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Aula 10 - Identidade dos Seres Vivos Biologia p/ ENEM 2016 Professor: Daniel dos Reis Lopes Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 51 AULA 10: Fisiologia Humana: Sistema Nervoso, Sensorial, Endócrino e Reprodutor. Embriologia Humana. Evolução Humana. SUMÁRIO PÁGINA 1. Sistema Nervoso 01 2. Sistema Sensorial 07 3. Sistema Endócrino 13 4. Sistema Reprodutor 20 5. Embriologia Humana 29 6. Evolução Humana 35 7. Questões Resolvidas 45 8. Bibliografia consultada 51 1. Sistema Nervoso O sistema nervoso é característica exclusiva dos animais e sua estrutura reflete não só o modo de vida como também o tipo de simetria do organismo. Por exemplo, animais de simetria radial, como as anêmonas, possuem um sistema nervoso difuso, ou seja, espalhado uniformemente pelo corpo, uma vez que seu modo de vida com pouca ou nenhuma mobilidade faz com que ele receba estímulos ambientais de todas as direções. Animais que se locomovem ativamente, geralmente apresentam simetria bilateral, e com isso vem a cefalização, como já comentamos na aula 08. Isso leva à concentração das estruturas sensoriais e dos órgãos do sistema nervoso na porção anterior do corpo. É através desse sistema que os animais interpretam e reagem a estímulos ambientais. Ele coordena as diversas funções do organismo, contribuindo sobremaneira para a sua homeostase. A célula típica do sistema nervoso é o neurônio. Neurônios são bem característicos por sua forma diferenciada e eles são capazes de transmitir os impulsos elétricos que carregam as informações necessárias para as atividades do organismo. O neurônio apresenta um corpo celular, onde Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 51 está o núcleo e as demais organelas citoplasmáticas; os dendritos que levam o impulso nervoso até o corpo celular; e o axônio, que leva o impulso nervoso do corpo celular em direção ao próximo neurônio. Assim, a informação sempre é conduzida no sentido dendritos Æ corpo celular Æ axônio. Os axônios dos vertebrados são envolvidos externamente por células (oligodendrócitos) que produzem a bainha de mielina (ou estrato mielínico). A mielina é uma substância isolante elétrica que faz com que o LPSXOVR�QHUYRVR�RFRUUD�PXLWR�PDLV�UDSLGDPHQWH��XPD�YH]�TXH�HOH�³VDOWD´� de região desmielinizada em região desmielinizada (nódulos de Ranvier). Fig. 01: Anatomia geral de um neurônio. Entre um neurônio e outro existe um espaço chamado fenda sináptica, onde a natureza do impulso nervoso é química e não elétrica. Nessa região o axônio libera substâncias chamadas neurotransmissores, que são captadas por receptores presentes nos dendritos ou no próprio corpo celular do neurônio seguinte. Exemplos de neurotransmissores são a dopamina, a serotonina, a adrenalina e a acetilcolina. Quando o impulso nervoso é transmitido para uma célula muscular, as sinapses são chamadas junções neuromusculares ou mioneurais. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 51 Fig. 02: Sinapse. O sistema nervoso é dividido, anatomicamente, em Sistema Nervoso Central (SNC), composto pelo encéfalo e pela medula espinal, e em Sistema Nervoso Periférico (SNP), composto pelos nervos e gânglios nervosos. Fig. 03: Visão geral do sistema nervoso humano. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 51 O sistema nervoso central é protegido por ossos (crânio e vértebras) e por três membranas formadas por tecido conjuntivo propriamente dito: as meninges. Entre as meninges, a mais externa e situada junto aos ossos é a dura-máter. A mais interna e ligada diretamente ao encéfalo e à medula se chama pia-máter. Entre as duas fica a aracnoide. No espaço entre a aracnoide e a pia-máter, fica o líquido cefalorraquidiano, que atua como um amortecedor contra danos mecânicos ao SNC. O encéfalo é o centro de controle nervoso do nosso corpo e é formado, entre outras partes, pelo cérebro, cerebelo e bulbo. Suas regiões interagem para responder aos mais diversos estímulos ambientais e coordenar as funções corporais. O grande número de dobras presentes no córtex cerebral humano está associado à nossa grande capacidade de raciocínio e inteligência. Diferentes partes do cérebro são responsáveis por diferentes atividades como a memória, a fala, a consciência, os atos voluntários e as emoções. A medula espinal, localizada no interior da coluna vertebral, é o grande eixo a partir do qual distribuem-se os nervos que captam e levam informações de e para todo o corpo. Fig. 04: Encéfalo A medula apresenta certa capacidade de processamento de informações independente do encéfalo. Por exemplo, quando encostamos em uma superfície muito quente, temos o reflexo imediato de afastar a mão. Isso é realizado sem que tenhamos consciência, justamente porque o Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 51 processamento da informação acontece na medula e desencadeia o chamado arco-reflexo. Nesse caso, o neurônio sensitivo leva a informação até a medula, que a interpreta, e envia um estímulo através do neurônio motor para que o músculo se contraia e você afaste a mão da situação de perigo. Outro exemplo de arco-reflexo é o reflexo patelar, que ocorre quando o médico bate com um martelinho no seu joelho e, involuntariamente, sua perna se move. Fig. 05: Reflexo patelar: um exemplo de arco-reflexo. O sistema nervoso periférico é responsável por conectar o sistema nervoso central a todas as partes do corpo. Ele é composto pelos nervos, que podem ter origem no crânio (nervos cranianos) ou na medula espinal (nervos espinais). Cada nervo é formado pelo agrupamento de dezenas até centenas de axônios envolvidos por tecido conjuntivo. Os gânglios nervosos são dilatações onde se localizam os corpos celulares dos neurônios cujos prolongamentos formam os nervos. Caso ocorra uma lesão na medula espinal, o fluxo de informações nervosas daquela região para baixo ficará interrompido e isso pode levar à paraplegia (paralisia dos membros Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 51 inferiores) ou à tetraplegia (paralisia dos membros superiores e inferiores). O que vai determinar isso é a intensidade do dano à medula e o seu local. Funcionalmente, o sistema nervoso periférico é dividido em Sistema Nervoso Periférico Somático e Sistema Nervoso Periférico Autônomo. O sistema nervoso periférico somático é formado pelos nervos responsáveis pelas respostas voluntárias do corpo e por certas respostas involuntárias como os arcos-reflexos. De maneira geral, o sistema nervoso somático controla a vida de relação com o ambiente. O sistema nervoso periférico autônomo (ou visceral) é composto por nervos e gânglios nervosos responsáveis pelas atividades involuntárias do organismo e, junto com os hormônios, controla a homeostase. Por exemplo, a atividade cardíaca, a atividade secretora de glândulas, os movimentos respiratórios e o peristaltismo são controlados pelo sistema nervosoautônomo. Ele é dividido ainda em dois grupos de nervos: aqueles que estimulam o órgão alvo e aqueles que inibem a atividade do órgão em questão. Temos então o sistema nervoso periférico autônomo simpático e o sistema nervoso periférico autônomo parassimpático. De maneira geral, o sistema nervoso simpático prepara o animal para uma situação de perigo. Assim, ele aumenta a atividade respiratória e cardíaca, dilata as pupilas, joga glicose no sangue, libera adrenalina, desvia o fluxo sanguíneo para músculos e cérebro e inibe a atividade do sistema digestório. O sistema nervoso parassimpático atua de forma inversa ao simpático, diminuindo a atividade cardiopulmonar, estimulando os movimentos peristálticos e fazendo o animal voltar à situação normal com baixo gasto energético. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 51 Fig. 06: Sistema nervoso periférico autônomo. 