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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
ESCOLA DE NEGÓCIO DA PUC-RIO (IAG)
GRADUAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO
ANÁLISE DA COMPANHIA DE NAVEGAÇÃO NORSUL
Por Ana Beatriz Baroncini, Frederico Servos, Isis Carvalho e Tamara Cristina.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
ESCOLA DE NEGÓCIOS PUC-RIO (IAG)
GRADUAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO
ANA BEATRIZ BARONCINI, FREDERICO SERVOS, ISIS CARVALHO E TAMARA CRISTINA.
ANÁLISE DA COMPANHIA DE NAVEGAÇÃO NORSUL
RIO DE JANEIRO
2013
ANA BEATRIZ BARONCINI, FREDERICO SERVOS, ISIS CARVALHO E TAMARA CRISTINA.
ANÁLISE DA COMPANHIA DE NAVEGAÇÃO NORSULTrabalho acadêmico apresentado na disciplina Integradora I do curso de graduação em Administração, da Escola de Negócios da PUC-Rio (IAG), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro para conclusão da mesma.
Orientado pela profª Cláudia Soares.
RIO DE JANEIRO
2013
RESUMO
Palavras-chave: NORSUL, navegação, cabotagem, 
	Pesquisa de campo na Companhia de Navegação Norsul cujo objetivo principal é, através da análise da empresa, adquirir aprendizado das práticas administrativas. A equipe de produção deste projeto utilizou de livros, sites de pesquisas e revistas que trata da administração, economia e do setor de transportes marítimos. Para conhecer melhor a empresa foram averiguados: sua história e suas características, sua atuação, seus membros, o mercado de cabotagem – o qual atua –, seus números financeiros, seus agentes e fatores externos. Na obtenção do resultado, foi levada em consideração a experiência teórica da equipe e análise de todos os fatores averiguados e descritos anteriormente.
Aprender a lidar com o ambiente interno e externo é um dos maiores desafios que as organizações enfrentam. Além de serem analisados os ambientes da organização e conhecidos suas forças e fraquezas foram realizados estudos para obter formas de combater determinadas ameaças e alcançar boas oportunidades no mercado em que atua.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------- 08
CAPÍTULO 1: APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ---------------------------------- 09
 1.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS --------------------------------------- 10
 1.1.1 Sua Localização ------------------------------------------------------------ 10
 1.1.2 Sua Frota --------------------------------------------------------------------- 10
 1.2 ESCOPO DE ATUAÇÃO ------------------------------------------------- 11
 1.2.1 Cargas ---------------------------------------------------------------------- 11
 1.2.2 Categorias de Navegação ------------------------------------------------- 12
CAPÍTULO 2: FATORES QUE AFETAM A EMPRESA --------------------------------- 14
 2.1 AMBIENTE EXTERNO ---------------------------------------------------- 14
 2.1.1 Ambiente Contextual ----------------------------------------------------- 15
 2.1.2 Ambiente Operacional ---------------------------------------------------- 29
 2.1.3 Características do Mercado ---------------------------------------------- 36
 2.1.4 Relação Preço - Demanda ----------------------------------------------- 39
 2.2 AMBIENTE INTERNO -------------------------------------------------- 41
 2.2.1 Planejamento da Organização ------------------------------------------- 41
 2.2.2 Objetivos Táticos --------------------------------------------------------- 44
 2.2.3 Gestão das Áreas Funcionais ------------------------------------------- 46
 2.2.4 Macroprocesso ----------------------------------------------------------- 47
 2.2.5 Processos Internos ------------------------------------------------------- 48
 2.2.6 Grau de Automação ----------------------------------------------------- 48
 2.2.7 Responsabilidade Sócio – Ambiental ---------------------------------- 49
 2.2.8 Organização -------------------------------------------------------------- 49
 2.2.9 Organograma ------------------------------------------------------------ 52
 2.2.10 Tomada de Decisão e Poder ----------------------------------------------------------------- 53
 2.2.11 Comunicação ---------------------------------------------------------------------------------- 55
 2.2.12 Liderança e Motivação ---------------------------------------------------------------------- 56
 2.2.13 Controle -------------------------------------------------------------------------------------- 62
CAPÍTULO 3: PRINCIPAIS NÚMEROS FINANCEIROS DA NORSUL E SUAS CONCORRENTES -------------------------------------------------------------------------------------- 64 
 3.1 ESTRUTURA DO CAPITAL DA EMPRESA --------------------------------------------- 66
 3.2 ANÁLISE DOS INDICADORES CONTÁBEIS ------------------------------------------ 68
 3.2.1 Rentabilidade ---------------------------------------------------------------------------------- 68
 3.2.2 Liquidez --------------------------------------------------------------------------------------- 70
 3.2.3 Endividamento ----------------------------------------------------------------------------- 74
CONCLUSÃO:
ANÁLISE CRÍTICA DA EMPRESA ------------------------------------------------------- 77
INDENTIFICAÇÃO DAS AMEAÇAS DO MERCADO DE CABOTAGEM ------- 77
Ameaças ------------------------------------------------------------------------------------- 77
Oportunidades ------------------------------------------------------------------------------- 79
IDENTIFICAÇÃO DAS FORÇAS E FRAQUEZAS DA NORSUL -------------------- 80
Forças ----------------------------------------------------------------------------------------- 80
Fraquezas ------------------------------------------------------------------------------------- 80
RECOMENDAÇÕES --------------------------------------------------------------------------- 82
Planejar -------------------------------------------------------------------------------------- 82
Organizar ------------------------------------------------------------------------------------- 83
Controlar -------------------------------------------------------------------------------------- 84
Liderar ---------------------------------------------------------------------------------------- 85
EXPERIÊNCIA DO GRUPO NA ELABORAÇÃO DO TRABALHO ------------------ 86
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ----------------------------------------------------------- 87
 
 INTRODUÇÃO
O trabalho acadêmico intitulado por “Projeto Empresa”, da disciplina Integradora I, tem por finalidade inserir o estudante de graduação em Administração de Empresas no ambiente empresarial, no contexto interno e externo.
Para isso, foram analisados pelo grupo os diversos fatores que rodeiam a Companhia de Navegação NORSUL. Tendo como tais, fatores financeiros, interpessoais, ambiental – micro e macro ambiente.
Na obtenção dos dados, foram utilizados e analisados como métodos de pesquisa a observação do ambiente de trabalho da empresa, jornais, revistas, sites, livros acadêmicos e entrevistas com o Diretor Financeiro e Presidente da empresa, Sr. Ângelo Baroncini.
Durante e após a finalização deste projeto, espera-se a ampliação da capacidade de analisar, criticamente, formular opiniões, sugestões, críticas e conclusão, por parte do grupo, não apenas da empresa analisada, mas tambémde todas as empresas com as quais esta equipe deparar-se-á.
1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA
A Companhia de Navegação NORSUL é uma das empresas líderes no ramo da cabotagem na costa leste da América do Sul – desde o norte da Colômbia à Argentina.
Fundada em novembro de 1963 pelo empresário norueguês Erling Lorentzen, que chegou ao Brasil no ano de 1953, com objetivo de ajudar seu pai nos negócios da família – navegação marinha mercante que ia do Golfo do México até a costa lesta do Brasil e Argentina.
A empresa hoje é uma Sociedade Anônima (S/A) – que é uma forma jurídica de constituição de empresas na qual o capital social não se encontra atribuído a um nome em específico, mas está dividido em ações que podem ser transacionadas livremente, sem necessidade de escritura pública ou outro ato notarial. E, por ser uma sociedade de capital, prevê a obtenção de lucros a serem distribuídos aos acionistas.
Além de Sociedade Anônima, a NORSUL é também considerada uma Sociedade Holding – uma forma de sociedade criada para administrar um negócio ou um grupo de empresas. Isso porque a empresa é administrada por 3(três) sócios que detém ações de participação. Tais sócios são o Grupo Lorentzen, Família 1 e Família 2, que detêm, respectivamente, 70% (setenta por cento), 27% (vinte e sete por cento) e 3% (três por cento).
Abaixo, apresenta-se um dos navios da Norsul
Figura 1 - Navio da Norsul
(Fonte: Norsul) 
1.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS
1.1.1 Sua Localização
Atualmente a NORSUL possui sede no estado do Maranhão e 3 (três) filiais – nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Sua filial do Rio de Janeiro, onde este trabalho teve endereço, localiza-se na Avenida Augusto Severo, número 8 (oito), Glória.
1.1.2 Sua Frota 
A atual frota da organização é composta por 29 (vinte e nove) embarcações. Destas, são 7 (sete) navios graneleiros – sendo 5 (cinco) de bandeira brasileira, bandeira marítima* do Brasil; 4 (quatro) próprios; 3 (três) navios tipo multi-propósito; comboios oceânicos compostos de 6 empurradores – todos de bandeira brasileira; e 12 (doze) barcaças.
Abaixo, apresentam-se exemplos de sua frota.
Figura 2 - Frota Norsul
(Fonte: NORSUL) 	
Nota: * Bandeira marítima é uma forma de identificação e sinalização das embarcações. Sua utilização é obrigatória, cada país ou união possui uma bandeira.
1.2 ESCOPO DE ATUAÇÃO
1.2.1 Cargas 
A NORSUL opera com o transporte de dois tipos de carga, denominados de granel seco e neo-granel.
1.2.1.1 Granel seco
	Granel seco é toda matéria-prima em estado sólido que não é acondicionada em embalagens individuais para seu transporte e que também não tem contagem específica de unidades, mas sim em tanques apropriados para esse tipo de material. 
	Líder neste tipo de transporte, a empresa opera neste ramo desde sua fundação.
São exemplos deste tipo de carga, o minério de ferro, o carvão, o aço, a madeira, o cimento, a areia, o açúcar, o milho, a soja, o trigo, entre outros.
