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Direito Civil Sucessões

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Direito das Sucessões
Disciplina a transmissão do patrimônio (ativo e passivo) do “de cujus” (autor da herança) a seus sucessores.
A abertura da sucessão ocorre no instante da morte do “de cujus”, transmitindo-se automaticamente a herança a seus herdeiros legítimos e testamentários (art. 1784, Código Civil). Nisso consiste o princípio da “saisine”, segundo o qual o próprio falecido transmite a propriedade e a posse de seus bens aos herdeiros.
- Efeitos da Saisine:
a lei que rege a sucessão é a vigente na época da morte do autor da herança (art. 1787, Código Civil);
os herdeiros continuam com a posse dos bens do autor da herança com as mesmas características (art. 1206, Código Civil);
o herdeiro que sobreviveu ao de cujus, ainda que por um instante, herda os bens deixados e os transmite a seus sucessores se morre em seguida;
o foro competente para o processamento do inventário é o do lugar do último domicílio do falecido (art. 1785, Código Civil)
- Espécies de Sucessão –
legítima: é aquela oriunda da lei. Ocorre quando a pessoa morre sem deixar testamento, ou se este for nulo ou caducado. Nestes casos, a herança se transmite de acordo com a ordem estabelecida em lei;
testamentária: quando houver testamento ou codicilo. Se não houver herdeiros necessários a pessoa poderá testar sobre todos os seus bens. Caso existam herdeiros necessários, ela só poderá dispor de metade de seus bens. A sucessão pode ser legítima e testamentária quando houver testamento, mas não abranger todos os bens do falecido;
contratual: não é admitida pelo nosso ordenamento jurídico, por estarem proibidos os pactos sucessórios. Ninguém pode dispor de herança de pessoa viva (art. 426, Código Civil);
universal: quando o herdeiro é chamado a suceder na totalidade da herança, fração ou porcentagem. Pode ocorrer na sucessão legítima ou testamentária;
singular: quando o testador deixa um bem certo e determinado a uma pessoa. Esta denominada legatário.
A sucessão legítima é sempre universal. Já a testamentária pode ser universal ou singular.
- Espécies de herdeiros –
legítimo: é o indicado pela lei (art. 1829, Código Civil);
testamentário: é aquele beneficiado por parte ideal da herança por testamento. 
Legatário: Aquele que receber bem individualizado da herança;
necessário: descendente ou ascendente sucessível ou cônjuge.
DA HERANÇA E SUA ADMINISTRAÇÃO
	A herança é indivisível até a partilha e será regulada pelas normas relativas ao condomínio. O co-herdeiro pode alienar ou ceder sua cota-parte, mas não pode dispor de bem determinado da herança (art. 1793, §2°, Código Civil).
	O co-herdeiro tem direito de preferência em caso de cessão de direitos hereditários. Ele poderá exerce-lo até 180 dias após a transmissão pelo outro co-herdeiro.
	O herdeiro pode ceder seu quinhão ou o direito à sucessão aberta, desde que o faça por escritura pública. 
	Cessão de direitos hereditários (gratuita ou onerosa) consiste na transferência que o herdeiro, legítimo ou testamentário, faz a outrem de todo o quinhão ou parte dele, que lhe compete após a abertura da sucessão.
	O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança (art. 1792, Código Civil).
Administração da herança: o inventário deve ser instaurado no prazo de 30 dias (art. 1796) – 60 dias (art. 611 do Código de Processo Civil) a contar da abertura da sucessão. Até a assinatura do compromisso do inventariante, a administração provisória da herança caberá, sucessivamente:
ao cônjuge ou companheiro;
ao herdeiro que estiver na posse dos bens;
a pessoa de confiança do juiz.
LEGITIMAÇÃO PASSIVA PARA SUCEDER
	A regra é a legitimação para suceder. As pessoas nascidas ou as já concebidas no momento da abertura da sucessão são legitimadas para suceder (Art. 1798, Código Civil). Esta regra vale para as sucessões legitima e testamentária.
	Na sucessão testamentária podem ainda suceder:
os filhos ainda não concebidos de pessoas indicadas pelo testador desde que estas estejam vivas no momento da abertura da sucessão. A Prole deverá nascer no prazo de 2 anos a contar da abertura da sucessão (abrange também os casos de adoção);
pessoa jurídica;
pessoa jurídica cuja organização for determinada pelo testador sob forma de fundação.
Falta de legitimação para suceder (art. 1801, Código Civil): 
da pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, bem como seu cônjuge ou companheiro e seus ascendentes e irmãos (note-se que a lei nada diz a respeito dos descendentes);
das testemunhas do testamento;
do concubino do testador, casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge a mais de cinco ano. O filho do concubino pode receber herança (este prazo é de 02 anos);
do tabelião civil ou militar ou do comandante ou escrivão perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento.
Aceitação da herança:
	É o ato pelo qual o herdeiro concorda com o recebimento dos bens oriundos da abertura da sucessão do de cujus:
	Espécies:
Expressa: resulta de manifestação escrita do herdeiro (ex.: procuração do herdeiro para advogado, constando expressamente que aceitará a herança);
Tácita: quando extraída de conduta típica de herdeiro que aceita a herança (ex.: defesa da posse dos bens da herança; a procuração para representar no processo de inventário). Condutas como de guarda e conservação do bem não configuram aceitação tácita (ex.: herdeiro que guarda o carro para que este não se deteriore na rua);
Presumida: quando o herdeiro é notificado para se manifestar, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, se aceita a herança e permanece em silêncio. Normalmente, esta atitude é adotada pelos credores do herdeiro (art. 1807, Código Civil).
