Prévia do material em texto
Aula 10 Administração Geral e Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo Professor: Carlos Xavier Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 80 AULA 10: Cultura e clima organizacional. Grupos e equipes de trabalho. Conteúdo 1. Palavras iniciais. ........................................................................................................................................ 2 2. Cultura organizacional. .............................................................................................................................. 3 2.1. Vantagens e desvantagens da cultura organizacional. ......................................................................... 19 3. Clima organizacional. .............................................................................................................................. 20 4. Trabalho em equipe. ................................................................................................................................ 27 4.1. Grupos de trabalho. ............................................................................................................................. 27 4.2. Equipes de trabalho. ............................................................................................................................ 35 5. Questões comentadas. .............................................................................................................................. 43 6. Lista de Questões. .................................................................................................................................... 67 7. Gabarito. .................................................................................................................................................. 79 8. Bibliografia principal. .............................................................................................................................. 80 Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 80 1. Palavras iniciais. Oi Pessoal! Estou de volta para mais uma aula preparatória para a Câmara dos Deputados. Hoje estudaremos a cultura e o clima organizacional, importantes temas do comportamento organizacional que vêm sendo cobrado nos concursos das mais diferentes bancas. Além disso, estudaremos também os grupos e equipes de trabalho. Um abraço e bons estudos! Prof. Carlos Xavier www.facebook.com/professorcarlosxavier Periscope: @ProfCarlosXavier Observação importante: Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 80 2. Cultura organizacional. Cultura organizacional é o conjunto de hábitos e crenças estabelecidos por meio de valores, normas, atitudes e expectativas compartilhadas na organização. Ela representa o modo institucionalizado de pensar e agir da organização, sendo perceptível na forma que seus funcionários se comportam, na forma de realizar negócios, na lealdade dos funcionários, etc.. Trata-se das normas informais e não escritas que orientam o comportamento dos membros da organização, direcionando suas ações para os objetivos organizacionais. Deste modo, os padrões culturais agem como um mecanismo de controle organizacional mais sutil do que os tradicionais. A sua prova pode cobrar uma versão mais interpretativa sobre cultura organizacional. Nesse sentido, é importante conhecer a definição de Schein sobre cultura organizacional para ver como ela pode ser definida de forma diferente em sua prova: ³e� R� PRGHOR� GH� SUHVVXSRVWRV� EiVLFRV� TXH� XP� JUXSR� assimilou na medida em que resolveu os seus problemas de adaptação externa e integração interna e que, por ter sido suficientemente eficaz, foi considerado válido e repassado (ensinado) aos demais (novos) membros como a maneira correta GH�SHUFHEHU��SHQVDU�H�VHQWLU�HP�UHODomR�jTXHOHV�SUREOHPDV�´ Há diversas classificações para a cultura organizacional. Quanto ao foco no indivíduo ou no grupo/equipes, podemos dizer que elas podem ser coletivistas ou individualistas. Culturas coletivistas são aquelas para as quais o grupo é mais importante que o indivíduo. É o caso da cultura nacional japonesa. No outro lado do espectro, encontram-se as culturas individualistas, Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 80 que estão mais centradas nos indivíduos, e não na coletividade. É o caso da cultura nacional norte-americana. A depender se a cultura é mais coletivista ou individualista, ela exercerá controle sobre o comportamento dos indivíduos de diferentes maneiras. No caso das culturas coletivistas, a pressão social externa é a principal forma de controle exercida pela cultura sobre seus indivíduos, sobretudo de forma implícita nos comportamentos dos membros do grupo, como quando um colega "olha de lado" para o outro que sempre chega atrasado. Nas culturas individualistas, por sua vez, é comum que o próprio indivíduo realiza o seu controle, por isso chamado de controle interno. O sentimento de culpa exerce papel primordial, dando destaque ao autorrespeito que os indivíduos sentem. Ainda assim, neste tipo de cultura, é comum a existência de mecanismos explícitos de avaliação de desempenho. Na visão de Charles Handy (1976, apud Estrada, 2001) as organizações podem ter quatro tipos de cultura, de forma geral: Tido de cultura Descrição Cultura do Poder Normalmente encontrado em pequenas empresas e depende de uma fonte central de poder. É uma cultura com poucas regras, procedimentos e burocracia, controle centralizado, e decisões baseadas no equilíbrio de influências de poder entre os membros. São organizações fortes e orgulhosas, reagindo bem a ameças e perigos, mas que dependem dos indivíduos com mais poder, pois a organização se torna reflexo deles. Para o sucesso de longo prazo, é preciso tomar cuidados no processo sucessório.Há muita confiança no indivíduo e pouca em comitês. O foco é no resultado e há tolerância quanto aos meios. O poder dos recursos e o poder pessoal são a base do poder na organização. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 80 Cultura de Papéis É uma organização mais burocrática, com funções especializadas e fortes por si só. Seu desenho se assemelha a um templo grego, onde cada área é uma das grandes colunas que sustenta a organização. Nela, os papeis desempenhados e o trabalho em si são mais importantes que o indivíduo. O foco é no trabalho padronizado, sem risco, especializado. Estas organizações apresentam sucesso em ambientes estáveis, mas são frágeis em ambientes instáveis, por serem lentas na adaptação. Economias de escala são mais importantes do que flexibilidade, e especialização é mais importante que inovação. Cultura de tarefa É orientada para trabalhos específicos, tarefas e projetos, reunindo recursos apropriados para realizá-los. Há influência do poder pessoal e da posição, mas o peso maior está no poder do especialista em cada tarefa (poder de perito). O trabalho em equipe é valorizado para que se possa unir o grupo, aumentando sua eficiência e identificando o objetivo da organização com o do indivíduo. É um tipo de cultura relevante para dar flexibilidade e sensibilidade em relação ao ambiente. Há dificuldades no controle destas organizações, que é mantido pela alta gerência através da distribuição de projetos, pessoas e recursos. Cultura da pessoa É voltada para o indivíduo. Nela, a organização existe para ajudar os indivíduos que estão nela, atendendo aos interesses de cada um. Controle e hierarquia só funcionam se houver consentimento mútuo, já que os indivíduos podem sair da organização, mas dificilmente ela pode excluir os indivíduos. A influência das pessoas é Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 80 difusa e os peritos exercem o poder quando necessário. É comum encontrar indivíduos que preferem esta cultura, mas que trabalham em organizações com outras culturas, já que este tipo é raro. Fonte: Organizado pelo autor com base em Estrada, 2001. Estrada (2001) menciona ainda a cultura da inovação, introduzida por Luiz Gaj (1990). Segundo ele: Cultura da Inovação A organização que tem este tipo de cultura aceita e estimula a criatividade. A inovação está dirigida aos negócios. A finalidade de cada negócio é clara e os recursos são alocados de acordo com as prioridades estabelecidas. Pela ótica desta cultura, podemos deduzir que poderão também existir estágios de cultura que estarão ligados aos estágios de desenvolvimento da organização. Desta forma durante a evolução da organização é possível que a cultura se modifique lentamente até atingir as formas atuais. DAFT (2003, p.297) propõe outras tipologias para a cultura organizacional, especificamente: cultura de adaptabilidade/iniciativa; cultura de Missão, Cultura de Clã e Cultura Burocrática. Ele considera que dois fatores influenciam a cultura: o grau de estabilidade/flexibilidade exigido pelo ambiente e o foco estratégico ser interno ou externo. Vejamos detalhes: Tido de cultura Descrição Cultura de adaptabilidade / iniciativa Possui foco no ambiente externo, sendo flexível para atender as necessidades dos clientes. Valoriza inovação, criatividade e riscos, estimulando a detecção e reação Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 80 aos fatores do ambiente. Exemplos de organizações que costumam adotar esse tipo de cultura são as empresas de marketing, de cosméticos e eletrônica. Cultura de Missão Apresenta estabilidade no seu direcionamento, mas busca atender os clientes externos. Não possui necessidade de mudança rápida na sua atuação. Costuma haver visão clara dos objetivos e metas, funcionários responsáveis por desempenho, prêmios para alcance das metas, gerentes que moldam o comportamento pela concepção e comunicação da organização, elevada competitividade e orientação para os lucros. Cultura de Clã Foco interno, no envolvimento e participação dos próprios funcionários, mas tendo em conta a necessidade de se adaptar a mudanças rápidas no ambiente externo, o que exige flexibilidade. Nessa cultura, considera-se que as necessidades dos funcionários são um caminho para o alto desempenho, crença dos gestores de que o envolvimento e participação aumentam a responsabilidade, o comprometimento, e a valorização da criatividade dos funcionários. Exemplos comuns dessa cultura são as empresas de moda e varejo. Cultura Burocrática Possui foco interno e é voltada para a estabilidade na sua relação com o ambiente. Alguns elementos a caracterizam, tais como símbolos, heróis e cerimônias como forma de transmissão de uma cultura estável. É voltada para a eficiência, cumprimento de políticas e metas. Alguns funcionários veem essa cultura como opressiva e controladora. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 80 Fonte: Organizado pelo autor com base em Daft, 2003. Em outras palavras, para facilitar sua memorização: Necessidade do ambiente --->> ------------------- Flexibilidade Estabilidade Foco estratégico externo Cultura de Iniciativa / Adaptabilidade Cultura de Missão Foco estratégico interno Cultura de Clã Cultura Burocrática Fonte: Elaborado pelo autor. Pode-se afirmar ainda que a cultura pode ser forte ou fraca. A cultura forte é aquela que é compartilhada por todos os membros da organização, havendo pouca divergência de opiniões sobre seus pontos principais e alto impacto sobre o comportamento dos funcionários. A cultura fraca é aquela que não está amplamente enraizada em todos os membros, por isso eles possuem várias divergências sobre suas questões culturais centrais, gerando baixo impacto no comportamento dos funcionários. A cultura organizacional pode ser ainda adaptativa ou conservadora. Culturas adaptativas possuem características que fazem com que elas se adaptem mais facilmente a mudanças de padrões, paradigmas, normas, comportamentos, etc. As culturas conservadoras são justamente o contrário: favorecem a manutenção das coisas do jeito que estão. Nela, asideias certas são as que já existem, os paradigmas devem ser mantidos, etc. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 80 Aprofundando mais a discussão, precisamos entender o que está dentro das culturas organizacionais. Robbins et al. (2010) argumentam que existem sete características essenciais que ajudam a capturar a essência da cultura de uma organização. Para considerá-las, é preciso entender que, para cada uma delas, as organizações podem dar muita ou pouca ênfase, existindo inúmeros pontos intermediários entre esses dois extremos. As sete características estão dispostas a seguir: 1. Grau de inovação: trata-se do grau de estimulo dado aos funcionários para que sejam inovadores e assumam o risco da inovação; 2. Atenção aos detalhes: trata-se da precisão, análise e cuidado com os detalhes que se espera dos funcionários; 3. Orientação para resultados: trata-se do grau no qual o foco da direção está direcionado aos resultados e não aos processos e técnicas utilizados para alcançá-los; 4. Foco na pessoa: trata-se do grau em que a direção da organização considera o impacto de suas decisões sobre o seu pessoal durante o processo de tomada de decisões; 5. Foco na equipe: trata-se do grau em que a organização do trabalho está mais voltada para as equipes e não para os indivíduos; 6. Agressividade: trata-se do grau de agressividade e competitividade das pessoas na organização, em oposição à tranquilidade que poderia existir; 7. Estabilidade: trata-se do grau de estabilidade enfatizada pela organização, que busca a manutenção do status quo ao invés do crescimento organizacional. Devemos entender ainda que a cultura não é uniforme por toda a organização, havendo uma cultura dominante - que representa os valores essenciais compartilhados pela maioria dos membros da organização - e Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 80 subculturas - que são valores compartilhados por grupos específicos da organização. Uma empresa famosa por possuir uma cultura agressiva, pouco estável e com orientação para resultados é a AMBEV. Tratam-se de traços marcantes de sua cultura dominante. Apesar disso, a subcultura de um centro de pesquisas da empresa é substancialmente diferente daquela de uma base de distribuição de bebidas, uma vez que, na primeira, o foco pode recair mais sobre a valorização da inovação, enquanto na segunda, a necessidade de inovação será menor e, potencialmente, esse valor estará menos enraizado. Alguns aspectos da cultura organizacional são mais facilmente perceptíveis do que outros. Voltemos ao caso da AMBEV. A estratégia de remunerar os executivos por meios de grandes bônus associados aos resultados é facilmente perceptível e associável à sua orientação para os resultados. Apesar disso, certos comportamentos do grupo de funcionários, TXH� SRGHP� ³GHL[DU� GH� IRUD´� DV� SHVVRDV� TXH� QmR� DSUHVHQWDP� GHVHPSHQKR� satisfatório, podem existir em culturas desse tipo, mas são de difícil detecção. O caso da AMBEV deixa claro ainda uma outra coisa: as organizações podem criar conscientemente a sua própria cultura de diferentes formas, partindo, muitas vezes, da visão dos lideres organizacionais, da missão organizacional, dos valores organizacionais, dos padrões e princípios estabelecidos pela alta cúpula organizacional ou pelos fundadores. A AMBEV é competitiva e orientada para resultados por conta de uma decisão empresarial, que