2. Sistema Sensorial Os receptores sensoriais e os órgãos dos sentidos formam o nosso sistema sensorial. Eles recebem estímulos ambientais externos e internos e os transmitem ao sistema nervoso, que se encarrega de interpretá-los e desencadear a resposta adequada. Esses estímulos podem ser luminosos, mecânicos, sonoros, químicos ou térmicos. Os receptores sensoriais Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 51 internos atuam também na percepção de fome e sede, recebendo informações sobre o pH do sangue, a pressão arterial, entre outras. OLHO O olho é o órgão responsável pelo sentido da visão. Cada globo ocular situa-se no interior de uma órbita e possui músculos responsáveis pela sua movimentação. A parte branca do olho é a esclera, que é uma camada protetora de tecido conjuntivo. Na região mais anterior do olho, a esclera é transparente e forma a córnea. É através dela que a luz entra no olho. Após a córnea existe um anel capaz de aumentar e diminuir o tamanho de sua abertura. Esse anel é a íris, é nela que ficam os pigmentos que dão cor aos olhos e sua abertura é a pupila. Quanto mais dilatada a pupila, mais luz entra no olho. O controle da íris é realizado pelo sistema nervoso autônomo. Após passar pela pupila, a luz atinge uma lente, anteriormente chamada de cristalino. Essa lente é responsável por focar a imagem e projetá-la na retina, situada no fundo do olho. Fig. 07: Olho humano A retina contém células sensíveis à luz chamadas cones e bastonetes. Os cones precisam de mais luz para serem estimulados, mas em compensação fornecem imagens mais nítidas e coloridas do que os bastonetes. Existem três tipos de cones em seres humanos e cada um é Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 51 mais sensível a uma faixa de comprimentos de onda de luz. Um é mais sensível ao vermelho, outro ao verde e outro ao azul. A combinação dessas cores forma as demais cores que enxergamos. Os bastonetes, por outro lado, conseguem ser estimulados em condições de menor luminosidade, e é por isso que em ambientes mais escuros conseguimos distinguir as formas dos objetos, mas não as suas cores. Tanto bastonetes quanto cones possuem substâncias derivadas da vitamina A. Portanto, a deficiência dessa vitamina pode levar inclusive à cegueira. Fig. 08: A retina recebe e processa a informação visual. Os estímulos captados pelas células da retina são passados aos neurônios que formam o nervo óptico e conduzidos ao encéfalo. ORELHA Responsável pela audição, a orelha é dividida em externa, média e interna. A orelha externa é constituída pelo pavilhão auditivo e pelo canal auditivo. A forma do pavilhão auditivo está relacionada à captação e ao direcionamento do som. O canal auditivo é protegido por uma camada de cera, que retém as impurezas e impede que elas cheguem à orelha média. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 51 A orelha média é formada pelo tímpano e por três minúsculos ossos: o martelo, a bigorna e o estribo. As ondas sonoras que chegam pelo canal auditivo fazem vibrar a membrana timpânica e essas vibrações são propagadas pelos 3 ossos da orelha média. É nessa porção da orelha que existe um canal chamado tuba auditiva, que faz a conexão entre essa região e a garganta. Isso é importante para que, durante variações de pressão atmosférica, o ar possa se deslocar para dentro e para fora da orelha média de modo a acomodar corretamente a membrana timpânica. É por isso que ouvimos certos estalos quando subimos uma serra de carro, por exemplo. Devido à tuba auditiva é que, frequentemente, infecções de garganta passam para a orelha e vice-versa. Fig. 09: Visão geral da orelha Após ser transmitido pelos 3 ossos da orelha média, o estímulo sonoro passa para a cóclea, que compõe a orelha interna. No interior da cóclea existe um líquido que, ao vibrar, causa a deformação de uma membrana que contém células ciliadas. Essas deformações produzem estímulos nervosos que são enviados ao cérebro e interpretados como sons. A exposição prolongada a sons altos leva ao desgaste dos cílios presentes nessas células da orelha média e isso leva à perda da capacidade auditiva. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 51 Fig. 10: Detalhe do interior da cóclea onde os estímulos sonoros são convertidos em impulsos nervosos. A orelha interna também desempenha papel importante na manutenção do equilíbrio corporal. Em outra região da orelha interna ± o labirinto ± também preenchida por um líquido, existem células ciliadas que são capazes de detectar a orientação corporal. Isso também é auxiliado pela presença de pequenas partículas de carbonato de cálcio chamadas otólitos, que se movimentam no líquido do interior do labirinto e, estimulam as células ciliadas, fornecendo informações sobre a posição do corpo. Doenças que atacam o labirinto podem causar tonturas, vertigens, enjoos e zumbidos. OLFATO E PALADAR Os receptores olfatórios e gustatórios são capazes de perceber estímulos químicos de diferentes substâncias. A diferença básica entre o olfato e o paladar é que os receptores do primeiro podem ser estimulados por partículas emitidas por objetos distantes viajando pelo ar, enquanto que os receptores gustatórios precisam estar em contato direto com o objeto para serem estimulados. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 51 Nossos receptores olfatórios situam-se na parte superior de nossas cavidades nasais, onde há células ciliadas capazes de detectarem os estímulos químicos presentes no ar e transmiti-los como impulsos nervosos ao bulbo olfatório. Fig. 11: Os receptores olfatórios localizam-se nas cavidades nasais. Já os nossos receptores gustatórios se localizam na língua, formando as papilas gustatórias, dotadas de células capazes de detectar e reconhecer diversas partículas e perceber quatro tipos de sensações: doce, salgada, azeda e amarga. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br13 de 51 Fig. 12: Os receptores gustatórios localizam-se na língua. 3 Sistema Endócrino Quando estudamos o tecido epitelial glandular, vimos que as glândulas podem ser de três tipos: exócrinas, endócrinas ou mistas. As glândulas endócrinas são aquelas que lançam suas secreções chamadas hormônios na corrente sanguínea, enquanto que as glândulas exócrinas lançam suas secreções em cavidades corporais ou para fora do corpo. Glândulas mistas possuem uma porção endócrina e outra exócrina, sendo o pâncreas o único representante no corpo humano. A endocrinologia estuda justamente essas glândulas endócrinas e suas secreções, os hormônios. Hormônios são substâncias presentes em pequena quantidade no nosso corpo, mas que são cruciais para o funcionamento do corpo humano pois atuam como mensageiros químicos. Eles são produzidos e liberados por determinadas células, caem na corrente sanguínea, e vão atuar sobre outras células (células-alvo), modificando o seu funcionamento. Os hormônios só atuarão sobre as células que possuírem receptores específicos para eles. Quimicamente, a maior parte dos hormônios é de natureza proteica, sendo alguns de natureza lipídica como os esteroides. O mecanismo de feedback ou retroalimentação é responsável pela regulação da produção e liberação de muitos hormônios. Como os hormônios atuam sobre outras células, muitas vezes induzindo a produção de outras substâncias, o acúmulo desses produtos na circulação faz com que a glândula seja inibida (feedback negativo) e deixe de produzir o hormônio em questão. Por exemplo: a hipófise libera um hormônio chamado tireotrófico que atua sobre a glândula hipófise estimulando a produção dos hormônios T3 e T4. O aumento de T3 e T4 no sangue causa a inibição da liberação de hormônio tireotrófico pela hipófise. Já a diminuição de T3 e T4 no sangue causa o efeito inverso e mais hormônio tireotrófico é liberado. Vamos ver agora quais são as principais glândulas do corpo humano e que hormônios elas produzem. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 51 Fig. 13: Localização das principais glândulas endócrinas do ser humano. HIPÓFISE A hipófise ou pituitária é uma glândula de grande importância no corpo humano pois ela libera hormônios que controlam as atividades de várias outras glândulas. Situada na base do cérebro, se divide em dois lobos. O anterior é a adenoipófise e o posterior é a neuroipófise. A neuroipófise, na realidade, secreta hormônios produzidos no hipotálamo, sendo eles a ocitocina e o hormônio antidiurético (ADH). A ocitocina tem como células-alvo as do útero, onde ela estimula as contrações necessárias para o parto, e as das glândulas mamárias, onde ela provoca a liberação do leite quando o bebê suga a mama. Quanto mais o bebê sugar, mais ocitocina será produzida, tratando-se assim de um feedback positivo. Já o ADH, como vimos anteriormente, atua nos túbulos renais, aumentando a reabsorção de água. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 51 A adenoipófise recebe estímulos do hipotálamo e é responsável pela liberação dos hormônios tróficos, que controlam outras glândulas. São eles: hormônio tireotrófico (TSH), que estimula a glândula tireoide; hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), que atua sobre o córtex das glândulas suprarrenais; hormônio folículo-estimulante (FSH) e hormônio luteinizante, que atuam sobre os testículos e os ovários. Além dos hormônios tróficos, a adenoipófise também produz o hormônio do crescimento (GH), que promove o crescimento das cartilagens, dos ossos e da maioria dos tecidos; e a prolactina que estimula a produção de leite nas mulheres. GLÂNDULA PINEAL Localizada próximo ao centro do cérebro dos mamíferos, seu hormônio é a melatonina. A melatonina só é produzida na ausência de luz e, por isso, a duração dos dias tem influência direta atividade da glândula pineal. Ela está relacionada, portanto, ao chamado relógio biológico, ao sono do ser humano e ao ritmo circadiano, que compreende períodos de cerca de um dia de duração. TIREOIDE A glândula tireóidea localiza-se na região da garganta, onde fica a proeminência laríngea, também conhecida como pomo de adão. Ela produz dois hormônios derivados do aminoácido tirosina chamados triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). Ambos atuam estimulando os processos metabólicos, aumentando o fluxo de sangue para os tecidos, a respiração celular, os movimentos respiratórios e a frequência cardíaca. Os hormônios T3 e T4 possuem iodo em sua composição e, portanto, a deficiência desse elemento na alimentação, pode levar à diminuição na sua produção. Isso leva ao hipotireoidismo, caracterizado pela apatia, sonolência, ganho de peso e baixa tolerância ao frio. Além disso, como uma tentativa de reverter essa situação, a tireoide torna-se aumentada, provocando um inchaço no pescoço chamado bócio endêmico ou Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 51 carencial. A obrigatoriedade da comercialização de sal de cozinha contendo iodo visa justamente a prevenir a ocorrência desse tipo de bócio. Fig. 14: Mulher com bócio carencial, decorrente da baixa ingestão de iodo. Por outro lado, diferentes fatores podem levar a tireoide a produzir T3 e T4 em excesso. Nesse caso, temos o hipertireoidismo, que provoca perda de peso, sudorese intensa, pressão alta e a chamada exoftalmia, quando os olhos da pessoa ficam arregalados, saltando das órbitas. Além disso, o hipertireoidismo também pode levar ao bócio. Além do T3 e do T4, a tireoide também produz a calcitonina, que diminui a quantidade de cálcio no sangue e o deposita nos ossos. PARATIREOIDES As glândulas paratireoideas são quatro e situam-se por trás da tireoide. Produzem o paratormônio, que tem função contrária à da calcitonina. O paratormônio responde à diminuição da quantidade de íons cálcio no sangue e promove a sua retirada dos ossos para reposição no sangue. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 51 Fig. 15: À esquerda visão anterior da tireoide em posição no corpo. À direita visão posterior da tireoide, evidenciando as paratireoides. PÂNCREAS Como comentamos anteriormente, o pâncreas é uma glândula mista. Sua porção exócrina lança suas enzimas digestivas no duodeno. Já as ilhotas pancreáticas, sua porção endócrina, são responsáveis pela produção de dois hormônios importantíssimos na regulação do equilíbrio glicêmico do organismo. Um desses hormônios é a insulina, produzida nas células beta do pâncreas, e que facilita a entrada da glicose nas células para ser usada na respiração celular. Com isso, a insulina promove a diminuição da quantidade de glicose no sangue. Além disso, ela estimula a conversão de glicose em glicogênio no fígado e inibe a gliconeogênese (transformação de aminoácidos e lipídeos em glicose). O outro hormônio produzido pelo pâncreas é o glucagon, liberado pelas células alfa e que provoca efeito contrário ao da insulina. Ele promove o aumento da glicemia, pois estimula a glicogenólise (conversão de glicogênio em glicose). Fig. 16: Visão geral do pâncreas e um corte transversal evidenciando as ilhotas pancreáticas. Biologia para o ENEMProf. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 51 Refeições ricas em carboidratos provocam rápido aumento na glicemia de um indivíduo. Caso a pessoa não seja capaz de produzir insulina em quantidades suficientes ou suas células tenham perdido a sensibilidade a esse hormônio, a glicose vai se acumular no sangue gerando um quadro de hiperglicemia característico do indivíduo que possui diabetes melito. No caso da diabetes tipo I (insulinodependente), o indivíduo não produz ou produz insuficientemente a insulina. No caso da diabetes tipo II, as células do indivíduo perdem a sensibilidade à insulina e passam a apresentar dificuldades para absorver glicose. Isso está associado ao sedentarismo, à má alimentação e à obesidade. Os rins do diabético não conseguem reabsorver toda a glicose circulante e parte dela acaba saindo na urina. Com isso, ela acaba puxando muita água por osmose, o que gera desidratação. Além disso, a pessoa tem sede e fome excessivas, também pelo fato de não conseguir absorver a glicose e, por ter que obter energia a partir de lipídeos, acaba perdendo muito peso. Quando não tratada a diabetes pode levar à cegueira, problemas cardíacos, renais e até à morte. SUPRARRENAIS As suprarrenais ou adrenais estão situadas sobre os rins. Elas apresentam duas regiões distintas, o córtex e a medula, que produzem diferentes hormônios. Os hormônios do córtex são os corticosteroides, divididos em mineralocorticoides e glicocorticoides, todos derivados do colesterol. Entre os mineralocorticoides citamos a aldosterona, que aumenta a reabsorção de íons sódio pelos rins e, consequentemente, a retenção de água, o que leva ao aumento da pressão sanguínea. Entre os glicocorticoides, o mais importante é o cortisol. Ele estimula a gliconeogênese (conversão de aminoácidos e lipídeos em glicose), aumentando a disponibilidade de glicose no sangue, o que ajuda o indivíduo a suportar períodos sem comida e estressantes. Outro efeito dos glicocorticoides é diminuir a permeabilidade dos capilares sanguíneos, gerando um efeito anti-inflamatório. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 51 Fig. 17: Glândulas suprarrenais e seus hormônios. A medula das suprarrenais produz dois hormônios: a adrenalina (ou epinefrina) e a noradrenalina (ou norepinefrina). A noradrenalina tem como principal função manter a pressão sanguínea em níveis normais. Já a adrenalina tem papel importante em situações de estresse que podem incluir momentos de perigo ou de grande emoção. Nesses casos, o sistema nervoso simpático estimula a suprarrenal a liberar esse hormônio, que causa o aumento do ritmo cardíaco, o aumento da pressão arterial e a vasoconstrição periférica, que leva à concentração do sangue nos músculos e órgãos internos, preparando o indivíduo para uma resposta imediata. GÔNADAS As glândulas sexuais serão melhor estudadas no próximo capítulo dessa aula, mas vamos comentar o papel endócrino desses órgãos. O principal hormônio produzido pelos testículos é a testosterona. Ela é responsável pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários, como o engrossamento da voz, o desenvolvimento muscular e ósseo e a quantidade e distribuição de pelos no corpo. Além disso, ela promove o impulso sexual. Como a testosterona promove o aumento da síntese proteica nos músculos, existem pessoas que consomem versões sintéticas desse hormônio no intuito de aumentar rapidamente sua musculatura. Esses produtos são conhecidos como Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 51 esteroides anabolizantes e são extremamente perigosos quando utilizados sem acompanhamento médico. Eles podem levar a problemas nos rins, no fígado, no coração e a distúrbios comportamentais como agressividade e depressão. Além disso, sua utilização pode causar a esterilidade, por atrofiar os testículos, a impotência sexual e o desenvolvimento de mamas em homens. Em mulheres pode levar ao aparecimento excessivo de pelos no corpo, perda de cabelo e diminuição dos seios. Os principais hormônios produzidos pelos ovários são o estrogênio e a progesterona. O estrogênio promove o amadurecimento dos órgãos genitais femininos, as características sexuais secundárias femininas como o acúmulo de gordura em partes específicas do corpo, o alargamento dos quadris e o desenvolvimento das glândulas mamárias. A progesterona atua na preparação e na manutenção da parede uterina para receber o embrião. 