	A aceitação é ato jurídico unilateral, pois se aperfeiçoa com uma única manifestação de vontade, e não precisa ser comunicada a outrem para que produza seus efeitos. 
	Ela é indivisível e incondicional, pois o herdeiro não pode aceitar a herança em parte ou sob condição ou termo. Ela é também irretratável.
Obs.: o herdeiro agraciado com cota-parte de sucessão legítima e testamentária pode aceitar uma e renunciar a outra, como também aceitar as duas (é o caso de filho –legítima- que ainda será agraciado pelo testamento).
Renúncia da herança:
	É ato jurídico unilateral pelo qual a pessoa manifesta a intenção de se demitir da qualidade de herdeiro.
	A renúncia precisa ser expressa e constar obrigatoriamente de instrumento público ou termo judicial, lançado nos autos do inventário. Não se admite renúncia tácita ou presumida.
Espécies:
abdicativa ou propriamente dita: quando o herdeiro renuncia a herança sem praticar qualquer ato de aceitação. A sua parte da herança retorna ao monte a ser partilhado (aqui só será devido um imposto, o ITCM, Imposto de Transmissão Causa Mortis);
translativa: quando o herdeiro renuncia a herança em favor de determinada pessoa. Neste caso, houve aceitação e depois transmissão da herança. Por isso, são devidos 02 tributos, ou seja, transmissão causa mortis e ato inter vivos.
Pressupostos:
Capacidade Jurídica do renunciante;
Anuência do cônjuge se o renunciante for casado, salvo no regime de separação absoluta de bens. O direito a sucessão aberta é considerado bem imóvel, portanto necessária a outorga uxória (vênia conjugal). Há quem defenda ser desnecessária a anuência do cônjuge, pois a lei não permite a alienação unilateral pelo cônjuge. Sendo assim, sendo regime de comunhão universal e parcial, é necessária a anuência;
Inexistência de prejuízo a terceiros: nesta hipótese, os credores podem aceitar, mediante autorização judicial, a herança do renunciante.
A renúncia pode ser feita por mandato ou representante legal.
Efeitos da Renúncia:
1°) o herdeiro renunciante será excluído da sucessão como se nunca tivesse sido chamado;
2°) acréscimo da parte do herdeiro renuncianteao monte partilhável;
3°) proibição de sucessão por representação da parte do herdeiro renunciante.
	A renúncia será absolutamente invalidada se for feita por outra forma que não escritura pública ou termo judicial, ou por incapacidade do renunciante.
	A nulidade será relativa se houver erro, dolo ou coação na confecção da renúncia, ou quando não precedida de anuência do cônjuge. 
	A renúncia é irretratável e retroage à data da abertura da sucessão, fazendo com que a parte do renunciante pertença aos demais herdeiros desde aquela data.
	A parte do renunciante fica no monte em favor dos demais herdeiros. Se divide entre os demais.
Dos excluídos da sucessão 
indignidade: constitui sanção civil imposta ao herdeiro ou legatário, privando-o do direito sucessório por ter praticado contra o falecido ato considerado ofensivo. São considerados ofensivos:
autoria ou participação em homicídio doloso ou em sua tentativa contra o autor da herança, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente. Não há necessidade do trânsito em julgado da sentença penal condenatória para configurar esta indignidade. De maneira alguma, abrange a hipótese de instigação ao suicídio.
acusar o de cujus caluniosamente em juízo (denunciação caluniosa) ou incorrer em crime contra sua honra, de seu cônjuge ou companheiro (injúria, calúnia ou difamação). Aqui precisa do transito em julgado, pois a lei refere-se expressamente em crime;
inibir ou obstar por violência ou meios fraudulentos o de cujus de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade (testamento) .
	O ofendido pode reabilitar o herdeiro desde que o faça por testamento ou por outro documento autêntico (escritura pública)
	Diferença entre indignidade e deserdação:
a indignidade decorre da lei, e a deserdação é feita pelo autor da herança, por testamento, para punir o herdeiro, fundado em motivo justo;
a indignidade pode ocorrer na sucessão legítima e testamentária, enquanto a deserdação só é cabível na testamentária;
a indignidade pode atingir todos os sucessores, enquanto a deserdação visa aos herdeiros legítimos.
Procedimento:
	A exclusão do indigno depende do ajuizamento de ação específica, a qual deverá ser proposta por quem tenha interesse na sucessão e no prazo decadencial de 4 anos, contados da abertura da sucessão.
	Só estão legitimados ativamente aqueles que podem se beneficiar com a exclusão. A ação é: Ação de Exclusão de herdeiro por indignidade ou Ação declaratória de indignidade.
Efeitos:
	Os efeitos são pessoais ao herdeiro indigno. Os descendentes do herdeiro excluído sucedem como se ele fosse morto antes da abertura da sucessão. 