serviu de base para a criação de mecanismos que fortalecessem estes aspectos em sua cultura organizacional. Você deve ter em mente também que a cultura organizacional possui diferentes dimensões. Kanaane (1999) considera que a cultura organizacional como sendo composta de três dimensões: Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 80 x Material: é uma dimensão relativa ao sistema produtivo da organização. x Psicossocial: dimensão relativa ao sistema de comunicação e à forma de interação dos membros da organização. x Ideológica: é a dimensão relativa ao sistema de valores da organização. Um outro ponto bastante cobrado em concursos é o iceberg da cultura organizacional. Os aspectos formais e visíveis e os informais e invisíveis da cultura organizacional formam o iceberg da cultura organizacional que possui, no topo, os aspectos visíveis da cultura organizacional, enquanto vários outros aspeFWRV� HVWmR� VXEPHUVRV� DEDL[R� GD� ³OLQKD� G¶iJXD´�� 2� LFHEHUJ� p� apresentado na figura a seguir: Aspectos formais e visíveis x Estrutura organizacional x Títulos e descrições de cargos x Objetivos e estratégias x Tecnologia e práticas da organização x Políticas e diretrizes explicitas da empresa x Métodos e procedimentos utilizados x Outras questões visíveis Aspectos informais e invisíveis x Valores x Expectativas x Padrões de influência e poder x Percepções e atitudes das pessoas x Sentimentos e normas de grupos x Interações informais típicas x Normas de como agir em grupo x Afetividade x Etc. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 80 Pessoal, vocês devem ter em mente ainda que o iceberg pode ser estruturado em função dos níveis dos componentes da cultura organizacional, que são 3: 1. Artefatos: São visíveis, superficiais e perceptíveis. 4XDQGR� HX� SHQVR� HP� ³DUWHIDWRV´� SHQVR� HP� antiguidades de colecionadores, como vasos antigos, por exemplo, que nada mais são do que artefatos da cultura que os produziu. Assim é certeza de acertar na prova: eles são visíveis! Representam o primeiro nível da cultura organizacional. Símbolos, heróis, lemas, eventos da organização são exemplos de artefatos. No caso da AMBEV, poderíamos pensar nos treinamentos dados ao funcionário para vender cada vez mais e nos prêmios em dinheiro e em benefícios para funcionários de alta performance. 2. Valores compartilhados: Eles não são visíveis, pois estão enraizados nas pessoas. Constituem o segundo nível da cultura organizacional e funcionam como justificativas para o seu comportamento. Como já vimos, o valor de agressividade e foco nos resultados é dominante na AMBEV. Os valores geralmente são explicitados na estratégia empresarial, representando aquilo queé importante para nortear a organização no caminho para o sucesso. Não custa nada dizer: NÃO se trata de dinheiro, pessoal. 3. Pressuposições básicas: É o terceiro nível da cultura organizacional, sendo o mais intimo, profundo e oculto da cultura. É aqui que se Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 80 encontram as crenças inconcientes, percepções, tabus, sentimentos e pressuposições básicas que regem o pensamento das pessoas. Muitas vezes a maneira de se fazer as coisas na organização é regida pelas pressuposições básicas Destaco outros importantes elementos da cultura: x Tecnologia: é o conjunto de conhecimentos e ferramentas utilizadas para resolver os problemas e executar tarefas; x Símbolos: são artefatos representados por comportamentos, objetos e imagens que carregam mensagem e significados; x Heróis: são artefatos da cultura que servem como imagem do sucesso obtido por algum indivíduo em algum momento crucial para a organização. Geralmente são representados pelos fundadores ou por algum executivo ou funcionário de elevada relevância para o sucesso passado e presente da organização, servindo como forma de comunicar a cultura. É importante destacar que, para que se realize um diagnóstico cultural na organização, diversos instrumentos devem ser utilizados a fim de capturar os diversos aspectos da cultura organizacional. Entre eles, destacam- se as entrevistas, pesquisas de opinião, questionários, observação, análise de documentos, pesquisa etnográfica e outras técnicas quantitativas e qualitativas. Quanto à aprendizagem da cultura organizacional pelos funcionários, ela se dá através de diferentes formas. As mais importantes para a aprendizagem da cultura são as histórias, rituais, símbolos e linguagem. Vamos ver cada uma delas: Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 80 x Histórias e mitos: São constituídas pelos contos e histórias sobre o fundador da organização, memórias sobre momentos críticos para a organização, regras de conduta, etc. Na cultura organizacional, os acertos e erros da organização no passado são a base para a legitimação das práticas atuais. x Rituais: São sequencias de atividades repetitivas na organização que reforçam a forma de pensar e agir vigente e os valores organizacionais. Sob outra perspectiva, considera-se que ritual é um conjunto de técnicas e comportamentos padronizados que lida com ansiedades, mas que raramente produz consequências práticas (Trice e Beyr, 1985, apud Huppes, 2008). Eles reforçam quais são os objetivos mais importantes, quais as pessoas que são importantes e quais são dispensáveis (Robbins, 2010). x Símbolos materiais: A organização física do local de trabalho, a arquitetura, o tamanho dos móveis e o layout do escritório, etc., tudo isso ajuda a definir o grau de diferenciação entre as pessoas e os comportamentos tipicamente aceitos. Constituem a comunicação não verbal da organização. x Linguagem: a linguagem é um meio de identificação efetivo das pessoas dentro de uma cultura ou subcultura da organização. Formas de falar, gírias próprias, tons de fala, maior ou menor formalização da linguagem, etc. fazem parte da cultura organizacional e, para pertencer ao grupo, os indivíduos devem estar adequados também à linguagem adotada. x Ritos: são atividades mais elaboradas, dramáticas e planejadas que consolodam várias formas de expressão cultural em um evento e que têm consequências práticas expressivas (Trice e Beyer, 1985, apud Huppes, 2008). Para Beyer e Harrison o ritos Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 80 podem ser de diferentes tipos, conforme apresentado no quadro: Tipos de ritos Exemplos Manifestação, consequências sociais expressivas Exemplos de possíveis consequências expressivas Ritos de passagem Iniciação e treinamento básico no Exército dos EUA Facilidade de transição de pessoas dentro dos papéis sociais e estatutos que são novos para estas - Minimizar mudanças nas formas como as pessoas cumprem seus papéis sociais - Restabelecer o equilíbrio nas relações sociais em andamento Ritos de degradação Substituição de altos executivos Dissolução das identidades sociais e do seu poder - Acusar publicamente a presença de um problema existente e os seus detalhes - Defender as fronteiras do grupo através da redefinição de quem permanece e de quem não pertence mais ao mesmo - Reafirma a importância social e o valor dos papeis envolvidos Ritos de reforço ou confirmação Seminários da Mary Kay Cosmetics Reforço das estruturas sociais e do seu poder - Divulgar as boas notícias sobre a organização - Proporcionar o reconhecimento público das pessoas para as suas realizações e motivas outros esforços semelhantes - Habilitar a organização para levar algum crédito por realizações individuais - Enfatizar os valores sociais relacionados à performance dos papéis sociais Ritos de renovação ou reprodução Atividades de desenvolvimento organizacional e assistência ao empregado. Remodelagem