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COMO FALAR EM PÚBLICO
SEM DESENCARNAR
DE MEDO!
Geraldo Campetti Sobrinho
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ORATÓRIA
A arte de falar em público e ao público, de convencer, de persuadir, de conquistar quem está nos observando ou quem está diante de nós.
O termo originou-se do latim oratoria e significa a arte de falar ao público ou falar em público.
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Eloquência: o termo deriva-se do latim eloquentia e refere-se à fala na sua dimensão prática, à facilidade de expressão e ao talento de usar a palavra. “[...] nada mais é do que a arte de tornar a palavra mais cativante, mais despertadora de emoções, mais empolgante, através de todo tipo de efeitos sonoros obtidos pela voz.” (Maria Alice Leonardi)
Retórica: origina-se do grego rhetriké e refere-se ao conjunto de regras teóricas relativas à capacidade da eloqüência.
Conceitos básicos
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A aparência é nosso primeiro cartão de visita, é importante observar que imagem passamos às pessoas.
Os gestos são poderosos meios de comunicação. Revelam a emoção ou o estado de ânimo em que nos encontramos. 
O orador deve aprender a gesticular adequadamente dando emoção às palavras e evitando gestos inconvenientes. 
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O corpo revela se há congruência entre a expressão corporal e o que se fala.
 A voz, a palavra, a aparência e a expressão corporal são responsáveis pela transmissão agradável da mensagem ao público.
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Visão de Albert Mehrabian sobre a transmissão da mensagem do orador para os ouvintes
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 Dicção :
 A dicção é a pronúncia dos sons das palavras. A deficiência na dicção é quase sempre provocada por negligência. É costume quase generalizado omitir os R e os S no final das palavras. Um exercício útil para melhorar a dicção é fazer leitura em voz alta.
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 Ênfase 
 É a energia da fala, a vitalidade das palavras faladas. A colocação correta da sílaba tônica é o primeiro passo na ênfase, porque a força e a vida das palavras estão na sua tônica. Assim como a palavra tem a sua sílaba tônica, em uma frase existem palavras que exigem maior ênfase ao serem enunciadas.
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 Entonação 
É a música da linguagem. Cada palavra tem a sua entonação certa, sugerida pelo seu significado. A variedade melódica da entonação tem por finalidade facilitar a compreensão.
 Pronúncia 
É a articulação que dá claridade e nitidez à palavra. A boa articulação faz ressaltar todas as qualidades da voz. Elementos fundamentais: vogais + consoantes + sílabas.
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1)     Em cima daquele morro tem uma arara loura. A arara loura fala. Fala, arara loura!
2)   O tigre estraga o trigo, tire o tigre do trigal.
3)   Um tigre, dois tigres, três tigres me intrigam.
4)   A aranha arranha o jarro. O jarro arranha a aranha.
5)   O pinto pia, a pipa pinga. Quanto mais o pinto pia mais a pipa pinga.
6)    O peito do pé de Pedro é preto. É preto o peito do pé de Pedro. 
 
