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RESPONSABILIDADE CIVIL ALUNOS

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RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 1 
1 
PLANO DE ENSINO 
OBJETIVOS GERAIS: 
1.  COMPREENDER o que é responsabilidade 
civil, seus pressupostos e suas espécies 
2.  ENTENDER a responsabilidade civil subjetiva 
e objetiva; 
3.  CONHECER a culpa provada e a culpa 
p r e s u m i d a p a r a o s c a s o s d e 
responsabilidade civil subjetiva, bem como a 
t e o r i a d o r i s c o p a r a o s c a s o s d e 
responsabilidade civil objetiva; 
2 
PLANO DE ENSINO 
OBJETIVOS GERAIS: 
4.  ESTUDAR as excludentes de ilicitude e 
excludentes de nexo causal; 
5.  COMPREENDER o dano material e dano 
moral; 
6.  APRENDER a configuração, a prova e o 
arbitramento do dano moral; 
7.  ESTUDAR a responsabilidade civil pelo fato 
de outrem e pelo fato da coisa; 
8.  DESENVOLVER a responsabilidade civil do 
Estado; 
3 
Evolução Histórica da 
Responsabilidade 
1.  Direito Primitivo = VINGANÇA COLETIVA 
2.  VINGANÇA PRIVADA = LEI DE TALIÃO 
3.  DIREITO ROMANO = DESENVOLVIMENTO DA 
CULPA 
•  se pune a culpa por danos injustamente 
provocados, independente da existencia de 
obrigação anterior (resp. aquiliana) 
4.  RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA 
5.  CONCEITO 
4 
OBRIGAÇÃO x 
RESPONSABILIDADE 
§  CONCEITO DE OBRIGAÇÃO 
Ø  DEVER JURÍDICO ORIGINÁRIO. 
Ø  Vínculo jurídico que confere ao credor o direito de exigir do 
devedor o cumprimento de determinada prestação. 
Ø  ORIGEM: Contratos / Manifestação de vontade 
Ø  CUMPRIDA DE LIVRE E ESPONTANEA VONTADE! 
§  OBRIGAÇÃO COM RESPONSABILIDADE 
§  Ex: Devedor de aluguel de imóvel residencial. 
§  OBRIGAÇÃO SEM RESPONSABILIDADE 
§  Ex: Dívida de jogo. 
 
5 
OBRIGAÇÃO x 
RESPONSABILIDADE 
§  CONCEITO DE RESPONSABILIDADE 
Ø  DEVER JURÍDICO SUCESSIVO. 
Ø  Surge do descumprimento de uma relação 
obrigacional. 
Ø  ORIGEM: Violação de uma obrigação. 
Ø  Cumprida por determinação legal. 
§  RESPONSABILIDADE SEM OBRIGAÇÃO 
§  Ex: Fiador 
§  Não possui obrigação originária, mas quando há 
o inadimplemento possui responsabilidade. 6 
TEORIA DO DANO 
§  CONCEITO DE DANO 
 ð LESÃO A UM BEM JURÍDICO 
§  TIPOS DE DANO 
q  PATRIMONIAL 
o  Pessoa é ofendida em seus atributos financeiros. 
q  MORAL 
o  Lesão à dignidade da pessoa humana 
o  Pessoa é ofendida no seu ânimo psíquico, moral e 
intelectual, seja por ofensa à sua honra, na sua 
privacidade, intimidade, imagem, nome ou em seu próprio 
corpo físico, e poderá estender-se ao dano patrimonial se 
a ofensa de alguma forma impedir ou dificultar atividade 
profissional da vítima. 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 2 
7 
PERDAS E DANOS 
• Dano patrimonial = GÊNERO 
• Espécies: 
•  Danos emergentes = Prejuízos efetivamente sofridos pela 
vítima em razão da lesão. 
•  Lucros cessantes = Tudo aquilo que o lesado razoavelmente 
deixou de auferir em razão da lesão. 
v CUIDADO ESPECIAL 
•  Nem sempre se pode pleitear as duas espécies de danos. 
•  Fixação do lucro cessante: 
 
RAZOAVELMENTE = CERTAMENTE 
Art. 402. CC. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as 
perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele 
efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. 
DANOS EMERGENTES E LUCROS 
CESSANTES NO HOMICÍDIO 
• SE A VÍTIMA FALECE E É ARRIMO DE FAMÍLIA 
A FALECE PODERÃO SER PLEITEADOS: 
q  DANOS EMERGENTES 
Ø  Despesas hospitalares antes da morte 
Ø  Despesas com funeral 
q  LUCROS CESSANTES 
Ø  ALIMENTOS PELO ATO ILÍCITO 
•  Pensionamento 
•  2/3 dos ganhos do falecido 
•  Porque 1/3 eram gastos com ele 
8 
•  Quem recebe: DEPENDENTES ECONÔMICOS 
o  Viúva = enquanto for viva, e não contrair casamento 
ou união estável. (ATÉ A DATA EM QUE A VÍTIMA 
COMPLETARIA 72 ANOS DE IDADE) 
o  Filhos dependentes = até os 25 anos de idade. 
•  PERGUNTA: 
Mas e se o morto era um senhor de idade de 78 
anos que vendia balas para sustentar sua 
família? Cabe lucros cessantes? SIM!!!! MESMO JÁ 
TENDO PASSADO DA IDADE!!!! Art. 948. CC No caso de homicídio, a indenização consiste, sem 
excluir outras reparações: 
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral 
e o luto da família; 
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, 
levando-se em conta a duração provável da vida da vítima. 9 10 
•  Jurisprudência para morto com mais de 
70 anos: 
Ø  Tende a fixar os lucros cessantes em 5 anos! 
Outra Hipótese: 
•  MORTO É UM MENINO DE 12 ANOS, cabe 
lucros cessantes? 
•  Resposta imaginada = Não, pois ele não produzia renda 
que ajudasse na manutenção de sua família. 
•  STF = SIM!!! 
•  Se esse menino não era trabalhador, mas era 
originário de uma família pobre = PRESUNÇÃO DE 
QUE ELE VIRIA A AJUDAR A FAMÍLIA NO 
FUTURO!!!! 
11 
Ø  FIXA-SE VERBA COM BASE NO SALÁRIO MÍNIMO. 
Ø  PRAZO = DOS 14 AOS 25 ANOS DE IDADE. 
o  14 anos é a idade mínima para exercer atividade 
laboral, segundo a Constituição. 
o  25 anos = idade que se tornaria independente. 
Ø  BENEFICIÁRIOS = PAIS DA CRIANÇA. 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 
• PJ CAUSOU O DANO = É possível que os beneficiários 
peçam uma CONSTITUIÇÃO DE CAPITAL para o 
pagamento dos lucros cessantes no prazo determinado. 
•  SEGURANÇA = MESMO SE A EMPRESA QUEBRAR, O 
PATRIMONIO JÁ ESTÁ SEPARADO PARA PAGAR. 
•  Requisito = POSSIBILIDADE ECONÔMICA DO DEVEDOR! 
•  Verba se submete a regra do REBUS SIC 
STANTIBUS = Se houver melhoria da condição 
econômica do ofensor ou se houver queda da situação 
econômica da vítima ou dos seus familiares 
 MAGISTRADO PODE REVER VALOR DA VERBA!!! 
 
