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Direito penal - George seigneur

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Direito penal mínimo-
Lei e ordem-
3\08\2011 
CRACTERÍSTICAS DO DIREITO PENAL.
Positivo1-
Público: processo e execução da pena pelo Estado2-
Autônomo3-
Sancionatório4-
Constitutivo: Ciração de uma nova situação . Por ex. O dto. Penal pune casos que não pertencem à 
nenhuma outra área jurídica: Ex: arma de fogo. Criação de direito: maltrato aos animais
5-
Valorativo: O direito penal é guiado pela valoração . Moral: adequação com os valores sociais.. 
Isso explica as diferentes penas aplicadas para um caso nominalmente igual: Atribuição valorativa. 
6-
DENOMINAÇÃO DO DIREITO PENAL: Penal X criminal 
Fontes : (primária) Lei Federal
 (secundárias - derivadas) - Analogia: Vedada no direito penal, salvo para beneficiar o réu.
 - Costumes: Vedado, salvo para beneficiar o réu.
 - Princípios gerais do Direito: Norteiam e influenciam a criação de uma norma.
 - Princípios, doutrina, jurisprudência.
Proteção dos bens jurídicos relevantes 1-
Contenção ou redução da violência estatal (ao mesmo tempo em que o dto. Penal é a representação da força 
do estado, é também a limitação dessa força, ao passo que, sendo as penas estabelecidas, não há o uso 
arbitrário de poder. 
2-
Prevenção da vingança privada (abolicionista)3-
Proteção do infrator4-
Missões: (finalidade): 
Instrumental (instrumento de proteção)1-
Promocional ( forma de promoção e benefício do poder público através da máquina penal - lei seca; 
tolerância zero, etc). O poder explora a necessidade e importância da lei penal.
2-
Simbólica (criação de um lei como forma de sensação de segurança e satisfação social).3-
Labelling approach: separação maniqueísta; tarjamento das pessoas. Essa teoria critica essa tendência do 
direito penal.
4-
Funções ( consequências):
8\8\2011 : segunda-feira, Direito penal - teoria da pena
Por emenda, foi proibido fazer MP (medida provisória) 
acerca de direito penal.
Subsunção: Fato na norma
Analogia: Fato comparado à outro fato.
Lei de execução penal: 7210\84: Remição (art 121 e 55 - a cada três dias 
trabalhados; um dia a menos de pena). Por analogia, a jurisprudência 
dita que, assim como o trabalho, o estudo também reintegra o indivíduo. 
Três dias de estudo resultariam, então, em um dia a menos de pena.
17 de agosto de 2011;
Relação com outras áreas do Direito;
Direito Constitucional: Na parte de direitos e garantias fundamentais, restringindo a possibilidade 
de atuação do Estado. Art 5º tem muita relação com o direito penal, ao passo de que as garantias 
e direitos fundamentais visam a proteção de interesses relevantes (vida, liberdade). Na parte que 
delimita a organização dos poderes, o direito penal também é inserido.
-
Civil: No dto civil o interesse entre as partes é privado, no penal, público. Entretanto, a prática 
penal traz um início civil (roubo = indenização, etc). O direito civil, com campo muito amplo, 
abrange parte da área de atuação do direito penal (conceito de propriedade; violação de 
domicílio; invasão do locatório; etc).
-
Administrativo: O dto admnistrativo protege alguns bens públicos, assim como o direito penal 
(corrupção, etc). 
-
Processo penal: é o processo que leva à medição do grau de culpa do réu e à satisfação 
jurisdicional.
-
Tributário/ambiental/econômico: A matéria penal criminaliza certos atos dessas áreas, quando, 
por exemplo, a indenização (própria do direito civil), não é suficiente. 
-
Retributivaa-
Preventiva - Geral (positiva; negativa)b-
 - Especial (positivia; negativa)
O direito penal não se ocupa de fatos jurídicos e, sim, de atos jurídicos. Em 
exceção, um ato somado a um fato (por ex. Construir em encostas proibidas 
+ chuva = deslizamento) é objeto do direito penal. Ou seja, uma ação que, 
somada à um fato, produz efeitos jurídicos. 
No direito penal, a confissão são exclui a necessidade do processo. 
PRINCÍPIOS:
-Humanidade das sanções Art1º, III, CF (dignidade humana - 5º, XLVII - proibição de penas Não haverá pena de 
morte, pena de prisão perpétua, de trabalhos forçados, de banimento, cruéis). XLVI: a lei regulará a 
individualização da pena e adotará entre outras as seguintes: privação de liberdade, perda de bens, prestação de 
serviços alternativos, multas ou interdição de direitos.
-Anterioridade: A norma tem que ser anterior ao fato. 
Tratado no art 1º CP;
Não há crime sem lei anterior que o defina; não há pena sem prévia combinação legal.
Seria semelhante ao principio da legalidade - Art 5º II CF
Ato discricionário: Aplicação, ato, motivado por interesse 
não necessariamente público, dentro da lei.
