Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Direito penal mínimo- Lei e ordem- 3\08\2011 CRACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL. Positivo1- Público: processo e execução da pena pelo Estado2- Autônomo3- Sancionatório4- Constitutivo: Ciração de uma nova situação . Por ex. O dto. Penal pune casos que não pertencem à nenhuma outra área jurídica: Ex: arma de fogo. Criação de direito: maltrato aos animais 5- Valorativo: O direito penal é guiado pela valoração . Moral: adequação com os valores sociais.. Isso explica as diferentes penas aplicadas para um caso nominalmente igual: Atribuição valorativa. 6- DENOMINAÇÃO DO DIREITO PENAL: Penal X criminal Fontes : (primária) Lei Federal (secundárias - derivadas) - Analogia: Vedada no direito penal, salvo para beneficiar o réu. - Costumes: Vedado, salvo para beneficiar o réu. - Princípios gerais do Direito: Norteiam e influenciam a criação de uma norma. - Princípios, doutrina, jurisprudência. Proteção dos bens jurídicos relevantes 1- Contenção ou redução da violência estatal (ao mesmo tempo em que o dto. Penal é a representação da força do estado, é também a limitação dessa força, ao passo que, sendo as penas estabelecidas, não há o uso arbitrário de poder. 2- Prevenção da vingança privada (abolicionista)3- Proteção do infrator4- Missões: (finalidade): Instrumental (instrumento de proteção)1- Promocional ( forma de promoção e benefício do poder público através da máquina penal - lei seca; tolerância zero, etc). O poder explora a necessidade e importância da lei penal. 2- Simbólica (criação de um lei como forma de sensação de segurança e satisfação social).3- Labelling approach: separação maniqueísta; tarjamento das pessoas. Essa teoria critica essa tendência do direito penal. 4- Funções ( consequências): 8\8\2011 : segunda-feira, Direito penal - teoria da pena Por emenda, foi proibido fazer MP (medida provisória) acerca de direito penal. Subsunção: Fato na norma Analogia: Fato comparado à outro fato. Lei de execução penal: 7210\84: Remição (art 121 e 55 - a cada três dias trabalhados; um dia a menos de pena). Por analogia, a jurisprudência dita que, assim como o trabalho, o estudo também reintegra o indivíduo. Três dias de estudo resultariam, então, em um dia a menos de pena. 17 de agosto de 2011; Relação com outras áreas do Direito; Direito Constitucional: Na parte de direitos e garantias fundamentais, restringindo a possibilidade de atuação do Estado. Art 5º tem muita relação com o direito penal, ao passo de que as garantias e direitos fundamentais visam a proteção de interesses relevantes (vida, liberdade). Na parte que delimita a organização dos poderes, o direito penal também é inserido. - Civil: No dto civil o interesse entre as partes é privado, no penal, público. Entretanto, a prática penal traz um início civil (roubo = indenização, etc). O direito civil, com campo muito amplo, abrange parte da área de atuação do direito penal (conceito de propriedade; violação de domicílio; invasão do locatório; etc). - Administrativo: O dto admnistrativo protege alguns bens públicos, assim como o direito penal (corrupção, etc). - Processo penal: é o processo que leva à medição do grau de culpa do réu e à satisfação jurisdicional. - Tributário/ambiental/econômico: A matéria penal criminaliza certos atos dessas áreas, quando, por exemplo, a indenização (própria do direito civil), não é suficiente. - Retributivaa- Preventiva - Geral (positiva; negativa)b- - Especial (positivia; negativa) O direito penal não se ocupa de fatos jurídicos e, sim, de atos jurídicos. Em exceção, um ato somado a um fato (por ex. Construir em encostas proibidas + chuva = deslizamento) é objeto do direito penal. Ou seja, uma ação que, somada à um fato, produz efeitos jurídicos. No direito penal, a confissão são exclui a necessidade do processo. PRINCÍPIOS: -Humanidade das sanções Art1º, III, CF (dignidade humana - 5º, XLVII - proibição de penas Não haverá pena de morte, pena de prisão perpétua, de trabalhos forçados, de banimento, cruéis). XLVI: a lei regulará a individualização da pena e adotará entre outras as seguintes: privação de liberdade, perda de bens, prestação de serviços alternativos, multas ou interdição de direitos. -Anterioridade: A norma tem que ser anterior ao fato. Tratado no art 1º CP; Não há crime sem lei anterior que o defina; não há pena sem prévia combinação legal. Seria semelhante ao principio da legalidade - Art 5º II CF Ato discricionário: Aplicação, ato, motivado por interesse não necessariamente público, dentro da lei. - Ato arbitrário: Ato munido de interesse não geral, e não dentro da lei. - Direito penal - George seigneur segunda-feira, 1 de agosto de 2011 09:55 Página 1 de dto. penal Não só aplicado ao crime, mas