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a geografia moderna

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Teoria e Métodos 
em Geografia – 
O pensamento 
Geográfico
A Geografia Moderna
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Vivian Fiori 
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco 
5
Nesta Unidade daremos continuidade aos nossos estudos na disciplina de Teoria e métodos: 
o pensamento geográfico, abordando a chamada Geografia moderna, dando ênfase às obras 
de Humboldt e Ritter. 
Para atingir satisfatoriamente os objetivos, considere a importância da leitura do texto 
principal e da realização, com empenho e dedicação, das atividades propostas.
Contextualizar as obras, teorias e conceitos elaborados por Humboldt e Ritter. 
Discutir as características do método positivista e sua relação com a Geografia.
A Geografia Moderna
• A Geografia Moderna
• A Ciência Moderna e a Geografia
• Alexander Von Humboldt
• Karl Ritter
• Positivismo de Auguste Comte e sua Influência na Geografia
6
Unidade: A Geografia Moderna
Contextualização
Leia atentamente o seguinte texto:
É uma opinião amplamente admitida que as figuras de Humboldt e Ritter 
constituíram, de certa forma, casos isolados, sem uma grande influência direta, 
apesar do prestígio que os acompanhou em vida. Segundo esta interpretação, 
a Geografia como Ciência não se aproveitou imediatamente dos ensinamentos 
destas figuras, e só mais tarde receberia o estímulo de suas ideias – ou por 
utilização direta, como no caso de Humboldt, ou por reação ante alguns deles, 
como é o caso de Ritter – e pôde aproveitar o abundante, porém bastante 
desorganizado, patrimônio reunido nestas obras monumentais. 
Os historiadores alemães da Geografia costumam assinalar que o decênio que 
seguiu a morte de Humboldt e Ritter foi um decênio de crises. Assim Konrad 
Krestschmer, por exemplo, disse que após a morte destes autores em 1859 
ocorreu “um período de paralisação”, “não existiram grandes personalidades, 
nem houve propriamente escolas; a década dos 70 do século XIX forma 
uma lacuna no desenvolvimento constante da Geografia, vazio interrompido 
somente por alguns descobrimentos sensacionais”. O mesmo afirma Hettner e, 
depois dele, Hartshorne.
Opinião semelhante é sustenta por Paul Claval que, mesmo aceitando que é 
nestes autores que deveriam ser buscadas “as primeiras formulações sistemáticas 
do que é a Geografia”, considera que “no fundo eram casos isolados” e se 
refere também explicitamente à crise da Geografia alemã na década de 1860-
70. Entre os ingleses, por último, G. R. Crone escreveu que “depois da morte 
de Ritter, o ímpeto dado por ele desapareceu gradualmente e por um tempo a 
teoria geográfica recebeu escassa atenção na Alemanha” (CAPEL, 2008, p. 65). 
Como afirma Horacio Capel, tanto Humboldt como Ritter não tiveram discípulos que tenham 
continuado suas obras ou que tivessem formado uma escola propriamente dita. 
Quando nos referimos à escola geográfica, tratamos de autores que tivessem afinidade 
teórico-metodológica ou de pensamento, de forma de conceber a Geografia. 
Mais do que Ritter, Humboldt nem sempre foi considerado um geógrafo, pois suas obras 
tratavam de temáticas como Botânica e Geologia voltadas às Ciências Naturais, de modo que 
apenas posteriormente foi considerado importante à Geografia. 
Para compreender um pouco mais sobre as obras desses que hoje são entendidos como os 
expoentes da Geografia moderna, leia o texto teórico e o material complementar desta Unidade. 
7
A Geografia Moderna
Nesta Unidade trataremos sobre a Geografia Moderna. Em um primeiro momento trazendo 
algumas reflexões sobre concepções e métodos que tiveram relação com a Ciência em geral e 
especificamente com a Geografia produzida nos séculos XVIII e XIX. Depois, explicitando um 
pouco mais sobre a obra, método e o contexto em que viveram Humboldt e Ritter. Por fim, tratar 
do positivismo como método que influenciou diversos Ciências, entre as quais a Geografia.
A Ciência Moderna e a Geografia
A Ciência moderna tornou-se universal a partir do modelo europeu de expansão mediante 
os processos de colonialismo (do século XVI ao XVIII) e imperialismo (principalmente pós-
século XIX), assim como o próprio conhecimento geográfico e sua sistematização como Ciência 
é difundido a partir da Europa. 
Sob a égide da fé na Ciência, na razão e que o progresso dependeria do conhecimento 
científico, sobretudo a partir do século XVIII a Ciência europeia difundiu-se pelo mundo.
