio deste trabalho. 
O uso do livro e dos recursos didáticos, fez com que boa parte dos alunos 
correspondesse às expectativas esperadas, mas ainda me falta experiência concreta 
da vivência docente, pois estou no início da carreira e tenho muito que desenvolver 
como educador. Mas, ainda assim, fiquei feliz com os resultados obtidos até agora e 
espero que eu possa ter contribuído com o ensino da Geografia de alguma forma. 
 
 
5 REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, Lúcia Marina de; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia: Geografia geral e 
do Brasil. São Paulo: Ática, 2009. 
 
ABENSUR, Silvia Itzcovici. Desenvolvimento docente para ensino superior em 
saúde: Tecnologia e Ensino. 2010. Disponível em: 
 http://edm.org.br/eep/arquivo/3%20tecnologia&educa%c3%a7%c3%a3o.pdf>. 
Acesso em: 05 set 2011. 
16 
 
 
CALLAI, Helena Copetti. O ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In: 
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. et. al. Geografia em sala de aula: práticas e 
reflexões. 2. ed. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS/Associação dos 
Geógrafos Brasileiros – Seção Porto Alegre, 1999. p. 57-63. 
 
DAMIANI, Amélia Luisa. População e geografia. 5 ed. São Paulo: Contexto, 2001. 
 
FONSECA, Ricardo Lopes; COSTA, Marco Antonio Honório da; MANSANO, Cleres 
do Nascimento. Geografia e recurso audiovisual: o som e a imagem no processo 
de ensino/aprendizagem. Disponível em: 
<http://www.geografia.fflch.usp.br/graduacao/apoio/Apoio/Apoio_Gloria/2011/geo_m
usica.pdf>. Acesso em: 29 ago 2011. 
 
LAJOLO, Marisa. Livro didático: um (quase) manual de usuário. Brasília, ano 16, 
n.69, jan./mar. 1996. Disponível em: 
< http://rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/1033/935>. Acesso em: 
28 ago 2011. 
 
PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Diretrizes Curriculares da Rede 
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: geografia. Curitiba: SEED, 
2006.. 
 
PASSINI, Elza Yasuko. Lendo os Mapas: a necessidade da alfabetização 
cartográfica da criança. Revista AMAE Educando. n. 254, set.1995. p.14-15. 
 
 
Vídeos: 
“7 bilhões” - National Geografic Brasil. 
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=-m11ltwSViA. 
Acesso em 10 jun. 2011 
 
“Movimentos migratórios” 
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=1oiS3jIJEcM. 
Acesso em 10 jun. 2011 
 
“Brasileiros no mundo: migração de retorno” 
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=I2z0K2dqqfQ 
Acesso em 10 jun. 2011

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