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Relatório análise de água

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Instituto de química de São Carlos
Laboratório de Química Ambiental - SQM0439
Profª Drª Eny Maria Vieira
Práticas 1, 2 e 3: Amostragem de águas naturais para análises Físico-Químicas
 Calcular a capacidade tamponante de águas naturais
 Determinação de cromo (VI) por espectrofotometria
	Aluna
	N° USP
	Jéssica Coraça
	8600247
	Thais moreno Priolli
	6402826
São Carlos, Agosto de 2018
1. INTRODUÇÃO
Para realizar o monitoramento da qualidade de um corpo hídrico é necessário realizar as etapas de coleta de amostras e estocagem de águas naturais, para que características naturais sejam mantidas até o momento da análise.1
A confiabilidade dos resultados e sua interpretação adequada dependem da correta execução na amostragem e armazenamento. Existem vários métodos de amostragem e o mais adequado varia de acordo com a finalidade da pesquisa. Já o armazenamento deve ser feito sob refrigeração, para evitar a evaporação de compostos voláteis, e sob abrigo da luz para evitar degradação de compostos fotossensíveis.
Por meio de analises das características físico-química da água e de soluções aquosas é possível identificar e quantificar elementos e espécies iônicas presentes nesses compostos. Os valores determinados nas amostras analisadas são comparados aos padrões conhecidos. Existem várias técnicas analíticas que identificam componentes em uma amostra e quantificam a concentração. 
Uma das análises que pode ser feita em águas naturais é a de capacidade tamponante. A capacidade tamponante de uma solução é a resistência à mudança de pH da mesma com adição de um ácido ou base ao meio, ou seja, quanto um corpo hídrico é capaz de conter mudanças de pH por contaminação. Comumente as águas naturais são soluções tampões ácidos e observa-se presença de íons bicarbonato e dióxido de carbono dissolvidos. Quando a capacidade tamponante da água ultrapassada os valores das soluções tampões, consequências podem ocorrer, como por exemplo a mortalidade de sistemas aquáticos.
Outra análise possível é a de contaminação por metais. A concentração de metal pode ser determinada por métodos espectroscópicos, uma vez que o aparelho fornece a potência da fonte de luz e daquela emitida pela amostra após a absorção.
A resolução de número 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) no capitulo III, artigos 3° e 4°, apresenta a classificação e descrição dos corpos águas. As águas doces apresentam as classificações: classe especial, classe 1, classe 2, classe 3 e classe 4. Em relação aos corpos de água de classe 1, apresenta-se a seguinte descrição:
“Classe 1: água que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado; b) à proteção das comunidades aquáticas;c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA no 274, de 2000; d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas” (CONAMA, 357, 2005,61p). 
Para os corpos de água de classe 3, apresenta-se a seguinte descrição:
“classe 3: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras; c) à pesca amadora; d) à recreação de contato secundário; e e) à dessedentação de animais” (CONAMA, 357, 2005, 61p).
	A resolução número 430 da CONAMA, apresenta as condições, os parâmetros, padrões e as diretrizes para gestão do lançamento de efluentes em corpos de água receptores. Tal resolução complementa a Resolução número 357, na Seção II, artigo 16° é mencionado que “os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados diretamente no corpo receptor desde que obedeçam as condições e padrões previstos neste artigo” (CONAMA, 430, 2011, 92p) . Em tal artigo é apresentado as condições ambientais padrões do efluente.
2. OBJETIVOS
Prática 1: Demonstrar técnicas de amostragem de águas naturais, bem como o tratamento e conservação dessas amostras.
Prática 2: Calcular a capacidade tamponante de amostras ambientais, característica que indica a estabilidade da amostra com a introdução de soluções de ácidos e bases fortes.
Prática 3: Medir a concentração de Cr6+ em amostras de água por espectrofotometria
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Coleta das amostras de água e de sedimentos
Amostragem de águas naturais para análises Físico-Químicas, as águas foram coletadas no Rio Tijuco localizado nas proximidades do campus 1 da USP da cidade de São Carlos, Figura 1.
 Figura 1: Locais onde as amostras foram coletadas.
Para coletar amostras de água posiciona-se o frasco de coleta no meio do córrego com a boca do frasco em sentido contrário ao fluxo do rio. 
Acondiciona-se os frascos com amostras a uma caixa com isolamento térmico (gelo). 