das estruturas sociais e melhoria nas suas formas de funcionamento - Tranquilizar os membros de que alguma coisa está sendo feita no que diz respeito à solução dos problemas - Disfarçar a natureza dos problemas - Adiar o reconhecimento do problema - Focar a atenção em alguns Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 80 problemas em função de outros - Legitimar e reforçar os sistemas existentes de poder e autoridade Ritos de redução de conflitos Negociação coletiva Redução dos conflitos e da agressividade - Desviar a atenção para a solução de problemas - Compartilhamento dos conflitos e dos seus efeitos perturbadores - Restabelecimento do equilíbrio em relações sociais perturbadas Ritos de integração Festa de Natal do escritório Encoraja e revive sentimentos - Permite a manifestação de emoções e do afrouxamento temporário de várias normas - Reafirmar e reiterar, através do contraste, a correção moral das normas habituais. Fonte: elaborado pelo autor com base em Huppes (2008) Ainda sobre ritos, vamos ver o que Huppes (2008) diz decada um dos tipos existentes: Os ritos de passagem são utilizados, principalmente, na entrada e inserção do indivíduo no meio organizacional, quando esse passa pela fase primária de socialização. Também são adequadamente empregados na mudança de papéis e status profissional, facilitando a transição dos indivíduos. Os ritos de degradação estão associados à dissolução de identidades sociais e perda de poder de um indivíduo. Geralmente, este, além de ter sua imagem denegrida e associada a algum fracasso, é excluído do cargo ou status que ocupa. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 80 Já os ritos de reforço ou confirmação, ao contrário dos ritos de degradação, têm como objetivo divulgar e exteriorizar os resultados positivos e o sucesso, fortalecendo identidades socia is e seu poder. Dessa forma, estes ritos estimulam a motivação dos membros da organização. Os ritos de renovação ou reprodução são os que se relacionam ao fortalecimento das atividades de crescimento e desenvolvimento gerencial e organizacional. Devido à instabilidade do contexto organizacional, esses ritos vêm sendo utilizados de forma intensa pelas empresas. Os ritos de redução de conflitos são vistos como uma forma de criar meios para a convergência de opiniões ou posições organizacionais com a finalidade de reduzir os conflitos e agressões. Os ritos de integração encorajam, revivem e enaltecem os sentimentos comuns, procurando criar espaço para uma integração de diversas correntes distintas, em torno de um objetivo único, de acordo com as necessidades e expectativas da organização. Esse tipo de rito agrega e mantém os indivíduos em um sistema social. Como foi visto, a cultura exerce forte influencia sobre a organização como um todo. Destaco ainda que a cultura organizacional também exerce forte impacto sobre o seu desempenho econômico. Em ambientes bastante competitivos, onde as mudanças e incertezas são predominantes, é notável que a cultura pode exercer um impacto mais forte sobre o desempenho e os resultados organizacionais do que o aspecto físico da Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 80 estrutura, seus sistemas e estratégias utilizados. Se a cultura for compatível com esse ambiente, favorecerá o bom desempenho. Se não for, poderá levar a organização a um desempenho ruim. Na verdade, em ambientes turbulentos, a cultura deve ser mobilizada em seus aspectos mais apropriados com o objetivo de ajudar a organização a enfrentar a realidade de curto prazo que se apresenta. Se a cultura se mostrar inadequada para a realidade organizacional de longo prazo, ela poderá ser modificada, apesar de se tratar de uma mudança difícil e demorada. As culturas só mudam no médio e no longo prazo, pois demoram muito para sofrer modificações por conta de seu caráter profundamente arraigado nas pessoas. Além disso, mesmo mudando, há uma tendência de TXH� D� FXOWXUD� PDQWHQKD� D� VXD� ³SHUVRQDOLGDGH´�� TXH� VmR� RV� VHXV� WUDoRV� H� valores mais profundos. Sobre este assunto, você deve saber ainda que o fato da cultura organizacional ser profundamente arraigada e difícil de ser modificada pode constituir uma importante barreira à mudança organizacional, especialmente em culturas fortes (e não fracas) e conservadoras (e não adaptativas). - OK Carlos, mas o que é cultura empresarial? - R.: O termo cultura empresarial é, muitas vezes, tido como sinônimo de cultura organizacional, mas podemos dizer que ele é mais específico. Deve ser destacado que por ser empresarial este conceito de cultura está relacionado diretamente com empresas, que são organizações que exploram economicamente alguma atividade, ou seja, que visam o lucro. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 80 Assim como a cultura organizacional é marcada pelos aspectos culturais do ambiente como um todo, a cultura de uma empresa também é marcada por aspectos externos, em especial do seu ramo de atividade. Assim, ela possui tanto aspectos internos quanto externos. Bancos comerciais, por exemplo, costumam partilhar aspectos culturais voltados para o desempenho e cumprimento de metas e para a interação com os clientes, por exemplo. Além disso, podemos dizer ainda que a empresa, é uma cultura organizacional única, com suas próprias características, representadas na forma de pensar e de agir de seus colaboradores, diferenciando-se das demais. Com isso em mente, vamos revisar rapidamente as principais vantagens e desvantagens da cultura organizacional. 2.1. Vantagens e desvantagens da cultura organizacional. Neste tópico, vou destacar rapidamente as principais vantagens e desvantagens que a cultura organizacional pode apresentar para a organização. Vocês verão que muito do que será dito aqui já foi dito de outra forma na parte anterior da aula. O objetivo aqui é de que você possa reforçar este conhecimento, já que as bancas podem falar desta forma na hora da prova: VANTAGENS: x Uma cultura forte tende a evitar o surgimento de problemas internos, reduzindo o nível de conflitos; x Uma cultura forte desenvolve uma imagem clara sobre a organização; x Uma cultura forte proporciona um senso de identidade aos membros de uma organização. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 80 x A cultura demarca claramente as diferenças entre diferentes organizações. x Uma cultura forte possibilita melhor controle pela gestão; x Uma cultura adaptativa permite uma melhor adaptação da organização ao meio; x Uma cultura forte favorece o comprometimento dos colaboradores com a organização. DESVANTAGENS: x Uma cultura forte pode dificultar os processos de mudança e adaptação da organização, fazendo com que as pessoas não aceitem bem os processos de mudança; x Uma cultura forte pode dificultar a aceitação da diversidade na organização. Agora que você já está craque em cultura organizacional, vamos estudar o clima organizacional. 