Abaixo, apresenta-se o processo de carregamento do granel seco em uma das embarcações.
Figura 3 - Carga a granel
(Fonte: NORSUL)
1.2.1.2 Neo-granel
	Neo-granel é o carregamento de grandes cargas homogêneas, sem acondicionamento específico, e que pode ser transportadas em lotes devido à sua quantidade ou ao seu volume.
 A NORSUL começou a realizar tal operação a partir de 2003(dois mil e três). Essa operação com esse tipo de carga é utilizada por diversas empresas no Mar do Norte, Golfo do México e no Mediterrâneo. 	
	O transporte, hidroviário, de veículos iguais, como tanques de guerra, é exemplo deste tipo de carga. 
Abaixo, apresenta-se o carregamento desse tipo de carga em uma das embarcações da NORSUL.
Figura 4 - Neo granel
(Fonte: NORSUL)
1.2.2 Categorias de Navegação
No setor de transporte hidroviário existem duas categorias de navegação, chamadas de longo curso e cabotagem. Suas diferenças serão apresentadas a seguir.
1.2.2.1 Longo Curso
	Categoria da navegação na qual o transporte, de qualquer tipo de carga, é realizado entre portos marítimos de países de um mesmo continente ou de continentes diferentes. Podendo ser transporte de matérias-primas (granel, líquido ou sólido) ou de produtos já finalizados. 
Abaixo, apresenta-se um navio em “ação”.
Figura 5 - Longo curso
O
(Fonte: Arquivo NORSUL)
1.2.2.2 Cabotagem
Diferentemente do longo curso, este tipo de navegação consiste no transporte de diversos tipos de cargas (granel ou neo-granel) entre portos marítimos de um mesmo país ou entre países de uma mesma costa, como por exemplo, a área de atuação da NORSUL – cujo termo denomina-se cabotagem internacional. Podendo ainda, no caso do Brasil, ser em vias navegáveis no interior do país, como por exemplo, o Rio Solimões - Amazonas. 
Abaixo, apresenta-se um mapa com as vias navegáveis.
Figura 6 - Vias navegáveis interiores
(Fonte: Superintendência de Navegação Interior/Antaq)
2 FATORES QUE AFETAM A EMPRESA
Todas as organizações, sem exceção, estão em constante interação com o ambiente no qual estão inseridas onde este pode afetar diretamente ou indiretamente a mesma causando seu sucesso ou seu fracasso. Por isso, compete aos gestores destas organizações a monitoração e análise do meio ao qual pertencem a fim de localizar possíveis ameaças e oportunidades (Sobral, 2008).
Para realizar a análise ambiental o grupo baseou-se nos conceitos das teorias de sistemas – que, em síntese, diz que no mundo existem sistemas e subsistemas, organizacionais, onde seus elementos vivem em constante interação – e de contingência – enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa, mas que tudo é relativo.
Contudo é válido lembrar que nem todos os componentes do ambiente organizacional exercem o mesmo tipo de influência. Por essa razão, ele é estudado em duas esferas: o ambiente externo e o ambiente interno. 
A reflexão sobre o ambiente organizacional da NORSUL terá seu início a partir do ambiente externo. 
2.1 O AMBIENTE EXTERNO
É o âmbito no qual a empresa se encontra onde seus membros estão fora dos limites organizacionais. Tais elementos relacionam-se mutua e constantemente, tal como um efeito de simbiose, onde a organização recebe insumos e recursos do meio e devolve ao mesmo seus produtos e serviços.
A análise do ambiente externo é feita através de duas vertentes: o ambiente contextual e o ambiente operacional. Sendo o primeiro o que exerce sua influência indiretamente (meio ambiente, economia, política, tendências, etc.) e o segundo o que exerce influência diretamente (clientes, fornecedores, agências reguladoras, sindicatos, entre outros).
2.1.1 Ambiente Contextual
2.1.1.1 Variável Ambiental
São as variáveis relacionadas à questão ambiental e que de maneira direta ou indireta afetam os negócios das organizações.
Relacionado ao meio ambiente, existem órgãos reguladores e fiscalizadores – como o próprio Ministério do Meio Ambiente, citado nesta seção, a Feema (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente), e as secretarias municipais e estaduais do meio ambiente – que estão presentes e atuam nas três esferas: Federal, Estadual e Municipal. 
São presentes, no mundo todo, organizações que agem em prol da preservação ambiental e, em alguns casos, contra as empresas que afetam intensa e constantemente o mesmo. Algumas delas são: Green Peace e World Wildlife Fund (WWF). 
Dentre os fatores analisados, destacam-se aquém deste parágrafo.
Faixa litorânea do território brasileiro: 
A faixa litorânea do Brasil é uma das maiores do mundo com mais de 8 (oito) mil quilômetros de extensão que pode variar de uma região para outra – há regiões rochosas, regiões de mata, regiões de ilhas e baías, regiões pantaneiras entre outras e, ainda, cada região com um ecossistema diferente – banhados pelo Oceano Atlântico (World Wildlife Fund Brasil).
Há, também, estudos do Ministério do Meio Ambiente que relatam o avanço rápido do Oceano Atlântico em alguns estados brasileiros e o retrocessodo mesmo em outros devido a mudanças, sobretudo, climáticas, que ocasionam o derretimento de costas formadas por gelo, o que vem provocando mudanças na costa do país, e que pode modificar ainda mais nos próximos anos (“Erosão e Progradação do Litoral Brasileiro”, Ministério do Meio Ambiente).
Além da mudança mencionada acima, há grande preocupação com ecossistema dos grandes oceanos (Atlântico, Pacífica, Índico, Glacial Ártico e Glacial Antártico). Tal preocupação está relacionada à modificação ou até mesmo extinção do ecossistema destes locais devido ao despejo de resíduos tóxicos, lixo – principalmente industrial – entre outros dejetos que os afetam.
Clima: 
Por ser um país localizado na zona intertropical do planeta, isto é, a maior parte de seu território localiza-se entre os hemisférios norte e sul e, por isso, ele passa por diferentes trópicos e zonas do globo terrestre. Tendo o Brasil, desta forma, um clima variado em suas regiões.
Na região norte e nos estados do Maranhão e Mato grosso, o clima equatorial é predominante. Este clima caracteriza-se pela elevada temperatura, grande umidade, baixa amplitude térmica e grande quantidade de chuvas.
Em outras partes do Maranhão e nos estados de Piauí, Ceará, Bahia, Minas Gerais e do Centro-Oeste o clima é tropical onde as temperaturas são mais altas em alguns meses, a amplitude térmica é relativamente baixa e há duas estações definidas: seca de maio a setembro e chuvosa de outubro a abril.
O clima tropical de altitude é encontrado nas regiões serranas e de planalto principalmente nos estados da região sudeste. Por ter baixa de amplitude térmica tais lugares possuem temperatura menor que algumas localidades do país (em torno de 17ºC (dezessete graus Celsius)). Já o nível das chuvas é aproximado com a média de outros locais (em torno de 1500 mm (mil e quinhentos milímetros) por ano).
Com temperatura anual relativamente elevada (próxima dos 25ºC(vinte e cinco graus Celsius)), acentuado teor de umidade e índices de chuva variando entre 1250 mm (mil duzentos e cinqüenta milímetros) e 2000 mm (dois mil milímetros) apresentam-se nas regiões litorâneas do Brasil – na faixa que se estende desde o nordeste a uma pequena parte da região sul – o clima tropical úmido ou clima tropical atlântico.
Famoso por seus longos períodos de seca devido ao seu longo período de escassez de chuva, e quando ocorre são mal distribuídas (com índices pluviométricos abaixo de 750 mm (setecentos e cinquenta milímetros)) e altas temperaturas (aproximadamente 25ºC (vinte e cinco graus Celsius) podendo subir ainda mais) durante todo o ano o clima semiárido é típico do interior do Nordeste.
Exclusivo na região sul do país, o clima subtropical destaca-se por sua baixa temperatura – em algumas épocas a temperatura fica em torno de 0ºC (zero graus Celsius) podendo haver geadas – amplitude térmica acentuada e índices pluviais anual em cerca de 1200 mm (mil e duzentos milímetros).
Figura 7 - Tipos de clima por região
(Fonte: Brasil Escola)
Além das diferenças climáticas entre as regiões no Brasil, há, no mundo todo, fenômenos que alteram o clima de determinadas regiões.
A partir deste parágrafo, serão tratados os fenômenos que afetam o clima brasileiro. A começar com o El Niño – que é o aumento, num intervalo de dois a sete anos, de 3ºC a 7ºC no Oceano Pacífico, mais comumente no Equador. 
Embora este afete com mais intensidade o clima equatoriano, já foram localizados efeitos relacionados a ele em várias partes do planeta, e o Brasil é um desses lugares. 
Este fenômeno causa na América do Sul o deslocamento, no sentido noroeste-sudeste, de uma massa de ar quente e úmida que provoca fortes chuvas em lugares isolados – que vai da região da caatinga e se desloca para o sul do país. Em conseqüência, há enchentes nesta parte do Brasil e nas regiões de clima semi-árido (nordeste e extremo norte, principalmente Roraima) esse período e de extrema seca.
Outra influencia do El Niño é o desvio da Massa Polar Atlântica que ocorre antes que ela chegue ao sudeste brasileiro. Isso faz com que a temperatura no inverno caia com menos intensidade.
A inversão térmica, que é um fenômeno local e que ocorre com mais freqüência no inverno, acontece quando durante a madrugada e o início a temperatura do solo fica muito baixa – às vezes abaixo de zero – e o ar frio fica desce, e o quente sobe, ficando, assim, aprisionado. Quando há essa troca de massa de ar (a fria fica embaixo, detida por certo tempo, e a quente fica ensina) as temperaturas também tendem a ser mais baixar.
