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Trabalho História da Química - Mendeleiev

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Dmitri Ivanovitch Mendeleiev 
A Tabela Periódica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Volta Redonda, 2013. 
Lucas Prett, Thaísa de Souza, Yuri Gomes 
 
 
Universidade Federal Fluminense 
Instituto de Ciências Exatas 
Departamento de Química 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dimitri Ivanovitch Mendeleev 
A Tabela Periódica 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado no curso de Química 
Licenciatura do ICEx como requisito parcial à 
aprovação na disciplina História da Química. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Volta Redonda, 2013. 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
Resumo................................................................................................................................................ 
Introdução........................................................................................................................................... 
4 
5 
Capítulo 1 - O Cientista: trajetória de vida e contexto histórico................................................. 6 
Capítulo 2 - Os problemas e métodos de pesquisa e a sua produção teórica...................................... 8 
 Por óxidos ácidos e básicos.................................................................................................... 8 
 Por valência............................................................................................................................ 8 
 Por elementos metálicos e não metálicos............................................................................... 9 
Capítulo 3 - Teorias de periodicidade................................................................................................. 10 
 As tríades de Döbereiner........................................................................................................ 10 
 A classificação de Alexandre Émile Béguyer de Chancourtois............................................. 11 
 A lei das oitavas..................................................................................................................... 12 
 Meyer e Mendeleiev........................................................................................................... .... 12 
Capítulo 4 - Os cientistas posteriores.................................................................................................. 17 
Capítulo 5 - As possibilidades pedagógicas....................................................................................... 21 
Considerações finais........................................................................................................................... 25 
Bibliografia......................................................................................................................................... 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Desde a antiguidade, já se tinha o conhecimento do ouro, prata, estanho, cobre, chumbo e 
mercúrio, mas com o surgimento de muitos outros elementos, foi de extrema necessidade que 
os cientistas daquela época se preocupassem em elaborar maneiras de organizá-los de acordo 
com as características de cada um. 
O cientista John Dalton preparou no início do século XIX uma lista de elementos químicos, 
que tinham suas massas atômicas conhecidas. Muitas das massas adotadas por ele eram 
diferentes dos valores hoje adotados. Outros cientistas também contribuíram para o 
desenvolvimento de tabelas dos elementos e centralizaram o estudo sistemático da química de 
acordo com as massas atômicas dos elementos. Porém muitos cientistas achavam que esta 
lista não estava de fácil entendimento. 
Johan W. Döbereiner no ano de 1829 foi quem teve a primeira ideia de agrupar os elementos 
em forma de tríades. Muitos metais não podiam ser encaixados em tríades e o experimento 
por esse modelo fracassou. 
Em 1864, John A. R. Newlands sugeriu um segundo modelo. Que fazia uma comparação com 
o arranjo dos elementos químicos a uma escala musical, que existe uma repetição das notas a 
cada oitava. A sua analogia foi recusada pela Sociedade Química. 
Por várias décadas o arranjo da tabela periódica foi estudado e desenvolvido por muitos 
cientistas, mas até chegar à base teórica na qual conhecemos hoje muitas teorias também 
foram descartadas. E com base na observação química e não somente no desenvolvimento 
teórico que o cientista Mendeleiev começou a fazer o seu estudo para elaboração da tabela 
periódica. 
E aqui iremos abranger a vida e o trabalho do químico e físico, Dmitri Ivanovitch Mendeleiev. 
 
 
 
 
 
 
Palavras-chave: Tabela Periódica; Mendeleiev; Elementos Químicos. 
 
 
 
 
 
 
 
4
 
 
INTRODUÇÃO 
[...] Onde se descobrirá a aventura intelectual complexa e corajosa dum professor de 
Química. Recolocada no seu contexto, a descoberta da classificação periódica dos elementos 
toma um sentido bem diferente daquele que lhe damos hoje. (BERNADETTE BENSAUDE-
VINCENT em Elementos para uma História das Ciências, Michel Serres, pag.77). 
Para poder ter um entendimento melhor de toda a trajetória de vida de Mendeleiev e 
de suas pesquisas para o desenvolvimento da teoria e da elaboração da tabela periódica, 
iremos abranger muitas outras teorias e métodos utilizados por outros cientistas, a fim de 
poder fazer uma simples comparação de pensamentos e elucidar o que foi de suma 
importância para que tabela chegasse ao que é hoje. 
Deve-se antes de tudo conhecer o estudo da periodização para que se possa ser 
ensinado em sala de aula, de uma forma fácil e clara. 
O estudo da História da Química é de extrema necessidade para poder contextualizar a 
descoberta da tabela periódica, pois através dela consegue-se projetar uma linha de 
desenvolvimentos teóricos de grandes cientistas que participaram de forma direta ou 
indiretamente para a criação do que se conhece hoje do estudo periódico dos elementos. 
Sabendo de toda a dificuldade passada pelos cientistas e pelas contradições de 
Mendeleiev, é que hoje quando são ensinadas em sala de aula a sua teoria de organização dos 
elementos, pode-se evitar que os alunos tenham as mesmas duvidas dos cientistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5
 