também aos benefícios e prejuízo penal (para o acusado). Desenha a ideia de que a lei só vale para os casos posteriores à sua vigência (e não sua promulgação) - após o vacatio legis (ou seja, a lei penal não retroage*) Ex: Pratica de estupro em 2005; o réu será penalizado com a lei vigente e, mesmo em possível reformulação da lei no ano de 2008, não haverá alteração de pena. Da mesma maneira, se o crime praticado em 2005 for descoberto após a reformulação da lei, a pena continua equivalente a vigente em 2005. *O direito penal, entretanto, age para beneficiar o réu. Ex: Se o delito cometido após 2 anos não for mais considerado crime, o detento é solto. -Anterioridade e reserva legal Norma penal branca: normal penal que não tem complemento. Ex: Homicídio, tráfico de drogas - não especifica qual homicídio e qual droga leva à penalidade. Assim, ele vai precisar de uma complemento para que a norma tenha validade. Entretanto, existem normas cujo complemento é necessário. - A norma penal deve trar da forma mais precisa possível.- Decorre a corrente que afirma uma ofensa a reserva legal por parte dessa norma penal branca, pois uma parte fora da legislação ordinária cria lei, sendo assim, arbitrária. No entanto, entende-se que a realidade não possibilita esse quadro. Ressalva-se que esse aspecto é mais forte quando é uma portaria que complementa a lei, não prevista pela prescrição normal. - Dessa forma, é averiguado o princípio da Taxatividade da lei penal, que força uma clareza da lei para certas regras amplas não aplicáveis à realidade. É a base "nullum crimen sine lege stricta". Por outro lado, há leis que tem de ser gerais, como exemplo os crimes culposos, envoltos de inúmeras possibilidades. - O princípio de reserva legal diz que o crime e a pena devem ser aplicados de acordo com a lei aprovada no Congresso, e não por resolução, portarias, etc. -Necessidade da lei escrita: (Nula crimen sine lege scrita). Não há crime sem lei que o defina. Art 1 e 2 CP Nulla crimen sine lege stricta. O crime e a pena se inserem na lei, o que significa que eles só existem após a positivação em forma de lei. Anterioridade: Anterior ao fato (taxativa)- Não basta ser taxativa mas, também, clara e escrita. Com a lei escrita, a eficácia será maior. Esse princípio é uma decorrência do princípio da anterioridade. -Aplicação da lei mais favorável: Novatio in mellius 5º, XL, CF. "A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu". Lei 12015. Art CP 213 (6 a 10 anos), 214 (6 a 10 anos). Em crimes continuados, é aplicada a pena mais grave acrescido de 1/6 a 2/3 da pena (crime continuado art 71). Decorre também do principioda anterioridade; Art 5, XL CF Novato in mellius -Proteção dos bens jurídicos: O objetivo é que o direito penal não puna condutas que não causem dano ou perigo no mundo jurídico. Perigo concreto: o perigo é causado no momento do crime (309 do CTN - Dirigir sem CNH com perigo de dano). Perigo abstrato: O perigo já está na conduta. Ex: Embriaguez ao volante; tráfico de drogas. -Proporcionalidade: A pena é aplicada segundo as circunstâncias do crime (agravante, atenuante reincidência, etc). Art 5, 46 " A lei regulará a individualização da pena .."As penas são aplicadas e definidas individualmente. O STF, entretanto, acabou aumentando essa aplicação, entendendo que o principio não fica só na aplicação da pena, mas também em sua execução (cumprimento). O supremo declarou então inconstitucional a lei que previa a concessão de progressão da pena, pois ia contra o princípio de individualização da pena. Art 5 45. Personificação da pena "a pena não passará da pessoa do condenado". -Individualização da pena: A pena não é sempre a mesma para indivíduos com os mesmos crimes. -Culpabilidade: {Ato ilícito típico, por menor incapaz - não é crime art 386 CPP (é isento de pena)} Nexo de causalidade: relação de causa e efeito.- Caso fortuito: acidente causado por fenômenos naturais- Caso de força maior: acidente com participação humana (ex: buracos nas vias). - Veda responsabilidade objetiva (sem culpa). Culpa: inobservância do dever objetivo de cuidado. Quando os devidos cuidados são comprovados, há o caso fortuito (força maior). Há necessidade, no direito penal, da comprovação de culpa, ou seja, a responsabilidade é subjetiva. -Proporcionalidade: O direito penal deve tratar da forma mais justa o desvio de conduta, ou seja, há uma justa medida da retribuição. 