3. Clima organizacional. O clima organizacional pode ser definido como o grau da satisfação dos agentes da organização com os vários aspectos da cultura organizacional. É um conceito que se refere ao ambiente interno da organização. Trata-se da manifestação de um conjunto de valores,atitudes e padrões de comportamento, formais e informais, existentes em uma organização. Em outras palavras, é o conjunto de percepções, de ênfase cognitiva, e não afetiva, sobre o que acontece na organização. Enquanto a cultura trata da essência da organização e é relativamente estável, o clima organizacional é a síntese das percepções dos funcionários sobre a organização e o ambiente de trabalho, sendo algo mais temporário. Assim, as mudanças de cultura tendem a ser mais Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 80 difíceis e demoradas do que a mudança do clima organizacional, que podem ser implementadas em um prazo mais curto. O clima organizacional é uma decorrência da cultura organizacional, tanto dH� VHXV� DVSHFWRV� ³SRVLWLYRV´� H� PRWLYDGRUHV� TXDQWR� GH� VHXV� DVSHFWRV� ³QHJDWLYRV´� H� JHUDGRUHV� GH� FRQIOLWRV�� VHQGR� PDLV� IDFLOPHQWH� SHUFHSWtYHO� H� manejável pela organização do que a sua cultura. &KLDYHQDWR� ������� QRV� LQIRUPD� TXH� R� FOLPD� RUJDQL]DFLRQDO� ³HVWi� intimamente relacionado com o grau de motivação de seus participantes. O clima organizacional é a qualidade ou propriedade do ambiente organizacional, percebida ou experimentada pelos participantes da empresa e que influencia o VHX�FRPSRUWDPHQWR´� Percebe-se, deste modo, que o clima organizacional está muito relacionado à motivação e comportamentos dos funcionários. Um clima positivo influencia positivamente o trabalho das pessoas, enquanto um clima QHJDWLYR� SRGH� ³SHVDU´� H� ID]HU� FRP� TXH� RV� IXQFLRQiULRV� SDVVHP� D se sentir menos motivados. Além disso, funcionários desmotivados tendem a gerar um clima organizacional negativo, gerando um ciclo negativo na organização. Nesse sentido, o clima organizacional pode ser classificado como favorável (ou bom) ou não favorável (ou ruim) ao bom desempenho do trabalho. O clima favorável proporciona as condições para um maior comprometimento por parte dos funcionários enquanto um clima desfavorável pode fazer com que os funcionários se desagreguem no trabalho. De forma diversa, as pessoas dentro da organização podem classificar o clima de várias formas qualitativas, como: bom, ruim, neutro, frio, caloroso, desafiador, pegando fogo, depressivo, ameaçador, etc., sendo todos eles classificações igualmente válidas! É preciso ter em conta também que o clima dependerá da cultura como um todo, mas dependerá, na prática, de várias características do dia-a- Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 80 dia organizacional, como: o estilo de liderança, as características do líder e dos liderados, a estrutura organizacional, as políticas e valores postos em prática, o ramo de atividade da organização, o momento vivido pela organização, etc. que poderão ser avaliadas em pesquisas de clima organizacional para serem geridos com eficácia. O clima pode ser medido e avaliado para que possa ser melhorado, gerando um aumento da produtividade da organização. As principais técnicas de pesquisa que podem ser utilizadas para medição do clima organizacional são: 1. Questionários periódicos; 2. Pesquisas de opinião (para medir atitudes por amostragem); 3. Entrevistas por especialistas (que podem ser internos ou externos); 4. Entrevistas em grupo (que podem ser realizadas por especialistas internos ou externos). As pesquisas de clima organizacional buscam avaliar como diversas variáveis psicológicas se integram aos aspectos organizacionais sob a ótica do funcionário da organização. Sob essa perspectiva, ela avalia o que o funcionário percebe que está recebendo pelos esforços realizados, levando em conta diversas dimensões do clima. A realização de pesquisas de clima é importante para que essas dimensões possam ser geridas no sentido de melhorar o clima e o desempenho organizacional. Entre elas, é possível destacar, apenas para que você FRPSUHHQGD�³R�HVStULWR�GD�FRLVD´��DV�VHJXLQWHV� x Comunicação: avaliação da satisfação quanto aos canais e as práticas de comunicação na organização. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 80 x Percepções psicológicas e sensações: trata-se dos sentimentos que cada funcionário tem em relação ao ambiente de trabalho. x Integração e interação: trata-se da verificação de quão integradas estão as várias áreas funcionais e as pessoas da organização, e como se dão suas interações x Modelo de gestão utilizado: trata-se de uma avaliação sobre se o modelo de gestão favorece que a organização atinja seus objetivos com o trabalho dos seus funcionários ou se atrapalha. x Ética. Os funcionários percebem as atitudes da organização como éticas? x Estilo da liderança. A forma de agir dos lideres é adequada para manter um bom clima organizacional? x Grau de disciplina. Avalia se a organização possui disciplina rígida e que influencie o clima. x O trabalho em si. Trata-se de entender se as tarefas realizadas pelos funcionários são estimulantes ou desestimulantes. x O ambiente de trabalho. Aqui é possível entender se características do ambiente de trabalho geram atitudes positivas ou negativas dos funcionários perante o trabalho. x Salários e benefícios. Trata-se de avaliar se os funcionários se sentem satisfeitos com os salários e benefícios recebidos da organização em que trabalham. x Horário de trabalho. Os funcionários desenvolvem um horário de trabalho adequado, ou o tempo trabalhado gera insatisfações? x Reconhecimento. Trata-se de entender qual o reconhecimento que os funcionários sentem que a organização dá ao seu trabalho bem realizado. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 80 x Motivação. É uma avaliação mais geral sobre se os funcionários acham o trabalho motivante. x Treinamento e desenvolvimento. É uma avaliação sobre se os membros da organização sentem que têm oportunidade de aprender e se desenvolver na organização ou de receber treinamentos para tal. x Estabilidade. Trata-se de avaliar se as sensações de grande instabilidade ou estabilidade no emprego estão gerando consequências positivas/negativas para o clima organizacional. x Carreira e sua perspectiva. A sensação dos funcionários quanto à sua carreira atual ou futura é positiva ou negativa? x Qualidade e satisfação do cliente. A organização tem compromisso com a qualidade deseus produtos e a satisfação de seus clientes? x Relacionamentos interpessoais. As pessoas mantêm relacionamentos saudáveis na organização? x Processo decisório. A organização possui um processo decisório integrado, justo, ágil, participativo ou o contrário? x Identificação com a organização. Os colaboradores se identificam com os valores, missão, visão e estrutura organizacionais postos em prática? x Imagem da empresa. A pesquisa de clima pode buscar compreender se a imagem da empresa é boa ou ruim na visão dos colaboradores, influenciando o clima. x Estrutura organizacional. Trata-se da percepção sobre se a organização oferece ou não estrutura adequada à realização do trabalho. x Estágio de vida da organização. A organização está num estágio de crescimento e desenvolvimento que proporciona boas possibilidades para as pessoas ou está em momentos de declínio onde as pessoas temem por seus empregos? Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 80 x Clareza de objetivos. Os objetivos a serem alcançados são claros e palpáveis ou são obscuros e impossíveis? x Foco nos resultado. Trata-se de entender se os funcionários percebem o foco nos resultados utilizado como algo razoável ou algo ruim. x Comprometimento individual e organizacional. Trata-se de avaliar o quanto a organização está comprometida com os funcionários e o quanto estes estão comprometidos com a organização. x Inovações. O clima reage bem ou mal às inovações de todo tipo impostas pelo ambiente ou propostas pela própria organização? - Mas Carlos, qual o clima organizacional ideal? O clima ideal depende de diversos fatores, como a cultura, o ambiente, o momento organizacional, as pessoas, etc. De qualquer modo, é importante que a definição do padrão de clima organizacional ideal leve em consideração o que pensam os colaboradores da organização, assim como as necessidades da própria organização: x As necessidades da organização devem ser levadas em conta porque o clima pode ajudar a direcionar o comportamento das pessoas para o atingimento dos objetivos organizacionais. x A perspectiva dos funcionários deve ser levada em conta pois VmR�HOHV�TXH�³YLYHP´�R�FOLPD�RUJDQL]DFLRQDO��$�RUJDQL]DomR�QmR� consegue impor um padrão de clima a ser respeitado na organização. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 80 O objetivo, na busca de um clima ideal, é que o clima organizacional seja positivo e esteja fazendo com que o pessoal fique mais motivado e mais produtivo para a organização. Vamos ao próximo tópico de hoje! Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 80 4. Trabalho em equipe. Nesta temática a banca pode cobrar muitos assuntos interligando o conhecimento que você já tem sobre a nossa disciplina com o trabalho em equipe. Além disso, a banca pode cobrar o conteúdo teórico já consolidado sobre o tema. Na verdade, este costuma ser o foco quando se pede este tema em provas. Assim, devemos entender, desde o princípio, que grupos e equipes são coisas distintas: vamos começar estudando mais sobre os grupos de trabalho, para depois entender as equipes de trabalho! 4.1. Grupos de trabalho. Um grupo é um conjunto de dois ou mais indivíduos reunidos para atingir determinado objetivo. Ele se reúne basicamente para realizar a troca de informações entre os seus membros, de modo que cada um deles possa desempenhar bem as tarefas que estão sob sua responsabilidade. É possível classificar os grupos de diferentes maneiras, entre elas, destacam-se as seguintes: x Grupos formais: são aqueles que são formalmente definidos na estrutura organizacional, possuindo atribuições específicas e tarefas a serem realizadas por cada um dos membros do grupo. Por exemplo, os professores de um determinado pacote de aulas formam um grupo formal. x Grupos informais: é resultado de formações naturais que surgem por conta da interação social entre as pessoas. Eles não Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 80 são formalizados pela organização, mas afetam profundamente o comportamento de seus membros. x Grupo de comando: é o grupo formal relacionado ao organograma da organização - envolve um determinado chefe e seus subordinados. Assim, um gerente de vendas e os cinco vendedores da gerência formam um grupo de comando. x Grupo de tarefa: é um grupo formal designado para executar determinada tarefa. A principal diferença em relação ao grupo de comando é que o grupo de tarefa ultrapassa as relações de comando imediato, pois pode exigir a coordenação de superiores e subordinados em diferentes áreas da organização. x Grupo de interesse: são grupos que se reúnem por conta de interesses comuns dos indivíduos que resolvem se juntar. Um exemplo são os grupos de funcionários que se reúnem para tentar negociar a remarcação do recesso de final de ano. x Grupos de amizade: são formados por alianças sociais que podem ir além do ambiente de trabalho, sendo baseados em características em comum que os seus membros possuem. Os grupos possuem certa estrutura interna que possibilita o seu desempenho. Esta estrutura inclui diferentes variáveis, dentre as quais se destacam, segundo Robbins (2010): x Os papéis: os papéis representam os comportamentos esperados de cada pessoa ocupante de uma posição social no grupo. É como se estivéssemos falando dos papéis representados pelos atores em um filme: cada um tem seu personagem, com objetivos e comportamentos próprios. Assim, uma pessoa no grupo também possui o seu papel. A visão que o individuo tem sobre o SUySULR�SDSHO�p�GHQRPLQDGD�³SHUFHSomR� Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 80 GR�SDSHO´�HQTXDQWR�R�TXH�DV�SHVVRDV�HVSHUDP�GHOH�p�FKDPDGR� GH�³H[SHFWDWLYDV�GR�SDSHO´��4XDQGR�XPD�SHVVRD�H[HUFH�PDLV�GH� um papel no grupo e eles possuem objetivos conflituososentre si, diz-se que há um conflito de papéis. x As normas: As normas são os padrões de comportamento tidos como aceitáveis para todos os membros do grupo, demonstrando como as pessoas devem ou não agir em cada circunstância. x O status: trata-se da posição social do indivíduo no grupo. Ele é determinado pelo poder que um indivíduo exerce sobre os outros, pela capacidade de contribuição para metas do grupo e por características pessoais do individuo. x O tamanho do grupo: trata-se de uma importante variável na estrutura do grupo, que pode afetá-lo de diferentes maneiras. Um grupo pequeno tende a ser mais rápido para realizar as tarefas a ele atribuídas, enquanto um maior tende a demorar mais. Por outro lado, grupos grandes, com pelo menos 12 membros, tendem a gerar mais ideias para resolver um problema do que os menores. Deve-se ter em mente também que nos grupos (e também nas equipes) surge o fenômeno da ³IROJD� VRFLDO´� que é a tendência das pessoas trabalharem menos quando estão trabalhando em grupos/equipes do que quando estão trabalhando sozinhas, já que podem se "esconder" mais facilmente, dada a menor pressão por resultados individuais e a diluição de responsabilidades. Assim, quanto mais indivíduos entram no grupo, há uma tendência de ele produzir mais como um todo, mas a produtividade de cada pessoa tende a cair! x A coesão do grupo: trata-se do grau no qual os membros do grupo são atraídos entre si e motivados para permanecer unidos como um grupo. Ela afeta a produtividade do grupo de Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 80 uma forma interessante. Sobre isso, vejam o que diz Robbins �������� ³VH� DV� QRUPDV� GH� GHVHPSHQKR� SDUD� TXDOLGDGH� H� cooperação com indivíduos de fora do grupo, por exemplo, forem exigentes, um grupo coeso será mais produtivo do que um menos coeso. Mas, se a coesão for grande e as normas de desempenho forem fracas, a produtividade será baixa. Se a coesão for pequena e as normas estabelecerem níveis elevados, a produtividade será mais alta, mas menor do que em um grupo coeso com normas exigentes. Quando tanto a coesão como as normas de desempenho são fracas, a produtividade ILFD�HQWUH�EDL[D�H�PRGHUDGD´��2�PHVPR�DXWRU�FRQWLQXD�GL]HQGR� que existem formas de gerar estímulo para uma maior coesão dR� JUXSR� H� HQXPHUD� ³���� UHGX]LU� R� WDPDQKR� GR� JUXSR�� ���� estimular a concordância sobre os objetivos do grupo; (3) aumentar o tempo que os membros do grupo passam juntos; (4) aumentar o status do grupo e a dificuldade percebida para a admissão nele; (5) estimular a competição com outros grupos; (6) dar recompensas ao grupo, em vez de recompensar seus PHPEURV�LQGLYLGXDOPHQWH������LVRODU�ILVLFDPHQWH�R�JUXSR´� De outra forma, Hampton (1991) considera que os grupos possuem três elementos básicos que os constituem: x Interação: trata-se do comportamento interpessoal, que pode variar entre cada grupo. x Atividade: cada uma das atividades desenvolvidas pelos indivíduos no grupo são importantes, independentemente de sua complexidade. x Sentimento: trata-se dos processos que acontecem dentro das pessoas, em suas mentes, sendo percebidos através das suas Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 80 atividades e interações. Um sorriso, por exemplo, representa um sentimento bom, enquanto uma postura ameaçadora representa outro. Como vimos, os grupos podem ser classificados em diferentes tipos e possuem uma estrutura própria. Além disso, é preciso entender como eles se desenvolvem. Um importante modelo sobre o assunto considera que eles passam por cinco estágios no seu desenvolvimento: 1. Formação: é o estágio no qual os membros ainda estão se conhecendo e começando a interagir com os comportamentos e normas aceitáveis. É neste momento que os membros começam a pensar em si mesmos como partes do grupo. 