 
O CIENTISTA: TRAJETÓRIA DE VIDA E CONTEXTO HISTÓRICO 
Dmitri Ivanovitch Mendeleiev natural de Tobolsk, hoje Tyumen Oblast, na Sibéria, 
Rússia, nasceu no ano de 1834. Era o caçula dos 17 irmãos. Filho do diretor da escola local e 
da diretora de uma fábrica de cristais fundada pelo seu avô. 
Destacava-se na área de Ciências desde muito cedo quando ainda estava na escola 
primaria. Após o falecimento de seu pai, a fábrica de sua mãe foi destruída por um incêndio. 
Por decisão de sua mãe a fábrica não foi reconstruída para poder investir na educação de 
Mendeleiev. 
Passaram a morar então na cidade de Moscovo, para que Mendeleiev pudesse 
ingressar na universidade, mas por motivos políticos da época a universidade só aceitava 
alunos moscovitas e Mendeleiev não foi aceito. 
Tiveram que se mudar então para São Petersburgo, onde a situação política era a mesma, não 
aceitavam estudantes de outras regiões. Porém por influência de sua mãe, que conversou com 
o diretor do instituto pedagógico central e descobriu que o diretor era amigo de seu finado 
marido, apesar da burocracia, o favoritismo prevaleceu e Mendeleiev conseguiu uma vaga. 
Graças ao professor Alexander Voskresenki, despertou um grande interesse pela 
química.Graduou-se em 1856 em Química, na Universidade de São Petersburgo, onde atuou 
como professor até o ano de 1890. 
Conseguiu também uma verba do governo em 1859 para estudar no exterior durante dois 
anos. 
Seu primeiro destino foi Paris, para estudar sobre a vida e os experimentos de Henri 
Victor Regnault, um dos mais renomados experimentalistas da época na Europa. 
O próximo destino foi Alemanha, para estudar com Gustav Kirchhoff e Robert 
Bunsen, responsáveis pela invenção do espectroscópio e do bico de Bunsen. 
Mendeleiev tinha o comportamento bastante explosivo o que se tornou um fator ruim 
para o desenvolvimento de algumas pesquisas, e o fez desistir das aulas, mas continuou 
morando na Alemanha e fez do seu apartamento um laboratório, onde passava horas fazendo 
experimentos e trabalhando sozinho fez muitas descobertas. Passou a estudar a dissolução do 
álcool em água, descobriu estruturas atômicas e propriedades de alguns gases. 
Casou-se em 1862 com Feozva Nikítichna Lescheva e teve três filhos. No ano de 1871 
separou-se por estar vivendo infeliz. Casa-se pela segunda vez no ano de 1882 com Ana 
Ivánovna Popova, com quem tem quatro filhos. 
Diversos trabalhos de química e física foram desenvolvidos por Mendeleiev, que se 
interessava também por: Expansão de Líquidos, Temperatura Crítica de Gases, Natureza e 
Origem do Petróleo, Natureza de Soluções, Recursos Naturais da Rússia, entre tantas coisas. 
Mendeleiev não contribuiu com a descoberta de nenhum elemento químico presente 
na tabela periódica, entretanto, elaborou um método para organização dos 63 elementos 
conhecidos naquela época e pôde prever de existência de vários. 
Participou de um congresso em Karlsruhe, na Alemanha em 1860, onde muitos 
cientistas discutiam sobre pesos atômicos e pesos equivalentes dos elementos. Mendeleiev 
passou a adotar os pesos atômicos como uma característica fundamental dos átomos. A partir 
disso, Mendeleiev começou a desenvolver alguns estudos sobre uma nova forma de organizar 
os elementos químicos, de acordo com os seus pesos atômicos. 
Escreveu um livro de química orgânica em 1861. Em 1869, enquanto escrevia seu 
livro de química inorgânica, Dmitri Ivanovitch Mendeleiev organizou os elementos na forma 
da tabela periódica. 
 