Art. 950. CC. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não 
possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade 
de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros 
cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente 
à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que 
ele sofreu. 
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a 
indenização seja arbitrada e paga de uma só vez. 
12 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 3 
•  SITUAÇÃO HIPOTÉTICA 
•  Candidato a magistratura federal, no momento de fazer prova 
oral para aprovação no concurso, é atropelado e quebra perna, 
ficando impossibilitado de comparecer à prova! 
→ DÚDIVA → Os advogados podem pleitear tudo que o 
candidato receberia como juiz federal nos próximos anos? 
SOLUÇÃO – TEORIA DA PERDA DE UMA 
CHANCE 
•  Não pode pedir lucros cessantes = Ninguém 
garante o cargo de juiz. 
•  CHANCE = ERA CERTA! 
•  CHANCE = Tem valor econômico! 
•  Valor da indenização = ? 
13 
SITUAÇÃO REAL 
• SHOW DO MILHÃO 
• Baiana Ana estava na última pergunta 
q  Possibilidades: 
o  Não responde = fica com os 500 mil 
o  Responde e acerta = ganha 1 milhão 
o  Responde e erra = perde tudo. 
• Última pergunta: 
•  Na Constituição Federal, qual percentual de terras 
pertence aos indígenas? 
o  A) 8% 
o  B) 12% 
o  C) 18% 
o  D) 32% 14 
•  RESPOSTA DA ANA: 
q  Não sei e foi embora com 500 mil reais. 
•  PROBLEMA 
•  Chegou em casa e viu que a pergunta foi mal 
formulada. 
•  A Constituição na fala sobre o percentual de terras 
indígenas. 
•  AJUIZOU AÇÃO DE INDENIZAÇÃO PEDINDO OS OUTROS 
500 MIL REAIS! 
•  Juiz Monocrático = Concedeu os 500 mil 
•  TJ da Bahia = Concedeu os 500 mil 
•  STJ = DECIDIU PELA TEORIA DA PERDA DE UMA 
CHANCE. 15 
•  STJ 
o Disse que nada garantiria que ela ganharia 
tudo, pois não era certo que ela acertaria! 
o NÃO É LUCROS CESSANTES! 
o MAS perdeu uma chance de ganhar os 
500 mil. 
o PERCENTUAL DE CHANCE DE GANHAR = 
25% 
o SBT condenado em 25% de 500 mil: 125 
mil reais 
 
16 
17 
•  Nãoé tudo ou nada! Depende do caso concreto! É 
necessário examinar cada dano!!! 
TEORIA DA PERDA DE UMA 
CHANCE DE SOBREVIVÊNCIA 
§  ERRO MÉDICO CLÁSSICO 
§  Deixou um instrumento dentro do paciente = TODO O 
DESDOBRAMENTO FOI CULPA DO MÉDICO. 
§  Não cabe perda de uma chance! 
§  ERRO MÉDICO 
§  PESSOA COM PNEUMONIA = mal diagnosticada, confusão 
com gripe = MORTE!!! 
§  Perda da chance de cura!!! 
§  INDENIZAÇÃO POR PERDA DA CHANCE DE CURA!!! 18 
1998 - A Suprema Corte francesa entendeu que: 
• Sra. Perruche = foi impedida de exercer sua escolha de 
interromper a gravidez a fim de evitar o nascimento de uma 
criança deficiente. 
• Nicolas = teve negado o seu “direito de não nascer”, o 
qual, no entender da Cour de Cassation, seria para ele mais 
vantajoso. Como consequência lógica da decisão, decorre que, 
a morte seria preferível a uma vida de qualidade muito 
reduzida. 
• Em virtude da inquietude generalizada que o acórdão 
despertou, e para evitar a consolidação de uma 
“jurisprudência Perruche”, diversos projetos de lei foram 
apresentados à Assembleia Nacional com a finalidade de 
impedir a sua reiteração. 
•  
 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 4 
19 
•  2000 LEI FOI CRIADA: 
•  DETERMINANDO QUE NÃO SE PODE PEDIR 
APLICAÇÃO DA TEORIA DA PERDA DE UMA 
CHANCE PELO FATO DA EXISTÊNCIA DE UMA 
VIDA!!! 
•  BRASIL 
•  Início de aplicação dessa teoria!!! 
•  Ainda há confusão entre lucros e teoria da chance! 
•  Casos de Bioética = IMPOSSÍVEL! 
20 
RESPONSABILIDADE CIVIL – Aula 02 – 
DANO MORAL 
•  Figura polêmica da jurisprudência brasileira 
•  CONCEITO 
Ø  LESÃO À DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
Ø  Mágoa, depressão, dor = consequências 
•  DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
Ø  Todos ser humano deve ser respeitado em sua 
existência. 
Ø  Vulnerabilidade: 
“O ser humano é um fim em si mesmo” Kant 
21 
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
Divide-se em 4 princípios: 
q Direito de Liberdade 
q Direito de Igualdade 
q Direito de Solidariedade 
q Direito a Integridade Psicofísica 
§  Termos técnicos para Danos Patrimoniais 
§ INDENIZAÇÃO 
§ RESSARCIMENTO 
§ O DANO PATRIMONIAL É ELIMINÁVEL, 
VOLTA-SE AO STATUS QUO ANTERIOR AO 
DANO. 
 
DANO 
MORAL 
22 
DANO MORAL É INDENIZÁVEL? 
§  Não há como se ressarcir um dano moral!!!! 
§  DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA NÃO TEM PREÇO!!! 
§  Termos técnicos para Danos Morais 
§  COMPENSAÇÃO 
§  SATISFAÇÃO 
§  O VALOR FIXADO É APENAS UMA 
COMPENSAÇÃO PELO DANO MORAL, 
NÃO HÁ RETORNO AO STATUS QUO 
ANTERIOR!!! 
§  Valor fixado = Apenas vai anestesiar o dano 
sofrido à dignidade - Caio Mário 
23 
§  Termos GENÉRICO para Danos Morais E 
Patrimoniais 
§  REPARAÇÃO 
DANO PATRIMONIAL x DANO MORAL 
KANT - Existem 2 tipos de bens na natureza: 
q  Bens que tem preço - substituíveis 
o  DANO PATRIMONIAL 
q  Bens que não tem preço – insubstituíveis, pois TEM 
ESPECIAL DIGNIDADE!!! 
o  DANO MORAL 
24 
O DESCUMPRIMENTO DE UMA 
OBRIGAÇÃO GERA DANO MORAL? 
• REGRA - Não!!!! 
• Porque o simples descumprimento de um 
contrato gera um dano patrimonial passível 
de reparação! 
• Não gera lesão à dignidade da pessoa 
humana! 
• Solução: 
•  Dano Emergente 
•  Lucros cessantes 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 5 
25 
JURISPRUDÊNCIA ATUAL 
• REGRA – descumprimento do contrato 
não gera lesão moral. 
•  Compra e venda de celular com defeito 
→ dano somente patrimonial 
• Exceção – Questões patr imoniais 
exorbitam a ordem econômica e ofendem a 
dignidade da pessoa humana 
•  Plano de saúde nega colocação de stent 
cardíaco. 
→ dano à dignidade 
PODE SER PEDIDO DANO MORAL E 
PATRIMONIAL PELO MESMO FATO? 
SIM!!! 
STJ Súmula nº 37 - 12/03/1992 - DJ 17.03.1992 
Indenizações - Danos - Material e Moral - Mesmo 
Fato - Cumulação 
São cumuláveis as indenizações por dano 
material e dano moral oriundos do mesmo 
fato. 
26 
PODE SER PEDIDO DANO MORAL E 
PATRIMONIAL e DANO ESTÉTICO PELO 
MESMO FATO? 
• Dano estético = atinge a aparência da pessoa! Desequilíbrio 
Físico 
• REGRA – NÃO SERIA POSSÍVEL, POIS SERIA LESÃO À 
INTEGRIDADE PSICOFÍSICA. 
• MUDANÇA JURISPRUDÊNCIAL→	
  Caso Lars Grael 
q Dano Estético = perdeu a perna (dano externo) 
q Dano Moral = dano psíquico (dano interno) 
q Dano Patrimonial = Emergentes _+ Lucro cessantes 27 
PODE SER PEDIDO DANO MORAL DE 
DANO REALIZADO À PESSOA 
JURÍDICA? 
REGRA = SIM!!! 
 
