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OAB 2a. fase penal - Aulas DAMÁSIO (anotações)

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2ª FASE OAB - DIREITO PENAL
TEORIA E PRÁTICA
CURSO DAMÁSIO - 2º SEM_2014
(aulas digitadas)
 
 AULA INAUGURAL – 01 
05.08.2014 Prof. Darlan Barroso
Conhecendo a prova:
A segunda fase da OAB é uma prova de HABILIDADE.
A prova é composta de 1 peça e 4 questões, valendo 10,00 no total. Sendo:
 Peça 5,0
Questões 1,25 cada
Serão entregues dois cadernos de prova ao candidato, sendo 1 caderno definitivo e o outro para rascunho.
OBS 01: Não dá tempo de fazer toda a peça no rascunho e depois passar para o caderno definitivo. Faça apenas o esqueleto da peça no rascunho.
Espaços da Prova
- 5 laudas (páginas) para a peça (30 linhas cada)
- 1 lauda (página) de trinta linhas para cada questão.
OBS 02: Fique atento para as páginas das respostas, elas são numeradas. Se você responder questão em página errada, terá a questão anulada, ou seja, não pontuará!
Procure conhecer a prova, faça simulados com o modelo da FGV para não errar no dia da prova.
Dica: Treine as peças na folha da FGV e não no caderno, pois os espaços são diferentes.
CUIDADO!!! Você não pode se identificar nem inventar dados que não estejam no enunciado. Só coloque local se o problema informar e a data somente se for pedida.
 Finalize a peça da seguinte forma:
	 
 Local, data.
 
 Advogado
 OAB...
Material permitido para consulta na prova (Anexo III do edital):
- Vade Mecum Geral (sem anotações, sem comentários, somente a lei seca);
- Vade Mecum Específico da matéria escolhida.
OBS: É permitido pintar os artigos do Vade e utilizar marcadores de páginas (só).
RACIOCÍNIO JURÍDICO 
- Comece a prova pela peça. Leia o problema pelo menos três vezes, com calma.
 Identificando a peça 
1 - Quem é meu cliente?
 		- no direito material ex: José
 		- no direito processual o réu
	2 - Crime? (nome e artigo do CP)
	3 - Qual a pena cominada?
	4 – Qual a ação penal? (ex: pública incondicionada)
	5 – Há alguma ação em andamento? Qual?
	6 - Qual o rito (procedimento)?
	7 - Há possibilidade de Sursis?
	8 - Qual a fase (momento) processual? Faça a linha do tempo.
 	Ex: após a citação; antes da denúncia; após a sentença; etc.
Outras perguntas:
- O que meu cliente quer?
		Ex: se defender; sair da prisão; etc.
- Por quê?
	 fato + direito
- Tem urgência?
	Se tiver, a peça será uma medida cautelar ou de segurança.
- A peça será remetida para qual órgão?
 Ex: Tribunal de Justiça de São Paulo; 2ª. Vara Criminal da Comarca de ...
- Faça o esqueleto (dados da peça) no rascunho.
- Não escreva a peça no rascunho, pois não dá tempo de passar a limpo. 
- Responda as questões e só depois volte à peça e transcreva-a diretamente no caderno definitivo.
PREÂMBULO DA PEÇA – OS 7 DADOS:
Réu (nome)
Qualificação (já qualificado nos autos do processo-crime n. ...., promovido por (ou pelo, conforme o caso) ...........
Advogado (por seu advogado que esta subscreve, conforme procuração em anexo)
Juiz (vem respeitosamente perante Vossa Excelência)
Verbo (apresentar, propor, opor, interpor, impetrar, ....)
Peça (nome da peça)
Fundamento da peça (com fulcro no art. ....)
 
FORMAÇÃO DO RACIOCÍNIO JURÍDICO (TESE)
 
 É o assunto central do direito
	 Relação Jurídica
 Trata-se de ação que versa sobre a ...
 
 O que a lei diz sobre isso?
	Qual o fundamento 
Jurídico?
 A esse respeito... ; Nesse sentido, o artigo... ; 
 No mesmo sentido...
	Aplicação ao caso concreto
 No presente caso...
	 Conclusão e
 Pedido
 Portanto, ; Diante do Exposto...
TEORIA DAS PEÇAS MESTRAS
Inicial
Defesa
Recurso
Peça Simples (petição, memoriais)
 REDAÇÃO JURÍDICA
Técnica e Estilo
- Técnica tem fundamento na ciência (é saber adequar o fato à norma)
- Estilo é uma característica pessoal.
OBS: A OAB avalia apenas a técnica e não o estilo.
Regras básicas de redação jurídica:
- clareza demonstrar o que quer
- objetividade ir direto ao ponto
- lógica estruturar a peça em capítulos, narrar os fatos na ordem cronológica. Cada parágrafo uma ideia (de 5 linhas no máximo).
* Começar com o argumento mais forte e terminar com o mais fraco.
O que realmente importa na redação jurídica:
Independência profissional (não precisa se rebaixar perante o juiz, mas é preciso respeitá-lo);
Uso do vernáculo (língua portuguesa) de forma correta;
Tempo verbal – falar sempre na 3ª. Pessoa;
Respeito à paragrafação (medida: a tampa da caneta ou 2 dedos)
Evitar abreviaturas – escreva por extenso.
Entonação do discurso (expressões de certeza para o seu cliente). Ex: Como ficou demonstrado... (não deixar dúvidas). E para a outra parte, sempre utilizar expressões de dúvida. Ex: Como sustenta a parte...; afirma o réu que, supostamente... 
O que fazer?
- Quanto a pular linhas pule apenas no preâmbulo (5 linhas) e entre os capítulos (1 linha);
- Quando errar no texto riscar a palavra ou expressão. Ex: Conforme dispõe o art. 25 do...
- Encerramento da peça se o problema citar a cidade, pode colocar, mas se não citar, coloque apenas “local e data”. Ex. de encerramento:
 	Termos em que,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado
OAB n...
PONTOS IMPORTANTES DE ATENÇÃO:
- Evite Pleonasmos – Exemplos:
DIREITO PENAL 2ª FASE OAB – DAMÁSIO 2014
 - acordo amigável
 - prefeitura municipal
 - União federal
- erário público
- há anos atrás...
		
- Evite Modismos – Exemplos:
- a nível de Brasil...
- vou estar protocolizando...
- o mesmo... utilize de forma correta, substitua por “ele” ao falar em 
 relação ao pronome.
	- NUNCA utilize ditados populares – Exemplos:
		- onde há fumaça, há fogo...
		- quem desdenha, quer comprar...
	- Citações
		- faça a transcrição literal. Exemplo:
			“ A esse respeito, o art. 5º, inciso LXIX, da CF determina que:
	 - Art. 5º, LXIX- .....
- Paráfrase (transcrever com suas próprias palavras) – pode.
EXPRESSÕES NÃO RECOMENDADAS
	
	- Instrumento de Procuração (X) é pleonasmo
	- Mandato de Procuração ✓
	- Procuração ✓
	- Procedência da ação (X)
	- Procedência do pedido ✓
Cuidado!!!
	- através... (evitar)!!! 
	- Por meio de ... ✓
	- residente à Rua ... (X)
	- residente na Rua... ✓
OBS: CUIDADO!!!
	- Fórum é o prédio
	- Foro é competência
	- Juízo ou Vara é competência funcional
VERBOS DO PREÂMBULO DA PEÇA
“Fulano de tal, vem, por seu advogado...
	- propor petições iniciais
	- impetrar ações mandamentais (HC, HD, MS E MI)
	- opor recursos sem duplo grau
	- interpor recursos com duplo grau
	- arguir para questões de ordem pública
	- apresentar ou oferecer demais peças
COMEÇANDO UM PARÁGRAFO (expressões de consequência ou explicação)
	- Por exemplo...
	- Como se nota...
ENUMERAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO OU ORDEM
	- Inicialmente / Outrossim...
EXCLUSÃO, NEGAÇÃO OU OPOSIÇÃO
Contudo; Não obstante; No entanto; Em última análise; Todavia...
INTRODUÇÃO A CITAÇÕES E TRANSCRIÇÕES
	- 
CONCLUSÃO
	- Infere-se, assim, que...
Como preparar a peça:
	- Endereçamento (Excelentíssimo Sr. Dr. Juiz de Direito da 2ª. Vara Criminal da 
 Comarca de ....
- Preâmbulo (dado anteriormente)
	- relacionar fatos e direitos (rascunho)
	- Tese e Fundamentos (rascunho)
	FATOS
	DIREITOS
	
	
	
	
	
	
	
	
- Capítulos da Peça
	I– DOS FATOS
	II – DO DIREITO
	III – DO PEDIDO
- Fundamentos Jurídicos
	- assunto
	- lei / súmula
	- caso concreto
	- conclusão
- Formalidades da Peça:
 
Prof. Gustavo Junqueira				aula 01 					
TEORIA DO CRIME
 	 - Formal perfeita adequação do fato à letra da lei 
		 	 	