 
6 
 
 
Mendeleiev foi um dos que defendeu a hipótese da origem inorgânica do petróleo. Em 
1955, o elemento atômico n.º 101 da tabela periódica recebeu o nome de Mendelévio (Md), 
que é um elemento químico de número atômico 101 (101 prótons e 101 elétrons) e de massa 
atômica igual a 258 u. Com propriedades as, radioativa, transurânica, do grupo dos actinídeos. 
O elemento químico Md foi sintetizado pela primeira vez em 1955 por uma equipe de 
cientistas norte-americana liderada por Albert Ghiorso. 
Em 1862, por ter criado a tabela periódica recebeu o Prêmio Demidov que foi um 
prêmio científico nacional do Império Russo, concedido anualmente a membros da Academia 
de Ciências da Rússia. Um dos mais prestigiosos e antigos prêmios científicos do planeta, sua 
tradição influenciou outros prêmios da área, incluindo o Prêmio Nobel. 
Em 1882, por ter relacionado o peso atômico ao montar a tabela periódica, juntamente 
com Lothar Meyer, recebeu a Medalha Davy que é uma medalha de bronze concedida 
anualmente pela Real Sociedade de Londres, desde 1877, para premiar “descobertas recentes 
em qualquer ramo da química”. A medalha é acompanhada por um prêmio monetário de 
mil libras. 
Em 1905, por sua contribuição para ciências no campo de química e física, recebeu a 
Medalha Copley que é um prêmio no domínio das ciências. É a medalha de maior prestígio 
atribuída pela Royal Society e, também, a mais antiga. Foi concedida pela primeira vez 
em 1731. 
Visitou vários cientistas durante suas viagens pela Europa. 
Em uma dessas viagens foi ao laboratório do casal Pierre e Marie Curie. 
Faleceu, vitimado por uma gripe, em 1907, já praticamente cego. 
 
 
 Fig. 1: Dmitri Ivanovitch Mendeleiev 
 (http://quimicaelementar.wordpress.com) 
 
 
 
 
 
 
 
 
7
 
 
OS PROBLEMAS E MÉTODOS DE PESQUISA E A SUA PRODUÇÃO TEÓRICA 
Para saber como Mendeleiev desenvolveu seu trabalho sobre a tabela periódica e quais 
as dificuldades que teve que enfrentar, iremos voltar na história e relatar os experimentos 
primeiros. 
De acordo com o que foi visto em Elementos para uma história das ciências por 
Michel Serres (1996), a classificação dos elementos químicos torna possível uma descrição da 
característica dos mesmos e possibilita a investigação para a descoberta de novos elementos e 
se torna também um fator importante no desenvolvimento da ciência. 
Após o surgimento da teoria atômica de Dalton, surgiu também uma ideia de que os 
átomos não eram totalmente diferentes, podendo haver características e propriedades de certos 
átomos de um determinado elemento com alguma semelhança a outros elementos e de acordo 
com o aumento de elementos conhecidos houve o aumento do interesse pela classificação. 
Muitas tentativas para fazer a classificação foram lançadas, muitas fracassadas e outras 
aperfeiçoadas. Tomaram como base diversas propriedades dos elementos, como caráter ácido 
e básico, teoria de valência, característica metálica, entre outras. 
 
 
 
 Fig. 2: Tabela de Elementos Químicos de Dalton 
 (http://museuvirtualliebig.jimdo.com) 
Ainda por Serres (1996), segue a trajetória das classificações: 
Por óxidos ácidos e básicos; 
Os elementos foram separados em dois grandes grupos de acordo com as 
características ácidas e básicas dos mesmos, combinados com água. 
Porém existem alguns óxidos que não são combinados com água, tornando esse tipo de 
classificação inadequada. 
Por valência; 
Essa teoria para classificação foi considerada inconstante, apesar de ser utilizada como 
propriedade classificativa. 
 
8 
 
 
Por elementos metálicos e não metálicos; 
Um elemento era caracterizado como metal, se possuísse um brilho metálico no estado 
sólido e fosse um bom condutor de eletricidade, caso contrário era um não metal. Por muito 
tempo esse foi o critério de definição, que impedia uma classificação rigorosa dos elementos. 
 
A massa atômica então era a propriedade que melhor caracterizava um elemento. 
Depois de muito estudo e grandes avanços é que hoje sabemos que a característica 
fundamental de um átomo é o número atômico. 
No entanto, durante as pesquisas e estudos de grandes cientistas a massa atômica foi 
base para a classificação dos elementos, como foi abordado por Serres (1996). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
TEORIAS DE PERIODICIDADE 
Foram muitas teorias criadas para que se encontrasse uma classificação adequada da 
periodicidade dos elementos, a seguir são abordadas algumas teorias de grande relevância 
para a descoberta da classificação atual. 
1. As "Tríades" de Döbereiner. 
Johann Wolfgang Döbereiner (1780 – 1849) professor de Química na Universidade de 
Jena foi considerado o primeiro precursor do estudo da periodicidade. Deu início a teoria das 
tríades em 1817, porém só em 1829, Döbereiner conseguiu chamar a atenção para o fato de se 
conseguir achar a média aritmética da massa atômica de um elemento utilizando outrosdois 
elementos, segundo Maar (2011). 
Foi assim que começou a dividir os elementos em grupos de três, que deu o nome de 
tríades. 
 