	Os efeitos retroagem à data da abertura da sucessão, com isso, o indigno é obrigado a restituir os frutos e rendimentos que recebeu dos bens da herança, mas tem direito a indenização pelos gastos com a conservação deles.
	Os bens retirados do indigno chamam-se EREPTÍCIOS.
	A exclusão acarreta a perda do direito ao usufruto e à administração dos bens que a seus filhos couberem na herança e à sucessão eventual desses mesmos bens.
	São válidas as alienações onerosas feitas	pelo herdeiro indigno a terceiro de boa-fé e se ostentava aparentemente a condição de herdeiro (teoria da aparência).
Herança Jacente: período que vai da morte até o aparecimento de herdeiros ou da decretação da vacância da herança.
	Ocorre quando a sucessão se abre e não há conhecimento da existência de herdeiros nem de testamento
	A herança Jacente não possui personalidade jurídica, constituindo-se num, acervo de bens, administrado por um curador até eventual habilitação de herdeiros. Entretanto, a herança jacente possui legitimidade ativa e passiva processual.
	Não havendo herdeiro aparente, o juiz promove a arrecadação dos bens para preservá-los e entrega-los a eventual herdeiro ou ao poder público, caso a herança seja declarada vacante. Enquanto isso, a herança é administrada por um curador nomeado pelo juiz. Serão publicados editais para o comparecimento de sucessores (arts. 1143 e 1157, CPC)
Herança Vacante
	
	Serão declarados vacantes os bens da herança jacente se, praticadas todas as diligências, não aparecerem herdeiros. Esta declaração não prejudicará futuros herdeiros que legalmente se habilitarem, mas, decorridos 5 anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados se tornarão de propriedade do município ou do DF, se localizados em suas respectivas circunscrições, ou pertencerão à União, caso estejam em território federal. Ficarão excluídos da sucessão, os colaterais que não se habilitarem até a declaração de vacância.
	
Petição de Herança
	Trata-se da ação que compete ao sucessor preterido, para que o tenha reconhecido o seu direito sucessório e para obter sua parte da herança.
	Esta ação pode ser dirigida a outro herdeiro ou contra quem esteja na posse dos bens da herança, ou seja, réu nessa ação é a pessoa que está na posse da herança.
	A procedência da ação, após o trânsito em julgado, gera o reconhecimento da ineficácia da partilha em relação ao autor da herança, não havendo necessidade da anulação da partilha.
	Esta ação prescreve em 10 anos. Súmula 49 do STF: é imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança.
	
Sucessão Legítima
	Ocorre quando não há testamento, no caso de sua invalidade ou caducidade, e também em relação aos bens não compreendidos no testamento. Nesses casos, a lei defere a herança a pessoas da família do falecido, observando-se a ordem de vocação hereditária.
	Ordem de vocação hereditária consiste na relação preferencial que a lei estabelece para a sucessão.
	O chamamento dos herdeiros é feito de acordo com a ordem de vocação hereditária ou por classes, isto é, os mais próximos excluem os mais remotos.
	Dentro de uma mesma classe, a preferência ocorre pelo grau: o mais afastado é excluído elo mais próximo. Exemplo: netos são afastados pelos filhos do de cujus.
Direito de Representação
Direito de representação ocorre quando alguém é chamado a suceder em lugar de parente mais próximo do autor da herança, pois esse parente morreu antes do decujus.
O representante deve ser descendente do representado e deve ser legitimado a receber a herança do representado no momento da abertura da sucessão.
O Direito de Representação ocorre na linha dos descendentes, nunca na dos ascendentes.
Entre os colaterais, somente há direito de representação em favor dos filhos de irmãos do falecido (sobrinhos).
Não há Direito de Representação no caso de renuncia de herança.
Os representantes herdam a cota que receberia o representado, a qual será partilhada igualmente entre os representantes. 
A cota do representante não responde pelas dividas do representado, mas somente pelas dividas do autor da herança.
Ordem de vocação hereditária (art. 1829, Código Civil):
descedentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal ou no da separação obrigatório de bens; ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares. 
Os descendentes mais próximos excluem os mais remotos, salvo os chamados por direito de representação. 
Os descendentes podem suceder por cabeça ou por estirpe (representação), de acordo com o grau em que se encontrarem.
		
II.	Ascendentes
	Não havendo descendentes, os ascendentes serão chamados à sucessão em concorrência com o cônjuge sobrevivente.
- Regras
1ª) o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas;
2ª) havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra metade ais da linha materna;
3ª) o cônjuge terá direito a 1/3 da herança se concorrer com os pais do falecido. Terá direito à metade da herança se houver apenas um dos pais ou se os ascendentes estiverem de 2° grau em diante;
4ª) não há direito de representaçãode ascendentes.
III. 	Cônjuge sobrevivente
	Na falta de ascendentes e descendentes, o cônjuge sobrevivente receberá a herança por inteiro, desde ao tempo da morte do outro cônjuge não estavam separados extra ou judicialmente, nem de fato há mais de 2 anos, salvo prova, neste caso, de que a convivência se tornou impossível sem culpa do sobrevivente.
	O Cônjuge é herdeiro necessário, logo, não pode ser excluído por testamento.