O conjunto de ideais fundamentados em um novo modo de compreender o mundo, sobretudo 
a partir das existências vividas pelos europeus, tanto das relações sociais e políticas, quanto pelo 
conhecimento da natureza é fundado no que alguns autores denominam de iluminismo. 
O período denominado por historiadores de iluminismo foi um dos que ampliaram o 
rompimento do conhecimento com a concepção teológica, das causalidades sobrenaturais, com 
críticas ao poder da igreja e também aos reis absolutistas. 
Com um discurso que via na Ciência a possibilidade de conhecer o mundo, explicá-lo 
mediante o uso de regras, de um método que segue uma lógica que pode ser explicada com 
certo grau de precisão. 
Tal movimento fundado na concepção de modernidade tem alguns expoentes, entre os quais: 
René Descartes, com sua obra Discurso do método, de 1637; Montesquieu com o Espírito das 
leis, em 1748; Jean Jacques Rousseau com Do contrato social em 1762; Voltaire com Cartas 
inglesas, em 1734.
Considera-se René Descartes (1596-1650), francês, matemático, físico e filósofo como o autor cuja 
obra é uma das que inauguram o pensamento moderno europeu. Em seu livro Discurso do método 
o pensador trata da importância do método. 
A seguir selecionamos dois trechos da obra do autor, com suas explicações sobre o conhecimento e 
a “razão” e no segundo trecho os princípios de seu método:
8
Unidade: A Geografia Moderna
O bom senso é a coisa mais bem distribuída do mundo, pois cada um pensa 
estar tão bem provido dele, que mesmo aqueles mais difíceis de satisfazerem 
com qualquer outra coisa não costumam desejar mais bom senso do que 
têm. Assim, não é verossímil que todos se enganem; mas, pelo contrário, 
isso demonstra que o poder de bem julgar e de distinguir o verdadeiro do 
falso, que é o que propriamente o que se denomina, bom senso ou razão, 
é por natureza igual em todos os homens; e portanto que a diversidade de 
nossas opiniões não decorre de uns serem mais razoáveis que outros, mas 
somente de que conduzimos nossos pensamentos por diversas vias, e não 
consideramos as mesmas coisas. Pois não basta ter o espírito bom, mas o 
principal é aplicá-lo bem (DESCARTES, 2001, p. 5).
Descartes propõe as seguintes etapas para seu método de pesquisa:
O primeiro era de nunca aceitar coisa alguma como verdadeira sem que 
a conhecesse como tal; ou seja, evitar cuidadosamente a precipitação e a 
prevenção, e não incluir em meus juízos nada além daquilo que se apresentasse 
tão clara e distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião 
de pô-lo em dúvida.
O segundo, dividir cada uma das dificuldades que examinasse em tantas 
parcelas quantas fosse possível e necessário para melhor resolvê-las.
O terceiro, conduzir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos 
mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir pouco a pouco, como por 
degraus, até o conhecimento dos mais compostos; e supondo certa ordem 
mesmo entre aqueles que não se precedem naturalmente uns aos outros.
E, o último, fazer em tudo enumerações tão completas, e revisões tão gerais, 
que eu tivesse certeza de nada omitir (DESCARTES, 2001, p. 23).
Essas e outras obras tornaram-se referência para os intelectuais da época e, de alguma forma, 
impactaram no conhecimento científico, influenciando determinadas áreas, como explica o 
geógrafo Antonio Carlos Robert Moraes (1989, p. 121):
Um primeiro traço marcantedo pensamento iluminista é a fé na razão, isto é, a 
ideia de que o desenvolvimento intelectual da sociedade levaria à melhoria geral 
do estado social e ao aprimoramento das instituições políticas. Pensa-se a história 
como um progressivo domínio da natureza pelo pensamento, visando instaurar 
uma ordem social que recupere os direitos naturais do homem, identificados pela 
via da razão e do conhecimento. Assim, o pensamento iluminista não opõe a razão 
à natureza, antes articula-as numa perspectiva evolutiva da história. Humboldt 
exprime com clareza meridiana esses pontos de vista. Fala do saber como “jóia 
do homem e direito indestrutível da humanidade”, e elogia a afirmação de Bacon 
de que “o poder das sociedades é a inteligência”. Para ele, o “engrandecimento 
das ideias” leva a “melhoria do estado social”, pois o conhecimento tem uma 
influência “moral e intelectual em todas as classes da sociedade civil”.
Se o conhecimento geográfico desde a história antiga esteve atrelado à concepção de explicar 
a existência do mundo e da superfície terrestre, mediante descrição dos povos e dos lugares, da 
Cartografia dos lugares, elaborando uma imagem do mundo, procura na modernidade tornar-
se científica e “moderna”, fundamentando-se no uso de métodos para suas explicações.