 Objetiva 
 - Material está relacionada ao conteúdo da norma 
 proibitiva, pode ser afastada por princípios 
Tipicidade 			 constitucionais penais: insignificância e 
 adequação social.
Subjetiva - Dolosa
	 	 - Culposa
Insignificância: 
Riscos e lesões mínimas não merecem relevância penal, gera atipicidade material.
Reincidência X insignificância: nas Cortes Superiores prevalece que a reincidência afasta a insignificância pois a absolvição fomentaria a repetição. Na doutrina há forte entendimento que a reincidência não pode afastar a insignificância, pois estaria configurado inaceitável direito penal de autor. 
Adequação social: 
Conduta socialmente adequada, não merece relevância penal. 
A Súmula 502 do STJ esclarece que o comércio de produtos pirata é socialmente inadequado e é crime. 
CONSUMAÇÃO e TENTATIVA
Crime Consumado é aquele em que estão realizados todos os elementos de sua definição legal.
Tentativa nos termos do art.14,II,CP, ocorre quando iniciada a execução o sujeito não alcança a consumação por circunstâncias alheias à sua vontade. Será aplicada a pena do crime consumado diminuída de 1-2/3 de acordo com a proximidade da consumação. 
Para diminuir a pena em patamar inferior a 2/3, deverá o juiz fundamentar com o caso concreto.
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA e ARREPENDIMENTO EFICAZ
Desistência voluntária: **
Iniciada a execução o sujeito por ato voluntário desiste de nela prosseguir, impedindo a consumação.
Ex: atiro em A, e A pergunta porque estou matando ele, digo que é porque ele me traiu, A diz que foi C e não ele. Paro a execução por minha própria vontade. 
Consequência: o sujeito não responde pela tentativa, mas apenas pelos atos já praticados. 
Ex: A chega com uma faca desfere três facas e erra todas, na hora que iria dar o golpe fatal fica com pena e para. Nesse caso, não ocorreu nenhuma lesão. 
Desistência voluntária X tentativa: fórmula de Frank na desistência o sujeito pode, mas não quer, enquanto na tentativa, ele quer mas não pode. 
Arrependimento Eficaz: 
Após terminar seu plano executório o sujeito voluntariamente atua de forma eficiente a impedir a consumação.
Ex: quero matar alguém, dou 6 tiros e piso no peito, quando estou saindo vejo a pessoa e me arrependo, pego a minha vítima e levo para o hospital. 
Consequências: são as mesmas da desistência voluntária, ou seja, fica afastada a tentativa e responde pelos atos já praticados.
	Desistência Voluntária
	Arrependimento Eficaz
	Basta interromper a execução para evitar a consumação.
	É necessária a ação salvadora. 
CRIME IMPOSSÍVEL 
No crime impossível o sujeito pratica conduta muito semelhante a criminosa, mas sem relevância penal dada a ausência de risco ao bem jurídico. 
São 3 as hipóteses consagradas na doutrina: 
Impropriedade absoluta do objeto 
Se o objeto material (aquilo sobre o que recai a conduta do autor), não reveste um bem jurídico penal.
Ex: quero matar meu cunhado, arrombo a porta da casa dele, de longe atiro 6x. Mas meu cunhado já estava morto pois teve um ataque cardíaco. Como já estava morto não tem crime. 
Ex: passa alguém e coloca a mão no meu bolso, mas não tem nada, é crime impossível e não tentativa de furto.
 Inidoneidade (ineficácia) absoluta do meio.
Se o meio escolhido pelo sujeito não é apto pela experiência comum a trazer risco ao bem jurídico.
Ex: quero matar alguém, pego um boneco vodu. 
Ex: quero matar alguém, pego uma arma de brinquedo que solta água. Torna o homicídio impossível. 
Obs.: no caso de roubo não é crime impossível. 
CUIDADO!!! : Sistema de Vigilância: se pela experiência comum fica afastado o risco ao bem jurídico, resta configurado o crime impossível, que é fato atípico. 
Ex: “A” furta um celular, ao ver na câmera, os donos fecham todas as portas, deixam apenas uma aberta e com os seguranças na frente – crime impossível. 
Obra do agente provocador 
Se ocorre a interferência de terceiro no mecanismo causal do fato e foram tomadas providencias anteriores para evitar o risco ao bem jurídico. 
Ex: Policia investigando roubos a lotéricas, infiltra um policial na “quadrilha”. O infiltrado avisa os policiais, eles ocupam o lugar dos funcionários na lotérica, e quando chega o sujeito dizendo é um assalto, todos os policiais se levantam e dão voz de prisão a ele – crime impossível, fato atípico. Não houve risco ao bem jurídico, pois não chegou a roubar. 
A Súmula 145 STF, esclarece que o flagrante preparado ou provocado é inválido se a ação da policia torna impossível a consumação. É inválido, pois o fato é atípico: é crime impossível por obra do agente provocador. 
ANTIJURIDICIDADE
Todo fato típico é antijurídico, salvo se presentes as excludentes de antijuridicidade, previstas no CP (art.23) são: 
Estado de Necessidade, 
Legítima Defesa, 
Estrito cumprimento do dever legal 
Exercício regular de direito. 
Requisitos da Legítima Defesa:
Agressão Injusta 
Não é viável legitima defesa real recíproca, ou seja, que 2 pessoas estejam ao mesmo tempo em legítima defesa real uma contra a outra.
“Commodus discessus”(saída mais cômoda): no Brasil não se obriga a escolha da saída mais cômoda, ou seja, ainda que seja viável a fuga permite-se a reação em legítima defesa. Justificativa, ninguém é obrigado a ser covarde. 
Ex: Estou em casa com a porta entre a aberta vem um cara correndo em minha direção com uma faca e eu tenho uma arma no bolso. Posso fechar a porta ou pegar a arma e atirar. 
b) Agressão Atual ou Iminente
Agressão atual, é a que esta acontecendo e Iminente é a que vai acontecer no próximo instante.
Ex: atual esta enfiando a faca no peito; Iminente está tirando a faca.
Inviável legítima defesa contra agressão passada ou futura. Ex: chego em casa e esta saindo um rapaz da minha casa, pergunto quem é, ele sai e diz que já terminou o que foi fazer. Quando entro em casa vejo todos mortos. Não posso ir atrás dele e mata-lo, isso é vingança e não legítima defesa.
Ex: agressão futura, ‘a’ jura ‘b’ de morte, ‘b’ pega a arma e mata ‘a’ achando que ‘a’ o mataria. Não é aceita a legítima defesa.
c) Bem jurídico próprio ou de terceiro.
		É viável a legítima defesa própria e também de terceiro.
É necessária razoabilidade entre o bem defendido e o bem objeto da reação. Não pode usar força letal.
d) Uso moderado de meios necessários
Na valoração da necessidade do meio e da moderação do uso, não se exige a balança de farmácia, ou seja, não há precisão matemática. 
É o meio menos lesivo ao alcance do sujeito suficiente para afastar a agressão. Ex: ‘a’ velhinho que cuida do neto, vem ‘b’ e começa a machucar seu neto. ‘a’ tem uma arma calibre 22, calibre 12 e um estilingue e não tem força para impedir ‘b’. Portanto, pode usar o calibre 22 para afastar a agressão.
CULPABILIDADE 
São excludentes de culpabilidade: 
Inimputabilidade: 
Erro de proibição inevitável 
Inexigibilidade de conduta diversa, 
Coação moral irresistível e a 
Obediência hierárquica 
Causas de Inimputabilidade: 
	- Menor de 18 anos 
	- Silvícola não adaptado 
	- Embriaguez acidental completa art.28, §1º
	- Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado art.26, que afasta a capacidade de autodeterminação. O Inimputável do art.26, que pratica fato típico e antijurídico, receberá Medida de Segurança em uma Sentença Absolvição Imprópria.
Obs.: Se agiu em legitima defesa é absolvição própria e não terá pena, ou seja, fato típico.SISTEMA DE MARCAÇÃO DO CÓDIGO: 
Peças: cor azul
Teses: 
 - nulidade: cor vermelha
 - extinção da punibilidade: cor amarela
 - mérito: cor verde
Pedidos: cor roxa 
 * Pintar de Verde os arts.13, 14, 15 a 28.
Prof. PH 				aula 02 					13/08
ESQUELETO DA PEÇA
1) Cliente
	Acusado – defesa
	Ofendido ou CADI – APPrivada – autor
				APPública – assistente de acusação art.268 ss CPP. 
2) Crime
3) Pena
4) Ação Penal
 Incondicionada: o MP não precisa de autorização. 
 Ex: crimes contra a vida, e previstos no Eca
Ação Penal Pública 	
Titular: MP		 Condicionada: o MP depende de autorização 
PI: Denúncia				 Autorização: a) representação do ofendido
					 		 b) requisição do Ministro da Justiça	
			 - Propriamente dita (pelo ofendido ou CADI)
Ação Penal Privada	 - Personalíssima (somente o ofendido pode propor)
Titular: Ofendido/	 - Subsidiária da Pública 
representante legal	 (usada com a inércia do MP, não se manifesta no prazo)
PI: queixa-crime
5) Procedimento / Rito Processual
Rito Sumaríssimo art.6, Lei 9099/95: 
Competência: JECRIM – Juizado Especial Criminal
Contravenção penal - todas
Crimes com pena máxima em abstrato até 2 anos
			Ex: Calúnia art.138 CP, sem aumento de pena.
			Mudança na competência.
Previsão de Rito Especial: 
		Júri – doloso contra a vida
		Crimes contra a honra art. 519-523 cpp 
Ex: calúnia com aumento de pena art.138 c/c 141,III cp. 
Crimes de funcionário público 513-518 cpp 
Crimes de propriedade imaterial art. 524 + 184
De acordo com a pena qual será o rito? Art.394 cpp 
		
Rito Ordinário – pena máxima igual ou superior a 4 anos.
Rito Sumário – pena superior a 2 anos e máxima inferior a 4 anos, ou seja, crimes com pena máxima de até 3 anos.
- Pena máxima: Maior aumento 
- Pena mínima: Menor diminuição 
 Devem ser desconsideradas meras agravantes (art.61,62 cp), e meras atenuantes 
 (art.65,66 cp). 
Ex: sobre redução da pena: 
Art.155 cp, furto simples – reclusão 1a – 4a = ordinário
tentativa art.14 cp: reduz de 1/3 a 2/3 = 1/3: 2a8m comum sumário 
 2/3: 1a4m JECRIM
Concurso de crimes: considera em conjunto/ global.
	a) Concurso Material (art.69 cp) 
Soma das penas máximas.
	
b) Concurso Formal (art.70 cp)
		Uma pena máxima (a maior), exaspera/aumento de 1/6 a ½.	
c) Crime Continuado (art.71 cp)
Uma pena máxima (a maior), aumento de 1/6 a 2/3. 
6) Sursis Processual
É a suspensão condicional do processo art.89 Lei 9099/95, pena mínima de até 1 ano.
	
