Buscar

Circulações Especiais e Controle da Pressão Arterial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A pressão arterial da circulação sistêmica sofre oscilações:→
Na sístole, tem-se a maior pressão do ciclo cardíaco.•
Na diástole, a pressão é baixa, devido ao relaxamento do ventrículo.•
Pressão de Pulso:
A pressão de pulso consiste na diferença entre as pressões sistólica e diastólica, portanto, reflete o débito sistólico.→
 
Pressão Arterial Média
A pressão arterial média pode ser obtida da seguinte forma:→
 
 
 
 
Isso se deve ao fato de o tempo da diástole ser maior que o tempo de sístole no ciclo cardíaco, por isso se soma a pressão diastólica a um 
terço da pressão de pulso.
•
A pressão na vasculatura pulmonar é menor que a pressão sistêmica.→
A resistência vascular pulmonar é menor que a resistência vascular sistêmica.→
Os pulmões são os únicos órgãos do corpo onde o fluxo sanguíneo é igual ao débito cardíaco. →
Diferenças nas resistências vasculares, provocadas pelas arteríolas, modificam o fluxo sanguíneo aos órgãos.→
Controle da Circulação:
Existem duas formas de controle da circulação:→
Controle local - intrínseco.1.
Controle neural e hormonal - extrínseco.2.
Controle Intrínseco da Circulação:
Autorregulação: 
Acontece no coração, no cérebro, nos rins e no músculo esquelético.•
Os vasos do local se modificam através da produção de metabólitos.•
Essa autorregulação permite que quando há uma alteração da pressão arterial o fluxo sanguíneo para o órgão seja mantido constante.•
Uma redução de pressão nas artérias coronárias faz com que haja uma vasodilatação nas arteríolas coronárias para manter o fluxo 
sanguíneo. Isso acontece através da modificação da resistência nas arteríolas.
•
Hipótese Miogênica:
A hipótese miogênica é uma forma de autorregulação local do fluxo sanguíneo.•
Segundo essa hipótese, quando há aumento da pressão arterial, os vasos sanguíneos sofrem um estiramento súbito, o que causa a
contração reativa do músculo liso vascular. Isso acontece porque esse estiramento das fibras provoca a entrada de íons cálcio do meio 
extracelular para o interior da célula, fazendo a fibra vascular se contrair. Essa vasoconstrição reduz o fluxo local, permitindo que o fluxo 
sanguíneo na região diminua até níveis normais, apesar da pressão arterial aumentada.
•
Da mesma forma, quando há redução da pressão arterial, os vasos sanguíneos sofrem uma redução do seu nível de estiramento normal, o 
que causa uma dilatação reativa do músculo liso vascular. Esse relaxamento ou dilatação do vaso diminui a resistência vascular, o que 
aumenta o fluxo local e permite que o fluxo sanguíneo aumente até níveis normais, apesar da pressão arterial reduzida.
•
Hipótese Metabólica - Hiperemia Ativa e Reativa:→
→
A hipótese metabólica também é uma forma de autorregulação local do fluxo sanguíneo.→
Na hipótese metabólica, encontra-se o conceito de hiperemia.→
A hiperemia consiste no aumento do fluxo sanguíneo, mediado localmente.→
Quando ocorre aumento da necessidade de fluxo sanguíneo devido ao aumento do metabolismo local, situação que exige mais nutrientes 
(oxigênio), o aumento do fluxo é mediado por meio da hiperemia ativa.
→
Quando ocorre aumento da necessidade de fluxo sanguíneo devido à falta de nutrientes (oxigênio) causada por uma oclusão no local, o 
aumento do fluxo é mediado por meio da hiperemia reativa.
→
Na hiperemia ativa, o aumento do metabolismo do tecido provoca uma maior liberação de uma série de substâncias vasodilatadoras, o que 
faz com que as arteríolas se dilatem e, consequentemente, ocorra uma redução da resistência vascular e aumento do fluxo sanguíneo. Essa 
liberação de substâncias vasodilatadoras para aumentar o fluxo sanguíneo ocorre enquanto o tecido estiver com o seu metabolismo 
aumentado.
