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1 UNIVERSIDADE PAULISTA PRISCILA SANTA ROSA PALASON RA: 972365-0 10/EC0941 SANTOS-RANGEL RELATÓRIO DE ESTAGIO SUPERVISIONADO SÃO PAULO 2018 2 SUMÁRIO 1.Objetivo do relatório ................................................................................................................................................ 3 2. Introdução ..................................................................................................................................................................... 3 3. Apresentação da empresa .................................................................................................................................. 4 4. Dados da Obra............................................................................................................................................................ 5 4.1 Dados do Contrato ........................................................................................................................................... 5 4.2. Organograma ..................................................................................................................................................... 6 5. Medição........................................................................................................................................................................... 7 5.1 Medição cliente. ................................................................................................................................................. 8 5.1.1 Memoria de cálculo. ............................................................................................................................... 9 5.1.2 Planilhas da medição. ........................................................................................................................ 21 5.2- Medição Terceiros. ...................................................................................................................................... 25 6. Foto da obra .............................................................................................................................................................. 27 8. Fato Notável.............................................................................................................................................................. 38 8.1 Viga Protendida. ............................................................................................................................................. 38 7. Conclusão .................................................................................................................................................................. 43 3 1.OBJETIVO DO RELATÓRIO O trabalho descreve as atividades desenvolvidas durante a construção de quatro estações do Monotrilho da linha 15, referente à disciplina Estágio Supervisionado do Curso de Engenharia Civil da Universidade Paulista. Foi realizado pela aluna Priscila Santa Rosa Palason, sob supervisão do Engenheiro Danilo Rodrigues Gomes responsável pelo desenvolvimento da obra referidas, e do Antônio Rene Camargo Aranha de Paula Leite orientador da disciplina Estágio Supervisionado. O relatório consta processo de medição desempenhado pela aluna na obra. A coordenação de estágio tem o objetivo de capacitar o aluno para que este possa fiscalizar avaliar, acompanhar e gerenciar atividades dentro de um canteiro de obras. 2. INTRODUÇÃO O presente relatório refere-se ás atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado realizado na empresa Consórcio S.A. Paulista / Somague /Benito Roggio e Hijos O estágio teve início no dia 01/07/2015 e termino 13/03/2017, atendendo a carga horaria exigida pela disciplina. Sob a supervisão do Engenheiro Danilo Rodrigues Gomes foram efetuadas diversas atividades, as quais estão descritas no decorrer deste trabalho. O curso de Engenharia Civil da Universidade Paulista – UNIP desenvolve no profissional o conhecimento necessário ao dia a dia de uma empresa, e o estágio é a melhor maneira de colocar em pratica boa parte daquilo que nos foi oferecido. Neste relatório estão contidas as informações de como se desenvolveram essas atividades práticas, que possibilitaram um amplo conhecimento por unir a teoria com a pratica. O Estagio supervisionado desempenha de forma eficiente a conexão entre o mundo acadêmico e o profissional para possibilitar ao estagiário a 4 oportunidade de aplicar o que foi aprendido durante o período acadêmico no mundo corporativo, adquirindo experiência para se tornar um bom profissional em sua área de atuação. O estágio é um período de extrema importância na vida de qualquer profissional porque representa o início do seu ciclo profissional e é onde se adquiri o perfil de trabalho. 3. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA O consorcio Consórcio S.A. Paulista / Somague /Benito Roggio e Hijos é composta pelas três empresas, onde a S.A Paulista empresa Brasileira é a empresa principal da obra que comada a parte administrativa, porem a engenharia da obra era comanda pela Somage empresa Portuguesa, a empresa Argentina Benito Roggio e Hijos tem uma pequena participação em cada setor. A empresa S.A. Paulista tem uma trajetória de 60 anos. Sua sede é situada na Rua Joaquim Floriano, 466, Ed. Corporate, 7º andar Itaim Bibi, São Paulo. Posiciona-se entre as mais importantes empresas do setor, combinando solidez de gestão e agilidade na prestação de serviços. O campo de especializações da companhia é abrangente, com expertise reconhecida em áreas como infraestrutura rodoviária, urbana e aeroportuária, construção de usinas hidrelétricas, canalização de recursos hídricos e renovação de circuitos automobilísticos. A empresa Somague está presente no Brasil através da sua Sucursal Brasil desde 2001 com principal foco na construção pesada. Em 2011 fundou a participada Somague Construções consolidando a sua presença no mercado de obras privadas. Ambas transportam em si a experiência, a competência e a confiabilidade de dezenas de anos de trabalho da empresa-mãe – a Somague Engenharia, empresa com 70 anos de atuação no mercado mundial e larga experiência em todo o espectro de obras. A Somague Brasil associa a experiência de anos de atividade no país com a musculatura e sistemas operacionais da Somague Engenharia no exterior, proporcionando uma empresa capaz de atender as demandas dos Clientes de forma adequada e eficiente. 5 Com um quadro altamente capacitado, está credenciada a executar projetos de elevada tecnologia executiva, bem como desenvolver, juntamente com o Cliente, pré construção e engenharia de valor, visando obter economia e velocidade, sem perda de qualidade. 4. DADOS DA OBRA 4.1 DADOS DO CONTRATO Município: São Paulo Órgão contratante: Companhia do Metropolitano de São Paulo Endereço da obra: Avenida Anhaia Mello. Endereço do escritório: Rua Ibitirama 470 Vila Prudente. Valor inicial contrato: R$ 147.000.000,00 Valor total contrato: R$ 205.000.000,00 Início da obra: 01/06/2013 Conclusão da obra: 28/10/2018 6 4.2. ORGANOGRAMA 7 5. MEDIÇÃO A medição de cliente e terceiros foi a principal atividade exercida do período de estágio. A medição em uma obra é uma área muito importante e valorizada. A medição do cliente era executada pela sala técnica, tínhamos uma responsável pela medição, três assistentes técnicos e dois engenheiros, essa equipe era responsável por entregar a medição todo dia05 de casa mês. A medição em relação a todos os serviços executados até o último dia do mês anterior, porem quando o faturamento da obra estava prejudicado recebíamos ordem de executar a medição até o dia da sua própria entrega, com isso ficando muito difícil entregar na data limite, sendo assim todos os funcionários do setor de engenharia da obra era mobilizado a ajudarem na medição, para que a mesma conseguisse ser entregue na data correta. Coso a medição fosse entregue atrasada seu faturamento também seria pago atrasado com isso gerando um prejuízo muito grande para a obra, já que estamos falando medição de milhões de reais. A medição era feita de acordo com o projeto e levantamento em campo. Alguns serviços conseguíamos levantar sem precisar ir a obra, apenas com o projeto e com controle envido da produção. Outros serviços tínhamos que ir em campo munidos dos projetos e verificar o quanto já havia sido executado. Serviço como concretagem, armação de aço, forma era medido referente ao projeto apenas devíamos ir a obra verificar o que realmente já havia sido executado, serviços como estaca raiz, estação, era enviado relatório da produção com as estacas já executadas, cravação de perfis recebíamos relatoria da produção porem certos perfis não conseguiam ser cravados 100%, então tínhamos que ir até a obra e medir o que faltou ser cravado de cada perfil e descontar da metragem medida. As medições de terceiro recebíamos feita pelo próprio terceiro e tínhamos que conferir e ajustar se necessário. Em alguns casos de empresas pequena sem nenhum responsável com algum estudo, não recebíamos a medição ou se recebesse não era condizente com a realidade, tento erros de conta, falta de organização em saber os serviços executados etc..., tendo nos então que fazer a medição. 