9
Portanto, a chamada Geografia moderna buscava sê-la no sentido de romper com o que 
havia anteriormente, de tentar substituir a simples descrição e o conhecimento empírico do senso 
comum por uma forma de explicação também teórica, que pudesse ser formulada segundo 
alguns procedimentos e métodos. 
Ressalta-se que o conhecimento empírico pode ocorrer mediante uma simples observação 
e fundamentalmente por meio das experiências vividas. Já na Filosofia, em geral, o empirismo 
refere-se à concepção pela qual um conhecimento deve ser colocado a prova a partir da 
experimentação e da observação, ou seja, só aquilo que é passível de passar por uma experiência 
pode ser “verdade”. Autores como John Locke (1588-1679), Francis Bacon (1561-1626) e 
David Hume (1711-1776) são considerados empiristas.
Um dos autores associados a esse processo da Ciência moderna foi Kant. Prestigiado 
filósofo, mas que também ministrou um curso de “Física do Mundo”, ou “Geografia Física” 
na Universidade de Konigsberg, no qual concebia a Geografia como uma Ciência empírica 
(passível de ser alvo da experimentação), embora com uso também de conceitos provenientes 
do raciocínio (GOMES, 2007). 
Assim, nesse mundo moderno europeu é que sugiram as obras de Humboldt e Ritter, 
atualmente considerados os principais expoentes da Geografia moderna alemã. 
Alexander Von Humboldt
Humboldt viveu entre 1769 e 1859. Ligado à aristocracia, o barão Humboldt nasceu em 
Berlim, no reino da Prússia (parte da futura Alemanha). Estudou com professores particulares 
(tutores) e depois na Universidade de Gotinga, onde teve contato com áreas de conhecimento 
da Botânica, Mineralogia e Matemática, ou seja, das Ciências Naturais. 
Possuía uma formação naturalista na Alemanha e posteriormente foi estudar em Paris que, 
nessa época, era o grande celeiro de cientistas do mundo, onde manteve contato com inúmeros 
pesquisadores.
Humboldt realizou diversas viagens, a maior para o Continente americano (1799-1804), com 
outros estudiosos, entre os quais o botânico francês Aimé Bonpland, visitando parte da América 
espanhola (Amazônia do Peru e da Colômbia, Cuba e México) e também os EUA, onde foi 
recebido pelo presidente Thomas Jefferson. 
Tornou-se amplamente conhecido devido as suas viagens, pesquisas e obras. Suas principais 
publicações são: Cosmos; Quadros da natureza; Viagem às regiões equinociais do Novo 
Continente. Suas diversas obras versam sobre diferentes temáticas, entre as quais a Botânica, 
Geologia, Geofísica e Geografia. 
Embora tenha escrito sobre o homem, inclusive posicionando-se contra a escravidão, suas 
publicações mais conhecidas estão vinculadas às Ciências Naturais, conforme afirma o geógrafo 
Paulo Cesar da Costa Gomes (2007, p. 151) sobre a obra Viagem às regiões equinociais do 
Novo Mundo:
10
Unidade: A Geografia Moderna
Quem hoje lê a Voyage aux régions équinoxiales du noveau continent em 1799, não deixa 
de ficar impressionado com a capacidade de Humboldt em ligar diferentes fenômenos levando 
em conta aquilo que havia então de mais recente nas Ciências Naturais, e isso a propósito de 
uma região muito pouco conhecida. Seu olhar tinha por objeto os elementos mais variados do 
meio físico, mas não se limitava a eles. Humboldt observava também a sociedade local. Cada 
observação se dava separadamente e em seguida recolocada em conexão com as outras, a 
fim de resgatar uma verdadeira cadeia explicativa. Não é, portanto, difícil de compreender a 
insistência com que o nome de Humboldt é associado ao da Geografia moderna. A despeito 
da continuidade com as narrativas de viagens e as cosmografias, Humboldt soube, graças à sua 
grande cultura, reproduzir essas tradições a um novo modelo científico e atualizá-las levando em 
conta as principais descobertas da época.
Durante a viagem buscava observar e contemplar a paisagem para entender os processos de 
sua formação e das “forças da natureza”, em suas próprias palavras, procurando compreender 
“a ação combinada das forças, a influência da criação inanimada sobre o mundo animal e 
vegetal, sobre esta harmonia” (HUMBOLDT apud CAPEL, 2008, p. 14). 