Exemplo: 
 Cloro - 35,457 
 Bromo - 79,916 
 Iodo - 126,92 
 
Sendo a média aritmética das massas atômicas do cloro e do iodo igual 81,19. 
 
 Fig. 3: Tabela por Döbereiner 
(http://cbse.myindialist.com/chemistry-x-periodic-classification-of-
elements-dbereiners-triads) 
 
Muitos outros cientistas e pensadores também aparecem ao longo da história da 
ciência fazendo estudos sobre a periodicidade dos elementos, como os cientistas a seguir que 
são mencionados por Maar (2011): 
 
- Jeremias Benjamin Richter, que é considerado como primeiro químico a considerar as ideias 
de periodicidade na química; 
 
- Sir Humphry Davy, que fala sobre as analogias observadas nas substâncias; 
 
- Louis Jacques Thenard apresentou em 1813 uma classificação periódica que incluía os 
metalóides em um único grupo e os metais divididos de acordo com a afinidade entre eles e o 
oxigênio; 
 
- André Marie Ampère, faz criticas referentes à classificação de Thenard e propõe a adoção de 
uma classificação de ordem natural. Ele a define assim: “Por classificação natural eu entendo 
10 
 
 
uma disposição de corpos em grupos com base em características suficientemente importantes 
para considerá-las capazes de determinar todas as propriedades secundárias. Essas 
características são os vários modelos de combinação de compostos, sua capacidade calorífica 
e seu volume atômico no estado sólido.”; 
 
- O sistema de Gmelin, foi o químico que mais deu créditos ao trabalho de Döbereiner, mas 
embora parta das Tríades ele não se baseia somente nelas; 
 
- Oliver Wolcott Gibbs, defendeu um sistema intitulado como “completo e novo” de 
classificação de elementos com base em analogias; 
 
- Carl Alexander Martius, se ocupou com as analogias referentes aos metais do que depois 
seria o grupo VIII da tabela periódica; 
 
- Sir John Gladstone, aperfeiçoou o esquema de Gmelin, adicionando os pesos atômicos, o 
que também reflete em uma classificação com base em relações numéricas; 
 
- Ernst Lenssen, autor da modificação no sistema de tríades em 1857, colocava os elementos 
conhecidos em ordem de acordo com seus pesos atômicos; 
 
- James Blake, agrupou os elementos químicos com base na relação entre a estrutura química 
e a atividade fisiológica; 
2. A Classificação de Alexandre Émile Béguyer de Chancourtois. 
Ainda segundo Maar (2011), o engenheiro francês e geólogo Chancourtois, foi o 
primeiro a abordar um sistema de classificação baseado na massa atômica. 
Porém o seu trabalho foi considerado obscuro, e o impediu de ter aceitação dos outros 
cientistas da época. Mas o esquema por ele estudado deixa claro e evidente a existência de 
uma periodicidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 4: Tabela por DeChancourtois 
 (http://www.infoescola.com/quimica/historia-da-tabela-periodica/) 
 
 
 
 
11 
 
 
 
3. A Lei das Oitavas 
 
Newlands fez uma verificação no ano de 1864 que se baseasse na massa atômica, um 
elemento, apresentaria propriedades semelhantes ao oitavo elemento posterior a ele. Esta 
relação foi chamada de Lei da oitavas que Newlands dizia ser uma repetição assim como 
ocorre na escala musical. 
Inicialmente seu sistema de classificação foi ridicularizado pela Sociedade Química de 
Londres, mas com a sua classificação sistemática surge o princípio da classificação atual. 
 
 Fig. 5: Tabela por Newlands 
 (http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40421997000100014&script=sci_arttext) 
4. Meyer e Mendeleiev 
No livro de Serres (1996), vemos que o sistema periódico só alcança a plenitude a 
partir de 1964 com a primeira classificação de Lothar Meyer e com as novas tabelas de 
Mendeleiev. Julius Lothar Meyer é lembrado hoje principalmente pela contribuição em 
relação à tabela periódica. 
 
Fig. 6: Tabela de Meyer 
 (Maar (2011) pág. 969) 
 
12 
 
 
Foi então que em 1869, o distinto químico e físico russo Mendeleiev, juntamente com 
Meyer, desconhecedores dos trabalhos de Newlands e da sua Lei das Oitavas, descobriram 
uma relação importante entre o peso atômico dos elementos e as suas propriedades físicas e 
químicas. 
Mendeleiev então criou uma espécie de carta para cada um dos 63 elementos 
conhecidos naquela época, que continha o símbolo do elemento, a massa atômica e as 
propriedades referentes a ele. Organizou-as em ordem crescente de acordo com as massas 
atômicas, e agrupando-as de acordo com as propriedades semelhantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 7: Primeiro esboço da Tabela de Mendeleiev – fevereiro 1869 
 (http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40421997000100014&script=sci_arttext) 
 