Para a coleta de amostras de sedimento utiliza-se um dispositivo, que deve é posicionado aproximadamente na mesma posição na qual foram coletadas as amostras de água.
Acondiciona-se as amostras de sedimento em uma caixa com isolante térmico.
Abertura da amostra de água
Para a abertura da amostra de água adicionou-se a cada 100 mL da amostra 1 ml de ácido nítrico concentrado (HNO3), homogeneizada a mistura. Uma parte foi utilizada para o cálculo da capacidade tamponante e outra para análise da concentração dos metais. 
Abertura da amostra de sedimentos
Para a abertura dos sedimentos adicionou-se 5mL de NHO3 1:1 em 0,1g de sedimentos, aquece-se a mistura por 30 minutos a 90C. Caso a mistura apresentar muita matéria orgânica adicionar mais 5mL de NHO3 1:1 e aquecer por mais 30 minutos. Após ficar em temperatura ambiente adiciona-se 5 mL de H2O2 a 35% e aquecer por 30 minutos a 70C. Após resfriar a mistura adiciona-se 5 mL de HCl concentrado e aqueça por 15 minutos a 90C
Filtra-se a mistura coloca-se a mistura líquida em um balão de 100 mL completa-se o volume com água.
 
Prática 1 – Analise de metais na amostra de água por ICP-OES
Para análise dos metais Fe, Cu e Cr preparou-se as soluções de cada um dos metais com HNO3. As concentrações de cada metal na solução foram: 0,5 mg. L-1 ; 1,0 mg. L-1 ; 1,5 mg. L-1 ; 2,0 mg. L-1 e; 2,5 mg. L-1 . 
A partir da análise dessas soluções em ICP-OES construiu-se a curva de calibração. Fez-se a leitura da amostra no ICP-OES e calculou-se a concentração de cada metal na amostra de água. 
Comparou-se as concentrações dos metais na amostra obtidas com os valores estipulados na resolução CONAMA n°357 e 430. 
Prática 1 – Analise de metais na amostra de sedimentos por ICP-OES
Para análise dos metais Fe, Cu e Cr preparou-se as soluções de cada um dos metais com HNO3. As concentrações de cada metal na solução foram: 2,0 mg. L-1 ; 4,0 mg. L-1 ; 8,0 mg. L-1 ; 12,0 mg. L-1; 15 mg. L-1 e; 20 mg. L-1
A partir da análise dessas soluções em ICP-OES construiu-se a curva de calibração. Fez-se a leitura da amostra de sedimento no ICP-OES e calculou-se a concentração de cada metal na amostra de sedimento. 
Comparou-se os valores obtidos das concentrações dos metais na amostra obtidas com os valores estipulados na resolução CONAMA n°357 e 430. 
Prática 2 – Capacidade tamponante de água naturais
 Primeiramente encheu-se uma bureta de 25 mL com a solução de ácido clorídrico (HCl) de concentração de 0,01 mol.L-1. Em seguida colocou-se em um béquer, com capacidade de 250 mL, um volume de 100 mL da amostra de águas naturais, previamente coletada dos mananciais da cidade.
Em seguida procedeu-se a titulação com agitação constante. Os valores de pH a cada adição de 0,5 mL do titulante até atingir o pH de valor 4,0 foi anotada para posterior análise. Com o auxílio de um programa fez-se a curva de titulação com os valores obtidos. E finalmente calculou-se a capacidade tamponante da amostra por meio da curvae utilizando-se equações.
Prática 3 - Determinação do Cr6+ por espectrofotômetria
A partir da solução estoque de K2Cr2O7 com concentração 50 mg. L1 de Cr6+, preparou-se soluções padrões com as seguintes concentrações de Cr6+: 0,03 mg/L/ 0,05 mg/L; 0,08 mg/L; 0,1 mg/L; 0,15 mg/L; 0,2 mg/L; 0,25 mg/L; 0,3 mg/L.
 Em seguida foi transferida uma alíquota de 20 mL de cada solução padrão para um balão de 50 mL e adicionou-se 1 mL de solução de difenilcarbazida (50 mL desta solução que tem como solvente etanol contém 0,5g difenilcarbazida, 3 gotas de ácido sulfúrico), completou o volume de água destilada. Homogeneizou-se a solução e após 5 minutos foi feita a leitura da absorbância no espectrofotômetro em 450 nm.