EXERCÍCIO DE TRAVALÍNGUA
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1.  Emita uma seqüência de números de um a dez, começando de forma grave e terminando de forma aguda.
2. Fale a seqüência dos dias da semana prolongando a última vogal. Ex.: segunda, terça, quarta...
EXERCÍCIO DE IMPOSTAÇÃO DE VOZ
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-        Microfone de mesa (sentado)) – postura correta: coluna ereta, colocar apenas as mãos com os punhos sobre a mesa, sem apoiar os braços ou cotovelos. Distanciar o microfone um palmo da boca, quando se virar para os lados não retirar a boca da direção do microfone.
-        Microfone de pedestal (em pé) – manter a coluna ereta, os pés firmes (20cm um do outro); distanciar o microfone (entre 10 cm e 15cm da boca); cuidado ao virar para os lados, mantendo a boca sempre na direção do microfone; atenção para evitar a microfonia.
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O USO DO MICROFONE
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Microfone de lapela (em pé ou sentado) – a posição correta segue a mesma da anterior; cuidando para não bater ou esbarrar no microfone de lapela, causando barulho, exaltando-se ou se emocionando ao falar; evitar a respiração ofegante, tossir ou qualquer outro som diferente.
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DISCURSO ESCRITO COM USO DO MICROFONE
Conhecimento prévio do texto, estudando-o, verificando o sentido e o significado das palavras;
Sincronia entre o comunicador e o que se lê: gestos adequados, movimentos do corpo, inflexão de voz e a emoção que se quer passar;
Segurar o papel com elegância, com uma das mãos, gesticulando com a outra - não segurar na frente do rosto, nem muito baixo;
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Com a mão que segura o texto, deve-se deslizar o dedo polegar, servindo como um ponteiro, acompanhando discretamente a linha onde se encontra para não se perder.
Se o orador costuma sentir tremores nas mãos, é bom colar a folha de papel sobre um cartão mais grosso e do mesmo tamanho da folha, ou use uma pasta, disfarçando o nervosismo.
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INTRODUÇÃO
 Trata-se da abertura, saudação, explicações sobre a natureza do tema, captar a atenção, romper a resistência e o resumo do que vai dizer.
 
DESENVOLVIMENTO
 É o desenvolvimento do tema, com seus pontos principais. Deve ter ordenação lógica e sustentação.
 
CONCLUSÃO
 É o encerramento. A idéia central é realçada para ser fixada pelo público. A finalização deve ser simples. 
ESTRUTURA DE UMA APRESENTAÇÃO
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O preparo de uma boa apresentação compreende duas fases distintas:
1ª - Levantar todos os dados que cercam o evento;
2ª - Iniciar a elaboração do discurso.
COMO PREPARAR UMA APRESENTAÇÃO
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Escolher um tema novo ou dar nova roupagem a um antigo;
Escolher um assunto pelo qual tenha interesse e autoridade;
Escolher um assunto pertinente à circunstância;
Quanto ao assunto
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Escolher um tema com tempo para pesquisar e fazer a apresentação;
Escolher ângulos do assunto que o auditório ainda não tenha ouvido;
 Ensaie com antecedência;
Não fale de improviso. 
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O orador deve analisar e definir seus objetivos. Alguns deles são:
q       Informar;
q       Persuadir e motivar;
q       Entreter;
q       Promover-se.
Quanto aos objetivos:
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A forma como as pessoas ouvem;
Os motivos que as levaram à apresentação;
Quanto já sabem sobre o assunto;
Quanto elas gostariam de saber e quanto o orador deseja informar;
Suas motivações de vida;
Seu espírito de participação;
Suas características próprias (sexo; idade; nível sociocultural; raça).
 
Quanto aos ouvintes deve-se considerar
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Ao concluir sua pesquisa, os cuidados com o local e as circunstâncias são muito importantes. Por isso, o orador deverá levar em consideração e se informar sobre:
O tamanho do auditório;
O local onde será realizada a apresentação;
Os recursos disponíveis;
O apoio da apresentação;
O que ocorrerá antes e depois da apresentação;
Outras providências a serem tomadas.
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Um orador conquistará a atenção de sua plateia se souber tocar no que lhe interessa 
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Roteiro para planejar uma apresentação
Planeje a apresentação:
   Tema e Objetivo.
    Resultados esperados.
    Público-alvo.
    Tópicos a serem abordados.
    Tempo necessário X disponível.
    Local e recursos.
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Roteiro para planejar uma apresentação
Organize o conteúdo:
         Introdução.
         Desenvolvimento.
         Fechamento.
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Roteiro para planejar uma apresentação
q   O roteiro deve ser entregue no início da apresentação.
q    A utilização dos recursos pode ser individual ou conjugada.
q    Os recursos são:
·         Quadro branco. 
·         Flipchart.
·         Transparências.
·         Projetor multimídia.
·         Vídeo, CD ou DVD.
Dica: Procure não ficar na frente do quadro branco, flipchart, tela, etc. 
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Técnicas para introduzir, desenvolver e finalizar uma apresentação 
Introdução (15%)
 