Ex: estelionato (art. 171) Pena: Reclusão de 1-5anos
Sursis processual – crimes com pena mínima até 1 ano.
O MP deve oferecer a Sursis no momento em que oferece a denúncia, se não houver a proposição do sursis processual, o advogado deverá fazer o pedido: requer a remessa dos autos ao MP para que seja formulada proposta de suspensão condicional do processo com fundamento no art. 89 da Lei 9099/95.
Ex: art.7 da Lei 8.137/1990 – a pena de multa é alternativa, portanto, é inferior a 1 ano, assim é possível a aplicação do sursis processual.
7) Momento processual
Peças da Acusação:
 Queixa	 Citação Audiência	
 MEMORIAIS
 (condenação)
	 
			 Recebimento		 Sentença	 Trânsito
 denúncia 				 Em Julgado
 (1) 	 (2)		 (3)		 (4)
Conduta investigação 	 ação penal	 Recursal 		Revisão 
 criminal 								 	Criminal
Peças de defesa:				 MEMORIAIS
Pedidos + HC, 			 (absolvição)
MS, Reclamação				
				RESPOSTA à ACUSAÇÃO
Durante o IP
	A) Pedidos sobre prisões: relaxamento, liberdade provisória e revogação
		Se pediu e negou, tem que requerer novamente via HC para o Tribunal. 
		Contra o delegado Juiz
		Contra o juiz Tribunal de Justiça 
Prof. Madeira 				aula 03 					14/08
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE (pintar de amarelo)
1) Fundamento: Art.107 CP (amarelo)
 Art.312 
2) Pedido 
a) Regra – Que seja declarada extinta a punibilidade nos termos do art. ___.
b) Exceção – Quando a peça for Resposta a Acusação o pedido será, que seja absolvido sumariamente nos termos do artigo 397 IV CPP. 
3) Art.107, I – Pela Morte do agente
a) Prova da morte: comprova-se pela Certidão de óbito segundo o artigo 62 CPP (cor aleatória)
b) Certidão de óbito falsa
	
b.1) Doutrina: não pode pois não há revisão criminal pro societate.
b.2) STF: sentença inexistente, portanto, não faz coisa julgada material, ou seja, o processo pode voltar a correr. 
4) Art.107, II - Anistia, graça ou indulto 
a) Anistia – Feita pelo Congresso Nacional, por meio de Lei.
Lei da Anistia Brasileira (ditadura): 
- STF: é válida a lei de anistia brasileiras, estando em conformidade com a CF. 
- Corte Inter DH – condenou o Brasil a revogar a lei de anistia. 
b) Graça – Feita pelo Presidente por meio de decreto – É individual 
Dica: graça = nome. Nome é individual. 
c) Indulto – Feita pelo Presidente por meio de decreto – É coletiva (geral) 
5) Art.107, III - Retroatividade da lei mais benéfica 
Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juiz da execução a aplicação da lei nova mais benigna. Súmula 611 STF (amarela/outra cor aleatória cabe como extinção, mas também para outras cores).
a) Penal material 
Regra – Lei mais benéfica retroage
Exceção – Lei temporária mesmo que mais benéfica não retroage. 
b) Processo Penal – Art. 2º - Teoria do efeito imediato/isolamento dos atos processuais. 
Em Regra: A lei processual penal não retroage. 
Exceção: Norma mista – Ao mesmo tempo possui caráter de direito penal material e de direito penal processual. Ex. 366 CPP – Segue a regra do direito penal material, retroage. 
6) Art.107, IV - Decadência 
Dica 01: Se o cliente for réu se Ação Penal Privada ou Ação Penal Pública condicionada a representação, verificar se não houve decadência.
Dica 02: se estiver pelo Querelante datar a peça se o problema mandar.
Prazo: 6 meses do conhecimento da autoria (conta como prazo de direito material – inclui o inicio e exclui o fim) ex: conheceu 11/4 ----- 10/10. Por se tratar de prazo decadencial não se suspende nem se interrompe. 
ATENÇÃO: Data e a FGV
a) 1ª forma: é possível identificar a data e o dia da semana. Se o último dia do prazo cair no sábado ou domingo, tem que propor na sexta se pedir dia útil e sábado se falar apenas em último dia. Obs.: se fosse peça processual iria para segunda.
b) 2ª forma: não se consegue identificar a data com o dia da semana. Contar os prazos ignorando os dias. 
6.1) Exceções: 
a) APPrivada Personalíssima:
Art. 236 p.u CP (cor aleatória) – O prazo de 6 meses é do trânsito em julgado
b) APPrivada nos Crimes contra a Propriedade Imaterial:
Busca e Apreensão ---> juiz --> defere a Busca e Apreensão --> perícia --> juiz homologa o laudo –30 dias—Queixa Crime
O prazo de 6 meses sempre deverá ser observado, mas uma vez homologado o laudo deve se observar o prazo de 30 dias art. 529 cpp (amarelo).**
					 30 dias
Ex: _______________________________Queixa Crime__ _X_X_X_X_X X_X_X_________
 11/04 			homologou laudo				Decadência 	 10/10
conheceu a autoria	 maio			 junho
7) Art.107, IV – Perempção 
Art. 60 CPP (amarelo) – Não se aplica ação penal subsidiária da pública. 
8) Art.107, V – Renúncia / Perdão direito de queixa
	Renúncia
	Perdão
	Pré processual
	Processual
	Independe de concordância 
	Depende de concordância
	Expressa ou tácita 
	Expresso ou tácito 
Art.49-59 cpp, art.58 cpp (amarelo) 
9) Art.107, VI – Retratação
Nos casos em que a lei admite.
Ex: falso testemunho, e falsa perícia.
10) Art.107, IX – Perdão Judicial
	Noscrimes em que a lei admitir.
	Ex: pai que perde o filho por sua culpa. 
	
ATENÇÃO: no Código de Trânsito não há perdão judicial previsto, pois, houver veto a ele. No entanto a jurisprudência admite o uso do perdão judicial do código penal por analogia. 
NULIDADES (pintar de vermelho)
Artigos: 564 cpp e 5º, LIV e LV CF
A nulidade é a sanção pela prática de um ato em desconformidade com o modelo legal.
1) Pedidos 
1.1) Nulidade “Ab initio”: que o processo seja anulado “ab initio” (desde o início), nos termos do art.564 cpp. 
	Hipóteses: 	Incompetência – Inciso I
Ilegitimidade da parte – Inciso II
Inépcia da denúncia – Inciso III
	
1.2) A partir de: que seja anulado o processo a partir de__, nos termos do art.564 cpp. 
2) Ordem dos Pedidos
	2.1) Regra: 
1º Nulidade, + 2º Mérito. 
Ex Pedido: que seja anulado “Ab Initio” o processo, com fundamento no artigo 564, __, do cpp, OU, caso não seja este o entendimento, que seja absolvido nos termos do artigo 386__ do cpp.
	
2.2) Exceção: 
Se a nulidade decorrer do acolhimento da tese de mérito então ela será pedida depois do mérito
Ex: desclassificação art.28, Lei 11.343/06 e então que seja anulado “ab initio” o processo, nos termos do artigo 564, I, do cpp, remetendo-se os autos para o juizado especial criminal, como medida de justiça. 
Tráfico competência justiça comum, uso jecrim. Pede desclassificação de tráfico para uso, e assim é incompetente, pois a competência é do jecrim. 
Dica: Subsidiária – Art. 564 IV – Não achou nos incisos I, II e III, alegar esse. 
	