 
 
• Justificativa do Pedido = PJ não chora, não sente dor, 
não tem HONRA SUBJETIVA. 
28 
STJ Súmula nº 227 - 08/09/1999 - DJ 20.10.1999 
Pessoa Jurídica - Dano Moral 
 
A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
29 
•  PJ POSSUI HONRA OBJETIVA = PERDE A 
CREDIBILIDADE / REPUTAÇÃO! 
•  Discordância 
•  Corrente que acredita que NÃO!!!! 
•  Dano Moral = lesão à dignidade da pessoa humana 
•  PJ = não tem dignidade + direitos da personalidade 
•  NESSA TESE = NÃO TEM DIREITO A DANO MORAL 
•  Reparação por DANO PATRIMONIAL!!!!!! 
•  PJ = protegida pelo artigo 170 da CR – valores 
econômicos, não somente humanos. 
•  Sócio de PJ pode sofrer dano moral! 
TEORIA DOS QUATRO PASSOS DA 
EVOLUÇÃO DO DANO MORAL 
→ 1º PASSO 
•  CR 1988 – STF reconhece existência e autonomia 
do dano moral 
30 
Art. 5º - V - é assegurado o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da indenização por 
dano material, moral ou à imagem; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a 
honra e a imagem das pessoas, assegurado o 
direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação; 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 6 
→  2º PASSO 
•  Súmula 227 STJ - Admite-se que PJ pode reivindicar 
dano moral 
→  3º PASSO 
•  DANO MORAL REFLEXO ou DANO MORAL POR 
RICOCHETE (dano moral de outrém) 
•  Ex: Biografia do Garrincha 
•  Anatomia Interna / Vida Sexual 
•  Filhas se sentiram ofendidas 
•  Legitimidade ativa aceita, mesmo ele 
estando morto!!! = violação da memória 
do morto!!! 31 
•  Ajuízam em nome próprio??? 
•  SIM!!!! → Lesados indiretos!!!! 
→  4º PASSO 
•  DANO MORAL COLETIVO – Bem jurídico difuso ofendido 
•  VIOLAÇÃO DE DIREITOS DE 3ª DIMENSÃO 
(SOLIDARIEDADE – FRATERNIDADE) 
•  Ex: Dano Ambiental = vazamento de óleo 
•  MP pede reparação à PJ 
•  Valor a favor de TODA A COLETIVIDADE! 32 
Art. 12. Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá 
legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge 
sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o 
quarto grau. 
•  Pra onde vai a verba de condenação do dano 
moral coletivo? 
•  Ex de dano moral coletivo 
•  Grupo de pessoas “trabalhando” em condições 
análogas à de escravos. 
•  Lesão a todos!!! 
•  Verba vai para o FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador 
ART. 13. LEI DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado 
reverterá a um fundo gerido por um Conselho Federal ou por 
Conselhos Estaduais de que participarão necessariamente o 
Ministério Público e representantes da comunidade, sendo seus 
recursos destinados à reconstituição dos bens lesados. 
DANO MORAL COLETIVO NO CDC 
 
 
• Dano Moral 
•  TUDO QUE É LIGADO À DIGNIDADE É DANO MORAL 
•  DISSABORES SIMPLES, NÃO SERÃO DANO MORAL 
•  SEPARAÇÃO PARA A VALORIZAÇÃO E NÃO 
BANALIZAÇÃO!!! 
Art. 6º. CDC. São direitos básicos do consumidor: 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos 
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e 
difusos; 
35 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
•  CONSEQUÊNCIA JURÍDICA E/OU PATRIMONIAL DO 
DESCUMPRIMENTO DE UMA OBRIGAÇÃO. 
•  A Responsabilidade Civil deriva da transgressão de 
uma norma jurídica pré-existente (civil), legal ou 
contratual, resultandono dever de indenizar ao 
causador do dano. 
•  “o dever jurídico sucessivo que decorre da violação de 
dever jurídico originário” Sérgio Cavalieri 
Filho 
•  DEVER JURÍDICO ORÍGINÁRIO x SUCESSIVO 
Ø  ORIGINÁRIO = Obrigação 
Ø  SUCESSIVO = Responsabilidade 
Art. 389. CC. Não cumprida a obrigação, 
responde o devedor por perdas e danos, 
mais juros e atualização monetária segundo 
índices oficiais regularmente estabelecidos, 
e honorários de advogado. 
Art. 390. Nas obrigações negativas o 
devedor é havido por inadimplente desde o 
dia em que executou o ato de que se devia 
abster. 
Art. 391. Pelo inadimplemento das 
obrigações respondem todos os bens do 
devedor. 36 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 7 
Art. 392. Nos contratos benéficos, responde 
por simples culpa o contratante, a quem o 
contrato aproveite, e por dolo aquele a quem 
não favoreça. Nos contratos onerosos, 
responde cada uma das partes por culpa, salvo 
as exceções previstas em lei. 
Art. 393. O devedor não responde pelos 
prejuízos resultantes de caso fortuito ou força 
maior, se expressamente não se houver por 
eles responsabilizado. 
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força 
maior verifica-se no fato necessário, cujos 
efeitos não era possível evitar ou impedir. 37 38 
RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA 
• Só se pode falar de Responsabilidade Subjetiva quando 
houver nexo de causalidade entre a conduta e o dano 
verificado. 
• Na Responsabilidade Subjetiva deve haver culpa para 
que haja a obrigação de indenizar. 
RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA 
•  Existe independentemente da ideia de culpa, ou seja, 
basta a ocorrência de um dano para que nasça a 
obrigação de indenizar. 
•  Quando isso ocorre disse que a responsabilidade é 
objetiva ou legal. 
 
ATO ILÍCITO 
§  Ato ilícito é ato antijurídico, culpável, que gera dano. 
Art. 186. CC. Aquele que, por ação ou omissão 
voluntária, negligência ou imprudência, violar 
direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, COMETE ATO ILÍCITO. 
Art. 927. CC. Aquele que, por ato ilícito (arts. 
186 e 187), causar dano a outrem, FICA 
OBRIGADO A REPARÁ-LO. 
39 40 
ORIGEM: 
§ PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO ROMANO 
§  VIVER HONESTAMENTE 
§  NÃO PREJUDICAR NINGUÉM 
§  DÊ A CADA UM O QUE LHE É DEVIDO 
• CAUSOU DANO 
J  Descumpriu uma obrigação legal 
J  RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL 
J  RESPONSABILIDADE CIVIL AQUILIANA 
•  Lex aquilia 
ATO ILÍCITO EM SENTIDO AMPLO 
§  Indica apenas a ilicitude do ato, a CONDUTA HUMANA 
ANTIJURÍDICA, contrária ao Direito, sem qualquer 
referência ao elemento subjetivo ou psicológico. 
§  Tal como o ato ilícito, é também uma manifestação de 
vontade, uma conduta humana voluntária, só que é 
contrária à ordem jurídica. 
 
