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Pratica de Processo Civil

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MÓDULO I
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Ação Anulatória de Casamento
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Ação Anulatória de Casamento
A mulher “A” ingressou com inicial de ação de anulação de casamento, alegando ignorar a condenação de seu marido pela prática de crime de falsificação de documento público. 
Segundo o relato da inicial, o casamento aconteceu no dia 5.1.1998, tendo seu marido praticado o fato típico e antijurídico no mês de janeiro do mesmo ano. A condenação definitiva, porém, ocorreu apenas em junho de 1999, tendo transitado em julgado em setembro de 1999. 
A mulher, por conseguinte, aguardou o trânsito em julgado para intentar ação em fevereiro do ano 2000. Requer a mulher, portanto, o desfazimento do vínculo conjugal com a anulação do casamento, a partilha dos bens pelo regime da comunhão parcial de bens, a guarda dos filhos, a condenação do réu no pagamento de pensão alimentícia para os dois filhos menores impúberes e para a requerente, no importe de 40% dos vencimentos líquidos do varão. Requer ainda a fixação de visitas.
O varão “Y” contestou a ação, alegando, em preliminar, falta de interesse de agir, já que sua condenação foi posterior à celebração do casamento, não tendo a mulher interesse de agir. Alegou, ainda, impossibilidade jurídica do pedido, sob o argumento de que a hipótese não se subsume no texto legal, pois o crime em questão não é inafiançável. No mérito, afirma o varão, que a mulher não provou a insuportabilidade da vida em comum, até porque conviveu normalmente com o requerido até que ocorresse o trânsito em julgado da sentença criminal. Requer o varão a improcedência da ação e condenação da mulher na verba sucumbencial. Requer, alternadamente, em caso de procedência, a guarda dos dois filhos e a condenação da mulher no pagamento de alimentos para os filhos no importe de 25% dos seus ganhos líquidos. Requer, ainda, a improcedência do pagamento de pensão alimentícia para a mulher, pois entende que a igualdade constitucional não autoriza a condenação em alimentos.
O Juiz saneou o processo, alegando que as preliminares seriam apreciadas na sentença, designando audiência de instrução e julgamento. Na audiência, as partes não arrolaram testemunhas, tendo sido ouvido apenas o depoimento pessoal de cada uma delas, corroborando cada qual a inicial e a contestação.
Em alegações finais, as partes reiteram manifestações anteriores, requerendo o varão a conversão do julgamento em diligência para a realização de estudo social nos filhos, a fim de melhor decidir o Juiz sobre a guarda dos infantes.
Sentencie.
MÓDULO II
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Ação de Nulidade de Casamento
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Ação de Nulidade de Casamento
O representante do MP ingressou com uma ação de nulidade de casamento alegando que chegou ao seu conhecimento, por meio de atendimento ao público, que os cônjuges A e B, na qualidade de irmãos, teriam se casado. Afirma o representante do parquet que o varão A foi adotado pelo casal Y e Z e se casou em fevereiro de 1963 com a mulher B, filha natural do casal Y e Z. Narra em sua inicial que a filha B do casal Y e Z contava com três anos de idade quando adotaram o menino A, que contava com seis anos de idade. Afirma representante do MP que o casamento realizado em 1963 é nulo por infringir o impedimento absoluto do inc. V do art. 183 do CC. Requer a procedência da ação, a declaração de nulidade do casamento com a aplicação de retroatividade de todos os efeitos, não aplicando o regime de comunhão universal, mas sim a dissolução dos bens como uma sociedade civil, nos moldes do art. 1.363 do CC, ante a impossibilidade de aplicação de qualquer preceito de família para o casal. Requer, ainda, o cancelamento do registro civil e do registro de imóveis para os bens imóveis comuns do casal. Ante a inexistência de filhos, deixa de requerer disposição sobre guarda e visita.