-
Ato arbitrário: Ato munido de interesse não geral, e não 
dentro da lei.
-
Direito penal - George seigneur
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
09:55
 Página 1 de dto. penal 
Não só aplicado ao crime, mas também aos benefícios e prejuízo penal (para o acusado). 
Desenha a ideia de que a lei só vale para os casos posteriores à sua vigência (e não sua promulgação) - após o 
vacatio legis (ou seja, a lei penal não retroage*)
Ex: Pratica de estupro em 2005; o réu será penalizado com a lei vigente e, mesmo em possível reformulação da lei 
no ano de 2008, não haverá alteração de pena. Da mesma maneira, se o crime praticado em 2005 for descoberto 
após a reformulação da lei, a pena continua equivalente a vigente em 2005.
*O direito penal, entretanto, age para beneficiar o réu. Ex: Se o delito cometido após 2 anos não for mais 
considerado crime, o detento é solto.
-Anterioridade e reserva legal
Norma penal branca: normal penal que não tem complemento. Ex: Homicídio, tráfico de drogas - não 
especifica qual homicídio e qual droga leva à penalidade. Assim, ele vai precisar de uma complemento para 
que a norma tenha validade. Entretanto, existem normas cujo complemento é necessário.
-
A norma penal deve trar da forma mais precisa possível.-
Decorre a corrente que afirma uma ofensa a reserva legal por parte dessa norma penal branca, pois uma 
parte fora da legislação ordinária cria lei, sendo assim, arbitrária. No entanto, entende-se que a realidade 
não possibilita esse quadro. Ressalva-se que esse aspecto é mais forte quando é uma portaria que 
complementa a lei, não prevista pela prescrição normal. 
-
Dessa forma, é averiguado o princípio da Taxatividade da lei penal, que força uma clareza da lei para certas 
regras amplas não aplicáveis à realidade. É a base "nullum crimen sine lege stricta". Por outro lado, há leis 
que tem de ser gerais, como exemplo os crimes culposos, envoltos de inúmeras possibilidades. 
-
O princípio de reserva legal diz que o crime e a pena devem ser aplicados de acordo com a lei aprovada no 
Congresso, e não por resolução, portarias, etc. 
-Necessidade da lei escrita: (Nula crimen sine lege scrita). Não há crime sem lei que o defina. 
Art 1 e 2 CP Nulla crimen sine lege stricta.
O crime e a pena se inserem na lei, o que significa que eles só existem após a positivação em forma de lei.
Anterioridade: Anterior ao fato (taxativa)-
 Não basta ser taxativa mas, também, clara e escrita. Com a lei escrita, a 
 eficácia será maior. 
Esse princípio é uma decorrência do princípio da anterioridade. 
-Aplicação da lei mais favorável: Novatio in mellius 5º, XL, CF. "A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o 
réu". Lei 12015. Art CP 213 (6 a 10 anos), 214 (6 a 10 anos). Em crimes continuados, é aplicada a pena mais grave 
acrescido de 1/6 a 2/3 da pena (crime continuado art 71). 
Decorre também do principioda anterioridade;
Art 5, XL CF
Novato in mellius
-Proteção dos bens jurídicos: O objetivo é que o direito penal não puna condutas que não causem dano ou perigo 
no mundo jurídico.
Perigo concreto: o perigo é causado no momento do crime (309 do CTN - Dirigir sem CNH com perigo de dano).
Perigo abstrato: O perigo já está na conduta. Ex: Embriaguez ao volante; tráfico de drogas. 
-Proporcionalidade: A pena é aplicada segundo as circunstâncias do crime (agravante, atenuante reincidência, 
etc). Art 5, 46 " A lei regulará a individualização da pena .."As penas são aplicadas e definidas individualmente. O 
STF, entretanto, acabou aumentando essa aplicação, entendendo que o principio não fica só na aplicação da pena, 
mas também em sua execução (cumprimento). O supremo declarou então inconstitucional a lei que previa a 
concessão de progressão da pena, pois ia contra o princípio de individualização da pena. Art 5 45. Personificação 
da pena "a pena não passará da pessoa do condenado". 
-Individualização da pena: A pena não é sempre a mesma para indivíduos com os mesmos crimes. 
-Culpabilidade: {Ato ilícito típico, por menor incapaz - não é crime art 386 CPP (é isento de pena)}
Nexo de causalidade: relação de causa e efeito.-
Caso fortuito: acidente causado por fenômenos naturais-
Caso de força maior: acidente com participação humana (ex: buracos nas vias). -
Veda responsabilidade objetiva (sem culpa). Culpa: inobservância do dever objetivo de cuidado.
Quando os devidos cuidados são comprovados, há o caso fortuito (força maior).
Há necessidade, no direito penal, da comprovação de culpa, ou seja, a responsabilidade é subjetiva.
-Proporcionalidade: O direito penal deve tratar da forma mais justa o desvio de conduta, ou seja, há uma justa 
medida da retribuição. 121 5º CP: homicídio culposo "O juiz pode deixar de aplicar a pena se o autor for atingido 
de forma tão grave que a pena se torna desnecessária". 
