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FICHAMENTO ESTRATÉGIA EMPRESARIAL

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE PROJETOS
Fichamento de Estudo de Caso
Igor Silva Zandonadi
Trabalho da Disciplina Estratégia Empresarial,
 Tutor: Prof. James Dantas de Souza
Espírito Santo
2018
FICHAMENTO
TÍTULO: Estratégia Empresarial 
CASO: Embraer: A Líder Mundial em Jatos Regionais 
REFERÊNCIA: GHEMAWHAT, Pankaj. Embraer: A Líder Mundial em J atos Regionais, Boston: Harvard Business School, 2000.
TEXTO: Em agosto de 1969 nasce no Brasil uma empresa destinada a fabricar aeronaves militares e comerciais: a Embraer. Criada pelo Ministério da Aeronáutica do Brasil, a empresa teve como seu maior idealizador Ozires Silva, oficial da Força Aérea formado pela ITA (Instituto de Tecnologia Aeronáutica). O decreto presidencial que criou a Embraer estipulou que o governo brasileiro controlaria no mínimo 51% do seu capital e, além disso, concedeu à empresa alguns privilégios especiais visando seu desenvolvimento perante o mercado. 
Após o desenvolvimento de alguns projetos que possibilitaram sua inserção no mercado nacional, como o Xavante (1971), Ipanema (1972), em 1973 a Embraer lançou a aeronave de passageiros Bandeirante, grande responsável pela sua consolidação no marcado nacional e expansão para o mercado internacional de aeronaves. Com o sucesso do Bandeirantes a Embraer começou a desenvolver o Brasília, que em 14 anos de comercialização (de 1985 a 1999) teve 350 unidades vendidas, sendo considerado um sucesso do ponto de vista comercial. 
No fim da década de 80 e início de 90, a Embraer apresentou uma queda acentuada em seu desempenho ocasionada por diversos motivos internos e externos ao país. Esta queda, seguida por anos de baixo rendimento e prejuízos acumulados, faz com que em dezembro de 1994 a empresa considerada orgulho nacional fosse privatizada. A partir de sua privatização, diversos cortes, desde os níveis hierárquicos até o corte de gastos com pessoal, fizeram com que a empresa pudesse aos poucos se restabelecer no mercado.
Após a privatização cabia aos novos acionistas decidir sobre a continuidade de projetos já existentes, entre eles o ERJ 145 que era estimado em mais de US$ 240 milhões. Botelho, novo CEO da empresa, decidiu acelerar o desenvolvimento. Com empréstimo do BNDES e envolvimento de quatro parceiros, além do engajamento de dezenas de “pequenos fornecedores”, em Agosto de 1995 o ERJ 145 fez o seu primeiro voo. O projeto foi responsável por 60% das receitas da Embraer em 1997 e tirou a empresa do vermelho em 1998. 
Frederico Curado, vice-presidente da companhia, desenvolveu um novo departamento de informação do mercado na Embraer. A empresa passou a não depender mais de consultores nesta área, podendo avaliar por conta própria suas perspectivas no mercado, bem como se planejar diante das demandas existentes no setor. A partir disto, a Embraer desenvolveu três cenários básicos de participação no mercado para seus ERJ 170 e ERJ 190, aeronaves de 70 e 108 assentos respectivamente. Os cenários de participação no mercado podiam ser combinados com suposições sobre os cronogramas de entrega/pagamentos e sobre os preços, gerando projeções de fluxos financeiros positivos. Tanto a demanda quanto a capacidade da Embraer de atende-la determinariam o cronograma das entregas.
Em relação aos seus fornecedores, a Embraer necessitava escolher parceiros que compartilhavam os riscos e o início do desenvolvimento conjunto com eles. Os fornecedores selecionados receberam um montante fixo, previamente acordado, por unidade vendida, ajustado pela variação de índices de custos relacionados à indústria aeronáutica, mais a maior parte das receitas da venda de componentes de reposição. 
Os financiamentos às exportações geraram uma grande disputa entra a Embraer e a Bombardier, sua principal concorrente. A disputa evoluiu a ponto de criar uma forte tensão entre Brasil e Canadá, gerando um importante teste para os mecanismos de solução de disputas da OMC (organização mundial do comercio). 
Em outubro de 1999, a Embraer anunciou a venda de 20% de suas ações com direitos à voto para um grupo francês. O preço negociado implicava valores a Embraer em cerca de US$ 2,4 bilhões. O principal objetivo da empresa com essa aliança era o aumento da capacitação da empresa no setor de defesa e, apenas secundariamente, em outras áreas comerciais e em expansão geográfica. Botelho, CEO da empresa, quando entrevistado sobre o assunto citou: “O apoio do governo brasileiro é fundamental. [...] Queremos continuar sendo o braço tecnológico e industrial do governo brasileiro, embora, evidentemente, também precisemos registrar lucros. 
O estudo de caso apresentado mostra que a Embraer é, evidentemente, motivo de orgulho nacional pelas suas conquistas no campo da engenharia. Grande parte deste sucesso está voltada pela sua competência no desenvolvimento de projetos bem-sucedidos ao decorrer da sua história. Através de muito planejamento e estudos, a empresa tornou-se um ícone nacional e referencia mundial no setor.
A “Exame”, principal revista brasileira de negócios, descreve-a como “ícone nacional” louvando seu sucesso na “competição com poderosas companhias estrangeiras. 
LOCAL: Biblioteca Virtual Estácio de Sá
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
GHEMAWHAT, Pankaj. Embraer: A Líder Mundial em J atos Regionais, Boston: Harvard Business School, 2000.
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