→
Já na hiperemia reativa, a redução do fluxo sanguíneo local causada por uma oclusão faz com que uma série de substâncias 
vasodilatadoras sejam liberadas para dilatação das arteríolas. No entanto, como há uma oclusão, essa oclusão precisa ser retirada. Após a 
sua remoção, ocorre uma redução da resistência vascular e aumento do fluxo sanguíneo, causada pela vasodilatação das arteríolas. Depois 
da remoção da oclusão, as substâncias vasodilatadoras são removidas, as arteríolas sofrem constrição e o fluxo sanguíneo volta a níveis 
→
Jéssica Nascimento Monte - 106
Circulações Especiais e Controle da Pressão Arterial
domingo, 22 de abril de 2018 20:46
 Página 1 de Aula 5 
da remoção da oclusão, as substâncias vasodilatadoras são removidas, as arteríolas sofrem constrição e o fluxo sanguíneo volta a níveis 
normais.
Basicamente, a grande diferença entre a hiperemia ativa e a hiperemia reativa é que a hiperemia ativa acontece devido a um aumento da 
atividade metabólica local, enquanto a hiperemia reativa acontece devido a uma oclusão existente no tecido. Apesar dessa diferença, as 
duas formas de hiperemia aumentam o fluxo sanguíneo por meio da vasodilatação, independentemente da causa que originou essa 
necessidade.
→
A adenosina é uma das substâncias produzidas pelo corpo para provocar a vasodilatação local das arteríolas. Isso acontece porque a 
adenosina age como receptor β2, em uma proteína G do tipo S. Essa proteína Gs ativa a PKA, a qual provoca a hiperpolarização por 
abertura de canais de potássio, e causa relaxamento da fibra. Além disso, a PKA também reduz a afinidade das proteínas com o cálcio, o 
que reduz a contração do vaso, favorecendo a dilatação.
→
Na circulação coronariana, existe um controle por metabólitos locais, pelo processo de autorregulação presente no coração. Em situações 
de hipóxia nas artérias coronárias, a adenosina causa vasodilatação. Além disso, durante a sístole ocorre uma oclusão mecânica nas 
coronárias, o que possibilita o caso de uma hiperemia reativa devido a uma breve oclusão.
→
Circulação Cerebral:
O controle da circulação cerebral ocorre por autorregulação.→
Os metabólitos locais que participam dessa autorregulação são o dióxido de carbono e os íons hidrogênio ou prótons.→
Circulação do Músculo Esquelético:
O controle da circulação no músculo esquelético ocorre por autorregulação através de metabólitos locais como o lactato e a adenosina.→
O músculo esquelético pode sofrer hiperemia reativa devido à oclusão causada por compressão mecânica, durante o exercício físico.→
Circulação Cutânea:
O controle da circulação cutânea ocorre de quatro formas:→
Regulação da temperatura corporal.1.
Inervação simpática.2.
Autorregulação por metabólitos locais.3.
A ação de metabólicos locais ocorre somente em situações de traumatismo ou inflamação. São eles: histamina, serotonina, bradicinina e 
prostaglandinas.
•
A histamina possui produção local, ou seja, é produzida na pele, por meio dos mastócitos, e deixa a pele vermelha.•
A serotonina é oriunda das plaquetas. Quando no plasma, promove a transformação do cininogênio em bradicinina.•
A bradicinina é uma proteína importantíssima para vasodilatação.•
As prostaglandinas são ativadas por meio da ciclo-oxigenase (COX) e do ácido araquidônico.•
Vasodilatação das arteríolas causando edema e aumento da filtração, pois os capilares passam a receber um fluxo sanguíneo aumentado 
devido à baixa resistência (causada pela vasodilatação).
4.
Controle Extrínseco da Circulação:
Simpático:
A inervação simpática do músculo liso vascular ocorre principalmente na pele e no músculo esquelético.→
Ela é determinada por dois tipos de receptores: os receptores α1 e os receptores β2.→
Os receptores α1 são sensíveis à noradrenalina - vasoconstritores.→
Os receptores β2 são sensíveis à noradrenalina, e estão presentes no coração, no fígado e no músculo esquelético - vasodilatadores.→
A inervação simpática dos vasos sanguíneos ocorre principalmente nas arteríolas, pequenas artérias e veias. No entanto, nãoocorre 
inervação simpática nos capilares.