 O efeito estufa – que é a contenção do calor que o Sol irradia na Terra – é agravado pela intervenção dos gases retentores de calor que são lançados na atmosfera. Ele provoca o aumento da temperatura terrestre em dias de intenso calor. Entretanto, com o efeito dos gases mencionados pode ocorrer elevação, gradativa e permanente, na temperatura em todos os países. Com o forte aumento da temperatura, podem acorrer chuvas intensas.
As chuvas ácidas, embora seja fenômeno natural (pois a combinação da molécula de H2O – água – e de CO2 – dióxido de carbono, presentes na atmosfera já dá as chuvas uma pequena, e natural, acidez) elas são agravadas pela poluição em ambientes urbanos e industriais, pela emissão de poluentes das indústrias, dos transportes e de outras formas de combustão. Isto porque, quando há lançamento de gases como o dióxido de nitrogênio (NO2) e trióxido de enxofre (SO3) – este que é a combinação entre o dióxido de enxofre (SO2), emitida pela combustão de fósseis, e o oxigênio (O2), presente na atmosfera.
Segundo Sene, até o ano de 2009 (dois mil e novo), em todo o mundo, “a concentração de trióxido de enxofre aumentou na atmosfera como resultado da ampliação do uso de combustíveis fósseis nos transportes, nas termelétricas e nas indústrias. Cerca de 90% desse gás é eliminado pela queima do carvão e do petróleo. Já pelo menos 70% de nitrogênio são emitido pelos veículos automotores. Enquanto a concentração do primeiro está gradativamente diminuindo na atmosfera, a do segundo está aumentado, por causa da maior utilização do transporte rodoviário.”
As chuvas ácidas tem ação corrosiva, destruindo estruturas de metais, concreto, e até pinturas. Além deste efeito, alguns lagos, que mesmo distantes dos locais poluentes, estão se tornando acidificados, matando o ecossistema destes locais.
As ilhas de calor, fenômenos típicos de centros urbanos, e criado pelo homem, são zonas com temperaturas 4ºC (quatro graus Celsius) à 11ºC (onze graus Celsius) mais elevadas em relação às rurais. A explicação deste fenômenos está no grande número de prédios – que são impermeabilizados e, portanto, recebem o calor sem absorvê-lo fazendo com que fique retida uma massa de ar quente em torno dos mesmo.
Esse fenômeno é piorado pela emissão de poluentes (como o dióxido de carbono (CO2)) na atmosfera que bloqueiam a irradiação do calor da superfície nos centros urbanos.
De acordo com a revista Época, do início dos anos 1990 (mil novecentos e noventa) – quando se iniciou a medição dos gases que causam o efeito estufa – até início dos anos 2000 (dois mil) o desmatamento foi visto como o principal responsável pelo aumento das emissões de gás carbônico (CO2), isso ocorre porque a redução do número de árvores, num determinado local, reduz, por conseqüência, a absorção de tal substância. crescendo substancialmente e mudando o panorama da emissão de gases no Brasil. A figura abaixo corrobora com esta afirmação. (“Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa 1990-2012”, Observatório do Clima).
Hoje em dia a história é diferente: estudos do Observatório do Clima apontam que as emissões deste gás poluente, por parte de usinas termoelétricas, vem 
Figura 8 - Matriz da evolução de emissão de CO2 no Brasil
(Fonte: Época, 2013)
Tal fenômeno é explicado pela também crescente demanda por energia no país, estimulada pelo crescimento de empresas e da população – e, em conseqüência, aumento de domicílios – e a disponibilidade financeira ede infraestrutura dos habitantes em serem beneficiados pelo recebimento de energia elétrica. 
Ainda em conformidade com os resultados do estudo, o aumento do número de automóveis em circulação nas vias brasileiras contribuiu, ainda mais, para o aumento de CO2 na atmosfera. Isto em virtude da melhora do poder aquisitivo das classes mais baixas, classes C e D, correlacionado à facilidade de compra de tais bens, seja por facilidade de crédito como também por redução de impostos, e ao acesso das classes elevadas, A e B, que já era presente na economia (Partner Consulting/ Folha de S. Paulo).
Atualmente, com envolvimento global em sustentabilidade, muito se tem debatido sobre as mudanças climáticas e os fatores que as causam. O que se sabe é que desde a constituição da civilização, principalmente em meios urbanos, o ser humano vem contribuindo gradativamente para o aumento desse problema.
Devido a essa acalorada discussão, muitos órgãos não governamentais (ONG’S) foram criadas em prol do meio ambiente e, muitas vezes, contras empresas que afetam negativamente o mesmo. Dentro eles, podem ser citados o Green Peace e o WWF (World Wildlife Fund Brasil). Há, também, os órgãos governamentais (Ministério e secretarias estaduais e municipais, no Brasil) que atuam na fiscalização e regulamentação da relação homem-natureza.
Como a empresa analisa neste relatório é de transporte marítimo, logo é preciso de condições climáticas para realizar os serviços, ou seja, existem condições climáticas inapropriadas para se navegar ou funcionamento dos portos.
Hoje em dia, além de ser lei, a preocupação com o meio ambiente é um fator que pode diferenciar uma empresa da outra, ou seja, A NORSUL precisa se preocupar com o ambiente por onde navega. 
2.1.1.2 Variável Sociocultural
Os fatores socioculturais são aqueles elementos que fazem parte dos valores, crenças, costumes e hábitos, rituais, estilos de vida, coisas que fazem parte do cotidiano de uma sociedade e que executam influência tanto nos consumidores quanto nas empresas.
	De acordo com o estudo realizado pelo grupo, os fatores que afetam a NORSUL são os seguintes.
	Muito se sabe, e se tem estudado sobre o nível de educação no Brasil. E a conclusão que todos chegam é que falta investimento na educação básica e, muitas vezes, interesse por parte da população em especializar-se em algo.
	Na área naval não é diferente. Para as atividades fins das empresas deste ramo, a mão de obra necessita desta especialização, mas poucos são aqueles que possuem qualificação adequada (Ubm Navalshore). 
	Na Norsul, segundo informações colhidas durante as entrevistas, os funcionários do BackOffice possuem diversas formações, mas a maioria, ou quase todos, procuram algum tipo de curso voltado para o ramo em que atuam.
A violência é algo que, infelizmente, vem crescendo nas últimas décadas, principalmente nas grandes cidades. E não é somente violência relacionada aos homicídios, mas sim todo tipo de violência: contra mulher, contra crianças, no trânsito, nas ruas, dentro de casa, em restaurantes, enfim, a lista é enorme. (O Globo, 2013)
Existem vertentes de que tais atrocidades viraram uma epidemia sem controle, sem precedentes, sem razão e sem motivo algum, somente atitudes banais (Exame, 2013).
Há relatos, em se tratando de transportes, objeto de estudo deste projeto, de frequentes roubos de carga nas rodovias e ferrovias brasileira. Sendo necessária, na maioria dos casos, a contratação de segurança privada – rastreamento e escolta armada – durante o trajeto que as cargas fazem nas estradas e nas ferrovias para não ocorrer furtos e prejuízos maiores, embora esta prática aumente o custo do produto (Exame, 2006).
Em estudos realizados, há 15 (quinze) anos, pela Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística, no ano de 2012 (dois mil e doze) os furtos atingiram sua marca recorde: foram registrados 14,4 mil (quatorze mil e quatrocentos) ocorrências (Jornal Nacional, 2013). Contudo, os caminhoneiros e portuários relatam que os números relacionados a isso estão bem longe do que é a realidade (Santos Modal, 2004).
Ainda de acordo com a análise, 70% (setenta por cento) dos roubos aconteceram nas redondezas dos grandes centros urbanos (Jornal Nacional, 2013).
Dentre as cargas mais cobiçadas estão os alimentos, os cigarros, os eletroeletrônicos, os remédios e os combustíveis.
Segundo a revista Exame, o transporte de cargas em navios é o meio mais seguro, durante o trajeto, e de menor custo. Porém, nem todas as empresas conseguem optar por este tipo de serviço devido à distância de algumas cidades aos portos e a pouca frequência na integração de transportes.
Nos portos a situação não é diferente. Lá também há relatos de violência, principalmente furtos de cargas ou até mesmo de peças armazenadas nos portos, como o caso do roubos das vigas do elevado da Perimetral, no Rio de Janeiro (G1.globo.com, 2013).
Figura 9 e 4 - Ocorrências e prejuízos com roubos e furtos
Mil ocorrências e Milhões R$ 
	
		Ano
	Mil ocorrências
	Prejuízos (Milhões R$)
	1999
	10,5
	R$ 420
	2000
	11,1
	R$ 500
	2001
	11,5
	R$ 550
	2002
	12,0
	R$ 575
	2003
	12,0
	R$ 630
	2004
	11,9
	R$ 700
	2005
	11,5
	R$ 700
	2006
	11,4
	R$ 710
	2007
	11,9
	R$ 735
	2008
	12,8
	R$ 805
	2009
	13,4
	R$ 900
	2010
	12,3
	R$ 880
	2011
	13,0
	R$ 920
Fonte: Comissão Permanente de Segurança / NTC
Análises: Instituto ILOS
Figura 10 - Ocorrências e prejuízos por região (2011)
	Malha
	Nº Ocorrências
	Prejuízos (Milhões R$)
	Centro-oeste
	397
	38,6
	Nordeste
	738
	77,4
	Norte
	184
	16,4
	Sudeste
	10.875
	700,4
	Sul
	819
	86,9
	Total
	13.013
	920,0
Fonte: Comissão Permanente de Segurança/NTC
Análises: Instituto ILOS
Os portos e as navegações demandam de um investimento na segurança para assegurarem que não ocorram atos de violência, já que as mercadorias transportadas pelo sistema naval, normalmente, são de alto valor.