4 Sistema Reprodutor Os seres vivos apresentam dois tipos básicos de reprodução: a assexuada e a sexuada. A principal diferença entre elas é que na primeira não há mistura de material genético entre indivíduos diferentes, o que ocorre na segunda. Além disso, a reprodução assexuada gera indivíduos geneticamente iguais àquele que os originou. Já a reprodução sexuada gera descendentes diferentes dos originais (variabilidade genética) e isso é um mecanismo extremamente importante para os processos evolutivos. A reprodução assexuada nos seres unicelulares ocorre por divisão binária ou bipartição. Já nos animais pluricelulares, pode ocorrer a fragmentação ou laceração, em que o corpo se parte em dois ou mais pedaços e cada pedaço dá origem a um novo indivíduo. Outra forma de reprodução assexuada em animais pluricelulares é o brotamento, em que, a partir do indivíduo original, começa a surgir um novo indivíduo que, posteriormente, se separa. A reprodução sexuada envolve, geralmente, a formação de gametas e a fecundação, ou seja, o encontro dos gametas. Gametas são células Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 51 haploides produzidas por meiose, nos animais, no processo chamado gametogênese. A gametogênese ocorre nas glândulas sexuais ou gônadas. Os espermatozoides (gametas masculinos) são produzidos nos testículos enquanto que os óvulos (gametas femininos) são produzidos nos ovários. Existe um tipo especial de reprodução em que, apesar de envolver a produção de gametas, não há a necessidade de dois indivíduos para que ela ocorra. A partenogênese está presente em vários animais como insetos, crustáceos e até mesmo répteis. Nela as fêmeas produzem gametas femininos que se desenvolvem sem a necessidade de um espermatozoide. Essa reprodução é considerada, portanto, assexuada. SISTEMA REPRODUTOR HUMANO As glândulas sexuais masculinas são um par de testículos, que se acomodam no interior da bolsa escrotal. Sua posição fora da cavidade abdominal é fundamental para a correta produção de espermatozoides, pois esse processo ocorre normalmente em temperaturas mais baixas do que no interior da cavidade abdominal. No interior dos testículos existe grande quantidade de túbulos seminíferos, onde os espermatozoides são produzidos a partir da puberdade. Desse local, os espermatozoides são conduzidos ao epidídimo, onde adquirem mobilidade e ficam armazenados até o momento da ejaculação. De cada epidídimo parte um ducto deferente, que passa por trás da bexiga urinária. São esses dois canais que são cortados na cirurgia de vasectomia. Os dois ductos deferentes se fundem em um ducto ejaculatório, onde são lançadas as secreções das glândulas seminais e da próstata. O sêmen, compostopor espermatozoides e secreções das glândulas anexas é liberado pela uretra durante a ejaculação. Existe ainda outro par de glândulas chamadas bulbouretrais, que produzem uma secreção liberada na uretra durante a excitação sexual e que lubrifica e limpa o canal uretral. O pênis, por onde passa a uretra, é o órgão copulador masculino. Ele possui três cilindros de tecido erétil que, durante a excitação sexual, se enchem de sangue e Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 51 promovem a ereção do órgão, possibilitando a relação sexual. Fig. 18: Sistema reprodutor masculino A espermatogênese ocorre no interior dos testículos e se inicia com células diploides chamadas espermatogônias. A partir da puberdade, elas Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 51 se multiplicam com maior intensidade e parte delas cresce e transforma-se em espermatócitos primários. É aí que a meiose produz, para cada espermatócito primário, quatro espermátides haploides. Cada espermátide se transforma em um espermatozoide flagelado. Dois hormônios hipofisários são responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais masculinas: o hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH). Ambos agem sobre as células do testículo, a partir da puberdade, estimulando a espermatogênese e também a produção de testosterona, que é um outro hormônio, responsável pelas características masculinas como distribuição e quantidade de pelos, desenvolvimento muscular, ósseo, e o tom da voz. Fig. 19: Espermatogênese As glândulas sexuais femininas são um par de ovários. É dentro deles que ocorre a ovulogênese e também a produção de hormônios sexuais. Para cada ovário existe uma tuba uterina, que é para onde os gametas femininos liberados na ovulação são conduzidos. A tuba uterina faz a conexão entre o ovário e o útero. O útero é um órgão muscular e oco, dentro do qual o embrião se desenvolve durante a gravidez. A vagina liga o colo do útero até a parte externa da genitália feminina. É por ela que o Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 51 bebê sai no momento do parto e é também por ela que o pênis entra durante a relação sexual. A vulva recebe a abertura do canal vaginal e também a abertura da uretra, que na mulher tem papel apenas relacionado ao sistema urinário. Fig. 10: Sistema reprodutor feminino A ovulogênese difere em alguns aspectos da espermatogênese. Primeiro, para cada célula diploide original, apenas um óvulo será formado. Segundo, ela não ocorre de forma contínua, e sim com a produção e liberação de apenas um ovócito secundário por mês. O que acontece é que durante o desenvolvimento embrionário de uma menina, células diploides Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 51 chamadas ovogônias sofrem mitoses até o terceiro mês de gestação. A partir daí elas crescem, iniciam a meiose, que fica paralisada na prófase I e passam a ser chamadas de ovócitos primários. Assim, a menina já nasce com todos os ovócitos primários que ela utilizará durante sua vida. Cada ovócito primário é envolvido por células foliculares formando o chamado folículo ovariano. A partir da puberdade, o hormônio folículo estimulante (FSH) liberado pela hipófise estimula o desenvolvimento de alguns folículos ovarianos, mas, normalmente, apenas um termina a primeira divisão meiótica, gerando um ovócito secundário, que estaciona na metáfase II, e um glóbulo polar que degenera. A ovulação então é a liberação de um ovócito secundário da parede ovariana, devido ao rompimento do seu respectivo folículo. Se não houver fecundação, o ovócito secundário morre aproximadamente 24 horas depois da ovulação. Em caso contrário, a fecundação faz com que o ovócito secundário termine a segunda divisão meiótica gerando um óvulo e outro glóbulo polar que também degenera. As células foliculares que permanecem no ovário formam o corpo lúteo, que terá função importante caso ocorra a fecundação. Fig. 21: Ciclo ovariano Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 51 Fig. 22: Comparação entre a espermatogênese e a ovulogênese. Como vimos, uma vez por mês (aproximadamente a cada 28 dias), um ovócito secundário é liberado pelo ovário. Normalmente, os ovários direito e esquerdo alternam os meses de ovulação. Isso é coordenado por dois hormônios hipofisários: o FSH e o LH. Esses hormônios também preparam o útero para receber um embrião, em caso de haver fecundação. Se não houver, o ovócito secundário vai degenerar e o endométrio uterino desenvolvido vai se soltar e sair através da vagina durante a menstruação. Isso é uma versão extremamente resumida do que chamamos de ciclo menstrual. Vamos ver isso mais detalhadamente agora. O ciclo menstrual envolve hormônios produzidos na hipófise (FSH e LH) e hormônios produzidos nos ovários (estrogênio e progesterona). Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 51 Normalmente ele leva 28 dias entre o início de uma menstruação e o de outra. Na primeira metade do ciclo, o aumento nos níveis circulantes de FSH faz com que o folículo se desenvolva, produzindo estrogênio. O estrogênio estimula o crescimento do endométrio, porção mais interna do útero, como preparação para receber o embrião. Aproximadamente 14 dias após o início do ciclo, por ação do LH, o folículo maduro se rompe e libera o ovócito secundário na tuba uterina. As células foliculares remanescentes, estimuladas pelo LH, passam a produzir progesterona, hormônio que mantém o endométrio espesso e vascularizado durante 14 dias. Se não houver fecundação, essas células foliculares que recebem o nome de corpo lúteo, degeneram e interrompem a produção de progesterona, fazendo com que o endométrio descame e seja liberado na menstruação. Por outro lado, se houver fecundação, a placenta produz o hormônio chamado gonadotrofina coriônica (hCG), que impede a degeneração do corpo lúteo e consequentemente o mantém produzindo progesterona. Isso faz com que não ocorra a descamação do endométrio, o que levaria à morte do embrião. A ação do corpo lúteo dura até o terceiro mês de gestação, quando a própria placenta passa a produzir progesterona e estrogênio. Assim, se a ovulação ocorre mais ou menos no 14º dia do ciclo menstrual, existe um período em que a mulher tem muito maiores chances de engravidar que é o chamado período fértil. Ele compreende três dias antes e três dias depois da ovulação. Isso porque tanto o ovócito secundário quanto os espermatozoides não resistem por muito tempo se não houver a fecundação. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 51 Fig. 23: Ciclo ovariano e uterino. A fecundação é o encontro do espermatozoide com o ovócito secundário. Ela ocorre, normalmente, no primeiro terço da tuba uterina. Vários espermatozoides podem chegar a ter contato com a parte externado ovócito. Lembre-se que ele é revestido por células foliculares e também por uma camada gelatinosa de glicoproteínas. O primeiro espermatozoide a vencer essas barreiras e se fundir com a membrana plasmática do ovócito desencadeia diversas reações que impedem que outros espermatozoides o façam. Nesse momento o ovócito secundário termina a segunda divisão meiótica e ocorre a cariogamia, ou seja, a fusão dos núcleos dos dois gametas, formando o zigoto diploide. O espermatozoide contribui então com o material genético e com os centríolos para a formação do zigoto. Já o ovócito contribui com todas as outras organelas e, obviamente, seu material genético. Assim, como as mitocôndrias do zigoto são provenientes apenas do ovócito, sabemos que o DNA mitocondrial é transmitido apenas Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 51 pela linhagem materna e isso tem sido muito utilizado para fins de identificação de indivíduos. 