Art. 187. CC. Também comete ato ilícito o titular 
de um direito que, ao exercê-lo, excede 
manifestamente os limites impostos pelo seu fim 
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons 
costumes. 
ð Situação de ABUSO DE DIREITO 
41 
ATO ILÍCITO EM SENTIDO ESTRITO 
§  É o conjunto de pressupostos da responsabilidade 
– ou, se preferirmos, da obrigação de indenizar. 
§  Na verdade, a responsabilidade civil é um fenômeno 
complexo, oriundo de requisitos diversos 
intimamente unidos; surge e se caracteriza uma vez 
que seus elementos se integram. 
42 
Art. 186. CC. Aquele que, por ação ou 
omissão voluntár ia , negl igência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a 
outrem, ainda que exclusivamente moral, 
COMETE ATO ILÍCITO. 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 8 
OBS: 
§  Na definição do art. 186, que trata do ATO ILÍCITO, o 
legislador explicitamente consagrou uma ilicitude 
subjetiva (baseada na culpa ou dolo). 
§  Todavia, ao definir o ABUSO DE DIREITO, 
consagrou um elemento meramente teleológico ou 
finalístico: abuso haverá, simplesmente, quando o 
titular do direito desvirtuar a sua finalidade, 
independentemente da intenção (dolo) ou da culpa. 
§  EQUÍVOCO = previsão do § 2º do art. 1228 do CC 
que, ao definir o ato emulativo (abuso do direito de 
propriedade), faz referência ao elemento intencional, 
desprezado pelo artigo 187. 
43 
 
 
 
 
ñDesprezar a parte final do dispositivo acima. ñ 
 
Hipóteses de Ilicitude Objetiva: 
q Art. 187 CC 
q § único do Art. 927 CC. 
 
44 
Art. 1228. §2º. CC. São defesos os atos que 
não trazem ao proprietário qualquer 
comodidade, ou utilidade, e sejam animados 
pela intenção de prejudicar outrem. 
NÃO SÃO ATOS ILÍCITOS 
Art. 188. CC. Não constituem atos ilícitos: 
I - os praticados em legítima defesa ou no 
exercício regular de um direito reconhecido; 
II - a deterioração ou destruição da coisa 
alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de 
remover perigo iminente. 
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato 
será leg í t imo somente quando as 
circunstâncias o tornarem absolutamente 
necessário, não excedendo os limites do 
indispensável para a remoção do perigo. 45 46 
Pergunta da OAB 
Prova OAB/MG Exame de Ordem - Abril/2008 
Exemplo de ato ilícito em sentido amplo, em que pode haver 
consequências independentemente de culpa é: 
a) o abuso de direito e o enriquecimento sem 
causa. 
b) todo caso de responsabilidade objetiva. 
c) todo caso em que ocorra força maior ou caso 
fortuito. 
d) a hipótese de estado de necessidade. 
47 
ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE 
CIVIL 
• CONDUTA HUMANA 
•  Conduta humana voluntária, positiva ou 
n e g a t i v a , p r i m e i r o e l e m e n t o d a 
responsabilidade civil, traduz aquele 
c o m p o r t a m e n t o m a r c a d o p e l a 
voluntariedade. 
•  Porém, pode haver responsabilidade civil 
por ato lícito. 
48 
•  NEXO CAUSAL 
•  Responsabilidade civil, traduz o liame ou 
vínculo que une o agente ao resultado 
danoso: se o sujeito não deu causa ao 
p r e j u í z o , n ã o h á p o r q u e s e r 
responsabilizado. 
→ CAUSA 
→ Qual teoria do nexo causal foi adotada pelo CC? 
→ Teoria da Causalidade Direta e Imediata 
→ antecedente que determina o resultado como 
consequência sua, direta e imediata. 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 9 
49 
•  DANO / PREJUÍZO 
•  O dano pode ser presumido, implícito, 
mas deve existir! 
•  É o mais importante elemento da 
responsabilidade civil. 
•  O dano traduz a violação a um interesse 
jurídico material ou moral. 
→ R e q u i s i t o s d o d a n o 
indenizável: 
→  Lesão a interesse juridicamente tutelado 
→  Certeza do dano 
→  Subsistência do dano 50 
•  CULPA 
•  Não está presente na responsabilidade 
objetiva. 
•  na culpa stricto sensu não existe a intenção 
de lesar. 
•  A conduta é voluntária, já o resultado 
alcançado não. 
•  O agente não deseja o resultado, mas acaba 
por atingi-lo ao agir sem o dever de cuidado. 
•  A inobservância do dever de cuidado revela-
se pela imprudência, negligência ou 
imperícia. 
51 
QUESTÕES ESPECIAIS 
• O QUE SE ENTENDE POR DANO INDIRETO? 
•  Alguns autores, a exemplo de Fernando 
Gaburri, endentem que danos indiretos 
são aqueles inseridos em uma “cadeia de 
prejuízos, ou seja, a mesma vítima, além 
de sofrer o dano primário, experimenta 
danos indiretos ou sucessivos. 
ð Ex.: comprei um animal doente, que morreu 
posteriormente, mas antes infectou outros 3 
animais. O primeiro é dano direto; os 3, dano 
indireto. 52 
QUESTÕES ESPECIAIS 
• O QUE SE ENTENDE POR DANO REFLEXO/
EM RICOCHETE? 
•  Neste caso, existe mais de uma vítima do 
comportamento danoso: além da vítima 
direta, há, também, uma outra vítima a ela 
ligada, que sofre o reflexo do dano. 
ð Ex.: Biografia do Garrincha que difama a sua 
memória. 
ð  Filhas sofrem dano reflexo / em ricochete. 
53 
QUESTÕESESPECIAIS 
• O QUE SE ENTENDE POR DANO IN RE IPSA? 
•  É aquele que não depende de prova em 
juízo. 
ð Ex.: negativação do nome do devedor. 
Súmula 403 STJ 
Independe de prova do prejuízo a 
indenização pela publicação não 
autorizada de imagem de pessoa com 
fins econômicos ou comerciais. 
54 
Web aula 1 
1. Joaquim moveu ação indenizatória por 
danos morais em face de Alexandre por ter 
este mantido relação amorosa com 
Priscila, sua esposa (do autor). Alega que 
em razão desse relacionamento acabou se 
separando da sua esposa, o que lhe 
causou grande abalo psicológico e 
humilhação. 
• Terá Alexandre o dever de indenizar? 
• O que você alegaria como advogado de 
defesa de Alexandre? 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 10 
55 
Web aula 1 
2. (OAB/Exame Unificado – 2010.3) Ricardo, 
buscando evitar um atropelamento, realiza 
uma manobra e atinge o muro de uma 
casa, causando um grave prejuízo. Em 
relação a situação acima é correto afirmar: 
A) não responderá pela reparação do dano, pois agiu 
em estado de necessidade. 
B) responderá pela reparação do dano, apesar de ter 
agido em estado de necessidade. 
C) praticou um ato ilícito e deverá reparar o dano. 
D) responderá pela reparação do dano, apesar de ter 
agido em legítima defesa. 
RESPONSABILIDADE CIVIL – Aula 04 – 
RESPONSABILIDADE PELO ATO LÍCITO 
•  Ocorre quando o indivíduo age de forma lícita, mas 
acaba causando dano a outrem. 
Ø  Legítima defesa agressiva 
•  Pessoa que suportou o dano não era responsável 
pela situação de perigo 
•  Ex: Dirigindo um carro de bêbado na rua, acaba 
atingindo carro da pessoa do lado. 
 