	 Regras de concorrência com os descendentes:
o cônjuge não concorrerá com os descendentes se o regime de casamento for o da comunhão universal ou da separação obrigatória, ou, no regime da comunhão parcial, o falecido não deixar bens particulares;
o cônjuge concorrerá com descendentes se o regime de casamento for da separação convencional de bens, da comunicação final dos aquestos ou no regime da comunhão parcial de bens se o falecido deixar bens particulares;
em concorrência com os descendentes, o cônjuge receberá quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça e sua cota não poderá ser inferior a ¼ da herança, se for ascendentes dos herdeiros com quem concorrer.
IV.	Colaterais
	
	Os colaterais até 4° grau serão chamados a suceder se não houver descendentes, ascendentes e cônjuge sobrevivente. Entre os colaterais, os de grau mãos próximo excluem os de grau mais remoto, salvo direito de representação concedido aos filhos de irmãos.
	Concorrendo à herança irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes receberá metade do que cada um daqueles herdar. Esta regra também será aplicada quando a sucessão for de sobrinhos bilaterais com sobrinhos unilaterais.
	Não havendo irmãos bilaterais, os unilaterais receberão cotas iguais.
	Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e depois os tios.
	
Companheiros (art. 1.790, Código Civil):.
	
	União estável: aplica-se o regime da comunhão parcial de bens, quando os conviventes não estabelecerem o contrário
	A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro quanto aos bens adquiridos ONEROSAMENTE na vigência da união estável nas seguintes condições:
Se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma cota equivalente à que por lei for atribuída aos filhos;
se concorrer com descendentes só do autor da herança, receberá metade do que couber a cada um daqueles;
se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a 1/3 da herança;
não havendo parentes sucessíveis, receberá a totalidade da herança.
HERDEIROS NECESSÁRIOS
	São os descendentes (filhos, netos, bisnetos etc.), ascendentes (pais, avós, bisavós etc.) sucessíveis, ou seja, parentes em linha reta não excluídos por indignidade ou deserdação; bem como o cônjuge. O companheiro não é herdeiro necessário por ausência de previsão legal.
	A lei assegura ao herdeiro necessário o direito à legítima, que corresponde à metade dos bens do falecido. A outra metade chama-se porção disponível e pode ser deixada livremente. Se não houver herdeiros necessários, pode dispor de todos os seus bens. 
	A legítima é calculada sobre todos os bens deixados, abatidas as dívidas e as despesas de funeral.
	O herdeiro necessário agraciado pelo testamento não perde o direito à legítima.
	Os colaterais não são herdeiros necessários, logo, para serem excluídos da sucessão, basta que o testador não os contemple no testamento. 
casado com (B) no Regime S Convencional Bens com filhos CDE tendo patrimônios de 100000 reais
Clausulas Restritivas
O autor da herança Não pode determinar a conversão de bens da legitima em bens de outra espécie.
As clausulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e incomunicabilidade não podem recair sobre os bens da legitima, salvo se houver justa causa declarada no testamento. 
Sucessão testamentária
Ocorre quando há expressa manifestação de vontade em testamento ou codicilo.
Testamento é o ato de disposição de última vontade pelo qual o autor da herança dispõe de seus bens para depois de sua morte e faz outras deliberações de natureza não patrimonial.
O testamento é ato personalíssimo, isto é, privativo do autor da herança, e é negocio jurídico unilateral, sendo vedados testamentos conjuntivos (simultâneo, recíproco e correspectivo)
Capacidade para testar.
A capacidade ativa para testar é a regra. Somente não podem testar os incapazes e aqueles que, na elaboração do ato, não tiverem pleno discernimento (ex. sob efeito de álcool, drogas, hipnose etc).
Os maiores de 16 anos podem testar livremente mesmo sem assistência dos pais. 
São incapazes de testar:
Os menores de 16 anos;
Os que não estiverem em perfeito juízo;
E os surdos mudos que não receberam educação adequada.
A incapacidade superveniente não invalida o testamento, nem o testamento de incapaz se convalida com a posterior cessação da capacidade.
Formas de Testamento
Testamentos ordinários
Testamento Público
É o escrito pelo tabelião em seu livro de notas, de acordo com a declaração do testador, na presença de duas testemunhas. É a forma mais segura de testar. 
O testamento deve ser escrito manual ou mecanicamente, em língua nacional.
Deve ser lido em vós alta pelo tabelião ao testador e às duas testemunhas, em um só momento. O testador pode optar por lê-lo para as testemunhas e para o tabelião se o testador não souber ou não puder assinar, o testador inserirá a ressalva no testamento, e uma das testemunhas instrumentárias poderá assinar a rogo do testador. 
O individuo inteiramente surdo, sabendo ler, lerá o testamento, e se não souber,designará quem leia em seu lugar na presença das testemunhas.
O cego somente pode testar de forma pública. O testamento será lido, em vós alta, duas vezes, uma pelo tabelião e a outra por uma das testemunhas designadas pelo testador.
Os analfabetos também só podem testar de forma pública. 
Os surdos mudos não podem testar publicamente, já que não podem fazer declarações de viva voz ao tabelião.
Testamento Cerrado 
É aquele escrito pelo testador, manual ou mecanicamente, ou por alguém ao seu rogo e que deverá ser aprovado por tabelião na presença de duas testemunhas. Lavrado o testamento, o testador deverá levá-lo perante o tabelião e se manifestar que aquele documento é seu testamento.