O químico e físico ainda teve de admitir que alguns elementos estavam com o peso 
atômico mal determinado. E para manter a ideia da periodicidade, a posição de alguns 
elementos não correspondia ao que era, devido ao peso atômico determinado pelos cientistas 
da época, e teve como método analítico principal de Canizzaro e assim a posição destes teve 
de ser alterada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 8: Correção feita por Mendeleiev dos pesos atômicos 
 (Maar (2011) pág. 987) 
 
 
13 
 
 
Ainda por Serres (1996), podemos perceber que ocorreram também as inversões de 
outros pares de elementos como argônio e potássio, cobalto e níquel e tório e protactínio. 
A tabela teve então a ordenação de acordo com os óxidos dos elementos com 
propriedades semelhantes, o que possibilitou à Mendeleiev a previsão de outros compostos, 
de elementos que ainda não tinham sido descobertos. As previsões não foram somente de 
novos elementos, mas também de suas propriedades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 9: Esboço da Tabela de Mendeleiev 
 (http://www.infoescola.com/quimica/classificacao-periodica-de-mendeleev/) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 10: Tabela de Mendeleiev Publicada em 1869 
 (Maar (2011) pág. 983) 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 11: Tabela de Óxidos de Mendeleiev 
 (Maar (2011) pág. 985) 
 
É o caso dos elementos análogos ao alumínio e ao silício, mas com pesos atômicos 
entre 65 e 75. Estes elementos foram descobertos pouco tempo depois e 
denominados gálio e germânio, respectivamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 12: Previsões do GálioMendeleiev 
 (http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40421997000100014&script=sci_arttext) 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fig. 13: Previsões do Germânio de Mendeleiev 
 (http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40421997000100014&script=sci_arttext) 
 
Mendeleiev conseguiu ter todas as suas previsões verificadas e confirmadas, com a 
descoberta dos elementos que preenchiam as lacunas que faltavam na classificação periódica. 
As inversões que foram feitas se mantiveram e posteriormente foram explicadas. Foi também 
atribuído um número a cada elemento para que eles ficassem ordenados, chamado de número 
atômico, que é correspondente ao número de elétrons do átomo neutro do elemento e que é 
igual ao número de prótons em seu núcleo. 
A tabela apresentava semelhanças entre os elementos tanto na horizontal, quanto na 
vertical e diagonal, o que fazia com ela tivesse uma vantagens sobre as outras. 
Outros cientistas utilizaram a tabela de Mendeleiev como base para o desenvolvimento 
da tabela atual, que fornecem informações referentes de cada um dos 118 elementos 
conhecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16
 
 
OS CIENTISTAS POSTERIORES 
 
A classificação periódica desenvolvida por Mendeleiev foi utilizada posteriormente por 
alguns cientistas até chegar ao que conhecemos hoje. 
 
 
 Fig. 14: Cientistas Posteriores à Mendeleiev 
 (Maar (2011) pág. 1012) 
 
Vemos em Uma Breve História da Química, Da Alquimia às Ciências Moleculares 
Modernas, por ARTHUR GREENBERG (2009), que 92 dos elementos ocorrem de modo 
natural e que pareciam terminar no urânio cujo número atômico é 92, e de fato o urânio é o 
elemento químico encontrado naturalmente em quantidade significativa e ultratraços de 
netúnio e plutônio ocorrem em minérios de urânio. 
Porém, existem elementos sintéticos que preenchem as lacunas da tabela, um exemplo 
de elemento sintético é o tecnécio (Tc) de número atômico 43, que foi o primeiro elemento 
sintetizado, mas ainda não se sabia que pelo decaimento de urânio podia ser encontrado traços 
de tecnécio de maneira natural, isso foi descoberto um tempo depois. 
Muitos outros elementos foram sintetizados a partir de elementos naturais, como por 
exemplo, o Frâncio de número atômico 87, sintetizado a partir do Actínio por Marguerite 
Perey no ano de 1939. 
Segundo Maar (2011), a tabela de Mendeleiev ainda precisava de algumas 
modificações, e foi o que o químico tcheco Bohuslav Braumer (1855 – 1935), amigo de 
Mendeleiev, começou a fazer, tendo estudado as terras raras, propôs “uma série dentro da 
série” de elementos. 
 
 
17 
 
 
Foi então que em 1902 as terras raras foram acrescentadas à tabela entre as séries 8 e 9 
e nos grupos IV, V e VI, podendo ainda prever elementos desconhecidos. 
 
 Fig. 15: Tabela de Brauner 
 (Maar (2011) pág. 1004) 
 
Heinrich Biltz (1865 – 1943) no ano de 1902 modificou a tabela apresentada por 
Brauner, substituindo o conjunto de elementos de terras raras por um único símbolo, o de 
somatória, que ocupou um lugar na tabela, foi ele o precursor da ideia de colocar todos os 
elementos de terras raras no lugar destinado ao lantânio. 
 