8 5.1 MEDIÇÃO CLIENTE. A medição do cliente foi a atividade mais executada no período de trabalho, foi a parte mais trabalhosa e cobrada. A medição de cliente mais alta medida pelo Consorcio S.A. Paulista / Somague /Benito Roggio e Hijos foi no valor de R$ 14.000.000,00 (quatorze milhões de reais), porem a média no período que trabalhei era de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) no começo, depois passou para uma média de $ 6.000.000,00 (seis milhões de reais), onde algumas vezes o valor era bem superior como no comentado a cima, a maior medição da obra no valor de R$ 14.000.000,00 (quatorze milhões de reais). Os valores citados acima são realmente muito altos então por esse motivo que nós éramos muito cobrados, além de cobrados nosso serviço era muito conferido e reconferido, não só por nos assistentes que conferíamos um o serviço do outro, mas também pelo responsável da medição e pelo gerente de engenharia. Muitas planilhas eram feitas para a conclusão de uma medição. Abaixo vou explicar um pouco sobre cada planilha. 9 5.1.1 MEMORIA DE CÁLCULO. 10 A- Número do contrato da obra assinada com o cliente (Metro de São Paulo) e lote da obra, lote 1 pois éramos responsáveis pelas quatro primeiras estações a serem construída na linha 15 Prata. Na ordem as estações eram São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstoi e Vila União, as demais estações pertenciam a outros lotes onde outras empresas eram responsáveis pela construção. B- Folha 1/1, nesse caso a memória de calcula de medição do serviço mencionado só precisava 1 folha em outros casos a memória chegava a ter até 15 folhas, mais os anexos que vou comentar deles mais à frente no relatório. C- Número da medição que significa quantas medições já foram feitas para esse contrato. A obra ficou parada por motivos políticos por dois anos, com isso gerando medição de apenas alguns itens como aluguel de escritório, serviços globais, operação, manutenção, limpeza e vigilância de canteiro entre outros. A obra começou em 2015, onde apenas 1 pessoas faziam a medição em 2 meses começou a contratar mais pessoas. No final éramos em seis pessoas para executar a medição. D- Mês e ano da medição. E- Trecho da obra. É uma numeração para controle do Metro, era a mesma para todas as estações. F- Nível é uma das divisões dos serviços medidos. Para o nível temos as seguintes divisões: DEMOLIÇÕES SERVIÇOS PRELIMINARES INFRA ESTRUTURA SUPRA ESTRUTURA OUTROS 11 G- Sub-trecho, era a numeração dada a estação e ao local do serviço executado. 03.00 – Estação São Lucas – Corpo da Estação. 03.02 - Estação São Lucas – Edifício Técnico Operacional. 03.03 - Estação São Lucas – Acesso Norte. 03.04 - Estação São Lucas – Acesso Sul. 05.00 – Estação Camilo Haddad – Corpo da Estação. 05.02 - Estação Camilo Haddad – Edifício Técnico Operacional. 05.03 - Estação Camilo Haddad – Acesso Norte. 05.04 - Estação Camilo Haddad – Acesso Sul. 07.00 – Estação Vila Tosltoi – Corpo da Estação. 07.02 - Estação Vila Tosltoi – Edifício Técnico Operacional. 07.03 - Estação Vila Tosltoi – Acesso Norte. 07.04 - Estação Vila Tosltoi – Acesso Sul. 09.00 – Estação Vila União – Corpo da Estação. 09.02 - Estação Vila União – Edifício Técnico Operacional. 09.03 - Estação Vila União – Acesso Norte. 09.04 - Estação Vila União – Acesso Sul. H- Objeto é uma divisão dos serviços dentro do nível. DEMOLIÇÕES – 1.1 DEMOLIÇÕES SERVIÇOS PRELIMINARES – 2.1 TOPOGRAFIA 2.2 SERVIÇOS GEOTÉCNICOS 2.3 SERVIÇOS INICIAIS –CANTEIRO 12 2.4 REMANEJAMENTO DE INTERFERÊNCIAS 2.6 DESVIO DE TRÁFEGO INFRA ESTRUTURA – 3.1 MOVIMENTAÇÃO TERRA 3.2 ESCORAMENTO DE VALA 3.3 FUNDAÇÕES 3.4 REBAIX. DE LENÇOL FREÁTICO E DRENAGENS – 3.5 CONSOLIDAÇÃO DE SOLOS 3.6 REFORÇO DE FUNDAÇÕES 3.7 REDES E TUDOS SUPRA ESTRUTURA – 4.1 ESTRUTURA DE CONCRETO E ALVENARIA 4.2 ESTRUTURAS METÁLICAS 4.4 IMPERMEABILIZAÇÕES OUTROS – 5.1 OBRAS CIVIS 5.2 PAISAGISMO 7.1 SERVIÇOS DE ACABAMENTO 9.1 PROJETO DE ARQUITETURA E ENGENHARIA 9.2 SERVIÇOS EXECUTADOS POR CONCESSIONÁRIAS 9.3 GASTOS COM LOCAÇÃO DE IMÓVEIS 9.4 SERVIÇOS ESP. EXEC. POR TERC.