Com isto, o tabelião lavrará o auto de aprovação, que será assinado por ele, pelo testador e pelas testemunhas. 
Quando da abertura do testamento cerrado, ele somente terá validade se estiver integro.
Não podem fazer testamento cerrado os analfabetos e os cegos. 
O surdo mudo e o mudo podem fazer testamento, mas têm que escrever no verso do documento que “este é o meu testamento, cuja aprovação se requer”.
Testamento Particular (Hológrafo)
É aquele inteiramente escrito e assinado pelo testador, lido perante 3 testemunhas e por elas também assinado.
É a forma menos segura de testar, pois as testemunhas precisarão confirmá-lo em juízo.
Ele poderá ser escrito em língua estrangeira, desde que as testemunhas a entendam.
Podem testar os que sabem ler e escrever, porem não se admite a assinatura a rogo.
O cego, o analfabeto e aqueles que estiverem incapacitados de escrever não podem fazer testamento particular.
Basta que uma testemunha confirme a autenticidade do testamento particular em juízo. Se as testemunhas falecerem ou não forem localizadas, o testamento particular não será cumprido.
Obs. Art. 1879 CC
Testamentos Especiais
Testamento marítimo
Pode ser elaborado por passageiros e tripulantes que estiverem em viagem a bordo de navio nacional, de guerra ou mercante, diante do surgimento de algum risco a vida. 
Pode-se revestir de forma assemelhada ao publico ou ao cerrado.
Não terá validade, se ao tempo da sua elaboração, o navio estava em porto onde o testador pudesse desembarcar e testar de forma ordinária.
Testamento aeronáutico 
Quem estiver em viagem, abordo de aeronave civil ou militar, pode testar perante pessoa designada pelo comandante, nos termos do art. 1888 doCC. 
Nas hipóteses de testamento marítimo e aeronáutico, se o testador não morrer na viagem nem nos 90 dias subseqüentes ao seu desembarque. Onde possa fazer o testamento ordinário, o testamento caducará.
Testamento Militar
É o elaborado por militar ou outras pessoas a serviço das forças armadas em campanha (exemplos, médicos, enfermeiros, mensageiros, etc), que estejam participando de operações de guerra dentro ou fora do país.
Pode ser feito de forma assemelhada ao publico ou cerrado.
Testamento nuncupativo: é aquele feito de viva foz perante duas testemunhas, se o testador estiver em combate ou ferido. 
Caducará o testamento militar, se o testador estiver em 90 dias em lugar que possa testar de forma ordinária, salvo se feito na forma cerrada.
Codicilo
	É o ato de dispor de coisas de pequeno valor e deliberar sobre situação de natureza pessoal.
O codicilo deve ser escrito pelo autor (manual ou mecanicamente) e deve ser datado e ter todas as folhas assinadas.
Podem ser objeto do codicilo:
Disposição do funeral;
Legar bens móveis, jóias, roupas;
Reabilitar o indigno;
Deixar verbas para o sufrágio de sua alma (art. 1998 CC)
Reconhecimento de filhos.
O codicilo será revogado se for elaborado testamento posterior a ele e não houver no testamento menção de confirmação ou modificação do codicilo.
O codicilo pode ser revogado por outro e por testamento, porem não pode revogar testamento.
Regras interpretativas do testamento
Se a cláusula testamentária possuir interpretações adversas, deve prevalecer aquela que melhor assegure a vontade do testador (art. 1899 CC).
A disposição testamentária deve ser clara e expressa. A prova externa somente será admissível para elucidação de contradição ou obscuridade sobre herdeiro, legatário ou coisa legada.
Se houver menção “aos pobres” ou “entidades de caridade”, serão considerados os relativos ao lugar de domicilio do testador.
Se houver mais de um herdeiro e não houver fixação de cotas, os bens serão divididos por porções iguais.
Se houver nomeação de certos herdeiros individualmente e de outros coletivamente (ex. filhos de fulano) a herança será dividida entre o numero de herdeiros individualmente e o numero de grupos.
Se forem especificadas as cotas e elas não abrangerem a totalidade da herança, o remanescente voltará para os herdeiros legítimos.
Se forem determinadas as cotas de uns herdeiros e não forem as dos outros, primeiro se pagam as definidas e depois, se sobrar, pagam-se as indefinidas.
Se o testador dispor que determinado objeto não pode pertencer a determinado herdeiro, aquele bem pertencerá aos herdeiros legítimos.
A ineficácia de uma disposição testamentária invalida as demais que dela dependerem.
Regras Proibitivas
Não pode existir disposição testamentária que fixa termo inicial ou final. As datas serão consideradas como não escritas.
São nulas as seguintes disposições:
Condição captatória : quando testador condiciona o recebimento da herança à existência de um testamento do herdeiro a agraciado também deixando a herança em favor dele (testador)
Que se refira a pessoa incerta
Que forneça pessoa incerta, submetendo a identificação a terceiros
Que deixe a critério do herdeiro a fixação do valor do legado;
Que forneça pessoas impedidas de receber por testamento
Regras permissivas
Nomeação pura e simples: quando o testador não impõe limitação ao direito do beneficiário
Nomeação sob condição: quando sua eficácia fica subordinada a evento futuro e incerto.
