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Ecologia de populações e comunidades Fatores limitantes Por quês? Os ecólogos estão interessados em responder duas questões básicas Quais fatores controlam a distribuição (local de ocorrência) e abundância (número de indivíduos) dos organismos (espécie, população)? Por que a espécie (população) está presente numa área e ausente em outra? (o que afeta a dispersão?) Por ques? Por que tão poucas espécies? Com baixa abundância? Por ques? Por que tantas espécies nas zonas tropicas e poucas nas temperadas? Por ques? Por que esse padrão de distribuição nos hábitats? Por ques? Por que dessa distribuição (área ou local de ocorrência de uma espécie)? Por ques? Por que dessa distribuição (área ou local de ocorrência de uma espécie)? Por ques? Por que dessa distribuição (área ou local de ocorrência de uma espécie)? Por ques? Por que dessa distribuição (área ou local de ocorrência de uma espécie)? Caracteriza o espaçamento dos indivíduos entre si Padrão de distribuição Agrupado Uniforme Aleatório Indivíduos aninhados em grupos distintos Indivíduos mantém uma distância mínima entre si Indivíduos estão imprevisivelmente distanciados A maioria tem distribuição agrupada Número de antílopes Distância (m) observado esperado Distribuição de indivíduos reflete a heterogeneidade espacial e interações sociais, o que afeta a dispersão Barreiras à dispersão = Fator limitante (Resistência ambiental) Geográfica Climática Edáfica Biológica Alimento Competição Predação Mutualismo Parasitismo Fatores limitantes O que é necessário para uma planta germinar, crescer e se reproduzir? Fatores limitantes O que é necessário para uma planta germinar, crescer e se reproduzir? Fatores limitantes Definição: é um fator particular do ambiente que limita a capacidade que o organismo tem de sobreviver, crescer ou se reproduzir Fatores limitantes abióticos Disponibilidade de Luz (hora/luz por dia; sazonalidade) Umidade e disponibilidade de água Temperatura (amplitude diária) Elevação ou profundidade (pressão) Salinidade (nos mares) Vento ph, Co2, O2 (nos rios), disponibilidade de N, P, K, S, Mg, Ca Fogo Competição Parasitismo e/ou doença Predação e disponibilidade de presa Dinâmica predador-presa Agentes polinizadores e dispersores Ex. castanha-do-Pará Densidade da espécies e distância do vizinho mais próximo Fatores limitantes bióticos Perda de dispersores de sementes em Miliusa horsfieldii Densidade e distância do vizinho mais próximo Predação, virulência Fatores limitantes Não precisa ser letal, mas afeta o organismo fisicamente ou biologicamente, de forma que seu desempenho (reprodução, dispersão, competição por espaço e alimento, fuga de predador) fique reduzido Geralmente são complexos, interagindo entre eles (p.ex., salinidade, nutrientes e predadores...) para dificultar a sobrevivência e reprodução Fatores limitantes e limites de tolerância Todo organismo tem um limite de tolerância em termos de condições ambientais (temperatura, umidade, salinidade) e de recursos (alimento, espaço) que influenciam o seu funcionamento A amplitude de tolerância é intrínseco ao organismo, é a capacidade dele sobreviver em condições extremas de fatores limitantes diferentes Fatores limitantes e limites de tolerância É possível? Fatores limitantes e limites de tolerância É possível? Fatores limitantes e limites de tolerância Lei de Liebig: o organismo requer um mínimo de condição (nutriente, temperatura, umidade) para funcionar (crescer e se reproduzir)! Porém, acima ou perto do máximo também é prejudicial! Na verdade, há um ótimo de condições Cada espécie (população) pode funcionar com mais eficiência dentro de uma parte limitada de cada gradiente, conhecida como amplitude ótima (ou zona ótima) Também pode manter pop. grandes dentro dessa faixa Próximo aos extremos a espécie (população) sofre stress fisiológico e, apesar de sobreviver, mantém apenas pop. pequenas Os gradientes têm limites superiores e inferiores, ou os limites de tolerância de uma sp. ao fator ambiental. Além desses limites a espécie (população) não sobrevive ou sobrevive temporariamente o nível ótimo é aquele em que se está mais adaptado, ou seja, no qual os organismos melhor sobrevivem e deixam o maior número de descendentes. 