2.1.1.3 Variável Tecnológica	
Refere-se ao nível de desenvolvimento tecnológico da sociedade ou de um determinado setor. Inovação tecnológica em processos de produção e investimentos em novos tipos de tecnologias são alguns exemplos de variáveis tecnológicas. 
O fator tecnológico identificado e que se aplica a empresa é o relatado a seguir.
Tecnologia das Embarcações: 
A Norsul pode lançar mão da tecnologia para realizar melhorias estruturais em suas embarcações mais eficientes no transporte, entre outras vantagens, a empresa precisa investir nas embarcações para acompanhar as mudanças tecnológicas. Bem como pode utilizá-la para uma boa comunicação entre os marítimos (funcionários que embarcam) e os colaboradores em terra e/ou os portos de onde saem para onde vão atracar, e vice-versa, e entre os primeiros e suas respectivas famílias.
Além dos benefícios citados acima, a tecnologia auxilia na melhoria dos processos internos da organização com a inclusão, e melhoria, da informatização. 
2.1.1.4 Variável Econômica
As mudanças e tendências econômicas são, dentre as variáveis, as que mais possuem impacto na organização e as que são melhores observadas. Isso porque alterações salariais e de políticas de juros e fiscais impactam diretamente não só nos negócios da empresa, mas no mercado como todo.
Indicadores econômicos e mudanças feitas pelo governo podem conduzir o desempenho da empresa. Por isso os gestores devem estar sempre atentos a eles e, se possível, anteciparem-se ao cenário que possa surgir.
As varáveis econômicas que se aplicam à realidade da empresas serão descritas abaixo.
Balança Comercial: 
Termo que tem como finalidade contabilizar os bens que entram (através de importações) e saem (através de exportações) de um país. Quando entram mais bens do que saem, diz-se que ocorre um déficit na balança, já ao contrário, refere-se ao superávit na balança comercial.
Segundo o site G1.globo.com, o resultado da balança comercial brasileira foi de R$ 19,43 bilhões (dezenovebilhões e quarenta e três milhões de reais) positivos, isto é, um superávit deste valor.
Embora o valor positivo, este foi o pior em 10 (dez) anos, de acordo com a reportagem. Isto é influência da crise mundial que afetou para a diminuição das exportações.
Com a modesta recuperação da economia, pode haver recuperação neste saldo.
A atuação no mercado de navegação de longo curso afeta diretamente abalança comercial, pois lida com exportações. 
Figura 11 - Balança Comercial do Brasil
Na figura acima, pode-se verificar como as crises mundiais dos anos de 2008 e de 2012 tiveram impacto negativo na Balança Comercial do Brasil. Diminuindo, principalmente, a o número de exportações de matérias primas como os grãos, por exemplo.
Variação Cambial: 
Variação cambial é, segundo a definição da Receita Federal, “é a variação do valor da nossa moeda em relação às moedas estrangeiras”. Tal valor pode variar diariamente, de acordo com a cotação da moeda em cada bolsa de valores.
Figura 12 - Valor Cambial do dólar comercial
(Fonte: Valor Econômico)
Na figura acima, tem-se a noção do quanto é volátil e relativo o valor de determinada moeda no horizonte do tempo.
Quanto mais valorizada a moeda, mais cara ela é em relação à desvalorizada, e vice-versa.
O mercado de atuação da empresa é afetado com a valorização ou não do Real, já que a empresa é voltada para a exportação e realiza transações em dólar.
Investimentos: 
O setor portuário precisa de investimentos relacionados à sua infraestrutura, ampliação ou manutenção, para comportar um numero maior de embarcações e "estocagem", de mercadorias. Outro tipo de investimento é o incentivo do governo para a utilização do transporte naval.
No Brasil, existem alguns projetos, de iniciativa pública e/ou privada, para investimentos em construção e melhorias dos portos. Contudo, ainda são planos que não saíram do papel, mas que consomem dinheiro e não trouxeram nenhum retorno para os dependentes deste tipo de investimento em infraestrutura. (Agência Brasil/ Globo.com)
2.1.1.5 Variável Político-Legal
	São todas as variáveis que resultam de um processo político dentre as quais se destacam a estabilidade política de um país, a legislação laboral, a legislação anti - monopolista, a prática de Lobby e Cartel. Tais itens tem como impacto: a restrição, o controle ou o incentivo às empresas, a possível liberalização das relações trabalhistas, a intermediação entre organizações e consumidores.
	A saber disto, os elementos encontrados no ambiente político-legal encontram-se nos próximos parágrafos.
Há incentivos do governo, com o Plano Hidroviário Estratégico (PHE), elaborado no governo da presidente Dilma Rousseff, que pretende ampliar, até 2031, o transporte por hidrovias interiores como alternativa para o escoamento de produtos que servem como base de produção ou de produção agrícola.
Há também o MP dos Portos, que é um projeto provisório, aprovado este ano no Congresso, que visa ampliar investimentos e modernizar os portos do país (G1.globo.com).
Secretária dos Portos:
É o órgão do governo especifico para a infraestrutura marítima, ou seja, a SEP é a representação da legislação brasileira no setor marítimo do país. A secretaria é a responsável pelas leis, decretos que as empresas precisam seguir.
A SEP elaborou uma ferramenta integrada de planejamento para os portos brasileiros com a finalidade de identificar os problemas destes portos e criar soluções para que possa obter melhorias num dos mais importantes meios logísticos do país – portos marítimos (Portos do Brasil).
Portuários: 
São os funcionários dos portos que não possuem vínculo empregatício nem com a administração dos Portos e nem com a Norsul – são trabalhadores avulso, isto é, não possuem vínculo empregatício com nenhuma entidade, mas é “contratado” através de órgãos intermediários, sindicatos, e até mesmo pela administração dos Portos, e possuem todos os direitos trabalhistas como pagamento de fundo de garantia, previdência, décimo terceiro salário e férias, referentes ao período trabalhado.
Nesta relação, a empresa, que necessita de trabalhadores portuários, entra em contato com a respectiva administradora do porto a ser atracado, estabelece uma espécie de contrato com a mesma por um valor determinado e esta repassa o dinheiro, que já teve os ônus administrativos retirado, aos trabalhadores que irão realizar os serviços para a empresa contratante pelo prazo determinado.
Porém, assim como em toda espécie de trabalho (de carteira assinada, avulso, terceirizado...), podem haver problemas em algum dos lados. Por exemplo, no inicio do ano a greve dos portuários, que reivindicava os direitos trabalhistas constituídos nas CLTs, afetou todo o sistema de transporte marítimo, já que os portos ficaram fechados ou não operaram com todo seu efetivo, assim atrasando todo o serviço de transporte e gerando prejuízos.
2.1.2 Ambiente Operacional
2.1.2.1 Clientes
Clientes são pessoas ou organização que adquirem produtos e/ou serviços da outra organização.
Foram identificados como principais clientes da NORSUL grandes grupos industriais do Brasil, são eles:
Alcoa-Alumar (alumínio): A alcoa é uma grande empresa em que Alumar é um consórcio dentro dela, sendo um dos maiores complexos do mundo para produção de alumínio primário e alumina.
Fibria é uma empresa que atua no ramo da extração de celulose de eucaliptos no Brasil, com exportação para países da América do Norte, Europa e Ásia. Para tal atividade, a organização conta com “florestas” de eucalipto na Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e fábricas que extraem a celulose da madeira nos mesmo estados onde estão as “florestas” menos nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. A Norsul trabalha com a Fibria no transporte de madeiras e celulose (Fibria).
Veracel Celulose é fruto da união de duas empresas, entre a Fibria, citada anteriormente, e a sueco-filandesa Stora Enso, especialista na fabricação de papel, embalagens e produtos em madeira, que começou como Veracruz Florestal, no ano de 1991 (mil novecentos e noventa e um) e, com aquisições de terras e o plantio de eucalipto, obteve licença para implantar fábrica de extração de celulose em Veracel, na Bahia – prática que vem fazendo até hoje. Para a empresa, a Norsul transporta celulose (Veracel Celulose).
ArcelorMittal Brasil é uma indústria de base presente em países como Brasil, Argentina, Costa Rica e Trinidad e Tobago. Seu negócio é fabricação de aço que serve como matéria-prima para construção civil, agropecuária, indústrias em geral entre outras atividades que utilizem aço como matéria para produção ou para estrutura. A Norsul atua somente com a unidade do Brasil, transportando seu aço (ArceloMittal Brasil).
A Usiminas possui um grupo de empresas, espalhadas por 7 (sete) estados brasileiros, integradas, que atuam em todas as etapas de fabricação do aço plano – de placas a aços revestidos – que, segundo o site institucional da empresa, vão desde a “extração do minério, passando pelo beneficiamento do produto de acordo com as especificações dos clientes e transporte por via rodoviária, ferroviária ou marítima até transformação do aço em bens manufaturados, como equipamentos e estruturas metálicas de grande porte”.
A Usiminas atende diversos setores da economia brasileira como automotivo, naval, óleo e gás, construção civil, máquinas e equipamentos, linha branca, distribuição, entre outros (Usiminas).
Imerys é uma empresa francesa, com filial aqui no Brasil, mais especificamente em São Paulo, que atua na produção e transformação de diversos minerais industriais para fornecer aditivos e pigmentos a indústrias de tintas, de papel para revistas, artigos e catálogos, de plástico, de higiene oral, de cuidados pessoais entre outras.
A Norsul realiza o transporte de caulim para a Imerys onde 99% (noventa e nove por cento) do produto é destinado à indústria de papel e o restante para uma indústriade cosméticos no Pará que utiliza a matéria-prima para um de seus produtos.