 Suas influências vêm do iluminismo, do racionalismo, da concepção do uso da razão para 
estabelecer o entendimento do mundo, mas também de correntes filosóficas que se contrapunham 
ao racionalismo. É o caso, por exemplo, da influência das obras de Schelling (1775-1829), cuja 
“Filosofia da natureza” baseava-se na 
compreensão da natureza mediante a 
observação, contemplação e relacionando as 
diversas conexões que compõem uma 
“natureza integrada”.
Segundo Antonio Carlos Robert de Moraes 
(2003), Humboldt usou como método o 
empirismo “raciocinado”, segundo o qual 
a paisagem precisaria ser contemplada, 
observada para, depois dessa reflexão, chegar-
se à causalidade das conexões existentes na 
natureza. Assim afirma Moraes (2003, p. 48):
A paisagem causaria no observador uma 
impressão, a qual combinada com a observação 
sistemática dos seus elementos componentes e 
filtrada pelo raciocínio lógico, levaria à explicação; à 
causalidade das conexões da paisagem observada.
Na visão de Humboldt interessava o 
entendimento dos fatores naturais de forma 
integrada, desse modo não separava, por 
exemplo, as questões climáticas (temperatura, 
umidade, luz, pluviosidade etc.), dos fatores 
pedológicos (solos), geológicos (formação das 
rochas e minerais, processos de vulcanismo, origem da Terra e das formações geológicas etc.) 
com os tipos de vegetação. Buscava-se sim entender esses elementos como algo integrado. 
Figura 1 - Humboldt em sua viagem à América
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Sua concepção era da integração dos elementos naturais procurando compreender a relação 
entre esses fatores e as leis gerais que os regiam. Sobre seu método, explica Humboldt (apud 
GOMES, 2007, p. 161-162):
o princípio fundamental de meu livro [...] é a tendência constante de recompor 
os fenômenos, o conjunto da natureza, de mostrar, nos grupos isolados desses 
fenômenos, as condições que lhe são comuns, isto é, as grandes leis que regem 
o mundo; enfim, de fazer ver como o conhecimento dessas leis nos remonta 
ao laço de causalidade que os une uns aos outros. Para chegar a desvelar o 
plano do mundo e a ordem da natureza, é preciso começar por generalizar os 
fatos particulares, por pesquisar as condições nas quais as mudanças físicas se 
reproduzem uniformemente.
Quando se afirma que o autor buscavadesvendar as leis gerais da natureza, refere-se à tentativa 
em compreender os processos gerais que podem explicar uma determinada paisagem (Figura 2).
Figura 2 – Esquema do método de Humboldt.
 
Para Pensar
Para entender o que significa estabelecer leis gerais na Ciência, usaremos um exemplo sobre a 
existência dos vulcões: Como poderíamos explicar a existência e localização dos vulcões? Como se 
formam os vulcões? Os vulcões espalhados pelo mundo existem pelos mesmos motivos e situações? 
Quais são? Se descobrirmos que existem alguns fatores comuns para a explicação da existência 
de alguns vulcões no mundo, então descobrimos suas leis gerais. Para isso é necessário observar, 
comparar, estabelecer a causalidade do fenômeno vulcanismo, as conexões, ou seja, as relações 
existentes entre o vulcanismo e outros processos naturais.
Fonte: Elaborado por Vivian Fiori, 2014
Observações da
natureza
Síntese da
paisagem
Contemplação Intuição
Causalidade Conexões dos
fenômenos
Comparação Leis gerais
12
Unidade: A Geografia Moderna
Partindo desse princípio é fundamental fazer comparações para poder estabelecer leis gerais 
que sirvam à explicação das paisagens. Como afirma o geógrafo Horacio Capel (2008, p. 16) 
sobre o método de Humboldt:
Em relação ao método comparativo usado por Humboldt, cabe destacar somente 
que o usou de forma abundante e que alguns consideram que é precisamente 
este uso de comparações universais sua contribuição mais importante. Humboldt 
comparava, de fato, sistematicamente as paisagens do setor que estudava com 
outras partes da Terra. Assim, por exemplo, comparava as planícies do Orinoco 
com os Pampas, os desertos do velho continente e os da América, o altiplano do 
México e o da Península Ibérica, as montanhas da Europa e as do Novo Mundo, 
[...] o essencial é que não só reconheceu paisagens únicas, mas observou que 
possuem relações gerais e causas genéticas comuns com áreas similares em 
outras partes da Terra; esta é a essência do método geográfico.
A comparação é um procedimento metodológico que, entre outras possibilidades, permite 
identificar o que há em comum em alguns fenômenos naturais para, a partir daí, estabelecer as 
leis gerais. Desse modo, a proposta de Humboldt era de uma Geografia geral e não de buscar 
apenas as particularidades de cada paisagem. 