A partir dos dados obtidos das soluções padrões construiu-se a curva de calibração. 
Para a análise das amostras desconhecidas de água, transferiu-se 20 mL da amostra de número e para um balão de 50 mL, completou-se o volume com água destilada e, em seguida adicionou-se 1 mL de difenilcarbazida, homogeneizou-se e após 5 minutos fez-se a leitura no aparelho. 
A partir dos dados da leitura e da curva de calibração determinou-se a concentração de Cr6+ na amostra de água.
4. RESULTADOS
Prática 1: Para as amostras de águas naturais e dos sedimentos foram analisadas as concentrações dos metais Fe, Cu e Cr. 
Para analisar a concentração de Cr na água foram utilizadas as soluções padrão diluídas, construiu-se a curva analítica (Figura 2) a partir dos valores obtidos (Tabela 1).
Tabela 1. Concentrações e intensidades e absorbância de amostras conhecidas
	[Cr] (mg.L-1)
	Absorbância
	0
	0,4974
	0,5
	0,0024
	1
	0,0069
	1,5
	0,0149
	2
	0,017
Figura 2. Curva de calibração para concentração da Tabela 01
A amostra de água do Rio Tijuca apresenta intensidade de absorbância igual a 0,0062. Desta forma, é possível concluir que a concentração de Cr é de 0,562 mg L-1. De acordo com a CONAMA número 357, os corpos de água tanto de classe 1 e como classe 3 tem como padrões de qualidade da água concentração de cromo totais de 0,05 mg.L-1. O valor de concentração do cromo na amostra do Rio Tijuca, 0,562 mg. L-1, está acima do valor recomendado pela CONAMA tanto para água de classe 1 como para água de classe 3. 
Para analisar a concentração de Cr no sedimento foram utilizadas as soluções padrão diluídas, construiu-se a curva analítica (Figura 3) a partir dos valores obtidos (Tabela 2).
Tabela 2. Concentrações e intensidades e absorbância de amostras conhecida
	[Cr] (mg.L-1)
	Absorbância
	0
	0,4949
	2
	0,0182
	4
	0,0346
	8
	0,0674
	12
	0,0956
	15
	0,1196
	20
	0,152
Figura 3. Curva de calibração para concentração da Tabela 02
A amostra de sedimento do Rio Tijuca apresenta intensidade de absorbância igual a 0,0012. Desta forma, é possível concluir que a concentração de Cr é de 0,271 mg L-1. O valor da concentração de cromo no sedimento é superior ao padrão de água de classe 1 e de classe 3, segundo a CONAMA – resolução número 357.
Para analisar a concentração de Cu na água foram utilizadas as soluções padrão diluídas, construiu-se a curva analítica (Figura 4) a partir dos valores obtidos (Tabela 3).
Tabela 3. Concentrações e intensidades e absorbância de amostras conhecidas
	[Cu] (mg.L-1)
	Absorbância
	0
	0
	0,5
	0,0068
	1
	0,0120
	1,5
	0,0109
	2
	0,1258
Figura 4. Curva de calibração para concentração da Tabela 03
A amostra de água do Rio Tijuca apresenta intensidade de absorbância igual a 0,0045. Desta forma, é possível concluir que a concentração de Cu é de 0,303 mg L-1. De acordo com a CONAMA – resolução número 357, a concentração padrão de cobre é de 0,009 mg.L-1 para corpos de água de classe 1 e de 0,013 mg.L-1 para corpos de água classe 3. Assim, o valor de concentração do cobre na amostra do Rio Tijuca (0,303 mg. L-1) está acima do valor recomendado pela CONAMA- resolução número 357, tanto para águas de classe 1 como para classe 3. Porém, a concentração de cobre está abaixo do padrão de efluentes previsto pela CONAMA –resolução número 430, que é de 1 mg.L-1. 
Para analisar a concentração de Cu no sedimento foram utilizadas as soluções padrão diluídas, construiu-se a curva analítica (Figura 6) a partir dos valores obtidos (Tabela 4).