Art. 188. CC. Art. 188. Não constituem atos ilícitos: 
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício 
regular de um direito reconhecido; 
56 
•  POSSÍVEL O DIREITO DE REGRESSO!!! 
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a 
lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. 
 
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será 
legítimo somente quando as circunstâncias o 
tornarem absolutamente necessário, não excedendo 
os limites do indispensável para a remoção do perigo. 
57 
Art. 930. CC. No caso do inciso II do art. 188, se o 
perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este 
terá o autor do dano ação regressiva para haver a 
importância que tiver ressarcido ao lesado. 
58 
CULPA 
•  DESCUMPRIMENTO DE UM DEVER IMPOSTO PELA 
NORMA JURÍDICA. 
•  Para o direito Civil: 
•  Dolo 
•  Negligência 
•  Imprudência 
•  Imperícia 
•  A CULPA NÃO É SEMPRE UM ELEMENTO DA 
RESPONSABILIDADE CIVIL! 
•  S O M E N T E N A R E S P O N S A B I L I D A D E 
SUBJETIVA!!! 
Geram a necessidade 
de reparar o DANO 
TEORIA DA CULPA 
§  A teoria da culpa, também chamada de 
RESPONSABILIDADE SUBJETIVA, é a regra geral 
de nossa legislação pátria, onde se faz 
necessária a existência da culpa para gerar o 
dever de indenizar. 
§  Com base no Direito Romano, precursor do 
nosso Direito, e através do Direito Francês, que 
recepcionou a responsabilidade civil fundada na 
culpa, o Brasil adotou a teoria geral da 
responsabilidade civil subjetiva – teoria da culpa. 
59 
§  Necessitamos, para que haja o dever de 
indenizar, de 4 PRESSUPOSTOS: 
q  CONDUTA HUMANA (ação ou omissão); 
q  NEXO CAUSAL; 
q  DANO e a 
q  CULPA. 
§  Cabe à vítima provar: 
§  o DANO EXPERIMENTADO, 
§  e que este DANO PARTIU DE UMA AÇÃO 
OU OMISSÃO 
§  CULPOSA do agente. 60 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 11 
§  Quanto ao agente, poderá se eximir do dever 
de indenizar, se provar a inexistência de 
um dos pressupostos, ou através das 
excludentes. 
§  Se provar que foi prudente, diligente e observou as 
leis vigentes, inexistirá o elemento CULPA. 
§  Se o prejuízo suportado pela vítima não se 
relaciona com seu ato, inexistirá o elemento 
NEXO CAUSAL. 
§  E se não ocorreu nenhum prejuízo para a vítima, 
quer patrimonial quer moral, inexistirá o elemento 
DANO. 61 
§  É preciso provar a conduta culposa (culpa) do 
agente para que haja o dever de indenizar, que 
se origina do ato ilícito. 
§  A CULPA AQUI REFERIDA É A 
VOLUNTARIEDADE DE CONDUTA DO 
AGENTE. 
§  Para se caracterizar o ATO ILÍCITO , 
necessitamos de dois pressupostos: 
§  a imputabilidade do agente, que é o 
elemento subjetivo, e a 
§  conduta culposa, que é o elemento 
objetivo. 62 
TEORIA DO RISCO 
§  Situação de RESPONSABILIDADE SEM 
CULPA! 
§  Nos casos de responsabilidade objetiva, 
não se exige prova de culpa do agente 
para que seja obrigado a reparar o 
dano. 
§  Em alguns, a culpa é presumida pela lei. 
§  CULPA DE TODO PRESCINDÍVEL è 
porque a RESPONSABILIDADE SE 
F U N D A N O R I S C O ( o b j e t i v a 
propriamente dita ou pura). 63 
§  A culpa será dispensada para ser analisada, 
ocorrendo somente nos casos previstos em lei, 
como assinalado pelo artigo 927, em seu parágrafo 
único. 
Art. 927. CC. Aquele que, por ato ilícito (arts. 
186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a 
repará-lo. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar 
o dano, independentemente de culpa, nos 
casos especificados em lei, ou quando a 
atividade normalmente desenvolvida pelo autor 
do dano implicar, por sua natureza, risco para os 
direitos de outrem. 
64 
 
§  Portanto, A CULPA SERÁ OBJETIVA 
QUANDO PROCLAMADA POR LEI. 
§  Nesse sentido, poderemos enumerar alguns casos 
em que ela será considerada como objetiva: 
q PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO 
Art. 37. § 6º, CR - As pessoas jurídicas de 
direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão 
pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado 
o direito de regresso contra o responsável nos 
casos de dolo ou culpa. 65 
 
•  A Administração Pública (como o Com. da 
Aeronáutica) exerce suas funções e serviços de 
modo: 
Ø  Centralizado – exercendo autoridade na totalidade 
das tarefas e fases das funções; 
Ø  Descentralizado - delegando tarefas e funções 
para: 
§  Autarquias - com transferência de titularidade por lei 
§  Fundações – com transferência de titularidade por lei 
§  Entidades Paraestatais – com transf. de titularidade por lei 
§  Particulares – transferência de execução por Ato 
Administrativo 66 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 12 
•  Nos casos onde não existe titularidade o abuso 
ou falta do servidor ou por ele delegado não 
exclui a responsabilidade da Administração 
Pública. 
•  A Adm. Pública possui o direito de voltar-se 
contra o servidor ou delegado através de “Ação 
Regressiva” transmissível a sucessores. 
•  A Ação Regressiva é “prerrogat iva” 
indisponível da Administração Pública (Lei 
8112/90 – art. 122, par. 3º), portanto necessária. 
67 
 
•  A Administração Pública responde civilmente pelos 
seus atos independentemente de culpa 
(Resp. Objetiva). 
•  O Servidor (ou delegado) responde civilmente 
por culpa ( imper íc ia , neg l igênc ia ou 
imprudência) 
(Resp. Subjetiva) 
•  Se no Processo Administrativo houver evidências 
de culpa do servidor (ou delegado), estas se fazem 
prova no Processo de Responsabilidade Civil. 
•  Pode haver Processo Penal paralelo contra o 
servidor se o fato revestir-se de ato lesivo. 68 
q PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO 
•  Exemplo: Produtor, Fabricantes e Construtores 
Art. 12. CDC. O fabricante, o produtor, o 
construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador 
respondem, independentemente da existência de 
culpa, pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, 
fabricação, construção, montagem, fórmulas, 
manipulação, apresentação ou acondicionamentode 
seus produtos, bem como por informações 
insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e 
riscos. 69 
q PESSOAS FÍSICAS OU NATURAIS 
RESPONSABILIDADE 
PELO FATO DE TERCEIRO 
•  TEORIA DA CULPA PRESUMIDA 
•  REGRA = Para se estabelecer responsabilidade 
civil, é preciso estabelecer que a conduta do agente 
foi causa do resultado danoso. 
Art. 931. CC. Ressalvados outros casos previstos 
em lei especial, os empresários individuais e as 
empresas respondem independentemente de 
culpa pelos danos causados pelos produtos postos 
em circulação. 
70 
 