26 Exemplo 27 Qual é a amplitude de tolerância? Concentração de sal (%) no corpo Importante Os fatores limitantes podem ser dispostos em gradientes ambientais que variam entre extremos Temperatura, umidade, salinidade, luz, pressão, profundidade, oxigênio Gráfico multidemensional 29 Valência ecológica Eurioica ou euritópica = amplo limite de tolerância – tolera uma ampla faixa de condições ambientais (pouco exigentes, generalista ou tolerantes ecológicos) Stenoica ou stenotópica = estreito limite de tolerância – restringe-se à uma faixa de condição ambiental estreita (alta exigência, especialistas ou intolerante ecológico) Valência ecológica Área de ocorrência da arara-canindé no Brasil euritópica Área de ocorrência da ararinha-azul no Brasil stenotópica Valência ecológica Nomenclatura Eurialinio – tolerante à salinidade Stenoalino – intolerante ao sal Eurifágico – vários itens alimentares Stenofágico – poucos itens alimentares Eurihídrico – tolerante à água Stenohídrico – intolerante à alta umidade Euriécio – seleciona vários hábitats Stenoécio – tem restrição de hábitat Identifique as espécies Stenotérmica e Euritérmica Sp1 Sp2 Sp3 Ajustes fisiológicos em ambientes gelados Compostos dos fluídos sanguíneos e teciduais – evitando o congelamento Peixe de regiões polares nadam a -1,9ºC – ponto de congelamento da água salgada Ponto de congelamento do peixe é -0,9ºC Ingestão de partículas ou contato com o gelo Açúcares, glicerol, ureia, proteínas Ligam-se aos cristais de gelo impedindo a adição de moléculas de água (expansão dos cristais) Ponto de congelamento até 2ºC abaixo do ponto normal – mecanismo de super-resfriamento Trematomus, Nototheniidae Salamandrella keyserlingii (salamandra-siberiana) vive a -45ºC Anfíbios Pop. de peixes Tolerância à hipóxia Lepidosiren paradoxa Falta de oxigênio na água Tolerância à hipóxia 37 Tolerância à umidade Na terra Exceções Os organismos podem apresentar uma ampla faixa de tolerância para um fator e estreita para outro fator Exemplo Ararinha-do-buriti tem ampla distribuição, porém é restrita quanto ao hábitat e alimentação – Densidade específica Adaptações e compensação (ajustes) de fatores ecótipos Organismos se adaptam (genótipo e fenótipo) ao ambiente para reduzir ou compensar os efeitos dos fatores limitantes Compensação é típica em organismos de ampla distribuição Desenvolvem populações (ecótipos) que se ajustam as condições do meio Ecótipos – raças geográficas Gradiente ambiental (variável) Populações (ecótipos) Morfologias Fisiologias Ex. de ecótipos (Aclimatação – mudança fisiológica) Aurelia aurita Adaptação/ajustes Animais podem migrar, hibernar, entrar em torpor, letargia, se enterrar, se abrigar, etc... E as plantas? Adaptação/ajuste em plantas Deciduidade: perda de folhas com o stress hídrico Durante a estação chuvosa Durante a estação seca Modificações morfológicas (xerófita) para evitar perda de água com o stress hídrico Adaptação/ajuste em plantas Modificações morfológicas para evitar perda de água com o stress hídrico Adaptação/ajuste em plantas Modificações morfológicas para evitar perda de tecidos com o fogo Adaptação/ajuste em plantas Por que das formas de distribuição das populações? Um ou vários fatores? Cadeia de Fatores Explicando a distribuição de uma espécie Distribuição de cangurus na Austrália parece associado a um fator abiótico climático (e.g., precipitação) Explicando distribuição de uma espécie Macropus giganteus vive no leste da Austrália, onde há pouca variação sazonal na precipitação ou prevalecem chuvas de verão M. fuliginosus vive no sul da Austrália, onde prevalece o inverno chuvoso M. rufus vive na Austrália ocidental, onde prevalecem condições secas e quentes Explicando a distribuição de uma espécie Distribuição de cangurus na Austrália parece associado a um fator abiótico climático (e.g., precipitação) Porém, suas populações podem ser influenciadas, indiretamente, por fatores bióticos (competidores, predadores, oferta de alimento, parasitas) É preciso considerar fatores múltiplos para explicar os padrões de distribuição e abundância das populações (espécies) É importante verificar a ausência de uma sp. num local Importante Explicando a ausência de uma população Explicando a ausência de uma população – cadeia de fatores Explicando a ausência de uma população – cadeia de fatores
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