Para Pensar
Imagine a observação de uma determinada paisagem, usando as reflexões e o método de 
Humboldt. Lembrando que para esse pensador era fundamental a observação, a comparação, o 
estabelecimento das causalidades, das conexões entre os fenômenos e, por fim, a identificação e 
síntese das características de uma determinada paisagem. Partindo da imagem de uma paisagem 
da caatinga brasileira, quais seriam os procedimentos e o método utilizados por Humboldt para 
identificar e explicar esse cenário?
Em um primeiro momento é fundamental observar a paisagem, contemplá-la, buscar mediante 
intuição fazer o seguinte questionamento: “por que esta paisagem tem estas características?” Depois, 
a partir dessas reflexões, identificar quais são os elementos que se conectam e formam tal cenário. 
A relação e conexões, portanto, entre baixa pluviosidade, baixa umidade do ar, solos mais arenosos 
e formação desse tipo específico de vegetação. Então, as conexões que podem ser estabelecidas têm 
relação com a pluviosidade (chuva), a umidade do ar, as características morfológicas do solo, tipos e 
características da vegetação. 
Desse modo, a paisagem da caatinga se explica pela interação entre os processos naturais, sobretudo 
relacionados aos elementos do clima, do solo e da vegetação, compondo uma paisagem que se 
caracteriza pela baixa pluviosidade e tipos de vegetação adaptada a essa realidade. 
Então não basta usar a observação, mas também outros procedimentos, entre os quais 
estabelecer relações e conexões entre os fenômenos. 
Desse modo, Humboldt foi um importante cientista dos séculos XVIII e XIX, tanto à 
sistematização da Ciência geográfica, como também para outras Ciências Naturais.
13
Karl Ritter
Ritter viveu entre 1779 e 1859, nascido em uma família pequeno-burguesa na Saxônia 
(parte da atual Alemanha). Estudou Filosofia e História. Apesar de sua origem familiar, tornou-
se defensor da monarquia.
A religião teve relação com o discurso e obras de Ritter, já que para esse pensador tudo no 
mundo tinha uma finalidade divina, mas cabia ao cientista desvendar os processos existentes no 
mundo. Sobre essa questão, Antonio Carlos Robert Moraes (1989, p. 49) afirma que:
Para Ritter a ordem natural obedeceria a um fim previsto por Deus, a causalidade 
da natureza obedeceria à designação divina do movimento dos fenômenos. 
Deste modo, haveria uma finalidade na natureza, logo uma predestinação 
dos lugares. Compreender esta predestinação seria a tarefa do conhecimento 
geográfico, que no limite, para esse autor, seria uma forma de contemplação da 
própria divindade.
Assim, os estudos de Ritter também tinham uma perspectiva religiosa, talvez pelo fato de 
ter sido criado por um padrasto pastor. De qualquer forma, Ritter dizia que tudo que estava 
no mundo havia sido criado com uma finalidade, contudo, cabia à Geografia desvendar essas 
realidades já criadas, pois nesses sistemas naturais estariam expressos os desígnios divinos e 
atribuía-se à Ciência desvendá-los. Para Ritter, a ordem dos fenômenos pertenceria a um fim 
previsto por Deus. 
Ritter foi considerado um dos precursores da Geografia moderna e sua obra teve importância 
principalmente por discutir a questão do método e dos procedimentos metodológicos em uma 
pesquisa de Geografia, sobretudo em uma perspectiva regional.
Ritter e Humboldt viveram no mesmo período, sendo que Ritter teve importante cargo na 
hierarquia universitária da Alemanha, tendo lecionado na Cátedra de Geografia na Universidade 
de Berlim. 
Embora contemporâneos, há algumas diferenças em relação à formação e obra de Ritter e 
Humboldt, entre as quais destacam-se: 
• Ritter realizou menos viagens e expedições; por outro lado, tendo estudado na 
universidade Química, Física, Estatística e História optou nos seus estudos por 
desenvolver uma perspectiva regional e com o homem como um elemento de seus 
estudos de forma mais direta;
• Ritter escreveu obras como Europa, quadros geográficos, históricos e estatísticos e também 
sobre o Oriente Médio, Ásia e África; assim, a produção de Ritter tinha uma perspectiva 
de estudos regionais, enquanto Humboldt fomentava uma perspectiva de estudos mais 
gerais. Ou seja, enquanto Humboldt buscava leis gerais à sua explicação sobre o mundo, 
Ritter fazia comparações para, a partir dessas, evidenciar os arranjos individuais em uma 
perspectiva regional. 