O furto na internet não é 
positivado, devendo ser inserido 
em uma regra já existente. Caso 
essa inserção não seja possível, 
não será considerado crime, 
como é o caso da clonagem de 
cartão de crédito. Nesse caso, o 
crime é a utilização indevida do 
cartão clonado. 
DIREITO PENAL NO TEMPO
Tempus regit actum (4º): Momento do crime = momento da ação (não do resultado). A lei penal aplicada é a lei do momento da ação (salvo se ela for benéfica). -
Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
Ultratividade da lei excepcional e temporária (3º): A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a 
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
-
Norma penal em branco (3º)-
DIREITO PENAL NO ESPAÇO
Territorialidade: artigo 5º-
Art 5º: Aplica-se a lei Brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras do direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
1º: Pra os efeito penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo 
Crime Continuado 71 CP: um ou mais crimes da mesma 
espécie, em que os subsequentes são uma continuação do 
primeiro. 
Crime permanente: O resultado não ocorre num momento 
específico, mas se prolonga no tempo. Ex: sequestro; porto 
ilegal de arma; 
 Página 2 de dto. penal 
1º: Pra os efeito penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo 
brasileiro aonde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, 
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto mar.
2º É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em 
poucos ou território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
EXTRATERRITORIALIDADE
Quando o brasil tem competência para julgar os crimes praticados fora do território nacional.
Art 7º: 
Incondicionada 7º, I.. Há a punição segundo a lei brasileira, seja o agente condenado ou absolvido 
ou não no estrangeiro. Se absolvido no exterior, o brasil ignora aquela decisão. Se condenado, a 
pena cumprida no exterior atenua a pena aplicada pela lei brasileira quando diversas, ou nela é 
computada, quando idênticas (art. 8)
1)
Crimes que atentem contra a vida ou liberdade do Presidente da Repúbliaa)
Contra o patrimônio e da fé pública da União, DF, Estados, territórios, municípios, empresas 
públicas, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação do Poder Público. 
b)
Condicionada II1)
requisitos para punição nas hipóteses previstas:•
Entrar o agente no território nacional (a saída do agente não prejudica o andamento da ação 
penal instaurada);
-
Ser o fato punível no país de origem;-
Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição. A pena a ser 
aplicável deve ser maior de um ano, e o crime não pode ser crime político (pois não é passível de 
extradição).
-
Não ter sido absolvido ou não ter cumprido pena no estrangeiro. Se aplica a lei brasileira somente 
quando o agente não foi julgado ou, se condenado, não se executou a pena imposta.
-
Não ter sido o agente perdoado, ou não extinta a punibilidade (prescrição), segundo a lei mais 
favorável.
-
a)Crimes que o Brasil deve reprimir, segundo tratado ou convenção.
b)Crimes contra brasileiro, praticados por estrangeiro.
c)Crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade 
privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgadas.
Crime praticado contra brasileiro no exterior2)
Disposições gerais - art. 8 ao 12.
Pena cumprida no estrangeiro1)
Eficácia de sentença estrangeira2)
Contagem de prazo3)
Princípio da4)
a)Especialidade
b)Consunção
c)Subsidiariedade
3 de outubro de 2011
NEXO DE CAUSALIDADE
Art 13, CF 
Teoria da equivalência dos antecedentes causais •
Para crimes dolosos. 
Omissão dolosa: consciência da intenção do agente.
Consciência da finalidade
Teoria do domínio do fato-
O autor é aquele que tem domínio do fato, no crime doloso.
Superveniência de causa independente-
Omissão penalmente relevante-
Omissão própria/imprópria -
Teoria da imputação objetiva-
1970 - Claus. Adequou-se aos crimes culposos.
"Toda atividade humana é dotada de riscos, dos quais uns são permitidos e outros proibidos, que seriam os puníveis
Dever objetivo de cuidado
Técnico: regras naturais de segurança (ex, vias com limite de velocidade).•
Comportamental: Como base o comportamento do homem médio no resultado. •
A causa relativamente independente que por si só causa o resultado:•
Exclui-se a imputação, punindo-se as condutas anteriores. Eventos que, em conjunto, não tem relação com o resultado. Causa superveniente.
 Página 3 de dto. penal 
Exclui-se a imputação, punindo-se as condutas anteriores. Eventos que, em conjunto, não tem relação com o resultado. Causa superveniente.
Ex: TIRO ------------------ infecção hospitalar ou óbito comprovadamente por traumatismo craniano
 o agente responde pela tentativa o agente responde pelo homicídio culposo (em geral, mas há também os punidos pelo crime 
 doloso).
A causa relativamente independente que concorre com a causa originária.•
Evento que, em conjunto, agravam a situação.Tiro ------------------- acidente na ambulância (que agrave a situação originária).
Homicídio consumado homicídio culposo
Causa absolutamente independente:•
Exclui as condutas anteriores.
 Página 4 de dto. penal

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