(PROJ.) Os números não são sequenciais, porque não são todos os itens dessa tabela de serviços do metrô que entrou em nosso contrato. Nossas tabelas foram feitas apenas com os itens em nosso contrato, para facilitar e agilizar o preenchimento das tabelas e planilhas. I- Memória de cálculo é esse arquivo que detalha o serviço executado. Cada memória de cálculo tem um número, em uma medição fazíamos entre 100 a 180 memorias de cálculo. A memória de cálculo acima de exemplo é uma memória simples com apenas um serviço mencionado e sem muita explicação dele, 13 escolhi a mesma para facilitar o detalhamento dela. Abaixo segue uma memória de cálculo mais trabalhada. 14 15 16 A memória de calcula acima é referente a execução de uma parte dos pilares e viga da estação Vila União no corpo central (onde passa o trem e desembarca os passageiros). Para execução de um pilar e viga temos os itens fornecimento de concreto, lançamento de concreto e forma. Temos vários tipos de concretos usado na obra para saber qual tipo cobrar devemos pegar as informações do projetoe para saber quantos por cento do pilar já foi concretado temos que analisar na obra e comparar com uma planilha de controle de concreto feita pelo departamento de custos. Alguns itens só são medidos depois da execução total, porem pilares e vigas são itens que demoram a ser concluído e tem um valor alto então esses é possível medir apenas o executado até o momento. No detalhamento temos que calcular o volume de concreto de cada pilar, identificar o pilar de acordo com nome dato a ele no projeto e identificar o projeto usado para o cálculo. Após verificar o volume de concreto de cada pilar somamos todos eles e temos o valor a ser medido. Com o valor total calculado temos que subtrair o valor pago em medições anteriores até que seja pago na totalidade, e aí sim poder eliminar esta memória de cálculo. O mesmo volume de concreto calcula é usado para medir o lançamento de concreto. Para medir a forma temos três opções forma de fundação, forma de estações e edifício e forma para elemento pré-moldado de concreto, algumas vezes ficava a dúvida em qual item medir, e as vezes a medição era feita no item errado e até mesma paga em item errado, como a medição acima mencionada, quando acontece pagamento em item errado tínhamos que fazer a medição negativa do item e medir no item correto. O detalhamento do cálculo da metragem utilizada é similar do concreto. Na execução de um pilar ou viga não são medidos apenas esses itens, ou outros itens são medidos em memorias separadas, itens como aço. J- Item é o número do serviço executado. Tínhamos um caderno chamado MAN que verificávamos em qual item se encaixava cada serviço. Era um pouco complicado pois tínhamos que descobri quantos item era necessário medir para um serviço especifico. Exemplo: um pilar executado, tínhamos que saber que precisávamos medir forma, aço, concreto, lançamento de concreto e cimbramento, e saber qual dos itens de cada serviço escolher. 17 K- Descrição do serviço. L- Unidade de medida do serviço descrito. M- A quantidade calculada a ser medida, que normalmente está detalhada nas linhas centrais da memória de cálculo. N- Indicação que existe croqui feito para facilitar a conferencia do serviço executado e indicação dos projetos onde mostra esse serviço. Alguns croquis para facilitar e agilizar o trabalho era o projeto impresso e sublinhado a parte do desenho que do serviço que estava sendo medido, algumas vezes precisávamos fazer desenhos em Autocad de serviços que não tinham projetos ou de serviços que havia sido alterações, fotos também eram mandadas com os croquis para provas e execução de alguns serviços. Achar os projetos não era uma tarefa muito fácil, já que tínhamos centenas de projetos, muitas vezes pedíamos ajuda a área responsável por projetos. Exemplos de croquis: 18 Impermeabilização: 19 Poço de visita: 20 21 5.1.2 PLANILHAS DA MEDIÇÃO. Após feito todas as memorias de cálculo e croquis, juntávamos em uma mesma planilha e numerávamos as memorias que todos tinham feito, para em seguida ser impressa todas as memorias e croquis e todos revisar e começar os preenchimentos das planilhas exigidas pelo o metro. 