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Metabolismo � Os organismos tendem a manter a organização celular e o equilíbrio interno.Para isso as células usam os nutrientes como combustível na sua luta constante contra os estímulos caóticos e desordenados do ambiente externo. � Definição: O metabolismo pode ser definido como uma rede de reações por meio das quais as biomoléculas são quebradas e convertidas a formas que podem ser utilizadas pelos organismos. É a soma de todas as reações químicas em um organismo � Rotas Metabólicas: Definidas como a conversão seqüencial de um composto em outro, sendo que cada reação é catalizada por uma enzima específica e produz um intermediário denominado metabólito. Cada metabólito é convertido em outro composto, até o produto final seja obtido. Dessa forma, uma rota pode ser entendida como uma série de reações que apresentam um objetivo específico. Alguns desses intermediários são comuns a muitas rotas diferentes, fato que permite a conexão entre essas diversas rotas. � Metabolismo Intermediário: Os produtos de uma reação frequentemente se tornam reagentes para a reação seguinte � O metabolismo pode ser dividido em: � Catabolismo: É a rota de degradação. No catabolismo, as moléculas orgânicas complexas são quebradas em espécies mais simples. Há produção de energia. � Respiração Celular = Fase aeróbica do Catabolismo: 1ª Fase: Glicólise até Acetil-CoA 2ª Fase: Acetil-CoA usado para alimentar o Ciclo de Krebs, através do qual, o Acetil-CoA é oxidado enzimaticamente até CO2 3ª Fase: Cadeia de Transporte de Elétrons / Fosforilação Oxidativa � Anabolismo: É a rota de construção. No anabolismo há a biossíntese de compostos orgânicos mais complexos. Utiliza energia. � O fluxo de reações pode ser parado pela célula, quando existe produto suficiente (mecanismo de feedback) � O cérebro usa basicamente a glicose! Já o fígado pode usar vários compostos como fonte de energia! Principais tipos de reações encontradas nas rotas metabólicas ���� Reação de Oxidação-Redução Definição genérica: Oxidação é a perda de elétrons e redução é o ganho de elétrons. Definição usada em bioquímica: oxidação é o ganho de ligações com o oxigênio e redução é o ganho de hidrogênio. No caso da redução, toda vez que uma molécula ganha um hidrogênio, esse átomo carrega junto um elétron, dessa forma, o ganho de hidrogênio é uma redução pois há um ganho concomitante de elétrons. Já uma molécula quando está oxidando, está perdendo seus elétrons e passando-os para o oxigênio, que por sua vez irá reduzir. Dessa forma, quando falamos que o Oxigênio é o aceptor final de elétrons da cadeia respiratória, estamos dizendo que as co-enzimas reduzidas estão sendo oxidadas (perdendo seus elétrons e conseqüentemente seus átomos H+) e o oxigênio molecular, extremamente reativo, estará recebendo esses elétrons, portanto reduzindo e se transformará em H2O, que não é tóxica à célula. ���� Reação de Transferência de Grupo Ocorre por meio de um ataque nucleofílico (uma molécula “ataca” a outra na parte mais positiva desta) através do qual um grupo funcional inteiro é transferido de uma molécula doadora para uma recipiente. ���� Reação de Hidrólise É a tipo de reação na qual a água está envolvida na quebra de outras moléculas ���� Reação de Quebra não hidrolítica É o tipo de reação em que há quebra de moléculas sem a utilização da água. Essas reações são catalisadas por enzimas chamadas liases. Normalmente a quebra ocorre em ligações entre carbonos (C – C) ���� Reação de Isomerização ou Rearranjo Nesse tipo de reação, o esqueleto de carbono da molécula é alterado, frequentemente no preparo para alguma outra reação crítica. Essas reações são catalisadas por mutases e isomerases. ���� Reação de formação de ligações Envolvem a junção de duas moléculas. Frequentemente há a eliminação de um átomo de hidrogênio. Essas reações são catalisadas por sintetases e ligases. ATP e NADPH São biomoléculas energizadas, pois representam uma forma quimicamente útil de energia armazenada. O ATP é a moeda energética das células. Nele, a energia que antes estava livre é capturada na forma de ligações fosfóricas anídricas ricas em energia. A energia presente nessas ligações é liberada pela hidrólise do ATP em ADP + Pi. O NADPH é um doador excelente de elétrons de alta energia para as reações redutoras do anabolismo. Ele é uma força redutora (poder redutor). No anabolismo (no qual há a biossíntese de moléculas) as moléculas que estão sendo sintetizadas precisam passar para o estado reduzido. Esse poder redutor é fornecido pelo NADPH, que constitui a fonte mais comum de hidrogênio de alta energia para a biossíntese redutora Glicólise Função: � Aeróbica: Converter a glicose em Piruvato e ATP. O Piruvato pode ser utilizado para a produção de energia no Ciclo de Krebs, ou convertido em gordura (síntese de ácidos graxos) � Anaeróbica (Fermentação Láctica): Produzir ATP e reciclar o NADH, por meio da produção de Lactato Produção da Glicólise em ATP � Aeróbica: 1 Glicose � 2 ATP + 2NADH + 2 Piruvatos � Anaeróbica: 1 Glicose � 2 ATP + 2 Lactatos (há ainda a regeneração do NADH em NAD+) � Oxidação Completa da Glicose: 1 Glicose � 6 CO2 + 38 ATP (usando a troca de malato/aspartato para oxidar o NADH � 1 NADH = 3ATPs) Regulação • Insulina estimula; • Glucagon inibe; • Epinefrina estimula no músculo e inibe no fígado; • Fosforilação inibe no fígado e estimula no músculo; • Sinais de glicose ativam; • Pouca glicose inibe; • Sinais de que a quantidade de energia está alta inibem; • Sinais de que a quantidade de energia está baixa estimulam. Gliconeogênese Função: Fazer Glicose a partir de Piruvato, para ajudar a manter os níveis sanguíneos de Glicose. Utiliza Piruvato, Lactato, Alanina. Localização: Fígado ou Rim (NÃO acontece no MÚSCULO) Custo em ATP 2 Lactatos + 6ATP (ou equivalentes) � 1 Glicose Regulação • Insulina inibe; • Glucagon estimula; • Acetil-CoA estimula; • Fosforilação estimula no fígado; • Sinais de glicose inibem; • Pouca quantidade de glicose estimulam; • Sinais de que a quantidade de energia está alta estimulam; • Sinais de que a quantidade de energia está baixa inibem. Síntese de Glicogênio Função: Armazenar a Glicose e recuperá-la quando for necessário. Localização: Principalmente no fígado para manter a glicose sanguínea. Depósito no músculo para fornecer a glicose quando necessária no mesmo (ex: contração muscular) Regulação: • Insulina estimula a síntese e inibe a degradação; • Glucagon inibe a síntese e estimula a degradação; • Epinefrina inibe a síntese e estimula a degradação; • Fosforilação inibe a síntese e estimula a degradação; • Glicose-6-fosfato ativa a síntese; • Ca2+ - Calmodulina ativa a degradação pois ativa a fosforilase quinase Custo em ATP: São necessários 2 ATPs para armazenar cada glicose como glicogênio. Produção de ATP: Não é necessário ATP para remover a glicose do estoque de glicogênio. Ciclo de Krebs (Ciclo do Ácido Tricarboxílico ou Ciclo do Ácido Cítrico) Função: Utilizar o Acetil-CoA feito a partir da gordura, glicose ou proteína para produzir ATP em cooperação com a fosforilação oxidativa. É o ponto central do metabolismo. Localização: Ocorre na mitocôndria de todas as células Regulação: • Disponibilidadede NAD+ e FAD como substratos; • Inibição pela presença de NADH; • Sinais de presença de alta quantidade de energia inibem; • Sinais de presença de baixa quantidade de energia estimulam. Produção em ATP: A partir do Piruvato gera 15 ATPs; A partir do AcetilCoA gera 12 ATPs. Rota das Pentoses Fosfato Função: Fornecer equivalentes redutores para a biossíntese (NADPH) e pentoses para a biossíntese de DNA e RNA. Localização: Ocorre em todo o organismo. Regulação: • Inibida pelo NADPH; • Ativada pelo NADP+; • Ativada por altas quantidades de glicose-6-fosfato. Equações: 3 Glucose 6-P + 6NADP+ � 2 fructose 6-P + glyceraldehyde 3-P + 3CO2 + 6NADPH + 6H+ Glucose 6-P + 2NADP+ � ribose 5-P + CO2 + 2NADPH + 2H+ Complexo da Piruvato Desidrogenase Conjunto de múltiplas cópias de três enzimas, encontrado na mitocôndria de células eucarióticas. A reação catalizada por esse complexo é definida como uma descarboxilação oxidativa (um processo de oxidação irreversível, no qual o grupo carboxil é removido do piruvato como uma molécula de CO2, e os dois carbonos remanescentes se tornam o grupo acetil da Acetil-CoA. A Coenzima A tem um grupo thiol (-SH) reativo que é crítico para o papel da CoA como carreador de Acil em diversas reações metabólicas UDP-Glicose É a Uridina fosfato glicose (UDP-G), que constitui uma forma ativada da glicose, ligada a um nucleotídeo de uracila e é usada como substrato de uma série de reações. A epimerização só é feita com açúcares ligados à UDP.
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