Mérito (verde)
TIPICIDADE – Perfeita adequação do fato ao modelo normativo.
Tipicidade Objetiva:
Formal – Aquela que se relaciona com a pura letra da lei 
Material – Aquela que se relaciona com o conteúdo da norma proibitiva e pode ser afastada por princípios constitucionais penais como insignificância e a adequação social 
Insignificância – Riscos e lesões mínimas não merecem relevância penal, é um princípio geral de direito penal que se aplica a outros bens jurídicos além do patrimônio. 
Reincidência e insignificância – Prevalece nas cortes superiores que a reincidência afasta a insignificância, o supremo e o STJ argumentam que se absolver a pessoa vai fazer sempre (tese de acusação) A doutrina prevalece que a reincidência não pode interferir na insignificância sobre pena de privilegiar um direito penal do autor que seria inconstitucional, pelo direito penal do fato único compatível com a CF, o sujeito só pode ser punido pelo que fez e não pelo que é. (tese de defesa)
Adequação social – Conduta socialmente adequada não merece relevância penal. S. 502 do STJ esclarece que a venda de produtos piratas é socialmente inadequada é configura crime (tese de acusação) A conduta de vender produto pirata não gera verdadeira comoção social (tese de defesa)
Crime impossível – O sujeito pratica a conduta semelhante ao crime, mas não terá relevância penal pela ausência de risco ao bem jurídico. A conclusão é que crime impossível é a conduta materialmente atípica, possui 3 espécies:
Crime impossível por impropriedade absoluta do objeto – O objeto material não reveste o bem jurídico. Lembrar que o objeto material é a pessoa ou bem sobre a qual recai a conduta do autor. Ex. Matar o morto, tentar furtar carteira que não está no bolso, traficante que está traficando talco. 
Crime impossível por Ineficácia (inidoneidade) do meio – O meio escolhido pelo sujeito para pratica criminosa não foi capaz se quer, no caso concreto, de colocar em risco o bem jurídico. Critério – experiência comum. Ex. boneco vodu, arma de brinquedo, falsidade grosseira, loja que só tem uma porta e o segurança tranca para a pessoa não sair com o objeto do crime
Crime impossível por obra do agente provocador – Há uma interferência de terceiro na dinâmica causal do fato, tendo ele tomado providencias anteriores para impedir o risco ao bem jurídico. 
Ex. flagrante preparado. 
OBS – na simulação de compra de droga por policial à paisana, os verbos provocados (vender, entregar) configuram crime impossível, já os verbos não provocados (guardar, trazer consigo) tem relevância penal. OBS - O flagrante provocado/preparado é invalido por ser crime impossível por obra do agente provocador e se o fato é atípico, não pode ensejar prisão em flagrante (segundo a Súmula 145 do STF).
ANTIJURIDICIDADE – Proibição, é a contrariedade do fato com a totalidade do ordenamento jurídico. Todo fato típico será antijurídico, salvo se presente uma excludente de antijuridicidade. 
Requisitos subjetivos: 
- Para ser beneficiado por uma excludente de antijuridicidade o sujeito deve conhecer a situação de fato que justifica a sua conduta. 
- As excludentes estão previstas no artigo 23, estado de necessidade no artigo 24 e legitima defesa no artigo 25.
- Doutrina e jurisprudência aceitam causas extra legais dentre as quais se destaca o consentimento do ofendido, o consentimento deve ser livre e o bem jurídico indisponível. 
Legitima defesa 
Requisitos: 
- Agressão injusta – Possibilidade de fugir ou de reagir, não será imposta a fuga sobre a justificativa que ninguém é obrigado a ser covarde. 
– Agressão Atual ou iminente – Não é possível legitima defesa contra agressão passada ou futura. 
- Bem jurídico próprio ou de terceiro
- Meio necessário – Meio menos lesivo ao alcance do sujeito suficiente para afastar a agressão. 
Obs: Desnecessária a precisão matemática na valoração do meio necessário. 
- Uso moderado – Emprego do meio necessário da forma menos lesiva, suficiente para afastar a agressão. 
CULPABILIDADE – Juízo de reprovação sobre aquele que pode e deve agir de acordo com o direito. 
Causas de excludentes da Culpabilidade: 
a) Inimputabilidade
Menor de 18 anos – ECA
Silvícola não adaptado – Estatuto do índio 
Embriaguez acidental completa – É aquela que deriva de caso fortuito ou força maior. Ex. obrigado a beber, boa noite cinderela. A expressão completa trata-se de um juízo vulgar sobre a perda da capacidade de auto determinação. Art. 28, §1º. 
Doença mental/desenvolvimento mental incompleto ou retardado – O inimputável do art. 26 receberá medida de segurança em uma sentença de absolvição impropria. É errado se estiver em legitima defesa. 
b) Erro de proibição – Equivocada compreensão sobre o que é proibido. 
Inevitável (escusável) - Se o sujeito não sabe e nas suas circunstâncias de vida não poderia saber da proibição (não potencial consciência da ilicitude) Afasta a culpabilidade
 Evitável (inescusável) – O sujeito não sabe, mas nas suas circunstâncias de vida poderia saber da proibição. Diminui a pena. 
OBS: O erro ora estudado não incide sobre a existência da lei e sim sobre o conteúdo proibitivo que ela vincula (Art. 21).
c) Inexigibilidade de conduta diversa
Coação moral irresistível – art. 22
Obediência hierárquica – art. 22
Prof Patrícia 				aula 04 					15/08
RITOS
Como descobrir qual o rito?
1º passo: É infração de menor potencial ofensivo? 
Sim – Sumaríssimo(Jecrim) pena até 2 anos.
Não – próxima pergunta
2º passo: Há rito especial?
- Júri
- Funcionário público
- Honra
- Propriedade imaterial 
3º passo: O rito é ordinário ou sumário?
	Ordinário - pena máxima maior ou igual a 4 anos
	Sumário – pena menor a 4 anos
RITOS – ORDINÁRIO E SUMÁRIO 
I - Ordinário art.394 e SS
Resposta à Acusação 			 	Memoriais
Oferecimento Recebimento Citação 	 10 dias	 Designação da audiência 5 dias
								 60 dias
		 Rejeição					 Absolvição Sumária 
RESE						 Apelação 			 Sentença
Testemunhas: 8 autor no oferecimento, réu na RA.
Audiência: 60 dias 
Memoriais: art.403, §3º.
II- Sumário art.531 e ss
Resposta à Acusação 			 	Memoriais
Oferecimento Recebimento	Citação 	 10 dias	 	Designação da audiência 5 dias
								 30 dias
		 Rejeição					 Absolvição Sumária 
RESE						 Apelação 			 Sentença
Testemunhas:5 autor no oferecimento, réu na RA.
Audiência: 30 dias 
Memoriais: no rito sumário não é prevista a conversão dos debates em memoriais, no entanto, é pacífico o seu cabimento, por força do disposto no artigo 394, §5º. 
Fundamentação: 403, §3º c/c 394, §5º cpp.
Peça: RESPOSTA À ACUSAÇÃO
1. Cabimento: art.396 e 396-A cpp (azul)
Logo após a citação
Antes da instrução (começa com a oitiva das testemunhas)
2. Competência
- Peça única 
- Endereçada ao Juiz da causa para o qual foi distribuída a ação.
3. Legitimidade
I - Réu (parte)
II - Qualificação (já qualificado) 
III - Advogado, conforme procuração 
IV - Juiz (vem respeitosamente..)
V - Verbo: Apresentar 
VI - Peça: RA
VII - Fundamento (com fulcro art.396, 396-A)
4. Prazo - 10 dias contados a partir da citação. 
OBS – Citação por edital conta 10 dias a partir do comparecimento do réu no processo. 
5. Teses e pedidos
I - Nulidade - art.564 cpp (vermelho)				
	- Incompetência 				
	- Ilegitimidade				
	- Falta da representação ou requisição	
	- Inépcia da inicial (ex: denúncia genérica)
- Falta de prova mínima 
Pedido da nulidade (pintar de roxo): 
Anulação “ab initio, ou caso assim não se entende requer a rejeição art.395 (roxo), salvo, quando for incompetência que o pedido será anulação e remessa dos autos.
II- Extinção de Punibilidade - art.107 cp (amarelo) 
Pedido da extinção da punibilidade:
	Absolvição Sumária (antes da instrução) art.397 cpp (roxo)
III – Mérito (verde)
Pedido do Mérito (roxo):
Absolvição sumária art. 397 cpp (roxo). 
IV – Desclassificação
Quando a desclassificação acarretar em mudança imediata: 
Incompetência 
Ilegitimidade
Extinção da punibilidade
Sursis processual
Pedido da desclassificação + consequência. 
Ex: requerer seja desclassificado a infração para o art.., consequentemente anulando o processo ab initio e remetendo-se os autos ao juízo competente.
V- Último pedido 
Testemunhas – 3
 “Caso não sejam acolhidos os pedidos anteriores requer a oitiva das testemunhas a seguir arroladas.”
Obs.: Data da peça – Se pedir para datar com o último dia do prazo, contar 10 dias começando do dia útil seguinte da citação. Corre em fim de semana, mas se começar ou acabar em fim de semana vale para o próximo dia útil. 
 RITOS ESPECIAIS 
I – FUNCIONAL (Funcionário Público - art. 513 ss)
 RA 			 		Memoriais
Oferecimento Recebimento	Citação 	 10 dias	 	Designação da audiência 5 dias
								 30 dias
		 Rejeição					 Absolvição Sumária 
		RESE				 Apelação 			 Sentença
Notificação 	 Defesa Preliminar Súm.330 STJ
15 dias art.514 (ausência da DP gera nulidade)
Súm.330 STJ –a defesa preliminar é dispensável se a ação for instruída inquérito.
II – Crimes contra a Honra 
 RA 			 		Memoriais
Oferecimento Recebimento	Citação 	 10 dias	 	Designação da audiência 5 dias
								 30 dias
		 Rejeição					 Absolvição Sumária 
		RESE				 Apelação 			 Sentença
Audiência de conciliação 	 
Obs.01: Ausência da audiência de conciliação gera nulidade.
Obs.02: A ausência do Querelante na audiência de conciliação gera Perempção (causa de extinção da punibilidade).
Fazer: Esqueleto problema 4. 
OBS.: Aberratio criminis – quer atingir algo, mas atinge pessoa. 
Prof Flávio 				aula 05 					17/08
RESPOSTA À ACUSAÇÃO (ELABORANDO A PEÇA)
Esqueleto – Problema 4 	
Denúncia art.217-A, cp - recebimento da denúncia citação 18/06/14 RA 
RA
Fundamento: art.396, 396-A cpp (azul)
Endereçamento: juiz da causa (2ª vara criminal de Florianópolis)
“Procuração anexa”
Prazo: 10 dias, a contar da citação. (começa a contar no próximo dia útil)
Teses e Pedidos:
 -Nulidade 
-Rejeição da denúncia 
-Absolvição sumária art.397,cpp (fato típico, excludente de ilicitude, excludente de culpabilidade “exceto a inimputabilidade” extinção da punibilidade)
-Ouvidas as testemunhas arroladas
Pedidos são alternativos. 
 Nulidade (vermelho): falta de justa causa (mínimo probatório/provas) – falta da prova da debilidade mental.
Obs.: o mesmo corre na falta de exame de corpo de delito art. 564,III,b, cpp.
Rejeição da denúncia art.395, cpp 
	Inepta 
	Falta de condição da ação (ex: ilegitimidade de parte)
	Falta de pressuposto processual (ex: incompetência)
	Falta de justa causa (falta de prova)
Fato atípico 
Ausência de dolo – ele não sabia da debilidade mental
Erro de tipo essencial art.20,caput, cp – afasta o dolo, mas tem culpa de houver previsão legal. => pede absolvição sumário art.397,III,cpp
Rol de testemunhas. 
	EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS.
(5 linhas)
ALESSANDRO, já qualificado nos autos do processo número... (ou já qualificado na denúncia oferecida pelo representante do Ministério Público), por seu advogado que esta subscreve (procuração anexa – doc. 1), respeitosamente se faz presente ante Vossa Excelência para apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fulcro nos artigos 396 e 396-A, ambos do Código de Processo Penal. 
I – DOS FATOS
O acusado está sendo processado pela prática do crime de estupro de vulnerável (art. 
217-A, CP). 
Segundo a denúncia, teria o acusado, aproveitando-se do fato de estar a sós com a vítima, constrangido esta à conjunção carnal, deflorando-a, aproveitando-se do fato de ser ela 
deficiente mental. 
Nos autos, constam apenas a peça inicial acusatória, o laudo comprobatório da ocorrência de relação sexual, os depoimentos prestados na fase do inquérito e a folha de antecedentes do acusado. 
O acusado foi citado no dia 18 de junho de 2014. 
II – DO DIREITO
Preliminarmente, o processo é absolutamente nulo, nos termos do artigo 564, IV, CPP. 
Isso porque a denúncia foi oferecida sem justa causa. 
Ora, é sabido por todos que ninguém pode ser processado criminalmente sem que a 
inicial seja acompanhada de um mínimo probatório.
No presente caso, o acusado foi denunciado pelo crime de estupro de vulnerável, sem que houvesse prova dessa vulnerabilidade.
Isso porque não consta nos autos o laudo que comprova a debilidade mental da vítima.
Não obstante, se não for esse o entendimento de Vossa Excelência, é imperativa a rejeição da denúncia, ainda que tardia ou superveniente, nos termos do artigo 395, III, CPP. 
Isso porque o próprio Código de Processo Penal exige a rejeição da denúncia quando “faltar justa causa para o exercício da ação penal” (art. 395, III). 
Embora já tenha ocorrido o recebimento da denúncia, posição atual do Superior Tribunal de Justiça admite essa rejeição superveniente.
E não é só. Verifica-se, pelos fatos narrados na inicial e pelas provas colhidas até agora, que o fato imputado ao acusado é atípico. 
Isso porque não agiu o acusado dolosamente. Ora, em nenhum momento sabia ele estar tendo conjunção carnal com doente mental (até mesmo porque não há prova efetiva dessa debilidade).
O Código Penal apregoa que, se o agente agiu com erro sobre elemento constitutivo do tipo penal, haverá exclusão do dolo (art. 20, CP).
No caso concreto, não havia como o acusado imaginar que sua namorada, cuja relação era de conhecimento de ambas as famílias, era doente mental. 
Assim, de forma inequívoca, verifica-se a existência do erro de tipo essencial, previsto no artigo 20, do Código Penal, cuja consequência é a exclusão do dolo e, por corolário, a 
tipicidade.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja o processo anulado “ab initio”, nos termos do artigo 564, IV, CPP. Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência, requer seja rejeitada a denúncia, nos termos do artigo 395, III, CPP. Não sendo esse o entendimento, requer seja o acusado absolvido sumariamente, nos termos do artigo 397, III, do CPP. Por fim, não sendo essa a posição adotada, requer sejam ouvidas em audiência as testemunhas a seguirarroladas.
 
