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Março de 2010 9 Prontuário Terapêutico 9 M arço de 2010 BlogEnfermagem.com Medicamentos Anti ‑infecciosos 11Medicamentos Anti ‑infecciosos Os fármacos anti ‑infecciosos em geral e os anti‑ microbianos em particular têm demonstrado uma eficácia inquestionável no tratamento das infecções, sendo a sua utilidade terapêutica indiscutível. Con‑ tudo, após a sua introdução na prática clínica, rapi‑ damente se verificou que diferentes microrganismos eram susceptíveis de adquirir resistência a fármacos aos quais eram inicialmente sensíveis, sendo o exem‑ plo dos estafilococos produtores de lactamases beta o mais conhecido. A emergência de estirpes resisten‑ tes, como resultado da pressão selectiva, é hoje em dia uma realidade preocupante. A utilização, genera‑ lizada e precoce, de uma terapêutica antimicrobiana de largo espectro favorece o crescimento e selecção dos microrganismos resistentes, ao eliminar as estir‑ pes sensíveis. Os princípios gerais da terapêutica antimicrobia‑ na deverão, assim, estar sempre presentes quando da instituição de uma antibioterapia. O tratamento deve‑ rá ser individualizado tendo em consideração o perfil do doente, o local da infecção e a etiologia da doen‑ ça. A selecção do antimicrobiano deverá basear ‑se na sua eficácia e segurança e ainda num custo aceitável. Ao avaliar a eficácia e segurança de um antimicrobia‑ no é importante considerar os efeitos resultantes de uma terapêutica de largo espectro na ecologia bacte‑ riana ‑ aumento do risco de infecção devida a micror‑ ganismos resistentes para o próprio doente e emer‑ gência de estirpes bacterianas com novos padrões de resistência no próprio meio, quer hospitalar quer na comunidade. O antimicrobiano eficaz de menor es‑ pectro de actividade deverá ser sempre o fármaco de primeira escolha, devendo os clínicos adoptar uma atitude restritiva dentre os vários grupos de antimi‑ crobianos eficazes (um ou dois fármacos de cada gru‑ po). Os novos antimicrobianos deverão ser sempre avaliados tendo como referência os já existentes e prescritos apenas quando claramente superiores. As associações de antimicrobianos justificam ‑se apenas em situações particulares, a maioria ocorrendo em meio hospitalar, e têm por objectivo o tratamento de infecções polimicrobianas em que um único fár‑ maco não é susceptível de cobrir os microrganismos isolados, obter um efeito sinérgico ‑ sem dúvida de grande relevância no tratamento de infecções devi‑ das a determinadas estirpes bacterianas, como é o caso da endocardite devida a Streptococcus ou das infecções por Pseudomonas ‑ ou ainda minimizar o desenvolvimento de estirpes resistentes, como é o caso do tratamento da tuberculose ou das infecções por Pseudomonas. Uma terapêutica empírica deverá ser instituída com um antibiótico ou associação de antibióticos cujo espectro de actividade inclua ape‑ nas o ou os microrganismos que se suspeita serem causadores da infecção e não todos os possíveis; uma terapêutica de largo espectro justifica ‑se quando for necessário assegurar um controlo precoce da situa‑ ção clínica do doente e evitar complicações. O perfil do doente, a gravidade da situação e a existência de co ‑morbilidade são factores importantes a conside‑ rar, bem como o local da infecção e o padrão de sus‑ ceptibilidade aos antimicrobianos do ou dos agentes etiológicos mais provavelmente responsáveis pela infecção em causa. A eficácia do tratamento depen‑ derá do rigor do diagnóstico e de uma terapêutica antimicrobiana apropriada. A utilização de regimes posológicos adequados é determinante da resposta terapêutica. Das reacções adversas induzidas pelos antimicrobianos em geral, as reacções alérgicas ‑ fe‑ Medicamentos Anti ‑infecciosos 1.1. Antibacterianos 1.1.1. Penicilinas 1.1.1.1. Benzilpenicilinas e fenoximetilpenicilina 1.1.1.2. Aminopenicilinas 1.1.1.3. Isoxazolilpenicilinas 1.1.1.4. Penicilinas anti ‑ ‑Pseudomonas 1.1.1.5. Amidinopenicilinas 1.1.2. Cefalosporinas 1.1.2.1. Cefalosporinas de 1ª. Geração 1.1.2.2. Cefalosporinas de 2ª. Geração 1.1.2.3. Cefalosporinas de 3ª. Geração 1.1.2.4. Cefalosporinas de 4ª. Geração 1.1.3. Monobactamos 1.1.4. Carbapenemes 1.1.5. Associações de penicilinas com inibidores das lactamases beta 1.1.6. Cloranfenicol e tetraciclinas 1.1.7. Aminoglicosídeos 1.1.8. Macrólidos 1.1.9. Sulfonamidas e suas associações 1.1.10. Quinolonas 1.1.11. Outros antibacterianos 1.1.12. Antituberculosos 1.1.13. Antilepróticos 1.2. Antifúngicos 1.3. Antivíricos 1.3.1. Anti ‑retrovirais 1.3.1.1. Inibidores da protease 1.3.1.2. Análogos dos não nucleosídeos inibidores da transcriptase inversa (reversa) 1.3.1.3. Análogos dos nucleosídeos inibidores da transcriptase inversa (reversa) 1.3.2. Outros antivíricos 1.4. Antiparasitários 1.4.1. Anti ‑helmínticos 1.4.2. Antimaláricos 1.4.3. Outros antiparasitários BlogEnfermagem.com 22 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos bre e erupções cutâneas ‑ são as mais frequentes. A nefro e a ototoxicidade bem como a mielosupressão são específicas de fármaco e estão, usualmente, bem documentadas. Os macrólidos, a rifampicina e os antifúngicos do grupo dos imidazóis podem apresen‑ tar interacções medicamentosas clinicamente signifi‑ cativas. Algumas infecções são autolimitadas e muitas são, provavelmente, de origem viral. A terapêutica definitiva poderá diferir da terapêutica inicialmente instituída e deverá ser iniciada logo que os resultados laboratoriais estejam disponíveis. Os textos protocolares publicados relativamente ao tratamento de patologias específicas deverão ser consultados. Os diferentes grupos de fármacos anti ‑infecciosos serão abordados de acordo com a classificação farma‑ coterapêutica destes medicamentos. 1.1. Antibacterianos 1.1.1. Penicilinas As penicilinas foram os primeiros “verdadeiros antibióticos” a ser introduzidos na prática clínica e continuam a desempenhar um papel importante no tratamento das infecções bacterianas. Pertencentes ao grande grupo dos beta lactâmi‑ cos, as penicilinas são antibióticos bactericidas que actuam por inibição da síntese da parede bacteriana e activação do seu sistema autolítico endógeno. Apresentam uma boa difusão em todos os tecidos do organismo com excepção da próstata, olho e SNC (meninges não inflamadas). São excretadas por via renal sendo recomendada uma redução da sua poso‑ logia em doentes com IR moderada a grave (em geral para Cl cr < 50 ml/min). Habitualmente as penicilinas são divididas em 5 grandes grupos de acordo com o seu espectro de actividade: penicilinas naturais (benzilpenicilinas), aminopenicilinas, isoxazolilpenicilinas ou penici‑ linas resistentes às penicilinases, penicilinas anti‑ ‑pseudomonas ou de largo espectro e amidinopeni‑ cilinas. 1.1.1.1. Benzilpenicilinas e fenoximetil‑ penicilina As penicilinas naturais (benzilpenicilina ou peni‑ cilina G e penicilina V) são activas contra muitos co‑ cos gram + incluindo a maioria dos Staphylococcus aureus e S. epidermidis não produtores de penicili‑ nases, estreptococos, pneumococos de quase todos os grupos, Streptococcus viridans e algumas estirpes de enterococos. São também activas contra alguns bacilos gram + como o Bacillus anthracis, Cory‑ nebacterium diphteriae, Listeria monocythogenes e alguns cocos gram ‑ como a Neisseria meningitidis e ainda alguns bacilos gram ‑ como o Haemophilus in‑ fluenzae. Muitos anaeróbios gram +, o treponema e alguns anaeróbios gram ‑ são sensíveis a estas penici‑ linas. As Enterobactereaceae e a Pseudomonas aeru‑ ginosa são sempre resistentes às penicilinas naturais. A benzilpenicilina ou penicilina G é um antimicro‑ bianode eleição para muitas situações clínicas. Com um t 1/2 plasmático de apenas 20 a 50 minutos, deve ser administrada por via IV ou IM a intervalos muito curtos ou mesmo em perfusão contínua. A utilização de doses elevadas, e porque a maioria das penicilinas se apresenta sob a forma de sais sódicos ou potássi‑ cos, poderá estar na origem de alguns desequilíbrios electrolíticos; é esta a razão pela qual é racional pres‑ crever, nestas doses, a penicilina G sob a forma dos seus sais sódico e potássico. Cada 1.000.000 UI de penicilina G contém 2 mEq de sódio (sal sódico) ou 1,7 mEq de potássio (sal potássico). Quando utiliza‑ das doses elevadas, particularmente em doentes com disfunção cardíaca ou renal, este aporte de sódio ou potássio deverá ser considerado. A penicilina G ben‑ zatínica e a penicilina G procaínica são sais pouco solúveis de penicilina G formulados exclusivamente para administração por via IM. Deste modo é possí‑ vel manter concentrações séricas de penicilina G por períodos prolongados (até 24 horas para a penicilina procaínica e até 15 dias para a penicilina benzatíni‑ ca). A administração de doses únicas de 600.000 a 2 400.000 UI de penicilina benzatínica é usada no tratamento de infecções devidas a Streptococcus pyogenes e na sífilis e, em administrações mensais, na profilaxia da febre reumática. A penicilina V ou fenoximetilpenicilina é um derivado da penicilina G resistente ao pH ácido do estômago sendo, por isso, possível a sua administração por via oral. Não é, contudo, recomendada a sua utilização no tratamen‑ to de infecções graves, uma vez que a sua actividade bactericida é bastante inferior à da penicilina G e a sua biodisponibilidade bastante variável. n BENZILPENICILINA BENZATíNICA Ind.: Infecções devidas a Streptococcus pyogenes, sífilis e profilaxia da febre reumática. R. Adv.: V. Benzilpenicilina potássica. Contra ‑Ind. e Prec.: V. Benzilpenicilina potássica. Interac.: V. Benzilpenicilina potássica. Posol.: [Adultos] ‑ Via IM: 600.000 a 1.200.000 UI em dose única; 2.400.000 UI em dose única se‑ manal, durante 3 semanas no tratamento da sífilis diagnosticada tardiamente. [Crianças] ‑ Via IM: < 12 anos: 300.000 a 600.000 UI em dose única. Parentéricas ‑ 1.2 M.U.I./4 ml LENTOCILIN S 1200 (MSRM); Lab. Atral Pó e veic. p. susp. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 4 ml; e 5 (e 5); 69% Parentéricas ‑ 2.4 M.U.I./6.5 ml LENTOCILIN S 2400 (MSRM); Lab. Atral Pó e veic. p. susp. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 6,5 ml; e 5,5 (e 5,5); 69% n BENZILPENICILINA BENZATíNICA + BENZILPENICILINA POTáSSICA + BENZILPENICILINA PROCAíNICA Esta associação não apresenta vantagens sobre as outras formas injectáveis de penicilina. Parentéricas ‑ Benzilpenicilina benzatínica 600000 U.I. + Benzilpenicilina potássica 300000 U.I. + Ben‑ zilpenicilina procaínica mono ‑hidratada 300000 U.I. LENTOCILIN 6.3.3 (MSRM); Lab. Atral Pó e veic. p. susp. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 4 ml; e 6 (e 6); 69% BlogEnfermagem.com 1.1. Antibacterianos 23 n BENZILPENICILINA POTáSSICA Ind.: Infecções por agentes penicilino ‑sensíveis, nomeadamente faringite, amigdalite, otite média, pneumonia, endocardite estreptocócica e menin‑ gite meningocócica ou pneumocócica. R. Adv.: Reacções de hipersensibilidade incluindo febre, urticária, dores articulares; angioedema. Leucopenia e trombocitopenia, usualmente tran‑ sitórias. Choque anafilático apenas em doentes com hipersensibilidade às penicilinas. Contra ‑Ind. e Prec.: História de hipersensibilidade às penicilinas. Reduzir a posologia no doente com IR. Interac.: A probenecida inibe competitivamente a secreção tubular das penicilinas causando um aumento significativo das suas concentrações sé‑ ricas. Posol.: [Adultos] ‑ Via IV (perfusão intermitente) ou IM: 300.000 a 1.200.000 UI/dia, a administrar de 3 em 3 ou de 4 em 4 horas. Via IV (perfusão intermitente ou perfusão contí‑ nua): 10.000.000 a 24.000.000 UI/dia, a adminis‑ trar a intervalos de 2 em 2 horas ou por perfusão contínua, no tratamento de infecções graves. Reduzir a posologia no doente com IR (Cl cr < 50 ml/min). Via intratecal ‑ Não recomendada. [Crianças] ‑ Via IV: < 12 anos: 25.000 a 400.000 UI/kg/dia, a administrar de 4 em 4 ou de 6 em 6 horas. Nota: Este medicamento não se encontra disponível em Farmácia Comunitária. n BENZILPENICILINA PROCAíNICA Ind.: Infecções devidas a Neisseria gonorrhoeae, Treponema pallidum e outros microrganismos sensíveis à penicilina. R. Adv.: V. Benzilpenicilina potássica. A penicilina procaína se inadvertidamente administrada intra‑ ‑arterialmente pode causar lesões vasculares e neurológicas. Eventuais reacções psicóticas agu‑ das devidas à procaína são transitórias. Contra ‑Ind. e Prec.: V. Benzilpenicilina potássica. Interac.: V. Benzilpenicilina potássica. Posol.: [Adultos] ‑ Via IM: 600.000 a 1.000.000 UI/ dia; 2.400.000 UI/dia, durante 10 a 14 dias no tra‑ tamento da neurosífilis, como alternativa à penici‑ lina G e em associação com probenecida. [Crianças] ‑ Via IM: < 12 anos: 25.000 a 50.000 UI/kg/dia. Nota: V. Benzilpenicilina benzatínica + Benzilpeni‑ cilina potássica + Benzilpenicilina procaínica. n FENOXIMETILPENICILINA Ind.: Profilaxia da febre reumática e tratamento de infecções estreptocócicas ligeiras a modera‑ das. V. Benzilpenicilinas e fenoximetilpenicilina (1.1.1.1.). R. Adv.: Reacções de hipersensibilidade incluindo febre, urticária, dores articulares; angioedema. Leucopenia e trombocitopenia, usualmente tran‑ sitórias. Choque anafilático apenas em doentes com hipersensibiliade às penicilinas. Anemia he‑ molítica, agranulocitose. Esofagite, alterações da função hepática e descoloração da língua. Contra ‑Ind. e Prec.: História de hipersensibilidade às penicilinas. Reduzir a posologia no doente com IH e/ou IR grave (Cl cr < 10 ml/min). Interac.: A probenecida inibe competitivamente a secreção tubular das penicilinas causando um aumento significativo das suas concentrações sé‑ ricas. Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 125 a 500 mg, 2 a 4 ve‑ zes/dia. [Crianças] ‑ 25 a 100 mg/Kg/dia a administrar em 2 ou 4 vezes (250 mg de penicilina V potássica correspondem, aproximadamente, a 400.000 uni‑ dades). Nota: Este medicamento não se encontra disponível em Farmácia Comunitária. 1.1.1.2. Aminopenicilinas São penicilinas semissintéticas que apresentam um espectro de actividade que inclui, para além de cocos gram +, um número significativo de bactérias gram ‑ como o Haemophilus influenzae e várias estir‑ pes de E. coli, Proteus mirabillis, Salmonella e Shi‑ gella. São habitualmente resistentes a quase totalida‑ de dos estafilococos produtores de lactamases beta, outras Enterobactereaceae, Bacteroides fragillis e Pseudomonas. A ampicilina é mais activa contra Enterococcus e H. influenzae do que a penicilina G. Actualmente uma percentagem significativa de E. coli são já resistentes à ampicilina e amoxicilina pelo que, na sua prescrição (terapêutica empírica) a doentes com infecção urinária, o conhecimento do padrão de sensibilidade aos antimicrobianos deverá ser considerado. A ampicilina foi o primeiro fárma‑ co deste grupo a ser comercializado. As aminopenici‑ linas são resistentes ao pH ácido do estômago, o que permite a sua administração por via oral. A amoxicilina difere da ampicilina apenas pela presença de um grupo hidroxilo na sua molécula. É melhor absorvida do que a ampicilina quando admi‑ nistrada per os e a sua biodisponibilidade não é al‑ terada pelos alimentos, apresentando ‑se assim como tendo vantagens sobre a ampicilina. O seu espectro de actividade é idêntico ao da ampicilina. Ind.: Tratamento deinfecções respiratórias, exacer‑ bações da bronquite crónica e otites, habitual‑ mente devidas a estreptococos ou Haemophilus e ainda infecções urinárias e gonorreia. R. Adv.: Das suas reacções adversas, para além das já referidas na introdução às penicilinas, destacam‑ ‑se as náuseas e diarreia que são susceptíveis de induzir com alguma frequência. A ampicilina e a amoxicilina induzem frequentemente erupções cutâneas que não são, contudo, descritas como resultado de uma verdadeira alergia às penicili‑ nas. A bacampicilina e a pivampicilina são ésteres da ampicilina que apresentam uma biodisponibi‑ lidade superior e induzem diarreia com menor frequência. Contra ‑Ind. e Prec.: As das penicilinas. V. Benzilpe‑ nicilina potássica. BlogEnfermagem.com 24 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos Interac.: As das penicilinas. V. Benzilpenicilina po‑ tássica. n AMOXICILINA Ind.: V. Introdução (1.1.1.2.). Profilaxia da endo‑ cardite bacteriana. Tratamento da úlcera péptica (erradicação do Helicobacter pylori) em associa‑ ção com outros antimicrobianos e inibidores da secreção ácida gástrica (V. Grupo 6.). R. Adv.: V. Introdução (1.1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.1.2.). Interac.: V. Introdução (1.1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 8 em 8 horas; 3 g de 12 em 12 horas nas infecções graves; 1 g de 12 em 12 horas, durante 14 dias (terapêuti‑ ca tripla) ou 1 g de 8 em 8 horas, durante 14 dias (terapêutica dupla) na erradicação do H. pylori; 2 g, a administrar 1 hora antes de intervenções ci‑ rúrgicas ou extracções dentárias, na profilaxia da endocardite bacteriana. Via IM ou IV: 500 mg de 8 em 8 horas (via IM); 500 mg a 1 g de 8 em 8 horas ou de 6 em 6 horas (via IV). [Crianças] ‑ Via oral: < 10 anos: 125 a 250 mg de 8 em 8 horas; dos 2 aos 5 anos: 750 mg de 12 em 12 horas; dos 5 aos 10 anos: 1,5 g de 12 em 12 horas nas infecções respiratórias graves. Via IM ou IV: 50 a 100 mg/Kg/dia, a administrar de 8 em 8 ou de 6 em 6 horas. Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 250 mg/5 ml AMOXICILINA LABESFAL (MSRM); Labesfal Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 2,38 (e 0,0238); 69% ‑ PR e 2,1 AMOXICILINA SANDOZ 250 MG/5 ML Pó PARA SUS‑ PENSãO ORAL (MSRM); Sandoz Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 2,1 (e 0,021); 69% ‑ PR e 2,1 CLAMOXYL (MSRM); Beecham Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 5,11 (e 0,0511); 69% ‑ PR e 2,1 ORAMINAX (MSRM); Lab. B.A. Farma Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 5,7 (e 0,0475); 69% ‑ PR e 2,52 Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 500 mg/5 ml AMOXICILINA LABESFAL (MSRM); Labesfal Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 4,52 (e 0,0452); 69% ‑ PR e 3,67 AMOXICILINA SANDOZ 500 MG/5 ML Pó PARA SUS‑ PENSãO ORAL (MSRM); Sandoz Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 3,67 (e 0,0367); 69% ‑ PR e 3,67 CIPAMOX (MSRM); Lab. Atral Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 8,4 (e 0,07); 69% ‑ PR e 4,4 CLAMOXYL (MSRM); Beecham Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 8,19 (e 0,0819); 69% ‑ PR e 3,67 ORAMINAX (MSRM); Lab. B.A. Farma Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 9,58 (e 0,0798); 69% ‑ PR e 4,4 Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 1000 mg AMOXICILINA SANDOZ (MSRM); Sandoz Comp. dispersível ‑ Blister ‑ 16 unid; e 5,31 (e 0,3319); 69% ‑ PR e 5,48 CLAMOXYL (MSRM); Beecham Comp. dispersível ‑ Blister ‑ 16 unid; e 9,44 (e 0,59); 69% ‑ PR e 5,48 Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 3000 mg CIPAMOX (MSRM); Lab. Atral Pó p. susp. oral ‑ Saqueta ‑ 1 unid; e 3,05 (e 3,05); 69% Orais sólidas ‑ 500 mg AMOXICILINA CINFA (MSRM); Cinfa Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 3,25 (e 0,2031); 69% ‑ PR e 4,22 AMOXICILINA GENERIS 500 MG CáPSULAS (MSRM); Generis Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 2,04 (e 0,1275); 69% ‑ PR e 4,22 AMOXICILINA LABESFAL (MSRM); Labesfal Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 2,8 (e 0,175); 69% ‑ PR e 4,22 AMPLAMOX (MSRM); Tecnifar Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 6,17 (e 0,3856); 69% ‑ PR e 4,22 CIPAMOX (MSRM); Lab. Atral Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 6,17 (e 0,3856); 69% ‑ PR e 4,22 CLAMOXYL (MSRM); Beecham Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 6,5 (e 0,4063); 69% ‑ PR e 4,22 FLEMOXIN SOLUTAB (MSRM); Astellas Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 5,36 (e 0,335); 69% Orais sólidas ‑ 1000 mg AMOXICILINA GENERIS (MSRM); Generis Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 4,72 (e 0,295); 69% ‑ PR e 5,48 AMOXICILINA LABESFAL (MSRM); Labesfal Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 6,21 (e 0,3881); 69% ‑ PR e 5,48 AMPLAMOX (MSRM); Tecnifar Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 9,44 (e 0,59); 69% ‑ PR e 5,48 CIPAMOX (MSRM); Lab. Atral Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 9,44 (e 0,59); 69% ‑ PR e 5,48 FLEMOXIN SOLUTAB (MSRM); Astellas Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,91 (e 0,5569); 69% ‑ PR e 5,48 MOXADENT (MSRM); Lab. Vitória Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 7,99 (e 0,4994); 69% ‑ PR e 5,48 ORAMINAX (MSRM); Lab. B.A. Farma Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 9,44 (e 0,59); 69% ‑ PR e 5,48 n AMPICILINA Ind.: Infecções respiratórias. Bronquite crónica. Otite média. Sinusite. Infecções urinárias. Infec‑ ções devidas a algumas estirpes de Salmonella. Gonorreia. R. Adv.: Náuseas e diarreia. Erupções cutâneas. V. Introdução (1.1.1.2.). BlogEnfermagem.com 1.1. Antibacterianos 25 Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.1.2.). Interac.: V. Introdução (1.1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 mg a 1 g de 6 em 6 horas, a administrar 30 minutos antes das re‑ feições; 500 mg de 8 em 8 horas nas infecções urinárias; 2 a 3,5 g como dose única na gonorreia. Via IM ou IV: 500 mg a 1 g de 6 em 6 ou de 4 em 4 horas. [Crianças] ‑ Via oral: < 10 anos: metade da dose do adulto. Via IM ou IV: < 10 anos: metade da dose do adulto. Nota: Este medicamento não se encontra disponível em Farmácia Comunitária. n AMPICILINA + AMPICILINA BENZATíNICA Ind.: Infecções respiratórias. Bronquite crónica. Oti‑ te média. Sinusite. Infecções urinárias. Infecções por Salmonella. Gonorreia. R. Adv.: Náuseas e diarreia. Erupções cutâneas. V. Introdução (1.1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.1.2.). Interac.: V. Introdução (1.1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via IM: 250 mg a 1 g de 24 em 24 horas. [Crianças] ‑ Via IM: > 1 semana: 250 mg/kg de 12 em 12 horas ou de 8 em 8 horas. Parentéricas ‑ 100 mg/4 ml + 400 mg/4 ml HIPERBIóTICO RETARD (MSRM); Lab. Atral Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 4 ml; e 1,33 (e 1,33); 0% 1.1.1.3. Isoxazolilpenicilinas São penicilinas semissintéticas que não são hi‑ drolisadas pela maioria das penicilinases. Embora apresentem alguma actividade contra outros cocos gram + e gram ‑ são, em geral, menos activas que as penicilinas naturais. Ind.: A sua única indicação terapêutica é o tratamen‑ to das infecções devidas a estirpes susceptíveis de estafilococos. R. Adv.: As das penicilinas. V. Benzilpenicilina po‑ tássica. Contra ‑Ind. e Prec.: As das penicilinas. V. Benzilpe‑ nicilina potássica. Interac.: As das penicilinas. V. Benzilpenicilina po‑ tássica. n DICLOXACILINA Ind.: Infecções devidas a estirpes de estafilococos produtoras de penicilinases, incluindo otite ex‑ terna, pneumonia, impetigo, celulite, infecções da pele e tecidos moles, osteomielites e endocardite estafilocócica. R. Adv.: V. Benzilpenicilina potássica. Contra ‑Ind. e Prec.: V. Benzilpenicilina potássica. Interac.: V. Benzilpenicilina potássica. Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 125 a 250 mg de 6 em 6 horas. [Crianças] ‑ Via oral: 4 a 8 mg/kgde 6 em 6 ho‑ ras em RNs; 12,5 a 25 mg/Kg/dia em crianças com peso inferior a 40 kg. Orais sólidas ‑ 500 mg DICLOCIL (MSRM); Bristol ‑Myers Squibb Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 7,23 (e 0,4519); 69% n FLUCLOXACILINA Ind.: V. Introdução (1.1.1.3.). R. Adv.: V. Benzilpenicilina potássica. Hepatotoxi‑ cidade (hepatite aguda colestática) está também descrita; o início pode ser tardio, por vezes, após a suspensão da terapêutica. Contra ‑Ind. e Prec.: V. Benzilpenicilina potássica. Interac.: V. Benzilpenicilina potássica. Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 6 em 6 horas, a administrar 30 minutos antes das re‑ feições. Via IM: 250 a 500 mg de 6 em 6 horas. Via IV: 250 mg a 1 g de 6 em 6 horas. Doses até 8 g/dia têm sido usadas no tratamento de infecções graves. [Crianças] ‑ Via oral: < 2 anos: um quarto da dose do adulto; dos 2 aos 10 anos: metade da dose do adulto. Via IM ou IV: < 2 anos: um quarto da dose do adulto; dos 2 aos 10 anos: metade da dose do adulto. Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 250 mg/5 ml FLOXAPEN (MSRM); Actavis (Islândia) Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 6,52 (e 0,0652); 69% Orais sólidas ‑ 500 mg FLOXAPEN (MSRM); Actavis (Islândia) Cáps. ‑ Blister ‑ 24 unid; e 11,79 (e 0,4913); 69% ‑ PR e 8,43 FLUCLOXACILINA FLOXIL 500 MG CáPSULAS (MSRM); Tecnimede Cáps. ‑ Blister ‑ 24 unid; e 5,9 (e 0,2458); 69% ‑ PR e 8,43 FLUCLOXACILINA GENERIS (MSRM); Generis Cáps. ‑ Blister ‑ 24 unid; e 8,43 (e 0,3513); 69% ‑ PR e 8,43 Parentéricas ‑ 500 mg/2 ml FLOXAPEN (MSRM); Actavis (Islândia) Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 2 ml; e 1,45 (e 1,45); 69% 1.1.1.4. Penicilinas anti ‑Pseudomonas Incluem as carboxipenicilinas (carbenicilina e ticarcilina) que são activas contra a P. aeruginosa e algumas espécies de Proteus resistentes à ampicili‑ na; são ineficazes contra Staphylococcus aureus; as ureidopenicilinas (azlocilina, mezlocilina e piperaci‑ lina) apresentam um espectro de acção mais largo que as carboximetilpenicilinas sendo activas contra numerosas estirpes de P. aeruginosa, Klebsiella e ainda de Streptococcus, Enterococcus e anaeróbios. Os Staphylococcus e o H. influenzae produtores de lactamases beta são resistentes a estas penicilinas. A sua utilização terapêutica está, assim, dirigida para o tratamento de infecções graves devidas a microrga‑ nismos susceptíveis ou infecções mistas envolvendo aeróbios e anaeróbios, em monoterapia ou em asso‑ BlogEnfermagem.com 26 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos ciação com um aminoglicosídeo no tratamento da sepsis, infecções abdominais e nos doentes neutro‑ pénicos. A azlocilina, a mezlocilina e a ticarcilina não se encontram registadas em Portugal e a carbenicilina já deixou de ser comercializada. n PIPERACILINA Ind.: Infecções graves devidas a gram ‑ multirresis‑ tentes, incluindo a Pseudomonas aeruginosa. R. Adv.: V. Benzilpenicilina potássica. Contra ‑Ind. e Prec.: V. Benzilpenicilina potássica. Interac.: V. Benzilpenicilina potássica. Posol.: [Adultos] ‑ Via IV: 200 a 300 mg/Kg/dia, a administrar de 4 em 4 ou de 6 em 6 horas. Via IM: 100 a 150 mg/kg/dia, a administrar de 4 em 4 ou de 6 em 6 horas. Não administrar doses únicas superiores a 2 g. Nota: Este medicamento não se encontra disponível em Farmácia Comunitária. 1.1.1.5. Amidinopenicilinas O seu espectro de acção antibacteriana é restri‑ to apenas a bactérias aérobias gram ‑ não incluindo, contudo, a P. aeruginosa. O pivmecilinam é o único antimicrobiano deste grupo que se encontra actual‑ mente comercializado. n PIVMECILINAM Ind.: Infecções urinárias. Gastroenterites bacteria‑ nas. R. Adv.: As das penicilinas. Contra ‑Ind. e Prec.: As das penicilinas. Doentes com deficiência em carnitina em terapêutica pro‑ longada. Doentes com porfiria. Interac.: As das penicilinas. Os anti ‑ácidos são sus‑ ceptíveis de reduzir a absorção do pivmecilinam. Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 400 mg a 800 mg/dia, a administrar em 2 a 4 doses. Orais sólidas ‑ 200 mg SELEXID (MSRM); Leo Pharmaceutical (Dinamarca) Comp. revest. ‑ Blister ‑ 14 unid; e 7,34 (e 0,5243); 69% 1.1.2. Cefalosporinas As cefalosporinas são antibióticos beta lactâmicos, estrutural e farmacologicamente relacionados com as penicilinas. Antibióticos bactericidas, tal como as penicilinas, actuam inibindo a síntese da parede bac‑ teriana. Apresentam uma boa difusão nos diferentes tecidos do organismo e, na sua maioria, são elimina‑ das por via renal, sendo recomendados ajustamentos posológicos em doentes com IR moderada a grave (usualmente para Cl cr ≤ 50 ml/min). O seu perfil de reacções adversas é também bastante aceitável. Em geral, as cefalosporinas são activas in vitro contra muitas bactérias aeróbias gram + e gram ‑ e alguns anaeróbios. Contudo, existem diferenças substanciais entre as várias cefalosporinas no que respeita ao seu espectro e grau de actividade bacte‑ ricida. O conhecimento dessas diferenças é essencial para a utilização destes antimicrobianos. Algumas cefalosporinas apresentam um espectro de activida‑ de ou características farmacológicas únicos; outras podem ser descritas como fármacos “me too” que são de custo mais elevado do que as alternativas tera‑ pêuticas já existentes. As cefalosporinas actualmente disponíveis são usualmente classificadas em 4 classes ‑ 1a, 2a, 3a e 4a gerações ‑ de acordo com o seu es‑ pectro de actividade. As cefalosporinas de 1a geração são activas essencialmente sobre bactérias gram +, sendo limitada a sua actividade sobre algumas gram ‑. À medida que se avança nas diferentes gerações, o espectro para gram ‑ amplia ‑se (as cefalosporinas de 4a geração são as mais activas) mas perde ‑se alguma actividade para os gram +. As cefamicinas e carba‑ cefemes são habitualmente classificados no grupo das cefalosporinas dada a sua grande semelhança farmacológica. Chama ‑se a