•  EXCEÇÃO = É possível a imputação da 
responsabilidade sem que aquele que foi 
obrigado a indenizar tenha praticado a conduta 
causadora do dano. 
•  Situações Pontuais: 
q  Responsabilidade por fato de 
outrem; 
q  Responsabilidade por fato dos 
animais; 
q  Responsabilidade por fato da 
coisa. 71 
 
RESP. POR FATO DE OUTREM 
•  A lei institui casos em que a pessoa responde sem 
ter causado dano. 
Art. 932. CC. São também responsáveis pela reparação civil: 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e 
em sua companhia; 
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem 
nas mesmas condições; 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e 
prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão 
dele; 
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos 
onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos 
seus hóspedes, moradores e educandos; 
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do 
crime, até a concorrente quantia. 72 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 13 
RESP. POR FATO DOS ANIMAIS 
•  O dono ou detentor do animal ressarcirá o 
dano por este causado. 
 
•  Interessante notar que o Código adotou a 
responsabilidade objetiva pelo fato de animais. 
•  Atualmente, só é possível a exclusão da 
responsabilidade em razão da culpa exclusiva da 
vítima ou força maior, não sendo possível alegar 
isenção de culpa 73 
Art. 936. CC. O dono, ou detentor, do animal 
ressarcirá o dano por este causado, se não provar 
culpa da vítima ou força maior. 
RESP. POR FATO DOS ANIMAIS 
•  Apesar de não prevista uma cláusula 
geral de responsabilidade pelo fato da 
coisa em nosso Código, tanto doutrina 
quanto jurisprudência a admitem. 
•  Reg is t re -se a impropr iedade da 
nomenclatura apontada por alguns 
autores. 
•  A razão de ser é que o dano não é 
causado pela coisa, mas pela sua má 
utilização, uma vez que aquela não é 
capaz de fatos. 
74 
 
RESP. POR FATO DA COISA 
•  Apesar de não prevista uma cláusula 
geral de responsabilidade pelo fato da 
coisa em nosso Código, tanto doutrina 
quanto jurisprudência a admitem. 
•  Reg is t re -se a impropr iedade da 
nomenclatura apontada por alguns 
autores. 
•  A razão de ser é que o dano não é 
causado pela coisa, mas pela sua má 
utilização, uma vez que aquela não é 
capaz de fatos. 
75 
 
RESP. POR FATO DA COISA 
•  A responsabilidade pelo fato da coisa, 
fundada na teoria da guarda, estabelece que 
quem detém o comando (guarda), isto é, 
quem tem o poder de direção sobre a 
coisa, deve responsabilizar-se também 
pelos danos que o seu uso venha a 
provocar, pois tais danos derivam, em última 
análise, da falta de devida vigilância sobre a 
coisa. 
•  Para estabelecer a responsabilidade por fato 
da coisa, então, é imprescindível determinar 
quem tinha o poder de direção. 
76 
 
Art. 937. CC. O dono de edifício ou construção 
responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se 
esta provier de falta de reparos, cuja necessidade 
fosse manifesta. 
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, 
responde pelo dano proveniente das coisas que dele 
caírem ou forem lançadas em lugar indevido. 
77 
 
•  Art. 937 CC = Alguns autores alegam que a 
responsabilidade do proprietário é objetiva, entretanto, o texto 
da lei faz alusão expressa à falta de reparos. 
•  Art. 938 CC = Estabelece que aquele que habitar prédio 
responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem. 
q LEIS DE ACIDENTE DE TRABALHO 
•  Lei nº 8.213/91 – equipara ao acidente propriamente dito a doença 
profissional e a do trabalho (art. 20). 
•  – Doença profissional – decorrente da atividade em si. 
•  – Doença do trabalho – decorrente das condições em que a 
atividade é exercida. 
Art. 19 da Lei nº 8.213/91: 
“acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a 
serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados 
referidos no inciso VII do art. 11 desta lei (produtor rural, arrendatário, 
garimpeiro, pescador artesanal, etc.), provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, 
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. 
78 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 14 
Antes do CC/2002 – CDC (Lei nº 8.078/90), por 
analogia, MAS faltava de disposição legal expressa no 
âmbito trabalhista. 
 
CC/2002 – art. 927, parágrafo único: 
“Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente 
de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a 
atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano 
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de 
outrem”. 
Teoria do risco da atividade – perigo imposto a 
terceiros, decorrente da atividade exercida com 
regularidade, potencialmente danosa. 
 79 
 
Atividade de risco “é aquela que tem pela sua característica uma 
peculiaridade que desde já pressupõe a ocorrência de acidentes; 
é a atividade que apresenta intrínseca ao seu conteúdo um perigo 
potencialmente causador de dano a alguém”. Raimundo Simão de 
Melo 
•  
Atividade de risco – perigo mais acentuado, no caso 
trabalhista, para o empregado. 
 
* REGRA GERAL – responsabilidade 
subjetiva, com base na culpa (art. 7º, inciso XXVIII, 
da CF/88), 
 
* EXCEÇÃO –atividade de risco para o empregado – 
responsabilidade objetiva, (art. 927, 
parágrafo único, do CC/2002). 
 80 
 
* CR/88 – art. 225, § 3º – responsabilidade objetiva, 
como regra supra-legal, um princípio maior – 
interpretação sistemática e mais harmônica do art. 7º, 
inciso XXVIII, para teoria do risco da atividade. 
 
 
 
 
 
 
Art. 7º, XXVIII, CR. XXVIII - seguro contra acidentes 
de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização 
a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
Art. 225. §3º. CR. As condutas e atividades 
consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, 
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e 
administrativas, independentemente da obrigação de reparar os 
danos causados. 
81 
 
RESP. NAS RELAÇÕES DE CONSUMO 
82 
 
Elementos: 
Ø Ato (vício); 
Ø Dano; 
Ø Nexo de causalidade; 
Ø  Nexo de imputação. 
Fundamentos: 
Ø  Risco da empresa 
(responsabilidade 
civil objetiva) 
Ø Culpa 
(responsabilidade 
civil subjetiva) 
REGIME JURÍDICO VIGENTE 
n  Constituição da República 
garantia fundamental (art. 5º, XXXII) 
princípio geral da atividade econômica (art. 170, V) 
n  Código Civil 
 probidade, boa-fé, contrato de adesão, risco do negócio 
 contrato de transporte, penhor legal e depósito 
necessário 
n  Legislação aeronáutica 
 Código Brasileiro de Aeronáutica: contrato e 
responsabilidade 
 Condições Gerais de Transporte: direitos e deveres 
n Código de Defesa do Consumidor 
 dever de informação e de assistência 
 responsabilidade objetiva e solidária 
CÓDIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR 
n  Fornecedor 
 produção, montagem, criação, transformação 
 distribuição e comercialização 
 serviço mediante remuneração 
n  Consumidor 
 destinatário final de produto ouserviço 
n  Direitos básicos 
•  proteção da vida e segurança 
•  informação adequada e clara 
qualidade, composição, preço, pagamento, 
validade, riscos 
•  modificações contratuais 
•  prevenção e reparação de danos materiais e morais 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 15 
 TEORIA DA QUALIDADE: 
Ø proteção à saúde: víc ios de 
qualidade por insegurança. 
Ø proteção ao patrimônio: vícios de 
qualidade por inadequação e o vício 
de quantidade. 
 