 O casal A e B contestou, alegando, em preliminar, ilegitimatio ad causam ativa do MP para intentar ação de nulidade de casamento. Ainda em preliminar, requer a impossibilidade jurídica do pedido ante a não incidência do inc. V do art. 183 do CC, já que o adotado se casou com filho antecedente e não superveniente dos pais. Requer, ainda em preliminar, falta de interesse de agir, alegando que o pedido é inadequado diante da não incidência de qualquer norma legal sobre a hipótese em questão. Já em matéria de mérito, requer a prescrição diante do fato do casamento ter sido realizada há mais de vinte anos, com aplicação do art. 177, caput, do CC. Ainda no mérito, requerem as partes a aplicação da putatividade, com pedido alternativo, sob a alegação de que estavam de boa-fé e que ocorreu um erro de direito (error in iuris) no presente caso, pois desconheciam completamente a norma do art. 183, inc. V, do CC, sendo o fato de total responsabilidade da Serventia extrajudicial. Requerem, portanto, em caso da não manutenção do casamento, a aplicação da putatividade em todos os seus efeitos, ficando ao arbítrio do julgado o alcance da disposição.
As partes, tanto o autor quanto os réus, requereram o julgamento antecipado da lide ante o fato da matéria ser exclusivamente de direito e ser desnecessária a dilação probatória.
Sentencie.
MÓDULO III
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Ação de Separação Judicial Litigiosa
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Ação de Separação Judicial Litigiosa
Mulher A ingressou com ação de separação judicial litigiosa alegando que seu marido, B, praticou grave violação dos deveres do casamento, consistindo no fato do mesmo tolher sua liberdade pessoal para prática dos atos cotidianos. Afirma que o marido, apesar de bom pai e cumpridor de seus deveres, proíbe sua livre circulação em shopping centers e supermercados por ser um indivíduo extremamente ciumento, de forma que a mulher só pode sair acompanhada de um de seus dois filhos, menores púberes (14 e 15 anos de idade). Imputa ao réu, portanto, o descumprimento do dever de mútua assistência imaterial do art. 231, inc. III, do CC, c.c. o art. 5.º, caput, da Lei n. 6.515/77. Requer, portanto: 
a) a guarda dos dois filhos (art. 10 da LD); 
b) pensão alimentícia para si, no montante de 10% dos rendimentos líquidos do varão (art. 19 da LD); 
c) pensão alimentícia para os filhos, no montante de 20% dos rendimentos líquidos do varão, até que os mesmos completem a maioridade ou formem-se em curso universitário; 
d) a manutenção do nome de casada, ante o fato dos filhos só terem o nome do pai; 
e) o desfazimento do condomínio pleno existente entre os cônjuges, tendo em vista que são casados desde 1973, portanto, casados sob o regime da comunhão universal de bens; 
f) a fixação de visitas apenas nos finais de semana.
O marido B contestou o pedido, alegando, em preliminar, carência de ação por falta de interesse de agir. Afirma que a hipótese não se subsume no art. 231, inc. III, do CC. Requer, ainda, em preliminar, a extinção do processo por impossibilidade jurídica do pedido, tendo em vista que o art. 5.º, caput, exige grave violação no dever do casamento, sendo que a hipótese em questão não possui qualquer gravidade, até porque alega não ser verdadeira. No mérito, afirma que sua conduta é escorreita e que a mulher quer a separação por estar interessada em outro homem. Pede, portanto, a improcedência da ação e condenação da requerida nos ônus sucumbenciais.