5 Desenvolvimento Embrionário O desenvolvimento do embrião pode ocorrer no interior do organismo materno ou não. Nesse sentido, animais que apresentam fecundação externa terão, consequentemente, seu desenvolvimento embrionário no ambiente externo e recebem o nome de ovulíparos. É o caso de alguns peixes, anfíbios e muitos invertebrados. Já os ovíparos são aqueles que apresentam fecundação interna, mas o ovo é eliminado pela fêmea no ambiente e garante o desenvolvimento embrionário pela presença de substâncias de reserva. É o caso das aves, muitos invertebrados e a maioria dos répteis. Os animais ovovivíparos são aqueles em que o embrião se desenvolve às custas das reservas nutritivas presentes no ovo, mas esse ovo fica retido no interior do organismo materno. Alguns peixes, invertebrados e répteis o fazem. Por fim, os vivíparos são aqueles em que o desenvolvimento do embrião ocorre no interior do organismo materno do qual depende nutricionalmente. A maioria dos mamíferos são vivíparos, incluindo os seres humanos. Os animais com desenvolvimento direto nascem na forma de uma miniatura do adulto. Isso exige grande quantidade de reservas nutritivas em seus ovos ou a viviparidade. Já os animais com desenvolvimento indireto eclodem dos ovos como larvas, formas mais simples do que os adultos. Esse tipo de desenvolvimento exige ovos com menor quantidade de reservas nutritivas. As larvas então se alimentam e sofrem metamorfose para se transformar nas formas adultas. Anfíbios e muitos invertebrados apresentam esse tipo de desenvolvimento. O desenvolvimento embrionário do anfioxo é, normalmente, utilizado como modelo para estudar o desenvolvimento dos cordados, de maneira geral. Nele, após a fecundação, o zigoto começa a sofrer diversas divisões mitóticas até dar origem a uma pequena bola maciça de células chamada mórula. A continuidade das divisões mitóticas na mórula gera uma bola Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 51 oca e formada por uma única camada de células chamada blástula. A blástula sofre uma invaginação e origina a gástrula. Nesse momento o embrião apresenta 2 camadas de células (ectoderme e endoderme) e uma cavidade interna chamada arquêntero, com uma abertura chamada blastóporo. Fig. 24: Gastrulação de um ouriço-do-mar, um animal deuterostomado. A partir da endoderme surge, nos cordados e demais animais triblásticos, uma terceira camada de células chamada mesoderme. No interior da mesoderme forma-se a cavidade do celoma e, em posição dorsal, surge a notocorda e o tubo neural. Nesse momento, o embrião é chamado de nêurula e os órgãos começam a ser formados (organogênese). O tubo neural dará origem ao sistema nervoso. As três camadas iniciais de células do embrião são chamadas folhetos embrionários, e dão origem a todas as estruturas do corpo do animal, conforme quadro abaixo. Folheto Embrionário Principais estruturas formadas Ectoderme Epiderme, glândulas exócrinas, sistema nervoso, esmalte dos dentes, revestimento da boca, do nariz e do ânus, cristalino, retina e córnea. Mesoderme Músculos, tecidos conjuntivos, sistema cardiovascular, linfático, urogenital. Endoderme Revestimento do tubo digestório e do sistema respiratório, fígado, pâncreas. O embrião humano chega ao útero cerca de três a quatro dias após a Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 51 fecundação. Em torno de sete a oito dias ele já atingiu o estado de blástula, que nos mamíferos leva o nome de blastocisto. Nesse momento ocorre a implantação do embrião no útero, fenômeno chamado nidação. A partir daí começa a chamada gravidez ou gestação, que dura aproximadamente 9 meses. O blastocisto é composto por células que darão origem ao embrião propriamente dito e aos tecidos extraembrionários como os que compõem o saco vitelínico, o cório, o âmnio, o alantoide e a placenta. Fig. 25: Formação do blastocisto em mamíferos. Nos mamíferos placentários, como os seres humanos, o saco vitelínico e o alantoide são reduzidos, uma vez que a nutrição, a respiração e a excreção do embrião são realizadas pela placenta. A placenta liga-se ao embrião pelo cordão umbilical, onde se encontram vasos sanguíneos que levam nutrientes e gás oxigênio para o indivíduo em formação, ao mesmo tempo em que retiram dele gás carbônico e excretas. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 51 Fig. 26: Etapas iniciais do desenvolvimento embrionário humano. Fig. 27: É através da placenta que o embrião recebe gás oxigênio e nutrientes, bem como elimina gás carbônico e excretas. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 51 O quadro abaixo lista os eventos mais marcantes no desenvolvimento embrionário humano. Idade do Embrião Evento 24 horas Primeira divisão do zigoto, com formação de duas células. 3 dias Chegada do embrião à cavidade uterina. 7 dias Implantação do embrião no útero. 2,5 semanas Organogênese em curso. Início da formação da notocorda e do músculo cardíaco; formação das primeiras células sanguíneas, do saco vitelínico e do cório. 3,5 semanas Formação do tubo nervoso. Primórdios de olhos e orelhas já são visíveis; diferenciação do tubo digestório, com formação das fendas na faringe e início de desenvolvimento do fígado e do sistema respiratório; o coração começa a bater. 4 semanas Aparecimento de brotos dos braços e pernas; formação das três partes básicas do encéfalo. 2 meses Início dos movimentos. Já é possível identificar a presença de testículos ou ovários; tem início a ossificação; os principais vasos sanguíneos assumem sua posição definitiva. 3 meses O sexo já pode ser identificado externamente; a notocorda degenera. 4 meses A face do embrião assume aparência humana. 3º trimestre Os neurônios tornam-se mielinizados; ocorre grande crescimento do corpo. 266º dia Nascimento. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 51 Fig. 28: Desenvolvimento fetal humano. Normalmente, nos seres humanos, emcada gestação forma-se um único embrião. No entanto, existem casos em que mais de um embrião pode ser formado, dando origem a gêmeos. Pode acontecer de a mulher liberar dois ou mais ovócitos em um ciclo menstrual. Assim, se eles forem fecundados, mais de um zigoto se formará e consequentemente mais de uma criança nascerá. Nessa situação, falamos em gêmeos dizigóticos e eles são tão semelhantes quanto dois irmãos que tenham nascido separadamente. Como são zigotos diferentes, os gêmeos podem ser, inclusive, de sexos opostos. Em outros casos, pode acontecer de um zigoto se dividir e dar origem a mais de um indivíduo. Esses indivíduos serão, portanto, idênticos geneticamente, e são chamados de gêmeos monozigóticos. Caso essa divisão do zigoto não ocorra completamente, os indivíduos podem ficar ligados por alguma parte do corpo, formando os chamados gêmeos unidos. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 51 Fig. 29: Formação de gêmeos monozigóticos. 6. Evolução Humana Vimos anteriormente que a vida no planeta Terra surgiu entre aproximadamente 3,5 e 4,5 bilhões de anos atrás. Desde então nosso planeta sofreu grandes modificações climáticas e também na posição dos continentes. A tectônica de placas explica a movimentação das massas continentais e isso é fundamental para compreendermos a distribuição espacial dos grupos de seres vivos. Ao longo desses bilhões de anos, vários episódios de extinções em massa varreram incontáveis espécies das quais nunca teremos conhecimento. A mais famosa dessas extinções foi a que ocorreu no fim do período Cretáceo (65 milhões de anos) e causou o desaparecimento dos dinossauros. Estima-se que cerca de 85% das espécies foram extintas nesse evento que teve como principal causa a queda de um asteroide com cerca de 10 km de diâmetro na superfície terrestre. Graças a essa extinção, e com o desaparecimento de grandes predadores, os mamíferos, que haviam surgido no fim do Triássico, puderam se diversificar e ocupar os nichos ecológicos deixados vagos pelas espécies extintas. Os seres humanos estão incluídos entre os primatas, uma ordem de mamíferos da qual também pertencem os lêmures, társios, Macacos do Novo Mundo, Macacos do Velho Mundo, gibões, orangotangos, gorilas e chimpanzés. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 51 O SER HUMANO NÃO EVOLUIU DO MACACO Pois é, amigos. Ao contrário do que muitos pensam, o ser humano não evoluiu do macaco. O que acontece é que as duas espécies de chimpanzés (Pan troglodytes e Pan paniscus) são os seres atuais mais próximos evolutivamente dos seres humanos. Isso não quer dizer que evoluímos dos chimpanzés e sim que compartilhamos um ancestral com eles mais recente do que com qualquer outro ser ainda existente no nosso planeta. Esse ancestral viveu há cerca de 5 a 7 milhões de anos e de lá até o surgimento das espécies atuais, várias outras formas surgiram e foram extintas. Fig. 30: Filogenia dos primatas Apesar de apresentarmos grandes semelhanças anatômicas, fisiológicas e moleculares com os chimpanzés, várias características nos diferenciam deles, entre as quais destacamos: a proporção entre braços e pernas, o grau de mobilidade do polegar, a distribuição de pelos corporais, a dentição e, principalmente, o tamanho do cérebro que é muito maior na nossa espécie. Nosso grande volume cerebral reflete nossa capacidade de raciocínio, manuseio de ferramentas e objetos, previsão de eventos futuros, emoções, entre outras coisas, que nos distinguem não só dos chimpanzés, mas também de todos os outros seres vivos. Outra característica tipicamente humana é sua capacidade de apoiar e locomover apenas sobre os membros posteriores, ou seja, em uma postura bípede. Outros primatas antropoides como gorilas e chimpanzés só conseguem andar sobre dois pés por períodos curtos. As vantagens do bipedalismo incluem ter as mãos livres para carregar filhos, alimentos e objetos; observar presas e predadores à distância; locomover-se com menor gasto de energia; e diminuir a absorção Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 51 de calor do chão. A transição de uma postura quadrúpede para bípede tem ligação, provavelmente, com as mudanças climáticas ocorridas na África, onde os ancestrais dos seres humanos surgiram. A gradativa mudança de ambientes dominados por florestas para savanas acabou por selecionar indivíduos mais aptos a se locomover em campos abertos e com características favoráveis a suportar temperaturas mais altas, como uma menor cobertura de pelos no corpo. Fig. 31: Diferenças no esqueleto de um gorila e um ser humano bípede. Outra importante diferença entre os seres humanos e os demais primatas é que os polegares de nossas mãos são mais longos, fortes e móveis. Assim, muitos primatas conseguem ter o que chamamos de pegada de potência, mas apenas os seres humanos têm uma pegada de precisão utilizando o polegar e as pontas dos outros dedos para executar movimentos finos e delicados. Fig. 32: Seres humanos são capazes de utilizar objetos com precisão. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 51 Após a separação das linhagens que deram origem aos chimpanzés e aos seres humanos, várias outras espécies surgiram e fazem parte de nossa ancestralidade. Ainda existe muito por descobrir e, à medida que novos fósseis vão sendo encontrados, mais peças são adicionadas a esse quebra- cabeças. Vamos conhecer os principais candidatos a nossos ancestrais. Restos de crânios fossilizados de um hominídeo com cerca de 7 milhões de anos foram encontrados no Chade (região central da África) em 2003. Eles foram classificados como Sahelanthropus tchadensis e acredita-se que ele possa ser o mais antigo ancestral da linhagem humana, tendo surgido logo após a divergência com a linhagem dos chimpanzés. No entanto, não há consenso acerca disso e outra possibilidade é que S. tchadensis seja ancestral tanto dos seres humanos quanto dos chimpanzés. Fig. 33: Crânio fossilizado de S. tchadensis Outro possível ancestral de nossa espécie é o Orrorin tugenensis, que viveu no leste africano há cerca de 6 milhões de anos. Seus fósseis indicam que ele tinha uma postura ereta e o andar bípede. No entanto, outras características apontam para um hábito arborícola. O Ardipithecus ramidus, um pouco mais recente do que o Orrorin (entre 5,8 e 5,2 milhões de anos atrás) também apresentava características morfológicas de um primata bípede, mas de hábitos predominantemente arborícolas. Os australopitecos são o grupo mais bem documentado de hominídeos primitivos devido à grande quantidade de fósseis descobertos. Viveram na África entre cerca de 4 e 1,2 milhões de anos atrás e apresentam várias Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 51 espécies dentro do gênero Australopithecus. Seus fósseis revelam uma tendência a apresentar dentes menores (mais semelhantes aos humanos) e uma postura mais ereta, porém sem aumento significativo no tamanho cerebral. Respondendo às mudanças ambientais que causaram a retração das florestastropicais, esses hominídeos se adaptaram gradativamente a deixar as copas das árvores, desenvolvendo uma postura ereta que os possibilitava encontrar presas e fugir de predadores nas savanas, conforme já discutimos anteriormente. Uma das espécies de Australopithecus, provavelmente, deu origem ao gênero Homo, no qual estamos incluídos. Fig. 34: À esquerda, reconstituição de uma fêmea de Australopithecus afarensis. À direita, crânio fossilizado de Australopithecus africanus. Nossa espécie, Homo sapiens, é a única sobrevivente do gênero Homo. A característica mais marcante desse grupo é o grande tamanho cerebral, mas o uso de ferramentas também parece ser determinante em sua classificação. O mais antigo representante do gênero é o Homo habilis, que significa ³homem habilidoso´ em referência às ferramentas de pedra encontradas junto aos fósseis. Há cerca de 1,8 milhões de anos, surgiu o Homo erectus, de maior estatura e postura mais ereta do que o H. habilis. Seu cérebro também era significativamente maior, seus dentes menores e, restos de alimentos encontrados queimados junto a seus fósseis, revelam que eles não somente utilizavam ferramentas como podem ter sido os primeiros hominídeos a cozinhar. O H. erectus é considerado como ancestral Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 51 dos neandertais e do ser humano moderno. Fig. 35: Crânio de hominídeos extintos. À esquerda Homo habilis e à direita Homo erectus. O Homo neanderthalensis é a espécie extinta mais próxima evolutivamente ao H. sapiens. Sua origem remonta a cerca de 200 a 300 mil anos e sua extinção ocorreu há cerca de 28 mil anos. Viveram na África, Oriente Médio, Europa e Ásia. Comparativamente aos humanos modernos, tinham um corpo mais baixo, compacto e com ossos mais largos e musculatura mais desenvolvida. Essa menor relação superfície-volume gera menor perda de calor, o que os relaciona com a vida em altas latitudes (clima mais frio). É possível que tenha havido intercruzamento entre eles e H. sapiens e que, por isso, nossa espécie carregue até hoje parte do DNA neandertal. Evidências fósseis indicam também que esses hominídeos poderiam ter pensamento simbólico com cerimônias fúnebres e tenham inclusive sido capazes de falar. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 51 Fig. 36: Linha do tempo para algumas espécies de hominídeos. Da esquerda para a direita há uma tendência ao abandono de hábitos arborícolas e ao predomínio do andar bípede. SOMOS TODOS AFRICANOS Nossa espécie surgiu na África há cerca de 200 mil anos. Assim, não importa se seus antepassados recentes viveram na Europa ou na Ásia. No fim das contas, todos nós descendemos de humanos africanos. De lá, eles começaram sua jornada para outros continentes há cerca de 80 a 60 mil anos, quando provavelmente encontraram neandertais fora da África e intercruzaram com eles. À medida que pequenos grupos iam se aventurando cada vez mais longe em busca de alimento, nossa espécie foi conquistando áreas cada vez mais distantes do planeta e, ao mesmo tempo, sofrendo modificações morfológicas, fisiológicas e comportamentais. As mutações presentes nos diferentes grupos étnicos atuais nos permitem traçar as rotas de migração de nossos ancestrais. Assim, sabemos que há cerca de 15 mil anos, nossos antepassados atravessaram uma ligação atualmente submersa entre a Sibéria e a América do Norte, o que os possibilitou chegar até a América do Sul em alguns milhares de anos. Como registros pré-históricos do ser humano, temos não só os fósseis, mas também diversas ferramentas e ainda as chamadas pinturas rupestres. O Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 51 surgimento da agricultura há cerca de 12 mil anos possibilitou finalmente o surgimento das primeiras civilizações humanas. Fig. 37: Mapa de dispersão humana. Os números indicam a idade aproximada do evento. E assim terminamos o módulo Identidade dos Seres Vivos. Nas próximas duas aulas falaremos sobre Genética. Bom estudo a todos e até a próxima! 