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Prévia do material em texto

1) Para fazer a prova, você usará este caderno, que possui 7 (sete) folhas com perguntas, um cartão-resposta e folhas-
respostas para as questões discursivas.
 2) Verifique, neste caderno de prova, se constam todas as 10 questões, as duas questões discursivas e o tema de reda-
ção. Observe também se há faltas ou imperfeições gráficas que lhe causem dúvidas. Qualquer reclamação só será 
aceita durante os trinta minutos iniciais da prova.
 3) Você encontrará questões de proposições múltiplas (tipo somatório), além de questões discursivas.
 3.1) As questões de proposições múltiplas contêm, no máximo, sete alternativas numeradas: 01, 02, 04, 08, 16, 32 e 
64. A resposta correta é o valor total do(s) número(s) associado(s) à(s) proposição(ões) verdadeira(s) ou falsa(s), 
conforme orientação do enunciado da questão. Cada uma das questões deverá ser assinalada no cartão-resposta 
mediante duas marcas, uma na dezena e outra na unidade. Quando a resposta for menor que 10, marque o zero 
na linha das dezenas (01, 02, etc.).
 3.2) As questões abertas são as que contêm problemas que admitem solução numérica (valores inteiros compreendidos 
entre 00 e 99, incluindo estes). Nesse caso, resolva o problema e marque, no lugar próprio da folha de respostas, 
o resultado numérico encontrado.
 3.3) Confira, nos modelos abaixo, como marcar as suas respostas.
 Questão 01 – 63 Questão 43 – Código de opção no vestibular (21 – Eng. Prod. Mecânica)
 Questão 02 – 19 Obs.: Veja tabela de códigos no final deste caderno.
 Questão 03 – 22 
 Questão 44 – Opção de língua estrangeira (00 – Inglês)
 Se a opção for Espanhol, marque 11. 
Observe com atenção o preenchimento correto dos resulta-
dos das respostas.
 
 
 4) Procure responder a todas as questões.
 5) Durante a prova, não se admite que o candidato se comunique com outros candidatos, efetue empréstimos, use outros 
meios ilícitos ou pratique atos contra as normas ou a disciplina. A fraude, a indisciplina e o desrespeito aos fiscais 
encarregados dos trabalhos são faltas que eliminam o candidato.
 6) Não será permitida a substituição do cartão-resposta caso haja erro de marcação. Para evitar esse problema, preencha 
primeiramente a lápis e depois confirme à caneta. 
 Obs.: use somente caneta esferográfica azul-escura ou preta, inclusive para as folhas-respostas das questões discur-
sivas.
 7) Não utilize corretor líquido na marcação do cartão-resposta, pois a leitura óptica poderá ser prejudicada.
 8) O gabarito correto será divulgado ao final do exame no local da prova e na internet através do site www.energia.com.br.
 9) Se houver mais de um candidato com a mesma pontuação, o desempate será feito através da verificação do número 
de questões corretas nas disciplinas, obedecendo-se à seguinte ordem: Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, 
Matemática, História, Geografia, Biologia, Física, Química e Língua Estrangeira (critério também utilizado pela Coper-
ve/UFSC).
10) Em cada sala há um fiscal de prova. Colabore para que a seriedade do Simulado contribua na sua preparação para 
o vestibular.
11) Ao terminar, entregue ao fiscal o cartão-resposta e as folhas-respostas das questões discursivas.
INSTRUÇÕES
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Texto 1
1 substantivo masculino: Rubrica: angiospermas: 1 árvore de até 10 m (Ziziphus joazeiro), da fam. das ramnáceas, nativa do Brasil (PI até MG), de folhas 
serreadas e trinérveas, inflorescências em cimeiras globosas, drupas amarelas e comestíveis, casca amarga, adstringente e febrífuga; joazeiro, juá.
2 substantivo masculino: Regionalismo: Brasil: vento forte e constante de certas regiões nordestinas, esp. do Ceará; vindo do mar para a terra, refresca 
o calor das tardes e noites no sertão.
3 verbo: Estatística: pouco usado: transitivo direto e pronominal: m.q. eriçar: tornar(-se) arrepiado, ouriçado; arriçar(-se), ouriçar(-se).
4 substantivo feminino: 1 cabelo crescido, grande; 2 crina de certos animais (p.ex., o cavalo); 3 juba de leão; 4 conjunto de penas para enfeite; penacho, 
cocar, martinete; 5 copa de árvore frondosa.
5 Verbo: transitivo direto: 1 livrar do mato; capinar; transitivo direto: 2 Diacronismo: antigo: arrancar (fios de cabelo ou de barba) em sinal de dor, de senti-
mento; transitivo direto: 3 Derivação: por extensão de sentido: expressar tristeza; lamentar, prantear; intransitivo e pronominal: 4 lamuriar(-se), lastimar(-se); 
transitivo direto e intransitivo: 5 soar tristemente, murmurar como que chorando.
6 Adjetivo: Uso: formal: 1 que treme; trêmulo; 1.1 cujo tremor é resultante do medo, do sobressalto; 2 caracterizado pelo medo, pelo susto; assustadiço, 
temeroso; 3 que se movimenta de modo ondulante, que flui como que tremendo; 4 que vibra; vibrante, vibrátil.
7 Verbo: Intransitivo: 1 respirar com dificuldade, ofegar; transitivo direto e transitivo indireto: 2 Derivação: por extensão de sentido: desejar ardentemente; 
ansiar, almejar, aspirar.
8 Adjetivo: Estatística: pouco usado: a que se oprimiu; que sofreu ou sofre opressão; oprimido.
9 Adjetivo: 1 m.q. pressagioso; 2 que intui, pressente, prevê.
10 substantivo masculino: 1 Rubrica: religião. Diacronismo: antigo: santuário secreto a que só tinham acesso os sacerdotes, nos templos antigos da Gré-
cia; 2 Derivação: por extensão de sentido, sentido figurado: qualquer recanto secreto, reservado; 3 Derivação: por extensão de sentido, sentido figurado: 
aquilo que não se revela; mistério, segredo.
11 substantivo feminino: 1 Rubrica: angiospermas: árvore (Pithecellobium tortum) da fam. das leguminosas, subfam. mimosoídea, nativa do Brasil (PA ao 
RJ), de caule tortuoso, com casca malhada, ramos em zigue-zagues, armados, madeira us. em marcenaria e obras internas, folíolos delicados, flores 
esverdeadas e vagens coriáceas, escuras e arqueadas; angico-branco, jacaré, vinhático-de-espinho.