O varão B reconviu a ação em face de sua mulher, A, alegando que a mesma descumpriu gravemente os deveres do casamento, pois abandonou o lar e está sendo infiel nos moldes do art. 231, inc. I e II, do CC. Afirma que a mulher, após ter abandonado o lar, tendo passado apenas noventa dias, conheceu outro homem e passou a ter encontros amorosos com ele, de maneira notória, fato de conhecimento dos filhos, pois muitas vezes o homem passou a pernoitar no novo domicílio da mulher. Requer, por conseguinte: 
a) a guarda dos filhos (art. 10, caput, da LD); 
b) a concessão de visitas livre para a mãe; 
c) avolta do uso do nome de solteira da mulher (art. 17, caput, da LD); 
d) a não concessão de pensão alimentícia para a mulher, ante o fato de a mesma ter dado causa à separação (art. 19 da LD); 
e) a dissolução da comunhão universal de bens, com aplicação do § 3.º do art. 5.º da LD.
A mulher contestou, alegando, em preliminar, a exceptio nom adimpleti contractus, requerendo a imediata extinção da reconvenção. Alegou, no mérito, a não verdade das alegações do varão, pleiteando a condenação do mesmo em litigância de má-fé.
O Juiz concedeu apenas alimentos provisórios aos filhos pelo varão ante o fato dos mesmos estarem residindo com a mãe, no montante de 20% dos seus vencimentos líquidos. A mulher agravou o despacho do Juiz requerendo a fixação de alimentos para si, pois alega que o casamento é antigo e que não tem suporte para sobreviver. O tribunal não concedeu a liminar e não chegou a decidir o mérito. Foi designada audiência de tentativa de conciliação, que restou infrutífera. O feito foi instruído, tendo as testemunhas da mulher corroborado os fatos alegados na inicial e as testemunhas do varão corroborado os fatos narrados na reconvenção.
Em alegações finais, as partes reiteraram as manifestações anteriores, tendo apenas o patrono da autora requerido o desentranhamento do documento juntado pelo varão na audiência de instrução, no qual os filhos declaram que preferem residir com o pai. O representante do MP, em sucinto parecer, opinou pelo não acolhimento de nenhuma das preliminares, e no mérito, em tese, não defendida por nenhuma das partes, na aplicação do § 1.º do art. 5.º da LD, por entender que até a data do ingresso da ação, o casal já estava separado de fato há mais de um ano e que não poderia mais discutir a hipótese de culpa, muito embora nenhuma prova tenha sido produzida no sentido da análise do lapso temporal. Entende que a guarda deve ficar com a mãe, com direito de visitas ao pai nos finais de semana, a fixação de alimentos na base de 30% dos rendimentos líquidos do varão, a concessão de pensão à mulher na base de 10% como dívida de valor.
Sentencie
MÓDULO IV
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Sentença Criminal
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Sentença Criminal
Fulano de Tal está sendo processado como incurso nas sanções dos arts. 171, caput, combinado com o art. 14, II e 180, caput, na forma do art. 69, todos do CP, porque no dia 4.5.1989, por volta das 19:55h, no Posto São Paulo, situado na Av. Rebouças, em Sumaré, tentou obter para si vantagem ilícita em prejuízo de Nivaldo Antonio Foffano, proprietário do referido posto, procurando induzir em erro os empregados frentistas do estabelecimento mediante meio fraudulento.
Segundo consta dos autos, o acusado foi até o posto pilotando uma motocicleta e pediu que ela fosse abastecida. Após, deu em pagamento o cheque 410, da conta titulada por José Souza, sacado contra o Banco Bradesco, agência Sumaré, no valor de R$ 33,00. O cheque era furtado, e o preenchimento e emissão não eram do titular da conta.
Os empregados da vítima suspeitaram da origem da cártula, pois em dia anterior dois cheques da mesma conta haviam sido apresentados naquele posto, e havia informações de que eram furtados. Enquanto o acusado aguardava o troco, a polícia foi acionada e o deteve. 
O acusado admitiu que recebera o cheque de Édson, em pagamento de uma dívida. Declarou à polícia que o documento estava em branco e que foi ele mesmo quem o preencheu, mas a perícia grafotécnica determinou que o preenchimento foi de autoria de terceira pessoa, não identificada.
