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Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 1 REVISÃO DE DERIVADAS E INTEGRAIS REGRAS DE DERIVAÇÃO: (derivadas de algumas funções elementares) Função Derivada y = k y’ = 0 K = constante real; y = x y’ = 1 u e v são funções de x; y = k . x y’ = k n é um número natural. y = x n y’ = n . x n – 1 y = k . x n y’ = k . n . x n − 1 y = k . u y’ = k . u’ y = u n y’ = n . u n – 1 . u’ y = u ± v y’ = u’ ± v’ y = u . v y’ = u’.v + v’. u y = v u y’ = 2v u . v' v '.u − y = eu y’ = eu . u’ y = ln u y’ = u 'u Obtidas a partir da Regra da Cadeia y = au y’ = au . ln a . u’ y = log a u y’ = u 'u . log a e ou y’ = a ln . u 'u y = sen u y’ = u’ . cos u y = cos u y’ = − u’ . sen u y = tg u y’ = u’ . sec2 u y = cotg u y’ = − u’ . cossec2 u REGRA DA CADEIA (Derivada da função composta) Seja y = g(u), u = f(x) e se as derivadas dx du e du dy existem, então a função composta y = g[f(x)] tem derivada que é dada por: du dy dx dy = . dx du ou y’(x) = g’(u) . f '(x) INTEGRAL −−−− Definições: I. Uma função F(x) é chamada uma primitiva da função f(x) em um intervalo dado, se para todo valor de x pertencente ao intervalo dado, tem-se F’(x) = f(x); II. Se F(x) é uma primitiva de f(x), a expressão F(x) + C, onde C é uma constante é chamada integral indefinida da função f(x) e é denotada por: ∫ )x(f dx = F(x) + C (notação de Leibniz) III. Da definição de integral indefinida, decorre que: ∫ )x(f dx = F(x) + C F’(x) = f(x) Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 2 f(x) é a função integrando; F(x) é uma integral; F(x) + C é a integral indefinida; C é uma constante de integração Obs.: O processo que permite achar a integral indefinida de uma função é chamado Integração. PROPRIEDADES DA INTEGRAL INDEFINIDA I. ∫ )x(f. k dx = k ∫ )x(f dx , k = constante real II. ∫ ± .dx g(x)] )x(f[ = ∫ )x(f dx ± ∫ )x(g dx III. [ ]∫ dx . )x(f dx d = f(x) , ou seja, a derivada da integral de uma função é a própria função. REGRAS DE INTEGRAÇÃO: Considerando: C ∈ IR, K ∈ IR, u = f(x) , v = g(x) e n ≠ −1, temos as seguintes integrais (elementares) imediatas: 1. ∫dx = x + C 2. ∫ dx k = k ∫dx = k . x + C 3. ∫ dx xn = 1 n x 1 n + + + C 4. ∫ − dx x 1 = ∫ dx x 1 = ln |x| + C 5. ∫ dx ax = a ln ax + C , 0 < a ≠ 1 6. ∫ dx ex = xe + C 7. ∫ ∫ ∫±=± dv du dv) du( 7. ∫du = u + C 8. ∫ u du = ln |u| + C 9. ∫ ue du = ue + C 10. ∫ nu du = 1 1 + + n un + C (n é constante ≠ −1) 11. ∫ ua du = a ln ua + C 12. ∫ usen du = − cos u + C 13. ∫ u cos du = sen u + C 14. ∫ u2sec du = tg u + C 15. ∫ uec2cos du = −cotg u + C 16. ∫ u sec . tg u du = sec u + C 17.∫ u cosec . cotg u du = −cosec u + C MÉTODO DE INTEGRAÇÃO POR PARTES Sejam f(x) e g(x) duas funções deriváveis num intervalo. A derivada do produto [f(x) . g(x)]’ = f(x) . g’(x) + g(x) . f’(x) f(x) . g’(x) = [f(x) . g(x)]’ – g(x) . f’(x) . Integrando membro a membro, temos: ∫ )(xf . g’(x) dx = ∫ )([ xf . g(x)]’ dx − ∫ )(xg . f’(x) dx Fazendo = = )( )( xgv xfu temos: ∫u . dv = u . v − ∫v du du = f’(x) dx dv = g’(x) dx dx Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 3 Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 4 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1. Calcular a derivada de primeira ordem das seguintes funções: a) y = – 5 y’ = D(K) = 0 y’ = 0 (k = constante real) b) y = x y’ = D(x) = 1 y’ = 1 c) f(x) = x3 f’(x) = D(xn) = n.xn-1 como n = 3, temos: f’(x) = 3.x3-1 f’(x) = 3.x2 d) y = 3x y’ = D(k.x) = k.D(x) = k.1 = k como k = 3, temos: y’ = 3 e) f(x) = 3.x4 f’(x) = D(k.xn) = k.D(xn) = k.n.xn-1 Temos: k = 3 e n = 4, logo: f’(x) = 3.4.x4-1 f’(x) = 12x3 f) y = 3x + 3x4 y’ = D(u + v) = u’ + v’ temos: u = 3x u’ = 3 (vide item d) v = 3x4 v’ = 12x3 (vide item e) g) y = ex y’ = D(ex) = ex y’ = ex h) f(x) = 3.ex f’(x) = D(k.ex) = k.D(ex) = k.ex sendo k = 3, temos: f’(x) = 3.ex i) y = e3x y’ = D(eu) = u’.eu como u = 3x u’ = 3 (vide item d) logo: y’ = 3.e3x j) f(x) = 2. 3xe f’(x) = D(k.eu) = k.D(eu) = k.u’.eu temos: k = 2 e u = x3 u’ = 3x2 (vide item c) logo: f’(x) = 2.3x2. 3xe f’(x) = 6x2. 3xe k) y = (2x + 3)5 y’ = D(un) = n.un-1.u’ temos: n = 5 e u = 2x + 3 u’ = 2 logo: y’ = 5.(2x + 3)5-1.2 y’ = 10.(2x + 3)4 l) f(x) = 4.(3x2 – 2x)4 f’(x) = D(k.un) = k.D(un) = k.n.un-1.u’ temos: k = 4, n = 4 e u = 3x2 – 2x u’ = 6x – 2 Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 5 logo: f’(x) = 4.4.(3x2 – 2x)4-1.(6x – 2) = 16.(6x – 2).(3x2 – 2x)3 f’(x) = (96x – 32).(3x2 – 2x)3 m) y = (3x +2).(x – 3) y’ = D(u.v) = u’.v + v’.u temos: u = 3x + 2 u’ = 3 v = x – 3 v’ = 1 logo: y’ = 3.(x – 3) + 1.(3x + 2) y’ = 3x – 9 + 3x + 2 y’ = 6x – 7 n) f(x) = 12 23 + − x x f’(x) = 2 '.'. v uvvu v u D − = temos: u = 3x – 2 u’ = 3 v = 2x + 1 v’ = 2 logo: f’(x) = 2)12( )23.(2)12.(3 + −−+ x xx = 2)12( 4636 + +−+ x xx f’(x) = 2)12( 7 +x o) y = Ln(x) y’ = D(lnx) = x 1 y’ = x 1 p) f(x) = Ln(x2 – 3x) f’(x) = D(ln u)= u u' u = x2 – 3x u’ = 2x – 3 logo: f’(x) = xx x 3 32 2 − − q) y = 3. ln(2x3 – 4x2) y’ = D(k.Ln u) = k.D(Ln u) = k. u u' Temos: k = 3, u = 2x3 – 4x2 u’ = 2.3x3-1 – 4.2x2-1 = 6x2 – 8x Logo: y’ = 3. 23 2 42 86 xx xx − − y’ = 3. )2.(2 )43.(2 2 − − xx xx y’ = xx x 2 129 2 − − r) f(x) = sen x f’(x) = D(sen x) = cos x f’(x) = cos x s) y = 5.sen x y’ = D(k.sen x) = k.D(sen x) = k. cos x como k = 5 y’ = 5.cos x t) f(x) = cos x f’(x) = D(cos x) = – sen x f’(x) = – sen x u) y = 3. cos x y’ = D(k.cos x) = k.D(cos x) = k.(– sen x) = – k.sen x como k = 3, temos: y’ = –3.sen x v) y = k.sen(ωt + θ) y’ = D(k.sen u) = k.D(sen u) = k.(cos u).u’ = k.u’.cos u Temos: u = ωt + θ u’ = dt dω = ω Logo: y’ = k.ω.cos(ωt + θ) e y’’ =– k.ω.ω.sen(ωt + θ) y’’ = – k.