 
 
ESPÉCIES DE RISCO 
Ø  Periculosidade inerente: produtos ou serviços 
que trazem em si um risco intrínseco, ligado à 
sua qualidade ou modo de funcionamento. Sua 
presença não é considerada vício ou defeito. 
Ø  Periculosidade adquirida: tem origem na 
fabricação, concepção, comercial ização, 
decorrendo de vícios materiais intrínsecos e ou 
da falta de instrução ou informação. 
RESPONSABILIDADE POR VÍCIO 
Art. 3° CDC. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública 
ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes 
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, 
criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição 
ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, 
mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de 
crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter 
trabalhista. 
Sujeito passivo (agente responsável) 
Ø Todos os fornecedores, solidariamente 
VÍCIO DO PRODUTO 
Ø Disparidade ou ausência de informação 
Art. 18. CDC. Os fornecedores de produtos de consumo 
duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios 
de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou 
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o 
valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a 
indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou 
mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de 
sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das 
partes viciadas. 
VÍCIO DO PRODUTO 
Ø Impropriedade do produto (art. 18, §6°); 
§6º. São impróprios ao uso e consumo: 
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; 
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, 
falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, 
perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas 
regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação; 
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem 
inadequados ao fim a que se destinam. 
VÍCIO DO PRODUTO 
Ø Disparidade ou ausência de informação 
Art. 19. CDC. Os fornecedores respondem solidariamente pelos 
vícios de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações 
decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às 
indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de 
mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à 
sua escolha: 
 I - o abatimento proporcional do preço; 
 II - complementação do peso ou medida; 
 III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca 
ou modelo, sem os aludidos vícios; 
 IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente 
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 16 
VÍCIO DO SERVIÇO 
Ø Impropriedade do serviço (art. 20, §2°); 
Ø Disparidade informativa sobre o serviço 
(art. 20, caput); 
Ø Vício de qualidade por inadequação (art. 
20, caput). 
 
Art. 20. CDC. O fornecedor de serviços responde pelos 
vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes 
diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da 
disparidade com as indicações constantes da oferta ou 
mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha: 
VÍCIO DO SERVIÇO 
Ø Impropriedade do serviço (art. 20, §2°); 
Ø Disparidade informativa sobre o serviço 
(art. 20, caput); 
Ø Vício de qualidade por inadequação (art. 
20, caput). 
 I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e 
quando cabível; 
 II - a restituição imediata da quantia paga, 
monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais 
perdas e danos; 
 III - o abatimento proporcional do preço. 
VÍCIO DO SERVIÇO 
Ø Impropriedade do serviço (art. 20, §2°); 
 
Art. 20. CDC. §1°. A reexecução dos serviços 
poderá ser confiada a terceiros devidamente 
capacitados, por conta e risco do fornecedor. 
§2°. São impróprios os serviços que se mostrem 
inadequados para os fins que razoavelmente deles 
se esperam, bem como aqueles que não atendam 
as normas regulamentares de prestabilidade. 
REPARAÇÃO POR VÍCIO DO PRODUTO 
Ø Substituição do produto 
(art. 18, § 1°, I); 
Ø Abatimento no preço 
(art. 18, § 1°, III); 
Ø Restituição da quantia paga 
(art. 18, § 1°, II); 
Ø Complementação do peso ou medida 
(art. 19). 
REPARAÇÃO POR VÍCIO DO SERVIÇO 
•  Reexecução do serviço 
(art. 20, I); 
•  Restituição da quantia paga 
(art. 20, II); 
•  Abatimento proporcional no preço 
(art. 20, III). 
RESPONSABILIDADE CIVIL NO CDC 
 
n  OBJETIVA (arts. 12, 13 e 14) 
•  produto/serviço inseguro 
•  informações insuficientes sobre riscos 
•  comerciante, por não identificação do produtor 
•  inexistência de defeito, culpa de terceiros ou 
consumidor 
n  SOLIDÁRIA 
•  ofensa com mais de um autor (art. 7º, § único) 
•  vícios de qualidade ou quantidade produtos 
(arts. 18/19) 
•  dano com mais de um responsável (art. 25, § 1º) 
•  atos de prepostos ou representantes autônomos 
(art. 34) 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 17 
EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE 
Ø TAXATIVIDADE e INCIDÊNCIA 
Art. 12. §3°. CDC. O fabricante, o construtor, 
o produtor ou importador só não será 
responsabilizado quando provar: 
 I - que não colocou o produto no mercado; 
 II - que, embora haja colocado o produto 
no mercado, o defeito inexiste; 
 III - a culpa exclusiva do consumidor ou de 
terceiro. 
EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE 
Ø TAXATIVIDADE e INCIDÊNCIA 
Ø CASO FORTUIRO ou FORÇA MAIOR - CC 
 
Art. 14. §3°. CDC. O fornecedor de serviços só não 
será responsabilizado quando provar: 
 I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; 
 II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO 
PROFISSIONAL LIBERAL 
 
Responsabilidade Subjetiva 
 Art. 14, § 4º, do CDC 
 
 A responsabilidade pessoal dos 
profissionais liberais será apurada 
mediante a verificação de culpa. 
Elementos da Responsabilidade 
•  Fornecimento de produto ou serviço; 
•  Nexo; 
•  Dano; 
•  Culpa - negligência ou imprudência. 
Quem é o profissional liberal? 
Não confundir: 
•  Autônomo 
•  Profissional liberal 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 18 
Caracterização 
•  habilitação; 
•  sujeição a um colegiado, 
ordem, conselho ou 
associação; 
•  autonomia técnica; 
•  submissão a normas 
éticas e a punições 
disciplinares; 
•  regulamentação; 
•  presunção de 
onerosidade. 
Médico 
•  Lei 3.268, de 30 de setembro de 1957. 
•  Decreto 44.045, de 19 de julho de 1958. 
Recurso especial. Erro médico. Cirurgião 
plástico. Profissional liberal. Aplicação do 
Código de Defesa do Consumidor. 
Precedentes. Prescrição consumerista. 
 
(BRASIL. STJ. 3ª. T. REsp 731.078/SP, Rel. 
Min. Castro Filho, j. em 13/12/2005) 
Advogado 
•  Lei 8.906, de 4 de julho de 1994 (Estatuto da 
OAB). 
Prestação de serviços advocatícios. Código de 
Defesa do Consumidor.Aplicabilidade. 
I - Aplica-se o Código de Defesa do 
Consumidor aos serviços prestados por 
profissionais liberais, com as ressalvas nele 
contidas. 
 
