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resenha critica design para um mundo complexo

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DESIGN PARA UM MUNDO COMPLEXO
FERREIRA, Andresa da Glória. Acadêmica do Curso Tecnologia em Design de Interiores (IFMG Campus Santa Luzia)
CARDOSO, Rafael. Design para um Mundo Complexo, São Paulo: Cosac Naify, 2012.
Rafael Cardoso nasceu em 1964 no Rio de Janeiro, é escritor e historiador da arte, graduado em sociologia pela Johns Hopkins University, mestre em artes visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e PhD em história da arte pelo Courtauld Institute of Art – University of London. No início do livro o autor faz um apelo a leitura e o aprofundamento do conhecimento desta, o que é raro atualmente devido à grande quantidade de informação que temos acesso atualmente decorrente da globalização. O livro Design para um Mundo Complexo é dividido em cinco partes: Introdução, Capítulos 1,2, 3 e Conclusão. Na introdução descreve o surgimento do design no período industrial que buscava solucionar os problemas principalmente da aparência e conforto dos produtos da época. Sobre a forma e significação dos produtos, o autor diz que a “forma” pode ser vista de diferentes ângulos, mas destacasse a primeira impressão passada pela seu primeiro contato, já o seu significado é adaptável está ligado a experiência do usuário. Encerra a introdução destacando o surgimento de novas mídias, como da internet e celulares, que influenciam o mundo, e a possibilidade de realizar transições muitos rápidas podendo confundir o material do imaterial no ambiente virtual. No primeiro capítulo do livro ‘Contexto, memória, identidade: o objeto situado no tempo-espaço’, Cardoso faz a pergunta “Será que existem mesmo artefatos imóveis?”. Sim o autor trás o exemplo dos arcos da lapa construídos originalmente como aqueduto que atualmente funciona como viaduto, os arcos teve somente o seu significado mudado como passar dos anos ele ainda continua o mesmo. Existem fatores condicionantes do significado são eles: uso, entorno, duração, ponto de vista, discurso e experiência. O autor analisa que significado dos artefatos depende da “experiências do usuário” que está ligada intimamente com a memória, é por isso que grandes marcas preservam alguns elementos primordiais ao atualizarem suas identidades. Mas vale lembrar que experiência do usuário também é mutável devido a mudança da percepção. No segundo capítulo ‘A vida e a fala das formas: significação como processo dinâmico’ o autor discorre sobre a diferença dos termos função, funcionamento, funcional, operacional. Colocando o relógio em questão citando três marcas Rolex, Swatch e Casio todos funcionam da mesma forma mas a marca Rolex que tem valor atribuído e significados diferente, associado ao luxo, exclusividade e poder. O livro faz uma crítica ao funcionalismo que acreditava que as formas evoluiriam pra uma única forma ‘ideal’, mas a realidade é exatamente o contrário atualmente vários objetos de mesma função tem formas completamente diferentes agradando vários gostos. Cardoso também alerta sobre o consumo em massa e descarte, como o mundo está repleto de lixo, é preciso desmontá-lo e transformar em novas formas não só reciclando mais ressignificando. É necessário otimizar o processo produtivo, deixando de lado o ciclo de vida linear do produto, pensando também no seu pós-uso. No terceiro capítulo ‘Caiu na rede, é pixel – desafios do admirável mundo virtual’ fala sobre a complexidade do mundo virtual, e a facilidade do acesso às informações, e que devemos usufruir disso. Apontando as semelhanças entre a mídia impressa de um jornal e um site de notícias quanto a sua estrutura, e a diferença de interação. O autor faz uma comparação da navegação na web e da marítima, onde é preciso sempre de um rumo norteador pra não se perder, e a possibilidade de modificar e interagir com o meio. Na conclusão do livro o autor faz uma crítica ao ensino do design no Brasil. Na década de 60 copiava-se as escolas de design internacionais, a falta de experiência dos primeiros professores, que eram hostis a qualquer questionamento e reflexão vindo de fora. É preciso ter criatividade, inovação, interação, e uso da tecnologia a favor do ensino do design. A leitura do livro e de fácil compreensão, e muito interessante por parecer uma conversa com o autor. Uma leitura com grandes contextos históricos que agrega o conhecimento, nos fazendo lembrar da origem do design de solucionar os problemas do “mundo”.

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