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projeto 
BRIDGES 
 http://www.letras.ufrj.br/veralima/romantismo
 trabalho sobre o romantismo inglês, 2009-II
 
1 
Inserindo-se nos Romantismos alemão e inglês 
 
grupo 3, turma LEJ 
Mylena de Araujo Cardoso e Péricles Francisco de Oliveira Júnior 
 
A partir deste estudo, pretende-se entender a origem, as motivações e 
características dos movimentos românticos alemão e inglês e as influências do 
Romantismo alemão no inglês, assim como a repercussão deste na sociedade da época. 
Para tanto, comecemos por relembrar o contexto em que se encontrava o continente 
europeu em meados do século XVIII. Este século é conhecido como a era da razão, pois 
o racionalismo predominava sobre a emoção, a preocupação com a sociedade era maior 
do que a com o indivíduo e o pensamento científico se encontrava em ascensão. Além 
disso, a sociedade concentrava-se na aquisição de bens materiais e a longa jornada de 
trabalho era rotina para a grande maioria das pessoas. Esse rígido modo de pensamento 
e de vida se refletiu também na literatura, já que havia uma preocupação com a forma, 
mais do que com o conteúdo. 
No entanto, em fins do século XVIII, começa a surgir o Romantismo, movimento que 
abrangeu toda a civilização ocidental e foi como uma febre renovadora sobre a cultura em 
geral. O objetivo era contrapor-se à fragmentação do homem e ao culto da razão. Ele 
iniciou-se na Alemanha, e lá atingiu os cumes, em todas as áreas. Na Poesia e na 
Literatura com Goethe e Schiller, na Música com Beethoven e Brahms, nas Artes 
Plásticas com a Escola de Berlim e Frankfurt, e na Filosofia com Schelling. Ao apontar 
para a importância dos sentimentos, os jovens alemães criaram novos slogans com as 
seguintes palavras-chaves: fantasia, vivência, nostalgia. 
Ao focarmos na área literária, podemos destacar Johann Wolfgang von Goethe 
(1749- 1832) como uma das mais importantes figuras da literatura alemã e do 
Romantismo europeu, nos finais do século XVIII e inícios do século XIX. Sua primeira 
obra famosa foi “Os sofrimentos do jovem Werther” (1774), que o permitiu criar o protótipo 
do herói romântico. A história era contada a partir de uma coleção de cartas que 
retratavam a história de amor de Werther e Charlotte. O romance chega ao fim quando, 
após Charlotte permitir que Werther a beijasse, o melancólico personagem comete 
suicídio. Entretanto, sua obra mais famosa e bem reconhecida foi “Faust” , poema 
2 
dramático que se estendeu ao longo de toda a trajetória literária de Goethe, tendo sido 
terminado quando o autor tinha 81 anos de idade. 
Juntamente com Friedrich Schiller, Goethe, foi um dos líderes do movimento literário 
romântico alemão Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto). O poema Prometheus, de 
Goethe, serviu como inspiração para o movimento. Através desse poema, ele insistia que 
o homem não devia pôr sua confiança em deuses nem acreditar neles, mas devia confiar 
e acreditar em si mesmo. Sturm und Drang se caracterizava como uma reação ao 
racionalismo proposto pelo Iluminismo do século XVIII. Por isso, produzia uma poesia 
mística, selvagem e espontânea, onde o que era importante era o efeito da emoção (o 
Empfindung), acima da fria razão. Os autores do movimento eram contra a literatura e a 
sociedade do Antigo Regime alemão. 
Então, podemos dizer que o romantismo alemão foi o pioneiro a alterar a visão de 
mundo e o estilo de vida de muitos habitantes do continente europeu. Propôs uma maior 
atenção ao interior do homem, às suas emoções. O artista assumiu o papel de profeta, 
um veículo inspirado pela natureza. E, dessa forma, tudo que era diferente à rigidez do 
racionalismo foi motivado pelos românticos alemães. 
 Quanto ao Romantismo inglês, este teve sua origem no século XVIII, 
fundamentalmente na reação dos liberais à Revolução Industrial. No início do movimento, 
todos os românticos eram liberais, ou seja, favoráveis à Revolução Francesa. Mas, por 
causa da guerra contra Napoleão, eles se aliaram aos conservadores, os que eram contra 
a Revolução Francesa, e alguns daqueles assim se tornaram definitivamente. Ele 
encontrou maior aceitação do público que o Romantismo francês. 
 Os românticos ingleses têm profunda consciência da extrema mercantilização do 
trabalho. Os trabalhadores não recebiam consideração e respeito, sendo que as 
condições de trabalho eram as mais degradantes. O Romantismo inglês objetiva a 
popularização da literatura, tentando aproximar a linguagem poética da cotidiana. Ele não 
foi tão bem sucedido nisso, pois se, por um lado, as obras eram menos eruditas, a 
subjetividade delas era mais complexa. 
 Um dos principais autores românticos ingleses, Coleridge, retornou, em suas 
obras, ao mágico, isto é, ao sobrenatural, e ao misterioso. Coleridge também se difere 
pelo uso do inglês moderno para narração, a qual é como balada antiga. Ele queria que 
seus temas fantásticos fossem aceitos, como ele próprio diz, no sentido de uma 
“voluntária suspensão de descrença para aquele momento, que constitui a fé poética.” 1 
 