(BRASIL. STJ.3ª.T. REsp 364.168/SE, Rel. Min. 
Antônio de Pádua Ribeiro. J. em 20/04/2004) 
 
ESTATUTO DA OAB, ART. 34: 
VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional; 
IX - prejudicar, por culpa grave, interesse confiado a seu 
patrocínio; 
XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de 
decorridos dez dias da comunicação da renúncia; 
XIX - receber valores, da parte contrária ou de terceiro, 
relacionados com o objeto mandado, sem expressa 
autorização do constituinte; 
 
XX - locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente 
ou da parte adversa, por si ou interposta pessoa; 
XXI - recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao 
cliente de quantias recebidas dele ou de terceiros por 
conta dele; 
XXIV - incidir em erros reiterados que evidenciem 
inépcia profissional. 
ESTATUTO DA OAB, ART. 34: Dentista 
•  Resolução 151, de 16/6/1983 
(Código de Ética Odontológica) 
•  Dentista, cirurgião-
dentista ou odontólogo; 
•  Técnico em prótese 
dentaria; 
•  Demais profissionais 
para- 
odontológicos; 
Responsabilidade civil. 
Cirurgião-dentista. Inversão do 
ônus da prova. 
Responsabilidade dos 
profissionais liberais. 
 
(BRASIL. STJ. 3ª. T. REsp 122.505/SP, Rel. 
Min. Carlos Alberto Menezes Direito, j. em 
04/06/1998) 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 19 
Farmacêutico 
•  Portaria 26, de 25 de julho de 1974. (aviação 
de receitas) 
•  Resolução 309, de 21/05/1997 do Conselho 
Federal de Famácia. (responsabilidade pela 
qualidade dos laboratórios) 
Engenharia e Arquitetura 
•  Lei 5.194, de 24 de dezembro de 1966. 
Responde solidariamente pelos danos causados 
em razão da construção o engenheiro que 
negligencia em relação à sua atividade 
profissional. 
(BRASIL. TJSP. 12ª. Câm. In RT 584/92) 
Fisioterapia e 
Terapia Ocupacional 
•  Fisioterapeuta: retaura; 
desenvolve ou conserva a 
c a p a c i d a d e f i s i c a d o 
paciente; 
•  Terapeuta ocupacional: 
retaura; desenvolve ou 
conserva a capacidade 
mental do paciente; 
Responsabilização: 
1.  Erro na aplicação da técnica 
adequada ao paciente 
2.  Desrespeito às restrições 
determinadas pelo médico ou 
paciente 
q  Decreto-lei 938, de 13 de 
outubro de 1969. 
Nutricionista 
•  Lei 5.276, de 24 de 
abril de 1967. 
Psicólogo 
•  Lei 4.119, de 27 de 
agosto de 1962. 
Contabilista 
•  Decreto-lei 9.295, de 24 de maio de 1964. 
Abrange o profissional de 
nível médio (técnico em contabilidade) e 
superior (contador) 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 20 
 Corretor 
 
 
 Conflito. Ação de cobrança. 
Corretagem. Justiça do 
trabalho. O corretor de 
i m ó v e l q u e , s e m 
s u b o r d i n a ç ã o e 
eventualmente, aproxima 
compradores e vendedores, 
atua como profissional 
liberal. 
 
 (BRASIL. STJ. 2ª. Seção, 
CC 70.349/MG, Rel. Min. 
H u m b e r t o G o m e s d e 
Barros, j. em 27/06/2007) 
q  Lei 6.530/78 
q  Decreto 81.871/78 
Art. 723 do CC: O corretor é 
obrigado a executar a mediação 
com a diligência e prudência que 
o negócio requer, prestando ao 
cliente, espontaneamente, todas 
a s i n f o r m a ç õ e s s o b r e o 
andamento dos negócios; deve, 
ainda, sob pena de responder por 
perdas e danos, prestar ao cliente 
todos os esclarecimentos que 
estiverem ao seu alcance, acerca 
da segurança ou r isco do 
negócio, das alterações de 
valores e do mais que possa 
i n f l u i r n o s r e s u l t a d o s d a 
incumbência. 
Porque o regime diferenciado? 
•  É consenso que o profissional liberal é caracterizado por 
realizar trabalho predominantemente intelectual. 
(SAAD, Comentários ao CDC., 5ª ed., p. 94). 
•  Por isso, a natureza dos serviços prestados é intuitu 
personae. 
 (DENARI, apud GRINOVER et alli, Código Brasileiro de 
Defesa do Consumidor. 7ª. ed., p. 179) 
Classificação das obrigações 
•  Meio 
•  Resultado 
•  Garantia 
Responsabilidade Diferenciada 
•  A responsabilidade do profissional liberal 
é subjetiva; 
•  A responsabilidade do estabelecimento é 
objetiva. 
Hospitais, clínicas e laboratórios 
 
Responsabilidade civil. Exames médicos realizados em laboratório. 
Falso diagnóstico de HIV positivo. Paciente grávida na época da 
realização do exame. Sentença de improcedência. Reforma. 
Relação de consumo. Defeito na prestação de serviço. 
Responsabilidade objetiva. Danos morais configurados. Grave 
abalo à intimidade psíquica. Diferenciação entre obrigação de meio 
e de resultado. Atividade médica empresarial que pode ser vista 
como obrigação de resultado. A atuação de hospitais, clínicas e 
laboratórios em determinados serviços enseja uma expectativa 
particular na parte, de precisão do serviço prestado. (BRASIL. 
TJRJ. 9ª. Câm. Civ. Ap. 2008.001.44864. DES. Carlos Santos de 
Oliveira J. em 07/10/2008.) 
 
 Indenização: 15 mil reais 
 
 
Plano de saúde 
 Civil e processual. Ação indenizatória. Ressarcimento de 
despesas médico-hospitalares. Plano de saúde. Alegação de 
erro de diagnóstico no atendimento pela rede credenciada. 
Cirurgia de urgência realizada em nosocômio diverso. 
Cobertura negada. Extinção do processo por ilegitimidade 
passiva ad causam. Incorreção. Procedimento da lide. 
 
 I. A prestadora de serviços de plano de saúde é responsável, 
concorrentemente, pela qualidade do atendimento oferecido 
ao contratante em hospitais e por médicos por ela 
credenciados, aos quais aquele teve de obrigatoriamente se 
socorrer sob pena de não fruir da cobertura respectiva. 
 (BRASIL. STJ. 4ª T. REsp 164084/SP, Rel. Min. Aldir 
Passarinho Jr., j. em 17/02/2000) 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
Profa. Renata Furtado de Barros 21 
Cirurgião e Anestesista 
 DIREITO CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ERRO MÉDICO. 
OPERAÇÃO GINECOLÓGICA. MORTE DA PACIENTE. 
VERIFICAÇÃO DE CONDUTA CULPOSA DO MÉDICO-
CIRURGIÃO. NECESSIDADE DE REEXAME DE PROVA. 
SUMÚLA 7/STJ. DANOS MORAIS. CRITÉRIOS PARA FIXAÇÃO. 
CONTROLE PELO STJ. 
 I – Dos elementos trazidos aos autos, concluiu o acórdão recorrido 
pela responsabilidade exclusiva do anestesista, que liberou, 
precocemente, a vítima para o quarto, antes de sua total 
recuperação, vindo ela a sofrer parada cárdio-respiratória no 
corredor do hospital, fato que a levou a óbito, após passar três anos 
em coma. A pretensão de responsabilizar, solidariamente, o médico 
cirurgião pelo ocorrido importa, necessariamente, em reexame do 
acervo fático-probatório da causa, o que é vedado em âmbito de 
especial, a teor do enunciado 7 da Súmula desta Corte. 
 (BRASIL. 3ª. T. REsp 880.349/MG. Rel. Min. Castro Filho, j. em 
26/06/2007) 
 
Indenização 25 salários para cada autor.

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