Tabela 4. Concentrações e intensidades e absorbância de amostras conhecida
	[Cu] (mg.L-1)
	Absorbância
	0
	0
	2
	0,1279
	4
	0,2234
	8
	0,417
	12
	0,6011
	15
	0,6769
	20
	0,7785
Figura 5. Curva de calibração para concentração da Tabela 04
A amostra de sedimento do Rio Tijuca apresenta intensidade de absorbância igual a 0,0023. Desta forma, é possível concluir que a concentração de Cu é de 1,357 mg L-1. O valor da concentração de cobre no sedimento é superior ao padrão de água de classe 1 e de classe 3 previsto pela CONAMA – resolução número 357. Esse valor também superior ao valor padrão concentração nos efluentes segundo a CONAMA – resolução 430 (1 mg.L-1).
Para analisar a concentração de Fe na água foram utilizadas as soluções padrão diluídas, construiu-se a curva analítica (Figura 6) a partir dos valores obtidos (Tabela 5).
Tabela 5. Concentrações e intensidades e absorbância de amostras conhecidas
	[Fe] (mg.L-1)
	Absorbância
	0
	0
	0,5
	0,0311
	1
	0,0551
	1,5
	0,0782
	2
	0,0722
Figura 6. Curva de calibração para concentração da Tabela 05
A amostra de água do Rio Tijuca apresenta intensidade de absorbância igual a 0,0402. Desta forma, é possível concluir que a concentração de Fe é de 1,287mg L-1. De acordo com a CONAMA número 357, os corpos de água de classe 1 tem como padrões de qualidade da água concentração de ferro de 0,3 mg.L-1 e, os corpos de água de classe 3 tem como padrão de qualidade concentração de 5 mg.L-1. O valor de concentração do ferro na amostra do Rio Tijuca, 1,287 mg. L-1, está acima do valor recomendado pela CONAMA para águas de classe 1 e inferior ao recomendado para água de classe 3. A concentração de ferro está abaixo do padrão de efluentes previsto pela CONAMA –resolução número 430, que é de 15 mg.L-1
Para analisar a concentração de Fe no sedimento foram utilizadas as soluções padrão diluídas, construiu-se a curva analítica (Figura 7) a partir dos valores obtidos (Tabela 6).
Tabela 6. Concentrações e intensidades e absorbância de amostras conhecida
	[Fe] (mg.L-1)
	Absorbância
	0
	0
	2
	0,0661
	8
	0,2522
	12
	0,3242
	15
	0,3851
	20
	0,4631
Figura 7 Curva de calibração para concentração da Tabela 06
A amostra de sedimento do Rio Tijuca apresenta intensidade de absorbância igual a 0,5841. Desta forma, é possível concluir que a concentração de Fe é de 23,84 mg L-1. Esse valor é superior a concentração padrão de Fe em corpos de água de classe 1 e classe 3 e também de efluentes previsto pela CONAMA – resolução 357 e resolução 430.
Prática 2: Foram analisados a condutividade e o pH das amostras de água naturais.
A sigla pH é utilizada para representar o potencial hidrogeniônico presente em uma determinada solução ou mistura. Esse potencial refere-se à quantidade (concentração molar ou molaridade) de cátions hidrônio (H+ ou H3O+) presentes no meio e indica se esse meio, ou mistura, é ácido, básico ou neutro. A resolução número 357 da CONAMA estabelece que o pH de águas doces deve variar de 6 a 9 para preservação da vida aquática e a resolução número 430 estabelece que para efluentes o pH deve variar de 5 a 9.
O segundo parâmetro analisado, condutividade elétrica é definida como a capacidade dos materiais de conduzirem ou transmitirem corrente elétrica. Essa capacidade é influenciada pela concentração das substâncias, temperatura, valência dos íons etc. A resolução da CONAMA n 357/05, não estabelece limites para a condutividade da água. De acordo com Von Sperling (2007) os corpos de água naturais apresentam condutividade entre 10 a 100 μS.cm-1, já em água poluídas por esgoto doméstico a condutividade está próxima de 1000μS.cm-1. No estudo de Marmontel e Rodrigues (2015) foi verificado que condutividade das águas de rios apresentam maiores valores em períodos chuvosos comparado aos períodos secos. A tabela 7, apresenta os resultados obtidos na análise do córrego Tijuco Preto.
 Tabela 7. Resultado da amostra.
	
	Córrego Tijuco Preto
	pH
	7.79
	Condutividade
	225.4
O valor do pH da amostra de água do córrego Tijuco está dentro do intervalo previsto pela CONAMA – resolução 430 para efluente. O valor da condutividade não está dentro do intervalo de 10 a 100 μS.cm-1 previsto para corpos de águas naturais indicando que na amostra de água há quantidade de espécies químicas dissolvidas maior do que o esperado para corpos de água naturaisa. Como a coleta foi realizada em um dia de chuvoso, tal fator pode ter interferido na condutividade da água do córrego, pois em períodos chuvosos a condutividade da água apresenta maiores valores do que em períodos secos.