12 substantivo feminino: Regionalismo: Brasil: 1 recipiente de barro, ger. de boca larga, us. para guardar líquidos, farináceos e outros gêneros; quiçaba.
13 Adjetivo: Uso: formal: que ocorre repetidamente; frequente, amiudado.
14 Verbo: transitivo direto, intransitivo e pronominal: 1 tornar(-se) irritado; amuar(-se), zangar(-se), agastar(-se); transitivo direto, intransitivo e pronominal: 
2 tornar(-se) crespo, arrepiado; ouriçar
15 substantivo masculino: 1 m.q. beijo (‘efeito de tocar’; ‘efeito de roçar’)
Martim vai a passo e passo por entre 
os altos juazeiros1 que cercam a cabana 
do Pajé.
Era o tempo em que o doce aracati2 
chega do mar, e derrama a deliciosa 
frescura pelo árido sertão. A planta res-
pira; um suave arrepio erriça3 a verde 
coma4 da floresta.
O cristão contempla o ocaso do sol. 
A sombra, que desce dos montes e co-
bre o vale, penetra sua alma. Lembra-se 
do lugar onde nasceu, dos entes queri-
dos que ali deixou. Sabe ele se tornará 
a vê-los algum dia?
Em torno carpe5 a natureza o dia que 
expira. Soluça a onda trépida6 e lacrimo-
sa; geme a brisa na folhagem; o mesmo 
silêncio anela7 de opresso8.
Iracema parou em face do jovem 
guerreiro:
– É a presença de Iracema que 
perturba a serenidade no rosto do es-
trangeiro?
Martim pousou brandos olhos na 
face da virgem:
– Não, filha de Araquém: tua pre-
sença alegra, como a luz da manhã. 
Foi a lembrança da pátria que trouxe a 
saudade ao coração pressago9.
– Uma noiva te espera?
O forasteiro desviou os olhos. Irace-
ma dobrou a cabeça sobre a espádua, 
como a tenra palma da carnaúba, quan-
do a chuva peneira na várzea.
– Ela não é mais doce do que Irace-
ma, a virgem dos lábios de mel, nem 
mais formosa! murmurou o estrangei-
ro.
– A flor da mata é formosa quando 
tem rama que a abrigue, e tronco onde 
se enlace. Iracema não vive n'alma de 
um guerreiro: nunca sentiu a frescura 
do seu sorriso.
Emudeceram ambos, com os olhos 
no chão, escutando a palpitação dos 
seios que batiam opressos.
A virgem falou enfim:
–A alegria voltará logo à alma do 
guerreiro branco; porque Iracema quer 
que ele veja antes da noite a noiva que 
o espera.
Martim sorriu do ingênuo desejo da 
filha do Pajé
– Vem! disse a virgem.
Atravessaram o bosque e desceram 
ao vale. Onde morria a falda da colina, o 
arvoredo era basto: densa abóbada de 
folhagem verde-negra cobria o ádito10 
agreste, reservado aos mistérios do rito 
bárbaro.
Era de jurema11 o bosque sagrado. 
Em torno corriam os troncos rugosos 
da árvore de Tupã; dos galhos pendiam 
ocultos pela rama escura os vasos do 
sacrifício; lastravam o chão as cinzas 
de extinto fogo, que servira à festa da 
última lua.
Antes de penetrar o recôndito sítio, 
a virgem que conduzia o guerreiro pela 
mão, hesitou, inclinando o ouvido sutil 
aos suspiros da brisa. Todos os ligeiros 
rumores da mata tinham uma voz para 
a selvagem filha do sertão. Nada havia 
porém de suspeito no intenso respiro 
da floresta.
Iracema fez ao estrangeiro um gesto 
de espera e silêncio; logo depois desa-
pareceu no mais sombrio do bosque. 
O sol ainda pairava suspenso no viso 
da serrania; e já noite profunda enchia 
aquela solidão.
Quando a virgem tornou, trazia numa 
folha gotas de verde e estranho licor 
vazadas da igaçaba12, que ela tirara do 
seio da terra. Apresentou ao guerreiro a 
taça agreste:
– Bebe!
Martim sentiu perpassar nos olhos 
o sono da morte; porém logo a luz 
inundou-lhe os seios d'alma; a força 
exuberou em seu coração. Reviveu os 
dias passados melhor do que os tinha 
vivido: fruiu a realidade de suas mais 
belas esperanças.
Ei-lo que volta à terra natal, abraça a 
velha mãe, revê mais lindo e terno o anjo 
puro dos amores infantis.
Mas por que, mal de volta ao berço 
da pátria, o jovem guerreiro de novo dei-
xa o teto paterno e demanda o sertão?
Já atravessa as florestas; já chega 
aos campos do Ipu. Busca na selva a 
filha do Pajé. Segue o rasto ligeiro da 
virgem arisca, soltando à brisa com o 
crebro13 suspiro o doce nome:
— Iracema! Iracema!...
Já a alcança e cinge-lhe o braço pelo 
talhe esbelto.
Cedendo à meiga pressão, a virgem 
reclinou-se ao peito do guerreiro, e ficou 
ali trêmula e palpitante como a tímida 
perdiz, quando o terno companheiro lhe 
arrufa14 com o bico a macia penugem.
O lábio do guerreiro suspirou mais 
uma vez o doce nome e soluçou, como 
se chamara outro lábio amante. Iracema 
sentiu que sua alma se escapava para 
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embeber-se no ósculo15 ardente.
A fronte reclinara, e a flor do sorriso expandia-se como o nenúfar16 ao beijo do sol.
Súbito a virgem tremeu; soltando-se rápida do braço que a cingia, travou do arco.
16 substantivo masculino. Rubrica: angiospermas: 1 m.q. ninfeia (‘designação comum’); 2 m.q. lótus (Nymphaea lotus)
17 substantivo masculino: Rubrica: vestuário: 1 antiga peça do vestuário masculino, us. por baixo do paletó, que envolve o corpo do pescoço à cintura; 
2 espécie de casaco curto, semelhante ao colete, que se veste sobre a camisa; 3 Regionalismo: Brasil: casaco de couro, ger. largo, us. por vaqueiros; 
véstia
18 substantivo masculino: 1 cabeçada (‘cabresto ou focinheira’) de corda para cavalgaduras; 2 Regionalismo: Brasil: cordão ou tira de pano, couro etc. 
com as pontas presas ao chapéu, e que, passando por baixo do queixo, prende o chapéu à cabeça; barbela, queixinho
19 substantivo feminino: Rubrica: angiospermas: árvore de até 6 m (Bursera leptophloeos) da fam. das burseráceas, nativa da América do Sul, de madeira 
branca, rija, folhas compostas, flores em racemos axilares e frutos comestíveis, com sementes de que se extrai óleo medicinal; aroeira-do-sertão, embu-
rana, imburana-vaqueira, jamburana, umburana
20 Adjetivo: 1 que sofreu lesão física; ferido, contuso, contundido; 1.1 que se tornou paralítico; 2 que sofreu lesão moral ou material; 3 Derivação: sentido 
figurado: atordoado, paralisado, aturdido, desnorteado; adjetivo e substantivo masculino: Derivação: sentido figurado. Regionalismo: Brasil: 4 que ou 
aquele que é ou age como doido; amalucado, desequilibrado, aloprado
Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas 
manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia intei-
ro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam 
pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio 
seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que 
procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu 
longe, através dos galhos pelados da catinga rala.
[...]
Esqueceu desentendimentos e grosserias, um entusiasmo 
verdadeiro encheu-lhe a alma pequenina. Apesar de ter medo 
do pai, chegou-se a ele devagar, esfregou-se nas perneiras, to-
cou as abas do gibão17. As perneiras, o gibão, o guarda-peito, 
as esporas e o barbicacho18 do chapéu maravilhavam-no.
Fabiano desviou-o desatento, entrou na sala e foi despojar-
se daquela grandeza.
O menino deitou-se na esteira, enrolou-se e fechou os 
olhos. Fabiano era terrível. No chão, despidos os couros, re-
duzia-se bastante, mas no lombo da égua alazã era terrível.
Dormiu e sonhou. Um pé de vento cobria de poeira a folha-
gem das imburanas19, Sinha Vitória catava piolhos no filho mais 
velho. Baleia descansava a cabeça na pedra de amolar.
No dia seguinte essas imagens se varreram completamen-
te. Os juazeiros do fim do pátio estavam escuros, destoavam 
das outras árvores. Por que seria?
Aproximou-se do chiqueiro das cabras, viu o bode velho 
fazendo um barulho feio com as ventas arregaçadas, lem-
brou-se do acontecimento da véspera. Encaminhou-se aos 
juazeiros, curvado, espiando os rastos da égua alazã.
À hora do almoço Sinha Vitória repreendeu-o: – Este capeta 
anda leso20.
Ergueu-se, deixou a cozinha, foi contemplar as perneiras, 
o guarda-peito e o gibão pendurados num torno da sala. Daí 
marchou para o chiqueiro – e o projeto nasceu.
Arredou-se, fez tenção de entender-se com alguém, mas 
ignorava o que pretendia dizer. A égua alazã e o bode mistu-
ravam-se, ele e o pai misturavam-se também.
Rodeou o chiqueiro, mexendo-se como um urubu, arre-
medando Fabiano.
A necessidade de consultar o irmão apareceu e desapa-
receu.
[...]
Sumiram-se todos chiando, e o pequeno ficou triste, 
espiando o céu cheio de nuvens brancas. Algumas eram 
carneirinhos, mas desmanchavam-se e tornavam-se bichos 
diferentes. Duas grandes se juntaram – e uma tinha a figura 
da égua alazã, a outra representava Fabiano.
 
01) Tendo em mente não somente o(s) fragmento(s) de texto apresentado(s), mas também a totalidade da obra e o momento 
histórico literário a que está atrelada, assinale a(s) afirmativa(s) verdadeira(s).
01. O primeiro fragmento pertence à obra Iracema, romance romântico de José de Alencar, datado de 1865 e que porta 
consigo uma das características do estilo da época a que pertence: a religiosidade.
02. O segundo fragmento pertence à obra Vidas Secas, romance Modernista de 2ª fase, de Graciliano Ramos, datado 
de 1938 e que porta consigo uma das características do estilo da época a que pertence: questionamento social e 
político.
04. No Texto 1, percebe-se uma das principais características que a obra comporta, a presença de indianismo.
08. O recorte dado no Texto 1 retrata um momento entre fim de tarde e início de noite na narrativa. 
16. A obra de onde foi retirado o Texto 1 permite identificar sua localização geográfica.
32. No Texto 1, percebe-se uma das principais características que a obra comporta, a presença de sentimentalismo.
64. Em Nada havia porém de suspeito no intenso respiro da floresta, percebe-se uso de comparação, figura que consiste 
em aproximar e cotejar duas ideias ou coisas que tenham similitude total ou parcial, para criar uma tensão poética 
ou visando à clareza.
Texto 2
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02) Tendo em mente não somente o(s) fragmento(s) 
de texto apresentado(s), mas também a totalida-
de da obra e o momento histórico literárioa que 
está(ão) atrelado(s), assinale a(s) afirmativa(s) 
verdadeira(s).
01. No Texto 2, percebe-se uma das principais ca-
racterísticas que a obra comporta, a presença de 
análise psicológica das personagens.
02. No Texto 1, percebe-se referência à utilização de 
um elemento entorpecente, por parte de algumas 
personagens.
04. Em Este capeta anda leso, percebe-se metáfora, 
designação de um objeto ou qualidade mediante 
uma palavra que designa outro objeto ou qua-
lidade que tem com o primeiro uma relação de 
semelhança, comparação implícita.
08. Em pé de vento, percebe-se catacrese, figura que 
ocorre quando, por falta de um termo específico 
para designar um conceito, torna-se outro por 
empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, 
não mais se percebe que ele está sendo empre-
gado em sentido figurado. Ex.: boca da noite; 
dente de alho; céu da boca; pé da cadeira; braço 
do sofá; bico do bule; cabeça de alfinete; tronco 
telefônico; braço de cadeira; árvore genealógica; 
pé de cama; braço de mar; maçã do rosto; pé 
de montanha; cabelo de milho; folha de papel; 
pé de laranja; barriga da perna.
16. Em Rodeou o chiqueiro, mexendo-se como um 
urubu, arremedando Fabiano, percebe-se uso de 
comparação.
32. No Texto 2, percebe-se uma das principais ca-
racterísticas que a obra comporta, a presença 
de personagens esféricas, densas, em oposição 
ao Texto 1, que comporta personagens lineares, 
planas.
64. Em Sumiram-se todos chiando, e o pequeno ficou 
triste, percebe-se hipérbole, ênfase expressiva 
resultante do exagero da significação linguística; 
auxese, exageração.
03) Assinale a(s) afirmativa(s) correta(s) e dê o valor total.
01. Os vocábulos árido, trépida e égua, retirados dos 
textos, têm seus acentos justificados pela mesma 
regra.
02. No vocábulo atravessaram, retirado do texto 1, temos 
encontro consonantal, dígrafo e ditongo nasal decres-
cente.
04. Em Era de jurema o bosque sagrado. Em torno corriam 
os troncos rugosos da árvore de Tupã, o sujeito do 
verbo correr é indeterminado.
08. Em Nada havia porém de suspeito no intenso respiro 
da floresta, os termos destacados desempenham, res-
pectivamente, as funções sintáticas de sujeito simples 
e verbo intransitivo.
16. No trecho Mas por que, mal de volta ao berço da 
pátria, o jovem guerreiro de novo deixa o teto paterno 
e demanda o sertão?; ocorre erro no emprego do 
porquê.
32. Em Já atravessa as florestas; já chega aos campos do 
Ipu. Busca na selva a filha do Pajé; os verbos destaca-
dos são classificados, respectivamente, como: verbo 
transitivo direto, verbo intransitivo e verbo transitivo 
direto.
04) Assinale a(s) afirmativa(s) correta(s) e dê o valor total.
01. Há um exemplo de derivação imprópria em Os infelizes 
tinham caminhado o dia inteiro.
02. Ocorre sujeito inexistente em Fazia horas que procu-
ravam uma sombra.
04. Em Baleia descansava a cabeça na pedra de amolar, 
temos, respectivamente, sujeito, verbo transitivo dire-
to, objeto direto e adjunto adverbial de lugar.
08. O trecho [...] lembrou-se do acontecimento da véspera 
pode ser reescrito na forma lembrou o acontecimento 
da véspera sem que haja alteração de significado ou 
classificação dos termos do período.
16. Não há erro no emprego do acento indicativo de crase 
em À hora do almoço, Sinha Vitória repreendeu-o.
A impaciência do brasileiro (em citações)
Se fôssemos julgar pelos comen-
tários que pacientemente lemos nos 
jornais, o brasileiro seria o povo mais 
impaciente do mundo, somos impa-
cientes, isso pode ser verdade, nossos 
discursos são impacientes, nossas 
exigências são impacientes, nossas ne-
cessidades são impacientes. Mas nos-
sos atos.... pacientes como Jó. Morre-
mos de fome – pacientemente. Assalta-
mos a riqueza púbica – pacientemente. 
Esperamos por Deus – pacientemente. 
Pacientemente pecamos todos os man-
damentos. Mas somos impacientes nas 
palavras. Queremos que tudo mude de 
um dia para o outro, de um ano para 
o outro. De um governo para o outro. 
Queremos a grande inovação imediata. 
E nenhuma imitação do passado, pois a 
imitação é a mais sincera das lisonjas. 
É melhor livrar-se do passado. Mas o 
passado é indestrutível. Paciência com 
o passado! Paciência com o presente 
e o futuro! A impaciência é uma arma 
de destruição. A paciência... uma arma 
política. Sempre é melhor ser paciente 
do que impaciente. Ai dos impacientes 
deste mundo!
Pois quem já viu sarar uma ferida 
senão pouco a pouco? As obras feitas 
depressa demais nunca são terminadas 
com a perfeição que se requer. Pre-
cisamos de paciência para melhorar 
a nós mesmos, para educar nossos 
filhos, para escrever nossos livros, pre-
cisamos de paciência para melhorar o 
Brasil. Ou o Brasil é um país perfeito, 
porque ninguém pode melhorá-lo? Mas 
clamamos por melhoramentos, agora, 
já. Pretender melhoramentos materiais 
antes dos morais e intelectuais é querer 
que os efeitos precedam as causas. 
Os excessos de nossa juventude são 
saques sobre a nossa velhice, que 
vamos pagar com juros trinta anos de-
pois. Mas há o avesso das coisas. Sei 
que não é fácil ter paciência diante dos 
que têm excesso de paciência. É mais 
fácil ser paciente com o impaciente. 
Mas, meu Deus, tenhamos um pouco 
de paciência com os pacientes. Claro 
que a privação tem pressa, claro que 
o homem com fome não é um homem 
livre, claro que não há virtude como a 
necessidade, claro que o que torna os 
ladrões de estrada mais audaciosos 
é a bondade, mas sejamos pacientes 
� �� �
assim mesmo, pois essas palavras acima são palavras de pacientes sábios do passado, Horácio, Shakespeare, Stevenson, 
Cervantes, Borges, Drummond etc., que com muita paciência construíram sua sabedoria e escreveram pacientemente 
suas palavras que nos chegam até hoje. Paciência, paciência, afinal, os netos é que colherão os frutos das árvores que 
plantamos agora.
(MIRANDA, Ana. Deus-dará: crônicas publicadas na Caros Amigos. São Paulo: Editora Casa Amarela, 2003. p. 212 e 
213.)
05) A partir do texto anterior, assinale a(s) afirmativa(s) correta(s) e indique o somatório.
 
01. A impaciência ajudará a melhorar a nossa educação, a de nossos filhos e melhorará o Brasil. 
02. Sábios do passado, Horácio, Shakespeare, Stevenson, Cervantes, Borges, Drummond construíram sua sabedoria 
a partir de excessos da juventude. 
04. O Brasil é um país imperfeito, porque ninguém pode melhorá-lo. 
08. É melhor livrar-se do passado, pois nenhuma imitação do passado é possível. 
16. A paciência é uma arma política; é melhor ser paciente que impaciente.
32. Estruturalmente, o texto se expõe de forma dissertativa, ou seja, tem como propósito discutir um determinado as-
sunto.
INGLÊS
Moon landing
On July 20, 1969, As the commander 
of the Apollo 11 mission Neil Armstrong 
became the first man on the moon. He 
said the historic words, "One small step 
for man, one giant leap for mankind."
A camera in the Lunar Module 
provided live television coverage as Neil 
Armstrong climbed down the ladder to 
the surface of the moon.
The Lunar Module "Eagle" consisted 
of two parts: the descent stage and the 
ascent stage. 
The descent state provided the 
engine used to land on the moon. It had 
four legs, a storage area for experimental 
 
gear, and a ladder for the crew to climb 
down to the moon's surface. The descent 
module also served as the launch 
platform for the ascent module when it 
came time to leave.
The ascent module carried the crew 
back to the Command Service Module.
06) Select the alternative(s) that correctly completes (complete) the sentence according to the text.
Neil Armstrong…
01. was the first man to step on the moon.
02. said his feat was a huge achievement to mankind.
04. was called eagle by his crew.
08. was the commander of a moon mission.
16. was the onlyman on the moon.
32. had his arrival to the moon covered by television.
07) The underlined word as in a camera in the Lunar Module provided live television coverage as Neil Armstrong climbed 
down the ladder to the surface of the moon… can be substituted without loss of meaning by:
01. therefore
02. neverthelss
04. regardless
08. while
16. as soon as
Walking on the moon
To walk on the moon's surface, the astronauts needed to 
wear a space suit with a back mounted portable life support 
system. This controlled the oxygen, temperature and pressure 
inside the suit. 
On the surface, the astronauts had to get used to the 
reduced gravity. They could jump very high compared to on 
Earth.
The crew spent a total of two and a half hours on the 
moon's surface. While on the moon's surface, they performed 
a variety of experiments and collected soil and rock samples 
to return to Earth.
An American flag was left on the moon's surface as a 
reminder of the accomplishment.
(Disponível em: <http://www.kidport.com/reflib/science/moonlanding/moonlanding.htm>.)
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08) Choose the proposition(s) in which the definitions of the words 
correspond to the meaning used in the text.
01. surface – the exterior part of an object. 
02. jump – sprint into the air. 
04. crew – a group of people in charge in a ship. 
08. variety – assortment of something. 
16. sample – something easy to understand. 
32. accomplishment – a triumph that has been achieved.
09) The words parts and legs from the text are in the plural 
form.
 Choose the proposition(s) which present(s) words in the form 
of plural:
01. dice
02. news
04. people
08. data
16. symposia
32. information
10) Choose the proposition(s) whose information(s) 
is(are) correct.
01. The sentence The crew spent a total of two 
and a half hours on the moon's surface is used 
to describe an action in the past.
02. The pronouns This in This controlled the 
oxygen, temperature and pressure inside the 
suit is referred to moon's surface.
04. The pronoun They in They could jump very 
high compared to on Earth refers to astro-
nauts.
08. The pronoun they in [...] they performed a 
variety of experiments and collected soil and 
rock samples to return to Earth is related to 
crew.
16. The past and past prticiple forms for the verb 
wear from the text are, respectively, wore and 
worn.
32. The plural form for the word life from the text 
is lives.
ESPANHOL
Escape de fenol en Dock Sud
Treinta y nueve alumnos de una 
escuela pública de Avellaneda fueron 
internados ayer durante varias horas, 
afectados por mareos y náuseas pro-
vocados por un escape de gas fenol 
ocurrido en esa ciudad del sur del Gran 
Buenos Aires. 
El secretario de Política Ambiental y 
Seguridad Alimentaria de Avellaneda, 
Máximo Lanzetta, señaló que el gas 
inhalado por los niños habría sido fenol 
y orientó las causas de las emanaciones 
a la descarga de un barco que transpor-
taba ese compuesto que se realizaba en 
el puerto de Dock Sud.
Los chicos fueron derivados al 
Hospital Fiorito, donde los médicos 
confirmaron que en todos los casos 
los síntomas correspondían a los de 
intoxicación por fenol y constataron que 
los cuadros de la mayoría de los chicos 
no presentaban gravedad. Treinta niños 
fueron dados de alta y retirados por sus 
padres, aunque las autoridades decidie-
ron que nueve chicos permanecieran 
en observación "hasta que cedan los 
síntomas", caracterizados por irritación 
ocular, náuseas y dolor abdominal.
El episodio reactivó los cuestiona-
mientos de los vecinos hacia el polo 
petroquímico Dock Sud, un área alta-
mente sensible en materia ambiental, 
que concentra 12 empresas de "tercera 
categoría" entre las que se incluyen 
plantas de la industria petroquímica, de 
tratamiento de residuos peligrosos y de-
pósitos de productos químicos. En este 
sentido, el secretario Lanzetta dijo que 
la Municipalidad pondrá próximamente 
en marcha un sistema de monitoreo de 
calidad del aire, pero recordó que el 
polo no se encuentra bajo jurisdicción 
de la Municipalidad, sino de la provincia 
de Buenos Aires.
(Adaptado de uma reportagem do periódico El Popular de Buenos Aires, edição de 27/10/01)
06) De acuerdo con las informaciones contenidas en el texto, es correcto afirmar que:
01. treinta y nueve alumnos de una escuela pública de Avellaneda fueron intoxicados por gas fenol.
02. Avellaneda es una ciudad localizada al sur del Gran Buenos Aires.
04. el gas fenol que intoxicó a los chicos se había escapado durante una operación de descarga, en el puerto de Dock 
Sud, de un barco que transportaba ese compuesto químico.
08. la tripulación del barco no fue afectada porque usaba equipos adecuados para tal operación de descarga.
16. los chicos que se intoxicaron se hallaban en el patio de la escuela.
32. los demás alumnos de la escuela, que estaban en aula, no fueron afectados.
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07) Sobre el incidente descripto en el artículo y sobre el lugar del mismo, 
es correcto señalar que:
01. los treinta y nueve chicos que padecieron la intoxicación fueron 
llevados a un hospital.
02. los chicos intoxicados presentaron síntomas tales como irritación 
en la piel y dolor de cabeza.
04. treinta chicos fueron dados de alta del Hospital Fiorito.
08. nueve chicos permanecieron en observación.
16. el texto se refiere a Dock Sud como un puerto y también como 
un polo petroquímico.
32. con referencia al tema medioambiental, el polo petroquímico 
Dock Sud, debido a algunas de las actividades que concentra, 
constituye un área muy sensible.
08) Con relación a la repercusión del episodio, es correcto indicar 
que:
01. inicialmente, las autoridades municipales trataron de solapar el 
escándalo.
02. el accidente hizo que el polo petroquímico Dock Sud volviese a 
ser objeto de cuestionamientos por parte de sus vecinos.
04. los propietarios de la escuela temen que el accidente pueda 
llegar a provocar cancelamiento de matrículas.
08. la escuela y los padres de los niños que sufrieron la intoxicación 
pretenden responsabilizar criminalmente a las autoridades mu-
nicipales de Avellaneda.
16. el secretario de Política Ambiental y Seguridad Alimentaria de 
Avellaneda, Máximo Lanzetta, recordó que el polo petroquímico 
de Dock Sud está bajo jurisdicción de la provincia de Buenos 
Aires.
32. Máximo Lanzeta anunció que la municipalidad de Avellaneda 
pondrá en práctica un sistema de monitoreo de calidad del 
aire.
09) En el trecho El episodio reactivó los cues-
tionamientos hacia el polo petroquímico 
Dock Sud, [...] (cuarto párrafo) el vocablo 
destacado puede ser sustituido, sin alterar 
sustancialmente su significado, por:
01. a respecto de
02. sobre
04. para
08. en dirección a
16. referentes a
10) Completar la siguiente oración con la(s) 
opción(es) correcta(s).
 La región petroquímica de Dock Sud se 
ubica en _____ área altamente sensible 
cuya calidad _____ aire ya está _____ 
comprometida con el medio ambiente.
01. una – en lo – bastante
02. lo – de la – mucho
04. un – del – muy
08. ese – en el – bien
16. ésta – con su – demasiado
DISCURSIVAS
Texto A
O retirante tem medo de se extraviar 
porque seu guia, o rio Capibaribe, cor-
tou com o verão.
– Antes de sair de casa 
aprendi a ladainha 
das vilas que vou passar 
na minha longa descida. 
Sei que há muitas vilas grandes, 
cidades que elas são ditas 
sei que há simples arruados, 
sei que há vilas pequeninas, 
todas formando um rosário 
cujas contas fossem vilas, 
de que a estrada fosse a linha. 
Devo rezar tal rosário 
até o mar onde termina, 
saltando de conta em conta, 
passando de vila em vila. 
Vejo agora: não é fácil 
seguir essa ladainha 
entre uma conta e outra conta, 
entre uma e outra ave-maria, 
há certas paragens brancas, 
de planta e bichovazias, 
vazias até de donos, 
e onde o pé se descaminha. 
Não desejo emaranhar 
o fio de minha linha 
nem que se enrede no pêlo 
hirsuto desta caatinga. 
Pensei que seguindo o rio 
eu jamais me perderia: 
ele é o caminho mais certo, 
de todos o melhor guia. 
Mas como segui-lo agora 
que interrompeu a descida? 
Vejo que o Capibaribe, 
como os rios lá de cima, 
é tão pobre que nem sempre 
pode cumprir sua sina 
e no verão também corta, 
com pernas que não caminham. 
Tenho que saber agora 
qual a verdadeira via 
entre essas que escancaradas 
frente a mim se multiplicam. 
Mas não vejo almas aqui, 
nem almas mortas nem vivas 
ouço somente à distância 
o que parece cantoria. 
Será novena de santo, 
será algum mês-de-Maria 
quem sabe até se uma festa 
ou uma dança não seria? 
01) Leia os fragmentos de texto e faça o que se pede.
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Texto B
Capitulo XIII – Fuga
A vida na fazenda se tornara difícil. Sinha Vitória benzia-
se tremendo, manejava o rosário, mexia os beiços rezando 
rezas desesperadas. Encolhido no banco do copiar, Fabiano 
espiava a catinga amarela, onde as folhas secas se pulve-
rizavam, trituradas pelos redemoinhos, e os garranchos se 
torciam, negros, torrados. No céu azul as últimas arribações 
tinham desaparecido. Pouco a pouco os bichos se finavam, 
devorados pelo carrapato. E Fabiano resistia, pedindo a Deus 
um milagre.
Mas quando a fazenda se despovoou, viu que tudo estava 
perdido, combinou a viagem com a mulher, matou o bezerro 
morrinhento que possuíam, salgou a carne, largou-se com a 
família, sem se despedir do amo. Não poderia nunca liquidar 
aquela dívida exagerada. Só lhe restava jogar-se ao mundo, 
como negro fugido.
Saíram de madrugada. Sinha Vitória meteu o braço pelo 
buraco da parede e fechou a porta da frente com a taramela. 
Atravessaram o pátio, deixaram na escuridão o chiqueiro e 
o curral, vazios, de porteiras abertas, o carro de bois que 
apodrecia, os juazeiros. Ao passar junto às pedras onde os 
meninos atiravam cobras mortas, Sinha Vitória lembrou-se 
da cachorra Baleia, chorou, mas estava invisível e ninguém 
percebeu o choro.
Desceram a ladeira, atravessaram o rio seco, tomaram 
rumo para o sul. Com a fresca da madrugada, andaram 
bastante, em silêncio, quatro sombras no caminho estreito 
coberto de seixos miúdos - os meninos à frente, conduzindo 
trouxas de roupa, Sinha Vitória sob o baú de folha pintada e 
a cabaça de água, Fabiano atrás, de facão de rasto e faca 
de ponta, a cuia pendurada por uma correia amarrada ao 
cinturão, o aió a tiracolo, a espingarda de pederneira num 
ombro, o saco da matalotagem no outro. Caminharam bem 
três léguas antes que a barra do nascente aparecesse Fizeram 
alto. E Fabiano depôs no chão parte da carga, olhou o céu, 
as mãos em pala na testa. Arrastara-se até ali na incerteza 
de que aquilo fosse realmente mudança. Retardara-se e re-
preendera os meninos, que se adiantavam, aconselhara-os 
a poupar forças. A verdade é que não queria afastar-se da 
fazenda. A viagem parecia-lhe sem jeito, nem acreditava nela. 
Preparara-a lentamente, adiara-a, tornara a prepará-la, e só 
se resolvera a partir quando estava definitivamente perdido. 
Podia continuar a viver num cemitério? Nada o prendia àquela 
terra dura, acharia um lugar menos seco para enterrar-se. Era 
o que Fabiano dizia, pensando em coisas alheias: o chiqueiro 
e o curral, que precisavam conserto, o cavalo de fábrica, bom 
companheiro, a égua alazã, as catingueiras, as panelas de 
losna, as pedras da cozinha, a cama de varas. E os pés dele 
esmoreciam, as alpercatas calavam-se na escuridão. Seria 
necessário largar tudo? As alpercatas chiavam de novo no 
caminho coberto de seixos.
Agora Fabiano examinava o céu, a barra que tingia o 
nascente, e não queria convencer-se da realidade. Procurou 
distinguir qualquer coisa diferente da vermelhidão que todos 
os dias espiava, com o coração aos baques. As mãos grossas, 
por baixo da aba curva do chapéu, protegiam-lhe os olhos 
contra a claridade e tremiam.
Os braços penderam, desanimados.
– Acabou-se.
a) Os rios citados nos textos são classificados como intermitentes. Com base em seus conhecimentos, apresente o 
nome das três bacias hidrográficas brasileiras onde este fenômeno é mais frequente.
 
 
 
b) Ambos os textos apresentados possuem uma abordagem temática em comum: o retirar-se. Há, porém, alguns pontos 
de divergência entre as obras, dentre eles o final de cada uma. Em um enunciado coerente de no máximo 5 linhas, 
explique onde reside essa divergência.
 
 
 
 
 
Moléculas ‘bolas de futebol’ estão no espaço
Astrônomos detectam pela primeira vez no espaço moléculas de carbono bastante 
peculiares chamadas Buckyball ou fulereno.
Elas são agora as maiores moléculas conhecidas existentes no espaço, compostas 
de 60 átomos de carbono arranjados em uma estrutura tridimensional esférica. Seus 
padrões alternados de hexágonos e pentágonos se encaixam como os de uma bola 
de futebol preta e branca.
Descoberta em laboratório pela primeira vez há 25 anos, ela se tornou um campo 
importante de pesquisa por possuir uma força única e propriedades físicas e químicas 
muito interessantes.
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Elas foram batizadas por sua semelhança com os domos feitos pelo arquiteto BuckminsterFuller, que possuem círculos 
interligados na superfície de uma esfera parcial. Entre as potenciais aplicações da Buckyball estão tecnologias de blindagem, 
entrega de medicação dentro do corpo humano e a construção de supercondutores.
Acreditava-se que estas moléculas voavam pelo espaço, mas elas nunca haviam sido detectadas – até hoje.
Usando o Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, astrônomos liderados por Jan Cami, da Universidade do Oeste de Ontario, 
no Canadá, e membro do Instituto SETI, detectaram as Buckyballs em uma nebulosa planetária chamada Tc 1.
Apesar do nome, as nebulosas planetárias são restos de estrelas, que liberam as camadas de gás e poeira conforme 
envelhecem. Com o espectrógrafo do Spitzer, os astrônomos analisaram a luz infravermelha da nebulosa.
Paula Rothman, de INFO Online sexta-feira, 23 de julho de 2010 –11h14min.
(Disponível em: <http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/moleculas-bolas-de-futebol-estao-no-espaco-23072010-
18.shl>.)
02) Os fulerenos são a terceira forma mais estável do carbono, após o diamante e o grafite. Foram descobertos recente-
mente (1985), tornando-se populares entre os químicos, tanto pela sua beleza estrutural quanto pela sua versatilidade 
para a síntese de novos compostos químicos.
 A respeito do fulereno, responda às questões abaixo.
I. Esta forma alotrópica é diferente do diamante e da grafita. Se considerarmos uma molécula do C60, formada exclusi-
vamente por átomo de C-12, qual a relação entre o número de prótons e de nêutrons? Demonstre matematicamente 
a sua resposta.
II. Diferencie, de maneira sucinta, isotopia e alotropia.
III. Sabendo que o calor de combustão do fulereno é de aproximadamente 6150 kcal/mol, qual o calor liberado quando 
ocorre a queima de 288 g desse alótropo do carbono?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTRUÇÕES
01. Administração 
02. Agronomia
64. Antropologia
03. Arquitetura e Urbanismo
65. Arquivologia
54. Automação de Escritório e Secretaria-
do
04. Biblioteconomia
05. Ciências Biológicas
06. Ciências Contábeis
07. Ciências da Computação
63. Ciência e Tecnologia Agroalimentar
08. Ciências Econômicas
50. Ciência Política
09. Ciências Sociais
59. Cinema
57. Comunicação Social
10. Design
61. Design de Animação
62. Design de Produtos
49. Design Industrial
11. Direito
12. Educação Física
46. Educação Artística – Artes Plásticas
47. Educação Artística – Música
13. Enfermagem 
15. Engenharia Civil
55. Engenharia da Computação
16. Engenharia de Alimentos
17. Engenharia de Aquicultura14. Engenharia de Controle e Automação 
Industrial
66. Engenharia de Energia
18. Engenharia de Materiais
70. Engenharia de Pesca
19. Engenharia de Produção Civil
20. Engenharia de Produção Elétrica
21. Engenharia de Produção Mecânica
22. Engenharia Elétrica
67. Engenharia Eletrônica
23. Engenharia Mecânica
24. Engenharia Química
25. Engenharia Sanitária – Ambiental
26. Farmácia 
27. Filosofia
28. Física
43. Fisioterapia
51. Fonoaudiologia
29. Geografia
68. Geologia
30. História
31. Jornalismo
32. Letras
33. Matemática
34. Matemática e Computação Científica
35. Medicina
44. Medicina Veterinária
45. Moda 
69. Museologia
36. Nutrição
52. Oceanografia
37. Odontologia
38. Pedagogia
39. Psicologia
40. Química
56. Relações Internacionais
58. Secretariado Executivo
41. Serviço Social
42. Sistemas de Informação 
48. Tecnologia Mecânica – Movelaria
53. Turismo e Hotelaria
60. Zootecnia
99. Outros
44) Opção de Língua Estrangeira 
00. Inglês
11. Espanhol
10 1110 11
Tema 1
Recenseamento
Em 1940
lá no morro começaram o recenseamento
E o agente recenseador
esmiuçou a minha vida
que foi um horror
E quando viu a minha mão sem aliança
encarou para a criança
que no chão dormia
E perguntou se meu moreno era decente
se era do batente ou se era da folia
[...]
Fiquei pensando e comecei a descrever
tudo, tudo de valor
que meu Brasil me deu
Um céu azul, um Pão de Açúcar sem farelo
um pano verde e amarelo
Tudo isso é meu!
Tem feriado que pra mim vale fortuna
a Retirada da Laguna vale um cabedal!