Nomeação com encargo : quando o testador impõe ao beneficiário uma obrigação ex: cuidar de determinada pessoa.
Por certo motivo: quando o testador declara a razão de fazer a deixa.
Nomeação a termo nas disposições fideicomissárias e em se tratando de legado.
Legados
Legado é coisa certa e determinada deixada a alguém por meio de testamento ou codicilo.
Legatário é a pessoa beneficiada pela coisa certa e determinada.
Prelegatário ou legatário precípuo é o herdeiro legitimo que também é beneficiado com um legado
Legado de coisa alheia 
É ineficaz o legado de coisa certa que não pertença ao testador no momento da abertura da sucessão.
Duas exceções 
Quando o testador ordenar que o herdeiro ou legatário entregue coisa de sua propriedade a outrem.
Quando há legado de coisa que se determine pelo gênero ou espécie.
Legado de coisa comum
Se a coisa legada não pertencer somente ao testador, o legatário receberá somente a parte que pertencia ao testador. 
Legado de coisa singularizada 
Se o testador especificar a coisa por suas características, o legado só terá eficácia se a coisa for encontrada e ainda pertencer ao de cujus ao tempo de sua morte
Legado de coisa localizada 
O legado de coisa que deva encontrar-se em certo lugar só terá eficácia se nele for achada, salvo se removida a titulo transitório.
Legado de crédito e de quitação de divida
Legado de crédito consiste na constituição do legatário como credor de divida que o testador deveria receber. 
Legado de quitação de divida ocorre quando o testador beneficia seu credor com o fim de liquidar o débito.
Legado de alimentos
Abrange o sustento, a cura, o vestuário e a casa enquanto o legatário viver ou mediante a fixação de termo ou condição. Abrangerá a educação se o legatário for menor. 
Legado de usufruto
O testador deixa os direitos de usar e de usufruir de determinado bem ao legatário. No silêncio do testador, o usufruto será vitalício.
Legado de imóveis 
Nessa espécie de legado não se compreendem novas aquisições feitas pelo testador, ainda que contíguas, salvo expressa edisposição em contrário.
Legado de renda
Se o legado consistir em renda vitalícia ou pensão periódica, esta ou aquela valerá após a morte do testador
Legado de coisa incerta
Se o testador limitou-se a determinar o gênero ou a espécie da coisa, caberá ao herdeiro escolhê-la, observando o meio termo entre a pior e a de melhor qualidade. Se a escolha competir ao legatário, ele poderá escolher a de melhor qualidade
Legado alternativo
É quando o testador estipula que uma coisa ou outra pertencera ao legatário. 
O testador pode estipular a escolha em face de terceiro ou do legatário. Se não houver estipulação, caberá escolha ao herdeiro.
Aquisição do legado
O legatário adquire a propriedade do legado no momento da abertura da sucessão, salvo se estiver pendente condição suspensiva.
Todavia o legatário somente entrará na posse do legado por ocasião da partilha. Até ela, o legatário tem o direito de pedir a entrega do legado aos herdeiros.
Responsabilidade pelo pagamento do legado
No silêncio do testador, os herdeiros deverão pagar o legado. Se não houver herdeiros, a responsabilidade será dos legatários.
O testador pode estabelecer que determinado herdeiro ou legatário fique responsável pelo pagamento. Neste caso, o herdeiro poderá pedir aos demais herdeiros compensação pelo valor pago.
Caducidade dos legados
Caducidade é a ineficácia de disposição testamentária originariamente válida em razão de causa posterior ao testamento.
Causas de caducidade:
Modificação da coisa legada pelo testador, de forma que a coisa não se revista das características descritas no testamento.
Alienação da coisa pelo testador.
Evicção ou perecimento da coisa legada sem culpa do herdeiro ou legatário, estando vivo ou morto o testador.
Exclusão do legatário por indignidade.
Falecimento do legatário antes do testador, ou antes do implemento da causa suspensiva.
Renuncia do legatário, a qual não pode ser parcial.
Falta de legitimação do legatário (art. 1801).
Direito de Acrescer
Ocorre quando o testador contempla vários beneficiários, deixando-lhes a mesma herança ou o mesmo legado, em porções não determinadas, e um dos concorrentes vem a faltar. 
Hipóteses:
Pré morte do nomeado.
Exclusão por indignidade.
Falta de legitimação (1801).
Não verificação da condição.Renuncia.
Espécies de disposição testamentária:
Conjunção real: quando os diversos instituídos estão previstos em frases distintas a suceder a mesma coisa, sem definição de cotas .
Conjunção mista: quando o testador na mesma frase designa vários herdeiros ou legatários para mesma coisa, sem distribuição de partes.
Conjunção verbal: quando testador na mesma disposição designa herdeiros ou legatários, especificando o quinhão de cada um.
A parte do herdeiro ou legatário que faltar será acrescida aos demais nomeados conjuntamente. O acréscimo não ocorrerá se o testador definir a cota de cada um.
Assim, as conjunções real e mista geram direito de acrescer, porém a conjunção verbal, não.
Substituições
A substituição ocorre com a indicação de certa pessoa para receber a herança ou legado se o nomeado faltar.
As hipóteses que geram substituição são as mesmas do direito de acrescer.