Desse modo, havia algumas diferenças entre os legados teóricos de Humboldt e Ritter, 
conforme destaca Ruy Moreira (2006, p. 24):
14
Unidade: A Geografia Moderna
Ritter e Humboldt, posto que seus trabalhos se entrelaçassem, eram, entretanto, 
complemento um do outro. Humboldt emprestou método e forma à Geografia 
sistemática (Climatologia e Geografia das plantas), Ritter fundou o estudo 
regional. Juntos, empreenderam um quase completo e moderno programa de 
Geografia. Assim, é de lamentar-se que Ritter, através de seus ensinamentos na 
universidade e nos vários estudos sobre metodologia, houvesse influenciado 
muito mais a geração subseqüente do que Humboldt, cujos trabalhos, dispersos 
por tantos jornais, fossem menos conhecidos pelo menos entre os geógrafos. A 
princípio, a influência de Humboldt foi muito maior no desenvolvimento das 
Ciências sistemáticas e, quando uma década mais tarde, eles principiaram a 
preocupar os geógrafos, estes consideraram a sua obra não como complemento, 
mas como contrária à obra de Ritter, usando-o com a finalidade de fortalecer o 
dualismo existente entre a Geografia regionale a Geografia física, o que durou 
até o término do século.
Ritter estabelece relações ou conexões entre fatores físicos e humanos, postulando a relação 
do homem com o meio e, portanto, relacionando a História à Geografia. 
Nesse sentido, Ritter (apud CAPEL, 2008, p. 43) assim explica o que é Geografia:
A expressão Geografia, utilizada no sentido de descrição da Terra, é infeliz e 
tem confundido as pessoas; parece-nos que com isso simplesmente refere-se aos 
elementos, cujos fatores são a verdadeira Ciência da Geografia. Esta Ciência 
tenta possuir a mais completa e cósmica imagem da Terra; resumir e organizar 
em uma bela unidade de tudo o que conhecemos do globo [...]. A Geografia é a 
parte da Ciência que estuda o Planeta em todas suas características, fenômenos 
e relações, como uma unidade interdependente, e mostra a conexão deste 
conjunto unificado com o homem e com o Criador do homem. 
Enquanto Humboldt, apesar de ter escrito sobre o homem, privilegiou a compreensão dos 
elementos integrados na natureza, por meio do conceito de paisagem, Ritter favoreceu estudos 
regionais nos quais o homem era um elemento importante na Geografia. 
Sua principal obra denomina-se Geografia comparada. Nessa aparece uma introdução 
teórico-metodológica sobre o que é Geografia. Em 1822 foi editado o primeiro volume da 
versão definitiva da obra Geografia geral e comparada, na qual trabalhou até 1859, ano de sua 
morte (MORAES, 1989), em um total de dezenove volumes, conforme afirma Antonio Carlos 
Robert Moraes (2003, p. 51) sobre o método de Ritter: 
Ritter define o conceito de “sistema natural”, isto é, uma área delimitada dotada 
de individualidade. A Geografia deveria estudar estes arranjos individuais, e 
compará-los. Cada arranjo abarcaria um conjunto de elementos, representando 
uma totalidade, na qual o homem seria o principal elemento. 
A obra de Ritter foi traduzida para o francês e para outras línguas, tornando-se uma referência 
teórica e também de estudos regionais da Geografia. Na época da primeira versão do livro, o 
autor já era consagrado academicamente, tendo sido conhecido por ser um grande professor. 
Lecionou para parte da nobreza da Prússia e também para outros que se tornaram conhecidos 
pensadores, como é o caso de Ratzel e Reclus, assim como Karl Marx, embora pouco tenha 
influenciado esse último. 
15
Assim, tanto Alexander Humboldt quanto Karl Ritter são considerados os precursores 
da Geografia moderna e tiveram importância na sistematização da Ciência geográfica, um 
privilegiando estudos da natureza e o outro pesquisas regionais, caso, por exemplo, do 
Oriente Médio.
Desse modo, Humboldt e Ritter tornaram-se geógrafos importantes à sistematização do 
conhecimento geográfico, trazendo propostas e métodos à Geografia, assim como ampliaram 
o papel institucional dessa Ciência a partir da formação de Cátedras dessa disciplina no 
meio acadêmico. 
Contudo, ambos não formaram uma “escola” geográfica e a partir desses o positivismo 
tornou-se um dos principais métodos. Assim, compreenderemos um pouco sobre esse método. 
Positivismo de Auguste Comte e sua Influência na Geografia
Os autores da chamada Geografia tradicional têm no método empirista e no positivismo suas 
principais orientações teórico-metodológicas. Mas o que é positivismo?