 Nesses termos, pede deferimento.
 Florianópolis, 28 de junho de 2014.
 ADVOGADO
 OAB
Rol de testemunhas:
1.- Romilda (qualificação e endereço)
2.- Geralda (qualificação e endereço)
PEÇA - MEMORIAIS
 RA 		 	Conversão Memoriais
Denúncia Recebimento 			 		dos debates orais
queixa 		 Citação	10 dias 							 Rejeição			 Absolvição Sumária Audiência 
 RESE				Apelação		 art.400 cpp
						 
1) Audiência: 
Ofendido
Testemunhas (acusação, defesa)
Perito
Reconhecimento/ acareação
Interrogatório
Debates orais (20min + 10min) Conversão em Memoriais 
Sentença
2) Identificação da peça: Após a audiência de instrução e julgamento 
3) Cabimento: 3 casos de conversão dos debates em Memoriais: art.403, §3º cpp
Se o problema não disser nada é o art. 403 §3º cpp. 
No rito sumario/sumaríssimo/júri não há previsão legal mas é possível o juiz permitir os memoriais por analogia ao art. 394 parágrafo 5º CPP. 
- Art. 403 § 3º - Complexidade do feito ou número excessivo de réus 
- Art. 404 p.u - Produção ou requerimento de uma nova prova/diligências. 
4) Identificação – tipos de Memoriais
- Memoriais de acusação – somente em ação penal privada logo após o termino da audiência de instrução e julgamento. 
 - Memoriais de defesa – logo após a apresentação dos Memoriais da acusação 
- Assistente da acusação – logo após os memoriais do MP
	5 dias a partir da intimação.
5) Memoriais da acusação 5 dias (a contar da intimação)
 Memoriais da defesa 5 dias juiz tem 10 dias para decidir. 
Obs.: começa a contar no próximo dia útil da intimação, prorroga se cair no final de semana e feriado.
6) Competência – Juiz da causa, em 1 peça. 
7) Prazo – 5 dias a partir da intimação 
8) Teses e pedidos 
a) Nulidade (vermelho) – Art. 564,_,cpp, art.5,LV,LIV etc. art.8, dec.678/92.
Anulação “ab initio” ou a partir de...
b) Extinção da punibilidade (amarelo) – art. 107 
Declaração da extinção da punibilidade 
Em Memoriais: pede a declaração da extinção da punibilidade art.107
Em RA: pede absolvição sumário 397
c) Mérito (verde) 
 ABSOLVIÇÃO do art. 386 do CPP
I – provada a inexistência do fato *
II- dúvida sobre a existência do fato		Impedem a Ação Civil “ex 
 delicto”
		III- fato atípico					faz coisa julgada no cível. 
		IV- certeza da não autoria*
		V- dúvida sobre a autoria
		VI- excludente da ilicitude/culpabilidade*
		VII- não há prova suficiente para condenação
Obs.: I,IV,VI – não pode ajuizar ação no cível para cobrar qualquer coisa, pois fez coisa julgada.
d) Desclassificação
Condenar o réu por um crime menor. Ex: roubo furto.
Crime qualificado- crime simples. Ex: furto qualificado furto simples.
Em alguns casos, a desclassificação pode gerar teses de nulidade/ext. punibilidade/mérito. Ex: mudança da ação penal, era APPública, e virou APPrivada com a desclassificação. 
e) Pedidos Subsidiários quanto à Pena: 
 
1) Quantificação da pena – Art. 59, 61 a 67 (roxo)
- Pena base no mínimo art. 59
- Aplicação de atenuante art. 65 
- Exclusão de uma agravante art.61 (ex: reincidência)
- Exclusão causa de aumento de pena e reconhecimento de causa de 
 diminuição de pena. 
2) Regime inicial mais brando - art. 33 cp e Súm.718 STF, 269 STJ (todos roxo)
- Pena superior a 8 anos – regime fechado
- Não reincidente, pena de 4 a 8anos – semiaberto
- Não reincidente, pena igual ou menor a 4 anos - aberto
3) Substituição por pena restritiva de direitos ou suspensão condicional da 
pena, PRD Art. 44 e 77
 Condenação a pena de até 4 anos: Forma de substituição , art.44, §2º,CP
	Condenação até 1 ano
	Condenação + de 1 ano até 4 anos
	1 multa OU 1 restritiva
	1 multa + 1restritiva OU 2 restritivas 
4) Suspensão condicional da pena (Sursis Penal) art.77 cp 
	
 Aplicável apenas para condenação não superior a 2 anos.
 Obs: esse pedido é alternativo ao pedido anterior, ex: PRD ou Sursis Penal. 
5) Fixado um valor reduzido para a reparação do dano art.387, I,CPP.
6) Direito de Recorrer em liberdade art.5,LVII,CF (presunção de inocência)
* Fazer Exercício 10 
LABORATÓRIO 01			aula 06 					18/08
PEÇA
Pedro, 22 anos, vê-se denunciado perante a 12.ª Vara Criminal do Rio de Janeiro porque teria, juntamente com outros tantos rapazes, danificado um telefone público que existe na rua em que vivem. A denúncia, embora alcance outro rapaz e faça menção a vários outros que estavam no local participando da mesma conduta, é lacônica, pois foi baseada em fatos indefinidos, tais como: “eles fizeram” ou “eles agiram dolosamente contra o bem público”, limitando-se a afirmar, quanto à Pedro, que sua personalidade desajustada está devidamente comprovada pelo fato de ser reincidente (devidamente comprovado pela certidão cartorária).
A exordial/inicial reporta-se ao art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal, e Pedro foi citado de seu inteiro teor. Os demais rapazes foram excluídos da peça vestibular sem qualquer razão justificada.
Questão: Elabore a medida cabível em favor de Pedro.
Esqueleto:
1. Cliente: Pedro, 22 anos e reincidente (réu)
2. Crime/pena: dano qualificado art.163,p.u,III CP , pena: 6 meses a 3 anos e multa.
3. Ação Penal: APPública Incondicionada
4. Rito: Sumário 
5. Não tem direito a suspensão condicional do processo art.89 Lei 9099/95, pois é reincidente.
6. Momento: citação
7. Peça: Resposta à Acusação, art.396,396-A cpp
8. Competência: Juiz da 12ª vara criminal do Rio de Janeiro
9. Teses: Denúncia não preenche os requisitos art.41 cpp (Inepta) - Art.564,IV cpp nulidade
10. Pedidos: Rejeição tardia da denúncia 395,I cpp OU
	Anulação “ab initio” art.564,IV cpp 
	Rol de testemunhas, oitiva 
	EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 12ª VARA CRIMINAL DO RIO DE JANEIRO
(5 linhas)
PEDRO, já qualificado nos autos da ação penal número.., por seu advogado (procuração anexa – doc 1), vem respeitosamente perante Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, com fulcro no artigo 396,396-A do Código de Processo Penal, pelo fundamentos de fato e de direito a seguir expostos. 
DOS FATOS
DO DIREITO
O presente feito é nulo “ab initio”, pois a denúncia é inepta e, portanto, sequer deveria ter sido recebida .
Nos termos do artigo 41 cpp, a inicial acusatória deve preencher os seguintes requisitos: “...”. Caso algum desses requisitos não seja atendido, deve ser rejeitada, com base no art.395,I, do cpp. 
No caso a denúncia é lacônica e baseada em fatos indefinidos... “eles fizeram”, só especificou que ele é reincidente.
Portanto, por inépcia da denúncia, ela não deveria ter sido recebida, conforme artigo 395,I, do cpp. 
DO PEDIDO
Ante o exposto, pugna-se pela rejeição tardia da denúncia conforme artigo 395,I, cpp. OU
Pela anulação “ab initio” do processo, nos termos do artigo 564,IV,cpp, por inépcia da denúncia.
Caso o entendimento de Vossa Excelência seja pelo prosseguimento do processo, requer-se a oitiva das testemunhas.
Termos em que, pede deferimento
Local, data
Advogado
OAB
Testemunhas
1. testemunha, qualificação e endereço
2. testemunha, qualificação e endereço 
QUESTÃO 1 - (Exame IX)
Wilson, extremamente embriagado, discute com seu amigo Junior na calçada de um bar já vazio pelo avançado da hora. A discussão torna-se acalorada e, com intenção de matar, Wilson desfere quinze facadas em Junior, todas na altura do abdômen. Todavia, ao ver o amigo gritando de dor e esvaindo-se em sangue, Wilson, desesperado, pega um taxi para levar Junior ao hospital. Lá chegando, o socorro é eficiente e Junior consegue recuperar-se das graves lesões sofridas.
Analise o caso narrado e, com base apenas nas informações dadas, responda,fundamentadamente, aos itens a seguir.
A) É cabível responsabilizar Wilson por tentativa de homicídio? (Valor: 0,65)
Resposta: Não, pois Wilson está amparado pelo arrependimento eficaz art.15 cp, pois de forma voluntária levou Junior ao hospital, segue a ele imputado a responsabilização pelos atos já praticados, sendo assim, responderá por lesão corporal grave. 
B) Caso Junior, mesmo tendo sido socorrido, não se recuperasse das lesões e viesse a falecer no dia seguinte aos fatos, qual seria a responsabilidade jurídico-penal de Wilson?(0,60)
Resposta: Wilson, responderá por homicídio doloso consumado art.121 CP, já que não sendo eficaz o arrependimento não se aplica a regra do artigo 15 do CP.
QUESTÃO 2 - (exame VIII)
Abel e Felipe observavam diariamente um restaurante com a finalidade de cometer um crime. Sabendo que poderiam obter alguma vantagem sobre os clientes que o frequentavam, Abel e Felipe, sem qualquer combinação prévia, conseguiram, cada um, uniformes semelhantes aos utilizados pelos manobristas de tal restaurante. No início da tarde, aproveitando a oportunidade em que não havia nenhum funcionário no local, a dupla, vestindo os uniformes de manobristas, permaneceu à espera de suas vítimas, mas agindo de modo separado. 
Tércio, o primeiro cliente, ao chegar ao restaurante, iludido por Abel, entrega de forma voluntária a chave de seu carro. Abel, ao invés de conduzir o veículo para o estacionamento, evade-se do local. Narcísio, o segundo cliente, chega ao restaurante e não entrega a chave deseu carro, mas Felipe a subtrai sem que ele o percebesse. Felipe também se evade do local.
Empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso, responda às questões a seguir.
A) Qual a responsabilidade jurídico-penal de Abel ao praticar tal conduta? 
Resposta: Abel por praticar a conduta narrada, deve ser penalmente responsabilizado pela prática do crime de Estelionato art.171 cp.
O crime de estelionato configura-se na hipótese em que o agente , por meio de fraude, induz alguém em erro para obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita.
No caso Abel, vestido de manobrista, induziu Tercío em erro, fazendo com que ele lhe entregasse a chave do veículo. Incidindo portanto, estelionato. 
(fraude serve para enganar a vítima), pois a vítima entregou voluntariamente a chave do carro. 
Obs.: Estelionato art.171 cp – fraude serve para enganar a vítima.
Furto qualificado mediante fraude art.155, §4º,II cp. – serve para afastar a vigilância da vítima, não houve a subtração do carro.
B) Qual a responsabilidade jurídico-penal de Felipe ao praticar tal conduta? 
Resposta: Felipe, incorreu na conduta de prevista no artigo 155 CP Furto simples.
Segundo dispõe o referido artigo comete furto aquele que subtrai, para si ou para outrem coisa alheia móvel. No caso, Felipe subtraiu sem que a vítima percebesse.
Importante destacar que não há no enunciado dados que permitam qualificar o furto praticado por Felipe, de modo que sua atuação, perfaz apenas o núcleo do tipo penal do caput.
Profº PH					aula 07 				20/08
Problema nº 10 Memoriais 
1. Cliente: José de Tal (réu)
2. Crime/pena: art.244 c/c 61,II ‘e’ cp, Pena: 1- 4anos e multa
3. Ação Penal: APPública Incondicionada
4. Rito: comum ordinário
5. Momento: Intimado em 02.08.2010 (segunda-feira)
6. Tem proposta de Sursis ( suspensão condicional do processo )
7. Peça: Memoriais
8. Competência: juiz da 9ª vara criminal de Planaltina- DF
9. Teses
10. Pedidos 
SITUAÇÃO:
Deixou de pagar pensão ao filho menor de 18 anos
- Faltou proposta do sursis processual 
=> remessa dos autos ao MP para fazer a proposta 
- RA sem advogado – nulidade e cerceamento da ampla defesa 
=> anulação art.564,IV cpp + art.396-A, §2º cpp + CF art.5,LV
- Juiz não nomeou advogado no dia da audiência – nulidade 
=> anulação art.564,III,c cpp + art.261 cpp + art.5,LV
- falta de interrogatório – nulidade 
=> anulação art.564,III, e, + art.185, caput, art.5,LV, + art.8, n2, ‘c’,’e’ do dec.678/92 
Teses de Mérito – José sempre pagava a pensão – não faltou com o pagamento. 
 Impossibilidade de pagamento – com justa causa (outros filhos e/ou problema de saúde).
=> Atipicidade da conduta art.386,III, cpp -> absolvição 
Teses subsidiárias 
	Pena – pena base mínimo legal 
		Afastamento da indevida agravante do art.61,II,’e’ cp 
		Atenuante art.65,I,cp (maior de 70 anos)
	Regime: inicial aberto art.33, §2,’c’ cp
	Substituição por PRD – art.44,I cp; Se não der a PRD, pede sursis art.77 cp. 
	Recorrer em liberdade
	
	EXCELÊNTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 9ª VARA CRIMINAL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁIA DE PLANALTINA – DF
(5 linhas)
JOSÉ DE TAL, já qualificado nos autos do processo de número..,, por seu advogado que esta subscreve (procuração inclusa), vem respeitosamente perante Vossa Excelência dentro do prazo legal apresentar, MEMORIAIS, com fulcro no artigo 403, §3º do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
DOS FATOS
DO DIREITO
a) Da ausência de proposta do sursis processual.
O crime imputado apresenta pena mínima cominada (em abstrato) de 1 ano, sendo o acusado primário e portador de bons antecedentes, tudo a indicar o cabimento da proposta de suspensão condicional do processo conforme artigo 89 da Lei 9099/95. 
Assim, considerando que não foi feita a proposta pertinente, devem, os autos ser remetidos ao Ministério Público para tanto. 
b) Das nulidades 
- Inicialmente, houve nulidade do processo em razão da ausência de nomeação de defensor para a apresentação de resposta à acusação, faltando assim elemento essencial do processo, de acordo com o disposto nos artigos 564,inciso IV c/c o artigo 396-A, §2º ambos do Código de Processo Penal. 
- Além dessa nulidade, verifica-se outra decorrente da ausência de nomeação de defensor ao acusado presente da audiência de instrução, conforme artigo 564,inciso III, alínea ‘c’, c.c o artigo 261, ambos do Código de Processo Penal. 
- Por derradeiro, implica nulidade processual e recusa em interrogar o acusado presente na audiência de instrução, como se infere do contido nos artigos 564,inciso III, alínea ’e’, c.c o 185 “caput”, ambos do Código de Processo Penal. 
- Cabe salientar que todas as nulidades anteriormente citadas geraram cerceamento do direito de ampla defesa, assegurado no artigo 5º, inciso LV da Constituição Federal, bem como no artigo 8º, n.2, alíneas ‘c’ e ’e’ da Convenção Americana sobre Direito Humanos (Dec. n. 678/92). 
c) Do Mérito
 A conduta do acusado não apresenta tipicidade formal, (artigo 244 do CP) tendo em vista a ausência da elementar “sem justa causa”, pois o atraso dos pagamentos foi consequência da impossibilidade financeira de José, considerada a sua pequena renda mensal e a grande quantidade de despesas com alimentação (outra família constituída) e com remédios indispensáveis à sua sobrevivência. 
 Ademais, resta ausente a elementar “faltando ao pagamento de pensão alimentícia, pois tal pagamento foi realizado, ainda que atrasado e de forma parcelada”.
 Em caso de eventual condenação, deve a pena base ser fixada no patamar mínimo legal, tendo em vista a inexistência de circunstâncias judiciais negativas (artigo 59, caput, CP), bem como ser afastada a agravante pleiteada pela acusação (artigo 61,II,’e’ CP), por ser a qualidade de descendentes inerente ao crime imputado ao acusado (artigo 244 do CP), evitando assim “bis in idem”. Cumpre ainda reconhecer a presença da atenuante de o acusado ser maior de setenta anos no momento da sentença (artigo 65,I do CP).
 Partindo da premissa da aplicação da pena no patamar mínimo legal, requer a fixação de regime inicial aberto, de acordo com o disposto no artigo 33, §2º,’c’ do CP, com a substituição da pena por restritiva de direito, haja vista a presença dos requisitos legais contidos no artigo 44 do CP. Subsidiariamente, caso não se proceda à aludida substituição, requera concessão da suspensão condicional da pena, conforme possibilita o artigo 77 do CP. 
DO PEDIDO
 Ante o exposto, requer a remessa dos autos ao Ministério Público para que seja formulada a proposta de suspensão condicional do processo (artigo 89 da Lei n. 9099/95).
 Caso assim não entenda Vossa Excelência, requer a anulação do processo, a partir da citação, devolvendo-se o prazo para apresentação de resposta à acusação com fundamento do artigo 564,IV do Código de Processo Penal. Sendo afastado o aludido pedido, requer a anulação do processo, a partir da audiência de instrução, com fulcro no artigo 564, inciso III ‘c’ e ‘e’, do mesmo diploma legal. 
 Em caso de afastamento das pretendidas nulidades, requer absolvição do acusado, com base no artigo 386, inciso III, do Código de Processo Penal. 
 Para eventualidade de ser o acusado condenado, requer a aplicação da pena-base no mínimo legal, afastando-se a agravante de crime praticado contra descendente e reconhecendo-se a atenuante de ser o acusado maior de setenta anos no momento da sentença, com a fixação de regime inicial aberto e a substituição por penas restritivas de direitos, concedendo-se “sursis” se negado tal substituição. 
 Requer ainda a não fixação de valor mínimo para reparação de danos, tendo em vista a inexistência de prejuízo para o ofendido (artigo 387, IV do CPP), reconhecendo-se o direito de o acusado recorrer em liberdade (artigo 387, §1º do CPP).
Termos em que,
Pede deferimento
Local, 09 de agosto de 2010 (segunda-feira) (exclui o 1º dia)
Advogado
OAB n.
 
APELAÇÃO 
1) Verbo: Interpor – art.593 CPP (azul)
2) Identificação da peça – O magistrado proferiu sentença
3) Cabimento: Art. 593 I,II e III, 416 do CPP e lei 9099/95
I- Sentença definitiva condenatória/absolutória, inclusive absolvição sumária 
Tudo que for objeto da decisão do juiz poderá ser discutida na apelação. Também poderá haver apelação do réu para alterar fundamento da absolvição.
OBS: a sentença no caso do crime político pode gerar recurso ordinário constitucional, não cabe apelação e sim ROC para o STF (art. 102, b CF)
II- Decisões definitivas ou com força de definitivas 
São as decisões que encerram o processo sem julgar o mérito e desde que não caiba RESE, os casos de adequação de RESE estão previstos no art. 581 CPP, ou seja, o recurso se apelação nestes casos é residual, é preciso primeiro verificar se cabe RESE, se não couber, aplica-se apelação. 
Decisão do juiz que julga restituição de coisa apreendida (art.120 cpp)
Decisão do juiz que remete as partes para o juízo cível na restituição de coisa apreendida
Decisão do juiz que indefere o pedido de levantamento de sequestro (art.125 – 133 cpp)
Decisão que não homologa o laudo de busca e apreensão dos crimes contra propriedade imaterial
Decisão que julga o pedido de explicações nos crimes contra honra
OBS – Da decisão do juiz que indefere o pedido de restituição cabe apelação e se for o delegado cabe mandado de segurança. 
4) Competência 
a) Interposição: juiz “a quo” primeiro grau. (5 dias art.593 cpp)
Ex: Exc. Sr. Dr. Juiz de direito da ... Vara Criminal da Comarca de ...
Utilizar o verbo INTERPOR. 
Pedido – Recebido e processado o presente recurso e encaminhado com as razões inclusas ao egrégio tribunal
b) Razões/Contrarrazões: ao tribunal “ad quem” (8 dias art.600 cpp)
Ex: Egrégio Tribunal de Justiça, Colenda Câmara, Douta Procuradoria de Justiça. 
 