Substituição vulgar ou ordinária. Espécies:
Simples: quando designado um só substituto
Coletiva : Quando há mais de um substituto a ser chamado simultaneamente 
Recíproca: Quando são beneficiados um ou mais herdeiros e o testador prevê que um substituirá o outro reciprocamente
Substituição fideicomissária 
Ocorre quando o testador nomeia um favorecido e, desde logo, designa um substituto, que receberá a herança depois daquele.
Estabelece-se uma vocação dupla. Em primeiro lugar, o herdeiro ou legatário desfrutará do beneficio por tempo estipulado pelo testador e depois o substituto receberá o mesmo beneficio. 
No fideicomisso existem os seguintes personagens:
1. Fideicomitente (Testador)
2. Fiduciario: aquele chamado a suceder em primeiro lugar
3. Fideicomissário: o último destinatário da herança. Este não pode ter sido concebido ao tempo da morte do testador ( art. 1952).
O fideicomisso pode ser vitalício, a termo ou condicional 
Caducidade
Caducará o fideicomisso se faltar o fideicomissário, por morrer depois do testador e antes do fiduciário, ou antes da realização da condição, ou pela renuncia ou pela exclusão pela indignidade ou falta de legitimação.
Também caducará em caso de perecimento da coisa sem culpa do fiduciário.
Nulidade: são nulos os fideicomissos instituídos sobre a legitima e os que ultrapassarem o segundo grau.
Deserdação
É o ato pelo qual o testador exclui da sucessão herdeiro necessário, mediante disposição expressa e motivada no testamento
Deserdação dos descendentes pelo ascendente
Causas:
 As mesmas da indignidade
Ofensas físicas, mesmo sem condenação criminal
Injuria grave dirigida diretamente contra o testador
Relações ilícitas com a madrasta ou padrasto
Desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade
Deserdação do ascendente pelo descendente
causas
As mesmas da indignidade
Ofensas físicas
Injuria grave
Relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou do neto, ou com o marido ou companheiro da filha ou da neta
Desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade
A ação para exclusão do herdeiro deve ser proposta dentro do prazo de 4 anos a contar da abertura do testamento.
Os descentes do deserdado recebem a herança por representação.
Redução das disposições testamentárias 
Ocorre quando as disposições testamentárias excederam a porção disponível do testador. O herdeiro prejudicado pode pedir a redução para que a legítima seja preservada.
Em primeiro lugar, é atingido o herdeiro instituído, cujo quinhão é reduzido até a recomposição da legitima, ainda que se esgote totalmente, se forem vários os herdeiros instituídos a redução será proporcional.
Se essa redução não for suficiente, os legados passarão a ser reduzidos.
Se mesmo assim não houver recomposição da legitima, as doações feitas em vida pelo testador serão reduzidas, começando-se pelas mais novas.
O testador pode estipular forma diversa de redução no testamento. 
Revogação do testamento
O testador pode revogar o testamento a qualquer momento e sem indicação do motivo. Nula é a clausula que declare a irrevogabilidade do testamento.
Exceção:
É irrevogável a clausula testamentária que reconhecer filho do testador.
O testamento pode ser revogado por qualquer forma de testamento valido, isto é, por exemplo, o testamento público pode ser revogado por um particular, serrado ou especiais.
O testamento cerrado será considerado revogado caso se apresente aberto ou dilacerado quando de seu apresentação em juízo, salvo se demonstrado que não foi o testador que deu causa a revogação.
A revogação do testamento pode ser total ou parcial, expressa ou tácita.
Rompimento do testamento
Rompe-se o testamento em todas as suas disposições quando sobrevier descendente do testador, que este não conhecia ou não o tinha quando fez o testamento.
O rompimento ocorre pois a lei presume que o testador não tinha disposto de seus bens em testamento se soubesse da existência do descendente.
Também ocorrerá o rompimento se o testador ignorava a existência de outros herdeiros necessários.
Testamenteiro
É o executor do testamento. O testador pode nomear, em testamento ou codicilo, pessoa de sua confiança para cumprir as disposições do testamento.
Na falta de testamenteiro nomeado compete ao cônjuge sobrevivo e, na falta deste, ao herdeiro nomeado pelo juiz cumprir testamento.
Espécies:
Instituído: nomeado pelo testador.
Dativo: nomeado pelo juiz.
Universal: quando estiver na posse dos bens da herança. Todavia ele somente ingressa na posse com autorização do cônjuge ou do herdeiro, pois estes tem a preferência de permanecer com os bens.
Particular: Quando não estiver na posse dos bens da herança.
O testamenteiro tem Direito a um prêmio, que se denomina vintena. Ele pode ser fixado livremente pelo testador. Caso não seja, o juiz o arbitrará entre 1% e 5% sobre a herança líquida, levando-se em consideração as ações necessárias para cumprimento do testamento.
Inventário
Processo judicial destinado a relacionar, avaliar e liquidar todos os bens do falecido quando de sua morte, para distribuí-los entre seus sucessores. Nele apuram-se os ativos e se pagam os passivos, além do imposto causa morte e dos legados.
O processo de inventário será obrigatório quando houver herdeiro incapaz ou testamento 
A abertura do processo de inventário deve ocorrer dentro de 30 dias (60 dias pelo CPC) a contar da morte do autor da herança e deve ser encerrado em 12 meses, podendo o juiz dilatar este prazo.. 