2. Tormenta/atrito: é o estágio no qual acontecem vários conflitos no grupo. Os indivíduos já reconhecem a existência do grupo, mas tendem a resistir às limitações impostas ao seu comportamento individual. Além disso, é durante a tormenta que os membros medem força, estabelecendo uma espécie de hierarquia das relações dentro do grupo. Após o encerramento dessa etapa, esta hierarquia estará relativamente clara para os membros do grupo. 3. Normatização/normação: É nessa etapa que os indivíduos passam a ter um relacionamento mais próximo e coeso, fortalecendo o próprio grupo. Os membros começam a agir como uma unidade coordenada. Também é aqui que as normas e comportamentos aceitos para o grupo passam a ser mais sólidos, gerando expectativas nos membros do grupo quanto ao seu funcionamento. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 80 4. Desempenho: uma vez estabelecidas as regras e a hierarquia, e estando o grupo estabelecido, chega-se na etapa do desempenho. Nesta fase, o grupo está coeso e trabalha com foco no desempenho das tarefas a serem realizadas. Nos grupos permanentes de trabalho, esta pode ser considerada a última etapa de formação. Em grupos temporários, haverá mais uma etapa, apresentada no próximo item. 5. Interrupção: é a etapa que prepara o grupo para seu fim. Como as atividades deverão ser concluídas e o grupo dissolvido, o foco deixa de ser o desempenho das tarefas e passa para o encerramento dos trabalhos. Nesta etapa, podem surgir sentimentos conflitantes dentro do grupo - enquanto alguns membros se sentem mais felizes com o desempenho obtido e com o fim de uma etapa, outros ficam abatidos com o encerramento do grupo e com o fim do espírito de camaradagem que dele surgiu. Com base no modelo de cinco estágios que você acabou de conhecer, é possível considerar que os grupos se tornam mais eficazes à medida que chegam até o estágio do desempenho. Apesar disso, existe também outra forma de compreender a melhoria da eficácia no grupo ao longo das etapas: como alguns grupos tendem a funcionar melhor com níveis de conflito mais altos (por exemplo: os grupos ligados à inovação), é possível que eles funcionem com maior eficácia no estágio da tormenta (quando há mais conflitos) do que no do desempenho (quando há menos conflitos)! Além deste modelo existem outros. Destaco a existência do modelo do equilíbrio pontuado. A ideia geral é que o grupo temporário passa por Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios.Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 80 duas grandes fases de inércia ou equilíbrio no desenrolar de suas atividades. Segundo este modelo, os grupos temporários passam pelos seguintes pontos: 1. Uma primeira reunião para direcionar o grupo. 2. Uma primeira fase de inércia, onde o grupo fica parado ou preso a um curso de ação fixo. 3. Uma transição, que ocorre na metade do cronograma estabelecido para o grupo. É nesta fase que a inércia é encerrada. 4. Importantes mudanças acontecem como resultado da transição. Novos planos são realizados e o trabalho é direcionado. O grupo começa a realizar as tarefas previstas durante a transição. 5. Uma nova inércia toma conta do grupo, que passa a executar os planos elaborados durante a transição. 6. A última reunião do grupo envolve uma nova série de mudanças e aceleração do trabalho, para que este possa ser encerrado. Pesquisas indicam que este modelo parece ser mais apropriado aos grupos que possuem prazos determinados para se encerrar e aos grupos temporários para execução de tarefas. O mais interessante é que há indicações de que a transição para mudanças acontece exatamente na metade do FURQRJUDPD�SUHYLVWR��e�FRPR�VH�IRVVH�XP�³GHVSHUWDGRU´�SDUD�R�JUXSR�SHUFHEHU� que algo precisa ser feito! Importante destacar ainda que nem sempre um grupo consegue produzir os resultados desejados. Para Wagner III e Hollenbeck (1999, apud MADRUGA, 2009) eles só podem ser considerados eficazes se atenderem a três importantes critérios: Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 80 1. Produção, superando os padrões de quantidade e qualidade propostos pela organização; 2. Satisfação dos membros, gerando satisfação de curto prazo e facilitando o desenvolvimento pessoal de longo prazo; 3. Capacidade para cooperação contínua, com a manutenção ou ampliação da capacidade dos membros trabalhar em conjunto com base nos processos interpessoais utilizados pelo grupo. Caso o grupo não produza o que pretende, os mesmos autores apontam a existência da chamada "perda de processo", que pode ser influenciada por diferentes fatores, mas os principais são: 1. Bloqueio da produção: está relacionado principalmente às interferências e interrupções externas que podem causar o bloqueio das ideias dos membros do grupo, como conversas paralelas, barulho muito alto, etc. 2. Atividades de conservação: são atividades que os membros do grupo realizam por meio de papéis para a conservação do grupo que estimulam o surgimento e a manutenção de relações pessoais sólidas, destacando-se os encorajadores, os harmonizadores e os definidores de padrões. 3. A vadiagem social (free riding): trata-se da escolha de alguns membros do grupo por trabalhar menos ao tirar proveito dos trabalhos dos demais, "surfando" nos resultados obtidos. Agora que já entendemos a teoria sobre os grupos, vamos estudar as equipes de trabalho! Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 80 4.2. Equipes de trabalho. Para começarmos este assunto, é fundamental que você saiba por diferenciar as equipes de trabalho e os grupos de trabalho. Como já vimos, o grupo de trabalho é a reunião de pessoas para compartilhar informações e tomar decisões em torno de tarefas individuais realizadas por cada um de seus membros. As competências desses membros são aleatórias e a não há sinergia gerada (podendo haver até perdas de produtividade!). As equipes de trabalho, por sua vez, são criadas para gerar sinergias, ou seja, para que haja ganhos de produtividade no trabalho por meio do esforço coordenado. Elas pressupõem a resolução interna dos conflitos para que esta sinergia possa ser gerada. A ideia é que o todo possa ser maior do que a soma das partes! Em outras palavras: o que se busca é que o resultado das equipes de trabalho sejam superiores à simples soma dos resultados dos trabalhos isolados dos indivíduos. Seu objetivo é um desempenho coletivo, e não apenas compartilhar informações para que cada membro apresente um bom desempenho individual. As competências dos membros da equipe de trabalho são complementares, buscando-VH�JHUDU�XP�³WRGR´�PDLV�SURGXWLYR�GR� que os indivíduos separadamente o seriam. Assim, as equipes de trabalho se distinguem de um mero grupo por conta dos objetivos em comum a serem atingidos pelo conjunto, que interage ativamente para atingi-los, coordenando os esforços para que sejam geradas sinergias. Para que tenham eficácia, as equipes são condicionadas pelo contexto organizacional e suas variáveis, tais como o ambiente de trabalho, remuneração, estilo de liderança, etc. A partir dessas e de outras questões é Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 80 que poderão ser definidas as equipes, sua configuração e estrutura, membros, tamanho, papéis, etc. Atenção: Se a sua banca disser que as equipes também podem gerar perdas de desempenho individual médio, olhe os demais detalhes e indicativos dados pela questão para tentar identificar se está certa ou errada. Isso porque a teoria diz que as equipes geram um potencial de melhoria do desempenho através das sinergias. Na prática, não é um fato absoluto que elas irão melhorar o desempenho sempre, pois podem estar funcionando mal! Vamos entender então quais são os principais tipos de equipes de trabalho: x Equipes do tipo força-tarefa: são formadas para resolver assuntos específicos e operam temporariamente até que seus objetivos sejam atingidos. x Equipes multifuncionais, funcional-cruzada ou interfuncionais: são as equipes formadas por colaboradores de diferentes perfis. A composição da equipe por membros de diferentes formações/áreas/ideias/etc. favorece o surgimento de ideias, a solução de problemas e a criatividade. Nestas equipes, as pessoas passam a ter que lidar com a diversidade de pensamentos, opiniões e comportamentos dos membros da equipe, o que pode gerar alguns transtornos a princípio, mas finda por gerar um ambiente propício à gestão de projetos, processos e à inovação. Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 80 x Equipes de projetos: são equipes multifuncionais criadas parao gerenciamento de um conjunto de atividades estruturadas de forma temporária para produção de um resultado exclusivo, único (projeto). x Equipes de processos: são equipes responsáveis pelo ciclo de trabalho de processos organizacionais, caracterizados por resultarem em entregas para os clientes, internos ou externos, por serem contínuos e comuns. x Equipes de resolução de problemas e melhoria: são equipes formadas por um pequeno número de funcionários, geralmente de cinco a doze, que se reúnem algumas horas por semana para realizar o melhoramento de questões organizacionais ou a resolução de problemas. Elas fazem recomendações sobre como os processos da organização podem ser melhorados. x Equipes autogerenciadas: são equipes que geralmente possuem de 10 a 15 membros, realizando trabalhos que são profundamente inter-relacionados ou até interdependentes. As equipes passam a assumir muitas das funções que anteriormente eram executadas pelos supervisores dos LQGLYtGXRV�� 5REELQV� ������� DILUPD� TXH� ³QRUPDOPHQWH�� LVVR� inclui o planejamento e o cronograma de trabalho, a delegação de tarefas aos membros, a tomada de decisões operacionais e a implementação de ações para solucionar os problemas do trabalho com fornecedores e clientes. As posições de supervisão perdem sua importância e até podHP� VHU� HOLPLQDGDV´�� $� essência das equipes autogerenciadas é exatamente o que o nome propõe: que as equipes possam se autogerenciar, sem necessidade de supervisão direta. x Equipes virtuais/em rede: são equipes nas quais os membros se encontram geograficamente dispersos. Para se Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 80 reunirem, essas equipes se utilizam de ferramentas tecnológicas que permitem que haja a colaboração on-line entre os membros. Como há menos contato pessoal, torna-se mais difícil haver interações eficazes entre os membros do grupo, mas isso não inviabiliza o seu funcionamento. x Equipes de riscos: são equipes criadas como forma de promover o espírito empreendedor dos funcionários, que possuirão ampla autonomia para administrar orçamento e atingir objetivos para, por exemplo, apresentar inovações, novos produtos, serviços ou negócios. Caso haja sucesso e aprovação, os membros da equipe podem ser incorporados às novas possibilidades, com participação nos resultados ou nos novos negócios independentes. Para bem compreender o trabalho em equipe, é importante que se saiba que diferentes fatores devem estar presentes na equipe para que ela possa apresentar um bom desempenho. Margerisson e McCann (Apud Chiavenato, 2007) sugerem uma roda com 9 fatores que precisam estar presentes em todas as equipes, podendo ser executados por membros específicos. Apresento, a seguir, esses fatores que devem estar presentes nas equipes nas palavras do referido autor, para sua melhor preparação: 1. Assessoria: fator relacionado com dar e receber informação. Cada membro deve verificar o que os outros estão fazendo em sua atividade e assegurar que estão utilizando as melhores práticas. A informação é obtida por relatórios, reuniões, artigos, livros ou mesmo conversando com outras pessoas. O assessor é também chamado Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 80 reportador e faz todos os membros da equipe serem informados para que possam analisar situações e tomar as decisões adequadas. 2. Inovação: fator relacionado com a criação e experimentação de novas ideias. A inovação é um aspecto-chave do trabalho em equipe e envolve a maneira como as coisas são feitas. A inovação é essencial para a melhoria contínua do trabalho da equipe. O inovador traz criatividade para a equipe, novas ideias e novos conceitos. Se as pessoas não estão atualizadas em suas práticas, a estrutura de custos aumenta e prejudica a competitividade. 3. Promoção: fator relacionado com a identificação e a exploração de oportunidades. Para conduzir o trabalho, as pessoas precisam obter recursos, como dinheiro, equipamento, etc. E para tanto, precisam vender o que estão fazendo para outras pessoas. Recursos para implementar novas ideias somente serão obtidos se a equipe consegue persuadir e influenciar as pessoas em níveis mais elevados na organização. O promotor também é chamado explorador e toma as novas ideias e conceitos do inovador e os vende dentro e fora da organização. Advoga a mudança e as novas oportunidades que ela traz. 4. Desenvolvimento: fator relacionado com a avaliação e o teste de aplicabilidade de novas abordagens. Muitas ideias não decolam por serem pouco práticas. O desenvolvimento assegura que as ideias sejam moldadas e configuradas para atender às necessidades dos clientes ou usuários. Envolve ouvir quais são as necessidades e incorporá-las aos planos. O desenvolvimento assegura Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Administração Geral, Pública e Gestão de Pessoas p/ Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Teoria e Exercícios. Prof. Carlos Xavier - Aula 10 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 80 que se está tentando fazer o possível apesar das restrições existentes na organização. 5. Organização: fator relacionado com o estabelecimento e a implementação das maneiras de trabalhar. Objetivos claros devem ser definidos e deve-se implementar a ação necessária para assegurar resultados no tempo e no custo. O organizador enfatiza a ação e faz as coisas acontecerem de maneira que todos saibam o que fazer, como e quando. 6. Produção: fator relacionado com a conclusão e a entrega de resultados. A partir da definição dos planos e de sua execução, a equipe pode concentrar-se na produção. Essa atividade focaliza a entrega do produto ou serviço em uma base regular e de acordo com os padrões de eficiência e eficácia. O produtor é uma pessoa prática que conduz as coisas até o fim. Sua força está em executar planos e alcançar metas e resultados de modo ordenado e controlado. 7. Inspeção: fator relacionado com o controle e a auditoria dos sistemas de trabalho. Verificações regulares das atividades - como auditorias de qualidade dos produtos, serviços e processos, análises financeiras, avaliação de custos, segurança, produtividade etc. - são essenciais para assegurar que erros sejam evitados. O inspetor é também chamado de controlador e é uma pessoa reflexiva e analítica que focaliza detalhes do trabalho com cuidado. 8. Manutenção: fator relacionado com a salvaguarda de padrões e processos. Toda equipe precisa seguir padrões e manter processos eficazes de trabalho e pode falhar se os processos não forem regularmente verificados e mantidos. O mantenedor assegura que processos de Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove