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resumos de fisiologia 1

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CASO 1 pele.docx
FISIOLOGIA – CASO 1
EPIDERME 
Estrato córneo: forma a camada mais externa da epiderme; consiste de células mortas queratinizadas; células achatadas como escamas;
Estrato lúcido: células transparentes, achatadas, anucleadas, mortas ou morrendo;
Estrato granuloso: há um acúmulo de grânulos nas células, porém estes não contribuem para cor da pele, eles participam da formação de queratina;
Estrato espinhoso: células com extremidades espinhosas;
Estrato germinativo: contém células capazes de realizar atividades mitóticas; onde a melanina é formada
DERME
Camada papilar
Camada reticular
HIPODERME
Chamado de panículo adiposo;
Além de ser depósito de calorias, protege o organismo de traumas e de calor (é um isolante térmico)
Onde fica os adipócitos, células que armazenam lipídios;
RADIAÇÃO UV
A radiação UV é ionizante, ou seja, possui energia suficiente para ionizar átomos e moléculas sendo isso a razão da mesma causar danos no DNA.
A radiação infravermelha não é ionizante;
A radiação UV é dividida em UVA (também chamada de luz escura ou onda longa) e UVB (ou onda média). 
UVA: constante durante o ano todo; não varia tanto durante o dia e noite e durante verão e inverno; Ela penetra profundamente na pele sendo uma das responsáveis pelo aparecimento do câncer assim como o envelhecimento. 
UVB: predomina no verão. Seus picos são também das 10:00 às 16:00. Ele penetra mais na superfície da pele sendo o maior causador de queimaduras e de câncer de pele.
VITAMINA D
A vitamina D é um grupo de pró-hormônios lipossolúveis. Possui duas formas principais que são: vitamina D2 (calciferol) e vitamina D3 (colecalciferol).  
A vitamina D tem a função de controlar a quantidade de cálcio e fósforo no sangue promovendo a menor ou a maior absorção dos mesmos no intestino delgado. São raros os alimentos que podemos obter vitamina D diretamente, assim, a maior parte da nossa necessidade provém da produção da pele.
A vitamina D2 não é produzida por nós por não termos o precursor de uma substância fundamental chamada ergosterol, quem a produz são fungos, fitoplancton e algumas plantas também a partir da radiação UV, entretanto no nosso organismo ela é tão eficiente quanto a D3, logo não sentimos tanto a sua falta.         
Por competir por fótons da radiação, a melanina dificulta a produção da vitamina D e, por isso, pessoas de pele claras a sintetizam mais facilmente que as de cor negra. Isso não quer dizer que etnias diferentes tenham capacidade diferentes de produzir a vitamina, mas apenas que as de pele mais escuras necessitam de uma exposição maior ao sol para produzir a mesma quantidade da vitamina que as de pele clara.
Os idosos apresentam as camadas epidérmica e dérmica mais finas, logo menor capacidade de armazenar o precursor da vitamina. Daí, importante obtenção complementar mais cuidadosa pela dieta.
Fotólise
 através 
da
 
radiação UVBMECANISMO DE ATIVAÇÃO DA D3: Partículas de colesterol são utilizadas para fabricar uma molécula denominada 7-dehidrocolesterol que fica na epiderme. Durante a exposição solar, os fótons da radiação UVB penetram na pele e promovem a fotólise de 7-dehidrocolesterol à pré-vitamina D3, que se isomeriza através da temperatura corporal à D3. O D3 é hidroxilado no fígado e seu produto hidroxilado nos rins à forma biologicamente ativa, o calcitriol.
PARTÍCULAS DE COLESTEROL
7-
dehidrocolesterol
Pré vitamina
 D3
Forma ativa = CALCITROL
Vitamina D3 através da isomerização na temperatura corporal
Produto 
é 
hidroxilado
 no fígado
MELANINA
O estrato germinativo possui células chamadas de melanócitos, responsáveis pela produção da melanina. 
A melanina por sua vez é transferida para células epiteliais circunjacentes através de processos melanocíticos.
A variação da quantidade de melanina é o que gera a variação na coloração da pele. Uma pele intensamente pigmentada não contém necessariamente um grande número de melanócitos, mas sim melanócitos mais ativos (exatamente como comentamos: o número de melanócitos não é sujeito a grande variação)
AQUAPORINAS: são proteínas integrais que formam poros na membrana celular de células biológicas. Também são denominadas "canais de água", pois tem a função de conduzir seletivamente as moléculas de água para dentro e para fora da célula. 
HIRCOS: pelos axilares
VIBRISSAS: pelos da narina
TRÁGIO: pelos da orelha
LÚNULA: ar em conjunto com a matriz de ceratina que forma a unha;
FUNÇÕES DA PELE
Proteção
Contra traumas mecânicos: ela tem resistência relativa por sua capacidade elástica e moldável (fibras elásticas e colágenas)
Contra traumas físicos: graças ao sistema melânico que confere proteção contra a radiação ultravioleta.
Contra desequilíbrio hidroeletrolítico: por a pele ser relativamente impermeável a água a sais minerais.
Contra atividade microbiana: através do manto lipídico formado pelo sebo.
Imunológica: através das células de Langerhans* da epiderme e na derme através dos mastócitos, macrófagos, linfócitos.
Físico química: manutenção do pH ácido da camada córnea
Secreção: 
Suor (glândulas sudoríparas) 
Sebo (glândulas sebáceas): formação do manto lipídico com atividade antimicrobiana, emulsificadora de substâncias e age como barreira protetora;
Citoqueratina
Melanina
Excreção: de água, uréia, metais pesados, HCO3, eletrólitos pelas glândulas sudoríparas.
Metabolização: produção de vitamina D
Termorregulação: através das glândulas sudoríparas, vasodilatação, vasoconstricção;
Percepção: através dos elementos nervosos que existem (corpúsculos de Pacicini, Krause, Meissner, Ruffini), sobretudo na derme, permite reconhecer sensações como pressão, frio, calor, dor.
Absorção de substâncias: hormônios, vitaminas e medicamentos.
CORPÚSCULOS: Vater-Paccini, de Meissner, Krause e Ruffini
Função geral: é a percepção de estímulos do meio ambiente, preparando o corpo para reações de defesa especificas.
Corpúsculos de Vater-Paccini: São estruturas táteis responsáveis pela detecção de pressão profunda; localizados na hipoderme das regiões palmoplantares. Eles são constituídos por lamínulas concêntricas em torno de um nervo mielínico ramificado (estruturas neuroconjuntivas).
Corpúsculos de Meissner: Detectam sensações táteis superficiais; encontrados ao longo das papilas dérmicas, sobretudo nas pontas dos dedos. São espiralados e cônicos, formados por uma cápsula conjuntiva e células nervosas com fibras mielínicas (estruturas neuroconjuntivas). 
Corpúsculos de Krause: Espirais de fibras nervosas responsáveis pela sensibilidade ao frio. Estão localizados nas áreas transacionais entre peles e mucosas (lábios)
Corpúsculos de Ruffini: trata-se de uma grande fibra com colágeno. Estão relacionados com a percepção de calor e são numerosos na superfície plantar.
A diferença entre os livros de nível superior em relação aos de nível médio é que aqueles descrevem as estruturas (os tipos de fibras que cada estrutura tem, bem como se a estrutura é unicamente nervoso ou neuroconjuntiva. Aqueles também determinam as regiões do corpo onde cada corpúsculo predomina, subtendendo inclusive o tipo de sensação tátil (pressão superficial ou profunda) que os corpúsculos de Vater-Paccini e de Meissner determinam.
UNHAS: Queratinizadas com função protetora. 
EPONIQUO: é o estrato córneo, formando uma simples prega que recobre a lúnula.
HIPONÍQUO: É a parte da epiderme que se adere à parte inferior da unha, ou seja é uma estrutura que fica entre o leito da unha e a unha.
GLÂNDULAS SEBÁCEAS
São glândulas holócrinas, ou seja, as células se rompem liberando todo o seu conteúdo, incluindo o sebo (lipídico), substância oleosa responsável pela lubrificação da superfície da pele. 
Em sua maioria, estão associadas aos folículos pilosos, não possuindo ducto próprio
Eventualmente, as
glândulas sebáceas se encontram modificadas, ou seja, elas podem desembocar diretamente na superfície, como é no caso em que estão presentes nos lábios, na glande do pênis e nos pequenos lábios...
Elas podem estar em locais atípicos, como na mucosa oral, onde são identificadas como pequenos pontos amarelados conhecidos pelo nome de grânulos de Fordyce.
Estão ausentes nas regiões palmares e plantares e estão sob o controle dos hormônios andrógenos.
Glândulas tarsais: estão inseridas nos tarsos e os seus canais se abrem no bordo das pálpebras atrás dos cílios. Produzem uma secreção oleosa que lubrifica o olho e impede que as pálpebras se colem.
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS
Écrinas (merócrinas): presentes em toda pele, maior quantidade palmo - plantar e axilas. Ducto abre diretamente na superfície. Secreção incolor, inodora e hipotônica. Função termorregulatória. Estímulo= calor e estresse emocional. Estimulada pela adrenalina, Estão sob o controle hipotalâmico;
Apócrinas (autócrinas): Desembocam nos folículos pilosos. Encontradas nas axilas, zonas genitais, mamilos e face masculina. Estão situadas na hipoderme. O suor é mais viscoso, pois contém proteínas e lipídios. Tem odor ao chegar à superfície por sofrer ações de bactérias. Atividade a partir da puberdade e controlada pelos hormônios andrógenos; 
As glândulas ceruminosas são glândulas sudoríparas modificadas que se encontram no meato acústico externo e são responsáveis pela produção de cera. A cera desempenha a função de proteger a estrutura contra infecções por microrganismos, além de atuar como isolante elétrico e serem impermeáveis.
As glândulas ciliares (nas pálpebras) também são sudoríparas modificadas e secretam o líquido ocular.
As glândulas mamárias, por sua vez, possuem a função de secretar leite para nutrição de recém nascidos e possuem ao redor glândulas sudoríparas apócrinas;
ESQUELETO:
1) Pele
1.a) Epiderme
1.b) Derme
1.c) Hipoderme
1.d) Funções
2) Anexos
2.a)Glândulas sudoríparas
2.b)Glândulas sebáceas
2.c)Pêlos
2.d)Unhas
3) Efeitos da radiação uv
3.a) Radiação UV 
3.b) Vitamina D
3.c) Consequências da exposição prolongada
3.d) Proteção
CASO 10 dor.docx
CASO 10 - FISIOLOGIA DA DOR 
Propósito da dor: mecanismo de proteção do corpo; ocorre sempre que os tecidos estão sendo lesionados e faz com que a pessoa aja para remover o estímulo doloroso
Dois tipos de dor:
Dor rápida (dor cortante, dor em pontada, dor aguda e dor elétrica): é sentida em 0,1segundo; não é sentida na maior parte dos tecidos profundos; neurotransmissor relacionado é o glutamato; transmitida pelas fibras A delta (grossas e mielinizadas)
Dor lenta (dor lenta em queimação, dor contínua, dor latejante e dor crônica): só começa depois de um segundo ou mais e aumenta vagarosamente, levando ao sofrimento prolongado; neurotransmissores relacionados são o glutamato e a substância P (principal); Transmitida pelas fibras C (finas e não mielinizadas)
Três tipos de estímulos excitam os receptores da dor (mecânicos, térmicos e químicos);
Exemplos de substâncias químicas estimulantes da dor: bradicinina (principal agente responsável pela dor), serotonina, histamina;
Hiperalgesia: a excitação das fibras de dor torna-se progressivamente maior; aumento da sensibilidade dos receptores da dor; logo, há uma incapacidade de adaptação dos receptores e isto ocorre para que a pessoa fique informada sobre o estímulo lesivo que está ocorrendo;
A dor resultante do calor: está intimamente ligada com a capacidade de o calor lesar os tecidos; e a intensidade da dor está associada com o grau de lesão tecidual;
ANALGESIA NO ENCÉFALO E NA MEDULA
Várias substâncias estão relacionadas com este sistema, entre elas, a encefalina e a serotonina; 
A encefalina é secretada diretamente em certos pontos do tronco cerebral e da medula, além de ser produzida indiretamente na medula, graças ao estímulo a sua produção através da serotonina; Ela inibe as fibras A delta e a C, podendo bloquear os sinais da dor no ponto inicial de entrada da medula; 
CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLÓGICA DA DOR – dor nociceptiva, neuropática, mista e psicogênica 
Dor Nociceptiva:
Ocorre por ativação fisiológica de receptores da dor ou da via dolorosa e está relacionada à lesões de tecidos ósseos, musculares ou ligamentares. 
Dor Neuropática
É originada por lesão ou disfunção do sistema nervoso, como resultado da ativação anormal da via nociceptiva.
Essa dor pode ser constante (sendo descrita por dormência, formigamento ou queimação), Intermitente (ativação das vias nociceptivas pela cicatriz formada no foco lesional) e evocada (rearranjos sinápticos decorrente da desaferentação)
Mecanismo mais plausível para explicar a dor neuropática é a geração ectópica de impulsos nervosos nas fibras de pequeno calibre. Após a lesão do nervo, alguns pacientes desenvolvem alteração na distribuição e conformação de canais iônicos (especialmente canais de sódio) que promovem aumento da excitabilidade axonal das fibras finas nociceptivas. Tal excitabilidade, muitas vezes, é gerada longe do foco da lesão inicial (por isso chamadas de descargas ectópicas), mas é capaz de acarretar o surgimento de sintomas de características neuropáticas. 
Não é por acaso que um dos tratamentos mais eficazes para a dor neuropática é o uso dos anticonvulsivantes que agem sobre os canais de sódio. Para alguns estudiosos, inclusive, a dor neuropática poderia ser considerada como uma “epilepsia do nervo ou da via nociceptiva”.
Dor mista: Acomete os dois mecanismos (nociceptivo e neuropática) simultaneamente. Deve-se tanto ao excesso de estímulos nociceptivos quanto a destruição das fibras nociceptiva
Dor psicogênica:Ocasionada por mecanismos psíquicos. Como uma característica marcante dessa dor, ela se apresenta de forma imprecisa, generalizada e difusa. Pode mudar sua localização sem uma razão evidente. Sua intensidade é variada, e pode ser agravada pela situação emocional do paciente.
ANATOMIA FUNCIONAL DA DOR – TRANSDUÇÃO, TRANSMISSÃO E MODULAÇÃO
Transdução: 
Definição: mecanismo de ativação dos nociceptores (terminações nervosas livres) que se dá pela transformação de um estímulo nóxico (que provocam danos no tecido), que pode ser químico, mecânico ou térmico em potencial de ação;
Mecanismo: os estímulos mecânicos e nóxicos térmicos, além de sensibilizarem os nociceptores, eles causam a liberação ou formação de uma série de substâncias que irão atuar em outros nocioceptores (fenômeno da transdução) por meio de três mecanismos: pela ativação direta (serotonina e histamina), pela sensibilização (cininas e substância P) e pelo extravasamento do plasma;
O estímulo adequado para causar a dor em certo tecido é o capaz de lesá-lo; ex: os nociceptores musculares são mais sensíveis ao estiramento e à contração isquêmica;
Nociceptores silenciosos: se localizam na extremidade das fibras de tipo C de nervos articulares, cutâneos e viscerais (não estão presentes nos musculares); na normalidade eles ficam silenciosos (insensíveis a estímulos mecânicos), mas quando são sensibilizados, graças a um estímulo térmico, químico ou ao um processo inflamatório passam a ficar espontaneamente ativos e a responder a estímulos mecânicos; Resposta dada: dor;
Transmissão:
Definição: conjunto de vias e mecanismos que permite que o impulso gerado chegue para estruturas do SNC; -feixe neoespinotalamico e feixe paleoespinotalamico
Modulação: Além de vias e estruturas responsáveis pela excitação, existe centros e vias responsáveis por sua supressão; as vias modulatórias são ativadas pelas próprias vias nocioceptivas;
TRANSMISSÃO DUPLA DOS SINAIS DA DOR PARA O SNC
Dor rápida é transmitida nos nervos periféricos para a medula através das fibras pequenas de tipo A delta; Enquanto que a dor lenta é transmitida pelas fibras C;
Ao chegarem à medula, os sinais seguem dois caminhos diferentes para o cérebro;
Feixe
neoespinotalamico (para dor rápida):
As fibras tipo A delta transmitem principalmente a dor mecânica e a térmica aguda; 
Processo: terminam no corno posterior da medula, cruzam na comissura anterior e sobem pelas colunas brancas antero-laterais até o tronco cerebral e tálamo. No tronco cerebral param em áreas reticulares e no tálamo chegam ao complexo ventrobasal e grupo nuclear posterior talâmico. Daí se dirigem para áreas basais do cérebro e córtex sensorial somático. (??)
A dor rápida pode ser localizada com muito mais exatidão do que a dor lenta
Feixe paleoespinotalamico (para dor lenta):
Processo: transmite dor pela fibras C . Fazem sinapse na substância gelatinosa do corno posterior, daí partem fibras curtas para outros neurônios ainda no corno posterior, cruzam a comissura anterior e sobem pela coluna antero-lateral até o tronco cerebral e tálamo. Quase todas as fibras terminam no tronco cerebral (núcleos reticulares, área tectal do mesencéfalo e substância cinzenta periaquedutal). No tálamo terminam nos núcleos intralaminares e centro-laterais. Depois vão para hipotálamo e regiões basais do cérebro.
É difícil localizar exatamente a dor lenta, já que existe uma conectividade multissináptica e difusa desta via;
DOR AGUDA E CRÔNICA
Dor aguda: possui um papel de alerta e desaparece quando existe a retirada do fator causal e resolução do processo patológico
Dor crônica: é persistente por um tempo superior àquele de cura ou associado a afecções crônicas ou ainda decorrente de uma lesão do sistema nervoso; Sem função de alerta e extremamente desgastante;
TIPOS DE DOR
DOR REFERIDA
Ocorre quando uma pessoa sente dor numa parte do corpo distante dos tecidos que causam dor; Geralmente, é iniciada nos órgãos viscerais e referida a uma área na superfície do corpo; 
Mecanismo: ramos de fibras nervosas viscerais fazem sinapse na medula, próximo aos neurônios que recebem sinais de dor da pele; assim, quando as fibras viscerais são estimuladas, os sinais de dor das vísceras sã conduzidos, pelo menos um pouco, para pele e a pessoa tem a impressão que a dor se origina da própria pele; 
DOR VISCERAL – verdadeira e parietal
Lesões maiores localizadas nas vísceras raramente causam dor acentuada (ex: cortar o intestino em duas partes não causa dor significativa), porém um estímulo que cause a estimulação difusa das terminações nervosas da dor numa víscera causa dores muito fortes (ex: isquemia afeta todo o do coração, várias fibras estimuladas)
É difícil localizar as dores viscerais, já que o cérebro tende a projetar as dores na superfície, assim, elas podem ser localizadas de modo genérico; e as sensações do abdômen e do tórax são transmitidas por duas vias;
Via visceral verdadeira: 
Transmite pelos nervos simpáticos e parassimpáticos (sistema autonômico) 
As sensações são referidas para áreas superficiais distantes do órgão dolorido;
A dor referida se localiza no local da pele do qual o órgão se originou no embrião e não necessariamente onde ele se encontra; ex: o coração se origina do pescoço e da região superior do tórax, assim, a dor do coração é referida para estes lugares;
Via parietal: transmite diretamente para os nervos espinhais locais, a partir do “tecido” que reveste o órgão (ex: pleura que é muito inervada), assim, a dor é diretamente sobre a órgão lesado;
DOR SOMÁTICA SUPERFIFICAL
Decorrente da estimulação dos nociceptores do tegumento;
Localizada e apresenta qualidade bem distinta; intensidade variável e proporcional ao estímulo;
Exemplo: trauma, queimadura e processo inflamatório;
DOR SOMÁTICA PROFUNDA
Consequente a ativação de nociceptores em músculos, tendões e articulações; 
Mais difusa que a somática superficial e de localização mais imprecisa; 
Usualmente possui intensidade leve a moderada; 
Principais causas: estiramento muscular, contração muscular isquêmica(exercício exaustivo prolongado
SENSAÇÕES TÉRMICAS
As gradações térmicas são discriminadas por três tipos de receptores sensoriais: de frio, de calor e de dor;
Os receptores de dor só são ativados em graus extremos de calor ou frio;
Existem terminações nervosas distintas de calor, presume-se que sejam terminações livres, já que os sinais são transmitidos por fibras do tipo C
Os receptores de frio transmitem o sinal, em sua maioria, através de fibras do tipo A delta (rápido), mas também por fibras tipo C, assim, certas terminações livres podem funcionar como receptores para frio;
Mecanismo: acredita-se que os receptores de frio e calor sejam estimulados por alterações de seu metabolismo, graças à alteração das velocidades das reações químicas, provocadas pela modificação da temperatura; 
Conclusão: a detecção térmica não resulta dos efeitos físicos diretos do calor e do frio, mas da estimulação química das terminações ao serem modificadas pela temperatura;
NERVOS CRANIANOS
A maioria dos nervos cranianos termina no tronco encefálico, com exceção do olfatório que se liga no telencéfalo e o optico que se liga ao diencéfalo.
Os corpos celulares dos nervos motores encontram-se em núcleos dentro do encéfalo, já os corpos celulares dos nervos sensitivos encontram-se fora do encéfalo, também com exceção do óptico, que se encontram na retina e do olfatório que se encontram na mucosa nasal.
CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL 
Componentes aferentes 
Receptores = receptores dos órgãos dos sentidos
Demais receptores = gerias
Fibras aferentes somáticas gerais: originam-se de exteroceptores (receptores cutâneos) e proprioceptores, logo, conduzem impulsos de DOR, temperatura, pressão e propriocepção.
Fibras aferentes somáticas especiais: originam-se da retina e do ouvido interno sendo assim responsável pela visão, audição e equilíbrio.
Fibras aferentes viscerais visuais gerais: originam-se vicerorreceptroes e conduzem impulsos de DOR VICERAL. 
Fibras aferentes viscerais especiais: originam-se de receptores gustativos e olfativos; são considerados viscerais por estarem em sistemas viscerais, no caso, com o sistema digestivo e respiratório.
Componentes eferentes
Fibras eferentes viscerais especiais: inervam músculos originados do músculos estriado esquelético branquiométrico (uma classificação dos músculos estriados esqueléticos de acordo com a embriologia), como por exemplo músculos da mastigação (inervado pelo trigêmeo), músculos da mímica (facial), músculo constrictor superior da faringe (glossofaríngeo), constrictor médio e inferior da faringe (vago). 
Fibras eferentes viscerais gerias: inervam músculos lisos, cardíacos e glândulas. De acordo com a divisão de fibras parassimpáticas
Fibras eferentes somáticas: inervam músculos miotônicos (também faz parte da classificação embriológica), são os músculos que derivam do mesoderma, exceto o músculo da íris.
CLASSIFICAÇÃO GERAL
1. Nervo olfatório
-Sensitivo
-Aferente viceral especial
2.Nervo óptico
-Sensitivo
-Aferente somático especial
3.Oculomotor
-Motor
-Um ramo é eferente somático, controlando músculos como o reto superior, inferior e medial, oblíquo inferior, elevador da pálpebra superior.
-Outro ramo é eferente visceral geral, fazendo parte das fibras parassimpáticas, controlam músculos que movimentam a pupila. 
4.Nervo troclear
-Move o olho, juntamente com o oculomotor e com o abducente
-Motor (obíquo superior)
-Eferente somático
6.Nervo abducente
-Motor
-Eferente somático
5.Nervo trigêmeo 
-Misto
-Aferente somático geral (parte sensitiva); eferente  visceral especial (parte motora)
-Dividida em nervos oftálmico, maxilar e mandibular
7.Nervo facial
-Misto
-A parte motora tem dois ramos: eferente visceral especial, que inerva o músculo da mímica, por exemplo, e o outro é o eferente visceral geral que faz parte do sistema parassimpático inervando as glândulas sublingual, submaxilar e lacrimais
-A parte sensitiva é dividida em três: aferente visceral especial, responsável pelos
dois terços anteriores da gustação na língua, aferente visceral geral responsável pela parte posterior das fossas nasais e face superior do palato mole, e aferente somática geral responsável pela inervação de parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo. 
8.Nervo vestíbulo-coclear
-Sensitivo
-Aferente somática especial
-Dividido em parte vestibular, responsável pelo equilíbrio e parte auditiva, audição
9.Glossofaríngeo
-Misto
-Aferente visceral geral (sensitivo), responsável pela gustação num terço posterior da língua, faringe, tuba auditiva, entre outros; eferente visceral geral (motor), esse ramo faz parte do sistema parassimpático e inerva a parótida.
10. Nervo vago
-Misto
-Eferente visceral especial, músculos da faringe e da laringe; aferente visceral geral, parte da faringe, laringe, traquéia, esôfago e vísceras, torácicas e abdominais
11.Acessório
-Motor
-Dois ramos: eferente visceral especial, responsável pela inervação dos músculos da laringe, esternocleidomastoideo e trapézio; Eferente visceral geral que inerva as vísceras torácicas
12.Hipoglosso
-Motor
-Eferente somático
-Movimenta a língua
OS REFLEXOS DA MEDULA ESPINHAL
ORGANIZAÇÃO DA MEDULA PARA AS FUNÇÕES MOTORAS
Neurônios motores anteriores: dão origem a fibras nervosas que deixam a medula pelas raízes anteriores e inervam as fibras musculares esqueléticas; dois tipos:
Neurônios motores Alfa: inervam grandes fibras musculares esqueléticas; 
Neurônios motores gama: transmitem impulso para as fibras musculares esqueléticas especiais, muito pequenas, chamadas de fibras musculares intrafusiais;
Interneurônios: pequenos, numerosos e altamente excitáveis
Apenas alguns sinais sensoriais ou dos sinais motores terminam diretamente sobre os neurônios motores anteriores; A maioria deles é transmitida através dos circuitos de interneurônios (onde são apropriadamente processados – integração dos sinais) antes de se conectar com os neurônios motores; 
O controle adequado da função muscular requer também o feedback sensorial contínuo, dando o estado do músculo a cada instante; Essas informações são fornecidas pelos:
Fusos musculares: distribuídos pelo músculo e mandam informações ao sistema nervoso sobre o comprimento do músculo ou a velocidade de alteração de seu comprimento;
Órgãos tendinosos de Golgi: se localizam nos tendões dos músculos e informam sobre a tensão sobre o tendão;
REFLEXO DE EXTENSÃO
O estiramento súbito de um músculo excita o fuso muscular e este transmite sinais fortes para a medula espinhal, que então transmite sinais reflexos através das fibras motoras alfa para as fibras extrafusais, causando a contração reflexiva no mesmo músculo que havia sido estirado;
Esse reflexo possui um componente dinâmico e um estático:
Reflexo dinâmico de extensão: causado pelo sinal dinâmico potente enviado pelo fuso; este componente está presente apenas quando o músculo está aumentando; Se opõe ao estiramento adicional do músculo; dura fração de segundos;
Reflexo estático de extensão: reflexo mais fraco e que continua por um período maior de tempo. Ele continua a causar contração muscular quando o músculo for mantido em comprimento excessivo (durante minutos); se opõe à força que está causando o excesso de comprimento; 
Reflexo negativo de extensão: quando o músculo é repentinamente encurtado, ocorrem efeitos exatamente opostos; as fibras extrafusais perdem a estimulação e relaxam o músculo; 
Percebe-se que o fuso muscular tende a manter o comprimento do músculo relativamente constante;
Esse tipo de reflexo negativo se opõe ao encurtamento, da mesma maneira que o reflexo positivo se opõe ao estiramento;
Outra função importante é a capacidade do reflexo de extensão de impedir a oscilação e abalos abruptos dos movimentos corporais; 
Aplicação clínica do reflexo de extensão: reflexo patelar graças ao estiramento do músculo quadríceps;
REFLEXO TENDINOSO DE GOLGI 
Ao ser estimulado por uma tensão aumentada, sinais são transmitidos para a medula para causar a inibição reflexa do respectivo músculo; Existe um feedback negativo que impede o desenvolvimento de uma tensão excessiva;
Tem uma resposta dinâmica e uma estática: 
Dinâmica: resposta muito intensa, quando a tensão aumenta subitamente
Estática: resposta mais fraca, diretamente proporcional á tensão do músculo; contínua;
Possui a função de distribuir a carga muscular por todas as fibras musculares, já que ele equaliza as forças contráteis das fibras musculares separadas (as de tensão excessiva são inibidas pelo reflexo e as com pouca tensão ficam mais excitadas, graças à falta de inibição reflexa); impede a lesão muscular localizada; 
REFLEXO DE FLEXÃO (DE RETIRADA)
Chamado de reflexo nociceptivo ou reflexo da dor;
É provocado pela estimulação das terminações para dor ou calor; e a estimulação dos receptores de tato pode provocar um reflexo mais fraco e menos prolongado; 
As vias para provocar o reflexo passam primeiramente por um grupo de interneurônios e, em seguida, pelos neurônios motores;
O circuito mais curto possível é o com 3 ou 4 neurônios, mas geralmente compreende mais que isso; Tipos de circuitos:
Circuito divergente: para espalhar o reflexo aos músculos necessários para retirada
Circuito de inibição recíproca: que inibem os músculos antagonistas
Circuitos que causam uma pós descarga repetitiva prolongada; (??)
O reflexo flexor aparece poucos milissegundos após o nervo relacionado à dor ter sido estimulado. Então, poucos segundos depois o reflexo entrará em fadiga, o que é característico de quase todos os reflexos integrativos complexos da medula espinhal.
REFLEXO DE EXTENSÃO CRUZADA
0,2 a 0,5 segundo após um estímulo provocar o reflexo de flexão num membro, o membro oposto começa a se estender;
Obs - Inibição recíproca ocorre quando a excitação de um músculo, ao mesmo tempo, inibe o seu músculo antagonista; inervação recíproca é o circuito neuronal responsável por essa relação recíproca; 
ESQUELETO: 
		* Definição de dor e do seu propósito
* Dor rápida e dor lenta/dor aguda e dor crônica
* dor evocada e dor espontânea
* Classificação fisiopatologica da dor:
- dor nocioceptiva
- dor neuropática
- dor mista
- dor psicogênica
* transmissão dupla dos sinais da dor para o SNC: - feixe neoespinotalamico
- feixe paleoespinotalamico
* Tipos de dor:
- dor somática superficial
- dor somática profunda
- dor referida
		- dor visceral: via visceral verdadeira e via parietal
-dor irradiada
* Anatomia funcional da dor: 
- transdução
- transmissão
- modulação
* Estimulos que excitam a dor (térmicos, mecânicos e químicos
* Via de analgesia endógena
* Pares cranianos (percurso, classificação)
* mecanismo geral do arco reflexo
* Reflexo de extensão
* Reflexo de flexão
* Reflexo de extensão cruzada
CASO 11 SNA.docx
CASO 11 – SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
CONTROLE DO SISTEMA AUTONOMO 
Funcionalmente, ele opera sem controle consciente (reflexos); O estímulo sensitivo é transmitido para centros encefálicos que integram a informação e respondem modificando a ação do neurônio autônomo pré-ganglionar; 
O bulbo controla mais diretamente a atividade do SNA, porém ele é controlado pelo hipotálamo; Assim, o hipotálamo controla indiretamente o SNA
O hipotálamo é o responsável por coordenar o SNA e integrá-lo com o SNC. Recebe informações do sistema límbico e de receptores viscerais e essa integração faz com que a pessoa desmaie ao receber uma forte notícia; 
O SNA opera por meio de reflexos viscerais (sinais dos órgãos) que geram respostas reflexas subconscientes (controle de atividades)
É dividido em simpático e parassimpático
O órgão que apresenta fibras simpáticas e parassimpáticas possui a chamada inervação dupla (excitação e inibição). É o caso de órgãos como o pulmão, estômago e intestino grosso.
Ordem geram das fibras: pré-ganglionar-> gânglio-> pós-ganglionar->
secreçâo de acetilcolina por fibras colinérgicas ou de norepinefrina pelas adrenérgicas
Neurônios autônomos
Os neurônios motores podem ser somáticos ou autônomos;
Os corpos celulares dos neurônios somáticos estão localizados no interior do SNC e enviam axônios aos músculos esqueléticos; são responsáveis pelo movimento dos músculos esqueléticos;
O controle motor autônomo envolve dois neurônios na via eferente: neurônio pré-ganglionar e o pós ganglionar; O pré ganglionar faz sinapse com o segundo no gânglio autônomo que está localizado na cabeça, no pescoço e no abdome;
Os efetores involuntários dependem até certo ponto de sua inervação; a lesão de um nervo autônomo torna seu tecido alvo mais sensível que o normal aos agentes estimulantes, fenômeno chamado de hipersensibilidade da denervação;
		CARACTERISTICAS
		MOTOR SOMÁTICO
		MOTOR AUTÔNOMO
		Órgãos efetores
		Músculos esqueléticos
		Miocárdio, músculos lisos
		Presença de gânglios
		Nenhum gânglio
		Corpos celulares das fibras autônomas
		Número de neurônios do SNC ao efetor
		Um
		Dois
		Tipo de junção neuromuscular
		Placa motora especializada
		Nenhuma especialização da membrana pós sináptica; todas as áreas das células musculares lisas contêm proteínas receptoras de neurotransmissores;
		Efeito do impulso nervoso sobre o músculo
		Excitatório
		 Excitatório e inibitório
		Tipo de fibras nervosas
		De condução rápida; espessas e mielinizadas
		De condução lenta;
Pré-ganglionares: mielinizadas e finas; pós-ganglionares: amielinizadas e finas;
		Efeito da denervação
		Paralisia flácida e atrofia
		Persistência do tônus e da sua função; células alvo com hipersensibilidade da denervação;
DIVISÃO SIMPÁTICA
Divisão toracolombar, porque suas fibras simpáticas emergem da medula do nível primeiro torácico ate o segundo lombar;
A sinapse com os neurônios pós-ganglionares ocorre numa dupla fita de gânglios simpáticos interconectados paralelos a cada lado da medula espinhal; são os gânglios paravertebrais que formam uma cadeia ganglionar simpática;
A divergência ocorre na cadeia ganglionar simpática quando as fibras pré-ganglionares se ramificam para formar sinapses com vários neurônios, isto ocorre graças à vias curtas denominadas ramos comunicantes brancos;
A convergência ocorre quando um neurônio pós ganglionar recebe estímulo simpático de um grande número de fibras pré-ganglionares; E os neurônios pós-ganglionares através de ramos comunicantes cinza retornam aos nervos espinhas e se estendem aos efetores;
A divergência de impulsos da medula aos gânglios e a convergência de impulsos no interior deles geralmente resulta em uma ativação em massa de quase todos os neurônios simpáticos pós-ganglionares;
Várias fibras pré-ganglionares que emergem do nível torácico superior da medula se estendem para o pescoço, onde fazem sinapse nos gânglios simpáticos cervicais; Fibras pós-ganglionares originadas destes pontos inervam músculos lisos e glândulas da cabeça e do pescoço;
Gânglios colaterais: várias fibras pré- ganglionares que emergem da medula abaixo do diafragma não forma sinapse com a cadeia ganglionar sináptica; além do tronco sináptico, essas fibras formam os nervos esplâncnicos e fazem sinapse em gânglios pré-vertebrais ou colaterais que incluem os gânglios celíaco, mesentérico superior e o inferior; E essas fibras pós-ganglionares inervam órgãos dos sistemas digestório, genital e urinário;
Glândulas supra-renais: localizada em cima de cada rim e é composta por uma medula interna e um córtex externo. Cada parte possui seus próprios mecanismos além de possuírem origens embrionárias diferentes; A medula secreta adrenalina e pode ser comparada a um gânglio simpático modificado, já que suas fibras possuem o mesmo tecido embrionário que forma os neurônios simpáticos pós-ganglionares; Assim, a medula supra-renal é inervada por fibras simpáticas pré-ganglionares;
Os efetores cutâneos e vasos sanguíneos dos músculos esqueléticos são inervados por fibras simpáticas, mas não possuem inervação parassimpática; 
DIVISÃO PARASSIMPÁTICA
Divisão craniosacral, porque as suas fibras pré-ganglionares se originam no encéfalo (mesencéfalo, bulbo e ponte) e no segundo ao quarto nível sacral da coluna vertebral;
As fibras pré-ganglionares fazem sinapse com os gânglios que se localizam próximos ou no interior dos órgãos inervados (gânglios terminais); Assim, o neurônio pré-ganglionar é longo;
Quatro dos 12 pares de nervos cranianos contêm fibras parassimpática pré-ganglionares
		
NERVO
		ORIGEM DAS FIBRAS PRÉ-GANGLIONARES
		LOCALIZAÇÃO DOS GÂNGLIOS TERMINAIS
		
ÓRGÃOS EFETORES
		OCULOMOTOR
		Mesencéfalo
		Gânglio Ciliar
		Olho
		FACIAL
		
Ponte
		Gânglio Pterigloplatino e submandibular
		Glândulas lacrimais, mucosas e salivares
		GLOSSOFARÍNGEO
		Bulbo
		Gânglio Ótico
		Glândula parótida
		VAGOS
		Bulbo
		Gânglios terminais no órgão ou próximo dele
		Coração, pulmões, trato gastrointestinal, fígado, pâncreas
		NERVCOS ESPINAIS PÉLVICOS
		Sacral (S2 a S4)
		Gânglios Terminais próximo dos órgãos
		Metade inferior do intestino grosso, reto, bexiga e órgãos genitais;
TRANSMISSÃO SINÁPTICA ADRENÉRGICA E COLINÉRGICA 
Transmissão colinérgica: Acetilcolina é o neurotransmissor de todas as fibras pré-ganglionares e da maioria das fibras pós-ganglionares parassimpáticas;
Transmissão adrenérgica: o neurotransmissor liberado pela maioria das fibras simpáticas pós-ganglionares é a noradrenalina (norepinefrina), porém existem exceções;
RESPOSTA A ESTIMULÇÃO ADRENÉRGICA
A estimulação adrenérgica (pela adrenalina produzida pela medula supra-renal e pela noradrenalina das terminações nervosas simpáticas) produz efeitos excitatórios e inibitórios; Tais respostas dependem das características das células alvo e não do neurotransmissor, isso ocorre devido a presença de diferentes proteínas receptoras na membrana, responsáveis por provocar o fechamento ou abertura dos canais iônicos;
Uma droga que provoque processos que são estimulados pelo neurotransmissor é agonista deste; Já uma droga que bloqueia a ação de um neurotransmissor é antagonista deste;
RESPOSTAS À ESTIMULAÇÃO COLINÉRGICA
O efeito da acetilcolina depende da natureza do receptor colinérgico, que pode ser nicotínico e muscarínico;
Os efeitos da Acetilcolina liberada pelos neurônios motores somáticos e pelos neurônios autônomos pré-ganglionares são sempre excitatórios, já que os receptores são nicotínicos, ou seja, canais iônicos controlados por ligantes e que permite que o sódio se difunda para dentro, causando a despolarização;
Os efeitos da acetilcolina liberada pelos neurônios parassimpáticos pós-ganglionares geralmente são excitatórios, mas, em alguns casos, são inibitórios, já que os receptores são muscarinos, ou seja, são acoplados a proteína do tipo G que pode então fechar ou abrir diferentes canais da membrana; 
ÓRGÃOS COM DUPLA INERVAÇÃO
A maioria dos órgãos viscerais possui dupla inervação; os efeitos nestas estruturas podem ser antagônicos, complementares ou cooperativos;
Efeito Antagônico: Um ótimo exemplo do antagonismo destes sistemas é na região do marca-passo, onde o simpático aumenta a freqüência cardíaca e o parassimpático diminui; 
Efeito Complementar: ocorre quando a estimulação simpática e a parassimpática produzem efeitos semelhantes;
Efeito Cooperativo: ocorre quando a estimulação simpática e a parassimpática produzem efeitos diferentes que atuam em conjunto para promover uma única ação; exemplo: a ereção peniana deve-se à vasodilatação resultante da estimulação parassimpática e a ejaculação deve-se à estimulação simpática; E a junção dessas funções permite a função sexual masculina; 
ÓRGÃOS SEM DUPLA INERVAÇÃO
Os músculos eretores dos pelos, as glândulas
sudoríferas e maioria dos vasos sanguíneos, recebem apenas inervação simpática;
		-
		ÓRGÃO EFETOR
		EFEITO SIMPÁTICO
		EFEITO PARASSIMPÁTICO
		
OLHO
		Íris
		Dilatação pupilar
		Constrição pupilar
		
		Músculo ciliar
		Relaxamento (para visão distante)
		Contração (para visão próxima)
		
GLÂNDULAS
		Lacrimais
		-
		Estimulação da secreção
		
		Sudoríferas
		Estimulação da secreção
		-
		
		Salivares
		Diminuição da secreção (saliva fica espessa)
		Aumento da secreção (saliva fica fina)
		
		Gástricas
		-
		Estimulação da secreção
		
		Intestinais
		-
		Estimulação da secreção
		
		Medula supra-renal
		Estimulação da secreção de hormônio (adrenalina)
		-
		CORAÇÃO
		Frequência
		Aumento
		Diminuição
		
		Condução
		Aumento da velocidade
		Diminuição da velocidade
		
		Força
		Aumento
		-
		-
		Vasos sanguíneos
		Constrição (afeta todos os órgãos)
		Dilatação em poucos órgãos
		PULMÕES
		Bronquíolos
		Dilatação
		Constrição
		
		Glândulas mucosas
		Inibição da secreção
		Estimulação da secreção
		TRATO GASTROINTESTINAL
		Motilidade
		Inibição do movimento
		Estimulação do movimento
		
		Esfíncteres
		Fechamento estimulado
		Fechamento inibido
		
		Fígado
		Estimulação da hidrólise de glicogênio
		-
		
		Células adiposas
		Estimulação da hidrólise de gorduras
		-
		
		Pâncreas
		Inibição de secreções exócrinas
		Estimulação de secreções exócrinas
		
		Baço
		Contração
		-
		
		Bexiga Urinária
		Aumento do tônus muscular
		Contração
		
		Músculos Eretores dos pelos
		Piloereção e pele arrepiada
		-
		
		Útero
		Na gravidez: contrações; na ausência de gravidez: relaxamento
		-
		
		Pênis
		Ejaculação
		Ereção (devido a vasodilatação)
CASO 12 SN.docx
CASO 12
ANAMNESE
A anamnese é meio caminho andado para o diagnóstico de doenças neurológicas, e muitas vezes já é suficiente para o diagnóstico.
É necessário observar a história da doença atual a partir de alguns aspectos como:
Data de início da doença – Observar se é recente ou de longa duração. (Ex: hemorragia cerebral se iniciou há pouco tempo, já uma doença degenerativa pode ter se iniciado pode ter a muito tempo)
Modo de instalação da doença – Quando o sistema nervoso é comprometido agudamente costuma-se afirmar que ou houve traumatismo, ou houve distúrbio vascular; caso a enfermidade seja instalada lentamente, imagina tratar-se de uma doença degenerativa.
Evolução cronológica dos sintomas – É importante saber como e quando os sintomas foram surgindo ou desaparecendo 
Outros aspectos a ser analisados são: Exames e tratamentos realizados com os respectivos resultados e Estado atual do enfermo.
É importante observar também os antecedentes. 
Em relação aos antecedentes pessoais é interessante saber a respeito de:
Condições pre-natais 
Condições do nascimento  
Condições do desenvolvimento psicomotor – saber como se deu o aleitamento, em que época firmou a cabeça, sentou, andou e falou.
Vacinações 
Doenças anteriores
Hábitos de vida
SINAIS E SINTOMAS
Transtornos de consciência:
Quatro parâmetros devem ser analisados para verificar o nível de consciência, que são: perceptividade (responder a perguntas ou informar coisas corriqueiras), reatividade (capacidade do paciente de reagir a estímulos inespecíficos), deglutição e reflexos (tendinosos, plantares, cutâneos...); 
Escala de coma de gasglow: 
Escala neurológica que permite registrar o nível de consciência de uma pessoa a partir de um traumatismo craniano encefálico. Possui uma grande utilidade na previsão de eventuais sequelas. 
Permite identificar seu nível de consciência, mas não as causas que provocaram tal alteração;
Baseada em três parâmetros: Abertura dos olhos, resposta verbal e resposta motora; As alternativas de cada parâmetro recebem pontuação que vai de 1 a 4, 1 a 5 e 1 a 6 respectivamente; 
A partir desses pontos, faz-se o somatório dos três parâmetros para perceber a gravidade do paciente. Sua escala pode ser TCE leve de 14 ou 15 pontos; TCE moderado de 9 a 13 pontos e TCE grave com 8 pontos ou menos. 
EXAME FÍSICO
Pescoço e coluna cervical
Carótidas: palpação e ausculta, comparando a amplitude e averiguando se há sopros ou frêmitos; Verificar a existência de estenose ou oclusão da artéria;
Região supraclavicular: ausculta para verificar a existência de estenose ou oclusão da artéria;
Limitação dos movimentos: pede para que o paciente realize movimentos de flexão, extensão, rotação e verificar se há certa limitação.
Rigidez da nuca: colocar uma das mãos na região occipital do paciente e realizar o movimento de flexão; se o movimento for amplo, a nuca é livre; Sinal meníngeo quando positivo;
Prova de Brudzniski: Com o paciente em decúbito dorsal, o médico faz uma flexão forçada da cabeça do paciente, apoiando a outra mão em seu tórax. É positivo quando o paciente flete os membros; Sinal meníngeo quando positivo;
Transição crâniovertebral: verificar se há o “pescoço curto” que pode denunciar deformidades ósseas;
Coluna lombossacral
Limitação dos movimentos: pede para que o paciente realize movimentos de flexão, extensão, rotação e verificar se há certa limitação.
Prova de estiramento de raiz nervosa:
Prova de Kernig: O paciente fica em decúbito dorsal, com a coxa fletida em ângulo reto sobre a bacia, e com a perna sobre a coxa. O médico estende sua perna. Se o paciente tentar impedir o movimento e sentir dor no trajeto do nervo ciático é positivo. Sinal meníngeo quando positivo;
Prova de Laségue: Com o paciente em decúbito dorsal, o médico faz flexão passiva da coxa sobre a bacia. É positivo se o paciente sentir dor na face posterior do membro examinado a cerca de 30° de elevação; Sinal meníngeo quando positivo
SINAIS MENÍNGEOS (indicadores de meningite): Sinal de Brudzniski, sinal de Laségue, sinal de Kernig e rigidez na nuca;
EXAME MOTOR: composto pelo equilíbrio dinâmico, equilíbrio estático, motricidade voluntária e exame do tônus;
Equilíbrio dinâmico (tipos de Marcha)
Apesar de cada pessoa ter sua própria marcha, ou seja, sua própria maneira de andar é possível se fazer uma análise e perceber se ali existe alguma alteração de origem neurológica.
Toda alteração de marcha é denominada DISBASIA.
Ela pode ser unilateral ou bilateral.
Marcha anserina ou de pato
O paciente anda com uma lordose lombar e inclina o tronco para direita e para esquerda alternadamente
Comum em doenças que refletem numa fraqueza muscular
Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica
Paciente anda com um dos membros superiores fletidos no cotovelo em adução e a mão fechada em leve pronação, traduzindo: o braço fica fletido trazendo mais ou menos o dedo mínimo para o meio do peito 
Além disso ele anda com a perna (do mesmo lado do braço fletido) em movimentos de semicírculos por ser epistática.
Geralmente ocorre em pacientes com hemiplegia
Marcha cerebelar
Paciente anda em ziguezague
Traduz alterações de equilíbrio, logo, no cerebelo
Marcha claudicante
Paciente manca para um dos lados devido a uma insuficiência arterial periférica no membro inferior ou a uma lesão;
Marcha de pequenos passos
Paciente anda com passos muito curtos e arrasta os pés; 
Marcha em tesoura ou espática
Os membros inferiores ficam espásticos e semifletidos, assim "cruzam" uma perna sobre a outra ao andar
Marcha escarvante
O paciente apresenta paralisia na flexão dorsal do pé, assim, ao caminhar, dobra os dedos e tropeça ("arrasta o pé pela frente") 
Para evitar o tropeço, ele levanta bastante os membros
para caminhar
Marcha parkinsoniana
O paciente realiza o movimento involuntário dos braços, a cabeça é inclinada para frente 
Os passos são pequenos e rápidos; 
Marcha tabética
O paciente olha fixamente para o chão e move os membros inferiores de maneira abrupta e forte
Isso se dá por perda da propriocepção por lesão do cordão posterior da medula 
Marcha vestibular
Anda para o lado quando tenta se mover em linha reta
Se o paciente for solicitado para andar de costas  e de olhos fechado, desenhará uma estrela
Marcha de Babinsk Weill:
Marcha de olhos fechados, indo e voltando três passos sem virar 
Equilíbrio estático
O estado de equilíbrio é investigado com o paciente em posição ereta (equilíbrio estático) e durante a marcha (equilíbrio dinâmico), na impossibilidade do paciente se manter de pé o equilíbrio pode ser investigado na posição deitada.
Prova de Romberg: o paciente fica em pé olhando para frente e fica assim por alguns segundos, em seguida, fecha os olhos. Se for observado um forte desequilíbrio, oscilações do corpo e tendência a queda, a prova de Romberg é positiva, e o contrário, é negativa. Serve para verificar se há comprometimento das sensibilidades proprioceptivas conscientes ou das estruturar da esfera corpórea.
Motricidade voluntária
Motricidade espontânea:
São solicitados ao paciente movimentos como abrir e fechar a mão, estender e fletir o antebraço , entre outros;
Observa-se a amplitude desses movimentos e procuram-se as causas; 
Força muscular:
O paciente realiza os mesmo movimentos, porém com a oposição do examinador 
Existem duas maneiras de se medir a forca muscular: 
Descrevendo literalmente a força como muito reduzida em tal lugar, um pouco diminuída na extensão do pé, por exemplo; 
Através da escala do Medical Research Council Seale
Acompanhado do local que esta se medindo a força; 
A forca é medida de 0 a 5, sendo 5 a forca normal;
A partir disso, vemos que, no caso, de um paciente que apresenta uma força muito pequena, ele teria movimento se a gravidade fosse eliminada.
Motricidade ativa dos segmentos: pedir para que o paciente movimente as articulações (flexão, abdução...) e verificar se há plegia (movimentos ausentes) ou paresia (movimentos diminuídos); ex: paraparesia, paraplegia, diplegia, diparesia...
Movimentos anormais involuntários: o exame é feito pela inspeção com o paciente sentado e com os braços estendidos para frente com os braços em pronação; Pede para que o paciente deixe a língua para fora; O objetivo deste exame é detectar tremores, mioclonias, distonia e tiques;
Exame do tônus
Através da palpação, inspeção e da análise dos movimentos passivos se avalia o tônus muscular
Passividade: se há resistência;
Extensibilidade: se existe exagero na amplitude do movimento;
Balanços articulares: existe determinada graduação que permite essa análise;
Coordenação
A perda da coordenação é denominada de ataxia, pode ser de três tipos: cerebelar, mista sensitiva.
Como avaliar a coordenação:
Prova dedo-nariz: com o membro superior estendido lateralmente, o paciente é solicitado a tocar a ponta do nariz com o indicador. Repete-se algumas vezes primeiro com os olhos abertos e depois com os olhos fechados. O paciente fica em pé ou sentado.
Prova calcanhar-joelho: o paciente fica em decúbito dorsal e é solicitado para tocar o joelho com o calcanhar do membro a ser examinado. Repete-se algumas vezes primeiro com os olhos abertos e depois com os olhos fechados. 
Prova dos movimentos alternados: Pede-se para o paciente realizar movimentos rápidos e alternados, tais como abrir e fechar a mão, movimento de supinação e pronação;
Reflexos superficiais: o estímulo é feito na pele ou nas mucosas externas
Reflexo cutâneo - plantar:
Como é feito: o examinador estimula superficialmente a região plantar; 
Resposta normal: é a flexão dos dedos; 
Abolição do reflexo: quando há interrupção do arco reflexo;
Reposta inversa: é a extensão dos dedos e corresponde ao sinal de Babinski; e ocorre quando há lesão na via piramidal ou cortiço-espinhal; 
Reflexos cutâneo-abdominais:
Como é feito: com a parede abdominal relaxada, o examinador estimula o abdômen na linha mediana no nível superior, médio e inferior
Resposta normal: contração dos músculos abdominais
Abolição dos reflexos: quando houver interrupção do arco reflexo, uma lesão da via piramidal ou até mesmo sem alterações no sistema nervoso (ex: obesidade, pessoas idosas);
Reflexos proprioceptivos, profundos ou musculares:
São obtidos, principalmente, com a percussão do tendão;
Principais exemplos: patelar, aquileu, flexor dos dedos, supinador, pronador, tricipital e bricipital; 
Podem estar normais, diminuídos, vivos ou exaltados; e suas alterações podem ser simétricas ou não; 
Sensibilidade
Recomendações para o exame: ambiente silencioso, paciente com pouca roupa e com os olhos fechados durante o exame; o examinador deve inquirir ao aplicar certo estímulo (ex: está sentindo alguma coisa? O que?); o exame não deve ser muito longo; 
Sensibilidade subjetiva: queixas sensitivas que o paciente relata; ex: dor e parestesia;
Sensibilidade objetiva: depende da resposta do paciente a estímulos aplicados pelo examinador; 
Sensibilidade especial: corresponde aos sensórios (transmissor de sensações) – estudada com os nervos cranianos; 
Estudo da sensibilidade superficial (extereoceptiva):
Para sensibilidade tátil: roça-se um pedaço de algodão ou um pincel macio em vários pontos da pele;
Para sensibilidade térmica: requer dois tubos de ensaio: um com água gelada e outro com água quente; tocá-los em pontos diversos do corpo alternadamente;
Para sensibilidade dolorosa: utiliza-se um estilete rombo capaz de causar dor sem ferir o paciente
Estudo da sensibilidade profunda (proprioceptiva):
Sensibilidade vibratória (palestesia): coloca-se um diapasão de 128 vibrações por minuto nas saliências ósseas;
Sensibilidade à pressão (barestesia): analisada com a compressão digital ou manual em locais do corpo;
Atrocinética ou cinética postural (batiestesia): deslocam-se segmentos do corpo em várias direções (flexão e extensão por exemplo) suavemente; em certos momentos, deve-se fixar o segmento em certa posição e o paciente deve reconhecer;
Sensibilidade dolorosa: compressão moderada de massas musculares e tendões; se o paciente sentir dor é indicativo de neurites e miosites;
Exame de um paciente em coma:
Exame geral: o exame inicial do paciente em coma obrigatoriamente começa com a avaliação das condições respiratórias e hemodinâmicas gerais. O exame neurológico do paciente em coma deve ser realizado na seguinte seqüência: nível de consciência (aplicação da escala de Glasgow), padrão da respiração, tamanho e reatividade da pupila, movimento dos olhos e resposta motora
Exame dos Nervos
Nervo olfativo
O exame é feito colocando substâncias para o paciente sentir enquanto ele mantém os olhos fechados
O paciente pode apresentar parosmia, cacosmia e alucinações olfativas 
Nervo óptico 
Acuidade visual de modo que o paciente observe e diga o que vê na sala de exame
Examina-se cada olho separado
A diminuição da acuidade é a ambliopia, e a abolição é a amaurose;
Campo visual (campimetria) 
O paciente fixa em um ponto na face do examinador e este move um objeto da horizontal e vertical, percebendo assim até quando paciente vê. 
Fundoscopia
Examina-se o fundo do olho com um oftalmoscópio, podendo ser observado o tecido nervoso e vasos.
Oculomotor, troclear de abducente 
Motilidade extrínseca 
Exame da posição do globo ocular 
A posição se dá pelo movimento harmônico dos músculos oculares, havendo a paralisia de um, ocorre o estrabismo;
O exame é feito em olhos separadamente e depois simultaneamente, de modo que o examinador pede para que o paciente desloque os olhos nas direções
horizontal e vertical 
Além disso, se avalia a convergência ocular, aproximando gradativamente o objeto 
Motilidade intrínseca 
Exame da pupila 
Faz-se com a lanterna de bolso e pela convergência ocular
Ao incidir o feixe de luz, é preciso observar o reflexo fotomotor direto (contração da pupila na qual foi incidida a luz) e o reflexo fotomotor consensual
Aproxima-se também um objeto e deve se observar uma contração devido ao reflexo da acomodação 
Nervo trigêmio- por ser um nervo misto tem que avaliar suas raízes;
Raiz motora- representada pelo nervo mastigador, que inerva os músculos destinados a mastigação. Deve-se avaliar:
Atrofia das regiões temporais e masseterinas
A abertura da boca promove o desvio da mandíbula para o lado da lesão
Ao trincar os dentes, nota-se debilidade do lado paralisado
Dificuldade de lateralização da mandíbula
Raízes sensitivas- responsabilizam-se pela sensibilidade geral da metade anterior do segmento cefálico. O exame:
Semelhante ao exame de sensibilidade superficial (tátil, térmica e dolorosa), faltando acrescentar a pesquisa da sensibilidade corneana (passa uma mecha de algodão entre a esclerótica e a córnea, a resposta normal é a contração das pálpebras) 
Nervo Facial- o que nos interessa do ponto de vista semiológico é a parte motora. No exame:
Solicita-se ao paciente enrrugar a testa
Franzir os supercílios
Fechar as pálpebras
Mostrar os dentes, abrir a boca
Assobiar, inflar a boca
Nervo Vestibulococlear- constituído pela raiz coclear (audição) e vestibular (equilíbrio). Para avaliar as raízes:
Raiz coclear (audição) é avaliada assim:
Diminuição gradativa da intensidade da voz natural;
Voz cochichada
Atrito suave das polpas digitais próximo ao ouvido;
Prova de Rinne (aplica-se o diapasão na região mastóidea): quando o paciente deixar de ouvir a vibração, coloca-se o aparelho próximo ao conduto auditivo. (Em condições normais, o paciente acusa percepção do som, Rinne positivo)
Raiz vestibular (equilíbrio) deve-se observar: 
Desvio lateral durante a marcha (desvia para o lado lesado)
Sinal de Romberg, desequilíbrio para o lado lesado
Reconhecimento de nistagmo (movimentos oculares ritmados, com dois componentes: um lento e outro rápido)
Realizar prova calórica (estímulo do labirinto com água quente e fria) e prova rotatória (cadeira giratória). Ambas realizadas em gabinete de neurootologia.
Nervo Glossofaringeo e Nervo vago
Na lesão desses nervos observa-se:
Desvio do véu palatino para o lado normal, quando o paciente pronuncia as vogais "a" ou "e";
Desvio da parede posterior da faringe para o lado normal (sinal da cortina);
Disfagia(dificuldade de deglutir) com regurgitação de líquidos pelo nariz.
Lesão só no nervo vago observa-se disfonia (alteração da voz)
Lesão só no glossofaringeo observa-se distúrbios da gustação no terço posterior da língua, e pode aparecer disfagia.
Nervo Acessório- motor, inerva os músculos esternocleidomastódeo e a porção superior do trapézio. A lesão provoca:
Deficiência na elevação do ombro 
Deficiência na rotação da cabeça para o lado oposto do músculo comprometido
Atrofia do músculo
Nervo Hipoglosso- motor, se dirige para os músculos da língua.
Para inspeção da língua: deve ser movimentada para todos os lados, estando tanto no interior como no exterior da boca. Deve forçá-la de encontro à bochecha e, por fim, palpá-la para avaliar sua consistência.
Na lesão, a língua quando é exteriorizada sua ponta se desvia para o lado lesionado. Pode ocorrer disartria (dificuldade de articular palavras), atrofia, dificuldade de mastigar e deglutir.
Distúrbios da Fala e Linguagem:
É quando a capacidade de se comunicar e interagir com outras pessoas está afetada.
 Desta forma, pode interferir no entendimento, na expressão de pensamentos e até na capacidade de ser entendida. Afeta principalmente a capacidade de falar com clareza.
Não é considerado doença. 
Principais causas: disfunções neurofisiológicas, distúrbios emocionais, déficits sensoriais, distúrbios orofaciais e distúrbios neurológicos. 
Categorias: 
Dislalia: perturbação da articulação da palavra falada, sem causa neurológica, caracterizada pela troca ou supressão de siglas ou letras; exemplo: cebolinha da turma da Mônica;
Disritmolalia: perturbação do ritmo da fala; Taquilalia (falar rápido) ou Bradilalia (falar devagar)
Discalculia: desordem neurológica que afeta a pessoa compreender e trabalhar com números; 
Dislexia: é dificuldade de aprender a leitura convencionalmente ensinada.
Disfonia: alteração no timbre da voz, causada por problemas no órgão fonador que torna a voz rouca ou bitonal;
Disartria: má coordenação dos músculos da fala, devido à paresia, paralisia ou ataxia, tem causa neurológica; ocorre por causa de lesões no SNC ou SNP;
Afasia: Perda da capacidade e das habilidades de linguagem falada e escrita, adquiridas previamente decorrente da lesão cerebral; O termo afasia ficou consagrado na prática médica, mas o mais correto para as afasias seria disfasia, pois afasia refere-se à completa incapacidade, enquanto a disfasia significa dificuldade. Tipos de afasia:
Afasia motora ou verbal (de Broca): dificuldade para expressar-se pela fala ou pela escrita, porque lhe faltam palavras. Decorrente de uma lesão na área de Broca; Preserva a compreensão; Algumas elegem jargões como ai/ai, xô/xô, uma palavra ou um nome qualquer para diferentes situações e acreditam estar comunicando o que querem dizer. 
 Afasia receptiva ou sensorial (de Wernicke): dificuldade de compreensão pela fala e escrita, decorrente de lesão na área de Wernicke. Caracterizada pela fala fluente, ou logorréia, que não faz sentido para quem ouve, embora a pessoa acredite estar falando corretamente e mantenha a entonação adequada. É como se uma linha telefônica com defeito distorcesse ou truncasse suas palavras interferindo na comunicação; resumindo, o paciente apresenta: Parafasia (vocábulos erroneamente colocados), Perseveração (repetição de um mesmo vocábulo) e Jargonofasia (uso de palavras novas incompreensíveis).
Afasia Global (Broca + Wernicke): A compreensão e a expressão da linguagem ficam amplamente comprometidas. Perda de todas as capacidades de linguagem
Afasia de condução: A compreensão está relativamente preservada e a fala é fluente e espontânea. Existe, entretanto, incapacidade de repetir palavras corretamente;
Afasia amnéstica: o paciente apresenta incapacidade para designar os vocábulos ou objetos, conservando, contudo o conhecimento de sua finalidade, decorrente de uma lesão na junção dos lobos parietal, temporal e occiptal esquerdos.
Afasia transcortical: o paciente tem compreensão e repetição razoáveis, mas possui dificuldade para leitura e escrita e leve incapacidade de nomear objetos.
Alterações das gnosias
Agnosia: decorrente de lesões nos lobos parietal, temporal ou occipital; incapacidade de reconhecimento...
Agnosia Auditiva: Incapacidade de reconhecer sons.
Estereoagnosia: Incapacidade de reconhecer de objetos colocados nas mãos (suprimida a visão).
Somatoagnosia: Incapacidade de reconhecer do próprio corpo em relação ao espaço.
Prosopoagnosia: incapacidade de reconhecer a fisionomia alheia.	
Autoprosopoagnosia: Incapacidade de reconhecer da própria fisionomia. 
Alterações das praxias:
Apraxia: perda da capacidade de execução de gestos conscientes e intencionais. 
Tipos de apraxia: 
Construtiva: O paciente tem dificuldade ou não consegue desenhar, modelar, copiar modelos, etc. Perda de gestos organizados;
Ideomotora: O paciente não consegue realizar aos simples. Ele tem o entendimento do que tem que fazer, mas não consegue executar;
Ideatória: O paciente entende o que lhe é pedido, mas não consegue realizar os atos ordenados em uma sequência lógica.
Apraxia de vestir: dificuldade ou incapacidade de despir-se ou vestir-se.
Apraxia da marcha:
dificuldade da marcha, especialmente de começar.
Apraxia bucolinguofacial: alterações dos gestos da mímica facial, da boca e da língua. O paciente não consegue rir, chorar, beijar, mostrar a língua ou mostrar os dentes. 
DISTURBIOS DE CONSCIÊNCIA
Estado de Vigília ou plena consciência: Autoconsciência e consciência do mundo exterior. Coordenado pelo sistema reticular ascendente.
Obnubilação: Consciência pouco comprometida, estado de alerta de pouco a moderadamente comprometido.
Sonolência: paciente é despertado, responde mais ou menos ao estímulo e volta a dormir.
Confusão mental ou delirium: Perda de atenção, pensamentos embaraçados, não há percepção temporoespacial, podem surgir alucinações, ilusões e agitação.
Estupor ou torpor: Perda de consciência mais intensa, mas o paciente é despertado por estímulos mais fortes, podendo responder a estes.  redução da sensibilidade e dos movimentos corporais, uma incapacidade para responder aos estímulos e/ou movimentos normais.
Estado comatoso: Não há despertar a nenhum estímulo. Perda da capacidade de identificar o mundo exterior e os acontecimentos deste.
Morte encefálica: Estado posterior ao comatoso.
CASO 2 pele.docx
FISIOLOGIA – CASO 2 – SEMIOLOGIA DERMATOLÓGICA
LESÕES ELEMENTARES
São padrões de alteração no tegumento
Deve ser levado em consideração o aspecto morfológico e o processo patológico subjacente;
Existem diversos fatores desencadeadores, como a circulação, processos inflamatórios, metabólicos, degenerativos ou por hiperplasia (aumento do numero de células), elas são classificadas por: 
Alteração de cor
Formações sólidas
Coleções líquidas
Alterações da espessura
Perdas teciduais
LESÕES POR MODIFICAÇÃO DA COR - MANCHAS PIGMENTADAS
Definição: é toda e qualquer alteração da cor da pele, sem relevo, independente de sua natureza, causa ou mecanismo;
Relacionada à melanina: Manchas pigmentares que são devidas à concentração de melanina
Hipercrômica: excesso de melanina
Hipocrômica: diminuição da melanina;
Acrômica: ausência de melanina;
Relacionada a pigmentos orgânicos aumentados: pigmentos endógenos; exemplo: bilirrubina na icterícia
Relacionada a pigmentos exógenos: os de natureza alimentar, como o caroteno que pode dá a pele um tom amarelado;
LESÕES POR MODIFICAÇÃO DA COR - MANCHAS PURPÚRICAS 
Definição: ocorre no caso de hemorragias, levando a uma modificação da cor da pele;
Petéquia: lesão purpúrica puntiforme;
Víbice: lesão purpúrica linear; sempre de natureza traumática;
Equimose: lesão purpúrica em lençol; com dimensões maiores;
Obs: os hematomas, muitas vezes, podem ter a mesma expressão clínica da equimose;
LESÕES POR ALTERAÇÕES VASCULARES
Definição: estão relacionadas com as alterações dos vasos sanguíneos e estão subdivididas em transitórias e permanentes;
Lesões vasculares transitórias: são de ordem funcional, não apresentam relevo e seu aparecimento e duração variam;
Eritema (na pele) e enantema (nas mucosas): com cor avermelhada, mais ou menos intensa, por conta de um afluxo maior de sangue arterial;
Cianose (na pele) e cianema (nas mucosas): coloração azulada; 
Lesões vasculares permanentes: 
Relacionadas com a proliferação vascular: caracterizadas pelo aumento do número de vasos; podem ser planas ou elevadas; exemplo: hemangioma, angioma em vinho do porto;
Relacionadas com a dilatação vascular: a telangiectasia é uma dilatação permanente no calibre de pequenos vãos;
 Relacionadas com a constrição vascular funcional
LESÕES ELEMENTARES SÓLIDAS: são alterações decorrentes do acúmulo de células em determinado local ou por espessamento cutâneo;
Por acúmulo de células: pápula, placa, tubérculo, nódulo, cistos, goma, tumoração, vegetação
Pápula: eflorescência de consistência dura, superficial, possui certa elevação e ao involuir não deixa cicatriz; não possui representação dérmica na palpação;
Epidérmicas: ocorrem devido ao aumento de células na epiderme;
Dérmicas: ocorrem devido ao aumento de células mesenquimais na derme papilar;
Mistas: ocorrem devido ao aumento de células epidérmicas e dérmicas;
Placa: lesão elevada, resultado do “acúmulo’ de várias pápulas;
Tubérculo: lesão elementar de consistência dura, elevada, devido ao aumento de células mesenquimais em toda derme; deixa cicatriz ao involuir;
Nódulo: lesão elementar de consistência endurecida com dimensões variáveis, decorrente do aumento no número de células na derme profunda ou na hipoderme.
Cistos: nódulos de superfície lisa, de consistência não endurecida e circundados por cápsula;
Goma: tipo de nódulo, onde há uma evolução dinâmica em quatro fases bem definidas:
Endurecimento: é o nódulo propriamente dito;
Amolecimento: ocorre a necrose central do nódulo;
Esvaziamento: a necrose invade a epiderme, acabando por se abrir pra o exterior através de úlceras ou fístulas, por onde se elimina;
Reparação: corresponde à fibrose que é formada pra ocupar o espaço deixado pelo material eliminado; forma-se uma cicatriz;
Tumoração ou lesão tumoral: termo usado para lesões maiores que 3cm;
Vegetação: lesão elementar que cresce para o exterior devido à hipertrofia de papilas dérmicas; pode ser seca (verrucosa) ou úmida (condilomatosa);
Por espessamento cutâneo: ceratose, esclerose, liquenificação, infiltração
Ceratose ou queratose: é um espessamento superficial da epiderme por conta da proliferação exclusiva da camada córnea; possui dimensões variáveis; a superfície é áspera e esbranquiçada;
Esclerose: é o endurecimento da pele, por conta da proliferação de tecido colágeno; gera dificuldade de pregueamento;
Liquenificação: é uma lesão que passa a evidenciar com maior nitidez todos seus sulcos e saliências; é conseqüência do ato de coçar prolongado e freqüente; 
Infiltração: Aumento da consistência e espessamento difuso da pele, em virtude da presença de reação inflamatória.
LESÕES ELEMENTARES DE CONTEÚDO LÍQUIDO: podem ser decorrentes de acúmulo circunscrito ou não circunscrito
Formada por acúmulo circunscrito de líquido: vesícula, bolha, pústula
Vesícula: de pequenas dimensões, com conteúdo seroso citrino, forma uma papila.
Bolha (flictena): corresponde a um elemento líquido (seroso), dimensões maiores que a vesícula, fazendo uma saliência côncava.
Pústula: elemento de conteúdo liquido purulento de dimensões variáveis. Termina em supuração (lançar pus ou transforma-se em pus).
Obs: O pus geralmente é causado por bactérias, mas também pode ser absolutamente estéril, sendo decorrente, sobretudo, do acúmulo de neutrófilos; Abcesso é a coleção de pus na profundidade dos tecidos.
Formada por acúmulo não circunscrito de líquido:
Edema: Lesão com alteração da consistência e espessura da pele. Formada por distúrbios: onco-hidrostáticos, insuficiência de rede linfática ou por inflamação.
Urtica: Tamanho variado, faz saliência na pele, coloração que varia entre róseo, vermelho e branco. Apresenta surgimento súbito, fugacidade e prurido.
LESÕES POR SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE
Erosão: mecanismo que compromete apenas a epiderme
Escoriação: uma ruptura da continuidade por mecanismo traumático
Exulceração: corresponde a uma erosão mais profunda, que atinge até a derme papilar;
Ulcera ou ulceração: da mesma natureza da exulceração, porém com mais profundidade, pode atingir toda derme, a hipoderme, músculos e até ossos; 
Fissura: é uma solução de continuidade linear e estreita;
Fístula cutânea: é uma solução de continuidade que se inicia a partir de estruturas profundas ou mesmo da hipoderme, através da qual há a eliminação de material necrótico;
LESÕES ELEMENTARES CADUCAS: tendem a eliminação espontânea
Escama: excesso de células epidérmicas mortas que são produzidas pela queratinização e descamação anormal;
Crosta: uma coleção serosa seca e com restos celulares
Escara: trata-se de uma lesão por
necrose do tecido que em seu estágio final é de cor negra
ANAMNESE DA PELE
A análise deve ser feita utilizando recursos como a lupa e o analisador de pele, que possui lentes de aumento e luz adequadas capazes de tornar os aspectos das lesões mais evidentes
Para a análise da pele é necessária a observação da cor, textura, aspereza, descamação, presença de máculas e seu tipo, entre outros caracterizando as lesões já estudadas por nós. 
ANÁLISE DA PELE – TÉCNICAS
Biópsia: para confirmações diagnósticas principalmente em casos de tumores;
Curetagem metódica de Brocq: atrito da superfície de uma lesão eritematoescamosa (lesão vermelha por vasodilatação que descama) com o objetivo do diagnóstico de psoríase, ou seja, doença inflamatória crônica da pele, podendo afetar mucosas, unhas e até articulações. São lesões avermelhadas e bem delimitadas que melhora e piora ao longo da evolução.
Luz de wood: Se trata da emissão de luz ultravioleta permitindo a detecção de microorganismos causadores de patologias e profirinas, ou seja, substância derivada da degradação dos glóbulos vermelhos, juntamente com a bilirrubina e a hemoglobina sendo detectada quando sua produção está em excesso.
Dermatoscopia, microscopia de superfície, microscopia de epiluminescência: diferenciação das lesões pigmentadas cutâneas além da distinção entre lesões malignas ou benignas. Com esse teste se determina também o nível da pele onde se encontra o pigmento. Quanto mais escuro, mais superficial.
Capilaroscopia periungueal (região dos dedos): exploração da micro-circulação encontrada nos dedos que por sua vez indicam diversas doenças cutâneas ou sistêmicas.
Diascopia, vitropressão e digitopressão: pressão de uma lesão por uma lâmina de vidro ou pelo próprio dedo que por sua vez permite analisar a diferença entre um eritema (que desaparece à pressão) e uma púrpura (que permanece). Diferencia também lesões hipocrômicas de nevo anêmico.
Sinal de darier: atrito de uma pápula ou mácula (em caso de mastocitose= acúmulo de mastócitos no tecido da pele) formando uma lesão ponfosa (urtica) devido à liberação de histamina pelos mastócitos. 
Sinal de Nikolsky: pela pressão a epiderme se desloca parcialmente ou totalmente. 
Pesquisa da sensibilidade superficial (encontrada no caso): muito importante no diagnóstico de hanseníase. Sabe-se que as lesões causadas pela hanseníase possui três níveis, a térmica, a dolorosa e a tátil, assim, esse teste permite a detecção destas ao pressionar o local com ponta de lápis, fazer o paciente segurar algo quente, etc.
Provas farmacológicas: usa-se diversas substâncias como histamina, pilocarpina, metacolina, entre outros para ver a reação que aquela lesão apresenta tornando o diagnóstico mais fácil;
Temperatura das lesões: ao palpar a lesão se nota uma diferença de temperatura com o resto da pele podendo assim restringir uma série de diagnósticos.
Prova do laço: provoca-se petéquias na face do antebraço "segurando" a circulação com um garrote. Se aparecer mais que 20 é porque existe uma grande fragilidade capilar. 
ANÁLISE DA PELE – ITENS AVALIADOS
Temperatura. A lesão pode apresentar hipotermia ou hipertermia
Elasticidade: hipoelasticidade ou hiperelasticidade
Umidade: pele normal, pele seca ou pele sudorente
Mobilidade: normal, ausente, diminuída ou aumentada
Turgor: turgor normal (pele hidratada) ou turgor diminuído (pele desidratada) 
Sensibilidade: sensibilidade dolorosa, tátil e dérmica
Textura: textura normal, pele lisa (ou fina), pele áspera ou pele enrugada  
PANO BRANCO
Doença causada por um fungo chamado Ptyrosporum Ovale que produz uma substância que impede a pele de produzir melanina quando exposta ao sol.
 Principais sintomas: manchas amareladas ou esbranquiçadas e descamação da pele, mas sua principal característica é a mudança na pigmentação da pele, logo, podemos classificá-la como MANCHA, visto que não apresenta elevação.
SEQUELAS
Reparação: Quando a pele volta às características originais.
Atrofia: É uma perda, pois se trata da redução da espessura da pele devida a uma diminuição do numero ou do tamanho de células de qualquer camada da pele.
Atrofia cicatricial: seqüela de dermatose inflamatória que não chega à ulceração
Cicatriz: Seqüela decorrente da multiplicação de tecido fibroso, não deve ser confundida com reparação. (É lisa, sem pelos e sulcos) 
OBS: As cicatrizes podem ser hipertróficas (proliferação fibroblástica se restringe à região do trauma), queloidianas (proliferação vai alem do local do trauma) e atróficas (alternância entre elevações e depressões- ex.: pioderma gangrenoso, que é uma doença bacteriana).
ALTERAÇÕES DE PELOS
Atricose, hipotricose e hipertricose: Ausência, diminuição e aumento de pelos.
Canície: Embranquecimento generalizado.
Poliose: Ausência segmentar ou diminuição da melanina. Presente no vitiligo, nevo e piebaldismo.
Tricorrexe: Fratura do pelo
Alopecia: Queda dos cabelos
Madarose: Queda de pelos ciliares.
ALTERAÇÕES DE UNHAS
Anoníqua: Falta de unhas 
Paquioníqua: Espessamento de unhas
Coiloníqua: Unha côncava
Platoníqua: Unha aplainada
Onicogrifose: Unha em forma de garra 
Hepaloníqua: Duas ou mais lâminas 
Leuconíqua: Embranquecimento
Onicomadese: Desprendimento 
Onicólise: Levantamento da unha de seu leito anterior 
Onicorrexe: Unhas excessivamente estriadas em sentido longitudinal
Unha hipocrática: Unha convexa 
Linhas de Beau: Linhas ou sulcos transversais 
Distrofia mediana canaliforme: Sulco mediano longitudinal 
Fragilitas unguium: Unhas frágeis
FATORES DA IDENTIFICAÇÃO
Nome, sexo, idade, raça, profissão, procedência, tratamento prévio
 