 Fig. 16: Tabela de Heinrich Biltz 
 (Maar (2011) pág. 1005) 
 
 
 
18 
 
 
Ainda por Maar (2011), em 1894, William Strutt Lorde Rayleigh (1842 – 1919) e Sir 
William Ramsay (1852 – 1916) descobriram Hélio em certos minerais, o Hélio já era 
conhecido desde 1868. Ramsay e Strutt isolaram do ar os gases nobres em 1898, obtiveram 
Argônio, Neônio, Criptônio e o Xenônio. 
O que os químicos tinham como dificuldade era em que lugar da tabela elaborada por 
Mendeleiev o Argônio iria se encaixar, foi então que Ramsay sugeriu que ele ficasse situado 
entre o grupo do Cloro e do Potássio. Surgiu então o grupo 0 e os gases ora se encontravam na 
direita da tabela, ora na esquerda. 
Centenas de tabelas ainda foram modificadas depois destas, mas todos utilizando os 
princípios da tabela de Mendeleiev. 
Henry Moseley (1887 – 1915) era um cientista britânico que fez a descoberta de que 
os números de prótons presentes no núcleo de algum átomo iriam ser sempre iguais. 
Esta ideia foi utilizada para o número atômico dos átomos de maneira ordenada e 
crescente, fazendo com que os problemas da tabela de Mendeleiev sumissem. 
A tabela periódica hoje é baseada no número atômico devido aos estudos de Moseley, 
tornando a tabela bem diferente do que era a de Mendeleiev. 
O aperfeiçoamento da tabela não parou no trabalho de Moseley, outros químicos 
também fizeram algumas modificações, com a descoberta de novos elementos e tornando o 
número de massa atômica mais preciso, sem modificar os conceitos originais. 
A última contribuição na modificação da tabela periódica foi feita na década de 50, 
pelo químico Glenn Seaborg (1912 – 1999). Em 1940 o cientista fez a descoberta do elemento 
químico Plutônio, e também foi o responsável pela descoberta de todos os elementos 
transurânicos, elementos de número atômico 94 ao 102. 
Fez modificações na tabela organizando a série dos actinídeos abaixo da dos 
lantanídeos. 
Seaborg recebeu também o prêmio Nobel em química pelas modificações feitas na 
tabela periódica, recebeu uma homenagem quando o elemento de número atômico 106 
recebeu o nome de Seabórgio. 
A União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) estabeleceu a numeração 
utilizada nos grupos da tabela periódica atual. Esta numeração é feita de 1 a 18 em algarismos 
arábicos, começando da esquerda para a direita. 
 
Fig. 17: Foto de Seaborg 
 (http://explicatorium.blogspot.com.br/2008_10_01_archive.html) 
 
 
 
 
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 Fig. 18: Tabela Periódica Atual 
 (http://tecciencia.ufba.br/tabela-periodica) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20
 
 
AS POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS 
 
É um desafio constante para os professores a obtenção da motivação da aprendizagem 
dos alunos, com isso surge uma gama de novas metodologias e estratégias de ensino que 
sejam acessíveis. 
Hoje com o constante uso da internet é possível utilizar os recursos oferecidos para 
levar para dentro da sala de aula um material moderno e motivador. 
A seguir serão citados alguns vídeos que relatam juntamente com a história da ciência, 
a evolução da tabela periódica de forma simples e bastante didática, e também alguns jogos 
que poderão ajudar na compreensão do desenvolvimento histórico e principalmente no 
entendimento do aluno em relação à matéria ensinada. 
Com o auxílio de alguns artigos relacionados a práticas pedagógicas de ensino das 
ciências, podemos abrir um leque de possibilidades para um método de ensino motivador. 
Como vemos nos artigos da Química Nova na Escola a abordagem da Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96), no seu Art. 22, determina que a 
educação básica deva assegurar ao educando uma formação que lhe possibilite o exercício da 
cidadania e o progresso no trabalho e em estudos futuros.O conhecimento do mundo físico e 
natural surge ainda no ensino fundamental, no qual o aluno é formalmente introduzido a 
alguns conceitos básicos da química, física e biologia. Neste contexto, alguns obstáculos 
devem ser superados pelos estudantes no ensino de ciências, tais como o aprendizado de um 
novo vocabulário (o cientifico) (Oliveira, 2008). 
Visando tornar o ensino dos conceitos científicos mais claros e acessíveis, muitos 
professores buscam utilizar diferentes ferramentas pedagógicas em sala de aula. O objetivo é 
promover um aumento na qualidade do ensino, tornando a sala de aula mais agradável e 
atraente para os alunos por meio de modelos, figuras, ilustrações, jogos, e experimentação 
investigativa (Ferreira ET AL., 2010) no ensino de ciências. O uso de jogos está descrito nos 
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), pois desenvolve a capacidade afetiva a as relações 
interpessoais, permitindo ao aluno colocar-se no ponto de vista do outro, refletindo, assim, 
sobre os seus próprios pensamentos (Brasil, 1997). Os PCN somados ao Ensino Médio 
consideram importante a diversificação dos recursos e materiais didáticos (Brasil, 2002). 
Ainda pelo artigo, o Ensino da Química e, em particular, o tema Tabela Periódica, 
praticado em um grande número de escolas, está muito distante do que se propõe, isto é, o 
ensino atual privilegia aspectos teóricos de forma tão complexa que se torna abstrato para o 
educando. [...] A elaboração da tabela periódica tal qual é conhecida hoje é um bom exemplo 
de como o homem, através da ciência, busca a sistematização da natureza. A tabela reflete, 
assim, de forma bastante intensa, o modo como o homem raciocina e como ele vê o Universo 
que o rodeia. (Trassi e cols., 2001, p. 1335-1336). 
Tendo em vista todas estas citações acima mencionadas, é que iremos abordar o ensino 
da tabela periódica em sala de aula, pois como já vimos se utiliza muito da teoria sem 
procurar mostrar para o aluno o que os cientistas tiveram de dificuldade e de forma pratica 
como todo aquele sistema periódico foi montado. 
Uma maneira de ensinar através da história da ciência como tudo foi evoluindo ao 
redor do método de periodização até hoje, de forma a motivar a aprendizagem dos alunos 
segundo Matthews, é a utilização de alguns vídeos como os citados a seguir: 
 