Obs.: na OAB fazer interposição e razões no prazo de 5 dias. 
 Se a parte foi intimada para apresentar as razões, estas deverão ser precedidas de uma petição de juntada, endereçada ao juiz de primeira instância. 
No caso das contrarrazões deverão sempre ir anexadas a uma petição de juntada dirigida ao juiz da causa. Utilizar o verbo APRESENTAR
5) Forma
a) Regra – Duas peças
Interposição – Recebido e processado 
Razões – Conhecido e provido
Exceções 
Apelação do JECrim – Art. 82 § 1º da lei 9099/95 – Peça única 
Recurso já interposto – Petição de juntada e as razões
Fazer: Problema n.13 
Legitimidade
MP – Poderá apelar sempre que houver sentença total ou parcialmente desfavorável à acusação nos crimes de ação penal pública
Querelante (Vítima) – Sempre que for a parte sucumbente em processo de ação privada. Em face do princípio da disponibilidade, poderá também desistir do apelo que houver interposto. 
Ofendido – Pode o ofendido/CADI apelar, mas apenas supletivamente, ou seja, apenas se o MP não tiver apelado. Pode o assistente de da acusação apelar de sentença condenatória, para elevar a pena imposta na sentença ou revogar a concessão de determinado benefício? Embora haja divergência, prevalece que sim, mas desde que haja inercia do MP. Caso o assistente esteja habilitado o prazo é de 5 dias, se não estiver o prazo é de 15 dias, o prazo inicia-se imediatamente após o termino do prazo do MP segundo a súmula 448 do STF. 
Réu – Poderá apelar de sentença absolutória excepcionalmente para mudar a fundamentação da absolvição para outra que lhe seja mais favorável. Art. 65 do CPP. 
Prazo 
Regra 
Interposição em 5 dias – Art. 593
Razões em 8 dias – Art. 600
OBS – Se pedir para datar no último dia do prazo, utilizar o prazo da interposição. 
Exceções 
JECrim – 10 dias
Contravenções fora do JECrin 
Interposição – Não muda
Razões – 3 dias
Assistente de acusação que somente poderá recorrer em caso de inercia do MP, se não está habilitado – 15 dias
Teses e pedidos 
Condenatória
I-1) Da acusação – Desde que haja sucumbência, sempre que a sanção penal seja mais branda do que o pleiteado na denúncia, ocorre em três situações 
a) Ter o réu sido condenado por crime mais leve do que a capitulação constante na inicial. Caso a acusação não concorde com a nova classificação pode, após sentença, interpor recurso de apelação. 
b) Ter o réu sido condenado a pena mais leve do que o pleiteado na denúncia. É o caso de ter sido excluída causa de aumento de pena ou agravantes contidas na inicial, ter sido acolhida causa de diminuição de pena ou atenuante não constantes na denúncia, ou ainda ter o juiz reconhecido o crime continuado, quando deveria ter reconhecido o concurso material de infrações
c) Ter o réu recebido indevidamente algum benefício para o cumprimento da pena. 
	TESES
	PEDIDOS
	Condenação pelo crime mais leve do que deveria 
	Alteração da classificação do delito
	Condenação a pena mais leve do que deveria
	Majoração da pena
	Concessão indevida do benefício
	Cassação do benefício 
I,2) Da defesa	
Nulidade processual – Se a nulidade é até o recebimento da inicial, inclusive, pede-se a anulação ab initio do processo, se o ato nulo for posterior pede-se a anulação a partir do ato viciado, se a nulidade estiver contida na própria sentença (como no caso de falta de fundamentação ou dosimetria da pena confeccionada com desobediência ao sistema trifásico, deve pedir a anulação da sentença. Deve ser alegado antes. 
Extinção de punibilidade – É possível arguir, embora tivesse de ser reconhecida de oficio durante o processo, não o sendo, sobrevindo a sentença condenatória. 
Tese de mérito – No tocante a tese de mérito, para a condenação, a sentença condenatória não poderia ter sequer existido. Excluem a justa causa da para a condenação as seguintes circunstancias: falta de tipicidade, incluindo-se a falta de prova da autoria e materialidade do delito, excludente de antijuridicidade, excludente de culpabilidade e presença de escusa absolutória. Em todos esses casos o pedido deverá ser de absolvição do apelante, com fundamento em um dos incisos do art. 386 do CPP. 
	Inciso I
	Estar provada a inexistência do fato
	Inciso II
	Não haver prova da existência do fato
	Inciso III
	Ser o fato atípico 
	Inciso IV
	Estar provado não ter o réu concorrido para a infração penal. 
	Inciso V
	Não haver prova de ter o réu concorrido para a infração (hipótese de concurso de pessoas) 
	Inciso VI
	Existir circunstanciasque exclua o crime ou isente de pena o réu (art. 20, 21, 22, 23, 26 e 28 § 1º CP), ou se houver fundada dúvida sobre sua existência
	Inciso VII
	Falta de prova
Tese subsidiária de mérito – Desclassificação do delito. 
- Quadro sentença condenatória
	TESE
	PEDIDOS
	Nulidade processual 
	Anulação do processo
	Extinção de punibilidade 
	Extinção de punibilidade
	Tese de mérito
	Absolvição
	Subsidiária de mérito
	Desclassificação ou redução da pena
 
 
II – Sentença Absolutória
- Da acusação: sempre pode apelar argumentando a existência de justa causa, cabalmente comprovada para a condenação.
- Da defesa: pode apelar, desde que gere alguma sucumbência, ou seja, desde que seja possível obter um provimento jurisdicional ainda mais favorável, que é o caso da sentença penal absolutória que faz coisa julgada nas esferas cível e administrativa. Só pode recorrer alegando tese de mérito especificamente por: 
*Estar provada a inexistência do fato – Art. 386 I
*Estar comprovado que não foi o autor da infração – Art. 386 IV
*Existir circunstância excludente de ilicitude – Art. 386 VI primeira parte
Profº Madeira					aula 08 				21/08
Problema n.13 Apelação 
Cliente: Saulo
Crime/pena: art.155 caput c.c 14,II CP
Tem Ação penal: sim
Momento: condenação de 4 meses, em inicial fechado
Competência: inter: juiz da 8ª vara criminal de Fortaleza, razões: para TJ
Peça: Apelação
Teses: 
- Nulidade: X não tem 
- Extinção da punibilidade: x não tem
- Mérito: crime impossível art.17 gera atipicidade 
- Subsidiária de mérito: Regime tem que ser o semiaberto art.33 e PRD (44)
Pedidos: 
Dica: Interp.: recebido e processado
 Razões: conhecido e provido
	EXCELÊTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE FORTALEZA. 
(5 linhas)
SAULO, já qualificado nos autos do processo crime número..., vem respeitosamente por seu advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável sentença que o condenou como incurso nas penas do artigo 155, caput, c.c artigo 14, inciso II ambos do Código Penal, perante Vossa Excelência, interpor RECURSO DE APELAÇÃO com fundamento no artigo 593, inciso I do Código de Processo Penal. 
Requer seja recebida e processada a presente apelação e encaminhada com as inclusas razões ao Egrégio Tribunal de Justiça. 
 Termos em que,
 Pede deferimento
 Local e data
 Advogado
 OAB nº..,
__________//__________________//______________________//_________________
Obs.: PETIÇÃO DE JUNTADA DAS RAZÕES
EXCELÊTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE FORTALEZA. 
SAULO, já qualificado nos autos do processo crime número..., vem respeitosamente por seu advogado que esta subscreve, dentro do prazo legal requerer a juntada das inclusas razões de apelação em anexo. 
 Termos em que, Pede deferimento, Local e data, Advogado, OAB nº..,
__________//__________________//______________________//_________________
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO
Apelante: Saulo
Apelada: Justiça Pública
Egrégio Tribunal de Justiça
Colenda Câmara
Douta Procuradoria de Justiça
Em que pese o indiscutível saber jurídico do MM. Juiz a quo impõe-se a reforma da respeitável sentença pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
DOS FATOS
O acusado foi processo por infração ao artigo 155, caput c.c o artigo 14, inciso II ambos do Código Penal. 
Segundo a denúncia, o acusado teria tentado subtrair a carteira da vítima, somente não logrando êxito pois foi esquecido o referido objeto em casa.
Acabou sendo condenado a pena de 4 meses de reclusão em regime inicial fechado por força da reincidência, que também impediu a concessão de pena restritiva de direitos.
DO DIREITO
- Excelência, trata-se de típico caso envolvendo crime impossível, previsto no artigo 17 do Código Penal.
Ora, a vítima não levava sua carteira consigo. Daí porque há absoluta impropriedade do objeto, a revelar a atipicidade da conduta que gera a absolvição do acusado.
 