O positivismo é um método, uma forma de compreender, analisar e explicar a realidade. O 
termo foi cunhado por Saint Simon, mas um dos precursores e principais autores do positivismo 
é Auguste Comte, quem escreveu a obra Curso de Filosofia Positiva. 
Sua proposta de método não era específica da Geografia mas, segundo a sua concepção, o 
positivismo serviria para analisar todas as Ciências, fossem Humanas, Naturais ou Físicas. 
Na Geografia, principalmente a partir Friedrich Ratzel, Vidal de La Blache e outros autores 
do final do século XIX e início do século XX, o positivismo não foi o único método, mas o 
predominante. Sobre essa questão Moraes (2003, p. 21) afirma:
É nesta concepção filosófica e metodológica que os geógrafos vão buscar suas 
orientações gerais [...]. Os postulados do positivismo vão ser o patamar sobre o 
qual se ergue o pensamento geográfico tradicional, dando-lhe unidade.
O positivismo influenciou diversas Ciências e baseava-se principalmente na concepção de 
que, qualquer que seja a Ciência, é fundamental o estudo a partir da aparência dos fenômenos. 
Por meio da aparência e da observação do pesquisador, chega-se à explicação da realidade, 
podendo ainda, mediante essa observação e interpretação, realizar classificações. 
O progresso do espírito humano, em relação ao conhecimento, para Auguste Comte, passaria 
por três fases, a saber: 
• A primeira, um estado teológico, no qual o homem procurava explicar a realidade através 
das crenças e religiões. Para o autor, essa fase também era subdivida por três etapas: 
primeiro o fetichismo; depois o politeísmo, com a crença em vários deuses e, por fim, o 
monoteísmo com a fé em apenas um Deus;
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Unidade: A Geografia Moderna
• Em uma segunda etapa de evolução, o homem, por meio da concepção filosófica chamada 
metafísica, procurara explicar a natureza íntima das coisas, suas origens e destinos últimos, 
bem como a maneira pela qual são produzidas, mas, para o autor, a metafísica ficava 
distante da realidade, questionando o mundo, sem, no entanto, apresentar respostas que 
explicariam a existência; 
• Por isso, o autor propôs que o conhecimento chegaria ao terceiro estágio, que chamou de 
“estado positivo”, de onde vem o nome positivismo. 
Portanto, no estado positivo é fundamental subordinar a imaginação mediante a argumentação 
e observação. A observação dos fenômenos para Comte é essencial, conforme afirma: 
A visão positiva dos fatos abandona a consideração das causas dos fenômenos 
(procedimento teológico ou metafísico e torna-se pesquisa de suas leis; 
entendidos como relações constantes entre fenômenos observáveis. Este sentido 
lembra a tendência constante do verdadeiro espírito filosófico a obter em toda 
parte o grau de precisão compatível com a natureza dos fenômenos e conforme 
as exigências de nossas verdadeiras necessidades; enquanto a antiga maneira 
de filosofar conduzia necessariamente a opiniões vagas, comportando apenas a 
indispensável disciplina, baseada numa repressão permanente e apoiada numa 
autoridade sobrenatural (COMTE, 1978, p. 62).
Dessa forma, aquilo que se observa é passível de ser descrito e isso possui valor científico 
para o positivismo. A aparência dos fenômenos é fundamental, pois apenas pode ser descrito 
aquilo que todos conseguem ver, mas para ir além do senso comum, neste caso é necessário 
fundamentar-se por uma teoria, que se distancie de práticas metafísicas. É necessário ser 
objetivo, positivo!
Isidore Auguste Marie François Xavier Comte (1798-1857), conhecido como 
Auguste Comte nasceu em Montpellier, na França. Era um filósofo e considerado 
o fundador da Sociologia e um dos principais autores do positivismo. A seguir dois 
trechos literais de sua obra:
Todos os bons espíritos repetem, desde Bacon, que somente 
são reais os conhecimentos que repousam sobre fatos 
observados. Essa máxima fundamental é evidentemente 
incontestável, se for aplicada, como convém, ao estado 
viril de nossa inteligência. Mas, reportando-se à formação 
de nossos conhecimentos, não é menos certo que o espírito 
humano, em seu estado primitivo, não podia nem devia 
pensar assim. Pois, se de um lado toda teoria positiva 
deve necessariamente fundar-se sobre observações, é 
igualmente perceptível, de outro, que, para entregar-se à 
observação, nosso espírito precisa duma teoria qualquer. 
Se, contemplando os fenômenos, não os vinculássemos de 
imediato a algum princípio, não apenas nos seria impossível 
observações isoladas e, por conseguinte, tirar daí algum fruto, 
mas seríamos inteiramenteincapazes de retê-los; no mais das 
vezes, os fatos passariam despercebidos aos nossos olhos. 