O cheque era produto de roubo praticado contra o titular da conta. O acusado sabia que o cheque era produto de crime, e ainda assim o recebeu, em proveito próprio.
Obs.: Os fatos foram comprovados e um dos frentistas reconheceu o acusado.
Sentenciar.
MÓDULO V
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Sentença
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Sentença
Questão extraída da Prova de Sentença da Magistratura do Distrito Federal (26.8.2000).
Elaborar sentença demonstrando conhecimento técnico-jurídico, fundamentando com clareza e concisão as questões de direito processual e material, aplicando os posicionamentos doutrinários e jurisprudencial.
R E L A T Ó R I O 
Vistos etc,
O representante do Ministério Público denunciou Libertino do Monte Pascoal, brasileiro, solteiro, músico, filho de Antônio do Monte Pascoal e Ana Maria da Silva Pascoal, natural de Brasília–DF, nascido em 8 de agosto de 1979, por infração ao que se dispõe no art. 214 c/c art. 224 do Código Penal e art. 9.º da Lei n. 8.072/90, fazendo narrar:
No dia 25 de maio de 2000, por volta de 3:00h, na QE 130, Conj. AZ, casa 01, Guará V, nesta capital, ao voltar de um forró– onde fora contratado pelo pai da menor Fernanda Diadorin, seis anos de idade, para tocar guitarra no seu salão de baile –, burlando a vigilância dos genitores da criança, de quem era hóspede, para satisfazer a sua concupiscência, adentrou no quarto, deitou na cama da menina, a apalpou, roçou e tocou na sua “genitocrural”.
No interrogatório judicial, retratou-se da confissão contida no auto de prisão em flagrante, asseverando ter sido seviciado a que confessasse; que é sonâmbulo, não praticou ato libidinoso com a criança e que, ao deitar na cama da menor, pensava fosse da sua irmã, de onze anos, com quem queria transar; de ofício, foi submetido a exame de insanidade mental; laudos de Exame de Corpo de Delito ad cautelam e de atentado violento ao pudor, com registros de escoriações e equimoses na face lateral esquerda do corpo, nas regiões lateral do cotovelo e terço médio do antebraço, e ausência de sinais de prática libidinosa. Defesa prévia, fl. 49, alegando inocência. No sumário foram ouvidas três testemunhas comuns. Na fase do art. 499 do Código de Processo Penal, esclarecida a folha penal, restou certificado a existência de condenação, em 15 de fevereiro de 1998, com trânsito em julgado, pela prática da contravenção penal ‘porte de arma’.
Em alegações finais, o representante do Ministério Público, postulando pela condenação, aduz que o acusado, perante a autoridade policial, em detalhes, descreveu a sua conduta, não merecendo crédito a retratação de que foi surrado a que confessasse, por ser essa, invariavelmente, a alegação dos réus confessos; que as lesões corporais constatadas no Laudo de Exame de Corpo de Delito foram resultantes da força empreendida pelos policiais para contê-lo, por haver resistido à prisão, conforme afirmado pelas testemunhas, que também confirmaram os fatos, sendo uma farsa a alegação de sonambulismo, posto que, sequer havia dormido quando deitou na cama da vítima e tocou em sua genitália; que, no exame pericial de insanidade mental, foi constatada a sua imputabilidade e que apresenta periculosidade; que restou caracterizado o crime de atentado violento ao pudor consumado, não merecendo guarida a tese de que, embora houvesse deitado com a menor, com ela não praticou ato libidinoso, porquanto, ao deitar na cama da criança, pensava estar com sua irmã, menor de 11 anos de idade, com quem queria manter relações sexuais; que é irrelevante o alegado erro quanto às menores, visto que, em quaisquer das hipóteses, ocorreria a violência presumida. Pela defesa, em preliminares, argüindo a nulidade do processo, alega que não foi atendida a condição da ação que exige, nos crimes contra os costumes, queixa da vítima ou do seu responsável, vez que no atentado violento ao pudor, com violência presumida, a ação