Abertura
Saudação
Explicações sobre o tema (opção)
Resumo do que vai dizer (opção)
Iniciar de modo impactante (frase, informação, história, citações, reflexão) (preferencialmente)
Falar da utilidade, vantagens e benefíciosdo assunto (opção)
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Desenvolvimento (75%)
 
Pontos principais do tema com ordenação lógica e sustentação
Deve-se aproveitar as circunstâncias: lugar, tempo, pessoa e ocasião
Fazer citações
Prender a atenção e influenciar os participantes com o modo de falar (convicção, entonação, ênfase, bom humor, entusiasmo, colocações bem fundamentadas) 
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Desenvolvimento (75%)
Mude a impostação e a velocidade da voz
Olhe para os participantes
Dê exemplos práticos e faça analogias
Interaja com os participantes
Mostre-se aberto a contribuições
Estimule a participação
Movimente-se em sala de forma moderada
Conquiste a platéia estimulando sua participação 
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Conclusão (10%)
 
A finalização deve ser: simples, objetiva, dinâmica, útil e impactante
Deve fixar a idéia central
Finalizar utilizando: reflexão, citação, frase poética, fato bem humorado
Deve-se usar de arrebatamento, elogiar o auditório, pedir ação, avisar que vai terminar usando os termos: concluindo, finalizando, encerrando...
Fazer agradecimentos, despedindo-se com entusiasmo e alegria 
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Conclusão (10%)
Levante as expectativas dos participantes
Use linguagem simples e concisa
Demonstre confiança e entusiasmo
Conquiste a platéia estimulando sua participação
Cuidado para não rotular as pessoas
   
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Avaliação
Depois de terminada a apresentação e de estar mais calmo, analise sua performance.
Peça a um amigo que opine sinceramente sobre como foi a apresentação.
Tente perceber qual o aspecto da apresentação em que esteve pior para que possa melhorar na próxima vez.
Se o problema foi a voz ou a postura, então faça um ensaio mais intenso;
Se o problema foi o envio da mensagem, então escreva notas e faça uso das mesmas durante a apresentação
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Dicas importantes para o sucesso da sua apresentação 
O que fazer:
q  Ouvir o que o integrante do grupo está dizendo!
 Repita em outras palavras o que foi dito para se certificar de que sua compreensão está correta.
q  Respeitar os outros!
 Respeite os outros, mesmo que você não partilhe dos seus objetivos, valores, opiniões, etc.
q   Valorizar as diferenças!
 Abrace a idéia de que um grupo é feito de diferentes pessoas com diferentes pontos de vista.
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 O que fazer:
q Compartilhar seu conhecimento e experiência!
 Use seu conhecimento para ajudar as pessoas a compreender os detalhes do processo ou acessar os recursos necessários. 
q  Ser Honesto!
 Responda a todas as questões que puder, de forma objetiva e franca. 
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 q Identificar o porquê da comunicação:
        Por que você está se comunicando com o grupo?
       Qual é o resultado esperado?
        Veja algumas razões típicas:
         Melhorar o entendimento de determinado assunto.
         Mudar um comportamento ou atitude.
         Dar oportunidades de troca de idéias.
         Estimular o apoio e a participação das pessoas.
 O que fazer:
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O que não fazer:
 
q    Não reagir antes de ouvir!
 Não tente responder a uma questão antes de estar certo de ter compreendido os pontos de vista dos envolvidos. 
q    Não desvalorizar as percepções dos outros!
 Não torne triviais os pontos de vistas dos outros, nem diga que os valores deles não são importantes. 
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O que não fazer:
q Não desencorajar ou suprimir as diferenças!
 Não desencoraje as pessoas a compreender as diferenças entre elas.
q    Não ser um expert!
 Não se apresente como um expert no assunto se você não está certo sobre os detalhes técnicos.
q    Não inverter as respostas!
 Se você não souber a resposta, melhor admitir e procurar se informar a respeito.