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desenvolvendo a carreira

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM LIDERANÇA E COACHING
Fichamento de Estudo de Caso
Nome do aluno André Luiz Manhães da Silva
Trabalho da disciplina desenvolvendo a carreira. 
 
 PETROPOLIS 
Ano 2019
Estudo de Caso de Harvard: Hewellet Packard: Cultura em Tempos de Mudanças.
Referência: Michael Beer, Rakesh Khurana, James Weber.
 
Texto do Fichamento:
Mudar a cultura de uma organização talvez seja um dos desafios mais difíceis em termos de gestão. No cenário mundial onde as mudanças ocorrem com muita rapidez, a empresas tem que correr e se reinventar a todo instante para garantir a sobrevivência em um mundo cada dia mais competitivo.
 O caso da Hewlett-Packard ( HP) ilustra bem como uma empresa com uma mentalidade tradicionalista precisou se adaptar e vencer a resistência interna para continuar viva no mercado. 
Fundada em 1939 a HP possui a uma cultura conhecida como HP Way considerada progressista para a época. Ligada aos valores dos seus fundadores Bill Hewlett e Dave Packard dava mais ênfase ao lucro do que ao aumento de receita, práticas salariais igualitárias (ninguém recebia benefícios melhores que outros), pleno emprego, horários flexíveis e gestão de portas abertas. Vendendo principalmente equipamentos de teste e mensuração, nas primeiras quatro décadas de existência, altas margens de lucro eram alcançadas e o HP Way mostrava-se um sucesso entre os colaboradores. 
Na década de 1970, a HP lança computadores e impressoras para uso industrial. Os computadores exigiam alto investimento na área de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e um modo de trabalho integrando várias áreas da indústria, o que divergia da abordagem descentralizada que havia funcionado muito bem até esse momento. 
 Em meados da década de 1990, a HP entra no mercado de computadores para uso doméstico com margem de lucro mais baixa, o que gerava dúvidas em seus fundadores se o negócio de PCs seria uma boa opção para uma empresa culturalmente voltada aos altos lucros. No entanto, nessa época, a HP torna-se uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, alcançando a liderança e m impressoras e computadores UNIX com faturamento apresentando crescimento de mais de 20% ao ano e figurando entre as três maiores empresas de tecnologia do mundo, atrás apenas da IBM e Compaq que logo viria a se r substituída pela Dell. 
No final da década de 1990, mudanças no setor de tecnologia exigiram que as indústrias desse ramo reavaliassem suas estratégias e organizações. Os grandes compradores passaram a exigir não apenas produtos de ponta, mas soluções em tecnologia, um serviço que a IBM, uma das maiores concorrentes da HP, já ofertava. Além disso, o rápido aparecimento e crescimento da internet gerava uma demanda nova, com novas necessidades dos usuários de acessarem seus computadores onde quer que estivessem.
Isso significava que fornecedores de tecnologia como a HP precisavam ofertar soluções integradas e que se comunicasse com dispositivos fornecidos por outras empresas. A internet também abria caminho para que as empresas vendessem on-line diretamente aos consumidores.
 
A Dell foi pioneira em um modelo de negócios que girava em torno da venda de computadores e produtos correlatos pela internet, o que proporcionava uma estrutura comercial mais leve, sem lojas físicas e a montagem de computadores sob encomenda, baixando custo de estoque de produtos acabados. Começava a acontecer uma importante mudança no mercado de tecnologia mundial, e o desempenho da HP, resistente a mudanças, começou a fraquejar. 
Com cada divisão buscando individualmente seus consumidores, ausência de soluções integradas (impressoras jato de tinta não “conversavam” com impressoras laser) e um modelo de negócios obsoleto, a tentativa de manter o HP Way, fez com que a HP não acompanhasse o crescimento de 20% do mercado de computadores e em 1998, atingindo a penas 10% entre 1993 e 1998. A velha estratégia de criar produtos e esperar que os consumidores os procurassem não funciona mais. A mudança de estratégia se fez necessária para que a HP permanecesse no mercado. 
Em 1999 a HP contrata Carly Fiorina, uma executiva acostumada a desafios desde o inicio de sua carreira na AT&T em 1979, mas que era novata no setor de computadores. 
Poucos meses após sua chegada, Fiorina anuncia uma mudança organizacional, para implementar o modelo de negócios front-back, unindo 80 divisões operacionais em apenas duas de vendas e uma de marketing front-end e duas outras voltadas a P&D e produção de back-end. A reorganização foi fortemente impulsionada pelo desejo dos consumidores em comprar soluções integradas e pelo pensamento de Fiorina em oferecer aos clientes essas soluções e facilitar o acesso do consumidor final aos produtos HP. 
Mais essa mudança organizacional sofreu forte pressão dos executivos acostumados ao modelo descentralizado do HPWay, e que temiam que a nova estrutura apresentasse impacto a seus empregos, Fiorina segue em frente e implementa um modelo comercial mais competitivo e estabelece metas de crescimento de 15% já para o ano 2000, gerando descrença entre os funcionários que não entendiam como a empresa chegaria a esse número enfrentando um mercado altamente competitivo e tendo em vista o crescimento de 7% em 1999. Apesar das dúvidas, o faturamento da HP cresceu um pouco mais de 15% no ano. Adotando a filosofia de “preservar o que presta e reinventar o resto”, F iorina reinventa o HPWa y. Solicita uma lista a agência responsável pela publicidade, listando os pontos chave para atualizar as práticas e crenças dos fundadores com a era da internet. Não sem antes sofrer duras críticas, passa a implementar uma política de remuneração baseada em desempenho para executivos e vendedores e substitui o plano de distribuição de resultados por bonificação individual caso a empresa superasse um determinado patamar. Fiorina também empurra a ênfase da HP para aumento da receita, acima dos lucros. Em 2001 a HP inicia uma negociação que mudaria para sempre sua historia. Em maio 
Desse ano, Fiorina é procurada pelo CEO da Compaq para discutir a possibilidade de fusão das duas empresas. Em setembro a fusão é anunciada ao público. Após travar uma verdadeira batalha judicial com Walter Hewllett filho de um dos fundadores e que se opunha à fusão, Fiorina lidera as negociações e concretiza o negócio. 
O desempenho da HP ficou confuso após a fusão e a empresa teve um desempenho financeiro negativo em 2002 pela primeira vez na história, mas muito se deu por causa de uma grande recessão no setor,e em 2003 o preço da ação da HP cai 10%. 
Apesar do baixo desempenho financeiro, e da necessária perda de mais de 20.000 empregos, que fez com que a empresa reduzisse os custos operacionais em US$ 3,5 bilhões, a HP é citada na Revista Fortune em 2003 como uma das melhores empresas para se trabalhar. A mudança cultural e estratégica fizeram com que a empresa saísse da estagnação perigosa e a levaram a ser uma das principais líderes de insumos tecnológicos na atualidade. 
 Pessoas que passam muito tempo em uma única organização acabam por encarar a mudança de forma pessimista e a suspeitar dos motivos e da necessidade das transformações. As evidências mostram que as empresas podem se aperfeiçoar de forma significativa. Os desafios atuais, são muito diferentes dos desafios da época da criação da HP. Uma economia globalizada está gerando mais riscos, mas também mais oportunidades a todos, forçando empresas a fazer melhorias, não apenas para crescer, mas também para se manter viva no mercado. 
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