deve ser de iniciativa privada, somente lavrando auto de prisão em flagrante, quando requerido, por escrito ou oralmente, a instauração do inquérito policial, e, nos autos, não existe qualquer forma de queixa; que a denúncia é inepta porque lastreada em confissão obtida mediante sevícia, ao ser preso em flagrante. No mérito, alega que é impossível admitir a autoria, por ter sido espancado a que confessasse, e pela minudência de detalhes, o que demonstra ter sido o texto criado na fase investigatória, comparando-ocom as declarações prestadas pela vítima e seus representantes; que o pai da vítima, diante da negativa do acusado de haver nela tocado, mandou que fosse embora, e, no dia seguinte, por vingança, após discussão e mútua agressão, chamou a polícia, sendo questionável a tardia defesa da honra da filha, ressaltando, que das declarações da menor, restou contrariada a autoria e, mesmo fossem incriminadoras, não podem prosperar, diante das restrições ao testemunho infantil; que nos laudos psicológico e psiquiátrico contidos no exame de insanidade mental depreende a existência de diferenças, e que, por já haver estado internado em clínica de repouso, embora não afetado psiquiatricamente, existe comprometimento psicológico de fundo neurológico, o que explica alguma atitude confusional distorcida; que, mesmo tivesse praticado os atos libidinosos, restaria configurado o ato contravencional, perturbação da tranqüilidade, e não o delito capitulado. Ao final, se não acolhidas as preliminares, pede pela absolvição por ilegitimidade do Ministério Público para promover a ação penal, ou que se desclassifique a sua conduta para a contravenção prevista no art. 65 da Lei das Contravenções Penais.
	É o relatório.
	Decido:
MÓDULO VI
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Sentença
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Sentença
Ação regressiva de reparação de danos causados em veículo: Catuaba do Brasil Indústria e Comércio Ltda. contra AutoRun Concessionária do Sistema Anhanguera – Bandeirantes S/A.
Diz a autora que, no dia 15 de julho de 1999, o veículo de sua propriedade, a saber, um Gol MI, cor branca, ano 1997, placas DBO 1667, conduzido por Álvaro da Costa, transitava pela Rodovia Anhanguera, km 124, município de Somália, quando veio a atropelar um animal canino de cor marrom, que atravessava o fluxo de veículos no sentido canteiro central – acostamento, causando danos em seu veículo no montante de R$ 2.117,28.
Entende a requerente que o evento ocorreu por culpa exclusiva da operadora AutoRun, posto que a ela cabe o policiamento do tráfego. Toca, ainda, à Concessionária a fiscalização e segurança, que é fator primordial para comodidade dos usuários. Cabe também à operadora as providências para evitar o trânsito de animais nas estradas de rodagem.
Requer a condenação ao pagamento dos prejuízos sofridos no montante de R$ 2.117,28, corrigido monetariamente desde o desembolsoe acrescido das cominações legais e honorários advocatícios a serem fixados pelo Juízo.
Contestação: Levantou preliminar de ilegitimidade passiva "ad causam", sob o argumento de que não atua sobre a guarda dos animais. Colecionou julgados. No mérito, aduz que se portou dentro dos parâmetros legais e contratuais no sentido de proporcionar garantia de segurança aos usuários, com a inspeção e retirada de animais da pista, não tendo se omitido no tocante à sua obrigação legal e contratual. Também aduziu que não houve comprovação do nexo de causalidade entre o evento e os danos alegados pela autora. Não houve reclamação por parte do motorista à Concessionária, o que causa estranheza. Ademais, o Boletim de Ocorrência elaborado de forma unilateral não se presta à comprovação da ocorrência do acidente relatado. Também o croqui do boletim de Ocorrência não foi sequer descrito pelo policial, permanecendo apenas os dizeres "local prejudicado". Impugnou o valor pleiteado. Aguarda a improcedência do pedido.