Sediada em Atlanta, na Geórgia, a empresa Novelis Aluminum produz laminados de alumínio que atende às fabricantes de latas de refrigerantes, indústrias automotivas, arquitetura e bens de consumo eletrônicos. Ela está presente em 10 (dez) países, localizados em 4 (quatro) continentes e possui clientes como Audi, Ford, Mercedes-Benz, Jaguar, BMW, Coca-cola, LG, Samsung, entre outros grandes (Novellis).
General Eletric Company (GE) é uma empresa multinacional norte-americana cujo suas unidades de negócios, todos envolvendo o uso de alta tecnologia, que vão desde serviços de soluções para aumentar a oferta de saúde de qualidade a baixo custo até a produção de turbinas de avião e de sistemas elétricos e mecânicos para aeronaves (General Eletric).
A Norsul trabalha, junto a GE, no transporte de parques eólicos – que fazem parte da unidade de negócios que envolvem a geração e fornecimento de energia elétrica nos setores público, comercial, industrial e residencial (General Eletric).
A relação contratual entre a empresa contratante e a organização analisada pelo grupo se dá da seguinte forma: o cliente compra da NORSUL um serviço de transporte marítimo, pagando um frete. A empresa possui um setor de logística o qual compra todos os insumos necessários à empresa, sendo eles peças de reposição, comida da tripulação, material de escritório, óleo combustível, água doce, seguro, serviço de reparo nas peças, tudo isso para manter uma indústria flutuante que são a tripulação que trabalha um mês na plataforma, um mês em casa. Logo, o comportamento de compra da empresa se baseia na compra da mesma por meio do setor de logística e da venda dos serviços da mesma para o cliente.
Todos os clientes da empresa possuem longa relação contratual com a mesma. Estabelecendo-se assim uma relação de fidelidade e confiança entre ambos os lados. 
Tabela 1 - Concentração de Faturamento Norsul
Figura 13 - Concentração de Faturamento Norsul
(Fonte: Norsul)
A tabela e figura acima demonstram o grau de concentração de faturamento da empresa no ano de 2012, com seus principais clientes.
2.1.2.2 Fornecedores
São os responsáveis por fornecer a matéria prima ou itens adicionais (como peças e combustíveis) necessários para a empresa poder produzir seu bem ou serviço.
	Seus principais fornecedores são: 
Petrobras, grande empresa estatal de economia mista, onde seu acionista majoritário é o Governo Brasileiro, e que atua no ramo exploração e produção, refino, comercialização e transporte de óleo e gás natural, petroquímica, distribuição de derivados, energia elétrica, biocombustíveis e outras fontes renováveis de energia. Este empresa fornece combustível – óleo diesel – para a Norsul (Petrobras).
Royal Dutch Shell (Shell) é uma multinacional anglo-holandesa, presente em 90 (noventa) países, que atua no ramo de refinação de petróleo – produzindo combustível fóssil, lubrificantes e óleos para motor - e extração de gás natural. Possui, também, postos de comercialização próprios entre outros negócios (Shell).
Ipiranga é uma grande produtora e distribuidora de combustíveis e lubrificantes que atua somente no Brasil, possuindo mais de 6 (seis) mil postos de distribuição e diversas franquias de lojas de conveniência (que vende variados produtos de necessidades aos consumidores e também lanches rápidos). A Ipiranga fornece lubrificantes para os navios da Norsul (Ipiranga), 
Wartsilla é uma multinacional Finlandesa, presente em 70 (setenta) países, inclusive no Brasil. Atua no fornecimento, sempre contanto com alta tecnologia, de soluções e equipamentos para construtores, armadores e operadores de embarcações e instalações offshore do setor marítimo e de energia proveniente de usinas. No Brasil, atua somente no setor marítimo.
A multinacional Maschinenfabrik Augsburg-Nürnberg (MAN) está presente no mercado de produção de carros, caminhões, motores a diesel e turbulação de maquinaria. Mantém negócios em países como Brasil, México, África do Sul, China e Europa Ocidental (Maschinenfabrik Augsburg-Nürnberg).
No Brasil, adquiriu a unidade de negócios da Volkswagen responsável pela produção de caminhões e ônibus, com fábrica em Resende, Rio de Janeiro. Fornece à Norsul os motores para as embarcações.
Wilson Sons é uma prestadora de serviços portuários, marítimos e de logística. Seus serviços são a operação dos principais terminais de contêineres, localizados nas cidades de Rio Grande (RS) e Salvador (BA), e em Niterói (RJ) através da empresa Brasco; soluções em logística que compreendem serviços envolvem armazenagem, movimentação interna, distribuição e transporte multimodal, por meio de soluções flexíveis e personalizadas; apoio marítimo às plataformas de exploração e produção de petróleo e gás por meio de uma Joint Venture; estaleiro, na cidade de Guarujá (SP), ligadas ao comércio internacional e de óleo e gás; reboque marítimo de todos os tipos –atracação e desatracação, reboque oceânico, salvatagem, entre outros –; e agenciamento de especialistas em coordenar logística marítima (Wilson Sons). Estes dois últimos são os serviços prestados pela Wilson Sons à Norsul.
2.1.2.3 Concorrentes
São organizações do mesmo ramo ou que praticam o mesmo tipo de negócio, e que substituem os produtos ou serviços oferecidos pela empresa.
	Segundo relata o presidente e diretor financeiro da empresa NORSUL, Ângelo Baroncini, o mercado da cabotagem tem sua matriz de participação no transporte de granel sólido é entre 50 (cinquenta) e 60% (sessenta por cento) para a NORSUL, Login com 25 (vinte e cinco) a 35% (trinta e cinco por cento) e Elcano com o saldo.
	Seus concorrentes podem ser qualquer outra empresa brasileira do ramo da navegação ou dos transportes em geral. Exemplos: 
Login Navegação é uma empresa brasileira que oferece serviços de navegação costeira, planejamento logístico cujo principal função é estudar e escolher a melhor estratégia para movimentação de cargas, e realiza transporte intermodal com complementação para a navegação utilizando caminhões. Seu transporte marítimo é realizado em terminais próprios e de terceiros.
Aliança é uma empresa multinacional que atua tanto na cabotagem quanto no longo curso no transporte de granel, oferecendo também soluções logísticas. Possui contêineres para os mais variados tipos de carga que vão desde carga seca à refrigerada e serviços de programação de viagens que analisam, junto às empresas contratantes, a melhor maneira de transportar as cargas.
Empresa pertencente ao grupo norueguês Odfjell SE, a Flumar transporta produtos químicos e gases pelos países participantes do MERCOSUL (Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil). 
A multinacional espanhola Elcano, atua tanto no transporte internacional quanto na cabotagem em diversos países como Brasil, Argentina, Portugal e Espanha. A empresa transporta cargas que vão desde produtos secos a produtos químicos e petrolíferos.
Pancoast é uma multinacional grega atuante em países como Brasil, Argentina, Cingapura e Grécia. Especialista em transportar, em curso internacional e cabotagem, carga a granel seco.
Lyra é a mais nova das empresas do ramo de transporte marítimo de cargas a granel sólido, criada em 2011 (dois mil e onze) para ser uma alternativa ao mercado brasileiro, e operando desde 2012 (dois mil e doze). Possui moderna frota própria e fretada. Transporta, principalmente, grãos, sal e aço. 
2.1.2.4 Agências Reguladoras
É uma pessoa jurídica de direto publico que tem por finalidade regular e fiscalizar a atividade de determinado setor.
As agências que estão diretamente ligadas ao ramo da NORSUL são: 
ANTAQ (Agencia Nacional de Transportes Aquaviários) é, pela sua definição institucional “entidade integrante da Administração Federal indireta, submetida ao regime autárquico especial, com personalidade jurídica de direito público, independência administrativa, autonomia financeira e funcional, mandato fixo de seus dirigentes, vinculada ao Ministériodos Transportes e a Secretaria de Portos da Presidência da República, com sede e foro no Distrito Federal, podendo instalar unidades administrativas regionais.”
Este órgão é responsável por pôr em prática as políticas estabelecidas pelo Ministério dos Transportes e pelo Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte (CONIT); administrar (regulando, fiscalizando e supervisionando) as atividades de prestação de serviços de transporte aquaviário e de exploração da infra - estrutura portuária e aquaviária, exercida por empresas do setor com o objetivo de assegurar que os bens e pessoas possam movimentar-se pelo país com confiabilidade, segurança, integridade, pontualidade e com fretes e tarifas não abusivos; conciliar os interesses de ambos os envolvidos nos contratos.
Departamento de Marinha Mercante do Ministério dos Transportes (DMM-MT) é a parte que administra o Fundo da Marinha Mercante.
Seu papel no Ministério é: agrupar as informações relacionadas ao transporte hidroviário de cargas; integrar os sistemas, institucional do Governo Federal, de informação de transportes marítimos, principalmente voltado para o comércio exterior; reduzir os esforços e os custos operacionais referentes ao método de liberação de cargas; tornar o método de arrecadação do AFRMM automático, e prover melhorias nas Unidades Regionais através do controle automático; e tornar possível que a gestão dos processos de concessão dos benefícios fiscais de fundo legal seja integrada.
2.1.3 Características do Mercado
A cabotagem era responsável pela metade dos transportes de cargas na década de 50 devido aos incentivos ao crescimento econômico e industrial na época. Posteriormente, com o crescimento das rodovias e com o investimento nas áreas menos desenvolvidas e que sofriam com o êxodo rural, como ocorreu com as regiões norte e nordeste do país durante a ditadura militar, perdeu espaço para o modal rodoviário – que agora vai cedendo espaço para a cabotagem novamente.