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Enfim, no estado positivo, o espírito humano, reconhecendo 
a impossibilidade de obter noções absolutas, renuncia a 
procurar a origem e o destino do universo, a conhecer 
as causas íntimas dos fenômenos, para preocupar-se 
unicamente em descobrir, graças ao uso bem combinado do 
raciocínio e da observação, suas leis efetivas, a saber, suas 
relações invariáveis de sucessão e de similitude. A explicação 
dos fatos, reduzida então a seus termos reais, se resume de 
agora em diante na ligação estabelecida entre os diversos 
fenômenos particulares e alguns fatos gerais, cujo número 
o progresso da Ciência tende cada vez mais a diminuir 
(COMTE, 1978).
Um dos maiores problemas da concepção positivista é a ideia de que podemos usar o mesmo 
método para as Ciências Naturais e Humanas, dado que um estudo sobre rochas e minerais, 
por exemplo, não é o mesmo que estudar aspectos humanos e sociais. Primeiramente porque o 
homem é um ser social, cultural é político, possuindo capacidade de discernimento e consciência, 
o que não acontece à natureza. Logo, utilizar o mesmo método às Ciências Humanas e Naturais 
é um equívoco. Sobre isso, Antonio Carlos Robert Moraes (2003, p. 30) comenta:
Outra manifestação da filiação positivista, também traduzida numa máxima 
geográfica, é a ideia da existência de um único método de interpretação, 
comum a todas as Ciências, isto é, a não aceitação da diferença de qualidade 
entre o domínio das Ciências Humanas e as Ciências Naturais. Tal método 
seria originário dos estudos da natureza, as Ciências mais desenvolvidas, 
pelas quais as outras se deveriam orientar. Essa concepção, que incide na 
mais grave naturalização dos fenômenos humanos, se expressa na onipresente 
afirmação: “a Geografia é uma Ciência de contato entre o domínio da natureza 
e o da humanidade”. Postura essa que serviu para tentar encobrir o profundo 
naturalismo que perpassa todo pensamento geográfico tradicional.
Assim, no positivismo parte-se do princípio de que o conhecimento deve possuir uma base 
objetiva, fundada a partir da observação e de uma teoria que possa explicá-la. Nesse sentido, a 
observação e descrição tornam-se seus principais procedimentos metodológicos. 
A concepção positivista, também como parte do conhecimento produzido na Ciência 
moderna, acreditava no progresso continuado do mundo mediante a pesquisa científica, cuja 
expressão se define na máxima utilizada por Comte: “ordem e progresso”.
A Geografia tradicional, cuja concepção principal tem relação com o empirismo e com o 
positivismo, traduziu-se em uma Geografia excessivamente descritiva e enciclopédica, o que a 
levou a ser considerada como a “Ciência dos lugares”, em nomear e situar fatos na superfície 
terrestre, em preocupar-se mais com a aparência dos fenômenos do que com sua essência.
No final do século XIX e início do XX dois autores se tornaram referências da Geografia 
europeia: Ratzel e Vidal de La Blache, evidenciando em suas obras as influências empiristas e 
positivistas do período. 
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Unidade: A Geografia Moderna
Material Complementar
 
 
Para aprofundamento dos temas discutidos nesta Unidade leia:
CAPEL, Horacio. Filosofia e Ciência na Geografia contemporânea: uma introdução à 
Geografia. v. 1. Maringá, PR: Massoni, 2008. Disponível em: 
• https://pt.scribd.com/doc/142495535/CAPEL-H-Filosofia-e-Ciencia-na-Geografia-
Contemporanea-Uma-Introducao-a-Geografia. 
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Referências
CAPEL, Horacio. Filosofia e Ciência na Geografia contemporânea: uma introdução à 
Geografia. v. 1. Maringá, PR: Massoni, 2008.
COMTE, Auguste. Curso de Filosofia Positiva; Discursos sobre o espírito positivo; 
Discurso preliminar sobre o conjunto do positivismo; Catecismo positivista – 
seleção de textos. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
DESCARTES, René. Discurso do método. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
GOMES, Paulo Cesar da Costa. Geografia e modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand 
Brasil, 2007.
MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: 
Annablume, 2003.
______. A gênese da Geografia moderna. São Paulo: Hucitec, Edusp, 1989.
MOREIRA, Ruy. Para onde vai o pensamento geográfico: por uma epistemologia 
crítica. São Paulo: Contexto, 2006.
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Unidade: A Geografia Moderna
Anotações

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