121 5º CP: homicídio culposo "O juiz pode deixar de aplicar a pena se o autor for atingido de forma tão grave que a pena se torna desnecessária". O furto na internet não é positivado, devendo ser inserido em uma regra já existente. Caso essa inserção não seja possível, não será considerado crime, como é o caso da clonagem de cartão de crédito. Nesse caso, o crime é a utilização indevida do cartão clonado. DIREITO PENAL NO TEMPO Tempus regit actum (4º): Momento do crime = momento da ação (não do resultado). A lei penal aplicada é a lei do momento da ação (salvo se ela for benéfica). - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. Ultratividade da lei excepcional e temporária (3º): A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. - Norma penal em branco (3º)- DIREITO PENAL NO ESPAÇO Territorialidade: artigo 5º- Art 5º: Aplica-se a lei Brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras do direito internacional, ao crime cometido no território nacional. 1º: Pra os efeito penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo Crime Continuado 71 CP: um ou mais crimes da mesma espécie, em que os subsequentes são uma continuação do primeiro. Crime permanente: O resultado não ocorre num momento específico, mas se prolonga no tempo. Ex: sequestro; porto ilegal de arma; Página 2 de dto. penal 1º: Pra os efeito penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro aonde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto mar. 2º É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em poucos ou território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. EXTRATERRITORIALIDADE Quando o brasil tem competência para julgar os crimes praticados fora do território nacional. Art 7º: Incondicionada 7º, I.. Há a punição segundo a lei brasileira, seja o agente condenado ou absolvido ou não no estrangeiro. Se absolvido no exterior, o brasil ignora aquela decisão. Se condenado, a pena cumprida no exterior atenua a pena aplicada pela lei brasileira quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas (art. 8) 1) Crimes que atentem contra a vida ou liberdade do Presidente da Repúbliaa) Contra o patrimônio e da fé pública da União, DF, Estados, territórios, municípios, empresas públicas, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação do Poder Público. b) Condicionada II1) requisitos para punição nas hipóteses previstas:• Entrar o agente no território nacional (a saída do agente não prejudica o andamento da ação penal instaurada); - Ser o fato punível no país de origem;- Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição. A pena a ser aplicável deve ser maior de um ano, e o crime não pode ser crime político (pois não é passível de extradição). - Não ter sido absolvido ou não ter cumprido pena no estrangeiro. Se aplica a lei brasileira somente quando o agente não foi julgado ou, se condenado, não se executou a pena imposta. - Não ter sido o agente perdoado, ou não extinta a punibilidade (prescrição), segundo a lei mais favorável. - a)Crimes que o Brasil deve reprimir, segundo tratado ou convenção. b)Crimes contra brasileiro, praticados por estrangeiro. c)Crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgadas. Crime praticado contra brasileiro no exterior2) Disposições gerais - art. 8 ao 12. Pena cumprida no estrangeiro1) Eficácia de sentença estrangeira2) Contagem de prazo3) Princípio da4) a)Especialidade b)Consunção c)Subsidiariedade 3 de outubro de 2011 NEXO DE CAUSALIDADE Art 13, CF Teoria da equivalência dos antecedentes causais • Para crimes dolosos. Omissão dolosa: consciência da intenção do agente. Consciência da finalidade Teoria do domínio do fato- O autor é aquele que tem domínio do fato, no crime doloso. Superveniência de causa independente- Omissão penalmente relevante- Omissão própria/imprópria - Teoria da imputação objetiva- 1970 - Claus. Adequou-se aos crimes culposos. "Toda atividade humana é dotada de riscos, dos quais uns são permitidos e outros proibidos, que seriam os puníveis Dever objetivo de cuidado Técnico: regras naturais de segurança (ex, vias com limite de velocidade).• Comportamental: Como base o comportamento do homem médio no resultado. • A causa relativamente independente que por si só causa o resultado:• Exclui-se a imputação, punindo-se as condutas anteriores. Eventos que, em conjunto, não tem relação com o resultado. Causa superveniente. Página 3 de dto. penal Exclui-se a imputação, punindo-se as condutas anteriores. Eventos que, em conjunto, não tem relação com o resultado. Causa superveniente. Ex: TIRO ------------------ infecção hospitalar ou óbito comprovadamente por traumatismo craniano o agente responde pela tentativa o agente responde pelo homicídio culposo (em geral, mas há também os punidos pelo crime doloso). A causa relativamente independente que concorre com a causa originária.• Evento que, em conjunto, agravam a situação.Tiro ------------------- acidente na ambulância (que agrave a situação originária). Homicídio consumado homicídio culposo Causa absolutamente independente:• Exclui as condutas anteriores. Página 4 de dto. penal
Compartilhar