7. QUESTÕES COMENTADAS 01. (ENEM 1998, Amarela, Q09) Matéria publicada em jornal diário GLVFXWH�R�XVR�GH�DQDEROL]DQWHV��DSHOLGDGRV�GH�³ERPEDV´��SRU�SUDWLFDQWHV�GH� musculDomR��6HJXQGR�R�MRUQDO��³RV�DQDEROL]DQWHV�VmR�KRUP{QLRV�TXH�GmR� uma força extra aos músculos. Quem toma consegue ganhar massa muscular mais rápido que normalmente. Isso porque uma pessoa pode crescer até certo ponto, segundo sua herança genética e independHQWHPHQWH� GR� TXDQWR� HOD� VH� H[HUFLWH´�� 8P� SURIHVVRU� GH� PXVFXODomR�� GL]�� ³&RPHFHL� D� WRPDU� ERPED� SRU� FRQWD� SUySULD�� )LFDYD� nervoso e tremia. Fiquei impotente durante uns seis meses. Mas como sou OXWDGRU�GH�YDOH�WXGR��WHQKR�TXH�WRPDU´� A respeito desta matéria, dois amigos fizeram os seguintes comentários: I. o maior perigo da auto-medicação é seu fator anabolizante, que leva à impotência sexual. II. o crescimento corporal depende tanto dos fatores hereditários quanto do tipo de alimentação da pessoa, se pratica ou não esportes, se dorme as 8 horas diárias. III. os anabolizantes devem ter mexido com o sistema circulatório do professor de musculação, pois ele até ficou impotente. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 51 IV. os anabolizantes são mais perigosos para os homens, pois as mulheres, além de não correrem o risco da impotência, são protegidas pelos hormônios femininos. Tomando como referência as informações da matéria do jornal e o que se conhece da fisiologia humana, pode-se considerar que estão corretos os comentários: (A) I, II, III e IV. (B) I, II e IV, apenas. (C) III e IV, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III, apenas. O assunto na aula de Biologia era a evolução do Homem. Foi apresentada aos alunos uma árvore filogenética, igual à mostrada na ilustração, que relacionava primatas atuais e seus ancestrais. (Use-a para responder as questões 02, 03 e 04) 02. (ENEM 1998, Amarela, Q25) Após observar o material fornecido pelo professor, os alunos emitiram várias opiniões, a saber: I. os macacos antropóides (orangotango, gorila e chimpanzé e gibão) surgiram na Terra mais ou menos contemporaneamente ao Homem. II. alguns homens primitivos, hoje extintos, descendem dos macacos antropóides. III. na história evolutiva, os homens e os macacos antropóides tiveram um ancestral comum. IV. não existe relação de parentesco genético entre macacos antropóides e homens. Analisando a árvore filogenética, você pode concluir que: Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 51 a) todas as afirmativas estão corretas. b) apenas as afirmativas I e III estão corretas. c) apenas as afirmativas II e IV estão corretas. d) apenas a afirmativa II está correta. e) apenas a afirmativa IV está correta. 03. (ENEM 1998, Amarela, Q26) Foram feitas comparações entre DNA e proteínas da espécie humana com DNA e proteínas de diversos primatas. Observando a árvore filogenética, você espera que os dados bioquímicos tenham apontado, entre os primatas atuais, como nosso parente mais próximo o: a) Australopithecus. b) Chimpanzé. c) Ramapithecus. d) Gorila. e) Orangotango.04. (ENEM ± 1998 Amarela Q27) Se fosse possível a uma máquina do tempo percorrer a evolução dos primatas em sentido contrário, aproximadamente quantos milhões de anos precisaríamos retroceder, de acordo com a árvore filogenética apresentada, para encontrar o ancestral comum do homem e dos macacos antropóides (gibão, orangotango, gorila e chimpanzé)? a) 5 b) 10 c) 15 d) 30 e) 60 05. (ENEM ± 2000 Amarela Q62) O metabolismo dos carboidratos é fundamental para o ser humano, pois a partir desses compostos orgânicos obtém-se grande parte da energia para as funções vitais. Por outro lado, desequilíbrios nesse processo podem provocar hiperglicemia ou diabetes. O caminho do açúcar no organismo inicia-se com a ingestão de carboidratos TXH��FKHJDQGR�DR�LQWHVWLQR��VRIUHP�D�DomR�GH�HQ]LPDV��³TXHEUDQGR-VH´�HP� moléculas menores (glicose, por exemplo) que serão absorvidas. A insulina, hormônio produzido no pâncreas, é responsável por facilitar a entrada da glicose nas células. Se uma pessoa produz pouca insulina, ou se sua ação está diminuída, dificilmente a glicose pode entrar na célula e ser consumida. Com base nessas informações, pode-se concluir que: (A) o papel realizado pelas enzimas pode ser diretamente substituído pelo hormônio insulina. (B) a insulina produzida pelo pâncreas tem um papel enzimático sobre as moléculas de açúcar. (C) o acúmulo de glicose no sangue é provocado pelo aumento da ação da insulina, levando o indivíduo a um quadro clínico de hiperglicemia. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 51 (D) a diminuição da insulina circulante provoca um acúmulo de glicose no sangue. (E) o principal papel da insulina é manter o nível de glicose suficientemente alto, evitando, assim, um quadro clínico de diabetes. 06. (ENEM 2009, Azul, Q11) Para que todos os órgãos do corpo humano funcionem em boas condições, é necessário que a temperatura do corpo fique sempre entre 36ºC e 37ºC. Para manter-se dentro dessa faixa, em dias de muito calor ou durante intensos exercícios físicos, uma série de mecanismos fisiológicos é acionada. Pode-se citar como o principal responsável pela manutenção da temperatura corporal humana o sistema (A) digestório, pois produz enzimas que atuam na quebra de alimentos calóricos. (B) imunológico, pois suas células agem no sangue, diminuindo a condução do calor. (C) nervoso, pois promove a sudorese, que permite perda de calor por meio da evaporação da água. (D) reprodutor, pois secreta hormônios que alteram a temperatura, principalmente durante a menopausa. (E) endócrino, pois fabrica anticorpos que, por sua vez, atuam na variação do diâmetro dos vasos periféricos. 07. (ENEM 2009, Azul, Q37) Sabe-se que o olho humano não consegue diferenciar componentes de cores e vê apenas a cor resultante, diferentemente do ouvido, que consegue distinguir, por exemplo, dois instrumentos diferentes tocados simultaneamente. Os raios luminosos do espectro visível, que têm comprimento de onda entre 380nm e 780nm, incidem na córnea, passam pelo cristalino e são projetados na retina. Na retina, encontram-se dois tipos de fotorreceptores, os cones e os bastonetes, que convertem a cor e a intensidade da luz recebida em impulsos nervosos. Os cones distinguem as cores primárias: vermelho, verde e azul, e os bastonetes diferenciam apenas níveis de intensidade, sem separar comprimentos de onda. Os impulsos nervosos produzidos são enviados ao cérebro por meio do nervo óptico, para que se dê a percepção da imagem. Um indivíduo que, por alguma deficiência, não consegue captar as informações transmitidas pelos cones, perceberá um objeto branco, iluminado apenas por luz vermelha, como (A) um objeto indefinido, pois as células que captam a luz estão inativas. (B) um objeto rosa, pois haverá mistura da luz vermelha com o branco do objeto. (C) um objeto verde, pois o olho não consegue diferenciar componentes de cores. (D) um objeto cinza, pois os bastonetes captam luminosidade, porém não diferenciam cor. (E) um objeto vermelho, pois a retina capta a luz refletida pelo objeto, transformando-a em vermelho. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 51 08. (ENEM 2010, Azul, Q88) Diversos comportamentos e funções fisiológicas do nosso corpo são periódicos, sendo assim, são classificados como ritmo biológico. Quando o ritmo biológico responde a um período aproximado de 24 horas, ele é denominado ritmo circadiano. Esse ritmo diário é mantido pelas pistas ambientais de claro-escuro e determina comportamentos como o ciclo do sono-vigília e o da alimentação. Uma pessoa, em condições normais, acorda às 8h e vai dormir às 21h, mantendo seu ciclo de sono dentro do ritmo dia e noite. Imagine que essa mesma pessoa tenha sido mantida numa sala totalmente escura por mais de quinze dias. Ao sair de lá, ela dormia às 18h e acordava às 3h da manhã. Além disso, dormia mais vezes durante o dia, por curtos períodos de tempo, e havia perdido a noção da contagem dos dias, pois, quando saiu, achou que havia passado muito mais tempo no escuro. BRANDÃO, M. L. Psicofisiologia. São Paulo: Atheneu, 2000 (adaptado). Em função das características observadas, conclui-se que a pessoa (A) apresentou aumento do seu período de sono contínuo e passou a dormir durante o dia, pois seu ritmo biológico foi alterado apenas no período noturno. (B) apresentou pouca alteração do seu ritmo circadiano, sendo que sua noção de tempo foi alterada somente pela sua falta de atenção à passagem do tempo. (C) estava com seu ritmo já alterado antes de entrar na sala, o que significa que apenas progrediu para um estado mais avançado de perda do ritmo biológico no escuro. (D) teve seu ritmo biológico alterado devido à ausência de luz e de contato com o mundo externo, no qual a noção de tempo de um dia é modulada pela presença ou ausência do sol. (E) deveria não ter apresentado nenhuma mudança do seu período de sono porque, na realidade, continua com o seu ritmo normal, independentemente do ambiente em que seja colocada. 