5.1.2.1- Folha de Medição Folha de medição é um arquivo em excel divido por planilhas de cada sub- trecho e uma planilha resumo onde junta todos os valores. Essa planilha é feita para ter o controle geral dos valores da medição por cada sub-trecho, estação e nivel de atividade, os valores são acumulados então por ela conseguimos saber o valor e itens já medido em todas as medições já feitas. Nela consta os itens da obra já medido e seu valor unitário e valor já medido acumulado. Seu preenchimento é feito com as memorias de cálculo já impressas. 22 Folha de medição, primeira folha da planilha do Sub-trecho 07.00. . 23 Resumo folha de medição. 24 5.1.2.2- Memoria de Medição Memória de medição é uma planilha dívida por sub-trecho, onde é preenchido apenas os itens medidos e sua quantidade, não possui valores. 25 5.1.2.3- Planilha Sismed Planilha Sismed é uma planilha de valores parecida com a folha de medição porem com todos os itens da obra e sem acumulo de medição. Essa planilha é feita apenas para uso interno nosso, para ter uma segunda planilha de valores evitando assim erro. Quando preenchida ela era conferida com a folha de medição caso o valor não batesse, era feito uma comparação para achar o erro, evitando assim enviar falhas ao Metrô. Ela também era usada para preencher o sistema de medição online do Metrô, pois a mesma tinha filtros facilitando o preenchimento. 5.2- MEDIÇÃO TERCEIROS. A medição de terceiro era feita antes da medição do cliente, porém muito junto, ela tinha que ser entregue até o último dia do mês. Por um lado, atrapalhava a execução da medição do cliente pelo fato de suas entregas serem perto, por outro lado era uma boa opção pois o terceiro nos enviava os serviços executados, e nós tínhamos apenas que conferir e fazer o boletim de medição, seria simples se todos os terceiros nos enviasse o serviço feito na data e com um mínimo de organização, porem a maioria deles não cumpria com o combinada, fazendo com nós fizéssemos suas medições. 26 Boletim de medição de terceiro: 27 6. FOTO DA OBRA Foto-01: Demolição de galeria para o desvio da mesma (o projeto da obra foi feito sem o conhecimento da galeria, ao começar a obra foi descoberto a galeria e a obra teve que ser interrompida para os projetistas solucionar o problema. A solução foi desviar a galera. Creio que a solução tomada pelos projetistas foi em consideração ao tempo de execução ser mais curto fazendo o desvio da galera e ao curto espaço físico para a execução de um corpo da estação no meio de uma via pública muito movimenta como é a Avenida Luis Ignacio Anhaia Mello. Com o desvio da galeria a mesma passou a situar em baixo das pistas sentindo bairro da avenida. A interrupção da obra por conta do incidente durou em torno de dois anos, pois não apenas o projeto deve de ser alterado, mas o contrato como um todo, custo, itens, cronograma etc... Das quatros estações do contrato apenas 3 estações São Lucas, Camilo Haddad e Vila Tolstoi tiveram a galeria desviada. Na estação Vila União a galeria não foi desviada, o projeto que foi alterado tendo que relocar os blocos e estacoes. O desvio da galeria atrasou a obra em não apenas dois anos necessário para a alteração de projeto e de contrato além disso teve um atrasa de nove meses para a execução do desvio. 28 Foto-01 29 Foto-02: Execução da armação das escadas, escada rolante e pilares. Estação Camilo Haddad, acesso norte. Os acessos das estações foram os trechos mais simples da obra, era formado por 4 blocos cm 5 ou 3 estacas raízes cada, apenas um andar que é lidado ao corpo da estação por uma passarela feita de estrutura metálica. Foto-02 30 Foto-03: Equipe da sala técnica e gerente de engenharia com a medição recorde de 14.000.000,00 pronta para ser entregue ao Metrô. Equipe esqueta para a direita: Rodrigo Marcilo – Estudante de engenharia civil contratado como cadista do departamento de planejamento. Responsável pela organização dos projetos, pequenas alterações feitas nos projetos asquais não havia necessidade de ser encaminhada para o projetista, distribuição dos projetos e em semana de medição ele ajudava a equipe de medição com os desenhos e plotagem dos projetos e croquis. Patricia Golveia – Técnica em Edificações contratada como técnica de medição. Responsável pela medição, sua função era organizar a divisão de tarefas entre todos da equipe de medição, controlar as planilhas financeiras, quantidades medidas e a serem medidas, comunicação direta