atenção para o excesso de oferta tera‑ pêutica neste grupo e insiste ‑se na necessidade de o médico limitar a sua prescrição apenas a alguns pou‑ cos membros desta família de medicamentos. Ind.: Tratamento ou profilaxia de infecções bacteria‑ nas devidas a microrganismos susceptíveis. R. Adv.: As reacções adversas descritas com as cefalosporinas são, em geral, semelhantes e in‑ cluem: Efeitos gastrintestinais ‑ náuseas, vómitos e diarreia sobretudo com doses elevadas. Efeitos hematológicos ‑ eosinofilia, agranulocitose e trombocitopenia ocorrem raramente. Alteração das enzimas hepáticas e icterícia colestática estão também descritas mas ocorrendo muito raramen‑ te. Tal como as penicilinas, as cefalosporinas são susceptíveis de induzir reacções de hipersensibili‑ dade caracterizadas habitualmente por erupções cutâneas, urticária, prurido, artralgias e reacções anafilácticas, embora muito raramente. Cerca de 10% dos doentes que apresentam hipersen‑ sibilidade às penicilinas desenvolvem também reacções de hipersensibilidade às cefalosporinas, pelo que uma história de hipersensibilidade às penicilinas pode constituir uma contra ‑indicação à utilização de cefalosporinas; uma história de hipersensibilidade às cefalosporinas constitui sempre uma contra ‑indicação à utilização destes antimicrobianos. As cefalosporinas que contêm o grupo químico tetrazoltiometil ‑ cefamandol, cefmetazol, cefonicide, cefoperazona e cefotetano ‑ estão associadas com um risco aumentado de de‑ senvolvimento de efeitos hemorrágicos (hipopro‑ trombinemia) e reacções tipo dissulfiram. Contra ‑Ind. e Prec.: História de hipersensibilidade às cefalosporinas e ou penicilinas. Reduzir a poso‑ logia em doentes com IR. Interac.: A probenecida inibe competitivamente a secreção tubular da maioria das cefalosporinascausando um aumento significativo das suas con‑ centrações séricas. 1.1.2.1. Cefalosporinas de 1ª. Geração As cefalosporinas de 1a geração são normalmente activas contra cocos gram + incluindo os estafiloco‑ cos produtores de lactamases beta. A sua actividade contra gram ‑ é limitada, embora muitas estirpes de E. coli, Klebsiella pneumoniae e Proteus Spp. sejam BlogEnfermagem.com 1.1. Antibacterianos 27 susceptíveis. Nenhuma das cefalosporinas de 1a ge‑ ração é activa contra os enterococos, estafilococos resistente à meticilina e P. aeruginosa. Ind.: Tratamento de infecções devidas a microrga‑ nismos gram + e gram ‑ susceptíveis, nomeada‑ mente infecções urinárias, faringites, sinusites, infecções respiratórias, amigdalites e infecções da pele e tecidos moles. R. Adv.: As das cefalosporinas. V. Introdução (1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: As das cefalosporinas. V. Intro‑ dução (1.1.2.). Interac.: As das cefalosporinas. V. Introdução (1.1.2.). n CEFADROXIL Ind.: Infecções devidas a microrganismos gram + e gram ‑ susceptíveis, nomeadamente infecções urinárias, faringites, sinusites, infecções respira‑ tórias, infecções da pele e tecidos moles e amig‑ dalites. O cefadroxil não é muito activo contra o H. in‑ fluenzae. R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.). Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 1 a 2 g/dia, a administrar de 12 em 12 horas ou em dose única (infecções urinárias). [Crianças] ‑ Via oral: < 1 ano: 25 mg/Kg/dia; de 1 a 6 anos: 250 mg de 12 em 12 horas; > 6 anos: 500 mg de 12 em 12 horas. Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 100 mg/ml CEFACILE (MSRM); Bristol ‑Myers Squibb Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 14,58 (e 0,1458); 69% CEFADROXIL MYLAN (MSRM); Mylan Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 11,83 (e 0,1183); 69% CEFORAL (MSRM); Grünenthal Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 14,69 (e 0,1469); 69% Orais sólidas ‑ 500 mg CEFADROXIL MYLAN (MSRM); Mylan Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 6,91 (e 0,4319); 69% CEFORAL (MSRM); Grünenthal Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 11,53 (e 0,7206); 69% Orais sólidas ‑ 1000 mg CEFACILE (MSRM); Bristol ‑Myers Squibb Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 14,32 (e 0,895); 69% CEFADROXIL MYLAN (MSRM); Mylan Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 11,61 (e 0,7256); 69% CEFORAL (MSRM); Grünenthal Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 12,35 (e 0,7719); 69% n CEFATRIZINA Ind.: V. Introdução (1.1.2.1.). R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.). Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 750 a 1.500 mg/dia, a administrar de 8 em 8 ou de 12 em 12 horas. [Crianças] ‑ Via oral: 20 a 40 mg/kg de 8 em 8 horas. Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 50 mg/ml MACROPEN (MSRM); A. Menarini Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 15,1 (e 0,151); 69% Orais sólidas ‑ 500 mg MACROPEN (MSRM); A. Menarini Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 25,01 (e 1,5631); 69% n CEFRADINA Ind.: V. Introdução (1.1.2.1.). Profilaxia cirúrgica (boa actividade contra estafilococos produtores de lactamases beta). R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.). Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 6 em 6 horas ou 500 mg a 1 g de 12 em 12 horas. Via IM ou IV: 500 mg a 1 g de 6 em 6 horas. Até 8 g/dia nas infecções graves. [Crianças] ‑ Via oral: 25 a 50 mg/Kg/dia, a admi‑ nistrar em doses divididas. Via IM ou IV: 50 a 100 mg/kg/dia, a administrar de 6 em 6 horas. Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 250 mg/5 ml CEFRADUR (MSRM); Lab. Atral Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 9,52 (e 0,0793); 69% Orais sólidas ‑ 500 mg CEFRADUR (MSRM); Lab. Atral Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 10,66 (e 0,6663); 69% Orais sólidas ‑ 1000 mg CEFRADUR (MSRM); Lab. Atral Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 11,33 (e 0,7081); 69% 1.1.2.2. Cefalosporinas de 2ª. Geração As cefalosporinas de 2a geração são usualmente activas contra os microrganismos susceptíveis às cefalosporinas de 1a geração, apresentando um es‑ pectro de actividade mais alargado para gram ‑. São geralmente mais activas do que as cefalosporinas de 1a geração contra bactérias gram ‑ (o cefaclor é uma excepção) e são activas contra a maioria das estirpes de Haemophilus influenzae, incluindo as estirpes resistentes à ampicilina. A cefoxitina, cefotetano, cefmetazol e cefamandol são activas contra os Bac‑ teroides fragilis. Tal como as cefalosporinas de 1a geração, nenhuma das cefalosporinas de 2a geração é activa contra enterococos, estafilococos resistentes à meticilina e Pseudomonas aeruginosa. Ind.: Tratamento de infecções devidas a microrga‑ nismos gram + e gram ‑ susceptíveis, nomeada‑ mente infecções respiratórias, faringites, sinusites, amigdalites, infecções urinárias e infecções da pele e tecidos moles. R. Adv.: As das cefalosporinas. V. Introdução (1.1.2.). BlogEnfermagem.com 28 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos Contra ‑Ind. e Prec.: As das cefalosporinas. V. Intro‑ dução (1.1.2.). Interac.: As das cefalosporinas. V. Introdução (1.1.2.). n CEFACLOR Ind.: Infecções devidas a microrganismos gram + e gram ‑ susceptíveis, nomeadamente infecções urinárias, faringites, sinusites, infecções respira‑ tórias, infecções da pele e tecidos moles e amig‑ dalites. O cefaclor apresenta uma boa actividade contra o H. influenzae. R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.). Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 8 em 8 horas. Até 4 g/dia nas infecções graves. [Crianças] ‑ Via oral: De 1 mês a 1 ano: 62,5 mg de 8 em 8 horas; dos 1 aos 5 anos: 125 mg de 8 em 8 horas; > 5 anos: 250 mg de 8 em 8 horas. Estas doses podem duplicar no tratamento de in‑ fecções graves. Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 250 mg/5 ml CECLOR (MSRM); Lab. Medinfar Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 11,47 (e 0,0956); 69% Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 375 mg/5 ml CECLOR (MSRM); Lab. Medinfar Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 14,41 (e 0,1201); 69% Orais sólidas ‑ 500 mg CECLOR (MSRM); Lab. Medinfar Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 10,53 (e 0,6581); 69% ‑ PR e 9,75 CEFACLOR GENERIS 500 MG CáPSULAS (MSRM); Generis Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 6,83 (e 0,4269); 69% ‑ PR e 9,75 Orais sólidas ‑ 750 mg CECLOR RETARD (MSRM); Lab. Medinfar Comp. libert. modif. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 19,22 (e 1,2013); 69% n CEFEPROZIL Ind.: V. Introdução (1.1.2.2.). R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.). Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 12 em 12 ou de 24 em 24 horas. [Crianças] ‑ Via oral: 15 a 30 mg/Kg/dia. Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 250 mg/5 ml PROCEF (MSRM); Bristol ‑Myers Squibb Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 60 ml; e 13,79 (e 0,2298); 69% Orais sólidas ‑ 500 mg PROCEF (MSRM); Bristol ‑Myers Squibb Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 28,43 (e 1,7769); 69% n CEFONICIDA Ind.: V. Introdução (1.1.2.2.). A actividade da cefo‑ nicida contra estafilococos é inferior à das outras cefalosporinas de 2a geração. R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.). Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via IM ou IV: 1 g de 24 em 24 horas; 1 g de 12 em 12 horas nas infecções graves. Parentéricas ‑ 1000 mg/2.5 ml MONOCID (MSRM); Decomed Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Ampola ‑ 1 unid ‑ 2,5 ml;e 11,99 (e 11,99); 69% n CEFUROXIMA Ind.: V. Introdução (1.1.2.2.). A cefuroxima é mais activa contra o Haemophilus influenzae e Neisse‑ ria gonorrhoeae. R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.). Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 12 em 12 horas (cefuroxima axetil). Via IM ou IV: 750 mg de 6 em 6 a 8 em 8 horas; 1,5 g de 8 em 8 horas nas infecções graves. Doses únicas superiores a 1,5 g apenas por via IV. [Crianças] ‑ Via oral: > 3 meses: 125 mg de 12 em 12 horas. Em crianças de idade superior a 2 anos, esta dose pode ser duplicada no tratamento de infecções graves (otite média). Via IM ou IV: 30 a 100 mg/Kg/dia, a administrar de 6 em 6 ou de 8 em 8 horas. Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 125 mg/5 ml ZIPOS (MSRM); Alter Granulado p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 13,33 (e 0,1333); 69% ZOREF (MSRM); Glaxo Wellcome Granulado p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 13,33 (e 0,1333); 69% Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 250 mg/5 ml ZIPOS (MSRM); Alter Granulado p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 18,71 (e 0,1871); 69% ZOREF (MSRM); Glaxo Wellcome Granulado p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 19,18 (e 0,1918); 69% Orais sólidas ‑ 250 mg CEFUROXIMA MEPHA (MSRM); Mepha Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,67 (e 0,5419); 69% ‑ PR e 12,39 CEFUROXIMA PHARMAKERN (MSRM); Pharmakern Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,4 (e 0,525); 69% ‑ PR e 12,39 ZIPOS (MSRM); Alter Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 11,99 (e 0,7494); 69% ‑ PR e 12,39 ZOREF (MSRM); Glaxo Wellcome Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 11,99 (e 0,7494); 69% ‑ PR e 12,39 BlogEnfermagem.com 1.1. Antibacterianos 29 Orais sólidas ‑ 500 mg CEFUROXIMA GENERIS 500 MG COMPRIMIDOS (MSRM); Generis Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 14,55 (e 0,9094); 69% ‑ PR e 19,22 CEFUROXIMA MEPHA (MSRM); Mepha Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 14,55 (e 0,9094); 69% ‑ PR e 19,22 CEFUROXIMA PHARMAKERN (MSRM); Pharmakern Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 14,54 (e 0,9088); 69% ‑ PR e 19,22 CEFUROXIMA SANDOZ 500 MG COMPRIMIDOS RE‑ VESTIDOS (MSRM); Sandoz Comp. revest. ‑ Blister ‑ 10 unid; e 9,74 (e 0,974); 69% ‑ PR e 13,34 Comp. revest. ‑ Blister ‑ 20 unid; e 18,22 (e 0,911); 69% ‑ PR e 24,03 ZIPOS (MSRM); Alter Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 22,01 (e 1,3756); 69% ‑ PR e 19,22 ZOREF (MSRM); Glaxo Wellcome Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 22,02 (e 1,3763); 69% ‑ PR e 19,22 Parentéricas ‑ 750 mg CUROXIME (MSRM); Glaxo Wellcome Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 6 ml; e 5,49 (e 5,49); 69% 1.1.2.3. Cefalosporinas de 3ª. Geração As cefalosporinas de 3a geração são, em regra, menos activas, in vitro, do que as cefalosporinas de 1a geração contra estafilococos susceptíveis mas apresentam um espectro de actividade muito mais alargado para bactérias gram ‑ quando comparado com as cefalosporinas de 1a e 2a geração. São, em geral, activas contra gram ‑ susceptíveis às cefalospo‑ rinas de 1a e 2a geração e ainda contra muitas outras estirpes de gram ‑ considerados como multirresisten‑ tes ‑ Citrobacter, Enterobacter, E. coli, Klebsiella, Proteus, Morganella, Serratia e outros. Tal como as cefalosporinas de 1a e 2a geração, nenhuma das cefa‑ losporinas de 3a geração é activa contra enterococos e estafilococos resistentes à meticilina. Algumas são activas contra a Pseudomonas aeruginosa, sendo a ceftazidima a que apresenta maior actividade. O ce‑ fetamet pivoxil, a cefixima, a cefpodoxima e o cefti‑ buteno são cefalosporinas de 3a geração que podem ser administradas por via oral, bem como o cefdi‑ toreno mais recentemente introduzido no mercado; são, contudo, inactivas contra a maioria das estirpes de Enterobacter e de Pseudomonas aeruginosa e têm uma actividade limitada contra anaeróbios. A cefixima é inactiva contra a maioria dos estafiloco‑ cos. A cefotaxima, a ceftriaxona e a ceftizoxima têm espectros de actividade idênticos e boa difusão no SNC. A cefixima, a cefotaxima e a ceftriaxona são eliminadas por via renal e por metabolização hepáti‑ ca, não sendo usualmente necessários ajustamentos posológicos quando da sua administração a doen‑ tes com IR ou IH moderada a grave. A ceftriaxona apresenta um t 1/2 plasmático mais longo podendo ser administrada 1 vez/dia. As cefalosporinas de 3a geração são usualmente utilizadas no tratamento de infecções graves nosocomiais. n CEFDITORENO Ind.: Pneumonia. Exacerbações agudas da bronquite crónica. Sinusite. Amigdalites e faringites agudas. Infecções não complicadas da pele e tecidos mo‑ les. R. Adv.: V. Introdução (1.1.2). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.). Reacções de hipersensibilidade à caseína (o medicamento contém caseinato de sódio). Doentes com defici‑ ência primária em carnitina. Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Os anti ‑ácidos de alu‑ mínio e magnésio reduzem significativamente a absorção do cefditoreno (administrar com 2 horas de intervalo). A administração concomitante de antagonistas dos receptores H2 determina uma re‑ dução importante da AUC e Cmáx do cefditoreno. Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 200 a 400 mg, de 12 em 12 horas, durante 10 ‑14 dias de acordo com a gra‑ vidade da infecção. [Crianças] ‑ Via oral: posologia igual à do adulto para adolescentes de idade superior a 12 anos. Orais sólidas ‑ 200 mg SPECTRACEF 200 MG (MSRM); GSK Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 24,51 (e 1,5319); 69% n CEFETAMET Ind.: Pneumonia. Exacerbações agudas da bronquite crónica. Sinusite. Amigdalites. Infecções urinárias. Uretrites gonocócicas. R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.). Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 500 mg a 1 g de 12 em 12 horas no tratamento de infecções respiratórias; 2 g como dose única no tratamento de infecções urinárias; 2 g de 24 em 24 horas, durante 10 dias no tratamento de infecções graves do tracto uri‑ nário. Nota: Este medicamento não se encontra disponível em Farmácia Comunitária. n CEFIXIMA Ind.: Otite média. Infecções respiratórias. Infecções urinárias. Outras infecções graves refractárias à te‑ rapêutica convencional. V. Introdução (1.1.2.3.). R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.). Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 200 a 400 mg/dia, em dose única ou de 12 em 12 horas. [Crianças] ‑ Via oral: 8 mg/Kg/dia, em dose única ou de 12 por 12 horas. Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 20 mg/ml CEFIXIMA FARMOZ (MSRM); Farmoz Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 50 ml; e 6,66 (e 0,1332); 69% ‑ PR e 6,71 CEFIXIMA GENERIS 100 MG/ 5 ML Pó PARA SUSPEN‑ SãO ORAL (MSRM); Generis Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 50 ml; e 5,49 (e 0,1098); 69% ‑ PR e 6,71 BlogEnfermagem.com 30 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos CEFIXIMA GERMED 100 MG/5 ML Pó PARA SUSPEN‑ SãO ORAL (MSRM); Germed Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 60 ml; e 6,59 (e 0,1098); 69% ‑ PR e 8,05 CEFIXIMA LABESFAL 100 MG/5 ML Pó PARA SUS‑ PENSãO ORAL (MSRM); Labesfal Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 60 ml; e 6,59 (e 0,1098); 69% ‑ PR e 8,05 CEFIXIMA MEPHA 100 MG/5 ML Pó PARA SUSPEN‑ SãO ORAL (MSRM); Mepha Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 10,98 (e 0,1098); 69% ‑ PR e 12,38 CEFIXIMA NEOCEF 100 MG/5 ML Pó PARA SUSPEN‑ SãO ORAL (MSRM); Lab. Atral Pó p. susp. oral ‑ Frasco‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 13,17 (e 0,1098); 69% ‑ PR e 14,86 TRICEF (MSRM); Bialport Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 60 ml; e 13,17 (e 0,2195); 69% ‑ PR e 8,05 Orais sólidas ‑ 400 mg CEFIXIMA BALDACCI 400 MG COMPRIMIDOS (MSRM); Baldacci Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 12,02 (e 1,5025); 69% ‑ PR e 17,27 CEFIXIMA GENERIS 400 MG COMPRIMIDOS (MSRM); Generis Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 12,02 (e 1,5025); 69% ‑ PR e 17,27 CEFIXIMA GERMED 400 MG COMPRIMIDOS REVES‑ TIDOS (MSRM); Germed Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 12,02 (e 1,5025); 69% ‑ PR e 17,27 CEFIXIMA JABA 400 MG COMPRIMIDOS REVESTI‑ DOS (MSRM); Jaba Recordati Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 12,02 (e 1,5025); 69% ‑ PR e 17,27 CEFIXIMA LABESFAL 400 MG COMPRIMIDOS RE‑ VESTIDOS (MSRM); Labesfal Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 12,02 (e 1,5025); 69% ‑ PR e 17,27 CEFIXIMA MEPHA 400 MG COMPRIMIDOS REVESTI‑ DOS (MSRM); Mepha Comp. revest. ‑ Blister ‑ 8 unid; e 12,09 (e 1,5113); 69% ‑ PR e 17,27 NEOCEF (MSRM); Lab. Atral Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 8 unid; e 19,09 (e 2,3863); 69% ‑ PR e 17,27 TRICEF (MSRM); Bialport Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 8 unid; e 20,18 (e 2,5225); 69% ‑ PR e 17,27 n CEFODIZIMA SóDICA Ind.: Infecções respiratórias e infecções urinárias graves refractárias à terapêutica convencional. V. Introdução (1.1.2.3.). R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.). Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via IM ou IV: 1 a 4 g/dia, em dose única ou de 12 em 12 horas. Doses únicas supe‑ riores a 1 g apenas por via IV. Parentéricas ‑ 1000 mg/4 ml MODIVID (MSRM); Sanofi Aventis Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 4 ml; e 11,02 (e 11,02); 69% MODIVID (MSRM); Sanofi Aventis Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 4 ml; e 11,02 (e 11,02); 69% Parentéricas ‑ 2000 mg/10 ml MODIVID (MSRM); Sanofi Aventis Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 10 ml; e 19,03 (e 19,03); 69% n CEFOTAXIMA Ind.: Infecções graves particularmente devidas a bactérias gram ‑ multirresistentes. V. Introdução (1.1.2.3.). Meningites bacterianas devidas a gram ‑. R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2. e 1.1.2.3). Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via IM ou IV: 1 a 2 g de 8 em 8 ho‑ ras. Até 2 g de 4 em 4 horas nas infecções graves. [Crianças] ‑ Via IM ou IV: 100 a 150 mg/Kg/dia, a administrar de 6 em 6 a 12 em 12 horas. Até 200 mg/kg/dia nas infecções graves. Parentéricas ‑ 1000 mg/4 ml CEFOTAXIMA LABESFAL 1000 MG Pó E SOLVENTE PARA SOLUçãO INJECTáVEL IM/IV (MSRM); Labesfal Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 4 ml; e 6,62 (e 6,62); 0% RALOPAR (MSRM); Sanofi Aventis Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 4 ml; e 10,96 (e 10,96); 69% RALOPAR (MSRM); Sanofi Aventis Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 4 ml; e 10,96 (e 10,96); 69% n CEFTAZIDIMA Ind.: Infecções graves particularmente devidas a bac‑ térias gram ‑ multirresistentes e infecções devidas a Pseudomonas aeruginosa. R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.). Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via IM ou IV: 1 g de 8 em 8 horas; 2 g de 8 em 8 horas nas infecções graves. [Crianças] ‑ Via IV: < 2 meses: 25 a 60 mg/Kg/dia de 12 em 12 horas; > 2 meses: 30 a 100 mg/kg/dia de 12 em 12 ou de 8 em 8 horas. Nota: Este medicamento não se encontra disponível em Farmácia Comunitária. n CEFTIBUTENO Ind.: Otite média. Infecções respiratórias. Infecções urinárias. Outras infecções graves refractárias à te‑ rapêutica convencional. V. Introdução (1.1.2.3.). R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2.). Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 400 mg/dia, em dose única diária. [Crianças] ‑ Via oral: > 6 meses: 9 mg/kg/dia, em dose única diária. Orais sólidas ‑ 400 mg CAEDAX (MSRM); Schering ‑Plough Cáps. ‑ Blister ‑ 6 unid; e 18,67 (e 3,1117); 69% BlogEnfermagem.com 1.1. Antibacterianos 31 n CEFTRIAXONA Ind.: Infecções graves particularmente devidas a bactérias gram ‑ multirresistentes. Tratamento de meningites bacterianas devidas a gram ‑. V. Intro‑ dução (1.1.2.3.). R. Adv.: V. Introdução (1.1.2.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.2. e 1.1.2.3). Interac.: V. Introdução (1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via IM ou IV: 1 g/dia, a adminis‑ trar em dose única diária; 2 a 4 g/dia, a administrar de 12 em 12 horas. Doses superiores a 1 g por via IM devem ser administradas separadamente. [Crianças] ‑ Via IM ou IV: > 6 semanas: 20 a 50 mg/Kg/dia em dose única; 80 mg/kg/dia em dose única nas infecções graves. Doses superiores a 50 mg/kg apenas por via IV. Parentéricas ‑ 250 mg/2 ml CEFTRIAXONA GENERIS 250 MG Pó E SOLVENTE PARA SOLUçãO INJECTáVEL IM (MSRM); Generis Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 2 ml; e 2,55 (e 2,55); 69% ‑ PR e 3,36 CEFTRIAXONA MESPORIN 250 MG Pó E SOLVENTE PARA SOLUçãO INJECTáVEL IM (MSRM); Mepha Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 2 ml; e 3,36 (e 3,36); 69% ‑ PR e 3,36 Parentéricas ‑ 250 mg/5 ml CEFTRIAXONA MESPORIN 250 MG Pó E SOLVENTE PARA SOLUçãO INJECTáVEL IV (MSRM); Mepha Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 5 ml; e 3,19 (e 3,19); 69% ‑ PR e 3,19 Parentéricas ‑ 500 mg/2 ml CEFTRIAXONA GENERIS 500 MG Pó E SOLVENTE PARA SOLUçãO INJECTáVEL IM (MSRM); Generis Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 2 ml; e 4,25 (e 4,25); 69% ‑ PR e 5,82 CEFTRIAXONA LABESFAL 500 MG Pó E SOLVENTE PARA SOLUçãO INJECTáVEL (IM) (MSRM); Labesfal Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 2 ml; e 4,24 (e 4,24); 69% ‑ PR e 5,82 CEFTRIAXONA MESPORIN 500 MG Pó E SOLVENTE PARA SOLUçãO INJECTáVEL IM (MSRM); Mepha Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 2 ml; e 4,25 (e 4,25); 69% ‑ PR e 5,82 CEFTRIAXONA MESPORIN 500 MG Pó E SOLVENTE PARA SOLUçãO INJECTáVEL IV (MSRM); Mepha Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 5 ml; e 3,88 (e 3,88); 69% ‑ PR e 5,81 ROCEPHIN (MSRM); Roche Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 2 ml; e 8,5 (e 8,5); 69% ‑ PR e 5,82 Parentéricas ‑ 1000 mg/3.5 ml CEFTRIAXONA GENERIS 1 G Pó E SOLVENTE PARA SOLUçãO INJECTáVEL IM (MSRM); Generis Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 3,5 ml; e 7,67 (e 7,67); 69% ‑ PR e 10,95 CEFTRIAXONA LABESFAL 1000 MG Pó E SOLVENTE PARA SOLUçãO INJECTáVEL (IM) (MSRM); Labesfal Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 3,5 ml; e 7,66 (e 7,66); 69% ‑ PR e 10,95 ROCEPHIN (MSRM); Roche Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 3,5 ml; e 7,97 (e 7,97); 69% ‑ PR e 10,95 Parentéricas ‑ 1000 mg/10 ml CEFTRIAXONA LABESFAL 1000 MG Pó E SOLVENTE PARA SOLUçãO INJECTáVEL (IV) (MSRM); Labesfal Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 10 ml; e 7,65 (e 7,65); 69% ‑ PR e 10,94 CEFTRIAXONA MESPORIN 1000 MG Pó E SOLVEN‑ TE PARA SOLUçãO INJECTáVEL IV (MSRM); Mepha Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 10 ml; e 7,66 (e 7,66); 69% ‑ PR e 10,94 ROCEPHIN (MSRM); Roche Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 10 ml; e 8,17 (e 8,17); 69% ‑ PR e 10,94 Parentéricas‑ 2000 mg CEFTRIAXONA LABESFAL 2000 MG Pó PARA SOLU‑ çãO PARA PERFUSãO (MSRM); Labesfal Pó p. sol. p. perfusão ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid; e 18,12 (e 18,12); 69% ‑ PR e 25,9 CEFTRIAXONA MESPORIN 2 G Pó PARA SOLUçãO PARA PERFUSãO IV (MSRM); Mepha Pó p. sol. p. perfusão ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid; e 18,13 (e 18,13); 69% ‑ PR e 25,9 1.1.2.4. Cefalosporinas de 4ª. Geração As cefalosporinas de 4a geração, tal como as de 3a geração, têm um espectro de actividade alargado contra bactérias gram ‑ comparativamente às cefalos‑ porinas de 1a e 2a geração. São activas in vitro contra algumas bactérias gram ‑, incluindo Pseudomonas aeruginosa e algumas Enterobactereaceae que são geralmente resistentes às cefalosporinas de 3a gera‑ ção. A cefepima apresenta uma actividade semelhan‑ te à da ceftazidima contra Pseudomonas aerugino‑ sa mas é mais activa do que as cefalosporinas de 3a geração contra as Enterobactereaceae produtoras de lactamases beta indutíveis. Tal como todas as outras cefalosporinas, a cefepima não é activa contra enterococos e estafilococos resistentes à meticilina. É utilizada no tratamento de infecções nosocomiais graves, não se encontrando, por isso, disponível em Farmácia Comunitária. 1.1.3. Monobactamos São antibióticos beta lactâmicos monocíclicos que também actuam por inibição da síntese da parede bacteriana. O aztreonam é, até à data, o único re‑ presentante disponível deste grupo. O seu espectro de actividade é restrito a bactérias aeróbias gram ‑, sendo a sensibilidade da Pseudomonas aerugino‑ sa variável. O aztreonam é inactivado pelas lacta‑ mases beta sintetizadas pela K. pneumoniae e P. aeruginosa.É mais activo contra a P. aeruginosa do que as penicilinas de largo espectro mas menos activo do que a ceftazidima e do que o imipenem. O seu perfil de reacções adversos é semelhante ao dos outros antibióticos beta lactâmicos, estando BlogEnfermagem.com 32 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos descrita hipersensibilidade cruzada parcial. Não apresenta nefro nem ototoxicidade pelo que é, essencialmente, usado como alternativa aos amino‑ glicosídeos no tratamento de infecções graves por gram ‑. Nos doentes com IR é necessário um ajusta‑ mento da posologia. n AZTREONAM Ind.: Infecções graves devidas a bactérias gram ‑. R. Adv.: Náuseas, vómitos, diarreia e dores abdomi‑ nais. Icterícia e hepatite. Neutropenia e tromboci‑ topenia. Erupções cutâneas e urticária. Contra ‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade aos antibió‑ ticos beta lactâmicos. IH. Posol.: [Adultos] ‑ Via IM ou IV: 1 g de 8 em 8 horas ou 2 g de 12 em 12 horas; 2 g de 6 em 6 ou de 8 em 8 horas nas infecções graves. Doses superiores a 1 g apenas por via IV. [Crianças] ‑ Via IM ou IV: > 2 anos: 50 mg/kg de 6 em 6 ou de 8 em 8 horas. Parentéricas ‑ 1000 mg/3 ml AZACTAM (MSRM); Bristol ‑Myers Squibb Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Ampola ‑ 1 unid ‑ 3 ml; e 16,1 (e 16,1); 69% 1.1.4. Carbapenemes Os carbapenemes ‑ imipenem, meropenem e ertapenem ‑ são também antibióticos beta lactâ‑ micos que apresentam um espectro de activida‑ de muito amplo, sendo resistentes à maioria das lactamases beta e activos contra gram +, gram ‑ e anaeróbios. Contudo, os estafilococos resistentes à meticilina não são, de um modo geral, susceptíveis e a susceptibilidade da Pseudomonas aeruginosa é variável. O imipenem é um pouco mais activo do que o meropenem contra os gram +. O imipenem encontra ‑se comercializado em associação com a cilastatina, composto que inibe a metabolização do imipenem pelas dipeptidases renais e prolonga as suas concentrações séricas, permitindo uma admi‑ nistração a intervalos de 6 horas. O perfil de reac‑ ções adversas dos carbapenemes é idêntico ao dos outros antibióticos beta lactâmicos. O imipenem é, porém, susceptível de induzir com mais frequência toxicidade central, particularmente convulsões, quando utilizado em doses elevadas, terapêuticas prolongadas ou em doentes com IR. n IMIPENEM + CILASTATINA Ind.: Infecções nosocomiais graves devidas a micror‑ ganismos multirresistentes gram +, gram ‑ ou anaeróbios. R. Adv.: Náuseas, vómitos e diarreia. Alterações he‑ matológicas. Reacções alérgicas: erupções cutâ‑ neas, prurido, urticária e reacções anafiláticas. Elevação das enzimas hepáticas. Convulsões e confusão mental, particularmente quando utili‑ zado em doses elevadas. Contra ‑Ind. e Prec.: Hipersensibilidade aos beta lactâmicos. Doenças do SNC, nomeadamente epilepsia. Gravidez e aleitamento. Reduzir a po‑ sologia em doente com IR. Interac.: A probenecida reduz a depuração plas‑ mática do imipenem causando um aumento significativo das suas concentrações séricas. O imipenem pode reduzir a resposta imunológi‑ ca à vacinação (vacina viva; administração oral) contra a Salmonella typhi (recomenda ‑se aguar‑ dar 24 horas, ou mais, entre a administração da última dose de imipenem e a vacinação). A admi‑ nistração concomitante de teofilina e imipenem pode aumentar o risco de toxicidade central. A co ‑administração de imipenem e ganciclovir pode precipitar o aparecimento de convulsões generalizadas. Posol.: [Adultos] ‑ Via IV ou IM: 500 mg de 8 em 8 horas; 1 g de 8 em 8 ou de 6 em 6 horas no tratamento de infecções graves. [Crianças] ‑ Via IV: > 2 anos: 50 mg/kg de 8 em 8 ou de 6 em 6 horas. Nota: Este medicamento não se encontra disponível em Farmácia Comunitária. 