 
 
 
 
 
21
 
 
Vídeo explicativo sobre a evolução da descoberta dos elementos químicos: 
 
 
 
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=gzAy4rQ3jNo#! 
 
Vídeo de 8 minutos e 50 segundos que relata desde a teoria atômica de Dalton até a 
descoberta da Periodicidade por Mendeleiev. De forma clara e de humanização da matéria 
mostra aos alunos uma visão de que tudo que nos rodeia envolve a química e as ciências. 
Possibilita também a percepção de que a ciência é mutável e instável e que, por isso, o 
pensamento cientifico atual está sujeito a transformações. 
 
O Sonho de Dmitri Mendeleiev 
 
 
 
http://www.youtube.com/watch?v=kogHkZx72hU 
 
Vídeo de duração de 19 minutos e 17 segundos, que se trata de todo esforço para se 
conseguir uma classificação adequada para os elementos descobertos, desde o tempo dos 
alquimistas até o renomado cientista Mendeleiev. O vídeo aborda o contexto histórico da 
época vivida antes de Mendeleiev até a sua chegada, e demonstra como foram as experiências 
dos alquimistas e posteriormente dos cientistas para se obter informações sobre as 
características presentes em cada elemento e de que forma um elemento combinava-se com 
outro de propriedades semelhantes. 
22 
 
 
A utilização deste vídeo como método de ensino possibilita uma compreensão melhor 
dos conceitos científicos conhecidos por traçar seu desenvolvimento aperfeiçoamento, e a 
história permite uma compreensão mais profícua do método cientifico e apresenta os padrões 
de mudança na metodologia vigente. 
 
 
 
 Fig. 19: Caricatura de Mendeleiev 
 (http://artapeintelesultuturor.blogspot.com.br/2012_01_29_archive.html) 
 
Outras maneiras de buscar a motivação dos alunos para o ensino da história das 
ciências, sobre o desenvolvimento da tabela periódica e do criador da principal teoria para a 
classificação correta da mesma, Mendeleiev, são a utilização de jogos. 
A seguir apresentaremos um jogo encontrado em um artigo de ensino pedagógico que 
serve como alternativa didática no ensino da tabela periódica. 
 
O Super Trunfo da Tabela Periódica 
 
 Fig. 20: Carta Super Trunfo da Tabela Periódica 
 (http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_1/05-EA-0509.pdf) 
 
O jogo foi desenvolvido baseado no jogo já existente de cartas chamado Super 
Trunfo® que são encontrados sobre diversos assuntos. Utilizando então a estrutura do jogo já 
existente, o jogo foi modificado de forma a promover a abordagem dos elementos químicos 
da tabela periódica de forma diferente e para atrair os alunos. 
 
 
23 
 
 
Assim foram criadas as cartas de acordo com a figura mostrada anteriormente, cada 
carta tem o nome do elemento escrito, Numero Atômico, Massa Atômica, Ponto de Ebulição, 
Ponto de Fusão, Densidade, Eletronegatividade e Configuração Eletrônica. 
No verso das cartas, foi adicionado também um breve histórico do elemento químico, 
contendo as informações como o nome do descobridor do elemento e o local onde é 
encontrado. 
 