A tabela abaixo traz a noção de como é o setor de transporte de cargas no Brasil.
Tabela 2 - Matriz do Transporte de Cargas no Brasil
	
	
	Modal
	Milhões Tku
	Partic.%
	Rodoviário
	485.625
	61,10
	Ferroviário
	164.809
	20,70
	Aquaviário
	108.000
	13,60
	Dutoviário
	33.300
	4,20
	Aéreo
	3.169
	0,40
	Total
	794.903
	100,00
	
(Fonte: Revista CNT nº 206, novembro 2012.)
Analisando a tabela “Matriz do Transporte de Cargas no Brasil”, pode-se reparar uma falha no transporte brasileiro que dá prioridade às rodovias que às aquavias, mesmo com uma extensão litorânea de 7491 km e podendo transportar, cada navio, o equivalente a carga de 147caminhões.
O contexto em que a NORSUL atualmente se encontra é bastante complexo. Além da existência de um considerável número de empresas no ramo do transporte aquaviário, que fazem concorrência direta à empresa, existem outros meios de transportação que são o rodoviário – que é o mais utilizado no país –, o ferroviário e o aeroviário – menos utilizado. Onde em tais alternativas existem muitas empresas prestadoras deste serviço, empresas que possuem seu próprio meio de transporte e há, ainda, caminhoneiros autônomos, que possuem o veículo e prestam o serviço por conta própria.
Por outro lado, este meio de transporte é utilizado somente nas cidades próximas aos portos e a grandes rios navegáveis, como é, por exemplo, o Rio Amazonas.
Contudo, o transporte hidroviário é um meio com grande potencial de crescimento, pois apresenta maior segurança à carga transportada – há relatos de roubo de cargas em rodovias e ferrovias – já que no Brasil não é culturalmente comum a pirataria marítima e também é o meio mais rápido, visto que não enfrente o tráfego pesado das rodovias brasileiras, e mais econômico já que utiliza menos combustível e carrega maior quantidade de carga.
Além dos determinantes para o avanço desse tipo de modal, descritos acima, há ainda incentivos do governo, com o Plano Hidroviário Estratégico (PHE), citado na variável político-legal.
Tal tipo de investimento em logística é necessário se considerado o gasto – e, por consequência, diminuição na margem dos lucros – que as empresas tem com as péssimas condições de infraestrutura no país. Segundo a pesquisa de Custos Logísticos no Brasil da Fundação Dom Cabral, o custo para o transporte de produtos no país é de cerca 12% (doze por cento) do PIB nacional, o que significa um desperdício de R$ 83,2 bilhões (oitenta e três bilhões e duzentos milhões de reais).
O estudo ainda aponta que o transporte de longa distância é o que mais afeta o caixa da empresa, sendo ele responsável por 38% (trinta e oito por cento) dos custos, seguido pela armazenagem, 18% (dezoito por cento), e pela distribuição urbana, 16% (dezesseis por cento).
2.1.3.1 Estrutura do Mercado
A estrutura de mercado é a definição de como é o mercado que determinada organização atua, definindo, assim, como é a atuação e a relação das empresas entre si. Isto é, este termo da economia avalia como é o mercado em que a empresa está inseria olhando características como o tamanho das empresas, participação de mercado, poder de mercado – poder em relação aos consumidores – e poder de definir seus preços (Mankiw).
Existem alguns tipos de estrutura já definidos. Serão citados aqui os principais, são eles: concorrência monopolística, onde o número de concorrentes é grande, todos com pouca participação no mercado (e com aproximadamente o mesmo nível) e seus produtos possuem pouca diferença entre si; oligopólio, onde uma pequena quantidade de empresas dominam, juntas, o mercado; monopólio, onde somente uma empresa é líder no mercado e seu produto é único; e concorrência perfeita onde não há empresas com poder suficiente de mercado, e, portanto, são todas iguais.
	
 A Cia. de navegação NORSUL, opera em um setor de mercado oligopolista. Ou seja, uma forma evoluída de monopólio, no qual um grupo de empresas promove o domínio de determinada oferta de serviço. Tendo seu lucro econômico variando de curto em longo prazo. No oligopólio, os bens produzidos podem ser homogêneos ou apresentar alguma diferenciação sendo que, geralmente, a concorrência se efetua mais ao nível de fatores como a qualidade, o serviço pós-venda, a fidelização ou a imagem, e não tanto ao nível do preço.
 As causas típicas do aparecimento de mercados oligopolistas são a escala mínima de eficiência e características da procura. Em tais mercados existe ainda alguma concorrência, mas as quantidades produzidas são menores e os preços maiores do que nos mercados concorrenciais, ainda que relativamente ao monopólio as quantidades sejam superiores e os preços menores.
 Devido a essas características, essa estrutura de mercado se aplica a NORSUL, pois seu além do mercado de cabotagem ser fechado à entrada de empresas estrangeiras no Brasil, existem cerca de dez empresas autorizadas a operar e, também, transporta-se diversos tipos de carga, gerando, assim, concorrência entre tais organizações.
2.1.4 Relação Preço-Demanda
Antes de estabelecer a relação entre preço e demanda se faz necessário o estudo dos respectivos conceitos. Por demanda, entende-se que esta seja a quantidade de um determinado produto que seus consumidores desejam e tem poder de adquiri-lo (Mankiw, 2002). Já preço define-se pelo valor monetário que é atribuído a determinado produto, serviço ou patrimônio. Ele é definido por quem possui tais objetos, por intermédio de produção ou aquisição, de acordo com fatores relacionados aos custos para se obtê-los.
A intensidade da relação entre preço e demanda é medida através da elasticidade preço-demanda. Tal conceito mede o quanto varia a demanda quando há uma alteração de preços (Mankiw, 2002). Isto é, a elasticidade demanda-preço mensura a disponibilidade dos consumidores em adquirir o produto ou não ao ocorrer uma mudança de preço. Ainda em se tratando do conceito de elasticidade, tal relação é, também, influenciada por fatores econômicos – como anda a economia no paíse no mundo -, sociais e psicológicos – o apego que o indivíduo tem em relação ao produto e quão ele é necessário ao indivíduo - que moldam as preferências do consumidor. 
Segundo Mankiw, existem quatro fatores que determinam o tipo de elasticidade-demanda, são eles: a existência de substitutos, se o bem é necessário ou supérfluo, a definição do mercado e o horizonte de tempo.
Entende-se por existência de substitutos quando o consumidor tem outras opções de escolha para determinada categoria de produto ou serviço. Ou seja, se ocorrer uma alteração muito significativa no preço do que é habitualmente consumido, o cliente pode optar por outras que irão ter o mesmo efeito que o primeiro. Por definição, quanto mais substitutos tem um bem mais elástica é sua demanda e, quando ocorre o contrário, a demanda tende a ser mais inelástica.
A demanda por bens necessários é, geralmente, mais inelástica e a demanda por bens supérfluos, considerados de luxo, é mais elástica. Muito, embora, se saiba que essa relação do consumidor com o bem é, além de tudo, psicológica.
Quanto mais amplo é o mercado, mais inelástica é sua demanda ao contrário dos mercados restritos, onde sua demanda tendem a ser elástica. Isso porque, ao serem restritos, a possibilidade de encontrar substitutos é maior. Por exemplo, o mercado de transportes em geral é inelástico porque é difícil substituí-los. Já o transporte de pessoas é elástico, pois existem várias opções de transporte, como ônibus, vans, trens, metrô, carro particular e taxi.
Com o passar do tempo, a demanda por determinado bem pode se tornar mais ou menos elástica, dependendo dos fatores anteriormente tratados neste capítulo. O exemplo mais emblemático foi o caso do aumento do preço de alguns alimentos da cesta básica, como o arroz e o feijão. Por mais que se buscassem outros tipos de alimentos – como o macarrão, a soja, a lentilha –, o que acarretou diminuição na demanda, e por consequência tornando sua demanda elástica, os consumidores foram se adequando ao novo preço e voltaram a consumir esses produtos antes deixados de lado, voltando a sua demanda inelástica. 
Apesar da grande participação de mercado, no caso da Norsul, a demanda é elástica, devido ao fato de haver um grande quantidade de substitutos – com uma variação brusca no preço, após o término do contrato (feito em dólar na cotação do dia da negociação), o cliente, além de procurar concorrentes no segmento, poderá optar por outras matrizes de transporte de carga, tais como rodoviário, ferroviário, dutoviário (dependendo da carga) ou aéreo –, da necessidade de se transportar os produtos, da restrição que o mercado de transporte de cargas a granel e neo granel possui.
2.2 AMBIENTE INTERNO
2.2.1 PLANEJAMENTO DA ORGANIZAÇÃO
2.2.1.1 Missão
	Segundo Sobral “a missão representa a razão de ser da organização, sua identidade, e é uma declaração escrita que descreve o propósito, os valores, os princípios e as linhas orientadoras da organização”.
	Ao definir-se a missão de uma empresa, seus gestores devem atentar-se em declarar qual é seu escopo de atuação, quais necessidades básicas a mesma se propõe a satisfazer, as competências, o mercado-alvo, os princípios, os valores da organização e o papel a ser desempenhado pela mesmo.
Além disso, todos os colaboradores da empresa devem estar em sintonia e comprometer-se em segui-las como sendo seus próprios valores, crenças, hábitos, ou seja, os membros da organização devem ter identificação e partilhar da mesma missão.
E é a partir dela que podem ser definidos objetivos e estratégias da empresa.
A NORSUL defini com sendo sua missão “Ser a melhor e mais desejada opção de logística da América do Sul, oferecendo ao cliente confiança e tranquilidade no transporte marítimo, com eficiência e sustentabilidade”.
2.2.1.2 Visão
	De acordo com SOBRAL (2013), se por um lado a missão define “quem” é a organização, por outro a visão diz “onde” ela quer chegar no futuro. Isto é, a visão traz a ideia do que é almejado a longo prazo.
	Por isso, ela é a reflexão das aspirações da organização. É o meio pelo qual a mesma irá se orientar, se nortear para construir seu futuro.
	Tendo isto, a missão e a visão são de extrema importância para definir o rumo que a empresa irá tomar e como ela irá se planejar para tal. É, com a definição desses dois fatores, que a empresa saberá delinear, de forma coerente com a sua missão e visão, quais são seus objetivos estratégicos, suas estratégias e planos de ação.
A empresa analisada por este trabalho acadêmico definiu como sua visão “Atingir todos seus objetivos e metas com qualidade, eficiência e eficácia buscando sempre a satisfação total dos clientes gerando uma relação duradoura com os mesmos”.
2.2.1.3 Valores e Cultura Organizacional
Segundo SOBRAL (2013), valores organizacionais são crenças e atitudes que dão uma personalidade à empresa, definindo uma "ética" para a atuação das pessoas e da Organização como um todo. Negócios mais sustentáveis normalmente estão ancorados em valores como honestidade, transparência, qualidade, valorização das pessoas e da sua qualidade de vida, espírito de equipe, política do ganha-ganha, respeito ao cliente e responsabilidade social e ambiental.
 Em relação a Norsul, os valores que foram destacados são; Comprometimento, Segurança, Integridade, Qualidade e Espírito de Equipe. 
A cultura organizacional é a cultura em seu sentido antropológico existente em uma organização composta por práticas, símbolos, hábitos, comportamentos, valores éticos e morais, além de princípios, crenças, políticas internas e externas, sistemas, jargão e clima organizacional. A cultura influencia todos os membros dessa organização como diretrizes e premissas para guiar seus comportamentos e mentalidades, com base no livro Administração: teoria e prática no contexto (2ª edição). 
A Norsul se destaca em seu mercado pelos serviços sociais que faz, anualmente, ou seja, são atividades fixas, sendo a única, até o presente momento, em seu mercado que fornece auxilio a instituições fixamente mais de uma vez ao ano.
A partir do ano de2012 (dois mil e doze) a empresa passou a disponibilizar uma pequena porcentagem de seus capitais para colaborar com instituições de crianças carentes mais de uma vez ao ano, e no dia das crianças recolhe brinquedos novos ou usados dos funcionários e entrega a uma empresa especializada em ações sociais para distribuir para crianças carentes. 
Outro fator que colabora para sua cultura é a preocupação que possui com o bem estar dos colaboradores e da família, procurando sempre ajudar na comunicação daqueles funcionários que trabalham no transporte das cargas, embarcados vários dias nos navios. E possui, também, respeito com os trabalhadores cumprindo sempre com os prazos de pagamento.
Mais um aspecto da cultura organizacional da empresa que é considerada importante destacar, seria o fato da Norsul investir em seus funcionários lhes oferecendo cursos de especialização ou até línguas de maneira que eles possam evoluir e desenvolver seu desempenho não só no ambiente de trabalho mas como forma de evoluir profissionalmente de modo geral.
Por fim, a forma de se vestir da parte financeira da empresa pode ser considera mais formal – seus funcionários usam com menos terno e gravata – tendo como parâmetro de comparação as vestimentas típicas dos trabalhadores da área ou do mercado financeiro. 
2.2.2 Objetivos Táticos
São objetivos relacionados com a cada divisão da organização, isto é, os objetivos de cada área organizacional das empresas – que são recursos humanos, finanças, marketing, operação/produção, pesquisa e desenvolvimento, entre outras que cada organização julgar melhor para si.
 Logo, no caso da Norsul, os objetivos são a venda para outros mercados, a conciliação da cultura dos gestores com a parte marítima de maneira eficaz e alcançar os valores.
Abaixo, serão tratadas as estratégias táticas, de cada área, que relacionam a empresa como um todo, de modo que todos permita a todosos trabalhadores que tenham uma visão completa do que ocorre na empresa em todos os demais setores.
2.2.2.1 Recursos Humanos
Contratação de funcionários mais capacitados que os seus gestores. Ou seja, a empresa acredita que quanto mais capacitado for o funcionário contratado melhor a empresa se desenvolverá, pois no futuro aquele subordinado ocupará a posição do líder, portanto quanto mais jovem, mais culto e mais disposto a aprender, melhor será para o futuro da empresa.
2.2.2.2 De Integração de Equipe
 Apesar de ser uma empresa de grande porte, sua parte interna é integrada possibilitando a visão geral de todas as áreas a todos os funcionários. É uma estratégia que garante uma forma de aprendizado de cada funcionário, pois ele está apto a observar um pouco de cada setor.
2.2.2.3 De Ambiente
 Hoje, possui todas as salas de vidro procurando estabelecer a ideia de que o funcionário é sempre bem vindo em todos os ambientes procurando o deixar confortável para trabalhar. A Norsul optou por uma reforma em um de seus andares, visando ter o ambiente de trabalho todo envidraçado para que o funcionário não se sinta em um ambiente pesado, e também para possibilitar a ele de observar o que todos estão fazendo e como todos estão exercendo sua função.
Por mais que essa estratégia de ambiente possa ser vista também, como forma de cultura organizacional, onde ela já foi mencionada anteriormente, julgamos necessário caracterizá-la também como uma estratégia de ambiente. Isto porque, que graças a essa reforma e esse novo ambiente gerado para trabalhar, os funcionários afirmam que o ambiente antigo era pesado, com muita madeira e em geral muito escuro, foi relatado, também, que esse novo andar, reformado, ajuda muito mais a fluir com o raciocínio, e a ter discussões em meio de reuniões etc. E, também, a vista da empresa que mostra o morro da Urca e o Pão-de-Açúcar, que antes estava sempre coberta por cortinas, agora está sempre à mostra.
Todos esses fatores que mudaram no ambiente foram considerados responsáveis por melhorar muito a condição de trabalho, um dos funcionários relatou que o ambiente antigo o deixava cansado.Com base nesses depoimentos e com o que foi visto no andar, se torna importante destacar essa característica atual da Norsul, como uma estratégia de ambiente, pois foi algo pensado e voltado no desenvolvimento do ambiente de trabalho, e ela alcançou com sucesso, seu objetivo principal.
2.2.2.4 Comercial
 A organização possui um pós-venda que ocorre por meio de e-mails para garantir a satisfação do cliente com o serviço recém-prestado. É uma preocupação a mais que a empresa tem com seus clientes, como uma forma de transmitir a importância que eles tem ao escolher a empresa, e de garantir uma relação duradoura com o cliente.
2.2.2.5 De Marketing
A Norsul possui um site que é atualizado a cada seis meses com dados, conceitos e informações atuais. O site é a primeira e única forma de marketing que a empresa utiliza como meio de passar ao cliente informações de seu trabalho. Não vê necessidade de utilizar outros meios, pois o site por enquanto tem se mostrado eficaz. 
 As estratégias atingem as metas da empresa se adequando a missão e visão, pois a Norsul é hoje, a líder em seu mercado de trabalho como busca em sua missão e durante seus 50 anos de existência atinge todos seus objetivos e metas com eficiência e eficácia como pretende sem sua visão.
A Norsul garante a liderança no mercado de cabotagem no Brasil, sendo responsável pelos principais portos da Costa Brasileira, obtendo uma área de atuação calculada em torno de 373 milhares no ano de 2012, enquanto sua concorrente mais próxima – Elcano – com 340 milhares também no ano de 2012.
2.2.3 Gestão das Áreas Funcionais
Refere-se ao modo (estratégia) que cada líder de departamento juntamente com seus gerentes adotam para orquestrar seus funcionários rumo aos objetivos organizacionais.
A Norsul busca, com o auxilio de uma consultoria, de forma contínua aprimorar seus sistemas e métodos de gestão. Neste sentido as seguintes ações e estratégias estão sendo desenvolvidas:
A simplificação e maior eficiência dos processos internos buscando sempre geração de valor; a unificação dos sistemas e padrões contábeis/gerenciais em toda a Companhia; a implementação de sistema informatizado para execução, aprovação, liberação de recursos e acompanhamento de orçamentário; o desenvolvimento da comunicação interna e agentes externos relevantes, visando melhor disseminação dos objetivos, metas e resultados; a elaboração de metas e acompanhamento de indicadores de performance setoriais e globais para todos os níveis relevantes da administração; e a implementação de plano de sucessão para diretores, superintendentes e gerentes.
 Esta nova gestão que vem sendo aprimorada é voltada para a sua melhor comunicação com os consumidores, que no caso específico da Norsul era muito pouco trabalhada. Hoje, eles utilizam o meio da internet, possuem um site como forma de apresentarem suas funções e sucessos da empresa e como ela funciona além de sua principal área de atuação.
Segundo a empresa não existe necessidade de realizar propagandas, pois possuem clientes fixos e leais. Com base nisto, a maneira como a Norsul adquire clientes novos ocorre por meio de empresas terceirizadas que a mesma mantém relações, onde esses vão sugerindo a seus clientes que utilizem o trabalho da Norsul. E por ser a líder em seu mercado, ela já é muito procurada, o que não pede um setor de marketing muito forte. Afora que, o mercado de transporte naval, logística e cabotagem não requerem de propagandas ou afins.
2.2.4 Macroprocesso
O macroprocesso identifica, no caso dos serviços, como ocorre o processo detalhado de atendimento ao consumidor. Ou seja, ele demonstra como é o modus operandi da atividade fim de uma empresa, desde a entrada até a entrega do pedido.