1.1.5. Associações de penicilinas com ini‑ bidores das lactamases beta A associação de penicilinas a inibidores das lacta‑ mases beta permite alargar o espectro de actividade dos antimicrobianos já que as lactamases beta produ‑ zidas por muitas estirpes de bactérias deixarão, deste modo, de inactivar os antimicrobianos em causa. A sensibilidade da Pseudomonas aeruginosa continua, contudo, a ser limitada, uma vez que a resistência desta aos antimicrobianos é, na maioria dos casos, mediada por alterações da permeabilidade da mem‑ brana e não pela produção de lactamases beta. Os três principais inibidores das lactamases beta utilizados na clínica são o ácido clavulânico, o sul‑ bactam e o tazobactam. Estas associações podem ser particularmente úteis no tratamento de infecções po‑ limicrobianas causadas por aeróbios gram +, gram ‑ e anaeróbios. As associações da ampicilina com sulbactam e da ticarcilina com o ácido clavulânico não se encontram disponíveis entre nós. n AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO Ind.: Infecções respiratórias. Bronquite crónica. Otite média. Sinusite. Infecções urinárias. Infec‑ ções por Salmonella. Gonorreia. Pode ser útil no tratamento de infecções respiratórias por H. influenzae resistentes à ampicilina/amoxicilina, particularmente em doentes com DPOC. R. Adv.: Náuseas e diarreia. Erupções cutâneas. V. Introdução (1.1.1.2.). A incidência de diarreia é maior quando se utilizam doses mais elevadas de ácido clavulânico. Língua negra e disfunção hepá‑ tica são efeitos que têm sido atribuídos ao ácido clavulânico. Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.1.2.). IH. BlogEnfermagem.com 1.1. Antibacterianos 33 Interac.: V. Introdução (1.1.1.2.). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 250 a 500 mg de 8 em 8 ou de 6 em 6 horas. Via IV: 1 g de 8 em 8 horas; até 2 g de 6 em 6 horas nas infecções mais graves. [Crianças] ‑ Via oral: < 6 anos: 125 mg de 8 em 8 horas; dos 6 aos 12 anos: 250 mg de 8 em 8 horas. Via IV: 25 mg/kg de 8 em 8 horas; 25 mg/kg de 6 em 6 horas nas infecções mais graves. Nota: As doses são expressas em mg ou g de amo‑ xicilina. Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 125 mg/5 ml + 31.25 mg/5 ml AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO‑ ‑RATIOPHARM 125 MG E 31,25MG/5 ML, SUSPEN‑ SãO ORAL (MSRM); Ratiopharm Pó p.susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 75 ml; e 2,69 (e 0,0359); 69% ‑ PR e 3,84 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO SANDOZ 125 MG + 31,25 MG/5 ML Pó PARA SUSP. ORAL (MSRM); Sandoz Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 2,89 (e 0,0289); 69% ‑ PR e 5,12 AUGMENTIN (MSRM); GSK Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 4,94 (e 0,0494); 69% ‑ PR e 5,12 CLAVAMOX 125 (MSRM); Bial Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 5,26 (e 0,0526); 69% ‑ PR e 5,12 Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 250 mg/5 ml + 62.5 mg/5 ml AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO GENERIS 50 MG/ML + 12.5 MG/ML Pó SUSPENSãO ORAL (MSRM); Generis Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 5,92 (e 0,0592); 69% ‑ PR e 8,73 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO‑ ‑RATIOPHARM 250 MG E 62,5 MG/5 ML, SUSPENSãO ORAL (MSRM); Ratiopharm Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 75 ml; e 4,59 (e 0,0612); 69% ‑ PR e 6,55 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO SANDOZ 250 MG + 62,5 MG/5 ML Pó PARA SUSP. ORAL (MSRM); Sandoz Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 4,23 (e 0,0423); 69% ‑ PR e 8,73 AUGMENTIN FORTE (MSRM); GSK Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 8,45 (e 0,0845); 69% ‑ PR e 8,73 BETAMOX (MSRM); Lab. Atral Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 120 ml; e 7,19 (e 0,0599); 69% ‑ PR e 10,48 CLAVAMOX 250 (MSRM); Bial Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 9 (e 0,09); 69% ‑ PR e 8,73 Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 400 mg/5 ml + 57 mg/5 ml AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO GENERIS 80 MG/ML + 11.4MG/ML Pó SUSPENSãO ORAL (MSRM); Generis Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 7,09 (e 0,0709); 69% ‑ PR e 10,13 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO MEPHA (MSRM); Mepha Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 7,1 (e 0,071); 69% ‑ PR e 10,13 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO RATIO‑ PHARM 400MG/5ML + 57MG/5 ML Pó P/ SUSP ORAL (MSRM); Ratiopharm Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 70 ml; e 5,01 (e 0,0716); 69% ‑ PR e 7,16 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO SANDOZ (MSRM); Sandoz Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 7,94 (e 0,0794); 69% ‑ PR e 10,13 AUGMENTIN DUO (MSRM); GSK Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 70 ml; e 9,93 (e 0,1419); 69% ‑ PR e 7,16 BETAMOX PLUS 400 (MSRM); Lab. Atral Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 13,18 (e 0,1318); 69% ‑ PR e 10,13 CLAVAMOX DT 400 (MSRM); Bial Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 70 ml; e 6,92 (e 0,0989); 69% ‑ PR e 7,16 Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 600 mg/5 ml + 42.9 mg/5 ml AUGMENTIN ES (MSRM); GSK Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 15,44 (e 0,1544); 69% CLAVAMOX ES (MSRM); Bial Pó p. susp. oral ‑ Frasco ‑ 1 unid ‑ 100 ml; e 15,44 (e 0,1544); 69% Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 875 mg + 125 mg FORCID SOLUTAB 875/125 (MSRM); Astellas Comp. dispersível ‑ Blister ‑ 16 unid; e 13,1 (e 0,8188); 69% ‑ PR e 14,78 Orais sólidas ‑ 500 mg + 125 mg AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO ALTER (MSRM); Alter Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,05 (e 0,5031); 69% ‑ PR e 11,5 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO GENERIS 500 MG + 125 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS (MSRM); Generis Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,05 (e 0,5031); 69% ‑ PR e 11,5 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO‑ ‑RATIOPHARM 500 MG E 125 MG COMPRIMIDO REVESTIDO (MSRM); Ratiopharm Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 7,48 (e 0,4675); 69% ‑ PR e 11,5 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO SANDOZ 500 MG + 125 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS (MSRM); Sandoz Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 5,65 (e 0,3531); 69% ‑ PR e 11,5 AUGMENTIN (MSRM); GSK Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 10,68 (e 0,6675); 69% ‑ PR e 11,5 BETAMOX (MSRM); Lab. Atral Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 12,8 (e 0,8); 69% ‑ PR e 11,5 BlogEnfermagem.com 34 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos CLAVAMOX 500 (MSRM); Bial Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 11,36 (e 0,71); 69% ‑ PR e 11,5 Orais sólidas ‑ 875 mg + 125 mg AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO ALTER (MSRM); Alter Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 10,35 (e 0,6469); 69% ‑ PR e 14,78 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO CICLUM 875 MG + 125 MG COMPRIMIDOS (MSRM); Ciclum Comp. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 7,94 (e 0,4963); 69% ‑ PR e 14,78 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO CINFA 875 MG + 125 MG COMPRIMIDOS (MSRM); Cinfa Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 10 (e 0,625); 69% ‑ PR e 14,78 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO GENERIS 875 MG + 125 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS (MSRM); Generis Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 10 (e 0,625); 69% ‑ PR e 14,78 Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 24 unid; e 12,8 (e 0,5333); 0% AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO GERMED 875 MG + 125 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS (MSRM); Germed Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,3 (e 0,5188); 69% ‑ PR e 14,78 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO GP 875 MG + 125 MG COMPRIMIDOS (MSRM); gp Comp. ‑ Fita termossoldada ‑ 16 unid; e 10 (e 0,625); 69% ‑ PR e 14,78 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO JABA 875 MG + 125 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS (MSRM); Jaba Recordati Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,3 (e 0,5188); 69% ‑ PR e 14,78 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO LABESFAL 875 MG + 125 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS (MSRM); Labesfal Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,3 (e 0,5188); 69% ‑ PR e 14,78 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO MEPHA (MSRM); Mepha Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,04 (e 0,5025); 69% ‑ PR e 14,78 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO MYLAN (MSRM); Mylan Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,75 (e 0,5469); 69% ‑ PR e 14,78 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO RANBAXY (MSRM); Ranbaxy Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,04 (e 0,5025); 69% ‑ PR e 14,78 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO RATIO‑ PHARM 875 MG E 125MG COMPRIMIDOS REVESTI‑ DOS (MSRM); Ratiopharm Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,74 (e 0,5463); 69% ‑ PR e 14,78 AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO SANDOZ 875 MG + 125 MG COMPRIMIDOS REVESTIDOS (MSRM); Sandoz Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,97 (e 0,5606); 69% ‑ PR e 14,78 AUGMENTIN DUO, COMPRIMIDOS 875/125 MG (MSRM); GSK Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 9,86 (e 0,6163); 69% ‑ PR e 14,78 BETAMOX PLUS (MSRM); Lab. Atral Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 9,08 (e 0,5675); 69% ‑ PR e 14,78 CLAVAMOX DT (MSRM); Bial Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 9,86 (e 0,6163); 69% ‑ PR e 14,78 PENILAN DT (MSRM); Lab. Vitória Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 16 unid; e 13,93 (e 0,8706); 69% ‑ PR e 14,78 Parentéricas ‑ 1000 mg/20 ml + 200 mg/20 ml BETAMOX (MSRM); Lab. Atral Pó e solv. p. sol. inj. ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid ‑ 20 ml; e 5,2 (e 5,2); 0% Parentéricas ‑ 2000 mg + 200 mg AMOXICILINA + áCIDO CLAVULâNICO HIKMA 2000+200 MG Pó PARA SOLUçãO PARA PERFUSãO (MSRM); Hikma Pó p. sol. p. perfusão ‑ Frasco para injectáveis ‑ 1 unid; e 3,86 (e 3,86); 0% n PIPERACILINA + TAZOBACTAM Ind.: Infecções graves devidas a microrganismos gram +, gram ‑ ou anaeróbios resistentes aos antimicrobianos de 1a escolha. Infecções polimi‑ crobianas. Infecções no doente neutropénico em associação com um aminoglicosídeo. R. Adv.: V. piperacilina (1.1.1.4.). Doentes com fibro‑ se quística apresentam maior incidência de febre e erupções cutâneas. Contra ‑Ind. e Prec.: V. piperacilina (1.1.1.4.). Interac.: V. piperacilina (1.1.1.4.). Posol.: [Adultos] ‑Via IV: 4,5 g (4 g de piperacili‑ na + 500 mg de tazobactam) de 8/8 horas, a ad‑ ministrar em perfusão lenta (20 ‑30 minutos) ou injeção IV lenta (3 ‑5 minutos); 4,5 g (4 g de pipe‑ racilina/500 mg de tazobactam) de 6/6 horas no doente imunocomprometido. Via IM: posologia idêntica à da via IV, não excedendo a administra‑ ção de 2 g de piperacilina/250 mg de tazobactam por local de injeção. [Crianças] ‑ Via IV: peso < 40 Kg: 100 mg de piperacilina/12,5 mg de tazobactam por Kg, de 8/8 horas, a administrar em perfusão lenta de 30 minutos. Nota: Este medicamento não se encontra disponível em Farmácia Comunitária. 1.1.6. Cloranfenicol e tetraciclinas O cloranfenicol é um antibiótico de largo es‑ pectro que apresenta uma toxicidade hematológica significativa. Deve, por isso, ser utilizado apenas no tratamento de infecções graves causadas por H. influenzae e na febre tifóide quando as alternativas terapêuticas estão contra ‑indicadas. BlogEnfermagem.com 1.1. Antibacterianos 35 As tetraciclinas são também antibióticos de largo espectro cuja utilidade terapêutica tem vindo a di‑ minuir como consequência do desenvolvimento de resistências. Permanecem, contudo, como fármacos de 1a escolha nas infecções causadas por Chlamydia, Rickettsia (incluindo a febre Q), Brucella e Borrelia burgdorferi (doença de Lyme). Dado o seu perfil de reacções adversas e características farmacocinéticas, a doxiciclina é geralmente considerada como a te‑ traciclina de eleição. Ind.: Tratamento de infecções causadas por Chla‑ mydia, Rickettsia, Brucella e Borrelia burgdor‑ feri. São também usadas no tratamento da acne, doenças periodontais, exacerbações da bronquite crónica e leptospirose, sendo particularmente úteis em doentes alérgicos à penicilina. R. Adv.: Náuseas, vómitos e diarreia. Reacções de hipersensibilidade incluindo erupções cutâneas, urticária, dermatite exfoliativa, angioedema e anafilaxia. Cefaleias e alterações da visão. Hepa‑ totoxicidade e pancreatite. Fotosensibilidade des‑ crita raramente. As tetraciclinas depositam ‑se no tecido ósseo em crescimento e nos dentes onde se ligam aos iões cálcio causando manchas e, oca‑ sionalmente, hipoplasia dental. Com excepção da doxiciclina e da minociclina, podem agravar uma IR pré ‑existente. Contra ‑Ind. e Prec.: Não devem ser administradas a crianças de idade inferior a 10 ‑12 anos e a grávi‑ das ou lactantes. Usar com precaução em doentes com lúpus eritematoso sistémico, miastenia gravis ou IH. Interac.: As tetraciclinas quelatam os catiões bi e tri‑ valentes presentes nos antiácidos com alumínio, magnésio ou cálcio, laxantes com magnésio, sais de ferro e sucralfato, reduzindo a sua biodisponi‑ bilidade e a dos fármacos referidos. A sua absor‑ ção é reduzida pelo leite (excepto para doxiciclina e minociclina). O caulino e o salicilato de bismuto reduzem a absorção das tetraciclinas. As tetracicli‑ nas potenciam o efeito dos anticoagulantes orais. n DOXICICLINA Ind.: Exacerbações da bronquite crónica, infecções devidas a Chlamydia, Rickettsia, Mycoplasma, Brucella e doença de Lyme. Acne vulgaris. R. Adv.: V. Introdução (1.1.6.). Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.6.). Interac.: V. Introdução (1.1.6.). Os barbitúricos, a fenitoína e a carbamazepina reduzem as concen‑ trações séricas da doxiciclina. Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 100 a 200 mg/dia, a ad‑ ministrar de 12 em 12 horas ou em dose única diária (100 mg); 50 mg/dia durante 6 a 12 semanas no tratamento da acne. Orais líquidas e semi ‑sólidas ‑ 100 mg ACTIDOX 100 (MSRM); Saninter Comp. dispersível ‑ Blister ‑ 16 unid; e 5,98 (e 0,3738); 69% Orais sólidas ‑ 20 mg PERIOSTAT (MSRM); Alliance Pharma. (Reino Unido) Comp. revest. p/ película ‑ Blister ‑ 56 unid; e 28,68 (e 0,5121); 0% n MINOCICLINA Ind.: Exacerbações da bronquite crónica, infecções devidas a Chlamydia, Rickettsia, Mycoplasma, Brucella e doença de Lyme. Acne vulgaris. Porta‑ dores de meningococos. R. Adv.: V. Introdução (1.1.6.). Pigmentação da pele, por vezes irreversível. Contra ‑Ind. e Prec.: V. Introdução (1.1.6.). Interac.: V. Introdução (1.1.6.). Posol.: [Adultos] ‑ Via oral: 100 mg de 12 em 12 ho‑ ras; 50 mg de 12 em 12 horas durante pelo menos 6 semanas no tratamento da acne. Orais sólidas ‑ 100 mg CIPANCIN (MSRM); Cipan Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 7,76 (e 0,485); 69% Comp. revest. ‑ Blister ‑ 32 unid; e 14,55 (e 0,4547); 69% MINOCICLINA GENERIS (MSRM); Generis Cáps. libert. modif. ‑ Blister ‑ 15 unid; e 4,72 (e 0,3147); 69% ‑ PR e 4,72 Cáps. libert. modif. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 8,76 (e 0,292); 69% ‑ PR e 8,76 MINOCIN (MSRM); Teofarma (Itália) Comp. revest. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 10,18 (e 0,6363); 69% Comp. revest. ‑ Blister ‑ 30 unid; e 16,14 (e 0,538); 0% MINOTREX (MSRM); Lab. Medinfar Cáps. ‑ Blister ‑ 16 unid; e 8,17 (e 0,5106); 69% 1.1.7. Aminoglicosídeos Os aminoglicosídeos são antibióticos bactericidas activos contra a maioria das bactérias aeróbias gram ‑ incluindo a Pseudomonas aeruginosa. Desempe‑ nham um papel relevante no tratamento das infec‑ ções nosocomiais graves. A estreptomicina é activa contra o Mycobacterium tuberculosis (V. 1.1.12.) e ainda contra alguns enterococos resistentes à genta‑ micina, pelo que é usada (via IM) em associação com a penicilina G (efeito sinérgico) no tratamento de en‑ docardites devidas a estas estirpes bacterianas. Não são absorvidos quando administrados por via oral, sendo as vias IM ou IV utilizadas sempre que se pre‑ tende obter um efeito sistémico. A neomicina é usa‑ da por via oral quando se pretende reduzir a flora mi‑ crobiana intestinal, por exemplo na preparação para intervenções cirúrgicas e na encefalopatia hepática. A estreptomocina associada à neomicina pode ser utilizada com o mesmo fim, embora não se encontre na literatura recomendação para esta associação. Os aminoglicosídeos são eliminados por via renal sendo necessário um ajustamento posológico (aumento do intervalo de administração) nos doentes com IR. Recomenda ‑se a monitorização das concentrações séricas uma vez que são fármacos com uma margem terapêutica estreita. A administração dos aminoglico‑ sídeos em dose única diária parece ser tão ou mais eficaz e tão ou menos tóxica que os regimes conven‑ cionais em doses múltiplas. Todos os aminoglicosí‑ deos apresentam o mesmo perfil de reacções adver‑ sas bem como de contra ‑indicações e interacções. Nefro e ototóxicos, os aminoglicosídeos podem, BlogEnfermagem.com 36 Grupo 1 | 1.1. Antibacterianos embora raramente, induzir bloqueio neuromuscular. A ototoxicidade pode manifestar ‑se tardiamente e é, geralmente, irreversível. A nefrotoxicidade é, habitu‑ almente, reversível. A administração de aminoglico‑ sídeos a doentes com miastenia gravis está contra‑ ‑indicada. Os aminoglicosídeos podem potenciar o efeito dos bloqueadores neuromusculares e a admi‑ nistração concomitante de outros fármacos nefro ou ototóxicos aumenta o risco de desenvolvimento de nefrotoxicidade e de ototoxicidade. A isepamicina é o aminoglicosídeo mais recentemente introduzido na clínica. Deve ser utilizado apenas nas infecções devidas a microrganismos resistentes à amicacina e foi já desenvolvida no contexto de administração em dose única diária. Este medicamento não se encontra disponível em Farmácia Comunitária. Ind.: Infecções graves devidas a bactérias aeróbias gram ‑ incluindo a Pseudomonas aeruginosa. R. Adv.: Nefrotoxicidade (geralmente reversível). Ototoxicidade (geralmente irreversível). Bloqueio neuromuscular. Contra ‑Ind. e Prec.: Miastenia gravis. Gravidez. Ajustar a posologia e monitorizar as concentra‑ ções séricas nos doentes
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