→
As fibras simpáticas nos vasos sanguíneos são principalmente, em sua maioria, vasoconstritoras, e em minoria, vasodilatadoras.→
As fibras vasoconstritoras são sensíveis à noradrenalina, enquanto as fibras vasodilatadoras são sensíveis à adrenalina. →
A vasoconstrição das arteríolas faz com que elas aumentem a resistência periférica.→
Já a vasoconstrição das veias aumenta o retorno venoso do sangue ao coração, aumentando a quantidade sanguínea que é bombeada
(débito cardíaco).
→
Parassimpático:
Como o parassimpático não inerva músculo liso vascular, a ação parassimpática sobre a regulação da circulação ocorre de maneira indireta.→
Os receptores M3 (proteína Gq) são sensíveis à acetilcolina e estão presentes nas células endoteliais.→
A acetilcolina, através desses receptores, indica a produção de óxido nítrico (NO), por meio da enzima óxido nítrico sintase (NOS), que 
precisa de calmodulina e cálcio para formação do óxido nítrico (NO). O óxido nítrico (NO) atua no relaxamento das células endoteliais.
→
O óxido nítrico (NO) ativa a guanilato ciclase, que produz GMPc, que produz a PKG. →
A PKG é responsável por dilatar o músculo liso, e é inibida por fosfodiasterases. Assim, inibidores de fosfodiasterases não deixam a PKG 
ser destruída por ela, o que provoca vasodilatação.
→
Microcirculação:
A troca de substâncias entre o sangue e os tecidos acontece nos vasos sanguíneos menores, nos capilares e nos vasos linfáticos vizinhos.→
Os capilares são os vasos com o menor diâmetro interno.→
Os esfíncteres pré-capilares são responsáveis pelo controle sanguíneo local.→
Existem diferentes tipos de capilares, entre eles pode-se citar: capilares contínuos (presentes na barreira hematoencefálica), capilares 
fenestrados (presentes no trato gastrointestinal) e capilares sinusoides (presentes no fígado). O tipo de capilar existente é uma 
→
 Página 2 de Aula 5 
fenestrados (presentes no trato gastrointestinal) e capilares sinusoides (presentes no fígado). O tipo de capilar existente é uma 
característica fixa de cada tecido, não sendo alterada.
Os capilares sinusoides fazem maior filtração da água que os capilares contínuos. Já os capilares fenestrados possuem uma maior 
condutância hidráulica, isto é, uma maior capacidade de filtração do tecido, em relação aos capilares contínuos.
→
A troca de líquido através dos capilares acontece por meio do processo de osmose.→
Para que a osmose aconteça, é necessário que haja uma diferença de pressão osmótica ou hidrostática.→
As proteínas contribuem de forma decisiva para a pressão oncótica, que é importante para o processo da osmose.→
A pressão oncótica consiste na pressão exercida pelas proteínas presentes ou no capilar ou no interstício.→
Quando as proteínas estão no capilar, a pressão é chamada de pressão oncótica capilar e é um fator impeditivo da filtração do sangue. As 
proteínas no capilar exercem pressão de cerca de 25 mmHg.
→
Já quando as proteínas estão no interstício, tem-se a pressão oncótica intersticial, que atua a favor da filtração do sangue.→
Isso acontece devido ao fato de o local com maior concentração de proteínas ser responsável por atrair a água, o que impede ou ajuda a 
filtração do sangue por meio das paredes dos capilares.
→
A pressão hidrostática consiste na pressão exercida pelo líquido, o sangue ou o líquido intersticial, no capilar ou no interstício.→
A pressão hidrostática capilar é determinada pela pressão arterial e venosa, pois é a pressão sanguínea que chega no capilar. Ela favorece 
a filtração do sangue e varia no decorrer do trajeto. Na extremidade arteriolar do vaso ela possui um valor maior, e na extremidade venosa 
do capilar ela possui um valor menor. Na extremidade arterial ocorre a filtração no sangue, e na extremidade venosa ocorre a reabsorção do 
sangue para o vaso.
→
Já a pressão hidrostática intersticial é uma força que desfavorece a filtração, mas não é tão importante, pois, geralmente, não há muito 
líquido acumulado no interstício.