09. (ENEM 2010, 2ª Aplicação, Azul, Q69) A perda de pelos foi uma adaptação às mudanças ambientais, que forçaram nossos ancestrais a deixar a vida sedentária e viajar enormes distâncias à procura de água e comida. Junto com o surgimento de membros mais alongados e com a substituição de glândulas apócrinas (produtoras de suor oleoso e de lenta evaporação) por glândulas écrinas (suor aquoso e de rápida evaporação), a menor quantidade de pelos teria favorecido a manutenção de uma temperatura corporal saudável nos trópicos castigados por calor sufocante, em que viveram nossos ancestrais. Scientific American. Brasil, mar. 2010 (adaptado). De que maneira o tamanho dos membros humanos poderia estar associado à regulação da temperatura corporal? (A) Membros mais longos apresentam maior relação superfície/volume, facilitando a perda de maior quantidade de calor. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 51 (B) Membros mais curtos têm ossos mais espessos, que protegem vasos sanguíneos contra a perda de calor. (C) Membros mais curtos desenvolvem mais o panículo adiposo, sendo capazes de reter maior quantidade de calor. (D) Membros mais longos possuem pele mais fina e com menos pelos, facilitando a perda de maior quantidade de calor. (E) Membros mais longos têm maior massa muscular, capazes de produzir e dissipar maior quantidade de calor. 10. (ENEM 2010, 2ª Aplicação, Azul, Q78)A cafeína atua no cérebro, bloqueando a ação natural de um componente químico associado ao sono, a adenosina. Para uma célula nervosa, a cafeína se parece com a adenosina e combina-se com seus receptores. No entanto, ela não diminui a atividade das células da mesma forma. Então, ao invés de diminuir a atividade por causa do nível de adenosina, as células aumentam sua atividade, fazendo com que os vasos sanguíneos do cérebro se contraiam, uma vez que a cafeína bloqueia a capacidade da adenosina de dilatá-los. Com a cafeína bloqueando a adenosina, aumenta a excitação dos neurônios, induzindo a hipófise a liberar hormônios que ordenam às suprarrenais que produzam adrenalina, considerada o hormônio do alerta. Disponível em: http://ciencia.hsw.uol.com.br. Acesso em: 23 abr. 2010 (adaptado). Infere-se do texto que o objetivo da adição de cafeína em alguns medicamentos contra a dor de cabeça é (A) contrair os vasos sanguíneos do cérebro, diminuindo a compressão sobre as terminações nervosas. (B) aumentar a produção de adrenalina, proporcionando uma sensação de analgesia. (C) aumentar os níveis de adenosina, diminuindo a atividade das células nervosas do cérebro. (D) induzir a hipófise a liberar hormônios, estimulando a produção de adrenalina. (E) excitar os neurônios, aumentando a transmissão de impulsos nervosos. 11. (ENEM 2012, Branco, Q90) A condição física apresentada pelo personagem da tirinha é um fator de risco que pode desencadear doenças como (A) anemia. (B) beribéri. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 51 (C) diabetes. (D) escorbuto. (E) fenilcetonúria. 12. (ENEM 2013, Branco, Q61) A pílula anticoncepcional é um dos métodos contraceptivos de maior segurança, sendo constituída basicamente de dois hormônios sintéticos semelhantes aos hormônios produzidos pelo organismo feminino, o estrogênio (E) e a progesterona (P). Em um experimento médico, foi analisado o sangue de uma mulher que ingeriu ininterruptamente um comprimido desse medicamento por dia durante seis meses. Qual gráfico representa a concentração sanguínea desses hormônios durante o período do experimento? 13. (ENEM 2015, Azul, Q54) Um importante princípio da biologia, relacionado à transmissão de caracteres e à embriogênese humana, foi quebrado com a descoberta do microquimerismo fetal. Microquimerismo é o nome dado ao fenômeno biológico referente a uma pequena população de células ou DNA presente em um indivíduo, mas derivada de um organismo geneticamente distinto. Investigando-se a presença do cromossomo Y, foi revelado que diversos tecidos de mulheres continham células masculinas. A análise do histórico médico revelou uma correlação extremamente curiosa: apenas as mulheres que antes tiveram filhos homens apresentaram microquimerismo masculino. Essa correlação levou à interpretação de que existe uma troca natural entre células do feto e maternas durante a gravidez. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 51 MUOTRI, A. Você não é só você: carregamos células maternas na maioria de nossos órgãos. Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 4 dez. 2012 (adaptado). O princípio contestado com essa descoberta, relacionado ao desenvolvimento do corpo humano, é o de que (A) o fenótipo das nossas células pode mudar por influência do meio ambiente. (B) a dominância genética determina a expressão de alguns genes. (C) as mutações genéticas introduzem variabilidade no genoma. (D) as mitocôndrias e o seu DNA provêm do gameta materno. (E) as nossas células corporais provêm de um único zigoto. 14. (ENEM 2015, Azul, Q85) Entre os anos de 1028 e 1038, Alhazen (Ibn al-Haytham; 965-1040 d.C.) escreveu sua principal obra, o Livro da Óptica, que, com base em experimentos, explicava o funcionamento da visão e outros aspectos da ótica, por exemplo, o funcionamento da câmara escura. O livro foi traduzido e incorporado aos conhecimentos científicos ocidentais pelos europeus. Na figura, retirada dessa obra, é representada a imagem invertida de edificações em um tecido utilizado como anteparo. Se fizermos uma analogia entre a ilustração e o olho humano, o tecido corresponde ao(à) (A) íris. (B) retina. (C) pupila. (D) córnea. (E) cristalino. COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES 01. Vamos analisar as afirmativas: I ± a auto-medicação serve para qualquer tipo de medicamento, não só os com efeitos anabolizantes. ERRADA II ± existe um fator genético e outro comportamental que, combinados, promovem o crescimento corporal. CORRETA. III ± a ereção do pênis depende do bombeamento de sangue para os tecidos eréteis. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 51 CORRETA IV ± Anabolizantes são tão perigosos para os homens quanto para as mulheres. ERRADA Alternativa D. 02. Pela interpretação dessa árvore filogenética é fácil descobrir que alternativas são verdadeiras ou não. Veja que os macacos antropoides e o ser humano estão mais ou menos na mesma linha horizontal, que representa o tempo (afirmativa I correta). Não é possível afirmar que uma espécie extinta descenda de uma espécie atual (afirmativa II errada). Se continuarmos os ramos dos macacos antropoides e do homem, voltando no tempo, encontraremos um ponto de encontro recente que corresponde ao ancestral comum deles (afirmativa III certa) e isso, além de representar uma relação de parentesco entre esses grupos, representa também a proximidade entre eles (afirmativa IV errada). Alternativa B. 03. 8P� GHWDOKH� LPSRUWDQWH� QR� HQXQFLDGR� p� ³SULPDWDV� DWXDLV´�� /RJR�� DR� analisarmos a árvore filogenética, o grupo atual que tem o ancestral comum mais recente compartilhado com os seres humanos é o dos chimpanzés. É só continuar a linha do Homem e ver qual é o primeiro encontro com outro ramo. Alternativa B. 04. Mais uma vez, é só continuar a linha correspondente ao ramo do Homem até encontrar o primeiro nó que engloba todos os macacos antropoides. Esse encontro ocorre há aproximadamente 15 milhões de anos. Alternativa C. 05. A insulina promove a entrada de glicose nas células e, consequentemente, sua diminuição no sangue. Assim, se a quantidade de insulina circulante diminuir, menos glicose entrará nas células, se acumulando no sangue. Alternativa D. 06. O controle da temperatura corporal é realizado pelo hipotálamo, região do encéfalo e pertencente ao sistema nervoso. O estímulo da sudorese faz com que as glândulas sudoríparas produzam suor, que resfria a superfície do corpo através da sua evaporação. Alternativa C. 07. Os bastonetes são células sensíveis à presença de luz mas não são capazes de distinguir cores. Logo, um objeto branco iluminado com luz vermelha seria percebido como um objeto cinza por essas células. Alternativa D. 08. A letra A afirma que o período de sono contínuo da pessoa aumentou, mas sua duração diminuiu. Seu ritmo circadiano foi bastante alterado, uma vez que seu período de sono mudou bastante. O enunciado diz que a pessoa estava em condições normais antes de entrar na sala, o que descarta a alternativa C. A letra E também está errada pois sabemos que o ritmo circadiano está relacionado à produção de melatonina, que só ocorre na ausência de luz. Logo, se a pessoa ficar o tempo todo no escuro, o corpo não saberá a duração dos dias e perderá a noção de tempo. Alternativa D. Biologia para o ENEM Prof. Daniel Reis ʹ Aula 10 Prof. Daniel Reis www.estrategiaconcursos.com.br
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