A tabela 8 a seguir mostra a variação dos valores de pH da amostra de águas do Rio Tijuco Preto à cada 0,5 mL de HCl 0,01 mol L-1 titulado. A amostra foi titulada em duplicata.
Tabela 8. Variação de pH da amostra com adição de HCl
	Volume de HCl (mL)
	pH da amostra 
	pH da amostra
	pH médio 
	0,0
	8,25
	7,01
	7,63
	0,5
	8,50
	7,92
	8,21
	1,0
	8,50
	7,85
	8,17
	1,5
	8,00
	7,62
	7,81
	2,0
	8,00
	7,46
	7,73
	2,5
	7,43
	7,32
	7,37
	3,0
	7,21
	7,18
	7,19
	3,5
	6,93
	6,99
	6,96
	4,0
	6,69
	6,78
	6,73
	4,5
	6,58
	6,61
	6,59
	5,0
	6,42
	6,46
	6,44
	5,5
	6,27
	6,20
	6,23
	6,0
	6,09
	6,04
	6,06
	6,5
	5,34
	5,84
	5,59
	7,0
	4,60
	5,55
	5,07
	7,5
	4,33
	5,22
	4,77
	8,0
	4,07
	4,62
	4,34
	8,5
	
	4,17
	4,17
	9,0
	
	3,89
	3,89
Figura 8. Curva de titulação média para amostra do Rio Tijuco Preto
Têm-se um comportamento inesperado no começo da titulação, resultando em um aumento inicial de pH. Este erro pode ser atribuído à má calibração do aparelho usado.
	Por meio da equação da curva determinou-se a quantidade de ácido necessária para diminuir o pH em uma unidade, o valor obtido foi de 2,0864 mL que equivale a 2,086x10-5 mol de ácido. 	
A capacidade tamponante, isto é, quantidade de mols de ácido ou base necessária para alterara uma unidade de pH em um litro solução. Pela equação 1 abaixo, calculou-se a capacidade tamponante da amostra de água do córrego Tijuca
Equação 1: Fórmula para cálculo da capacidade tamponante
Onde Cb e Ca são as quantidades de mols de base ou ácido adicionados. Na titulação da amostra foi utilizado ácido clorídrico e calculou-se a quantidade de mols de ácido (Ca). Aplicando os valores da variação de pH e da quantidade de ácido na equação 1, obteve-se o valor da capacidade tamponante igual a 2,406x10-5. Esse valor é próximo ao cálculo pela curva.
Fez-se a titulação de uma amostra padrão com o ácido clorídrico de concentração 0,01 mol.L-1 e, obteve-se os valores de volume de HCl gasto e o correspondente valor de pH, apresentados na Tabela 9. A partir desses valores construiu-se a curva de titulação para amostra padrão, figura 9.
Tabela 9. Variação de pH da amostra padrão
	Volume de HCl em mL
	Medida 1 pH
	0
	7,48
	0,5
	7,00
	1,0
	5,86	
	1,5
	4,42
	2,0
	4,03
Figura 9. Curva de titulação para amostra padrão
Calculou-se a capacidade tamponante do padrão pela equação 1 e obteve-se um valor de 5,79x10-6. O valor da capacidade tamponante da amostra de água (2,406x10-5) é dez vezes maior que o valor da amostra padrão.
Prática 3
Realizou-se a leitura de absorbâncias das soluções padrões, os valores de absorbância das soluções com os respectivos valores de concentração estão apresentados na Tabela 10.
Tabela 10. Concentrações e intensidades de absorbância de amostras padrões
	Concentrações 
(mg.L-1)
	0,03
	0,05
	0,08
	0,1
	0,15
	0,2
	0,25
	0,30
	Intensidade de
absorbância
	0,203
	0,242
	0,271
	0,296
	0,308
	0,322
	0,407
	0,489
A partir dos valores da tabela 10 construiu-se uma curva de calibração (Concentração x Absorbância), Figura 10.
Figura 10. Curva de calibração padrão
Foram realizadas as leituras da intensidade de absorbância para as amostras: 1, 2, 3 e 4. Nas figuras 11, 12, 13 e 14, estão os gráficos com as leituras das amostras 1, 2, 3 e 4, respectivamente.