com o escritório principal do metro, lançamento da medição no sistema Sismed utilizado pelo metro e medição dos itens globais da obra. Marta Pereira – Secretaria contratual sua função na área de engenharia era fazer as cartas para o metro. Todo final de medição a planilha geral com o valor total era enviado para ela e a mesma digitava a carta, além de todas as outras cartas enviada ao metro, como alteração de projeto, solicitações etc... João Canteiro – Engenheiro Civil. Gerente de engenharia. Era responsável pelo departamento de planejamento, medição e produção. Nacionalidade Portuguesa ele era engenheiro da empresa Portuguesa Somague, estava no Brasil exclusivamente por conta da obra. Danilo Silva – Engenheiro Civil, contratado como assistente técnico de medição. Responsável pela medição de concreto e aço. Priscila Santa Rosa Palason – Estudando de Engenharia Civil, contratada como assistente técnica de medição. Responsável pela medição de itens como estrutura metálica, estaca raiz, estacões, prancheamento de madeira, contenção com perfis metálicos, impermeabilização etc... 31 Lucas Izidio – Engenheiro Civil contratado como engenheiro civil. Era responsável por medir diversos itens como desvio de trafego, terraplanagem, bocas de lobo e leão, tuneis etc... Responsável também pela criação de preço de itens novos para aprovação no metro (caso surgisse algum item executado ou a ser executado na obra que não estava em contrato ele devia fazer a análise do serviço e montar o custo para pedir a aprovação no metro e assim poder receber o valor). Edson Coelho – Arquiteto contratado como arquiteto, responsável pela medição, contratação e execução da parte de acabamento da obra. Foto-03 32 Foto-04: Armação da laje e colunas do segundo pavimento do corpo da estação da estação Vila União. O corpo da estação foi uma parte bem complexa e demora da obra, a fundação foi feita com estacoes de 1,5 metro de diâmetro e 23 metros de comprimento, os blocos eram realmente grandes aproximadamente 36m² onde tinham que ser concretados por parte, os pilares eram com desenhos complexos e algumas vigas eram pré-moldadas protendidas. Foto-04 33 Foto-05: Cibramento para concretagem da laje do corpo da estação da estação Vila União. Foto-05: 34 Foto-06: Execução de estacas raízes no corpo da estação da estação São Lucas. As estacas tinham o comprimento de 30 metros diâmetro de 15,20 e 30cm, algumas delas atingiam rocha e as vezes não sendo possível perfurar as rochas atingidas. Quando ocorria a impossibilidade da perfuração da rocha era necessário consultar o projetista para ver a necessidade de realizar mais estacas ao redor. Foto-06: 35 Foto-07:Cibramento e andaimes para montagem da armação e para concretagem dos pilas principais do corpo da estação de Camilo Haddad. Foto-07 36 Foto-08: Contenção metálica e impermeabilização dos blocos do ETO da estação São Lucas. O ETO era composto por um pavimento subterrâneo, por esse motivo foi necessária a cravação de perfis metálicos, para assim poder fazer a abertura da vala, após o cravamento de todos os perfis aos poucos ia fazendo a escavação e colocando os pranchões de madeira. Com a vala totalmente aberta era feita a fundação com estacas raízes a preparação para os blocos e então a impermeabilização total para depois fazer as armações dos blocos e lajes. Foto-08: 37 Foto-09: Ligamento da galeria nova com a galeria antiga. Como mencionado anteriormente a galeria existente no local teve um desvio. O desvio foi de aproximadamente 100 metros em 3 estações, após este desvio concluído era necessário fazer a manobra de ligação da parte nova e a desativação dos 100 metros que seriam demolidos. Essa manobra era realmente perigosa, precisando de um estudo complexo para ser adotada a melhor solução. A agua deveria ser contida para que assim fosse possível fazer a demolição da parte existente que se encaixava com a parte nova. E como dizia o engenheiro de minas da obra “com a agua não se brinca”. 38 8. FATO NOTÁVEL. 