→
O processo de osmose, com a filtração ou absorção do sangue acontece como resultado da diferença de pressão entre as extremidades do 
capilar. Quando a pressão hidrostática capilar é maior que a pressão oncótica capilar, a pressão total possui um valor positivo e ocorre 
filtração. Quando a pressão oncótica capilar é maior que a pressão hidrostática capilar, a pressão total possui um valor negativo e ocorre 
reabsorção.
→
 
 
 
 
 
 
Quando ocorre a troca de líquido dos capilares, o sistema linfático tenta reabsorver um pouco do líquido intersticial. Se esse líquido for 
excessivo o sistema linfático não consegue reabsorvê-lo, havendo a formação de edema. Isso acontece se a pressão hidrostática do capilar 
for muito alta ou se a pressão oncótica do capilar for muito baixa, gerando sobrecarga do sistema linfático.
→
Controle da Pressão Arterial - Centro Vasomotor:
O centro vasomotor é uma área localizada no bulbo e na ponte que recebe informações superiores e periféricas para a regulação da 
pressão arterial por meio do simpático. Ele é responsável por evitar rapidamente grandes alterações na pressão arterial.
→
O centro vasomotor pode ser dividido em três áreas:→
A área vasoconstritora está localizada nas partes anterolaterais do bulbo superior.•
Ela emite fibras por todos os níveis da medula espinhal, onde excitam os neurônios constritores do simpático.•
Essa área está constantemente ativa, mantendo o estado parcial de contração dos vasos sanguíneos, que é chamado de tônus vasomotor.•
Área Vasoconstritora:
A área vasodilatadora está localizada nas partes anterolaterais do bulbo inferior.•
Diferentemente da área vasoconstritora, a área vasodilatadora emite ramos diretamente para a área vasoconstritora, e não para a medula.•
Assim, a área vasodilatadora atua na regulação da área vasoconstritora. Quando a área vasodilatadora inibe a atividade da área 
vasoconstritora, ocorre vasodilatação.
•
Área Vasodilatadora:
A área sensorial está localizada no núcleo do trato solitário, nas porções anterolaterais do bulbo e da ponte inferior.•
Ela recebe sinais nervosos do sistema circulatório por meio dos nervos vago e glossofaríngeo.•
A área sensorial controla as áreas vasodilatadora e vasoconstritora e direciona as informações que recebe.•
Área Sensorial:
O centro vasomotor possui controle sobre a atividade cardíaca.→
Na porção lateral do centro vasomotor, tem-se a área cardioaceleradora, que aumenta a frequência e a contratilidade do coração.→
Na porção medial do centro vasomotor, tem-se a área cardioinibitória, que reduz a frequência e a contratilidade do coração.→
O centro vasomotor é controlado por centros superiores como o hipotálamo, o córtex motor e a medula adrenal.→
Hipotálamo:→
Na porção posterolateral, ocorre a ativa do centro vasomotor.•
Na porção anterior, ocorre a inibição ou a ativação leve do centro vasomotor.•
Córtex motor:→
Sua ativação ativa o centro vasomotor, e a sua inibição inibe o centro vasomotor.•
Quando ocorre um controle excessivo ou exagerado do córtex motor sobre o centro vasomotor, pode ocorrer a síncope vasovagal. A 
síncope vasovagal ocorre devido à percepção do aumento da adrenalina pelos receptores β2, o que provoca vasodilatação súbita dos vasos 
sanguíneos e consequente queda brusca da pressão arterial, levando ao desmaio.
•
Medula adrenal:→
Quando a medula adrenal recebe estímulos do sistema simpático ela secreta tanto epinefrina quanto epinefrina.•
Isso gera, na maioria das ocasiões, vasoconstrição pelos receptores α1.•
 Página 3 de Aula 5 
Isso gera, na maioriadas ocasiões, vasoconstrição pelos receptores α1.•
No entanto, nos músculos esqueléticos, a epinefrina provoca vasodilatação pelos receptores β2. Esse efeito é muito importante no início do 
exercício físico, pois atua como efeito antecipatório que dilata os músculos lisos para que os locais recebam imediatamente mais sangue.