1
 COLERI DGE, S. T., 1974, p. 200 
3 
Em seu poema “A rima do velho marinheiro” (“Rime of the 
Ancient Mariner”), um velho marinheiro recebe aterrorizantes 
visões e visitações após ter matado um albatroz. O marinheiro se 
atormenta com os dois primeiros acontecimentos. Tal explicação 
do poema faz grande alusão a todas as características das obras 
de Coleridge citadas acima. Em outro, “Christabel”, o 
personagem principal que dá título ao poema, encontra na 
floresta a bela Geraldine, que manifesta características demoníacas sutilmente. Christabel 
tem consciência da sua malignidade, mas não consegue fazer seu pai enxergar esta. A 
explicação do poema nos traz uma atmosfera de mistério. Esses poemas possuem terror. 
Entre os românticos famosos, Byron foi o autor, inglês, que mais profundamente 
influenciou seus contemporâneos. Entretanto, não é o mais original deles, só o mais bem 
sucedido. Os dois elementos básicos da sua poética são o mal do século, que era o 
desassossego e o desnorteio do homem com a sociedade por achar que ela praticava 
muito o mal, e o solitário e orgulhoso herói marcado pelo destino, ou seja, o herói 
byroniano. Este exibe ostensivamente suas feridas, é um masoquista que se culpa 
publicamente, flagelante que se perturba com autoacusações e inquietações de 
consciência, e confessa suas más ações com o mesmo orgulho que tem pelas boas. 
 O herói byroniano é originário do herói Werther, de Goethe. Werther já é definido 
como alguém que possui pretensões morais incompatíveis com as convenções da 
sociedade. Ele sente culpa por tal incompatibilidade, o que não acontece em Byron; o 
herói byroniano ataca a sociedade declarada e inescrupulosamente. 
Byron valoriza as características malévolas em seu herói tornando-as atraentes. Por 
isso, esse herói é uma espécie de anjo caído, figura que causava 
fascínio na época romântica. As pessoas, que estavam desiludidas 
nessa época, desejavam ser como Lúcifer, já que o mal estava nelas. 
Ao invés de tentar acabar com este, elas praticavam aquilo que ia 
contra o que defendiam, gerando uma ambivalência no modo de viver romântico. 
As idéias de Kant, filósofo alemão, influenciaram bastante os autores românticos 
ingleses Coleridge e Carlyle. Elas aprovavam a visão deles da mente humana como 
sendo organicamente criativa e os encorajavam a considerar a natureza como um 
espelho vivo da alma e não como matéria morta para dissecação, como defendia o 
empirismo científico, existente na época. Outra influência de origem germânica é o gótico 
romântico inglês. 
Coleridge 
4 
 Portanto, a partir da análise deste estudo, podemos dizer que o Romantismo foi 
essencialmente o levantamento da emoção como reação à razão. Tanto na Alemanha 
quanto na Inglaterra, as pessoas andavaminsatisfeitas com a sociedade, com o homem. 
O Romantismo deu a elas um mundo ideal, mesmo que apenas através de suas obras. 
 
 
 
Referências bibliográficas: 
BURGESS, Anthony. A Literatura Inglesa. Trad. Duda Machado. 2ª edição. São Paulo; Ática, 1958. 
http://br.geocities.com/carlos.guimaraes/roman.html- acessado em 15/09/2009. 
http://www.allabouthistory.org/age-of-reason.html- acessado 16/09/2009. 
http://www.articlealley.com/article_70020_50.html- acessado 15/09/2009 
http://www.encyclopedia.com/doc1O54-Romanticism.html- acessado 15/09/2009 
http://www.geocities.com/Athens/Forum/7905/web4003.html- acessado 16/09/2009. 
HAUSER, Arnold. História Social da Arte e da Literatura. Trad. Álvaro Cabral. 2ª edição. São Paulo: Martins 
Fontes,1998. 
http://www.imagi-nation.com/moonstruck/clsc20.html- acessado 16/09/2009. 
http://www.kirjasto.sci.fi/goethe.html- acessado 16/09/2009. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Wolfgang_von_Goethe- acessado em 14/09/2009. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Romantismo_na_Alemanha- acessado em 14/09/2009. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sturm_und_Drang- acessado em 14/09/2009.

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