CASO 3 musculo.docx
Parte 1 - CONTRAÇÃO DO MÚSCULO ESQUELÉTICO
Tecido muscular esquelético 
- move os ossos e tem ação voluntária;
- é estriado, ou seja, possui faixas escrutas e claras alternadas
 Tecido muscular cardíaco (coração) 
- é estriado e involuntário
 Tecido muscular liso
- está presente nas paredes das estruturas internas ocas, como nos vasos, nas vias aéreas e órgãos abdominais
- não é estriado e é involuntário
CONTRAÇÃO DO MÚSCULO LISO
Os processos químicos da contração do músculo liso são semelhantes à do esquelético. Ambos necessitam de íons cálcio para dar início à contração e de ATP para fornecer energia para essa contração, embora a fonte de íons não seja a mesma para os dois.
 Entre as diferenças dos dois estão: a organização dos filamentos de miosina e actina, que ficam misturados (ou seja, não estão organizados em sarcômeros), assim como a menor quantidade de filamentos de miosina no músculo liso e, consequentemente, menor gasto energético. 
No mecanismo de contração também ocorre o deslizamento da actina sob a miosina. A actina, por sua vez, está ligada aos corpos densos (que se assemelham aos discos Z).
Outro fator importante, é que a contração do músculo liso pode ser desencadeada por outros fatores estimulantes como hormônios, CO2, O2 e ainda podem ser auto-excitáveis.
ANATOMIA FISIOLÓGICA DO MÚSCULO ESQUELÉTICO
Sarcolema: membrana plasmática que reveste a fibra muscular esquelética; membrana celular da fibra muscular;
Sarcoplasma: citoplasma da célula muscular; líquido intracelular entre as miofibrilas; contém grande quantidade de potássio, magnésio, fosfato e várias enzimas proteicas; possui inúmeras mitocôndrias (para gerar energia- ATP);
Reticulo sarcoplasmático: é o retículo endoplasmático; é extremamente importante no mecanismo de controle da contração muscular;
Miofibrila são feixes de actina e miosina (mais espesso);
Fibra muscular (célula muscular) = várias miofibrilas (organela responsável pela contração muscular);
Mioblasto: células mesenquimais embrionárias;
Células satélites: célula que tem a responsabilidade de reparar o músculo em caso de danos. São capazes de se dividir; contribuem

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