•
Controle Rápido da Pressão Arterial:
O controle rápido da pressão arterial ocorre em segundos, por meio da ativação de receptores α1 ou a inibição de recetores M2.→
O sistema nervoso simpático possui papel central no controle rápido da pressão em situações de estresse ou exercício.→
O controle ocorre principalmente sobre a frequência cardíaca, mas também afeta a força de contração, a capacitância e a resistência dos 
vasos sanguíneos.
→
Esse controle acontece, principalmente, por meio de barorreceptores e através do centro vasomotor.→
Efeitos que causam o aumento da pressão arterial: →
Constrição das arteríolas com aumento da resistência periférica•
Constrição das veias com o aumento do retorno venoso e consequente aumento da contração do coração.•
Estimulação direta do coração for fibras simpáticas, que gera aumento da contratilidade e da frequência cardíaca, gerando aumento da 
pressão arterial.
•
Em casos de redução da pressão, o sistema nervoso age em cerca de 5 a 10 segundos para aumentar a pressão em até 2x o valor normal.→
Em casos de aumento da pressão, o sistema nervoso age em cerca de 10 a 40 segundos para reduzir a pressão em até metade do valor 
normal.
→
Durante o exercício, ocorre aumento da pressão arterial para disponibilizar fluxo sanguíneo adequado para os tecidos. Ocorre a ativação 
das áreas vasoconstritora e cardioaceleradora do centro vasomotor. Isso gera a ativação do sistema simpático, que aumenta a pressão 
arterial.
→
Reflexos Barorreceptores:
Os barorreceptores são receptores de estiramento que estão presentes principalmente no seio carotídeo e nas paredes do arco aórtico.→
Eles estão sempre ativos, emitindo disparos a partir das suas despolarizações.→
Quando ocorre um aumento da pressão arterial, as despolarizações dos barorreceptores aumentam, sinalizando o sistema nervoso central 
de que é hora de reduzir a pressão arterial.
→
Do contrário, quando ocorre uma redução da pressão arterial, as despolarizações dos barorreceptores diminuem, sinalizando o sistema 
nervoso central de que é necessário elevar a pressão arterial.
→
No seio carotídeo, a alteração na pressão arterial é percebida pelos barorreceptores que enviam o sinal por meio dos nervos de Hering's 
para o nervo glossofaríngeo, que os encaminha para o núcleo do trato solitário no bulbo.
→
No seio carotídeo, variações de pressão entre 50-60 mmHg já são percebidas.→
Já no arco aórtico, a alteração na pressão arterial é percebida pelos barorreceptores que enviam o sinal por meio do nervo vago até o 
núcleo do trato solitário.
→
No arco aórtico, apenas variações acima de 90 mmHg são notadas.→
A inibição do reflexo do seio carotídeo causa um aumento de pressão, pois sem os barorreceptores suas despolarizações não ocorrem, 
fazendo a pressão aumentar pela ausência das despolarizações.
→
Os barorreceptores respondem apenas a variações bruscas de pressão arterial.→
A informação do aumento de pressão arterial que chega no núcleo do trato solitário causa a inibição do centro vasoconstritor e a ativação do 
centro parassimpático vagal. Ocorre a vasodilatação das arteríolas e das veias, além da redução da frequência e da força de contração 
cardíaca, gerando a redução da pressão arterial.
→
O sistema barorreceptor é chamado de sistema de tamponamento pressórico ou de nervos tampões, pois eles buscam uma estabilização da 
pressão arterial.
→
Modificações posturais após hipotensão ortostática geram ativação do centro vasomotor. Após ficarmos muito tempo sentados ou deitados, 
quando levantamos a pressão arterial tende a diminuir. Essa diminuição de pressão reduz a taxa de despolarização dos barorreceptores, 
que emitem sinais para o núcleo do trato solitário, o qual ativa o sistema simpático para aumento da pressão arterial.
→
Quando uma alteração nos valores de pressão persiste por mais de 1 ou 2 dias, os barorreceptores param de sinalizá-la como uma 
alteração, e sim assumem que esses são os novos valores normais. Dessa forma, alterações crônicas de pressão não são balanceadas 
pelos barorreceptores.
→
No entanto, ainda que essas alterações tenham se tornado crônicas, os barorreceptores podem não sinalizar para o centro vasomotor sobre 
a alteração da pressão, mas eles sinalizam, por meio da inervação simpática, para o sistema renal, que houve uma alteração de pressão.
→
Assim, alterações crônicas de pressão arterial são melhores reguladas pelo sistema renal.→
Quimiorreceptores:
Ainda que os principais receptores do sistema cardiovascular sejam os barorreceptores, os quimiorreceptores também podem atuar no 
processo da regulação da pressão arterial.
→
Os quimiorreceptores são sensíveis à redução nas concentrações de oxigênio e ao aumento das concentrações de dióxido de carbono e de 
prótons.
→
Esses quimiorreceptores são ativados quando a concentração de oxigênio baixa de 80 mmHg, promovendo a formação de potenciais de 
ação que são transmitidos até o centro vasomotor.
→
Ainda que isso aconteça, a pressão de oxigênio normal é de 95 mmHg. Para chegar a menos de 80 mmHg é necessário ter havido uma 
redução muito grande na quantidade de oxigênio no tecido para que os quimiorreceptores o sinalizem. Assim, como se precisa que a 
concentração de oxigênio reduza muito para haver a sinalização, os barorreceptores são mais importantes que os quimiorreceptores nesse 
sistema.
→
Reflexos Atriais e da Artéria Pulmonar:
Na artéria pulmonar e nos átrios existem receptores de baixas pressões.→
Esses receptores minimizam alterações na pressão arterial quando ocorrem alterações de volume sanguíneo.→
Os átrios e a artéria pulmonar detectam o aumento do volume sanguíneo e sinalizam ao centro vasomotor para reduzir a pressão arterial.→
 Página 4 de Aula 5 
Reflexo do Átrio:
O reflexo do átrio acontece a partir de variações de volume sanguíneo e possui interação com os rins.→
O aumento o volume dos átrios causa uma vasodilatação reflexa das arteríolas aferentes renais. Além disso, ocorre redução de secreção do 
hormônio antidiurético (ADH) no hipotálamo. Esses dois fatores causam um aumento na filtração e uma redução da reabsorção renal. 
Ocorre maior perda de líquidos pelos rins e o volume de sangue diminui até os níveis normais.
→
Um fator muito importante nessa regulação consiste no peptídeo natriurético atrial (ANP). O ANP é produzido pelas fibras atriais em 
resposta ao estiramento excessivo das fibras atriais, que ocorre devido a volumes de sangue excessivos chegando nos átrios. O ANP age 
sobre os rins, aumentando a filtração glomerular e reduzindo a reabsorção de sódio. Isso aumenta a excreção de sal e de água, o que 
compensa o excesso de volume sanguíneo.
→
Reflexo de Bainbridge:
Um aumento da pressão arterial gera, em média, um aumento de 75% da frequência cardíaca.→
No entanto, apenas 15% desses 75% são causados de fato devido ao aumento do volume sanguíneo.→
De 40% a 60% desse aumento da frequência cardíaca acontece devido ao reflexo de Bainbridge.→
Esse reflexo consiste na emissão de sinais do nervo vago até o tronco cerebral, no bulbo, onde ocorre a ativação do simpático e aumento 
da frequência cardíaca.
→
Resposta Isquêmica do Sistema Nervoso Central:
A resposta isquêmica do sistema nervoso central ocorre por meio de uma ação direta do centro vasomotor, sem a necessidade de o impulso 
passar pelo núcleo do trato solitário.
→
Ele consiste em um "sistema de emergência de controle da pressão que age muito rápida e intensamente para impedir maior diminuição da 
pressão arterial,quando o fluxo sanguíneo cerebral diminui até valor muito próximo do nível letal".
→
Quando o fluxo sanguíneo e nutricional diminui alarmantemente, os neurônios vasoconstritores e cardioaceleradores do centro vasomotor 
respondem de modo direto à isquemia.
→
A incapacidade do baixo fluxo sanguíneo de eliminar o dióxido de carbono do tronco encefálico e seu consequente aumento de 
concentração, estimula de forma extremamente potente a área de controle vasomotor simpática do bulbo.
→
Ocorre potente vasoconstrição e aumento de pressão, podendo chegar a valores como 250 mmHg, para manter o tecido vivo.→
Além disso, ocorre a redução na produção de urina pelo rim e oclusão de pequenas veias para tentar aumentar a pressão arterial.→
Por acontecer em casos de emergência, essa resposta não é significativa até que a pressão caia em cerca de 60 mmHg ou menos.→
Reação de Cushing:
A reação de Cushing ocorre quando ocorre um aumento muito grande da pressão do líquido cérebro-espinhal ou cefalorraquidiano. →
Quando a pressão do líquido se eleva a níveis iguais ao da pressão arterial, o cérebro como um todo, incluindo as suas artérias, sofrem uma 
grande compressão. Essa compressão leva ao bloqueio do suprimento sanguíneo do cérebro.
→
Diante disso, acontece a resposta isquêmica do sistema nervoso central para elevar a pressão arterial a valores maiores que a pressão do 
líquido. Com uma pressão arterial maior que a pressão do líquido o sangue volta a fluir no cérebro, impedindo a morte do tecido.
→
A reação de Cushing acontece como uma forma de proteção dos centros vitais do cérebro à isquemia.→
Reflexo da Compressão Abdominal:
A compressão dos músculos esqueléticos abdominais gera compressão dos compartimentos venosos presentes no abdome.→
Essa compressão ajuda a translocar o sangue em direção ao coração, aumentando o retorno venoso ou pré-carga.→
Esse aumento da pré-carga gera um aumento do débito cardíaco e da pressão arterial.→
Pessoas que tem os músculos esqueléticos paralisados possuem maiores episódios de hipotensão arterial.→
Aumento do Débito Cardíaco pelo Exercício:
O exercício físico em si ou até mesmo a sua antecipação enrijecem os músculos, comprimindo os vasos presentes nos músculos e no 
abdome.
→
Essa compressão gera translocação do sangue em direção ao coração, aumentando o débito cardíaco.→
O débito cardíaco pode ser aumentado de 5 a 7 vezes durante o exercício, o que garante o aumento de pressão arterial que é necessário 
durante o exercício.
→
Controle Lento da Pressão Arterial:
O controle lento da pressão arterial está intimamente relacionado com a homeostasia do volume de líquido corporal, que é controlado pelo 
sistema renal.
→
O aumento do volume sanguíneo, sem que haja alterações de resistência ou de capacitância dos vasos sanguíneos, gera o aumento da 
pressão arterial. Com esse aumento, ocorre ativação dos rins para aumentar a excreção de líquidos.
→
Um aumento da pressão arterial provoca um aumento da excreção de água pelos rins (diurese por pressão) e também de sal pelos rins 
(natriurese por pressão).
→
Se a pressão aumenta, o rim aumenta o volume urinário. Se a pressão diminui, o rim diminui o volume urinário.→
Quando se aumenta o volume sanguíneo, como no caso da adição de 400 mL de sangue no cão, inicialmente ocorre um aumento do débito 
cardíaco e o aumento da pressão arterial. O rim compensa essa elevação provocando o aumento do volume da urina, e isso reduz a 
pressão arterial por reduzir o volume sanguíneo.
→
Os rins apresentam o chamado princípio da resposta por feedback "quase" infinito:→
Esse feedback quase infinito significa que dizer que sempre que o rim detectar variações de pressões, ele tentará regular o sistema até o 
ponto de equilíbrio.
•
 Página 5 de Aula 5 
ponto de equilíbrio.
•
O ponto de equilíbrio é o local do gráfico onde ingestão de líquidos e excreta de líquidos se equivalem. •
Se a pressão aumenta, a linha no gráfico se desloca. A partir disso, o rim trabalha para aumentar o volume de excreção a fim de reduzir a 
pressão novamente até ela chegar de novo ao ponto de equilíbrio.
•
Esse princípio mostra que mesmo pequenas variações de pressões ativam o controle renal para reestabelecimento da pressão e, 
consequentemente, do ponto de equilíbrio.
•
Em resumo, o conceito de feedback quase infinito se dá porque o rim sempre tenta voltar até o ponto de equilíbrio.•
Existem dois fatores que podem alterar o valor da pressão arterial a longo prazo:→
O desvio da curva de débito renal de sal e água devido a algum dano nos rins.1.