8.1 VIGA PROTENDIDA. Vigas pré-moldadas protendidas são peças de concreto tracionadas com elementos de protensão (barras ou fios, basicamente). O tracionamento tem como finalidade produzir tensões prévias em uma estrutura de concreto, melhorando sua resistência e comportamento sob as condições de carga. Na construção do corpo da estação da obra a protensão das vigas pré-moldadas permitiram vencer vãos maiores em comparação a modelos em concreto armado convencional. A técnica também viabilizou a redução do consumo de concreto e aço por conta do emprego de materiais de maior resistência. As vigas pré-moldadas tiveram em media 30 metros. O processo de içamento das vigas pré-moldadas foi uma atividade de risco, a movimentação de peças pesadas demanda planejamento minucioso, equipamentos adequados, operadores capacitados e fiscalização rigorosa. Transportar uma viga pré-fabricada de grandes dimensões até o seu local de instalação definitivo é uma atividade que requer especialização e cuidado. Acidentes dessa etapa são causa de prejuízos enormes que vão do comprometimento da peça içada a danos no equipamento, na estrutura de apoio e no canteiro. Em casos mais severos, falhas levam a irreparáveis perdas humanas, como comprovam vários casos noticiados recentemente. Os cuidados devem começar com a escolha e o dimensionamento corretos do equipamento. Isso passa pela compatibilização de aspectos logísticos de organização do canteiro e planejamento. 39 Içamento da viga pré-moldada protendida de Camilo Haddad: 40 41 42 1. Armação da viga A gaiola de armação de uma viga é montada em conjunto com a disposição de dutos de aço galvanizado (bainhas), por onde passam os cabos de protensão. Os elementos de protensão podem ser compostos em uma dessas três configurações: fios ou barras; feixes (no formato de barras ou de fios paralelos); ou, ainda, por cordões (fios enrolados). O cabo fica isolado do concreto por meio da bainha metálica. 2. Fôrma da viga Para concretagem da viga são usadas fôrmas, geralmente metálicas, montadas a partir de painéis que envolvem a gaiola de armação. O tipo de seção transversal adotado nas vigas pré-moldadas depende de diversos fatores: tipo de protensão escolhida, equipamentos utilizados para transporte e movimentação, local de execução (fábrica ou canteiro) etc. As seções em "I" são as mais utilizadas para vãos a partir de 15 metros e, principalmente, para vigas executadas no canteiro. 3. Concretagem A concretagem é feita com o lançamento de concreto na fôrma metálica, que é preenchidauniformemente. O tipo de concreto também depende de outras características do projeto. 4. Protensão A operação de protensão é feita por meio de macacos hidráulicos e bombas de alta pressão. O tensionamento dos cabos de aço pode ser realizado por dois métodos: pretensão ou pós-tensão antes ou depois da concretagem, respectivamente. No método de pós-tensionamento, é possível elevar a resistência aos esforços de tração que a estrutura será capaz de suportar. 4A. Preparação É feita a montagem do bloco e das cunhas de cravação. Após o concreto atingir a resistência mínima (indicada no projeto), é posicionado o macaco hidráulico para a protensão. 43 4B. Protensão e cravação A operação de protensão é feita pelo acionamento do macaco. Ele faz com que as cordoalhas sejam tracionadas (a pressão indicada no manômetro e o correspondente alongamento dos cabos devem ser registrados). Ao atingir a carga e/ou alongamento indicados no projeto a pressão no macaco é aliviada. As cordoalhas se ancoram automaticamente no bloco e, em seguida, são removidos os equipamentos de protensão. 4C. Acabamento Após a liberação da protensão, as pontas das cordoalhas são cortadas. Em seguida, deve-se providenciar o fechamento dos nichos para proceder à injeção dos cabos com nata de cimento. 5. Injeção da nata de cimento Na última etapa, injeta-se nata de cimento para preencher os vazios entre os cabos e a armação. A injeção completa o preenchimento da bainha e reestabelece a aderência ao concreto/aço. A nata de injeção garante uma proteção eficaz das armaduras protendidas contra a corrosão e também garante a ligação mecânica das armaduras protendidas ao concreto. Entre as características gerais da nata de cimento é preciso que ela esteja livre de agentes agressivos, tenha fluidez suficiente, boa estabilidade, pouca retração, resistência mecânica conveniente e pouca absorção capilar. 7. CONCLUSÃO A importância deste trabalho se deve principalmente ao planejamento, controle e execução de obra. Desta forma, os conhecimentos das técnicas, processos e metodologias a serem utilizados para um melhor desenvolvimento e acompanhamento das atividades. 44 Estação Vila Tolstoi concluída: Estação Camilo Haddad concluída:
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