AD1 Filosofia Politica e Escola Publica

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD 
FILOSOFIA POLÍTICA E ESCOLA PÚBLICA 
Coordenador: Diogo Bogéa 
Semestre: 2019-1
Aluna: Kariny Costa de Lima
Matricula: 17212080259
Ao longo da história da sociedade a relação entre educação, ética e política variou bastante. W Jaeger defendia que a educação não era uma prática isolada ou própria do indivíduo, mas que era obra da comunidade, não haveria como enxergar a educação fora do contexto de uma comunidade, porém a ética não poderia ser pensada fora do conjunto prático da sociedade. 
A ética sempre foi uma grande preocupação dos filósofos, tornando-se prioritária aos primeiros educadores. Protágoras defendia que uma sociedade democrática se dava por sua base ética e educacional. Defendia-se que a educação tinha como finalidade a construção da democracia, pela formação dos futuros cidadãos, e que a cidade dependia das virtudes de cada indivíduo. Que a ética era aprendida na prática de acordo com as experiencias cotidianas e que não poderia ser ensinada somente com palavras. 
Platão, porém, discordava da ideia de que todos os cidadãos faziam parte da construção educacional, política e ética da sociedade, para ele a ética só poderia ser ensinada pelos filósofos, que eram os grandes detentores do saber. 
Aristóteles, diferente de seu mestre, entendia que conhecimento apenas teórico era inútil se não viesse acompanhado de sua aplicação real. A virtude seria algo a ser ensinado, porém o individuo deveria se esforçar em possuí-la e de fato coloca-la em prática no seu dia a dia. Em uma real democracia todos devem participar do governo e a educação deveria buscar o aperfeiçoamento do cidadão, tornando-o um ser completo. 
A educação tem como principal função a formação ética dos cidadãos, para que esses tenham plenas condições de participar das deliberações, refletindo o que é melhor para o bem-estar de todos. Aristóteles defendia que essa educação deveria partir do Estado.
A escola gratuita, universal e obrigatória é um principio de uma sociedade democrática, pois iguala os cidadãos. Como na Grécia antiga a França, com as ideias revolucionárias democráticas também introduz igualdade e democratização da educação, com acesso à educação para toda a população. 
Da necessidade de formação de cidadãos democráticos, surge a necessidade de um projeto de Escola pública universal e obrigatória a todos os indivíduos. 
Com a crise do Estado Forte Jacobino, percebe-se a necessidade uma formação não somente educacional ética e democrática, mas de uma formação profissional, que prepare a mão de obra necessária ao mercado de trabalho, de acordo com as necessidades do capitalismo. A educação abrevia-se a uma política pública e passa a ser responsabilidade do governo. 
Percebe-se que a educação sempre esteve atrelada a política, no inicio a formação dos cidadãos que integravam o poder, depois passou a ser regida pela necessidade de formar cidadãos éticos capazes de fazer parte das decisões políticas da sociedade, e por último ela passa a ser regida pela necessidade mercadológica do capitalismo, perdendo ser caráter meramente educacional, formador de cidadãos para formar mão de obra especializada e eficaz ao trabalho exigido.