Na remota hipótese de não ser acolhida tese retro, há equívocos na sentença que merecem reparo. 
-Em primeiro lugar, é de se observar que foi de maneira errônea fixado o regime inicial fechado pela reincidência. 
Com efeito o artigo 33, §2º,’b’ do CP, bem como a Súmula 269 do STJ, conduzem a conclusão da necessidade do regime semiaberto para o presente caso. 
Dispõe a Súmula 269 do STJ: 
 “ É admissível a adoção do regime prisional semiaberto aos 
 reincidentes condenados a pena igual ou inferior a 4 anos se 
 favoráveis as circunstancias judiciais”.
- Também errou o juiz ao impedir a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
Ora, o artigo 44, §3º do CP expressamente permite a substituição por pena restritiva de direitos, salvo se for reincidente específico.
É o caso dos autos! O acusado não é reincidente especifico e, desta forma, deve ser permitida a substituição por pena restritiva de direitos.
DO PEDIDO
Antes o exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso para que se reforme a respeitável sentença a fim de que o acusado seja absolvido com fundamento no artigo 386, inciso III do CPP.
Caso não seja este o entendimento requer a fixação do regime inicial semiaberto, nos termos do artigo 33, §2º,‘b’, do CP.
Bem como a substituição de pena restritiva de direito (artigo 44, §3º do CP). Requer por fim, seja reconhecido o direito de aguardar o transito em julgado em liberdade.
Local e data
Advogado
OAB nº
REVISÃO CRIMINAL (art. 621 e ss do cpp )
A RC pressupõe o trânsito em julgado 
Só cabe, em regra, em sentença penal condenatória.
Exceção: Caberá RC de sentença absolutória imprópria que é aquela que impõe medida de segurança. 
CUIDADO: o sujeito pode apelar para mudar o inciso da absolvição, mas não pode utilizar a RC para este fim. 
CABIMENTO ART. 621 CPP 
I - Sentença condenatória contraria ao texto expresso em lei ou a prova dos autos
Cabe de sentença absolutória imprópria. 
 Exemplos: 
a) O réu acusado do crime de aborto é condenado sem que haja nos autos qualquer exame de corpo de delito
b) Réu condenado com base em prova obtida por meio de interceptação telefônica não autorizada pelo juiz
c) Defesa tenha cabalmente comprovada a tese de mérito e ainda assim tenha sobrevindo condenação. 
II - Quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos. (prova falsa)
Prevalece que a prova da falsidade não pode ser produzida no âmbito da revisão criminal, mas deve ser acolhida em procedimento de justificação criminal com tramite perante o juízo de primeiro grau perante o qual correu o processo originário. 
III - Quando após a sentença se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstancias que determine ou autorize diminuição especial da pena. (erro de avaliação pelo juiz).
Assim como no caso precedente, a nova prova deve ser colhida em procedimento prévio de justificação criminal. 
2) COMPETÊNCIA NA RC
2.1) Causa de competência originária 
	Juiz não julga RC. Quem julga é o tribunal. 
Regra: 1º TJ/TRF.
Direcionada para a justiça em que transitou em julgado.
2.2) RC no STF/STJ 
São competentes pra a RC de seus julgados ex: mensalão. (não tem escadinha*)
Ex: TJ julgou a apelação e transitou em julgado. => comp. TJ 
Ex: STJ julgou a apelação e transitou em julgado. => comp. STJ
Ex: STF julgou a apelação e transitou em julgado. => comp. STF
Exceções: 
- Se a condenação tiver sido imposta ou mantida pelo STF, em grau de recurso ou ação de competência originária, apenas a ele caberá apreciar a correspondente revisão criminal 
- Se a condenação tiver sido imposta ou mantida pelo STJ, nas mesmas circunstancias acima, é a esse que caberáreconhecer a revisão criminal. 
- OBS – A existência de julgamento de recurso extraordinários só trará a revisão à competência do STF e do STJ, se o fundamento da ação revisional coincidir com a questão discutida em sede do recurso extraordinário 
2.3) RC no Jecrim
Competência é da Turma recursal 
3) TESES E PEDIDOS 
a) art. 626 cpp (são os mesmo pedidos dos memoriais e da apelação)
- Anular o processo 
- Extinguir a punibilidade
- Alterar a classificação
- Absolver o réu
- Modificar a pena
	b) art. 630 cpp
		Direito à justa indenização 
Atenção: o Tribunal fixará o direito a indenização, mas não fixará o valor da indenização. O valor será arbitrado em liquidação de sentença na vara da fazenda pública.
4) RC e a FGV
a) Pode ser feita justificação criminal: produção antecipada de provas art.846 e SS do CPC. Competência: do juiz criminal de 1º grau.
b) RC: mencionar que houve a justificação criminal. 
Fazer EXERCÍCIO problema 37.
RESUMO - PEÇAS
1) RESPOSTA À ACUSAÇÃO - RA
a) fundamento: 396, 396-A
b) teses e pedido
1.nulidade
2.mérito/ext.da punibilidade - absolvição sumária art.397
3.rejeição tardia 395 
4.desclassificação – mudança de competência ou gerar o benefício do sursis art.89 lei 9099/95
ATENÇÃO: erros a serem evitados :
NUNCA - Pedir absolvição do 386
2) MEMORIAIS, APELAÇÃO e REVISÃO CRIMINAL
2.1) fundamento:
a) Memoriais - 403, §3º c/c 404, p.U. CPP
b) Apelação - 593,I, II, III e também no 416, ambos do CPP
c) Revisão Criminal - 621e ss
2.2) teses e pedidos
Nulidade
Extinção.da punibilidade
Desclassificação 
Absolvição 386
Subsidiaria de mérito: Pena, Regime, PRD, etc
2.3) pedido que só cabe na RC – reconhecimento do direito a justa indenização pelo erro judiciário. 
ATENÇÃO: erros a serem evitados :
NUNCA – a) pedir rejeição da denúncia tardia 395
 b)Absolvição sumária art.397
Professor: Flávio Martins – 21/08/2014
Aula 09.
Resolução peça
Mário, após violenta discussão com Antônio, agride-o com um cano, causando-lhe ferimentos,
ato presenciado por duas testemunhas. Durante o inquérito policial, depois do primeiro
exame em Antônio, realizado 15 dias após o fato, foi ele intimado para comparecer após 90
dias, tendo os peritos, com base em informes do ofendido e de registros hospitalares, pois
desaparecidos os vestígios, afirmando a incapacidade para as ocupações habituais por mais
de 30 dias. Concluído o inquérito, Mario foi denunciado e condenado nas penas do artigo
129, parágrafo 1, I, do CP. O acusado Mario e seu advogado deixaram escoar o prazo de
impugnação da sentença.
Questão: Como novo advogado, o que faria em favor de Mário? Redija a peça.
Peça: Revisão Criminal
Artigo 621, inciso I, CPP.
Uma peça -> endereçada para o Presidente do TJ.
Qualificação completa do requerente.
Falar da “procuração anexa”.
- Existe a prova da lesão corporal, mas não existe prova que comprove a gravidade da lesão.
Artigo 168, parágrafo 2, CPP.
Artigo 158, CPP -> vestígios do crime = exame de corpo de delito.
Pedidos
Procedente o pedido
Desclassificação de lesão corporal grave para lesão corporal de natureza leve (do
artigo 129, parágrafo 1 para artigo 129, “caput”, CP).
Lesão corporal de natureza grave = pena máxima 5 anos.
Lesão corporal de natureza leve = pena máxima 1 ano – Competência do JeCrim, lei 9099/95.
Desclassificação = incompetência “ab initio” – artigo 564, I, CPP.
Lesão corporal de natureza grave, ação penal pública incondicionada.
Lesão corporal de natureza leve, ação penal pública condicionada a representação.
Nulidade pela falta da representação (artigo 564, inciso III, alínea “a”, CPP).
Remessa ao juizado especial.
Reconhecimento da indenização (artigo 630, CPP).
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de ...
Mário, nacionalidade, estado civil, profissão, endereço, filiação, RG ..., CPF ..., por seu
advogado que esta subscreve (procuração anexa – documento 1), inconformado com a
respeitável decisão do juiz de direito da ... Vara Criminal da Comarca de ..., que o condenou
pela prática do crime previsto no artigo 129, parágrafo 1, inciso I, do Código Penal,
respeitosamente se faz presente ante Vossa Excelência para propor Revisão Criminal, com
fulcro no artigo 621, I, do Código de Processo Penal.
Dos Fatos
O revisionando foi processado e condenado pela prática de lesão corporal de natureza grave
(artigo 129, parágrafo 1, inciso I, CP).
Ocorre que, embora haja prova da lesão corporal (exame de corpo de delito realizado 15 dias
após o fato), não houve exame complementar, já que este teria sido agendado para 90 dias
após o fato, quando os vestígios já não existiam.
Do Direito
Jamais poderia o revisionando ser condenado pelo crime de lesão corporal de natureza grave
(artigo 129, parágrafo 1, inciso I, CP).
Isso porque não há nos autos prova hábil a provar a gravidade dessa lesão.
Ora, o código de processo penal, no artigo 168, parágrafo 2, é claro ao determinar que o
exame complementar, em crimes dessa natureza, deve ser realizado 30 dias após os fatos.
No caso em tela, por negligência do Estado ou da vítima, a prova não foi realizada,
contrariando dispositivo legal.
Eventuais declarações da vítima, de testemunhas ou documentos hospitalares não serão
capazes de suprir a falta da prova pericial, em razão do artigo 158, do CPP, que afirma ser
imprescindível a prova pericial quando o crime deixar vestígios.
Assim, é imperiosa a desclassificação do crime de lesão corporal grave para lesão corporal de
natureza leve (artigo 129, “caput”, do Código Penal).
Tratando-se o crime de lesão corporal de natureza leve de uma infração de menor potencial
ofensivo, verifica-se, pois, a incompetência do juízo, já que é competente para processar essa
infração o Juizado Especial Criminal.
Dessa maneira, em razão do artigo 564, inciso I, do CPP, verifica-se que o processo é
absolutamente nulo “ab initio”.
E não é só: tratando-se o crime de lesão leve de ação penal pública condicionada a
representação, inexistindo esta nos autos, o processo é nulo, “ab initio”, nos termos do artigo
564, inciso III, “a”, CPP.
Dos Pedidos
Diante do exposto, requer seja julgado procedente o presente pedido, a fim de que, nos
termos do artigo 626, do CPP, seja desclassificado o crime para lesão corporal de natureza
leve (artigo 129, “caput”, CP). Em decorrência dessa desclassificação, requer seja declarada
nulidade “ab initio” do processo, nos termos do artigo 564, I e III, “a”, do CPP. Requer sejam
os autos remetidos ao Juizado Especial Criminal, para que a vítima ofereça a representação,
se ainda houve o prazo decadencial de 6 meses. Requer, por fim, seja reconhecido o direito a
indenização, nos termos do artigo 630, do CPP.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB.
Recurso em Sentido Estrito (RESE)
- Recurso feito em duas peças: interposição + razões.
Interposição para o juiz da causa “a quo”
O juiz “a quo” poderá fazer juízo de retratação, artigo 589, CPP.
Razões enderençada para o Tribunal (TJ, TRF).
- Prazo
Interposição: 5 dias.
Razões: 2 dias.
Esses prazos são contados a partir da intimação.
OAB duas opções:
Peça de interposição + razões (5 dias) -> artigo 581, CPP (marcar de azul).
Recurso já foi feita a interposição, nesse caso faz a petição de juntada mais as razões,
no prazo de 2 dias e o fundamento da petição de juntada é o artigo 588, CPP (marcar
de azul).
- Cabimento do RESE
Artigo 581, CPP.
RESE só cabe contra decisão de juiz.
IV – pronúncia (aula de júri).
Incisos:
I. Cabe RESE contra decisão ou rejeita denúncia ou queixa
Pedido: Recebimento da denúncia ou queixa.
O que a OAB mais cobrou.
Observação: No JeCrim, o juiz rejeitar denúncia ou queixa, cabe apelação, nos termos do artigo
82, da lei 9099/95.
II. Decisão do juiz que se declara incompetente de ofício
III. Se o juiz julga procedentes

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