As regras do jogo são as seguintes: 
 
Participantes: dois ou mais jogadores; 
Objetivo: ficar com todas as cartas do adversário por meio dos confrontos de valores de cada 
elemento; 
Idade: não determinado, entretanto, como se trata de um jogo com fins didáticos, envolvendo 
conceitos de química, é relevante que o jogador tenha noções sobre os elementos químicos e 
suas propriedades (o ideal é a partir da 8ª série do Ensino Fundamental); 
Preparação: as cartas deverão ser distribuídas em números iguais para cada um dos jogadores. 
Cada jogador recolhe suas cartas e segura de modo que os adversários não possam vê-las. As 
cartas conterão informações sobre os elementos como: número atômico; massa atômica; ponto 
de ebulição; ponto de fusão; densidade; eletronegatividade; configuração eletrônica. 
 
Como jogar: 
a) Se você é o primeiro a jogar, escolha uma carta e, entre as informações contidas nesta, diga 
o que você quer confrontar com as cartas de seu adversário. Por exemplo: maior ponto de 
ebulição; menor densidade. Quando seu adversário escolher a carta que ele colocará em 
disputa, você deve colocar a carta na mesa e, em seguida, seu adversário repete o mesmo ato, 
confrontando os valores. Quem tiver o valor mais alto ou mais baixo, ganha as cartas da mesa; 
b) o próximo jogador será o que venceu a rodada anterior. Assim prossegue o jogo até que um 
dos participantes fique com todas as cartas do jogo, vencendo a partida; c) se dois ou mais 
jogadores abaixam cartas com o mesmo valor máximo ou mínimo, os demais participantes 
deixam suas cartas na mesa e a vitória é decidida entre os que empataram. Para isso, quem 
escolheu inicialmente diz um novo item a ser verificado na próxima carta, ganhando as cartas 
da rodada quem tiver o valor mais alto ou mais baixo do novo item. Jogo extraído do artigo 
Tabela Periódica - Um Super Trunfo para Alunos do Ensino Fundamental e Médio, Química 
Nova Na Escola, Vol. 32, Nº 1, Fevereiro 2010. 
 
As elaborações de métodos cada vez mais modernos e lúdicos possibilitam uma 
aprendizagem melhor, e promove a motivação dos alunos. 
Assim, a abordagem da história da química e das ciências em geral se torna mais 
agradável, uma vezem que os alunos já estão motivados, torna mais fácil à compreensão de 
novos assuntos e teorias em sala de aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A realização deste trabalho nos possibilitou um melhor entendimento da importância 
do ensino da história das ciências como método de ensino aos alunos, pois deixa claro que ter 
o conhecimento das dificuldades que passaram os cientistas ao longo do desenvolvimento 
teórico científico, faz com que atualmente os professores não cometam os mesmos erros ao 
investigar as teorias, e ao repassá-las aos alunos, que de fato aprenderão de forma mais 
profunda e completa. 
Uma prova de que uma investigação detalhada e baseada na história das ciências é 
importante, mas nem sempre é abordada de maneira satisfatória, somos nós, os próprios 
alunos, que ao estudarmos as ciências no ensino médio, não conseguimos ter uma percepção 
clara da teoria que nos era apresentada e hoje podemos ter certeza de que se tivéssemos 
aprendido a teoria juntamente com o ensino da história teríamos uma gama de conhecimentos 
muito mais abrangentes. 
A maior dificuldade encontrada para a realização deste trabalho foi a pouca divulgação 
dos desenvolvimentos da construção da tabela periódica em fontes seguras e principalmente 
como explicar de maneira clara e de melhor compreensão as teorias utilizadas para a criação 
da tabela, pois por mais que tenhamos o conhecimento de como a tabela periódica funciona, 
fica um pouco complicado explicar o porquê dos elementos estarem dispostos daquela forma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
 
Maar, J. H. História da Química – Segunda Parte, De Lavoisier ao Sistema Periódico 
Florianópolis – SC, Papa Livros, 2011 (p. 899 - 1019). 
 
Serres, M.; Bensaude-Vincent, B. Elementos para uma HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS, Vol. III 
Lisboa, Terramar, 1996 (p. 77 - 102). 
 
Greenberg, A. Uma Breve História da Química – Da Alquimia às Ciências Moleculares 
Modernas, São Paulo, Blucher, 2009 (p. 340 - 343). 
 
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_1/05-EA-0509.pdf 
 
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc31_1/06-RSA-5907.pdf 
 
http://www.tabelaperiodicacompleta.com/ 
 
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=gzAy4rQ3jNo#! 
 
http://www.youtube.com/watch?v=kogHkZx72hU 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-40421997000100014&script=sci_arttext 
 
http://www.infoescola.com/quimica/historia-da-tabela-periodica/ 
 
http://www.e-biografias.net/dmitri_mendeleiev/ 
 
http://www.tabelaperiodica.com.br/histtabela.htm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Outros materiais