 No caso dos produtos, o macroprocesso inicia-se com a operação da área de marketing que identifica quais são os clientes alvos da empresa e quais são suas necessidade, elabora e desenvolve o produto. Daí, o setor financeiro avalia viabilidade econômica do produto e, se aprovado, começa a produção dele. Depois de produzido, o produto é posto à venda através de loja própria ou intermediária de terceiros. Pode haver, ou não, o acompanhamento pós venda – dando suporte, caso haja necessidade, e avaliando a satisfação do cliente.
No fluxograma a seguir será descrito, em detalhes, como ocorre o macroprocesso da NORSUL.
Figura 14 - Macroprocesso da Norsul
(Fonte: NORSUL)
2.2.5 Processo Internos
Conforme STONER (5a edição), processos internos são todas as atividades realizadas dentro da empresa com os recursos disponíveis da mesma. Tais atividades são coordenadas e alinhadas, pelos gestores, para serem coerentes com os objetivos estratégicos. Sendo feitas estas etapas, os processos internos tornam-se ferramentas extremamente importante para a empresa e, possivelmente, lhe trará certa vantagem competitiva em relação aos demais concorrente.
As empresas que buscam ter sucesso no ramo que atuam devem sempre atentar-se aos processos, avaliando-os e melhorando-os sempre que possível.
Todas as atividades da empresa estudada, relacionadas ao macroprocesso, passam pelo sistema integrado de informação e dados da TOTVS ®. 
Outras atividades, como a comunicação entre os colaboradores e entre colaboradores e cliente ou fornecedores, são realizadas pela INTRANET.
2.2.6 Grau de automação
Baseado no Dicionário Informal On-line, Automação é a prática de produzir, geralmente bens, de forma que seja utilizado um processo totalmente mecânico, com o uso de tecnologia, mas com a mínima intervenção humana.
Segundo algumas fontes de pesquisa da internet, existem vários níveis de automação – a industrial, que é a mecanização do processo produtivo; a comercial, na utilização de sistemas software ou hardware como ferramentas de controle (controle de estoques, contas a pagar, salários, identificação de produtos pelo códigode barras, entre outros); a residencial, na utilização de sistemas de segurança (através da biometria), de portões e porteiras elétricas, controle de luminosidade em ambientes, controle de umidade; a de trânsito, através do controle de semáforos.
A NORSUL possui um grau de automação bastante baixo, quase ínfimo. Há, somente, automação na área de BackOffice da empresa – no sistema integrado de informações e dados, e na área financeira onde ocorre automação no uso de sistemas de software como forma de controle de estoques, salários e contas a pagar. 
2.2.7 Responsabilidade Socioambiental
É toda e qualquer ação em prol da sociedade, direta ou indiretamente ligada à empresa, e também do meio ambiente. São ação tanto de conservação quanto de suporte e desenvolvimento – este último, quando se refere a desenvolvimento profissional dos funcionários da empresa trata-se não mais de responsabilidade socioambiental, mas sim de estratégia de desenvolvimento de marketing ou da organização.
A NORSUL realização ações nas duas esferas: social e ambiental.
Atualmente, a empresa tem práticas de responsabilidades social com seus funcionários, principalmente os marítimos, com serviço social. Este serviço tem como foco principal apoio às famílias dos marítimos e, quando necessários, aos demais colaboradores. Um exemplo dado pela Superintendente de Recursos Humanos, Claudia Bomtempo, foi o acompanhamento, feito pela equipe de Serviço Social, ao trabalho de parto da esposa de um dos marítimos.
Outra atividade social realizada pela empresa é a ajuda a um projeto social de crianças.
Já na esfera ambiental, a companhia toma certos cuidados para evitar acidentes com seus navios que possam provocar poluição nas águas que banham a costa leste da América do Sul.
2.2.8 Organização
Segundo Sobral, o tipo de estrutura organizacional se refere ao modo como a empresa está organizada. Para chegar a sua estrutura, a organização alinha seus objetivos e tudo o mais que já foi visto neste projeto.
	A estrutura organizacional reflete como se dará a cadeia de comando e fluência da comunicação.
	Dentro da teoria tradicional de administração existem outros tipos de estrutura: a linear, funcional, linha-staff, a divisional e a matricial.
	A estrutura linear é a estrutura organizacional mais simples, ela possui uma autoridade linear ou única, tem linhas
	Na estrutura funcional, são agrupadas, de forma departamentalizada, as funções organizacionais – marketing, recursos humanos, finanças e operações, por exemplo. Ou seja, o critério de agregação é a similaridade que as tarefas possuem entre si, habilidades, uso de recursos e conhecimentos que cada função requere.
A estrutura linha-staff é uma evolução da estrutura linear, além dos órgãos de linha, que são os executores diretos das tarefas mais importantes, agora passou a ter os órgãos de staff, que é composto de especialista, assessores e consultores, eles são responsáveis pelo planejamento, controle, monitoramentos e consultoria.
	A estrutura divisional se baseia em alguns critérios para agrupar seus departamentos e diferenciá-los um dos outros, entre eles estão: produtos ou serviços oferecidos, localização geográfica, clientes, áreas do conhecimento, tipos de negócio, entre outros.
	Para cada departamento, a empresa terá uma “área administrativa” diferente, ou seja, todos os departamentos terão seu suporte que são as funções organizacionais.
	Já a estrutura matricial é um modelo híbrido que procura mesclar as vantagens tanto da estrutura funcional quanto da divisional, geralmente utilizada para lidar com projetos ou negócios.
	Há, também, outros tipos de estrutura que caminharam junto com o avanço da administração. Como por exemplo, a estrutura em rede que procura agrupar equipes multifuncionais, isto é, equipes com pessoas com diferentes funções, habilidades, competências, conhecimentos, que podem ser permanentes ou montadas somente para realizar um projeto ou negócio.
	Foi avaliado na empresa NORSUL a área de BackOffice que dá suporte à sua atividade fim, que é o fretamento de carga à granel e neo-granel. 
Após avaliação interna da organização, foi identificada na Norsul uma estrutura funcional, onde os colaboradores estão agrupados de acordo com as funções da organização, que no caso são Administrativa e Financeira, Recursos Humanos, Comercial, Frota e Mar Azul, e seus diretores responsáveis são especializados de acordo com a funções do seu departamento.
Analisando esse tipo de estrutura pode-se destacar algumas vantagens e desvantagens. A primeira é que existe uma maior especialização por área de conhecimento, ou seja, diversos especialistas nessa área em um mesmo ambiente, a comunicação interna passa a ser bem mais desenvolvida e há uma transferência de conhecimento alta.
Outra vantagem dessa estrutura é que as pessoas são unidas por suas capacidades e habilidades comuns podem supervisionar umas as outras. 
As atividades de cada trabalhador são bem definidas e específicas, concentrando eficazmente as competências pessoais e facilitando o treinamento da equipe. É uma estrutura recomendada para empresas cuja área de atuação permitam que seus produtos ou serviços não precisem ser modificados no curto prazo, e para ambientes de mercado estáveis.
Segundo Stoner James A. F. e Freeman R. Edward, pag. 231, Administração 5ª edição, “Outra grande vantagem de uma estrutura funcional é que ela torna mais fácil a supervisão, já que cada administrador só precisa ser um expert numa grande gama de capacidades. Além disso, uma estrutura funcional torna mais fácil mobilizar capacidades especializadas e utilizá-las onde são mais necessárias”.
Existe um plano claro de carreira nesse tipo de organização, e como esses colaborados possuem somente um chefe não há conflitos de autoridade, fazendo com que a organização funcional seja eficiente, ou seja, tenha um trabalho produtivo, contínuo e repetitivo.
Segundo Stoner e Freeman “... Numa estrutura funcional, as competências especializadas podem se tornar cada vez mais sofisticadas – mas a produção coordenada de bens pode ser difícil de alcançar...”.;
Já em relação às desvantagens o que se destacou foi o possível foco somente nos objetivos dos respectivos departamentos em detrimento dos objetivos da organização e das estratégias globais da empresa. 
Outra desvantagem é que a coordenação das outras funções é feita na cúpula, tendendo a exceder o tempo estipulado para tomar as decisões que envolvem a coordenação entre funções, podendo prejudicar o desenvolvimento da empresa.
2.2.9 Organograma
	Tem como função demonstrar como se dá a hierarquia da empresa, o poder e a comunicação entre os membros da organização. 
Figura 15 - Organograma Norsul
Fonte: NORSUL
A tabela abaixo apresenta os setores da empresa.
Tabela 3- Setores Norsul
Fonte: NORSUL
De acordo com informações da NORSUL, a empresa possui, atualmente, 642 (seiscentos e quarenta e dois) colaboradores – para a empresa os membros que compõe seu quadro são vistos como parte da organização, como “peças” fundamentais para o funcionamento da mesma –, sendo 135 (cento e trinta e cinco) em terra e 507 (quinhentos e sete) marítimos (oficiais da marinha mercante e guarnição).
	A qualificação de seus diretos Ângelo Baroncini – Diretor Administrativo e Financeiro e Presidente, Carlos A. Carloni – Diretor de Frota -, Herbert Markenson – Diretor do Terminal Mar Azul são formados em Engenharia Naval e Marcelo Bacellar – Diretor Comercial -, é formado em Administração.
2.2.10 Tomada de Decisão e Poder
“Todo gestor é tomador de decisão”. – Sobral, (2a Edição - 2013)
Tomar decisão é dita, entre os praticantes da administração e por alguns teóricos da área, a principal função de um gestor. Não existem decisão perfeitas e precisas a serem tomadas. Os gestores devem ser qualificados o suficiente para saber analisar o contexto que rodeia sua instituição e decidir o que é melhor para ela.
As decisão precisam ser boas e coerentes tanto com a situação quanto com aspectos

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