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Recuperação Judicial e Falência - Introdução

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DIREITO EMPRESARIAL – FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS
INTRODUÇÃO
Ordem Econômica e Função Social da Empresa
Constituição Federal – art. 70:
Fundamentos da ordem econômica:
Valorização do trabalho humano
Livre iniciativa
Finalidade
Assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social.
Princípios
Propriedade Privada
Função social da propriedade
Livre concorrência
FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA
Empresa e empresário
Empresário – art. 966 do Código Civil:
Profissionalismo
Atividade econômica organizada
Produção ou circulação de bens ou serviços
Empresa
Atividade com as características acima
Função Social da Empresa
Liberdade de iniciativa econômica;
Liberdade de acesso aos mercados;
Liberdade de entrar em certo ramo de atividade negocial;
Liberdade de concorrência.
Aspectos Históricos
Direito romano:
Execução na pessoa do devedor.
Cárcere Privado -> Constrição Patrimonial -> Adm. Da Massa
Escravidão -> (posse dos bens) -> Assembleia credores
	Classificação créditos
Direito medieval:
Falência como execução patrimonial
Usos e costumes: sanções cruéis
Fuga do devedor
Século XV – Salvo-conduto do devedor
Direito moderno:
Estado como entidade política e jurídica
Imposição de sanções jurídicas sobre os bens
Judicialização
Direito contemporâneo:
Duas guerras mundiais
Graves crises industriais
Desastres financeiros
Valorização da recuperação das empresas
Resposta eficaz à necessidade de estabilizar o mercado e atender aos interesses econômicos da coletividade
Tendência atual:
Realização dos direitos dos credores mediante a recuperação da empresa devedora
Falência como resíduo, dirigida aos empreendimentos inviáveis
Direito brasileiro:
Colonização até meados de 1800 – Ordenações Afonsinas, Ordenações Manuelinas e Ordenações e Filipinas.
Continham regras falimentares extremamente severas com o devedor.
Muitas vezes significava não apenas a ruina patrimonial do devedor, mas também a ruina moral dele e de toda a sua família.
Proclamação da Independência – aplicação da chamada Lei da Boa Razão, que mandava aplicar no Brasil, subsidiariamente, as leis dos países civilizados europeus, quanto aos negócios mercantis e marítimos.
Código Comercial brasileiro de 1850 – Lei 556
A Terceira Parte do Código tratava “das quebras”, cujos dispositivos constituíam o nosso direito falimentar.
Decreto 917/1890 – adotou os sistemas da impontualidade e da enumeração legal como critérios de caracterização da insolvência do devedor, além de ter trazido profundas mudanças na parte terceira do Código Comercial.
A partir daí, uma série de leis e decretos se sucedeu, todos incorporando novas modificações ao direito falimentar brasileiro.
Decreto-lei 7.661/1945 – Lei de Falência e Concordata,
Vigorou por 60 anos.
A partir da década de 1980, as transformações sociais e econômicas começaram a ser sentidas no Brasil de forma mais intensa, o que exigiu, mais uma vez, a reformulação da legislação falimentar nacional.
LEI DE FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS
Lei nº 11.101, de 9 de fevereiro de 2005:
Princípios:
Princípio da viabilidade das empresas:
Dicotomia: Empresas economicamente viáveis
	Empresas economicamente inviáveis
Empresas viáveis: reúnem condições de observar os planos de recuperação.
Princípio da relevância do interesse dos credores:
A reestruturação da empresa em dificuldades é instrumental da satisfação dos credores.
Prevalência do interesse dos credores.
Princípio da publicidade dos procedimentos:
Os procedimentos devem ser transparentes.
Transparência é a palavra que abre as portas de um processo de insolvência eficiente e segundo a lei.
Princípio do tratamento equitativo dos créditos (par conditio creditorum):
Respeito às peculiaridades de cada uma das categorias de credores e seus respectivos créditos.
Cada crédito deve observar o sítio que a lei lhe reserva na classificação geral, garantindo a observação da ordem de preferência.
Princípio da maximização dos ativos:
Os ativos da empresa devem ser preservados e maximizados.
Princípio da preservação da empresa:
Prioriza-se a recuperação sobre a liquidação.
Só deve ser liquidada a empresa inviável.
Na crise econômica de uma empresa, sofre o devedor, sofrem os credores e sofre a sociedade.
Transição da Lei de Falência e Concordata (LCF) para a Lei de Recuperação de Empresa (LRE):
Normas do Decreto-Lei 7.661/1945 continuam em vigor para as concordatas preventivas, suspensivas e falências em curso no dia anterior ao da vigência da LRE.
Caráter multidisciplinar da Lei 11.101/2005:
Envolve: Ciências contábeis; Administração de empresas; Economia; Direito material; Direito processual.
Direito material: Direito empresarial; Direito civil; Direito financeiro; Direito tributário; Direito trabalhista; Direito penal; Direito administrativo.

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