ω2.sen(ωt + θ) Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 6 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS 1. Introdução A expressão: Equações Diferenciais, designada por Leibniz (Gottfried Wilhelm Leibniz, 1646 – 1716) é uma equação em que as incógnitas são funções e a equação envolve derivadas destas funções. Exemplos de aplicações: Exemplo 1. O movimento de um pêndulo simples de massa m e comprimento L é descrito pela equação diferencial: 0 2 2 =+ θ θ sen L g dt d Exemplo 2. Um sistema massa-mola composto de um corpo de massa m preso a uma mola com constante elástica k, sujeita a uma força de resistência dt dx Fr γγν −=−= e uma força externa Fext(t) = F0 cos(ωt) é descrito pela equação diferencial: ) cos(02 2 tFkx dt dx dt xd m ωγ =++ θ θ � � −mgsenθ mgcosθ P = mg L Fext = F0 cos(ωt) Fr = −γν Fe = −kx m Fr = −γν Fext = F0 cos(ωt) Fe = −kx x 0 ׀ m Fr = −γν Fext = F0 cos(ωt) m Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 7 Exemplo 3. Um circuito RC é um circuito que tem um resistor de resistência R, um capacitor de capacitância C e um gerador que gera uma diferença de potencial V(t) ligados em série. A carga Q(t) no capacitor é descrita pela equação diferencial: )( 1 tVQ Cdt dQ R =+ 2. Definição Equação Diferencial é uma equação que estabelece uma relação entre a variável x, a função y e as suas derivadas. Escreve-se F(x, y, y’, y’’, ... , yn) = 0 (equação diferencial na forma implícita) em que figuram ao lado de x e y, certas derivadas de y em relação a x, de ordem não superior a n. Em particular, podemos dizer que equação diferencial ordinária de 1ª ordem, é toda relação da forma F(x, y, y’) = 0. OBS.: I) Função = 0 significa função na forma implícita; II) y = f(x) significa função na forma explícita. Exemplos: 1) y’ + xy = 0 2) y’’ + y = 0 NOTA: A equação diferencial deve apresentar derivada, tais como: y’ = dx dy y’’ = 2 2 dx yd dx dy dx d = , etc. Obs.: contrário de ordinária é extraordinária. 3. CLASSIFICAÇÃO: As equações diferenciais são classificadas quanto a: A) Tipo (Ordinária ou Parcial); B) Ordem e grau; C) Linearidade (linear ou não-linear) 4. Equação Diferencial Ordinária (comum; nada de extraordinário) É a equação em que a variável dependente y é função de uma única variável independente x. Nela, aparecem derivadas ordinárias e não as derivadas parciais (que não são variáveis ordinárias). 5. Ordem e Grau de uma Equação Diferencial A ordem da equação diferencial é a mais alta derivada que aparece na equação e, o grau da equação é o grau da derivada mais elevada. Exemplos: a) y’ + xy = 0 Eq. Diferencial de 1ª ordem e de 1º grau; b) y’’ + y = 0 Eq. Diferencial de 2ª ordem e de 1º grau; c) (y’’’)2 + (y’’)5 + y = 0 Eq. Diferencial de 3ª ordem e do 2º grau. V(t) C R ∼ Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 8 d) 05 .3 42 3 3 =+ − xy dx dy dx yd Eq. Diferencial de 3ª ordem e do 2º grau. 6. Solução (ou valor verdade) de uma Eq. Diferencial É toda função y = f(x) que verifica identicamente a equação dada. Exemplos: 1) Para a equação y’’ + y = 0, temos que: a) y = sen x é uma solução. De fato, se y = sen x y’ = cos x e y’’ = − sen x, então: y’’ + y = − sen x + sen x = 0, ∀x∈IR. b) A função y = A . cos x + B . sen x, em que A e B são constantes reais quaisquer é uma solução da equação. Temos: y = A . cos x + B . sen x y’ = – A . sen x + B . cos x e y’’ = – A . cos x – B . sen x Então: y’’ + y = – A . cos x – B . sen x + A . cos x + B . sen x = 0, ∀x∈IR. c) A função y = x3 não é solução da equação. Temos: y = x3 y’ = 3x2 e y’’ = 6x. Então: y’’ + y = 6x + x3 ≠ 0, ∀x∈IR. Como não se tem 6x + x3 = 0, para todo x real, a função f(x) = x3 não é solução da EDO (Equação Diferencial Ordinária) 7. SOLUÇÃO GERAL – Chama-se integral ou solução geral de uma equação diferencial ordinária de ordem n, a solução em que figuram n constantes arbitrárias. Dada a equação diferencial G(x, y, y’, y’’, ... , yn) = 0, a sua solução geral assume a forma: F(x, y, C1, C2, ... , Cn) ou y = f(x, C1, C2, ... , Cn), onde C1, C2, ... , Cn são constantes arbitrárias. Exemplo – Seja a equação k dx yd = 2 2 ou y’’ = k, onde k é uma constante real. Temos: k dx yd = 2 2 k dx dy dx d = = dx dy d k . dx ∫ dx dy d = ∫ dxk. dx dy = k.x + C1 dy = (k.x + C1) dx ∫∫ += dxCxkdy ).( 1 y = ∫∫ + dxCxdxk 1. y = k. ∫ xdx + C1. ∫dx y = k. 2 2x + C1.x + C2 y = 2 1 .k.x2 + C1.x + C2 , que é a solução geral da EDO. 8. SOLUÇÕES PARTICULARES – Chama-se solução particular toda solução de uma equação diferencial que se obtém atribuindo valores particulares às suas constantes arbitrárias que figuram na sua solução geral. Exemplo – Se fizermos, por exemplo, C1 = 3 e C2 = −5 na solução geral encontrada no exemplo anterior y = 2 1 .k.x2 + C1.x + C2, teremos uma solução particular. Assim, substituindo os valores de C1 e C2, temos: y = 2 1 .k.x2 + 3.x – 5 , que é uma solução particular. Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 9 Problema de valor inicial (PVI) Uma equação diferencial satisfazendo algumas condições adicionais é denominada problemade valor inicial (PVI). Exemplo: = =+ )0( cos2' πy xyyex Se são conhecidas as condições adicionais, podemos obter soluções particulares para a equação diferencial e se não são conhecidas condições adicionais, podemos obter a solução geral. EXERCÍCIOS (Paulo Boulos, v.2 – p. 164) 1) Dê a ordem da EDO e verifique se a função dada é solução (A e B são constantes arbitrárias): a) y’ = y, y = ex Solução: a equação é de Ordem 1. Se y = ex y’ = ex Então: y’ = y, logo, a função f(x) = ex é uma solução da EDO. b) y’ = y, y = A.ex Solução: a equação é de Ordem 1. Se y = A.ex y’ = A.ex Então: y’ = y, logo, a função y = A.ex é uma solução da EDO. c) y’ = y, y = Ln x Solução: a equação é de Ordem 1. Se y = Ln x y’ = x 1 Então: y’ ≠ y, logo, a função y = Ln x não é solução da EDO. d) y’’ – y = 0, y = e−x Solução: a equação é de Ordem 2. Temos: y = e−x y’ = −e −x e y’’ = e−x Então: y’’ – y = e−x + (−e−x) = 0, logo, a função y = e−x é uma solução da EDO. e) y’’ – y = 0, y = A.e−x + B.ex Solução: a equação é de Ordem 2. Temos: y = A.e−x + B.ex y’ = −A.e−x + B.ex e y’’ = A.e−x + B.ex Então: y’’ – y = A.e−x + B.ex – (A.e−x + B.ex) = A.e−x + B.ex – A.e−x − B.ex = 0, logo, a função y = A.e−x + B.ex é uma solução da EDO. f) y’ – 4x3y2 = 0, y = −x−4 Solução: a equação é de Ordem 1. Temos: y = −x−4 y’ = −(−4)x−4−1 = 4x−5 Então: y’ – 4x3y2 = 4x−5 – 4x3(−x−4)2 = 4x−5 – 4x3x−8 = 4x−5 – 4x−5 = 0, logo, a função y = −x−4 é uma solução da EDO. g) 2x2y’’ + 3xy’ – y = 0, y = x , com x > 0 Solução: a equação é de Ordem 2. Temos: y = x = x 2 1 y’ = 1 2 1 x. 2 1 − y’ = 2 1 x. 2 1 − Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 10 y’’ = 1 2 1 x. 2 1 . 