A modificação do padrão de ingesta de sal e de água.2.
Rins em funcionamento normal possuem duas curvas, uma de mudança crônica e outra de mudança aguda da pressão arterial.→
Em rins normais a curva crônica é mais inclinada que a curva aguda.→
Uma curva crônica mostra uma alteração na pressão arterial que é compensada pela ingestão e excreção, por isso a curva torna-se mais 
íngreme. 
→
Quando ocorre aumento da pressão arterial, diminui-se a atividade do simpático e de hormônios como a angiotensina II e a aldosterona, 
para ocorrer aumento da excreção de sal e água, reduzindo a pressão sanguínea.
→
Já quando ocorre uma redução da pressão arterial, aumenta-se a atividade do simpático e dos hormônios já citados, para ocorrer uma 
redução da excreção de sal e água, aumentando a pressão sanguínea.
→
Variações de até 6x na ingestão de sal e água conseguem ser compensadas pelo rim através do controle crônico.→
As chamadas pessoas insensíveis ao sal são aquelas pessoas em que o aumento da ingestão de sal e de água pouco altera a pressão 
arterial a longo prazo.
→
Já as chamadas pessoas sensíveis ao sal são aquelas pessoas em que o aumento da ingestão de sal e de água altera significativamente a 
pressão arterial a longo prazo. Isso acontece quando existe alguma lesão renal ou uma superprodução de angiotensina II e aldosterona.
→
Quando ocorrem mudanças na resistência periférica total do sistema circulatório, tende-se a achar que a pressão arterial do sistema se 
alteraria. No entanto, quando isso acontece e o rim está em seu pleno funcionamento, ele consegue compensar essa elevação da pressão 
arterial, por meio do aumento ou diminuição da excreção de água e sal.
→
Assim, mudanças na resistência periférica total, sem alterações renais, tem ação reduzida sobre a pressão arterial normal.→
Para acontecer uma verdadeira alteração da pressão arterial é necessário que a resistência dos vasos renais seja alterada, e não a 
resistência periférica total.
→
 Página 6 de Aula 5 
Quando ocorre aumento do volume sanguíneo, ocorre aumento do retorno venoso e aumento do débito cardíaco. Esse aumento é 
autorregulado pela vasoconstrição, que aumenta a resistência periférica total. Consequentemente, há uma elevação da pressão arterial e 
aumento do débito urinário.
→
Existe um papel do acúmulo de sal na regulação da pressão arterial:→
O aumento da concentração de sal no líquido extracelular provoca um aumento da osmolalidade.•
Isso acarreta a ativação do centro da sede a fim de normalizar a concentração de sal, o que aumenta o volume extracelular por meio da 
ingestão de água.
•
Além disso, essa osmolalidade estimula a liberação do hormônio ADH. Isso faz com que os rins absorvam mais água, diminuindo o volume 
urinário e aumentando o volume extracelular para normalização das concentrações de sal.
•
Sistema Renina-Angiotensina:
O sistema renina-angiotensina é ativado quando ocorre redução da pressão arterial.→
As células justaglomerulares dos rins percebem a redução da pressão arterial e liberam renina.→
A renina é uma molécula vasoconstritora que age sobre o angiotensinogênio presente no plasma sanguíneo, transformando-o em 
angiotensina I.
→
A angiotensina I, por meio da circulação, chega até os pulmões ondeé convertida em angiotensina II pela enzima conversora de 
angiotensina (ECA).
→
A angiotensina II possui ação vasoconstritora, retendo sal e água e aumentando a resistência periférica.→
 
 
 
 
 
 Página 7 de Aula 5 
Essa retenção de água e sal provocada pela angiotensina II aumenta a secreção de aldosterona pelo córtex da adrenal. A aldosterona 
provoca aumento da reabsorção de sódio e água, além da constrição das arteríolas renais.
→
Esse sistema atua em cerca de 20 minutos, o que é considerado rápido, e é essencial em casos de hemorragia.→
Além disso, em casos de aumento da pressão arterial devido à maior ingestão de sal, a redução do sistema renina-angiotensina ajuda na 
redução da retenção de sal e água e no retorno do volume extracelular ao normal para redução da pressão arterial.
→
 Página 8 de Aula 5

Outros materiais