Figura 11. Absorbância para cada comprimento de onda, da amostra 1
Figura 12. Absorbância para cada comprimento de onda, da amostra 2
Figura 13. Absorbância para cada comprimento de onda, da amostra 3
Figura 14. Absorbância para cada comprimento de onda, da amostra 4
A partir dos valores de absorbância das amostras no comprimento de 540nm e pela curva padrão de Cr6+ calculou-se a concentração de Cr6+, os valores da absorbância em 540nm e da concentração de cada amostra estão na Tabela 11.
Figura 11. Valores de absorbância e concentração das amostras
	Amostra
	Absorbância em 540nm
	Concentração Cr6+ (mg L-1)
	1
	0,227
	0,0457
	2
	0,355
	0,1865
	3
	0,768
	0,6411
	4
	0,523
	0,3715
De acordo com a Resolução CONAMA resolução Nº430 o valor máximo de cromo hexavalente nos lançamentos de efluentes é de 0,1 mg.L-1, ou seja, a amostra 1 é a única que apresenta valor permitido. Segundo a Resolução CONAMA Nº357 a concentração padrão de cromo dissolvido em corpos de água de classe 1 e classe 3 é de 0,05 mg.L-1, portanto o valor da concentração de cromo na amostra 1 é o único que está dentro do proposto pela CONAMA Nº357.
5. CONCLUSÃO
A amostra de água do córrego Tijuco apresenta concentração de Cromo e Cobre acima do recomendado pela CONOMA n°357 para águas de classe 1 e 3, já a concentração de ferro está acima do recomendado para água de classe 1 e abaixo do recomendado para classe 3. A concentração de cobre e ferro estão abaixa do recomendado para efluentes segundo CONAMA n°430. A amostra de sedimento apresenta concentração de cromo, cobre e ferro acima do recomendado pela CONAMA nº 357 para água de classe 1 e 3 e também acima do recomendado pela CONAMA n°430 para efluentes. O pH da água da amostra (pH = 7,79) está na faixa de 6 a 9 previsto pela CONAMA n°430 para efluentes. A condutividade não é um parâmetro mencionado pela CONAMA n°430, mas na literatura encontra-se que o valor da condutividade para águas naturais deve estar no intervalo de 10 a 100 μS.cm-1, como a amostra de água apresenta condutividade de 225,4 μS.cm-1 , indicando que há uma quantidade de espécies químicas dissolvidas além do recomendado. Outros parâmetros analisados foram o volume de ácido clorídrico (0,01 mol.L-1) para alterar uma unidade de pH da amostra, sendo que o valor obtido foi de 2,08 mL e, o valor da capacidade tamponante, que foi de 2,406x10-5.
Na prática 3, foram analisadas amostras de água contendo Cr6+ verificou que a concentração das amostras 1,2, 3 e 4 são, respectivamente: 0,227 mg.L-1, 0,355 mg.L-1, 0,768 mg.L-1 e 0,523 mg.L-1. Segundo a CONAMA N°357 e N°430 a concentração de Cr6+ para efluentes é de 0,1 mg.L-1 e para corpos de água de classe 1 e 3 é de 0,05 mg.L-1. Assim somente a amostra 1 está dentro da concentração permitida.
REFERÊNCIAS
Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução No 430, de 13 de Maio de 2011. Dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, complementa e altera a Resolução No 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA. Diário Oficial da União, n. 92, 16 maio 2011, p. 89. Brasília, 2011.
Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução No 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial da União, n. 53, 18 mar 2005, p. 58-63.
Marmontel, C. V. F. Rodrigues, V. A. Parâmetros Indicativos para qualidade da água em nascentes com diferentes coberturas de terra e conservação davegetação ciliar. Floresta e Ambiente, v. 22, n. 2, p. 171-181, 2015..
Piratoba, A. R. A., Ribeiro, H. M. C., Morales, G. P., Gonçalves, W. G. Caracterização de parâmetros de qualidade da água na área portuária de Barcarena, PA, Brasil. Revista Ambiente & Água, vol.12. n.3, p.435-456.Taubaté, 2017.
Von Sperling, M. Estudos de modelagem da qualidade da água de rios Belo Horizonte: UFMG, 2007. Vol. 7. 452 p.

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