Tem Pernambuco, tem São Paulo, tem Bahia
um conjunto de harmonia que não tem rival
Tem Pernambuco, tem São Paulo, tem Bahia
um conjunto de harmonia que não tem rival 
(Assis Valente)
 
Texto 2
REDAÇÃO
Senhor, 
posto que o Capitão-mor 
desta Vossa frota, e assim os 
outros capitães escrevam a 
Vossa Alteza a notícia do acha-
mento desta Vossa terra nova, 
que se agora nesta navegação 
achou, não deixarei de também 
dar disso minha conta a Vossa 
Alteza, assim como eu melhor 
puder, ainda que – para o bem 
contar e falar – o saiba pior que 
todos fazer! 
[...]
Esta terra, Senhor, parece-me 
que, da ponta que mais contra o 
sul vimos, até à outra ponta que 
contra o norte vem, de que nós 
deste porto houvemos vista, será 
tamanha que haverá nela bem 
vinte ou vinte e cinco léguas de 
costa. [...]
Até agora não pudemos sa-
ber se há ouro ou prata nela, ou 
outra coisa de metal, ou ferro; 
nem lha vimos. Contudo a terra 
em si é de muito bons ares fres-
cos e temperados como os de 
Entre-Douro-e-Minho, porque 
neste tempo d’agora assim os 
achávamos como os de lá. Águas 
são muitas; infinitas. Em tal ma-
neira é graciosa que, querendo-a 
aproveitar, dar-se-á nela tudo; por 
causa das águas que tem! 
Contudo, o melhor fruto que 
dela se pode tirar parece-me que 
será salvar esta gente. E esta 
deve ser a principal semente que 
Vossa Alteza em ela deve lançar. 
E que não houvesse mais do que 
ter Vossa Alteza aqui esta pou-
sada para essa navegação de 
Calicute bastava. Quanto mais, 
disposição para se nela cumprir 
e fazer o que Vossa Alteza tanto 
deseja, a saber, acrescentamen-
to da nossa fé! 
[...]
Beijo as mãos de Vossa Al-
teza. 
Deste Porto Seguro, da Vossa 
Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-
feira, primeiro dia de maio de 
1500. 
(Pero Vaz de Caminha.)
Proposta
Dos hinos à carta de Pero Vaz de Caminha, além da literatura 
e da música, temos provas do amor do brasileiro ao País: seja 
ele uma Ilha de Vera Cruz ou ainda a Terra das Palmeiras. A 
partir das leituras acima, escreva uma declaração de amor ao 
Brasil. Sua declaração pode assumir a estrutura de uma carta, 
crônica ou manifesto.
Instruções
• Desenvolva seu texto na folha-rascunho.
• Dê um título a sua redação.
• Transcreva o texto, que deve ter no mínimo 20 linhas e no máximo 30 linhas, para a folha definitiva.
• Use caneta esferográfica com tinta na cor azul ou preta. Sob hipótese alguma transcreva a redação a lápis, pois, 
caso isso aconteça, será desconsiderada.
• Evite rasuras e espaços vagos entre as palavras. Escreva com letra legível.
• Não assine sua prova.
• Escolha um dos temas a seguir para produzir sua redação. Bom trabalho!
10 1110 11
Texto 2
Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas 
tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também 
sou o escuro da noite.
(Cora Coralina)
Texto 3
[...] Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar,
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo.
(Clarice Lispector)
Texto 4
Proposta
O estilo de vida solitário está em alta, mas conviver com a solidão – e saber tirar proveito dela – ainda é um desafio. 
Escreva sobre isso.
Tema 3
Texto 2
 
Texto 1 
A loucura é expressão em grande escala de ca-
racterísticas mentais existentes em todo ser humano. 
Conectar os estudos da mente com a abordagem 
da mente é tendência no país. Em diversas regiões 
do Brasil ocorrem palestras e outras formas de dis-
cussão que reúnem cineastas e algum médico ou 
psicólogo, com a ideia de usar a produção cinema-
tográfica nacional ou estrangeira para ajudar leigos 
e especialistas a compreender melhor os transtor-
nos mentais. Filmes como: As Horas, Mr. Jones, O 
Aviador, Uma Mente Brilhante são exemplos de que 
a figura do louco sempre esteve presente nas telas 
de cinema.
(Folha de S. Paulo, 06 jul. 2010.)
Tema 2
Texto 1 
Para o filófoso alemão Heidegger, "a solidão é condição original do ser humano e acompanha a pessoa do nascimento à 
morte". Já para John Donne, "nenhum homem é uma ilha completa em si mesma. Cada homem é um pedaço do continente, 
uma parte do todo. [...] A morte de qualquer homem me diminui, porque estou envolvido com a humanidade. Portanto, nunca 
mandes perguntar por quem os sinos dobram; eles dobram por ti. 
(Diário Catarinense, 02 nov. 2003.)
Proposta
De louco todo mundo tem um pouco. A partir da máxima popular, produza:
1. uma narrativa com os seguintes elementos:
a) Personagem: um homem;
b) Conflito: TOC (Transtorno obsessivo compulsivo);
c) Espaço: um grande centro urbano.
2. uma dissertação.
1� 1�1� 1�
Tema 4
Texto 1
Ah, o tempo é o mágico de todas as traições... E os pró-
prios olhos de cada um de nós padecem viciação de origem, 
defeitos com que cresceram e a que se afizeram, mais e mais. 
[...] Se, além de os utilizarem no manejo da magia, imitativa ou 
simpática, videntes serviam-se deles, como a bola de cristal, 
vislumbrando em seu campo esboços de futuros fatos, não 
será porque, através dos espelhos, parece que o tempo muda 
de direção e de velocidade? 
(ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias – O Espelho, 
p. 114-115.)
Texto 2
Espelho
Por acaso, surpreendo-me no espelho:
Quem é esse que me olha e é tão mais velho que eu? [...]
Parece meu velho pai - que já morreu! [...]
Nosso olhar duro interroga:
"O que fizeste de mim?" Eu pai? Tu é que me invadiste.
Lentamente, ruga a ruga... Que importa!
Eu sou ainda aquele mesmo menino teimoso de sempre
E os teus planos enfim lá se foram por terra,
Mas sei que vi, um dia – a longa, a inútil guerra!
Vi sorrir nesses cansados olhos um orgulho triste...
(Mário Quintana)
Texto 3 
 
Proposta
Se o espelho transcendesse o rosto que reflete, como você gostaria de se ver daqui a vinte anos? Escreva uma 
crônica.
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