2 1 −− − y’’ = − 2 3 x. 4 1 − Então: 2x2y’’ + 3xy’ – y = 2x2. − − 2 3 . 4 1 x + 3x . − 2 1 . 2 1 x − 2 1 x = = 2 3 . . 2 1 2 −− xx + 2 1 . . 2 3 − xx − 2 1 x = = 2 1 x. 2 1 − + 2 1 . 2 3 x − 2 1 x = = 2 1 x − 2 1 x = 0 Logo, a função y = x é uma solução da EDO. h) x3y’’’ + x2y’’ – 1 = 0, y = Ln x, com x > 0 Solução: a equação é de Ordem 3. Temos: y = Ln x y’ = x 1 = x−1 y’’ = −x−2 y’’’ = 2.x−3 Então: x3y’’’ + x2y’’ – 1 = x3 . (2.x−3) + x2 .( −x−2) – 1 = = 2 . x3 – 3 − x2 – 2 − 1 = = 2 . x0 – x0 – 1 = = 2 . 1 – 1 – 1 = = 2 – 1 – 1 = 0 Logo, a função y = Ln x é uma solução da EDO. 2) Determine as soluções da EDO y’ = 2x. Solução: Sabemos que uma das soluções da EDO é a primitiva x2 + C, pois ∫ xdx2 = x2 + C. O conjunto de todas as soluções da EDO dada é formado pelas funções f cujos domínios são intervalos abertos e que têm expressões da forma f(x) = x2 + C. Diremos, portanto, que as soluções são dadas por y = x2 + C, onde C é uma constante arbitrária, ou seja, C∈IR. NOTA: Resolver uma equação diferencial significa achar as suas soluções. 3) Resolva as equações a seguir: a) y’ = 3x2 Solução: As soluções são obtidas por: y = ∫ dxx23 = 3 . 3 3x + C = x3 + C, C∈IR As soluções são dadas por: y = x3 + C, C∈IR. b) y’ = sen x Solução: y = ∫ dx x sen = − cos x + C, C∈IR c) y’ = ex Solução: y = ∫ dx xe = ex + C, C∈IR (Demidovitch – p. 2704 à 2713; Piskonov – p. 1 à 8, vol. II) Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 11 Verificar se a equação dada é solução da equação diferencial correspondente: 1) y = C1 . sen x + C2 . x, para 0.).cot.1( 2 2 =+−− y dx dy x dx yd gxx Temos: 21 cos.' CxCy dx dy +== senxCy dx yd . '' 12 2 −== Substituindo na equação diferencial dada, teremos: 0 . .)cos ..( senx) .( . cos .1 21211 =+++−− − xCsenxCCxCxC senx x x 0 . . .cos . .C senx. . senx cosx x.senx . 212111 =++−−+− xCsenxCCxxCxC 0 . . .cos . ..cosxC x.senx . 212111 =++−−+− xCsenxCCxxCxC 0 . . .cos . ..cosxC x.senx . 212111 =++−−+− CxsenxCCxxCxC 0 = 0. Logo, é solução. 2) y = 2x + C . ex ; y dx dy − = 2.(1 – x) a) Temos: y = 2x + C . ex xeC dx dy .2+= Substituindo na equação diferencial (E.D.), vem: 2 + C . ex – (2x + C. ex) = 2.(1 – x) 2 + C . ex – 2x − C. ex = 2.(1 – x) 2.(1 – x) = 2.(1 – x), ∀x∈IR. Logo, é solução da EDO dada. b) Achar a solução relativa à x = 0 e y = 3. Solução: Temos que: y = 2x + C . ex é solução geral da equação diferencial dada. Substituindo x = 0 e y = 3, temos: 3 = 2 . 0 + C . e0 3 = C . 1 C = 3 Portanto, a solução relativa (ou solução particular) é: y = 2x + 3. ex 3) (y – C)2 = C.x, 0 .2 .4 2 =−+ y dx dy x dx dy x Achar as soluções particulares relativas à x = 1 e y = 2; Solução: a) Temos: (y – C)2 = C.x y – C = xC.± y = xC.± + C xC C dx dy .2 ±= Substituindo na Eq. dada, temos: 4x. 2 .2 ± xC C + 2x. ± xC C .2 − y = 0 4x. 0).( . . .4 2 =+±−± CxC xC xC Cx C C ± 0 .. =−CCx Cx xCCx m 0=± CxCx m 0 = 0. Logo, é solução. b) Solução relativa para x = 1 e y = 2 Vimos que: (y – C)2 = C.x é solução geral da EDO. Para x = 1 e y = 2, temos: Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 12 (2 – C)2 = C . 1 4 – 4C + C2 = C C2 – 5 C + 4 = 0 = = 4 1 2 1 C C As soluções relativas (ou particulares) são dadas por: I) para C1 = 1 (y – 1) 2 = x II) para C2 = 4 (y – 4) 2 = 4x Exercício – Encontre a solução geral da EDO 2y.y’ = − 4x Solução: x dx dy y 4.2 −= →÷ )2( x dx dy y 2. −= dxxdyy .2. −= Cdxxdyy +−= ∫∫ ..2. C xy +−= 2 .2 2 22 Cx y +−= 2 2 2 Cxy 22 22 +−= Cxy +−= 22 2 222 yxC += As soluções são elipses que são as curvas de níveis da função F(x, y) = 2x2 + y2O gráfico da função F(x, y) = 2x2 + y2 é o parabolóide elíptico: 9. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE 1ª ORDEM Vimos que, equação diferencial ordinária de 1ª ordem, é toda relação da forma F(x, y, y’) = 0, com domínio D de F onde ela é considerada, o qual é referido como domínio da EDO. Diz-se que a EDO está definida em D, D será sempre um conjunto aberto de IR2. Quando não for especificado o domínio da EDO, prevalece a convenção de que ele é o domínio da F. Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 13 Se (x0; y0) é um ponto do domínio de uma EDO, e f é uma solução tal que f(x0) = y0, dizemos que f passa por (x0; y0) e, neste caso, o ponto (x0; y0) é referido como condição inicial, e o problema de se achar uma solução da EDO que passa por um ponto, como problema de valor inicial. 10. CLASSIFICAÇÃO DAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE 1ª ORDEM: I) EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE 1ª ORDEM COM VARIÁVEIS SEPARÁVEIS. São equações do tipo: M(x) dx + N(y) dy = 0 , onde M e N são funções de x e y. A solução dessa equação será dada por: ∫ ∫ =+ CdyyNdxxM )( )( Exemplo 1 – Resolver a EDO: x y dx dy = Solução: x y dx dy = x . dy = y . dx x dx y dy = 0=− x dx y dy 0 1 1 =− dx x dy y (eq. Diferencial com variáveis separáveis) N(y) M(x) Temos: ∫ ∫− dxxdyy 1 1 = C Ln|y| − Ln|x| = C Ln|y| = Ln|x| + C OBS.: Podemos trocar C por Ln|C1| e, neste caso, aplicando as propriedades dos logaritmos obtermos a solução geral: Ln|y| = Ln|x| + Ln|C1| Ln|y| = Ln|x . C1| y = x . C 0 )1.( 1 2 = − − + dx y xy dy y y 0 )1(x 1 2 =−− + dxdy y y (eq. dif. com var. sep.) Exemplo 2 – Resolver a EDO: (y + 1) dy – (x2y – y) dx = 0. Determinar também a solução particular quando x = 3 e y = − 1. I) SOLUÇÃO GERAL: (y + 1) dy – (x2y – y) dx = 0 (y + 1) dy – y.(x2 – 1) dx = 0 →÷ )( y Temos: ∫ ∫ =−− + Cdxxdy y y )1( 1 2 ( )∫ ∫ ∫ =−− + Cdxdxxdy yy y 2 1 ∫ ∫ ∫ =+− + Cdxdxxdy y 1 1 2 ∫ ∫ ∫ ∫ =+−+ Cdxdxxdyydy 1 2 y + Ln|y| − 3 3x + x = C (solução geral) II) SOLUÇÃO PARTICULAR: Para x = 3 e y = − 1, temos: Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 14 −1 + Ln|−1| − 3 33 + 3 = C −1 + 0 – 9 + 3 = C C = −7 A solução particular é: y + Ln|y| − 3 3x + x = −7 Exemplo 3 – Determine a solução geral e a solução particular para a condição inicial 0 ; 2 π da EDO: 2y dy + sen x dx = 0 I) SOLUÇÃO GERAL: 2y dy + sen x dx = 0 (eq. dif. com variáveis separáveis) Temos: ∫ ∫ =+ Cdxxsendyy 2 2.2 2y + (−cos x) = C y2 – cos x = C (solução geral) II) SOLUÇÃO PARTICULAR: Dada a condição inicial 0 ; 2 π , ou seja, y = 0 quando x = 2 π , resulta na solução particular. Temos: 02 – cos 2 π = C 0 – 0 = C C = 0 Logo: y2 – cos x = 0 é a solução particular Exemplo 4 – Resolva a EDO: 13 )(2 2 3 + + = y yyx dx dy e dê uma solução que passa por (0; 1). I) SOLUÇÃO GERAL 13 )(2 2 3 + + = y yyx dx dy 2x (y3 + y) dx = (3y2 + 1) dy 2x dx = dy yy y + + 3 2 13 2x dx − dy yy y + + 3 2 13 = 0 (eq. dif. com variáveis separáveis) Temos: ∫ ∫ =+ + − Cdy yy y xdx 13 2 3 2 2 ∫ ∫ =++− − Cdyyyyxdx )13( .)( 213 Lembrete: ∫ +=− CuLnduu | |1 Sendo u = y3 + y 13 2 += y dy du du = (3y2 + 1) dy Então: 2. 2 2x − Ln|y3 + y| = C x2 – Ln |y3 + y| = C Ln |y3 + y| = x2 – C ou log e |y 3 + y| = x2 – C |y3 + y| = e Cx − 2 y3 + y = ± e 2x . e−C Fazendo k = Ce−± , obtemos a solução geral: y3 + y = k . e 2x , onde k é uma constante positiva ou negativa. II) SOLUÇÃO PARTICULAR – Para x = 0 e y = 1, temos: Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 15 203 . 11 ek=+ 1 + 1 = k . e0 k = 2 Portanto: y3 + y = 2 . e 2x é a solução particular. Exemplo 5 – Resolver a EDO: 0 4 2 2 2 2 =+ + dyyxdx y x xy Solução: 0 4 2 2 2 2 =+ + dyyxdx y x xy x. 0dy 4xdx 1 2 2 2 2 =+ + y y y → ÷ )( x 0 4 1 2 . 22 2 =+ + dy x yx dx x y yx 0 4 1 2 2 2 =+ + dyxydx y y dyxydx y y 4 1 2 2 2 −= + dy y y y x dx 1 2 4 2 2 + −= (mmc do denominador) dy y y y x dx 12 4 2 4 + −= dy y y y x dx 12 .4 4 2 + −= dy 12 4 4 3 + −= y y x dx 0 12 4 4 3 = + + dy y y x dx (eq. dif. com variáveis separáveis) Temos: ∫ ∫ =+ + Cdy y y x dx 12 4 4 3 ∫ ∫ =++ −− Cdyyydxx 4 .)12( 3141 Lembrete: ∫ +=− CuLnduu || 1 Sendo u = 2y4 + 1 38y dy du = du = 8y3 dy Preparando a integral, temos: ∫ ∫ =++ −− Cdyyydxx 8 .)12(.2 1 3141 Ln|x| + 2 1 . Ln|2y4 + 1| = C OBS.: Trocar C por Ln|C1| e aplicando as propriedades dos logaritmos: Ln x α = α.Ln x; Ln(x.y) = Ln x + Ln y e Ln y x = Ln x – Ln y, obtemos a solução geral: Ln|x| + 2 1 . Ln|2y4 + 1| = Ln|C1| → • )2( 2.Ln|x| + Ln|2y4 +1| = 2.Ln|C1| Ln|x|2 = Ln|C1| 2 – Ln|2y4 + 1| Ln|x|2 = 12 4 2 1 +y C Ln Chamando C1 2 de C2, temos: Ln|x| 2 = 12 4 2 +y C Ln |x|2 = 12 4 2 +y C x2 = 12 4 2 +y C x2 .(2y4 + 1) = C (solução geral) u du Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 16 10.1. EXISTÊNCIAE UNICIDADE DA SOLUÇÃO As condições suficientes para a existência de uma solução única de uma equação diferencial de primeira ordem são definidas pelo teorema de Picard: Teorema 1 (Picard) Considere o problema de valor inicial ) ;( yxf dx dy = y(x0) = y0 Se a função f e a derivada parcial de f em função de y são contínuas numa vizinhança do ponto (x0, y0), existe uma solução única y = g(x) em certa vizinhança do ponto (x0, y0) que verifica a condição inicial g(x0) = y0. O intervalo onde existe a solução única pode ser maior ou menor que o intervalo onde a função f e a sua derivada parcial yf ∂∂ / f são contínuas (o teorema não permite determinar o tamanho do intervalo). As condições do teorema de Picard são condições suficientes, mas não necessárias para a existência de solução única. Quando f ou a sua derivada parcial yf ∂∂ / não sejam contínuas, o teorema não nos permite concluir nada: provavelmente existe solução única a pesar das duas condições não se verificarem. II) EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE 1ª ORDEM HOMOGÊNEAS. Definição 1 – Uma função f(x; y) diz-se homogênea de grau n nas variáveis x e y se, e somente se, para todo t (t∈IR), tem-se: f(tx; ty) = tn. f(x; y) n é chamado de grau de homogeneidade. Definição 2 – Uma equação diferencial diz-se homogênea se, e somente se, é uma equação diferencial da forma y’ = f(x; y) onde f(x; y) é uma função homogênea de grau zero. Definição 3 – Uma equação diferencial diz-se homogênea se, e somente se, é uma equação diferencial da forma Mdx + Ndy = 0, onde M e N são funções homogêneas de mesmo grau. SOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DIFERENCIAL HOMOGÊNEA: Efetuamos a seguinte mudança de variável: u = x y y = u.x dy = u.dx + x.du D(u.v) = u’.v + v’.u Substituindo-se y e dy na equação diferencial dada, obtém-se uma nova equação em x e u que será sempre uma equação diferencial com variáveis separáveis. Exemplo 1 – Resolver a EDO: xy yx dx dy 22 − = Solução: a equação dada é da forma y’ = f(x; y) e f(x; y) = xy yx 22 − é homogênea, de grau zero, pois: Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 17 f(tx; ty) = tytx tytx . )()( 22 − = xyt ytxt . . . 2 2222 − = xyt yxt . )( . 2 222 − = t0 . xy yx 22 − = t0 . f(x; y). Logo, a equação dada é EDH (eq. dif. homogênea) de grau zero. De: xy yx dx dy 22 − = xy dy = (x2 – y2) dx Fazendo a mudança de variável, ou seja, trocando y por u.x e dy por u.dx + x.du, vem: x . ux . (u.dx + x.du) = (x2 – u2.x2) dx u2.x2.dx + u.x3.du = x2 .dx – u2.x2.dx → ÷ )( 2x u2.dx + u.x.du = dx – u2.dx u.x.du = dx – 2.u2.dx u.x.du = (1 – 2.u2).dx x dx u duu 21 . 2 = − 0 21 . 2 = − − u duu x dx (eq. dif. com variáveis separáveis - EDVS). Temos: ∫ ∫ =− − C u duu x dx 21 . 2 ∫ ∫ =−− −− Cduuudxx .)21( 121 Lembrete: ∫ +=− CvLndvv 1 Sendo v = 1 – 2u2 dv = − 4u.du Preparando a integral, teremos: ∫ ∫ =−−−− −− Cduuudxx 4)( .)21( 4 1 121 Ln|x| + 4 1 . Ln|1 – 2u2| = C Trocando C por Ln|C1|, temos: Ln|x| + 4 1 . Ln|1 – 2u2| = Ln|C1| → • )4( 4. Ln|x| + Ln|1 – 2u2| = 4.Ln|C1| Ln|x|4 + Ln|1 – 2u2| = Ln|C1| 4 Ln|x4. (1 – 2u2)| = Ln|C1 4| x4 . (1 – 2u2) = C1 4 ou x4 . (1 – 2u2) = C Substituindo u = x y , temos: x4 . ( 1 – 2 . 2 2 x y ) = C x4 – 2x2y2 = C Exemplo 2 – Resolva a EDO : (x + y) dx + x dy = 0 Solução: a equação é da forma Mdx + Ndy = 0, logo, deve ser homogênea de mesmo grau. Verificação: I) M(x; y) = x + y M(tx; ty) = tx + ty = t.(x + y) = t1 . M(x; y) M é função homogênea de grau 1. II) N(x; y) = x N(tx; ty) = tx = t1 . N(x; y) N é função homogênea de grau 1. Portanto, a equação dada é uma EDH pois, M e N são homogêneas de mesmo grau. MDV (mudança de variável): Fazendo u = x y y = u.x dy = u.dx + x.du (x + ux)dx + x.(udx + xdu) = 0 xdx + uxdx + uxdx + x2du = 0 xdx + 2uxdx + x2du = 0 → ÷ )( x dx + 2udx + xdu = 0 (1 + 2u)dx = − xdu x dx = u du 21+ − x dx + u du 21+ = 0 ∫ ∫ ++ u du x dx 21 = C ∫∫ −− ++ duudxx 11 )21( = C v dv v dv Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 18 Sendo v = 1 + 2u dv = 2 du Preparando a integral, vem: ∫∫ −− ++ duudxx 2 .)21(2 1 11 = C Ln|x| + 2 1 . Ln|1 + 2u| = C ou Ln|x| + 2 1 . Ln|1 + 2u| = Ln|C1| → • )2( 2. Ln|x| + Ln|1 + 2u| = 2. Ln|C1| Ln|x|2 + Ln|1 + 2u| = Ln|C1| 2 Ln|x2.(1 + 2u)| = Ln|C1 2| x2 . (1 + 2u) = C2 Substituindo u = x y , temos: x2 . (1 + 2. x y ) = C x2 + 2xy = C Exemplo 3 – Resolva a EDO: xy yx dx dy 2 22 − + = Solução: xy yx dx dy 2 22 − + = (x2 + y2) dx = −2xy dy (x2 + y2) dx + 2xy dy = 0 A equação é da forma Mdx + Ndy = 0, logo deve ser homogênea de mesmo grau. I) M(x; y) = x2 + y2 M(tx; ty) = t2x2 + t2y2 = t2.(x2 + y2) = t2 . M(x; y) M é função homogênea de grau 2; II) N(x; y) = 2xy N(tx; ty) = 2tx.ty = 2t2xy = t2.(2xy) = t2.N(x;y) N é função homogênea de grau 2. Logo, a equação dada é uma EDH pois, M e N são funções homogêneas de mesmo grau. MDV: Fazendo u = x y y = u.x dy = u.dx + x.du Substituindo na equação dada, vem: (x2 + u2x2) dx + 2x.(ux).(udx + xdu) = 0 x2dx + u2x2dx + 2ux2.(udx + xdu) = 0 ( ) → ÷ 2x dx + u2dx + 2u.(udx + xdu) = 0 dx + u2dx + 2u 2dx + 2uxdu = 0 dx + 3u2dx = −2uxdu (1 + 3u2) dx = −2uxdu 231 2 u udu x dx + − = 0 31 2 2 = + + u udu x dx ∫ ∫ + + 231 2 u duu x dx = C ∫ ∫ −− ++ duuudxx .)31(2 121 = C Sendo v = 1 + 3u2 dv = 6u.du Preparando a integral: ∫ ∫ −− ++ duuudxx (6) .)31(6 2 121 Ln|x| + 3 1 .Ln|1 + 3u2| = C ou Ln|x| + 3 1 .Ln|1 + 3u2| = Ln|C1| → • )3( 3.Ln|x| + Ln|1 + 3u2| = 3.Ln|C1| Ln|x|3 + Ln|1 + 3u2| = Ln|C1 3| Ln|x3.(1 + 3u2)| = Ln|C1 3| x3.(1 + 3u2) = C2 Substituindo u = x y , temos: x3 . (1 + 3. 2 2 x y ) = C x3 + 3. xy2 = C v dv Equações Diferenciais para os cursos de EngenhariaProf.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 19 III) EQUAÇÕES DIFERENCIAIS EXATAS (E.D.E.) A equação diferencial M(x; y) dx + N(x; y) dy = 0 é uma equação diferencial exata ou total, se, e somente se, M(x; y) e N(x; y) são funções contínuas, com derivadas parciais y M ∂ ∂ e x N ∂ ∂ contínuas e, tais que: y M ∂ ∂ = x N ∂ ∂ . NOTAS: 1) Chama-se exata porque seu membro esquerdo é uma diferencial exata; 2) A função polinomial sempre é contínua. A técnica para resolver uma equação exata consiste em determinar uma função f(x; y), tal que: df = Mdx + Ndy de modo que se tenha df = 0 e, a solução é f(x; y) = C, onde C é uma constante arbitrária. Exemplo 1 – Resolver: xy2 dx – (2 – x2y) dy = 0 (veja que a equação diferencial dada não é homogênea) Vamos escrever a equação dada na forma M(x; y)dx + N(x; y) = 0, ou seja: xy2 dx + [– (2 – x2y)] dy = 0 Sendo M(x; y) = xy2 e N(x; y) = – (2 – x2y) = – 2 + x2y , temos: xy y M 2= ∂ ∂ xy x N 2= ∂ ∂ Solução: xy2dx – 2 dy + x2ydy = 0 xy2dx + x2ydy – 2 dy = 0 →• )2( OBS.: d(xm . yn) = m.xm – 1 . yn dx + n.yn – 1 . xm dy (grupamento diferencial). 2xy2dx + 2x2ydy – 4 dy = 0 d(x2y2) – 4 dy = 0 ∫ ∫ =− Cdyyxd 4)( 22 x2y2 – 4y = C (solução geral) Nota: Na integral de uma diferencial, uma anula a outra. VERIFICAÇÃO: x2y2 – 4y = C d(x2y2 – 4y) = d(C) d(x2y2) – d(4y) = 0 OBS.: df = dy y f dx x f ∂ ∂ + ∂ ∂ (diferencial total) Temos: d(x2y2) = dy y yx dx x yx ∂ ∂ + ∂ ∂ )()( 2222 = 2xy2 dx+ 2x2y dy d(4y) = dy y y ∂ ∂ )4( = 4 dy E.D.E. ⇒ ∂ ∂ = ∂ ∂ x N y M pega-se o x e o y de maior grau Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 20 Substituindo, teremos: 2xy2 dx+ 2x2y dy – 4dy = 0 →÷ )2( xy2dx + x2ydy – 2dy = 0 xy2dx – (2 – x2y)dy = 0 (que é a equação diferencial dada) Exemplo 2 – Resolver: (4x3y3 – 2xy) dx + (3x4y2 – x2) dy = 0 (a eq. dif. não é homogênea) Sendo M(x; y) = 4x3y3 – 2xy xyx y M 212 23 −= ∂ ∂ N(x; y) = 3x4y2 – x2 xyx x N 212 23 −= ∂ ∂ Solução: 4x3y3dx – 2xydx + 3x4y2dy – x2dy = 0 (4x3y3dx + 3x4y2dy) – (2xydx – x2dy) = 0 d(x4.y3) – d(x2.y) = 0 ∫ ).( 34 yxd – ∫ ).( 2 yxd = C yxyx .. 234 − = C (solução geral) Exemplo 3 – Resolver: (3xy – 4y3)xdx + (x3 – 6x2y2 – 3)dy = 0 (3x2y – 4xy3) dx + (x3 – 6x2y2 – 3)dy = 0 M N Sendo M(x; y) = 3x2y – 4xy3 22 123 xyx y M −= ∂ ∂ N(x; y) = x3 – 6x2y2 – 3 22 123 xyx x N −= ∂ ∂ Solução: (3x2y – 4xy3) dx + (x3 – 6x2y2 – 3)dy = 0 3x2y dx – 4xy3 dx + x3 dy – 6x2y2 dy – 3dy = 0 (3x2y dx + x3 dy) – 2(2xy3 dx + 3x2y2 dy) – 3dy = 0 d(x3y) d(x2y3) d(x3y) – 2 . d(x2y3) – 3dy = 0 ∫ ∫ ∫−− dyyxdyxd 3).(.2).( 323 = C x3y – 2.x2y3 – 3y = C (solução geral) Exemplo 4 – Resolver: (2 + y.exy) dx + (x.exy – 2y) dy = 0 Sendo M(x; y) = 2 + y.exy xyxy eyxe y M ..+= ∂ ∂ N(x; y) = x.exy – 2y xyxy eyxe x N ..+= ∂ ∂ Solução: E.D.E. ⇒ ∂ ∂ = ∂ ∂ x N y M E.D.E. ⇒ ∂ ∂ = ∂ ∂ x N y M E.D.E. ⇒ ∂ ∂ = ∂ ∂ x N y M Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 21 (2 + y.exy) dx + (x.exy – 2y) dy = 0 2dx + y.exy dx + x.exy dy – 2y dy = 0 (y.exy dx + x.exy dy) + 2dx – 2ydy = 0 Lembrete: dy y e dx x e ed kxykxy kxy ∂ ∂ + ∂ ∂ = )()( )( = k.y.ekxy dx + k.x.ekxy dy Então: y.exy dx + x.exy dy = d(exy). Temos: d(exy) + 2dx – 2ydy = 0 ∫ )( xyed + ∫dx2 – ∫ ydy2 = C exy + 2x – y2 = C Exemplo 5 – Resolver: 0 3 2 4 22 3 = − + dy y xy dx y x Sendo: M = 3 2 y x = 2x . y−3 46 −−= ∂ ∂ xy y M N = 4 22 3 y xy − = (y2 – 3x2).y−4 = y−2 – 3x2y−4 46 −−= ∂ ∂ xy x N Solução: 0 3 2 4 22 3 = − + dy y xy dx y x 0 dy 3 y 2 4 2 4 2 3 =−+ y x dy y dx y x 0 32 24 2 3 =+ − y dy dy y x dx y x 0 3 ..2. 1 24 2 3 =+ − y dy y dy xdxx y ).( 32 −yxd d(x2.y−3) + y−2 dy = 0 ∫ ∫ −− + dyyyxd 232 ).