SENTENCIE.
MÓDULO VII
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Sentença
JOAQUIM TUCANO, já qualificado nos autos, foi denunciado pela Justiça Pública como incurso nas sanções do art. 214, c. c. o art. 224, "a", art. 69 (três vezes), todos do CP, c. c. o art. 1.º, inc. VI, da Lei n. 8.072/90, porque no dia 21.9.1999, por volta das 7:30 horas, defronte à Escola Municipal do Jardim Paraisópolis, situada na Rua 14, n. 400, no Município de Jundiapeba, nesta Comarca, mediante violência presumida, constrangeu L.A.N.G., de nove anos, C.A.N., de 10 anos, e D.D.E., de doze anos, a permitir que com elas praticasse atos libidinosos diversos da conjunção carnal.
Consta dos autos que o acusado dirigiu-se até o portão de entrada da escola, onde deparou-se com as vítimas, ocasião em que agarrou L., tentando beijá-la na boca e passando a mão por suas nádegas e seios, mesmo diante da resistência dela. Em seguida, constrangeu C. e D. a permitir que ele as beijasse na boca, passando a mão nos seios, nádegas e órgão genital delas, mesmo diante da resistência das mesmas, que tentavam se desvencilhar do acusado. A Guarda Municipal foi acionada e prendeu o acusado em flagrante delito no interior da Escola.
SENTENCIE.
OBSERVAÇÕES:
Instaurou-se o incidente de insanidade mental, tendo concluído o senhor perito pela inimputabilidade do acusado.
Na fase inquisitiva, o réu confessou espontaneamente.
Em Juízo, afirmou que já foi processado por estupro e que já esteve internado em clínica para tratamento psiquiátrico
As vítimas confirmaram que o réu as agarrou e tentou beijá-las na boca, na frente das outras pessoas. Também a Diretora da Escola afirmou que viu o réu passar a mão nas meninas, e que todos confirmaram, na Delegacia, que era o réu o autor dos atos libidinosos ocorridos na escola.
MÓDULO VIII
PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Sentença
No dia 13.2.1991, na empresa SS S/A, situada na Rua Dez, n. 20, nesta Comarca, NEURI DA SILVA SOUZA, MARCELO HENRIQUE DA SILVA e mais dois indivíduos não- identificados, previamente ajustados e prestando-se mútuo auxílio, subtraíram a quantia de R$ 8.000,00 em dinheiro, e mais aproximadamente R$ 3.150,00 em cheques de clientes, bem como as folhas de cheques de ns. 520355 a 520391, do banco Itaú S/A, agência Taquaral-Campinas, pertencentes à referida empresa de propriedade de João Correia Fernandes, mediante grave ameaça de morte exercida com arma de fogo, impossibilitando qualquer resistência da vítima e de seus empregados.
Consta dos autos que os quatro meliantes chegaram num automóvel, e que um dos indivíduos, não-identificado, ficou aguardando no carro e, um outro, também não-identificado, rendeu o porteiro da empresa, enquanto os dois indiciados adentraram e, apontando armas de fogo, dominaram a vítima e alguns funcionários e, sempre sob ameaça de morte, mandaram que a vítima abrisse o cofre de onde foi retirada a res furtiva já descrita.
Após isso, levaram a vítima e um funcionário até o banheiro e ordenaram que lá permanecessem. Em seguida, evadiram-se do local no automóvel que aguardava do lado de fora.
Os indiciados foram reconhecidos pessoalmente pela vítima, e fotograficamente por Vagner Aparecido Silveira da Silva, Milton Sabino, João Pereira e Paulo da Silva.
Foram denunciados por infração do art. 157, § 2.º, incs. I e II, na forma do art. 29, caput, ambos do CP.
Questão: Presumindo-se que todos os fatos foram devidamente comprovados, sentencie.
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