O inventariante
Administra e representa, ativa e passivamente, a herança até a partilha. É nomeado pelo juiz segundo a ordem preferencial do art 617 do CPC. A ordem não é absoluta podendo ser alterada se houver fundados motivos
(Remoção art. 622CPC): Hipóteses 
I - se não prestar, no prazo legal, as primeiras ou as últimas declarações;
II - se não der ao inventário andamento regular, se suscitar dúvidas infundadas ou se praticar atos meramente protelatórios;
III - se, por culpa sua, bens do espólio se deteriorarem, forem dilapidados ou sofrerem dano;
IV - se não defender o espólio nas ações em que for citado, se deixar de cobrar dívidas ativas ou se não promover as medidas necessárias para evitar o perecimento de direitos;
V - se não prestar contas ou se as que prestar não forem julgadas boas;
VI - se sonegar, ocultar ou desviar bens do espólio.
Processamento do inventário
Ao despachar a inicial, o Juiz nomeará o inventariante, que assinará termo de compromisso e, em vinte dias, apresentará as primeiras declarações.
	Serão citados os interessados (herdeiros, testamenteiro, legatários e outros) os bens do espolio serão avaliados (art.610 e seguintes do CPC). A avaliação será a base de calculo do imposto causa mortis.
Resolvidas eventuais impugnações, serão apresentadas as últimas declarações.
Em seguida, ocorre a fase de partilha. O juiz facultará aos herdeiros apresentar pedido de quinhão, ou será apresentado esboçoda partilha.
Após, o juiz homologará ou julgará a partilha. Desta decisão cabe apelação.
Arrolamento sumário
Trata-se de forma simplificada de inventário e partilha, permitida quando todos os herdeiros forem capazes e estiverem de acordo com a divisão, qualquer que seja o valor dos bens.
Os interessados apresentarão a partilha amigável, por escritura publica, termo nos autos de inventário ou escrito particular, e ela será homologada pelo juiz, após prova de quitação dos impostos.
Arrolamento Comum 
Quanto o valor da herança for igual ou inferior a 1.000 salários mínimos (art. 664 do Código de Processo Civil), ainda que haja herdeiros menores e incapazes e, sendo capazes, não concordarem com a partilha.
Colação
É o ato pelo qual os descendentes na sucessão do ascendente comum declaram no inventário as doações que receberam deste em vida, sob pena de sonegados, para que sejam igualadas as legitimas.
Os herdeiros devem declarar na colação o bem em espécie ou o valor do bem no momento da abertura da sucessão (art. 639, parágrafo único, do Código de Processo Civil).
As doações que saírem da porção disponível estão dispensadas da colação, levando-se em conta o tempo da doação. 
Os netos que sucederem aos avós, representando os pais, são obrigados a colação, no que seriam os pais.
Quem renunciou a herança também está obrigado à colação.
O procedimento da colação está previsto no artigo 639 do CPC.
Sonegados
Sonegação é a ocultação de bens que devem ser inventariados ou levados a colação. Podem cometê-la:
Inventariante: Quando omite, dolosamente, bens ou valores nas primeiras ou ultimas declarações. Constatada a sonegação, será removido da inventariança.
Herdeiro: Quando não indica bens em seu poder, ou sabidamente de terceiros, ou ainda omite os bens sujeitos a colação. Pena: perda do Direito sucessório sob o bem sonegado. Se este não for localizado, responderá por perdas e danos.
Testamenteiro: Quando não declarar bens ao inventário. Pena: perda da vintena e da inventariança, se o caso.
A ação de sonegados prescreve em 10 anos e deve ser proposta por herdeiros ou credores.
Partilha
É a divisão do monte liquido entre os herdeiros e cessionários, separando-se a meação.
Se houver apenas um herdeiro, haverá adjudicação.
Espécies de partilha:
Amigável:
Por ato inter vivos: Quando o ascendente a realiza por escritura publica ou testamento. Trata-se de inventário antecipado e deve respeitar a legítima.
 Post mortem: é a feita judicial ou extrajudicialmente. Nesta, os herdeiros maiores e capazes fazem a partilha na via administrativa e a escritura publica valerá como titulo hábil para registro.
Judicial:
É obrigatória quando os herdeiros divergirem ou algum deles for menor ou incapaz.
A partilha amigável pode ser anulada se constatado vício relativo a todos os negócios jurídicos, como dolo, coação, etc.
A partilha judicial pode ser revista por meio de ação rescisória. 
Sobrepartilha
Ficam sujeitos a sobrepartilha os bens que não forem partilhados no processo de inventário, como:
Sonegados:
Os descobertos depois da partilha
Os litigiosos 
Os situados em locais remotos.
A sobrepartilha obedece ao processo de inventário e deverá ocorrer nos mesmos autos deste. 
Pagamento das Dividas
A herança responde pelas dividas do falecido mas, feita a partilha, só respondem os herdeiros, proporcionalmente e nos limites de seus quinhões.
Os legados podem ser atingidos pelas dividas quando o monte não for suficiente.
O credor deve-se habilitar no processo de inventário (art. 642 CPC). Pode ajuizar a ação de cobrança ou de execução, se munido de titulo executivo.

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