( = C x2.y −3 + 12 12 +− +−y = C Cy y x =− −1 3 2 C yy x =− 1 3 2 →• )( 3y x2 – y2 = C . y3 (E.D.E.) x N y M ∂ ∂ = ∂ ∂ (mmc) Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 22 GGRRUUPPAAMMEENNTTOOSS DDIIFFEERREENNCCIIÁÁVVEEIISS:: 1º d(x.y) = x dx + y dy 2º d(xm.yn) = n. xm. yn – 1 dy + m. yn. xm – 1 dx 3º d(ekxy) = k.y.ekxy dx + k.x.ekxy dy 4º d y x = 2 .. y dyxdxy − 5º d x y = 2 .. x dxydyx − 6º d(x2 ± y2) = 2x dx ± 2y dy 7º d(Ln|x2 ± y2|) = 2222 22 .2.2)( yx dyydxx yx yxd ± ± = ± ± 8º d − + yx yx 22 22 )( .2.2 )( )( )).(()).(( )( )).(()).(( yx dxydyx yx ydyydxxdyxdxydyydxxdyxdx yx yxdydxyxdydx yx yxyxdyxyxd − − = − +−+−−−+ = − +−−−+ = − +−−−+ = 9º d + − yx yx 22 22 )( .2.2 )( )( )).(()).(( )( )).(()).(( yx dyxdxy yx ydyydxxdyxdxydyydxxdyxdxyx yxdydxyxdydx yx yxyxdyxyxd + − = + ++−−−+− = + −+−+− = + −+−+− = IV) FATORES INTEGRANTES (R) Sejam M(x; y).dx + N(x; y).dy = 0, uma equação diferencial NÃO EXATA. Pode acontecer que para: (I) R. M(x; y)dx + R. N(x; y)dy = 0, tenhamos que: (II) x RN y RM ∂ ∂ = ∂ ∂ )()( , ou seja, (I) é uma E.D.E., onde R é uma função de x e y. Na equação (II), temos: R. + ∂ ∂ y M M. y R ∂ ∂ = R. + ∂ ∂ x N N. x R ∂ ∂ (III) EEssttuuddaarreemmooss ssoommeennttee 22 ccaassooss ppaarrttiiccuullaarreess:: 11ºº CCAASSOO:: RR((xx;; yy)) == RR((xx)) ((ssóó ffuunnççããoo ddee xx)) EEnnttããoo:: 0= ∂ ∂ y R ee dx dR x R = ∂ ∂ EEmm ((IIIIII)),, tteerreemmooss:: RR.. + ∂ ∂ y M 0 = R. + ∂ ∂ x N N. dx dR RR.. ∂ ∂ − ∂ ∂ x N y M == NN.. dx dR RR.. ∂ ∂ − ∂ ∂ x N y M ddxx == NN..ddRR ∂ ∂ − ∂ ∂ x N y M N . 1 dx = R dR Interessa-nos que seja uma função de x: f(x), em que, f(x) dx = R dR que é uma E.D.V.S. (eq. dif. de variáveis separáveis). Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 23 Calcula-se, então o R, fator integrante, multiplica-se a equação diferencial dada por esse R, obtendo-se uma E.D.E. e, então, resolvemo-la. 22ºº CCAASSOO: RR((xx;; yy)) == RR((yy)) (ssóó ffuunnççããoo ddee yy) EEnnttããoo:: 0= ∂ ∂ x R ee dy dR y R = ∂ ∂ EEmm ((IIIIII)),, tteerreemmooss:: RR.. + ∂ ∂ y M M. dy dR = R. x N ∂ ∂ RR.. ∂ ∂ − ∂ ∂ x N y M == −− M. dy dR RR.. ∂ ∂ − ∂ ∂ x N y M ddyy == −− MM..ddRR ∂ ∂ − ∂ ∂ x N y M M . 1 dy = −− R dR Interessa-nos que seja uma função de y: g(y), em que, g(y) dy = −− R dR que é uma E.D.V.S. (eq. dif. de variáveis separáveis). Calcula-se, então o R, fator integrante, multiplica-se a equação diferencial dada por esse R, obtendo-se uma E.D.E. e, então, resolvemo-la. ResumindoResumindoResumindoResumindo ...: (TABELA DOS FATORES INTEGRANTES) )(xf N x N y M =∂ ∂ − ∂ ∂ , então, f(x) dx = R dR e, R é Fator Integrante. )(yg M x N y M =∂ ∂ − ∂ ∂ , então g(y) dy = −− R dR e, R é Fator Integrante. Exemplo 1 – Resolver: (x2 + y2 + x) dx + xy dy = 0 M N Temos: y y M 2= ∂ ∂ e y x N = ∂ ∂ x N y M ∂ ∂ ≠ ∂ ∂ Não é E.D.E. yyy x N y M =−= ∂ ∂ − ∂ ∂ 2 →÷ )(N )( 1 xf xxy y N x N y M ===∂ ∂ − ∂ ∂ f(x) dx = R dR dx x 1 = R dR ∫ dxx 1 = ∫ R dR Ln|x| = Ln|R| R = x Multiplicando-se a equação dada pelo fator integrante R = x, obtemos: x.[(x2 + y2 + x) dx + xy dy] = x.0 (x3 + xy2 + x2) dx + x2y dy = 0 P Q Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 24 Neste caso: xy y P 2= ∂ ∂ e xy x Q 2= ∂ ∂ x Q y P ∂ ∂ = ∂ ∂ E.D.E. Agora, basta resolvê-la: x3dx + xy2dx + x2dx + x2ydy = 0 x3dx + x2dx + (xy2dx + x2ydy) = 0 V.S. V.S. (pega-se o x e o y de maior grau) Temos: d(x2y2) = 2xy2dx + 2x2ydy →÷ )2( 2 )( 22yxd = xy2dx + x2ydy. Logo: x3dx + x2dx + 2 )( 22yxd = 0 ∫ ∫ ∫++ 2 )( 2223 yxddxxdxx = C ∫ ∫ ∫++ )(2 1 2223 yxddxxdxx = C 4 4x + 3 3x + 2 1 .(x2 . y2) = C →• )12( 3x4 + x3 + 6x2y2 = C (12C = C) Exemplo 2 – Resolver: dx x ey + dy x y e y cos + = 0 M N Temos: xy M 1 = ∂ ∂ . ye e 2 cos x y x N −= ∂ ∂ x N y M ∂ ∂ ≠ ∂ ∂ Não é E.D.E. 2 cos x y x e x N y M y += ∂ ∂ − ∂ ∂ →÷ )(N yex x x yex x y e x y x e N x N y M y y y y cos. . cos. cos cos 2 2 + + = + + =∂ ∂ − ∂ ∂ = )( 1 xf x = f(x) dx = R dR dx x 1 = R dR ∫ dxx 1 = ∫ R dR Ln|x| = Ln|R| R = x Multiplicando-se a equação dada pelo fator integrante R = x, obtemos: x . dx x e y + + dy x y e y cos = x . 0 ey dx + (x . ey + cosy)dy = 0 P Q ye y P = ∂ ∂ e ye x Q = ∂ ∂ x Q y P ∂ ∂ = ∂ ∂ E.D.E. Agora, basta resolvê-la: ey dx + x.ey dy + cosy dy = 0 d(x . ey) + cosy dy = 0 ∫ ).( yexd + ∫ dy cos y = C x . ey + sen y = C (solução geral) Exemplo 3 – Resolver: 0dy ) .( )2 .( 2 =+++ xexdxxyey xyxy M N Temos: xeyxe y M xyxy 2.. ++= ∂ ∂ xeyxe x N xyxy 2.. ++= ∂ ∂ (mmc) E.D.E. é ⇒ ∂ ∂ = ∂ ∂ x N y M Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 25 Solução: 0dy ) .( )2 .( 2 =+++ xexdxxyey xyxy 0dy . 2 . 2 =+++ xdyexdxxydxey xyxy(y.exy dx + x.exy dy) + (2xy dx + x2 dy) = 0 d(exy) + d(x2.y) = 0 ∫ )( xyed + ∫ ).( 2 yxd = C Cyxexy . 2 =+ 11. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES DE 1ª ORDEM Uma equação diferencial de 1ª ordem é denominada linear quando a função incógnita y bem como a sua derivada y’ são ambas do 1º grau e, pode ser colocada na forma: )()( xqyxp dx dy =+ ou y’ + p(x) y = q(x), onde p e q são funções unicamente de x. 11.1. Equação linear incompleta (ou linear homogênea de 1ª ordem) Se q(x) = 0, a equação se diz linear incompleta ou linear homogênea, ou seja: 0)( =+ yxp dx dy (é linear homogênea de 1ª ordem) A solução da equação linear homogênea é feita por separação de variáveis, bastando para isso, multiplicá-la por dx e dividir por y, em seguida, integrar a mesma: dx . =+ 0)( yxp dx dy dy + p(x)ydx = 0 →÷ )( y 0 )( =+ dxxp y dy ∫ ∫ =+ Cdxxpy dy )( Ln|y| = ∫ +− Cdxxp )( log || ye = ∫ +− Cdxxp )( ∫±= +− Cdxxp ey )( y = C dxxp ee . )(∫± − y = C. ∫ − dxxp e )( Exemplo – Resolver: 0 2 =− y xdx dy (eq. dif. linear homogênea de 1ª ordem) 1º Modo: Multiplicando por dx e dividindo por y, temos: dx . =− 0 2 y xdx dy dy – dxy x 2 = 0 →÷ )( y 0 2 =− dx xy dy ∫ ∫ =− Cdxxy dy 1 2 Ln|y| – 2.Ln|x| = C ou ( C = Ln|C|) Ln|y| – 2.Ln|x| = Ln|C| Ln|y| – Ln|x|2 = Ln|C| || 2 CLn x y Ln = C x y = 2 y = C . x2 2º Modo: Aplicando a fórmula deduzida. Da equação dada, temos: p(x) = x 2 − ∫ ∫ −=−= ||2 2 )( xLndx x dxxp 2|| xLn−= Então: 2)()( 22 xeee LnxLnx dxxp ===∫ −− − (lembrete: αα =Lne ) Logo: y = C. ∫− dxxpe )( = C . x2 y = C . x2 Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 26 11.2. Equação linear completa (não homogênea de 1ª ordem) Dada a equação )()( xqyxp dx dy =+ , para obtermos a sua solução geral, podemos: I) Usar o fator integrante da equação linear e multiplicá-lo pela equação dada. * Multiplicando a equação por dx, temos: dx . =+ )()( xqyxp dx dy dy + p(x) y dx = q(x) dx * Passando tudo para o 1º membro e fatorando dx, vem: [p(x) y – q(x)] dx + dy = 0 que é da forma Mdx + Ndy = 0, (IV classificação) onde M = p(x) y – q(x) )(xp y M = ∂ ∂ N = 1 0= ∂ ∂ x N * No IV tipo: fatores integrantes, vimos no 1º caso que: R(x; y) = R(x) e R dR dx x N y M N = ∂ ∂ − ∂ ∂ 1 ∫ ∫ ∂ ∂ − ∂ ∂ = dx x N y M NR dR 1 * Substituindo os valores, temos: Ln R = [ ]∫ − dxxp 0)(1 1 log Re = ∫ dxxp )( R = ∫ dxxp e )( que é o fator integrante da equação diferencial dada. * Multiplicamos a equação dada pelo fator integrante e a equação se transforma na E.D.E. em seguida, resolvemo-la por esse método obtendo a fórmula: )(.).( xqRyR dx d = CdxxqRyR dx d )(.).(∫ ∫ += ∫ += CdxxqRyR )(.. ( )∫ += CdxxqRRy )(. 1 II) Usar a tabela de fatores integrante para obter o fator R. Exemplo 1 – Resolva a EDO: xy xdx dy =+ 2 Solução: temos: x xp 2 )( = e q(x) = x 1º modo: Vamos obter o fator integrante R = ∫ dxxp e )( R = 2 .2 1 2 2 2 xeeee xLnxLn dx x dx x === ∫ = ∫ (que é o fator integrante) Aplicando a fórmula encontrada ( )∫ += CdxxqRRy )(. . 1 , temos: y = 2 1 x . ( )Cdxxx +∫ .2 y = 21x . ( )Cdxx +∫ 3 y = 2 1 x . +C x 4 4 22 4 .4 x C x x y += 2 2 4 x Cx y += (que é a solução geral) 2º Modo: Usando a tabela de fatores integrantes: temos: x xp 2 )( = e q(x) = x I) xy xdx dy =+ 2 →• dx dxxdxy x dy 2 =+ 0 .1 2 =+ +− dydxy x x M N x N y M ∂ ∂ ≠ ∂ ∂ Não é E.D.E. Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 27 II) xy M 2 = ∂ ∂ e 0= ∂ ∂ x N x N y M ∂ ∂ ≠ ∂ ∂ Não é E.D.E. III) xx N y M 2 = ∂ ∂ − ∂ ∂ →÷ )(N )( 2 1 2 xf x x N x N y M ===∂ ∂ − ∂ ∂ IV) R dR dxxf = )( R dR dx x = 2 ∫ ∫= R dR dx x 1 2 2. Ln x = Ln R Ln x2 = Ln R R = x2 (fator integrante) V) Multiplicando a equação dada por R = 2x , temos: x2 . =+ +− 0 .1 2 dydxy x x (– x3 + 2xy) dx + x2 dy = 0 P Q x y P 2= ∂ ∂ e x x Q 2= ∂ ∂ x N y M ∂ ∂ = ∂ ∂ é E.D.E. VI) Solução: – x3 dx + 2xy dx + x2 dy = 0 x2 dy + 2xy dx – x3 dx = 0 d(x2.y) – x3 dx = 0 ∫ ∫ =− Cdxxyxd 32 ).( x2. y – C x = 4 4 2 2 4 x Cx y += Exemplo 2 – Considere o problema de valor inicial xy xdx dy =+ 2 em que y(2) = 3. Como a equação é a mesma do exemplo (1), substitui-se x = 2 e y = 3 na solução geral encontrada: 2 2 4 x Cx y += 3 = 2 2 24 2 C + 3 = 1 + 4 C 2 = 4 C C = 8 Portanto, a solução do problema de valor inicial (que é uma solução particular) é: 2 2 8 4 x x y += Soluções da equação do exemplo 1 e a solução do problema de valor inicial x Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 28 Exemplo 3 – Resolva a EDO:xey dx dy =+ Solução: Temos: p(x) = 1 e q(x) = ex I) Cálculo do fator integrante: R = ∫ dxxp e )( = x dx ee =∫ 1 II) Aplicar na formula resolutiva: ( )∫ += CdxxqRRy )(. . 1 y = xe 1 . ( )Cdxee xx +∫ . y = xe 1 . ( )∫ +Cdxe x2 y = xe 1 . +∫ Cdxe x 2 .2 1 2 Sendo u = 2x du = 2dx Lembrete: ∫ = uu edue Temos: y = xe 1 . +Ce x2 . 2 1 y = xx x e C e e + 2 . 2 1 y = x x e C e + . 2 1 Exemplo 4 – Resolva a EDO: 23 . xy dx dy x =− Solução: Vamos acertar o formato da equação dividindo tudo por x, ou seja: 23 . xy dx dy x =− →÷ )(x xy xdx dy =− 3 Temos: p(x) = x 3 − e q(x) = x I) Cálculo do fator integrante: R = ∫ dxxp e )( = 3 .3 1 .3 3 3 −−−− === ∫ = ∫ − xeeee xLnxLn dx x dx x = 3 1 x 3 1 x R = II) Aplicar na fórmula resolutiva: ( )∫ += CdxxqRRy )(. . 1 y = x3 . +∫ Cdxx x . 1 3 y = x3 . +∫ Cdx x 1 2 y = x3 . ( )∫ +− Cdx x 2 y = x3 . + − − C x 1 1 y = x3 . +− C x 1 y = 33 . . 1 xCx x +− 32 . xCxy +−= Nota: é conveniente lembrar de algumas propriedades dos logaritmos e exponenciais, tais como: AeLnA = , mLnAm Ae = . , nmLnAmn eAe . . =+ u du Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 29 12. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE 2ª ORDEM Chama-se equação diferencial ordinária de 2ª ordem (ou de ordem 2) a toda equação diferencial que relaciona uma variável independente x, uma função incógnita y = y(x) e as suas derivadas de 1ª e 2ª ordem, ou seja, equações do tipo: 0)'',',,( =yyyxF 12.1. EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE 2ª ORDEM REDUTÍVEIS À FORMA NORMAL: )',,('' yyxfy = 12.2. SOLUÇÃO DE ALGUNS TIPOS ESPECIAIS 1º TIPO: y’’ = f(x) ou )( 2 2 xf dx d = (y’’ é função da única variável independente x) Neste caso, a solução é imediata. Sendo y’’ = )( ' xf dx dy = ou dy’ = f’(x) dx ∫ ∫ += 1)('' Cdxxfdy y’ = ∫ + 1 )( Cdxxf Como y’ = dx dy dy = y’ dx = ∫ + 1 )( Cdxxf ( )∫ ∫∫ ++= 21 )( CdxCxfdy ( ) 21 CxCdxf(x) dxy ++= ∫ ∫ Obs.: Como a solução é feita através de duas integrais, obtemos duas constantes, C1 para a primeira integral e C2 para a segunda integral. Exemplo 1 – Resolva a EDO: y’’ = e3x Solução: I) y’ = ∫ + 13 Cdxe x Lembrete: Cedue uu +=∫ Sendo: u = 3x du = 3dx Preparando a integral, temos: 1 3 3 .. 3 1 ' Cdxey x += ∫ 13 .3 1 ' Cey x += II) ∫ + += 21 3 . 3 1 CdxCey x = 21 3. 3 1 CdxCdxe x ++ ∫∫ (preparando a integral) 21 3 .3 .. 3 1 . 3 1 CdxCdxey x ++= ∫∫ 213 . .9 1 CxCey x ++= Exemplo 2 – Resolver a EDO: ) ( '' xkseny = I) y’ = 1 ) ( Cdxxksen +∫ Lembrete: Cuduusen +−=∫ cos . Sendo u = k x du = kdx Preparando a integral, temos: 1 ). (. 1 ' Ckdxxksen k y += ∫ 1) cos( . 1 ' Cxk k y +−= Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 30 II) ∫ + +−= 21 ) cos( . 1 CdxCxk k y = ∫ ∫ ++− 21)cos(. 1 CdxCdxkx k Preparando a integral, temos: 21 . ). cos(. 1 . 1 CxCkdxxk kk y ++−= ∫ 212 .) ( . 1 CxCxksen k y ++−= Exemplo 3 – Resolver a EDO: x y 1 '' = I) y’ = 1 1 Cdx x +∫ (Lembrete: ∫ += CxLndxx || 1 ). Então: y’ = Ln|x| + C1 II) ( )∫ ++= 21 || CdxCxLny = ∫ ∫ ++ 21|| CdxCdxxLn Lembrete: ∫∫ −= duvvudvu ... (integral por partes) u = Ln|x| du = dx x . 1 dv = dx v = x Temos: y = Ln|x| . x – ∫ dxxx . 1 . + C1. ∫dx + C2 y = x . Ln|x| – ∫dx + C1.x + C2 y = x . Ln|x| – x + C1. x + C2 y = x.Ln|x| + (C1 – 1).x + C2 ou y = x.Ln|x| + C3.x + C2 2º TIPO: F(x, y’, y’’) = 0 ou y’’ = f(x, y’) (equações que não contém a variável dependente y, ou seja, f não depende de y) Para uma equação diferencial de 2ª ordem da forma y’’ = f(x, y’), a substituição y’ = p e y’’ = p’ leva a uma equação de primeira ordem da forma p’ = f(x, p). Se esta equação puder ser resolvida para p, y poderá ser obtido integrando-se )(xp dx dy = . Note que se obtém uma constante arbitrária C1 na solução da equação de 1ª ordem para p e se obtém uma segunda constantes arbitrária C2 na integração para y. Resumindo: Neste caso, faz-se a mudança de variável: y’= p y’’ = p’ ou p dx dy = ' 2 2 p dx dy = Exemplo 1 – Resolva a EDO: 1'.'' .2 =+ yxyx I) MDV (mudança de variável): y’ = p e y’’ = p’ II) Substituindo na equação dada, vem: x2. p’ + x . p = 1 1..2 =+ px dx dp x 0 )1.( .2 =−+ dxpxdpx N M x p M = ∂ ∂ e x x N 2= ∂ ∂ x N p M ∂ ∂ ≠ ∂ ∂ Não é E.D.E. Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 31 xxx x N p M −=−= ∂ ∂ − ∂ ∂ 2 →÷ )(N )( 1 2 xf xx x N x N p M =−=−= ∂ ∂ − ∂ ∂ R dR dxxf = )( R dR dx x =− 1 ∫ ∫=− R dR x dx − Ln|x| = Ln|R| Ln|x-1| = Ln|R| x-1 = R x R 1 = (fator integrante) III) Multiplicando por x 1 , temos: x 1 . ( )0 )1.( .2 =−+ dxpxdpx 0 1 . = −+ dx x pdpx P Q 1= ∂ ∂ x P e 1= ∂ ∂ p Q p Q x P ∂ ∂ = ∂ ∂é E.D.E. IV) Solução: x dp + p dx – x 1 dx = 0 d(x p) – x 1 dx = 0 1 1 ) ( Cdx x pxd =− ∫∫ x p – Ln|x| = C1 p = x 1 . ( )1|| CxLn + x C x xLn dx dy 1|| += =dy dx x C dx x xLn 1|| + (EDVS) ∫ ∫∫ ++= 21 || Cdx x C dx x xLn dy Lembrete: 2 2u duu =∫ u = Ln|x| du = dx x 1 2 ||1 .|| 2 xLn dx x xLn =∫ 21 2 || .|| . 2 1 CxLnCxLny ++= Exemplo 2 – Resolva a EDO: 0 ' '' . =++ xyyx I) MDV (mudança de variável): y’ = p e y’’ = p’ II) Substituindo na equação dada, vem: x . p’ + p + x = 0 0. =++ xp dx dp x →• )( dx x dp + (p + x) dx = 0 N M 1= ∂ ∂ p M e 1= ∂ ∂ x N x N p M ∂ ∂ = ∂ ∂ ∴ E.D.E. III) Solução: p dx + x dx + x dp = 0 (p dx + x dp) + x dx = 0 d(p x) = – x dx = 0 d(p x) 1) ( Cxdxxpd +−= ∫∫ p x = 2 2x − + C1 → ÷ )(x p = x Cx 1 2 +− Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 32 = dx dy x Cx 1 2 +− →• )( dx =dy dx x C dx x 2 1+− (EDVS) ∫ ∫∫ ++−= 21 1 . 2 Cdx x Cdx x dy 21 2 || . 4 CxLnC x y ++−= 3º TIPO: F(y, y’, y’’) = 0 ou y’’ f(y, y’) (equações que não contém a variável independente x, f não depende de x) Para uma equação diferencial de 2ª ordem da forma y’’ = f(y, y’), se fizermos p = y’, obtemos p’ = f(y, p). Esta equação contém as variáveis p, x e y e, portanto, não é da forma das equações de 1ª ordem. É possível eliminar a variável x pensando em y como a variável independente, então, pela regra da cadeia, dy dp p dx dy dy dp dx dp .. == , e assim a equação diferencial original pode ser escrita na forma ),(. pyf dy dp p = . Se esta equação de 1ª ordem puder ser resolvida, obteremos p como uma função de y. Obtém-se uma relação em y e x resolvendo )(yp dx dy . Novamente, haverá duas constantes arbitrárias C1 e C2 no resultado final. Resumindo: Neste caso, faz-se a mudança de variável: py =' p dy dp dx dy dy dp dx dp dx yd y .. )'( '' ==== ∴ dy dp py . '' = y’ = p Exemplo 1 – Resolva a EDO: 0)'( '' . 2 =+ yyy I) MDV: py =' e dy dp py . '' = II) Substituindo, temos: 0 . 2 =+ p dy dp py →÷ )( p 0 . =+ p dy dp y p dy dp y −= . →• )( dy y . dp = – p dy y dy p dp −= (EDVS) 1C y dy p dp +−=∫ ∫ Ln|p| = – Ln|y| + C1 Ln|p| = Ln|C2| – Ln|y| y C LnpLn 2 || = y C p 2= = dx dy y C2 y dy = C2 dx 32 CdxCdyy += ∫∫ 32 2 . 2 CxC y += y2 = 2 . C2 x + 2.C3 ou y 2 = 2 C1 x + C2 Exemplo 2 – Resolva a EDO: ''.2'1 2 yyy =+ , satisfazendo às condições iniciais y = 1, y’ = 1 e x = 1. I) MDV: py =' e dy dp py . '' = Regra da cadeia Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 33 II) Substituindo, temos: 1 + p2 = 2y. dy dp p . dy dp y p p .2 1 2 = + dp .2 1 2 ydy p p = + p p dp y dy 212 + = 21 .2 p dpp y dy + = (EDVS) ∫ ∫ ++ = 121 .2 C p dpp y dy ∫ ∫ ++= −− 1121 2 .)1( Cpdppdyy Ln|y| = Ln|1 + p2| + Ln|C2| Ln|y| = Ln|(1 + p2).C2| y = (1 + p 2).C2 2C y = 1 + p2 1 2 2 −= C y p p2 = C3 y – 1 1. 3 −±= yCp 1. 3 −±= yC dx dy dxyCdy .1. 3 −±= dx yC dy 1.3 ±= − ∫ ∫ +±=− 43 1. Cdx yC dy ∫ −− dyyC .)1.( 2 1 3 = 4 Cx +± Lembrete: 2 2u duu =∫ u = C3 .y – 1 du = C3 dy ∫ −− dyCyC C . .)1.(. 1 33 3 2 1 = 4 Cx +± 2 1 3 3 2 1 )1.( . 1 −yC C = 4 Cx +± 43 3 1. . 2 CxyC C +±=− ou 21 1 1. . 2 CxyC C +±=− (solução geral) III) Para y = 1, y’ = 1 e x = 1, em p = 1.3 −± yC ou y’ = 1.1 −± yC , vem: 1 = 11.1 −± C 1 2 = ( ) 21 11. −± C 1 = C1 – 1 C1 = 2 Substituindo na solução geral, temos: 2 1 11.2 . 2 2 C+±=− 1 = ± 1 + C2 C2 = 1 ± 1 = = 0 2 2 2 C C IV) Respostas: 1) Para C1 = 2 e C2 = 2, temos: 2 1.2 . 2 2 +±=− xy xy ±=− 21.2 ( ) ( ) 22 2 1.2 xy ±=− 2y = (2 ± x)2 – 1 2 1)2( 2 −± = x y 2) Para C1 = 2 e C2 =0, temos: 0 1.2 . 2 2 +±=− xy xy 1.2 ±=− ( ) 22 ) ( 1.2 xy ±=− 2y – 1 = x2 2 12 + = x y Equações Diferenciais para os cursos de Engenharia Prof.: Eurípedes MACHADO Rodrigues 34 4º TIPO: F(y, y’’) = 0 ou y’’= f(y) (equações que não contém a variável independente x e y’)) Neste caso, faz-se a mudança de variável: py =' p dy dp dx dy dy dp dx dp dx yd y .. )'( '' ==== ∴ dy dp py . '' = y’ = p Exemplo 1 – Resolva a EDO: 3.4 '' −−= yy , y > 0 I) MDV: dy dp py . '' = e py =' II) Substituindo, temos: 3.4 . −−= y dy dp p p.dp = − 4 y−3 .dy ∫ ∫ +−= − Cdyydpp .4 . 3 C yp + − −= − 2 .4 2 22 Cy p += −2 2 2 2 p2 = 4y−2 + 2C p2 = 4y−2 + C1 12 2 4 C y p += 12 4 C y p +±= 12 4 C ydx dy +±= 2 2 1.4 y yC dx dy + ±= 2 2 1.4 y yC dx dy + ±= y yC dx dy 2 1.4 +±= dxyCdyy ..4 . 21+±= dy dx yC y .4 21 ±= + ( ) dxydyyC . .4 2121 ±=+ − 221 .)4( 2 1 CdxydyyC +±=+ ∫∫ − Lembrete: 2 2u duu =∫ u = 4 + C1. y2 du = 2.C1.y.dy Preparando a integral,
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